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Modernismo
Participantes da Semana de Arte
Moderna




 Cartaz de
Divulgação
Abaporu- Tarsila do Amaral




Mario de Andrade-Anita Malfatti
Modernismo
Modernismo
Virgem mal-sexuada
Eu queria a estrela da manhã        Atribuladora dos aflitos
Onde está a estrela da manhã?       Girafa de duas cabeças
Meus amigos meus inimigos           Pecai por todos pecai com todos
Procurem a estrela da manhã
                                   Pecai com malandros
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                                   Com os gregos e com os troianos
Digam que sou um homem sem orgulho Com o padre e o sacristão
Um homem que aceita tudo           Com o leproso de Pouso Alto
Que me importa?                    Depois comigo
Eu quero a estrela da manhã
                                    Te esperarei com mafuás novenas
Três dias e três noite              cavalhadas
Fui assassino e suicida             [comerei terra e direi coisas de uma
Ladrão, pulha, falsário             ternura tão simples
                                    Que tu desfalecerás

                                    Procurem por toda à parte
                                    Pura ou degradada até a última baixeza
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O que não tenho e desejo           Não faço porque não sei.
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Tive uns dinheiros — perdi-os...   Darei de bom grado a vida
Tive amores — esqueci-os.          Na luta em que não lutei!
Mas no maior desespero
Rezei: ganhei essa prece.
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Um filho!... Não foi de jeito...
Mas trago dentro do peito
Meu filho que não nasceu.
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                                 Andarei de bicicleta          triste
                                 Montarei em burro brabo       Mas triste de não ter
Vou-me embora pra Pasárgada      Subirei no pau-de-sebo        jeito
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Lá tenho a mulher que eu         E quando estiver cansado      Vontade de me matar
quero                            Deito na beira do rio         — Lá sou amigo do rei
Na cama que escolherei           Mando chamar a mãe-d'água     —
Vou-me embora pra Pasárgada      Pra me contar as histórias    Terei a mulher que eu
                                 Que no tempo de eu menino     quero
Vou-me embora pra Pasárgada      Rosa vinha me contar          Na cama que escolherei
Aqui eu não sou feliz            Vou-me embora pra Pasárgada   Vou-me embora pra
Lá a existência é uma aventura                                 Pasárgada
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Da nora que eu nunca tive        Tem telefone automático
                                 Tem alcalóide à vontade
                                 Tem prostitutas bonitas
                                 Para a gente namorar
Modernismo
Tela em grafite
representando o
autor e sua obra
- Tá vendo?
                               - Qual é, minha tia?
- Tou. A gente liberta o       - Adivinhe.
negro.                         - Mulher...
A negra ia apanhando o         - Não.
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cima. Ela perguntou:           - Feijoada...
                               - Não sabe o que é? É cavalo. Se não
                               fosse cavalo, branco montava em
- Você sabe qual é a coisa
                               negro..."
mais melhor do mundo?


                                                     Jorge Amado
É doce morrer no mar         Saveiro partiu de noite foi Nas ondas verdes do mar
Nas ondas verdes do mar      Madrugada não voltou        meu bem
É doce morrer no mar         O marinheiro bonito         Ele se foi a se afogar
Nas ondas verdes do mar      Sereia do mar levou         Fez sua cama de noivo
                                                         No colo de Iemanjá
A noite que ele não veio foi É doce morrer no mar
Foi de tristeza pra mim      Nas ondas verdes do mar É doce morrer no mar
Saveiro voltou sozinho       É doce morrer no mar        Nas ondas verdes do mar
Triste noite foi pra mim     Nas ondas verdes do mar É doce morrer no mar
                                                         Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
É doce morrer no mar
Nas ondas verdes do mar
                                     Composição: Dorival Caymmi e Jorge Amado

                                     Interpretação: Dorival Caymmi
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  • 2. Participantes da Semana de Arte Moderna Cartaz de Divulgação
  • 3. Abaporu- Tarsila do Amaral Mario de Andrade-Anita Malfatti
  • 6. Virgem mal-sexuada Eu queria a estrela da manhã Atribuladora dos aflitos Onde está a estrela da manhã? Girafa de duas cabeças Meus amigos meus inimigos Pecai por todos pecai com todos Procurem a estrela da manhã Pecai com malandros Ela desapareceu ia nua Pecai com sargentos Desapareceu com quem? Pecai com fuzileiros navais Procurem por toda à parte Pecai de todas as maneiras Com os gregos e com os troianos Digam que sou um homem sem orgulho Com o padre e o sacristão Um homem que aceita tudo Com o leproso de Pouso Alto Que me importa? Depois comigo Eu quero a estrela da manhã Te esperarei com mafuás novenas Três dias e três noite cavalhadas Fui assassino e suicida [comerei terra e direi coisas de uma Ladrão, pulha, falsário ternura tão simples Que tu desfalecerás Procurem por toda à parte Pura ou degradada até a última baixeza Eu quero a estrela da manhã.
  • 7. O que não tenho e desejo Criou-me, desde eu menino É que melhor me enriquece. Para arquiteto meu pai. Tive uns dinheiros — perdi-os... Foi-se-me um dia a saúde... Tive amores — esqueci-os. Fiz-me arquiteto? Não pude! Mas no maior desespero Sou poeta menor, perdoai! Rezei: ganhei essa prece. Não faço versos de guerra. O que não tenho e desejo Não faço porque não sei. É que melhor me enriquece. Mas num torpedo-suicida Tive uns dinheiros — perdi-os... Darei de bom grado a vida Tive amores — esqueci-os. Na luta em que não lutei! Mas no maior desespero Rezei: ganhei essa prece. Gosto muito de crianças: Não tive um filho de meu. Um filho!... Não foi de jeito... Mas trago dentro do peito Meu filho que não nasceu.
  • 8. E como farei ginástica E quando eu estiver mais Andarei de bicicleta triste Montarei em burro brabo Mas triste de não ter Vou-me embora pra Pasárgada Subirei no pau-de-sebo jeito Lá sou amigo do rei Tomarei banhos de mar! Quando de noite me der Lá tenho a mulher que eu E quando estiver cansado Vontade de me matar quero Deito na beira do rio — Lá sou amigo do rei Na cama que escolherei Mando chamar a mãe-d'água — Vou-me embora pra Pasárgada Pra me contar as histórias Terei a mulher que eu Que no tempo de eu menino quero Vou-me embora pra Pasárgada Rosa vinha me contar Na cama que escolherei Aqui eu não sou feliz Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Lá a existência é uma aventura Pasárgada De tal modo inconseqüente Em Pasárgada tem tudo Que Joana a Louca de Espanha É outra civilização Rainha e falsa demente Tem um processo seguro Vem a ser contraparente De impedir a concepção Da nora que eu nunca tive Tem telefone automático Tem alcalóide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar
  • 10. Tela em grafite representando o autor e sua obra
  • 11. - Tá vendo? - Qual é, minha tia? - Tou. A gente liberta o - Adivinhe. negro. - Mulher... A negra ia apanhando o - Não. tabuleiro. Henrique ajudou-a - Cachaça... a botar as latas vazias em - Não. cima. Ela perguntou: - Feijoada... - Não sabe o que é? É cavalo. Se não fosse cavalo, branco montava em - Você sabe qual é a coisa negro..." mais melhor do mundo? Jorge Amado
  • 12. É doce morrer no mar Saveiro partiu de noite foi Nas ondas verdes do mar Nas ondas verdes do mar Madrugada não voltou meu bem É doce morrer no mar O marinheiro bonito Ele se foi a se afogar Nas ondas verdes do mar Sereia do mar levou Fez sua cama de noivo No colo de Iemanjá A noite que ele não veio foi É doce morrer no mar Foi de tristeza pra mim Nas ondas verdes do mar É doce morrer no mar Saveiro voltou sozinho É doce morrer no mar Nas ondas verdes do mar Triste noite foi pra mim Nas ondas verdes do mar É doce morrer no mar Nas ondas verdes do mar É doce morrer no mar Nas ondas verdes do mar É doce morrer no mar Nas ondas verdes do mar Composição: Dorival Caymmi e Jorge Amado Interpretação: Dorival Caymmi