Os Maias - personagens

António Fernandes
António FernandesProfessor na Escola Secundária/3 de Barcelinhos à Escola Secundária/3 de Barcelinhos
Os Maias
Personagens
Afonso da Maia
• Psicológico: duro, clássico,
ultrapassado, paciente,
caridoso (ajuda os mais pobres
e mais fracos), nobre, espírito
são, rígido, austero, risonho e
individualista.

2/37
Afonso da Maia
• Símbolo do liberalismo (na
juventude), associado a um
passado heroico, incapacidade
de regeneração do país,
modelo de autodomínio.

3/37
Afonso da Maia
• Morre de apoplexia, no jardim
do Ramalhete, na sequência do
incesto dos netos, Carlos e
Maria Eduarda. É o mais
simpático e o mais valorizado
para Eça.

4/37
Alencar
• “Personagem-tipo”, é o símbolo
do romantismo.
• Representa a incapacidade de
adaptação à “ideia nova”
(realismo).

5/37
Carlos da Maia
• É o protagonista.
• Filho de Pedro e Maria Monforte.
• Após o suicídio do pai vai viver
com o avô para Santa Olávia,
sendo educado à inglesa pelo
precetor, o inglês Brown.
• Sairá de Santa Olávia para tirar
Medicina em Coimbra.
6/37
Carlos da Maia
• Admirado pelas mulheres.
• Depois do curso acabado, viaja
pela Europa.
• Quando volta a Lisboa traz planos
grandiosos de pesquisa e curas
médicas, que abandona ao cair
na inatividade, porque, em
Portugal, um aristocrata não é
suposto ser médico.
7/37
Carlos da Maia
• Apesar do entusiasmo e das boas
intenções, fica sem qualquer
ocupação e acaba por ser
absorvido por uma vida social e
amorosa que levará ao fracasso
das suas capacidades e à perda
das suas motivações.

8/37
Carlos da Maia
• Transforma-se numa vítima da
hereditariedade (visível na sua
beleza e no seu gosto exagerado
pelo luxo, herdados da mãe e
pela tendência para o
sentimentalismo, herdada do pai)
e do meio em que se
insere, mesmo apesar da sua
educação à inglesa e da sua
cultura, que o tornam superior ao
contexto sociocultural português.
9/37
Carlos da Maia
• A sua verdadeira paixão nascerá
em relação a Maria Eduarda, que
compara a uma deusa e jamais
esquecerá. Por ela dispõe-se a
renunciar a preconceitos e a
colocar o amor em primeiro
plano.

10/37
Carlos da Maia
• Ao saber da verdadeira
identidade de Maria Eduarda
consumará o incesto
voluntariamente por não ser
capaz de resistir à intensa
atração que Maria Eduarda
exerce sobre ele.

11/37
Carlos da Maia
• Acaba por assumir que falhou na
vida, tal como Ega, pois a
ociosidade dos portugueses
acabaria por contagiá-lo,
levando-o a viver para a
satisfação do prazer dos sentidos
e a renunciar ao trabalho e às
ideias pragmáticas que o
dominavam quando chegou a
Lisboa, vindo do estrangeiro.
12/37
Carlos da Maia
• Simboliza a incapacidade de
regeneração do país a que se
propusera a própria Geração de
70. Não teme o esforço físico, é
corajoso e frontal, amigo do seu
amigo, parece incapaz de fazer
uma canalhice. É uma
personagem modelada.

13/37
Craft
• Inglês, representa a formação e
mentalidade britânicas, sendo
Craft o jovem mais parecido com
Carlos.

14/37
Cruges
• É dos poucos que é moralmente
correto, representa a exceção na
mediocridade da sociedade
portuguesa, é idealista.

15/37
Dâmaso Salcede
• Representa a podridão das
sociedades, é o “rafeiro” de
Carlos, anda sempre atrás dele e
imita-o em tudo.

16/37
Guimarães
• Personificação do destino.

17/37
João da Ega
• Autêntica projeção de Eça de
Queirós pela ideologia literária,
usando também um monólogo e
era considerado um ateu e
demagogo.
• Excêntrico, cínico, o denunciador
de vícios, o demolidor energético
da política e da sociedade.
• É um romântico e um sentimental.
18/37
João da Ega
• Tornou-se amigo inseparável e
confidente de Carlos.
• Instalou-se no Ramalhete e a sua
grande paixão será Raquel
Cohen.

19/37
João da Ega
• Como Carlos, tem grandes
projetos (a revista, o livro, a peça)
que nunca chega a realizar. É
também um falhado, influenciado
pela sociedade lisboeta
decadente e corrupta.

20/37
João da Ega
• Nos últimos 4 capítulos ganha
uma certa densidade psicológica
e passa a desempenhar um papel
muito importante na
intriga, sendo ele o primeiro a
conhecer a verdadeira identidade
de Maria Eduarda.

21/37
João da Ega
• É Ega que faz a revelação trágica
a Vilaça, Carlos (que contará ao
avô Afonso) e, por fim, a Maria
Eduarda. A sua vida psicológica
manifesta-se também ao nível da
reflexão interiorizada através de
monólogos interiores, sobretudo
depois do encontro com o Sr.
Guimarães, no capítulo XVI.
22/37
Maria Eduarda
• Apresentada como uma deusa.
• Dizendo-se viúva de Mac Green,
sabia apenas que a sua mãe
abandonara Lisboa, levando-a
consigo para Viena.
• Tivera uma filha de Mac Gren,
Rosa.

23/37
Maria Eduarda
• A sua dignidade, a sensatez, o
equilíbrio e a santidade são
características fundamentais da
sua personagem, às quais se
juntam uma forte consciência
moral e social.
• Salienta-se ainda a sua faceta
humanitária e a compaixão pelos
socialmente desfavorecidos.
24/37
Maria Eduarda
• A súbita revelação da verdadeira
identidade de Maria Eduarda, vai
provocar em Carlos estupefação
e compaixão, posteriormente o
incesto consciente, e depois
deste, a repugnância.
• A separação é a única solução
para esta situação caótica a que
se junta a morte de Afonso.
25/37
Maria Eduarda
• A sua apresentação cumpre os
modelos realista e naturalista, pelo
que coincidem no seu carácter e no
espaço físico que ela ocupa duas
vertentes distintas da sua
educação: a dimensão culta e
moral, construída aquando da sua
estadia e educação num convento,
e a sua faceta demasiado vulgar,
absorvida durante o convívio com
sua mãe.
26/37
Maria Eduarda
• Ela é o último elemento feminino
da família Maia e simboliza, tal
como as outras mulheres da
família, a desgraça e a fatalidade.
• É de uma enorme dignidade,
principalmente quando não quer
gastar o dinheiro de Castro
Gomes por estar ligada a Carlos.

27/37
Maria Eduarda
• No final da obra, parte para Paris
onde mais tarde casa com Mr. de
Trelain, casamento considerado
por Carlos o de dois seres
desiludidos.
• É uma “personagem-tipo”.

28/37
Maria Monforte
• Psicológica: personalidade fútil
mas fria, caprichosa, cruel e
interesseira.
• Protótipo: da cortesã: leviana e
amora, sem preocupações
culturais ou sociais.

29/37
Maria Monforte
• É filha do Monforte, e é conhecida
em Lisboa por “a
negreira”, porque seu pai
enriqueceu transportando negros
e arrancando a riqueza da “pele
do africano”.

30/37
Maria Monforte
• Contra a vontade de
Afonso, Pedro da Maia apaixonase e casa com ela. Nasceram
Carlos e Maria Eduarda. Maria
Monforte virá a fugir com o
italiano Tancredo, levando Maria
Eduarda consigo e abandonando
Carlos e provocando o suicídio de
Pedro.
31/37
Maria Monforte
Entretanto, o italiano é morto
num duelo e Maria levará uma
vida muito má. Entregará a
Guimarães um cofre com
documentos para a identificação
da filha.

32/37
Palma Cavalão
• Diretor do jornal A corneta do
diabo representa o jornalismo
corrupto, sensacionalista e
escandaloso que vive da calúnia
e do suborno.

33/37
Pedro da Maia
• Protótipo do herói romântico e é
personagem-tipo.
• Psicológica: nervoso, crises de
melancolia, sentimentos
exagerados, instável
emocionalmente (como a mãe).

34/37
Pedro da Maia
• Educação tradicional –
portuguesa – romântica – criado
pelas criadas e mãe. Sente um
amor quase doentio pela mãe,
pelo que quando esta morre entra
em loucura.

35/37
Pedro da Maia
• Deixou-se encadear por um amor à
primeira vista que o conduziu a um
casamento, de estilo romântico,
com Maria Monforte. Este enlace
precipitado levá-lo-ia mais tarde ao
suicídio – após a fuga da mulher –
por carecer de sólidos princípios
morais e de força de vontade que o
deveriam levar à aceitação da
realidade e à superação daquele
contratempo.
36/37
Vilaça
• Procurador dos Maias.
• Acredita no progresso.

37/37
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  • 3. Afonso da Maia • Símbolo do liberalismo (na juventude), associado a um passado heroico, incapacidade de regeneração do país, modelo de autodomínio. 3/37
  • 4. Afonso da Maia • Morre de apoplexia, no jardim do Ramalhete, na sequência do incesto dos netos, Carlos e Maria Eduarda. É o mais simpático e o mais valorizado para Eça. 4/37
  • 5. Alencar • “Personagem-tipo”, é o símbolo do romantismo. • Representa a incapacidade de adaptação à “ideia nova” (realismo). 5/37
  • 6. Carlos da Maia • É o protagonista. • Filho de Pedro e Maria Monforte. • Após o suicídio do pai vai viver com o avô para Santa Olávia, sendo educado à inglesa pelo precetor, o inglês Brown. • Sairá de Santa Olávia para tirar Medicina em Coimbra. 6/37
  • 7. Carlos da Maia • Admirado pelas mulheres. • Depois do curso acabado, viaja pela Europa. • Quando volta a Lisboa traz planos grandiosos de pesquisa e curas médicas, que abandona ao cair na inatividade, porque, em Portugal, um aristocrata não é suposto ser médico. 7/37
  • 8. Carlos da Maia • Apesar do entusiasmo e das boas intenções, fica sem qualquer ocupação e acaba por ser absorvido por uma vida social e amorosa que levará ao fracasso das suas capacidades e à perda das suas motivações. 8/37
  • 9. Carlos da Maia • Transforma-se numa vítima da hereditariedade (visível na sua beleza e no seu gosto exagerado pelo luxo, herdados da mãe e pela tendência para o sentimentalismo, herdada do pai) e do meio em que se insere, mesmo apesar da sua educação à inglesa e da sua cultura, que o tornam superior ao contexto sociocultural português. 9/37
  • 10. Carlos da Maia • A sua verdadeira paixão nascerá em relação a Maria Eduarda, que compara a uma deusa e jamais esquecerá. Por ela dispõe-se a renunciar a preconceitos e a colocar o amor em primeiro plano. 10/37
  • 11. Carlos da Maia • Ao saber da verdadeira identidade de Maria Eduarda consumará o incesto voluntariamente por não ser capaz de resistir à intensa atração que Maria Eduarda exerce sobre ele. 11/37
  • 12. Carlos da Maia • Acaba por assumir que falhou na vida, tal como Ega, pois a ociosidade dos portugueses acabaria por contagiá-lo, levando-o a viver para a satisfação do prazer dos sentidos e a renunciar ao trabalho e às ideias pragmáticas que o dominavam quando chegou a Lisboa, vindo do estrangeiro. 12/37
  • 13. Carlos da Maia • Simboliza a incapacidade de regeneração do país a que se propusera a própria Geração de 70. Não teme o esforço físico, é corajoso e frontal, amigo do seu amigo, parece incapaz de fazer uma canalhice. É uma personagem modelada. 13/37
  • 14. Craft • Inglês, representa a formação e mentalidade britânicas, sendo Craft o jovem mais parecido com Carlos. 14/37
  • 15. Cruges • É dos poucos que é moralmente correto, representa a exceção na mediocridade da sociedade portuguesa, é idealista. 15/37
  • 16. Dâmaso Salcede • Representa a podridão das sociedades, é o “rafeiro” de Carlos, anda sempre atrás dele e imita-o em tudo. 16/37
  • 18. João da Ega • Autêntica projeção de Eça de Queirós pela ideologia literária, usando também um monólogo e era considerado um ateu e demagogo. • Excêntrico, cínico, o denunciador de vícios, o demolidor energético da política e da sociedade. • É um romântico e um sentimental. 18/37
  • 19. João da Ega • Tornou-se amigo inseparável e confidente de Carlos. • Instalou-se no Ramalhete e a sua grande paixão será Raquel Cohen. 19/37
  • 20. João da Ega • Como Carlos, tem grandes projetos (a revista, o livro, a peça) que nunca chega a realizar. É também um falhado, influenciado pela sociedade lisboeta decadente e corrupta. 20/37
  • 21. João da Ega • Nos últimos 4 capítulos ganha uma certa densidade psicológica e passa a desempenhar um papel muito importante na intriga, sendo ele o primeiro a conhecer a verdadeira identidade de Maria Eduarda. 21/37
  • 22. João da Ega • É Ega que faz a revelação trágica a Vilaça, Carlos (que contará ao avô Afonso) e, por fim, a Maria Eduarda. A sua vida psicológica manifesta-se também ao nível da reflexão interiorizada através de monólogos interiores, sobretudo depois do encontro com o Sr. Guimarães, no capítulo XVI. 22/37
  • 23. Maria Eduarda • Apresentada como uma deusa. • Dizendo-se viúva de Mac Green, sabia apenas que a sua mãe abandonara Lisboa, levando-a consigo para Viena. • Tivera uma filha de Mac Gren, Rosa. 23/37
  • 24. Maria Eduarda • A sua dignidade, a sensatez, o equilíbrio e a santidade são características fundamentais da sua personagem, às quais se juntam uma forte consciência moral e social. • Salienta-se ainda a sua faceta humanitária e a compaixão pelos socialmente desfavorecidos. 24/37
  • 25. Maria Eduarda • A súbita revelação da verdadeira identidade de Maria Eduarda, vai provocar em Carlos estupefação e compaixão, posteriormente o incesto consciente, e depois deste, a repugnância. • A separação é a única solução para esta situação caótica a que se junta a morte de Afonso. 25/37
  • 26. Maria Eduarda • A sua apresentação cumpre os modelos realista e naturalista, pelo que coincidem no seu carácter e no espaço físico que ela ocupa duas vertentes distintas da sua educação: a dimensão culta e moral, construída aquando da sua estadia e educação num convento, e a sua faceta demasiado vulgar, absorvida durante o convívio com sua mãe. 26/37
  • 27. Maria Eduarda • Ela é o último elemento feminino da família Maia e simboliza, tal como as outras mulheres da família, a desgraça e a fatalidade. • É de uma enorme dignidade, principalmente quando não quer gastar o dinheiro de Castro Gomes por estar ligada a Carlos. 27/37
  • 28. Maria Eduarda • No final da obra, parte para Paris onde mais tarde casa com Mr. de Trelain, casamento considerado por Carlos o de dois seres desiludidos. • É uma “personagem-tipo”. 28/37
  • 29. Maria Monforte • Psicológica: personalidade fútil mas fria, caprichosa, cruel e interesseira. • Protótipo: da cortesã: leviana e amora, sem preocupações culturais ou sociais. 29/37
  • 30. Maria Monforte • É filha do Monforte, e é conhecida em Lisboa por “a negreira”, porque seu pai enriqueceu transportando negros e arrancando a riqueza da “pele do africano”. 30/37
  • 31. Maria Monforte • Contra a vontade de Afonso, Pedro da Maia apaixonase e casa com ela. Nasceram Carlos e Maria Eduarda. Maria Monforte virá a fugir com o italiano Tancredo, levando Maria Eduarda consigo e abandonando Carlos e provocando o suicídio de Pedro. 31/37
  • 32. Maria Monforte Entretanto, o italiano é morto num duelo e Maria levará uma vida muito má. Entregará a Guimarães um cofre com documentos para a identificação da filha. 32/37
  • 33. Palma Cavalão • Diretor do jornal A corneta do diabo representa o jornalismo corrupto, sensacionalista e escandaloso que vive da calúnia e do suborno. 33/37
  • 34. Pedro da Maia • Protótipo do herói romântico e é personagem-tipo. • Psicológica: nervoso, crises de melancolia, sentimentos exagerados, instável emocionalmente (como a mãe). 34/37
  • 35. Pedro da Maia • Educação tradicional – portuguesa – romântica – criado pelas criadas e mãe. Sente um amor quase doentio pela mãe, pelo que quando esta morre entra em loucura. 35/37
  • 36. Pedro da Maia • Deixou-se encadear por um amor à primeira vista que o conduziu a um casamento, de estilo romântico, com Maria Monforte. Este enlace precipitado levá-lo-ia mais tarde ao suicídio – após a fuga da mulher – por carecer de sólidos princípios morais e de força de vontade que o deveriam levar à aceitação da realidade e à superação daquele contratempo. 36/37
  • 37. Vilaça • Procurador dos Maias. • Acredita no progresso. 37/37