SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  37
Télécharger pour lire hors ligne
Os Maias
Personagens
Afonso da Maia
• Psicológico: duro, clássico,
ultrapassado, paciente,
caridoso (ajuda os mais pobres
e mais fracos), nobre, espírito
são, rígido, austero, risonho e
individualista.

2/37
Afonso da Maia
• Símbolo do liberalismo (na
juventude), associado a um
passado heroico, incapacidade
de regeneração do país,
modelo de autodomínio.

3/37
Afonso da Maia
• Morre de apoplexia, no jardim
do Ramalhete, na sequência do
incesto dos netos, Carlos e
Maria Eduarda. É o mais
simpático e o mais valorizado
para Eça.

4/37
Alencar
• “Personagem-tipo”, é o símbolo
do romantismo.
• Representa a incapacidade de
adaptação à “ideia nova”
(realismo).

5/37
Carlos da Maia
• É o protagonista.
• Filho de Pedro e Maria Monforte.
• Após o suicídio do pai vai viver
com o avô para Santa Olávia,
sendo educado à inglesa pelo
precetor, o inglês Brown.
• Sairá de Santa Olávia para tirar
Medicina em Coimbra.
6/37
Carlos da Maia
• Admirado pelas mulheres.
• Depois do curso acabado, viaja
pela Europa.
• Quando volta a Lisboa traz planos
grandiosos de pesquisa e curas
médicas, que abandona ao cair
na inatividade, porque, em
Portugal, um aristocrata não é
suposto ser médico.
7/37
Carlos da Maia
• Apesar do entusiasmo e das boas
intenções, fica sem qualquer
ocupação e acaba por ser
absorvido por uma vida social e
amorosa que levará ao fracasso
das suas capacidades e à perda
das suas motivações.

8/37
Carlos da Maia
• Transforma-se numa vítima da
hereditariedade (visível na sua
beleza e no seu gosto exagerado
pelo luxo, herdados da mãe e
pela tendência para o
sentimentalismo, herdada do pai)
e do meio em que se
insere, mesmo apesar da sua
educação à inglesa e da sua
cultura, que o tornam superior ao
contexto sociocultural português.
9/37
Carlos da Maia
• A sua verdadeira paixão nascerá
em relação a Maria Eduarda, que
compara a uma deusa e jamais
esquecerá. Por ela dispõe-se a
renunciar a preconceitos e a
colocar o amor em primeiro
plano.

10/37
Carlos da Maia
• Ao saber da verdadeira
identidade de Maria Eduarda
consumará o incesto
voluntariamente por não ser
capaz de resistir à intensa
atração que Maria Eduarda
exerce sobre ele.

11/37
Carlos da Maia
• Acaba por assumir que falhou na
vida, tal como Ega, pois a
ociosidade dos portugueses
acabaria por contagiá-lo,
levando-o a viver para a
satisfação do prazer dos sentidos
e a renunciar ao trabalho e às
ideias pragmáticas que o
dominavam quando chegou a
Lisboa, vindo do estrangeiro.
12/37
Carlos da Maia
• Simboliza a incapacidade de
regeneração do país a que se
propusera a própria Geração de
70. Não teme o esforço físico, é
corajoso e frontal, amigo do seu
amigo, parece incapaz de fazer
uma canalhice. É uma
personagem modelada.

13/37
Craft
• Inglês, representa a formação e
mentalidade britânicas, sendo
Craft o jovem mais parecido com
Carlos.

14/37
Cruges
• É dos poucos que é moralmente
correto, representa a exceção na
mediocridade da sociedade
portuguesa, é idealista.

15/37
Dâmaso Salcede
• Representa a podridão das
sociedades, é o “rafeiro” de
Carlos, anda sempre atrás dele e
imita-o em tudo.

16/37
Guimarães
• Personificação do destino.

17/37
João da Ega
• Autêntica projeção de Eça de
Queirós pela ideologia literária,
usando também um monólogo e
era considerado um ateu e
demagogo.
• Excêntrico, cínico, o denunciador
de vícios, o demolidor energético
da política e da sociedade.
• É um romântico e um sentimental.
18/37
João da Ega
• Tornou-se amigo inseparável e
confidente de Carlos.
• Instalou-se no Ramalhete e a sua
grande paixão será Raquel
Cohen.

19/37
João da Ega
• Como Carlos, tem grandes
projetos (a revista, o livro, a peça)
que nunca chega a realizar. É
também um falhado, influenciado
pela sociedade lisboeta
decadente e corrupta.

20/37
João da Ega
• Nos últimos 4 capítulos ganha
uma certa densidade psicológica
e passa a desempenhar um papel
muito importante na
intriga, sendo ele o primeiro a
conhecer a verdadeira identidade
de Maria Eduarda.

21/37
João da Ega
• É Ega que faz a revelação trágica
a Vilaça, Carlos (que contará ao
avô Afonso) e, por fim, a Maria
Eduarda. A sua vida psicológica
manifesta-se também ao nível da
reflexão interiorizada através de
monólogos interiores, sobretudo
depois do encontro com o Sr.
Guimarães, no capítulo XVI.
22/37
Maria Eduarda
• Apresentada como uma deusa.
• Dizendo-se viúva de Mac Green,
sabia apenas que a sua mãe
abandonara Lisboa, levando-a
consigo para Viena.
• Tivera uma filha de Mac Gren,
Rosa.

23/37
Maria Eduarda
• A sua dignidade, a sensatez, o
equilíbrio e a santidade são
características fundamentais da
sua personagem, às quais se
juntam uma forte consciência
moral e social.
• Salienta-se ainda a sua faceta
humanitária e a compaixão pelos
socialmente desfavorecidos.
24/37
Maria Eduarda
• A súbita revelação da verdadeira
identidade de Maria Eduarda, vai
provocar em Carlos estupefação
e compaixão, posteriormente o
incesto consciente, e depois
deste, a repugnância.
• A separação é a única solução
para esta situação caótica a que
se junta a morte de Afonso.
25/37
Maria Eduarda
• A sua apresentação cumpre os
modelos realista e naturalista, pelo
que coincidem no seu carácter e no
espaço físico que ela ocupa duas
vertentes distintas da sua
educação: a dimensão culta e
moral, construída aquando da sua
estadia e educação num convento,
e a sua faceta demasiado vulgar,
absorvida durante o convívio com
sua mãe.
26/37
Maria Eduarda
• Ela é o último elemento feminino
da família Maia e simboliza, tal
como as outras mulheres da
família, a desgraça e a fatalidade.
• É de uma enorme dignidade,
principalmente quando não quer
gastar o dinheiro de Castro
Gomes por estar ligada a Carlos.

27/37
Maria Eduarda
• No final da obra, parte para Paris
onde mais tarde casa com Mr. de
Trelain, casamento considerado
por Carlos o de dois seres
desiludidos.
• É uma “personagem-tipo”.

28/37
Maria Monforte
• Psicológica: personalidade fútil
mas fria, caprichosa, cruel e
interesseira.
• Protótipo: da cortesã: leviana e
amora, sem preocupações
culturais ou sociais.

29/37
Maria Monforte
• É filha do Monforte, e é conhecida
em Lisboa por “a
negreira”, porque seu pai
enriqueceu transportando negros
e arrancando a riqueza da “pele
do africano”.

30/37
Maria Monforte
• Contra a vontade de
Afonso, Pedro da Maia apaixonase e casa com ela. Nasceram
Carlos e Maria Eduarda. Maria
Monforte virá a fugir com o
italiano Tancredo, levando Maria
Eduarda consigo e abandonando
Carlos e provocando o suicídio de
Pedro.
31/37
Maria Monforte
Entretanto, o italiano é morto
num duelo e Maria levará uma
vida muito má. Entregará a
Guimarães um cofre com
documentos para a identificação
da filha.

32/37
Palma Cavalão
• Diretor do jornal A corneta do
diabo representa o jornalismo
corrupto, sensacionalista e
escandaloso que vive da calúnia
e do suborno.

33/37
Pedro da Maia
• Protótipo do herói romântico e é
personagem-tipo.
• Psicológica: nervoso, crises de
melancolia, sentimentos
exagerados, instável
emocionalmente (como a mãe).

34/37
Pedro da Maia
• Educação tradicional –
portuguesa – romântica – criado
pelas criadas e mãe. Sente um
amor quase doentio pela mãe,
pelo que quando esta morre entra
em loucura.

35/37
Pedro da Maia
• Deixou-se encadear por um amor à
primeira vista que o conduziu a um
casamento, de estilo romântico,
com Maria Monforte. Este enlace
precipitado levá-lo-ia mais tarde ao
suicídio – após a fuga da mulher –
por carecer de sólidos princípios
morais e de força de vontade que o
deveriam levar à aceitação da
realidade e à superação daquele
contratempo.
36/37
Vilaça
• Procurador dos Maias.
• Acredita no progresso.

37/37

Contenu connexe

Tendances

A "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaA "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaDina Baptista
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analisekeve semedo
 
Os Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVIOs Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVISara Leonardo
 
Os maias: Características trágicas da intriga
Os maias: Características trágicas da intrigaOs maias: Características trágicas da intriga
Os maias: Características trágicas da intrigaMariana Silva
 
Uma análise da obra amor de perdição de
Uma análise da obra amor de perdição deUma análise da obra amor de perdição de
Uma análise da obra amor de perdição deFernanda Pantoja
 
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagensOs Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagensLurdes Augusto
 
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de SousaMaria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousananasimao
 
Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição - Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição - Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição - Camilo Castelo BrancoClaudia Ribeiro
 
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoLurdes Augusto
 
Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaEstrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaVanda Sousa
 
Noite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário VerdeNoite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário VerdeDina Baptista
 
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"Maria Góis
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesAnaGomes40
 
Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"gracacruz
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIsin3stesia
 
Os Maias - história de Pedro da Maia
Os Maias - história de Pedro da MaiaOs Maias - história de Pedro da Maia
Os Maias - história de Pedro da MaiaAntónio Fernandes
 

Tendances (20)

A "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. PessoaA "Mensagem", de F. Pessoa
A "Mensagem", de F. Pessoa
 
Os maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analiseOs maias-resumo-e-analise
Os maias-resumo-e-analise
 
Deíticos
DeíticosDeíticos
Deíticos
 
Os maias a intriga
Os maias   a intrigaOs maias   a intriga
Os maias a intriga
 
Os Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVIOs Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVI
 
Frei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa  Frei Luís de Sousa
Frei Luís de Sousa
 
Os maias: Características trágicas da intriga
Os maias: Características trágicas da intrigaOs maias: Características trágicas da intriga
Os maias: Características trágicas da intriga
 
Uma análise da obra amor de perdição de
Uma análise da obra amor de perdição deUma análise da obra amor de perdição de
Uma análise da obra amor de perdição de
 
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagensOs Maias de Eça de Queirós - personagens
Os Maias de Eça de Queirós - personagens
 
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de SousaMaria de Noronha-Frei Luis de Sousa
Maria de Noronha-Frei Luis de Sousa
 
Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição - Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição - Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição - Camilo Castelo Branco
 
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo BrancoAmor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição (exceto cap. VI, VII, VIII) de Camilo Castelo Branco
 
Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação CríticaEstrutura do Texto de Apreciação Crítica
Estrutura do Texto de Apreciação Crítica
 
Fernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-OrtónimoFernando Pessoa-Ortónimo
Fernando Pessoa-Ortónimo
 
Noite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário VerdeNoite Fechada, de Cesário Verde
Noite Fechada, de Cesário Verde
 
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"
Estruturas externa-e-interna de "Frei Luís de Sousa"
 
Sermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixesSermão de santo antónio aos peixes
Sermão de santo antónio aos peixes
 
Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"Power point "Frei Luís de Sousa"
Power point "Frei Luís de Sousa"
 
Os Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e IIOs Maias: Cap. I e II
Os Maias: Cap. I e II
 
Os Maias - história de Pedro da Maia
Os Maias - história de Pedro da MaiaOs Maias - história de Pedro da Maia
Os Maias - história de Pedro da Maia
 

Similaire à Os Maias - personagens

Resenhas críticas das obras literárias da ufsc –
Resenhas críticas das obras literárias da ufsc –Resenhas críticas das obras literárias da ufsc –
Resenhas críticas das obras literárias da ufsc –belschlatter
 
Personagens tipo - Os Maias
Personagens tipo - Os MaiasPersonagens tipo - Os Maias
Personagens tipo - Os MaiasGabriel Santos
 
Segundo momento modernista prosa
Segundo momento modernista  prosaSegundo momento modernista  prosa
Segundo momento modernista prosaAna Batista
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análiseluiza1973
 
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI. Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI. Rita Magalhães
 
realismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europarealismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europawhybells
 
Respostas do roteiro de capitães da areia
Respostas do roteiro de capitães da areiaRespostas do roteiro de capitães da areia
Respostas do roteiro de capitães da areiaBriefCase
 
A morte-e-a-morte-e-quincas-berro-dagua
A morte-e-a-morte-e-quincas-berro-daguaA morte-e-a-morte-e-quincas-berro-dagua
A morte-e-a-morte-e-quincas-berro-daguaMelyssa Queiroz
 
As personagens femininas em o amrr
As personagens femininas em o amrrAs personagens femininas em o amrr
As personagens femininas em o amrrPaula Lemos
 
Análise literária josimar porto -paes-uema-2012
Análise literária josimar porto -paes-uema-2012Análise literária josimar porto -paes-uema-2012
Análise literária josimar porto -paes-uema-2012minafirmeza
 
Cem Anos de Solidão - Personagens
Cem Anos de Solidão - PersonagensCem Anos de Solidão - Personagens
Cem Anos de Solidão - Personagens713773
 
Os maias analise global
Os maias   analise globalOs maias   analise global
Os maias analise globalAna Ferreira
 

Similaire à Os Maias - personagens (20)

-Resumos-Dos-Maias.pdf
-Resumos-Dos-Maias.pdf-Resumos-Dos-Maias.pdf
-Resumos-Dos-Maias.pdf
 
Os maias.pdf
Os maias.pdfOs maias.pdf
Os maias.pdf
 
Resenhas críticas das obras literárias da ufsc –
Resenhas críticas das obras literárias da ufsc –Resenhas críticas das obras literárias da ufsc –
Resenhas críticas das obras literárias da ufsc –
 
Personagens tipo - Os Maias
Personagens tipo - Os MaiasPersonagens tipo - Os Maias
Personagens tipo - Os Maias
 
Livros acafe
Livros acafeLivros acafe
Livros acafe
 
Segundo momento modernista prosa
Segundo momento modernista  prosaSegundo momento modernista  prosa
Segundo momento modernista prosa
 
Os maias análise
Os maias análiseOs maias análise
Os maias análise
 
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI. Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
Os Maias - Capitulos XII, XV e XVI.
 
Eça de Queiroz
Eça de QueirozEça de Queiroz
Eça de Queiroz
 
realismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europarealismo e naturalismo na europa
realismo e naturalismo na europa
 
Os maias
Os maiasOs maias
Os maias
 
Respostas do roteiro de capitães da areia
Respostas do roteiro de capitães da areiaRespostas do roteiro de capitães da areia
Respostas do roteiro de capitães da areia
 
A morte-e-a-morte-e-quincas-berro-dagua
A morte-e-a-morte-e-quincas-berro-daguaA morte-e-a-morte-e-quincas-berro-dagua
A morte-e-a-morte-e-quincas-berro-dagua
 
Lima barreto
Lima barretoLima barreto
Lima barreto
 
Info cnl 201617_sinopses
Info cnl 201617_sinopsesInfo cnl 201617_sinopses
Info cnl 201617_sinopses
 
As personagens femininas em o amrr
As personagens femininas em o amrrAs personagens femininas em o amrr
As personagens femininas em o amrr
 
Análise literária josimar porto -paes-uema-2012
Análise literária josimar porto -paes-uema-2012Análise literária josimar porto -paes-uema-2012
Análise literária josimar porto -paes-uema-2012
 
Capitães da Areia 3ª C - 2013
Capitães da Areia   3ª C - 2013Capitães da Areia   3ª C - 2013
Capitães da Areia 3ª C - 2013
 
Cem Anos de Solidão - Personagens
Cem Anos de Solidão - PersonagensCem Anos de Solidão - Personagens
Cem Anos de Solidão - Personagens
 
Os maias analise global
Os maias   analise globalOs maias   analise global
Os maias analise global
 

Plus de António Fernandes (20)

Castanheiro da princesa
Castanheiro da princesaCastanheiro da princesa
Castanheiro da princesa
 
O menino no parque
O menino no parqueO menino no parque
O menino no parque
 
Os Maias - Capítulo XVIII
Os Maias - Capítulo XVIIIOs Maias - Capítulo XVIII
Os Maias - Capítulo XVIII
 
Os Maias - Capítulo XVII
Os Maias - Capítulo XVIIOs Maias - Capítulo XVII
Os Maias - Capítulo XVII
 
Os Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVIOs Maias - Capítulo XVI
Os Maias - Capítulo XVI
 
Os Maias - Capítulo XV
Os Maias - Capítulo XVOs Maias - Capítulo XV
Os Maias - Capítulo XV
 
Os Maias - Capítulo XIV
Os Maias - Capítulo XIVOs Maias - Capítulo XIV
Os Maias - Capítulo XIV
 
Os Maias - Capítulo XIII
Os Maias - Capítulo XIIIOs Maias - Capítulo XIII
Os Maias - Capítulo XIII
 
Os Maias - Capítulo XII
Os Maias - Capítulo XIIOs Maias - Capítulo XII
Os Maias - Capítulo XII
 
Os Maias - Capítulo XI
Os Maias - Capítulo XIOs Maias - Capítulo XI
Os Maias - Capítulo XI
 
Os Maias - Capítulo X
Os Maias - Capítulo XOs Maias - Capítulo X
Os Maias - Capítulo X
 
Os Maias - Capítulo IX
Os Maias - Capítulo IXOs Maias - Capítulo IX
Os Maias - Capítulo IX
 
Os Maias - Capítulo VIII
Os Maias - Capítulo VIIIOs Maias - Capítulo VIII
Os Maias - Capítulo VIII
 
Os Maias - Capítulo VII
Os Maias - Capítulo VIIOs Maias - Capítulo VII
Os Maias - Capítulo VII
 
Os Maias - Capítulo VI
Os Maias - Capítulo VIOs Maias - Capítulo VI
Os Maias - Capítulo VI
 
Os Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo VOs Maias - Capítulo V
Os Maias - Capítulo V
 
Os Maias - Capítulo IV
Os Maias - Capítulo IVOs Maias - Capítulo IV
Os Maias - Capítulo IV
 
Os Maias - Capítulo III
Os Maias - Capítulo IIIOs Maias - Capítulo III
Os Maias - Capítulo III
 
Os Maias - Capítulo II
Os Maias - Capítulo IIOs Maias - Capítulo II
Os Maias - Capítulo II
 
Os Maias - Capítulo I
Os Maias - Capítulo IOs Maias - Capítulo I
Os Maias - Capítulo I
 

Dernier

Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxacaciocarmo1
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxkarinasantiago54
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileirosMary Alvarenga
 
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREVACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREIVONETETAVARESRAMOS
 
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxOrientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxJMTCS
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024GleyceMoreiraXWeslle
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfErasmo Portavoz
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?MrciaRocha48
 
atividades diversas 1° ano alfabetização
atividades diversas 1° ano alfabetizaçãoatividades diversas 1° ano alfabetização
atividades diversas 1° ano alfabetizaçãodanielagracia9
 
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptx
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptxQUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptx
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptxAntonioVieira539017
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mimJunto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mimWashingtonSampaio5
 
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfTIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfmarialuciadasilva17
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdfDemetrio Ccesa Rayme
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAAVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAEdioFnaf
 
A população Brasileira e diferença de populoso e povoado
A população Brasileira e diferença de populoso e povoadoA população Brasileira e diferença de populoso e povoado
A população Brasileira e diferença de populoso e povoadodanieligomes4
 
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao  bullyingMini livro sanfona - Diga não ao  bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao bullyingMary Alvarenga
 
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptxPOETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptxJMTCS
 

Dernier (20)

Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptxBaladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
Baladão sobre Variação Linguistica para o spaece.pptx
 
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptxFree-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
Free-Netflix-PowerPoint-Template-pptheme-1.pptx
 
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
19 de abril - Dia dos povos indigenas brasileiros
 
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTREVACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
VACINAR E DOAR, É SÓ COMEÇAR - - 1º BIMESTRE
 
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptxOrientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
Orientações para a análise do poema Orfeu Rebelde.pptx
 
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
Apresentação sobre o Combate a Dengue 2024
 
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdfO guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
O guia definitivo para conquistar a aprovação em concurso público.pdf
 
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
Empreendedorismo: O que é ser empreendedor?
 
atividades diversas 1° ano alfabetização
atividades diversas 1° ano alfabetizaçãoatividades diversas 1° ano alfabetização
atividades diversas 1° ano alfabetização
 
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptx
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptxQUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptx
QUIZ – GEOGRAFIA - 8º ANO - PROVA MENSAL.pptx
 
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mimJunto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
Junto ao poço estava eu Quando um homem judeu Viu a sede que havia em mim
 
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdfTIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
TIPOS DE DISCURSO - TUDO SALA DE AULA.pdf
 
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
Geometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdfGeometria  5to Educacion Primaria EDU  Ccesa007.pdf
Geometria 5to Educacion Primaria EDU Ccesa007.pdf
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZAAVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
AVALIAÇÃO INTEGRADA 1ª SÉRIE - EM - 1º BIMESTRE ITINERÁRIO CIÊNCIAS DAS NATUREZA
 
A população Brasileira e diferença de populoso e povoado
A população Brasileira e diferença de populoso e povoadoA população Brasileira e diferença de populoso e povoado
A população Brasileira e diferença de populoso e povoado
 
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao  bullyingMini livro sanfona - Diga não ao  bullying
Mini livro sanfona - Diga não ao bullying
 
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptxPOETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
POETAS CONTEMPORANEOS_TEMATICAS_explicacao.pptx
 

Os Maias - personagens

  • 2. Afonso da Maia • Psicológico: duro, clássico, ultrapassado, paciente, caridoso (ajuda os mais pobres e mais fracos), nobre, espírito são, rígido, austero, risonho e individualista. 2/37
  • 3. Afonso da Maia • Símbolo do liberalismo (na juventude), associado a um passado heroico, incapacidade de regeneração do país, modelo de autodomínio. 3/37
  • 4. Afonso da Maia • Morre de apoplexia, no jardim do Ramalhete, na sequência do incesto dos netos, Carlos e Maria Eduarda. É o mais simpático e o mais valorizado para Eça. 4/37
  • 5. Alencar • “Personagem-tipo”, é o símbolo do romantismo. • Representa a incapacidade de adaptação à “ideia nova” (realismo). 5/37
  • 6. Carlos da Maia • É o protagonista. • Filho de Pedro e Maria Monforte. • Após o suicídio do pai vai viver com o avô para Santa Olávia, sendo educado à inglesa pelo precetor, o inglês Brown. • Sairá de Santa Olávia para tirar Medicina em Coimbra. 6/37
  • 7. Carlos da Maia • Admirado pelas mulheres. • Depois do curso acabado, viaja pela Europa. • Quando volta a Lisboa traz planos grandiosos de pesquisa e curas médicas, que abandona ao cair na inatividade, porque, em Portugal, um aristocrata não é suposto ser médico. 7/37
  • 8. Carlos da Maia • Apesar do entusiasmo e das boas intenções, fica sem qualquer ocupação e acaba por ser absorvido por uma vida social e amorosa que levará ao fracasso das suas capacidades e à perda das suas motivações. 8/37
  • 9. Carlos da Maia • Transforma-se numa vítima da hereditariedade (visível na sua beleza e no seu gosto exagerado pelo luxo, herdados da mãe e pela tendência para o sentimentalismo, herdada do pai) e do meio em que se insere, mesmo apesar da sua educação à inglesa e da sua cultura, que o tornam superior ao contexto sociocultural português. 9/37
  • 10. Carlos da Maia • A sua verdadeira paixão nascerá em relação a Maria Eduarda, que compara a uma deusa e jamais esquecerá. Por ela dispõe-se a renunciar a preconceitos e a colocar o amor em primeiro plano. 10/37
  • 11. Carlos da Maia • Ao saber da verdadeira identidade de Maria Eduarda consumará o incesto voluntariamente por não ser capaz de resistir à intensa atração que Maria Eduarda exerce sobre ele. 11/37
  • 12. Carlos da Maia • Acaba por assumir que falhou na vida, tal como Ega, pois a ociosidade dos portugueses acabaria por contagiá-lo, levando-o a viver para a satisfação do prazer dos sentidos e a renunciar ao trabalho e às ideias pragmáticas que o dominavam quando chegou a Lisboa, vindo do estrangeiro. 12/37
  • 13. Carlos da Maia • Simboliza a incapacidade de regeneração do país a que se propusera a própria Geração de 70. Não teme o esforço físico, é corajoso e frontal, amigo do seu amigo, parece incapaz de fazer uma canalhice. É uma personagem modelada. 13/37
  • 14. Craft • Inglês, representa a formação e mentalidade britânicas, sendo Craft o jovem mais parecido com Carlos. 14/37
  • 15. Cruges • É dos poucos que é moralmente correto, representa a exceção na mediocridade da sociedade portuguesa, é idealista. 15/37
  • 16. Dâmaso Salcede • Representa a podridão das sociedades, é o “rafeiro” de Carlos, anda sempre atrás dele e imita-o em tudo. 16/37
  • 18. João da Ega • Autêntica projeção de Eça de Queirós pela ideologia literária, usando também um monólogo e era considerado um ateu e demagogo. • Excêntrico, cínico, o denunciador de vícios, o demolidor energético da política e da sociedade. • É um romântico e um sentimental. 18/37
  • 19. João da Ega • Tornou-se amigo inseparável e confidente de Carlos. • Instalou-se no Ramalhete e a sua grande paixão será Raquel Cohen. 19/37
  • 20. João da Ega • Como Carlos, tem grandes projetos (a revista, o livro, a peça) que nunca chega a realizar. É também um falhado, influenciado pela sociedade lisboeta decadente e corrupta. 20/37
  • 21. João da Ega • Nos últimos 4 capítulos ganha uma certa densidade psicológica e passa a desempenhar um papel muito importante na intriga, sendo ele o primeiro a conhecer a verdadeira identidade de Maria Eduarda. 21/37
  • 22. João da Ega • É Ega que faz a revelação trágica a Vilaça, Carlos (que contará ao avô Afonso) e, por fim, a Maria Eduarda. A sua vida psicológica manifesta-se também ao nível da reflexão interiorizada através de monólogos interiores, sobretudo depois do encontro com o Sr. Guimarães, no capítulo XVI. 22/37
  • 23. Maria Eduarda • Apresentada como uma deusa. • Dizendo-se viúva de Mac Green, sabia apenas que a sua mãe abandonara Lisboa, levando-a consigo para Viena. • Tivera uma filha de Mac Gren, Rosa. 23/37
  • 24. Maria Eduarda • A sua dignidade, a sensatez, o equilíbrio e a santidade são características fundamentais da sua personagem, às quais se juntam uma forte consciência moral e social. • Salienta-se ainda a sua faceta humanitária e a compaixão pelos socialmente desfavorecidos. 24/37
  • 25. Maria Eduarda • A súbita revelação da verdadeira identidade de Maria Eduarda, vai provocar em Carlos estupefação e compaixão, posteriormente o incesto consciente, e depois deste, a repugnância. • A separação é a única solução para esta situação caótica a que se junta a morte de Afonso. 25/37
  • 26. Maria Eduarda • A sua apresentação cumpre os modelos realista e naturalista, pelo que coincidem no seu carácter e no espaço físico que ela ocupa duas vertentes distintas da sua educação: a dimensão culta e moral, construída aquando da sua estadia e educação num convento, e a sua faceta demasiado vulgar, absorvida durante o convívio com sua mãe. 26/37
  • 27. Maria Eduarda • Ela é o último elemento feminino da família Maia e simboliza, tal como as outras mulheres da família, a desgraça e a fatalidade. • É de uma enorme dignidade, principalmente quando não quer gastar o dinheiro de Castro Gomes por estar ligada a Carlos. 27/37
  • 28. Maria Eduarda • No final da obra, parte para Paris onde mais tarde casa com Mr. de Trelain, casamento considerado por Carlos o de dois seres desiludidos. • É uma “personagem-tipo”. 28/37
  • 29. Maria Monforte • Psicológica: personalidade fútil mas fria, caprichosa, cruel e interesseira. • Protótipo: da cortesã: leviana e amora, sem preocupações culturais ou sociais. 29/37
  • 30. Maria Monforte • É filha do Monforte, e é conhecida em Lisboa por “a negreira”, porque seu pai enriqueceu transportando negros e arrancando a riqueza da “pele do africano”. 30/37
  • 31. Maria Monforte • Contra a vontade de Afonso, Pedro da Maia apaixonase e casa com ela. Nasceram Carlos e Maria Eduarda. Maria Monforte virá a fugir com o italiano Tancredo, levando Maria Eduarda consigo e abandonando Carlos e provocando o suicídio de Pedro. 31/37
  • 32. Maria Monforte Entretanto, o italiano é morto num duelo e Maria levará uma vida muito má. Entregará a Guimarães um cofre com documentos para a identificação da filha. 32/37
  • 33. Palma Cavalão • Diretor do jornal A corneta do diabo representa o jornalismo corrupto, sensacionalista e escandaloso que vive da calúnia e do suborno. 33/37
  • 34. Pedro da Maia • Protótipo do herói romântico e é personagem-tipo. • Psicológica: nervoso, crises de melancolia, sentimentos exagerados, instável emocionalmente (como a mãe). 34/37
  • 35. Pedro da Maia • Educação tradicional – portuguesa – romântica – criado pelas criadas e mãe. Sente um amor quase doentio pela mãe, pelo que quando esta morre entra em loucura. 35/37
  • 36. Pedro da Maia • Deixou-se encadear por um amor à primeira vista que o conduziu a um casamento, de estilo romântico, com Maria Monforte. Este enlace precipitado levá-lo-ia mais tarde ao suicídio – após a fuga da mulher – por carecer de sólidos princípios morais e de força de vontade que o deveriam levar à aceitação da realidade e à superação daquele contratempo. 36/37
  • 37. Vilaça • Procurador dos Maias. • Acredita no progresso. 37/37