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ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM AO PACIENTE
QUEIMADO

Enfa. Aretusa Delfino de Medeiros
Queimadura
Definido como uma lesão dos tecidos
orgânicos em decorrência de um trauma
de origem térmica. Podendo variar de
uma simples flictena na pele, até grave
agressão, capaz de desencadear um
grande número de respostas sistêmicas
proporcionais
à
extensão
e
a
profundidade dessas lesões (GOMES,
2006).
Fisiopatologia
Entendendo o complexo mecanismo de
lesão da queimadura.

Agressão do tecido

Pele
Exposição do
Colágeno

Vaso

Liberação de Substâncias
Vasoativas
Fisiopatologia

Extravasamento de Plasma
(Eletrólitos , Proteínas e etc)
Fisiopatologia
Resposta Metabólica
1º Fase

Hipometabolismo
Diminuição do DC
Diminuição do consumo de O2
Liberação de subs. Vasoativas
Hipoglicemia

2º Fase

Hipermetabolismo
Aumento do Catabolismo
Liberação de Hormônios
Uso das reservas energéticas
Fisiopatologia
Perda da Barreira Mecânica
Alterações no Sist. Imune
Diminuição da ação Fagocítica
Aumento do número de cel. Ts

Invasão de Bactérias

Sepse – Choque Séptico
3° RISCO
Classificação
1.

QUANTO AO AGENTE CAUSADOR

● Queimaduras Térmicas
● Queimaduras Químicas
● Queimaduras Elétricas
● Queimaduras por Radiação
● Queimaduras por Atrito
2. QUANTO A PROFUNDIDADE
● 1° GRAU ou de espessura parcial
superficial.

1º GRAU

1º GRAU
● 2° GRAU ou espessura parcial profunda

2º GRAU

2º GRAU
2º GRAU

2º GRAU
2º GRAU

2º GRAU
3° GRAU ou espessura plena
3º Grau
3º Grau
● 4º grau ou Indefinida
Queimaduras elétricas
QUEIMADURAS QUÍMICAS
3. QUANTO A EXTENSÃO

ASCT – Área da Superfície da Corporal Total
4. QUANTO A GRAVIDADE
● Queimado leve: queimaduras de 2° grau menor
que 15% da SCT e 3° grau menor que 3% da
SCT.
●Queimado moderado: queimaduras de 2º grau
maior que 15% e menor que 25% da SCT e 3º
grau maior que 3% e menor que 10% da SCT.
● Queimado Grave: queimaduras de 2º grau maior
que 25% da SCT ou de 3º grau maior que 10%
CÁLCULO DA SCQ


REGRA DOS NOVE OU MÉTODO DE
WALLLACE
CÁLCULO DA SCQ



ESQUEMA DE LUND BROWDER
CÁLCULO DA SCQ
 MÉTODO DA PALMA

O tamanho da mão do paciente equivale a
1% da SCQ
GRAVIDADE DA LESÃO
 Doenças de base
 Agente causal

 Traumas associados a lesão
 Idade

 Lesão das Vias aéreas e face

 Profundidade da lesão e queimadura de

genitália
 Extensão da SCQ
RESPOSTAS LOCAIS E SISTÊMICAS A
QUEIMADURA
Alterações Hemodinâmicas
- Diminuição do DC na 1ª fase , hipovolemia e
aumento da FC

Alterações Pulmonares
-

IRA devido hipovolemia na 1ª fase
Aumento da FR na 2B fase
Alcalose devido temperatura
Alterações Hematológicas
- Na 1ª fase aumento do Hto
-Na 2ª fase diminuição do Hto
-Distúrbios de coagulação

-

Alterações Gastrintestinais
Íleo Paralítico
Úlcera de Curling
Necrose Instestinal
Pancreatite
Alterações Neurológicas

- Confusão mental com agitação

- Alterações motoras e sensoriais qdo for causada pelo
choque elétrico

Alterações Imunes

-

Diminuição dos linfócitos T 48h após o trauma

Alterações Metabólicas

- Aumento do consumo de O2
- Aumento do DC e FR
- Aumento da temperatura corporal
- Diminuição da massa corporal
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
EM VÍTIMAS DE QUEIMADURAS
Constitui-se em duas fases:
1-FASE DE EMERGÊNCIA OU
REANIMAÇÃO
Das 1ªs 24 hs até 48h após o trauma

2- FASE AGUDA OU INTERMEDIÁRIA
A partir das 48h a 72 h do trauma
FASE DE EMERGÊNCIA OU
REANIMAÇÃO
-

AMBIENTE EXTRA HOSPITALAR



Realizar ATLS



Afastar a vítima do agente da queimadura;



Encharcá-la com água e extrair as roupas queimadas não aderentes;



Se se tratar de uma queimadura química, retirar cuidadosamente as
roupas e despejar grandes quantidades de água sobre a ferida;



Se tratar-se de uma queimadura elétrica interromper o contato com um
objeto seco não condutor da vítima (ex.: uma corda);



Estabelecer a permeabilidade das vias aéreas e avaliar as lesões
provocadas por inalação. Administrar oxigênio se possível;
 Retirar jóias ou roupas apertadas


Verificar lesões de córnea;



Resfriar agentes aderentes (ex. piche) com água corrente, mas não tentar a
remoção imediata;



Em casos de queimaduras por agentes químicos, irrigar abundantemente
com água corrente de baixo fluxo (após retirar o excesso do agente químico
em pó, se for o caso), por pelo menos 20 a 30 minutos. Após a limpeza das
lesões, os curativos deverão ser confeccionados



Cobrir a vítima com uma cobertura seca e quente, para evitar a perda de
calor;



Cobrir a queimadura com uma cobertura úmida esterilizada ou limpa
 Verificar queimaduras de vias aéreas superiores, principalmente em
pacientes com queimaduras de face.


Transportar a vítima para o centro hospitalar mais próximo.
- AMBIENTE HOSPITALAR
Controle dos sinais vitais;
Elevação das extremidades queimadas a fim de reduzir o edema;
Inserção de cateteres venosos de grosso calibre;
Sondagem vesical;
Monitoração do balanço hídrico com anotação do débito urinário a cada hora;
Avaliação da densidade urinária específica, pH e níveis de glicose, acetona,
proteína e hemoglobina;
Pressão venosa central;
Avaliação da temperatura corporal, peso corporal, peso pré-queimadura e a
história de alergias, imunização contra o tétano, problemas clínicos e cirúrgicos
pregressos, doenças atuais e uso de medicamentos;
- AMBIENTE HOSPITALAR


Realização do exame físico completo;



Sondagem nasogástrica;



Higiene dos pacientes queimados;



Elaboração do histórico completo do paciente, descrevendo o mecanismo
da queimadura, como ocorreu, horário, etc;



Avaliação da compreensão do paciente/família com relação à lesão e o
tratamento
REPOSIÇÃO HÍDRICA
REGRA DE PARKLAND
4 ml de Ringer
Lactato ou Soro
Fisiológico

KG

% Área
queimada

 A solução deverá ser administrada nas

primeiras 24 horas

½ nas 8 hs após trauma
FASE AGUDA OU INTERMEDIÁRIA









Verificar pulso ( < 120 bpm)
Pressão Arterial ( da faixa normal a elevada)
Capnografia
Diurese horária ( 30 – 70 ml/h)
Temperatura corporal
Oximetria
PVC
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
PROVÁVEIS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.

Déficit de volume de líquido.
Troca gasosa prejudicada
Dor
Alto risco para injúria
Alto risco para infecção
Nutrição alterada
Termorregulação ineficaz
Distúrbio da auto-estima
Integridade da pele prejudicada
TRATAMENTO DA LESÃO DO
PACIENTE QUEIMADO
•
•
•
•
•
•
•
•

Broncoscopia
Desbridamento cirúrgico
Enxerto
Curativos sintéticos
Curativos com agentes tópicos
Balneoterapia
Escarotomia descompressiva
Oxigenoterapia hiperbárica
CURATIVOS TÓPICOS
SULFADIAZINA DE PRATA
• Creme hidrossolúvel, bactericida, branco,
contendo o agente antimicrobiana em forma
micronizada.
•Substância de baixa solubilidade. Processo que
permite a exposição da célula bacteriana a maiores
contatos com a superfície corporal untada de
creme.
•Seu mecanismo de ação atua através da
membrana celular bacteriana.
CLOREXIDRINA




Utilizada na degermação diária.
Potente expectro de ação.
Baixa toxicidade.

PVPI DEGERMANTE
 Sua ação está na dependência da liberação do
iodo.
 Possui propriedades viricidas, bactericidas e
fungicidas.
 Esta liberação só ocorre após 5 minutos de
contato com o tecido.
 Alta toxicidade
BALNEOTERAPIA
CURATIVO -1º PASSO
CURATIVO - 2º PASSO
CURATIVO - 3º PASSO
CURATIVO -5º PASSO
CURATIVO - 6º PASSO
FINALIZAÇÃO
ESCAROTOMIA DESCOMPRESSIVA
FASCIOTOMIA
ESCAROTOMIA
DESCOMPRESSIVA
OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA
OXIGENOTERAPIA
HIPERBÁRICA
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  • 1. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE QUEIMADO Enfa. Aretusa Delfino de Medeiros
  • 2. Queimadura Definido como uma lesão dos tecidos orgânicos em decorrência de um trauma de origem térmica. Podendo variar de uma simples flictena na pele, até grave agressão, capaz de desencadear um grande número de respostas sistêmicas proporcionais à extensão e a profundidade dessas lesões (GOMES, 2006).
  • 3. Fisiopatologia Entendendo o complexo mecanismo de lesão da queimadura. Agressão do tecido Pele Exposição do Colágeno Vaso Liberação de Substâncias Vasoativas
  • 5. Fisiopatologia Resposta Metabólica 1º Fase Hipometabolismo Diminuição do DC Diminuição do consumo de O2 Liberação de subs. Vasoativas Hipoglicemia 2º Fase Hipermetabolismo Aumento do Catabolismo Liberação de Hormônios Uso das reservas energéticas
  • 6. Fisiopatologia Perda da Barreira Mecânica Alterações no Sist. Imune Diminuição da ação Fagocítica Aumento do número de cel. Ts Invasão de Bactérias Sepse – Choque Séptico 3° RISCO
  • 7. Classificação 1. QUANTO AO AGENTE CAUSADOR ● Queimaduras Térmicas ● Queimaduras Químicas ● Queimaduras Elétricas ● Queimaduras por Radiação ● Queimaduras por Atrito
  • 8. 2. QUANTO A PROFUNDIDADE ● 1° GRAU ou de espessura parcial superficial. 1º GRAU 1º GRAU
  • 9. ● 2° GRAU ou espessura parcial profunda 2º GRAU 2º GRAU
  • 12. 3° GRAU ou espessura plena
  • 15. ● 4º grau ou Indefinida
  • 18. 3. QUANTO A EXTENSÃO ASCT – Área da Superfície da Corporal Total 4. QUANTO A GRAVIDADE ● Queimado leve: queimaduras de 2° grau menor que 15% da SCT e 3° grau menor que 3% da SCT. ●Queimado moderado: queimaduras de 2º grau maior que 15% e menor que 25% da SCT e 3º grau maior que 3% e menor que 10% da SCT. ● Queimado Grave: queimaduras de 2º grau maior que 25% da SCT ou de 3º grau maior que 10%
  • 19. CÁLCULO DA SCQ  REGRA DOS NOVE OU MÉTODO DE WALLLACE
  • 20. CÁLCULO DA SCQ  ESQUEMA DE LUND BROWDER
  • 21. CÁLCULO DA SCQ  MÉTODO DA PALMA O tamanho da mão do paciente equivale a 1% da SCQ
  • 22. GRAVIDADE DA LESÃO  Doenças de base  Agente causal  Traumas associados a lesão  Idade  Lesão das Vias aéreas e face  Profundidade da lesão e queimadura de genitália  Extensão da SCQ
  • 23. RESPOSTAS LOCAIS E SISTÊMICAS A QUEIMADURA Alterações Hemodinâmicas - Diminuição do DC na 1ª fase , hipovolemia e aumento da FC Alterações Pulmonares - IRA devido hipovolemia na 1ª fase Aumento da FR na 2B fase Alcalose devido temperatura
  • 24. Alterações Hematológicas - Na 1ª fase aumento do Hto -Na 2ª fase diminuição do Hto -Distúrbios de coagulação - Alterações Gastrintestinais Íleo Paralítico Úlcera de Curling Necrose Instestinal Pancreatite
  • 25. Alterações Neurológicas - Confusão mental com agitação - Alterações motoras e sensoriais qdo for causada pelo choque elétrico Alterações Imunes - Diminuição dos linfócitos T 48h após o trauma Alterações Metabólicas - Aumento do consumo de O2 - Aumento do DC e FR - Aumento da temperatura corporal - Diminuição da massa corporal
  • 26. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM VÍTIMAS DE QUEIMADURAS Constitui-se em duas fases: 1-FASE DE EMERGÊNCIA OU REANIMAÇÃO Das 1ªs 24 hs até 48h após o trauma 2- FASE AGUDA OU INTERMEDIÁRIA A partir das 48h a 72 h do trauma
  • 27. FASE DE EMERGÊNCIA OU REANIMAÇÃO - AMBIENTE EXTRA HOSPITALAR  Realizar ATLS  Afastar a vítima do agente da queimadura;  Encharcá-la com água e extrair as roupas queimadas não aderentes;  Se se tratar de uma queimadura química, retirar cuidadosamente as roupas e despejar grandes quantidades de água sobre a ferida;  Se tratar-se de uma queimadura elétrica interromper o contato com um objeto seco não condutor da vítima (ex.: uma corda);  Estabelecer a permeabilidade das vias aéreas e avaliar as lesões provocadas por inalação. Administrar oxigênio se possível;
  • 28.  Retirar jóias ou roupas apertadas  Verificar lesões de córnea;  Resfriar agentes aderentes (ex. piche) com água corrente, mas não tentar a remoção imediata;  Em casos de queimaduras por agentes químicos, irrigar abundantemente com água corrente de baixo fluxo (após retirar o excesso do agente químico em pó, se for o caso), por pelo menos 20 a 30 minutos. Após a limpeza das lesões, os curativos deverão ser confeccionados  Cobrir a vítima com uma cobertura seca e quente, para evitar a perda de calor;  Cobrir a queimadura com uma cobertura úmida esterilizada ou limpa  Verificar queimaduras de vias aéreas superiores, principalmente em pacientes com queimaduras de face.  Transportar a vítima para o centro hospitalar mais próximo.
  • 29. - AMBIENTE HOSPITALAR Controle dos sinais vitais; Elevação das extremidades queimadas a fim de reduzir o edema; Inserção de cateteres venosos de grosso calibre; Sondagem vesical; Monitoração do balanço hídrico com anotação do débito urinário a cada hora; Avaliação da densidade urinária específica, pH e níveis de glicose, acetona, proteína e hemoglobina; Pressão venosa central; Avaliação da temperatura corporal, peso corporal, peso pré-queimadura e a história de alergias, imunização contra o tétano, problemas clínicos e cirúrgicos pregressos, doenças atuais e uso de medicamentos;
  • 30. - AMBIENTE HOSPITALAR  Realização do exame físico completo;  Sondagem nasogástrica;  Higiene dos pacientes queimados;  Elaboração do histórico completo do paciente, descrevendo o mecanismo da queimadura, como ocorreu, horário, etc;  Avaliação da compreensão do paciente/família com relação à lesão e o tratamento
  • 31. REPOSIÇÃO HÍDRICA REGRA DE PARKLAND 4 ml de Ringer Lactato ou Soro Fisiológico KG % Área queimada  A solução deverá ser administrada nas primeiras 24 horas ½ nas 8 hs após trauma
  • 32. FASE AGUDA OU INTERMEDIÁRIA        Verificar pulso ( < 120 bpm) Pressão Arterial ( da faixa normal a elevada) Capnografia Diurese horária ( 30 – 70 ml/h) Temperatura corporal Oximetria PVC
  • 33. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM PROVÁVEIS 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Déficit de volume de líquido. Troca gasosa prejudicada Dor Alto risco para injúria Alto risco para infecção Nutrição alterada Termorregulação ineficaz Distúrbio da auto-estima Integridade da pele prejudicada
  • 34. TRATAMENTO DA LESÃO DO PACIENTE QUEIMADO • • • • • • • • Broncoscopia Desbridamento cirúrgico Enxerto Curativos sintéticos Curativos com agentes tópicos Balneoterapia Escarotomia descompressiva Oxigenoterapia hiperbárica
  • 35. CURATIVOS TÓPICOS SULFADIAZINA DE PRATA • Creme hidrossolúvel, bactericida, branco, contendo o agente antimicrobiana em forma micronizada. •Substância de baixa solubilidade. Processo que permite a exposição da célula bacteriana a maiores contatos com a superfície corporal untada de creme. •Seu mecanismo de ação atua através da membrana celular bacteriana.
  • 36. CLOREXIDRINA    Utilizada na degermação diária. Potente expectro de ação. Baixa toxicidade. PVPI DEGERMANTE  Sua ação está na dependência da liberação do iodo.  Possui propriedades viricidas, bactericidas e fungicidas.  Esta liberação só ocorre após 5 minutos de contato com o tecido.  Alta toxicidade
  • 39. CURATIVO - 2º PASSO
  • 40. CURATIVO - 3º PASSO
  • 42. CURATIVO - 6º PASSO