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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR
NÚCLEO DE SAÚDE – NUSAU
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO RESISTIDO LINEAR EM
PARÂMETROS HEMODINÂMICOS DE UNIVERSITARIAS SEDENTÁRIAS

PROJETO DE MONOGRAFIA

Acadêmico: Gabriel da Costa Silva

Porto Velho – RO
2013
EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO RESISTIDO LINEAR EM
PARAMETROS HEMODINAMICOS DE UNIVERSITARIAS SEDENTARIAS

Autor: Gabriel da Costa Silva

Projeto de Monografia apresentado ao
professor José Roberto de Maio Godói,
como requisito na disciplina de Projeto de
Pesquisa do 5º período de Educação
Física.

Porto Velho – RO
2013
SUMÁRIO
ELEMENTOS TEXTUAIS
1. INTRODUÇÃO
Problematização
Justificativa
Objetivos
Objetivo geral
Objetivos específicos
Delimitação do estudo
2. METODOLOGIA
Caracterização da pesquisa
População e amostra
Procedimento para seleção da amostra
Descrição do desenho do estudo
Controle do estudo
Variáveis do estudo
Definições conceituais e procedimentos operacionais
Equipamentos e instrumentos utilizados
Protocolo de testagem e medição
Modelo matemático de estimativa
Tratamento estatístico
3. REFERENCIAL TEÓRICO
PROBLEMATIZAÇÃO
Antigamente os povos exploravam os recursos naturais para sua sobrevivência (caça,
pesca, agricultura, etc.), até que, escasseados tais recursos em função do consumo próprio,
estes deslocavam-se para uma nova área reiniciando o dito processo. Com o passar do tempo,
principalmente após a Revolução Industrial em meados do século XVIII, a comodidade
acentuada da vida moderna ocasionada pelo avanço tecnológico, proporciona cada vez mais,
baixas taxas de esforços físicos diários ao homem, sendo este fenômeno entendido pela
literatura especializada como sedentarismo (NETO, 1997).
O sedentarismo é um dos fatores de risco que mais levam as pessoas a serem propícias
a doenças crônicas degenerativas. Responsável por dois milhões de mortes anualmente no
mundo, segundo os dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), pessoas sedentárias
podem desenvolver males como Hipertensão Arterial, Infarto do Agudo do Miocárdio,
Obesidade, Depressão, Déficit Cognitivo, Ansiedade, Diabetes, Câncer, Aterosclerose,
Artrose, Doença Pulmonar, Colecistopatias, Osteoporose e aumento do Colesterol ruim.
Ocasionando também cansaço, mau humor, indisposição e stress diário.
Sobre estes aspectos, numa visão epidemiológica os estudos de Powers & Howley
(2005), mostram que em 1999 nos Estados Unidos da America do Norte, tais doenças foram
responsáveis por mais de 1,5 milhões de mortes, sendo que, no Brasil estas implicam
anualmente em um milhão de internações e em 25% dos óbitos ocorridos (OLIVEIRA et al.
2004).
Entre homens e mulheres, os homens levam a melhor no quesito “atividade física no
tempo livre”: 39,6% dos homens disseram que praticam atividades físicas nos momentos de
lazer, enquanto apenas 22,4% das mulheres responderam o mesmo. De acordo com José
Fernandes Filho, a diferença pode estar relacionada à dupla jornada que as mulheres assumem
em casa e no trabalho, sobrando pouco tempo para a prática de atividades físicas. “Em
programas de educação para a saúde realizada por Moacyr Portes Júnior (CREF 028994G/SP), o enfoque para esta população está na transformação da atividade diária, do cuidado da
casa e dos filhos, em uma oportunidade de realização de atividade física. Se vai limpar a casa,
é uma série de exercícios; se vai ao mercado ou padaria, é uma caminhada; se a pessoa
carrega compras, exercícios para parte superior do corpo; subir escadas, uma série de step.
Desta maneira, muitas pessoas descobrem que podem estar em um programa de atividade
física regular e com resultados muito positivos”, conta.
Para alguns autores, a atividade física (AF), ou seja, qualquer movimento corporal
resultante de uma contração muscular esquelética que gere gasto energético acima dos níveis
de repouso (TOPOL, 2005), é entendido como uma ferramenta eficaz na prevenção e no
tratamento das doenças anteriormente citadas (POWERS & HOWLEY, 2005; TOPOL,
2005;).
No entanto, autores mais contemporâneos (RODRIGUES DEALMEIDA, 2007),
sugerem que para Atividade Física ter tal propriedade, a mesma deve sofrer um processo de
planejamento em relação a sua duração, intensidade, frequência e repetição, sendo
denominado a partir de então como exercício físico.
Rodrigues de Almeida (2007) sugere ainda que somente nestes moldes, ou seja,
orientada por um profissional com a formação acadêmica competente, a Atividade Física tem
a propriedade de desenvolver adequadamente os níveis funcionais orgânicos sistêmicos dos
sujeitos em geral para atendimento de suas necessidades específicas, estado esse conhecido
como aptidão física.
Dentre as diversas manifestações das atividades físicas, se avulta a prática do
treinamento físico contra resistido (TFCR), o qual, popularmente é conhecido como
musculação, e o treinamento resistido linear (TRL) é uma variável desta prática. Segundo
Fleck & Kraemer (1999), os efeitos fisiológicos do TFCR estão claramente delineados, sendo
enfatizados em maior escala, os morfológicos relacionados à hipertrofia muscular, ou seja, aos
aumentos tanto do tamanho da fibra muscular, como também da quantidade das proteínas
envolvidas no processo de contração músculo esquelética (GOLDSPINK, MACDOUGLAS et
al., LUTHI et al. apud FLECK & KRAEMER, 2006).
Tendo em vista que os exercícios resistidos tem um gasto energético muito alto, o
mesmo está sendo utilizado como estratégia no processo de emagrecimento, aumentando o
gasto energético diário, tanto durante quanto no pós-exercício e aumento a massa muscular,
aumentando assim a taxa metabólica basal. O exercício resistido contribui ainda permitindo
ao obeso adquirir maior força muscular e estabilidade nas articulações, o que o possibilita de
ter uma vida diária mais ativa (MATSURA, MEIRELLES E GOMES, 2006).
Outro fator determinante do treinamento resistido com ênfase na fase excêntrica pode
elevar o EPOC, tendo em vista que quando se afasta a origem e inserção do músculo
esquelético o potencial microlesivo é maior. O reparo destas microlesões pela síntese proteica
tem um alto custo em ATP para o metabolismo, seis ATP por mol de peptídeo formado
justificando o EPOC aumentado por até vários dias após uma única sessão de exercícios
resistidos. (Bielinski R, 1985).
Sobre outras perspectivas de aplicabilidade do TFCR, Simão (2007) descreve os seus
efeitos profiláticos e terapêuticos, bem como, apresenta propostas metodológicas de avaliação
funcional, prescrição e controle de cargas de treino, além de mostrar estudos que relatam
claramente os benefícios ocasionados em sujeitos portadores de patologias como cardiopatias,
osteoporose, diabetes e obesidade.
O Treinamento Resistido Linear tem sua metodologia referindo-se a prática de
aumentar continuamente o nível de exigência sobre o músculo à medida que o mesmo se torna
capaz de produzir mais força ou tenha mais resistência seja através do aumento do volume ou
da intensidade (Rhea ET AL, 2003).
Diante destas constatações, verifica-se que são várias as pesquisas e opiniões sobre o
assunto, sendo que, até o momento infere-se que não há uma opinião acadêmica definitiva
sobre o tema. Em presença dos seguintes fatos formulou-se o seguinte problema de pesquisa:
O TREINAMENTO RESISTIDO LINEAR PODE TRAZER MELHORIAS
PARA POPULAÇÃO SEDENTÁRIA?

JUSTIFICATIVA
Observa-se na literatura especializada uma ênfase em trabalhos que analisam algumas
variáveis hemodinâmicas de atletas fisiculturistas, basistas e levantadores de peso, estudandoos tanto em situação fisiológica de repouso (FLECK, HAYKOWSKY et al., GEORGE et al.,
SALTIN & ASTRAND apud FELCK & KRAEMER, 2006), como em condições de esforço
físico (FALKEL, FLECK & MURRAY apud FLECK & KRAEMER, 2006).
Considerando que nenhum estudo foi diagnosticado averiguar possíveis melhoras
hemodinâmicas de universitárias sedentárias em um TRL, e ainda, de acordo com as
sugestões de Negrão & Barreto (2006), os quais publicaram que é inviável no momento
qualquer conclusão que se faça sobre o tema, pressupõe-se que tais aspectos ainda não estão
totalmente esclarecidos, justificando assim a realização desta pesquisa. O estudo permitirá
para complementação de uma justificativa, podendo contribuir para programas estratégicos
para a área estudada.
OBJETIVO GERAL
Averiguar possíveis diferenças hemodinâmicas de um programa de TRL em
universitárias sedentárias.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Averiguar ganho de força em universitárias sedentárias com propriedades do TRL.
Avaliar possíveis alterações nos parâmetros funcionais fisiológicos hemodinâmicos,
decorrentes de um TRL supostamente sistematizado em bases metodológicas.
Avaliar os parâmetros morfológicos: A) Peso corporal total (PCT); E B) Estatura (E).
Desenvolver um programa de TRL para universitárias sedentárias.
DELIMITAÇÃO DO ESTUDO
O estudo propõe-se a investigar possíveis efeitos hemodinâmicos de um TRL em
universitárias sedentárias da UNIR (Universidade Federal de Rondônia – Porto Velho) na
cidade de Porto Velho, com idades entre 18 a 30 anos não possuindo nenhuma experiência no
referido treinamento.
METODOLOGIA
Caracterização da pesquisa
De acordo com Gomes de Mattos et al. (2004), esta pesquisa caracteriza-se como
sendo do tipo descritiva quantitativa, uma vez que considerando-se os objetivos estabelecidos,
busca-se verificar possíveis alterações decorrentes do TRL sobre o perfil das variáveis
hemodinâmicas a serem estudadas, procurando descrevê-las, classificá-las e interpretá-las.
População e amostra
A população desta pesquisa será composta por sujeitas sedentárias não praticantes de
TRL, com nenhuma experiência no sistema de treino citado anteriormente, todas acadêmicas
da UNIR- Universidade Federal de Rondônia/Porto-Velho, do gênero feminino, na faixa
etária de 18 a 30 anos e sem uso de fármacos.
Procedimento para seleção da amostra
Inicialmente, será realizado um contato verbal com o dono da academia onde o estudo
será realizado, para posteriormente, de posse de um documento emitido pelo Departamento de
Educação Física – DEF UNIR retornará a mesma para oficializar a intenção da pesquisa.
Posteriormente, será realizada uma palestra para as sujeitas interessadas em participar da
investigação, explicando os detalhes metodológicos da mesma, sendo ao final desta, todos os
indivíduos se aceitarem, assinarão um termo livre e esclarecido, concordando em participar
voluntariamente da pesquisa. As integrantes serão submetidas ao mesmo procedimento de
testagem (O), o qual ocorrerá num período de oito semanas, sendo a coleta de dado realizada
no início do treinamento, ao final de cada semana e ao final do treinamento de oito semanas.
Descrição do desenho do estudo
Nesta pesquisa será formado apenas um grupo de estudo (GE), que será composto por
10 sujeitos do gênero feminino, sedentárias sem experiência no referido tema. Onde as
integrantes serão submetidas ao mesmo procedimento de testagem (O), o qual ocorrerá num
período de oito semanas, sendo a coleta de dados realizada no início do treinamento, ao final
de cada semana e ao final do treinamento de oito semanas.
Controle do estudo
Seleção do quadro de avaliadores e controle das condições de testagem
Objetivando minimizar e até mesmo evitar possíveis falhas durante o processo de
coleta de dados, serão convidados a colaborar nesta pesquisa 01 concluinte e 01 formado do
Curso de licenciatura plena em Educação Física da Universidade Federal de Rondônia –
UNIR, todos aprovados na disciplina de cineantropometria e portando devidamente
familiarizados com os protocolos de mensuração que serão utilizados na pesquisa, os quais
assumirão a responsabilidade de verificar as condições do material utilizado antes e durante os
procedimentos de testagem.
Com a finalidade de que os estudos que serão realizados possam ser aceitos pela
comunidade científica e empregados como referencial teórico pela população acadêmica em
geral, serão adotadas padronizações convencionadas internacionalmente em
cineantropometria.

Variáveis do estudo
Variável dependente
É a variável que foi testada, medida e avaliada pelo pesquisador, afim de averiguar
possíveis influências decorrentes de outras variáveis (GOMES DE MATTOS et al., 2004).
Parâmetros funcionais hemodinâmicos
São os fatores que regulam o fluxo sanguíneo, traduzindo a eficiência do sistema
cardiovascular em atender as demandas de nutrientes pelas células musculares, afim de, em
virtude das diferentes solicitações orgânicas decorrentes de variados estímulos físicos,
manterem o equilíbrio funcional orgânico (POWERS & HOWLEY, 2005).
Definições conceituais e procedimentos operacionais
Frequência cardíaca de repouso
Definição conceitual
É o menor valor numérico de sístoles cardíacas observado em um período
compreendido entre 5 – 10 minutos, estando o sujeito em posição confortável e o mais
horizontalizado possível (RODRIGUES DE ALMEIDA, 2009).
Equipamentos e instrumentos utilizados
Frequencímetro
Será utilizado um frequencímetro da marca Speedo, modelo digital HRM com as
seguintes especificações: a) cor preta; b) temporizador progressivo; c) medição das
frequências cardíacas continua e média; e d) capacidade de armazenamento na memória do
tempo total de exercício e da frequência cardíaca máxima de esforço, acoplado de uma cinta
precordial transmissora t-31 simples.
Protocolo de testagem e medição
Será adotada a padronização sugerida por Rodrigues de Almeida (2009), sendo
utilizado um único avaliador, o qual antecedendo a realização da medição fará as devidas
explicações ao avaliando sobre o procedimento. Posteriormente, com o sujeito de pé estando a
região do tórax desnuda, o avaliador posicionará a cinta precordial transmissora com a parte
receptora da mesma sobre o processo xifóideo do osso externo do avaliando, e em seguida, o
mesmo será posicionado em decúbito dorsal sobre um colchonete no chão o mais relaxado
possível e com os membros superiores e inferiores em completa extensão.
Como valor da FCR, será adotado o menor número de batimentos cardíacos observados após
o sujeito permanecer por 10 minutos na posição anteriormente descrita, sendo estes valores
anotados a cada minuto do período acima citado.
Frequência cardíaca máxima de esforço
Definição conceitual
É o valor absoluto de sístoles cardíacas observado durante a realização da atividade
física, ou até 15 segundos após o final desta (RODRIGUES DE ALMEIDA, 2009).
Equipamentos e instrumentos utilizados
Frequencímetro
Será utilizado um frequencímetro da marca Speedo, modelo digital HRM com as
seguintes especificações: a) cor preta; b) temporizador progressivo; c) medição das
frequências cardíacas continua e média; e d) capacidade de armazenamento na memória do
tempo total de exercício e da frequência cardíaca máxima de esforço, acoplado de uma cinta
precordial transmissora t-31 simples.
Protocolo de testagem e medição
Adotar-se-á a padronização sugerida por Leite (2000), sendo utilizado único avaliador,
o qual antecedendo a realização da medição fará as devidas explicações ao avaliando sobre o
procedimento. Posteriormente, antes do teste de VO2 máx. iniciar-se, estando o sujeito de pé
e com a região do tórax desnuda, o avaliador posicionará a cinta precordial com a parte
receptora da mesma sobre o processo xifóideo do osso externo do avaliando, para que durante
a testagem a frequência cardíaca fosse registrada minuto a minuto, tendo sido adotado o maior
valor de sístoles cardíacas observados durante a testagem como resultado final.
Débito cardíaco
Definição conceitual
É o volume total de sangue bombeado pelo coração na unidade de tempo de 1 minuto,
resultado do produto da frequência cardíaca com o volume de ejeção sanguíneo em cada
sístole ventricular esquerda. Adaptado de (SIMÃO, 2007).
Equipamentos e instrumentos utilizados
Calculadora
Será utilizada uma calculadora científica da marca Kenko, modelo KK-82MS, com as
seguintes características: a) 240 funções específicas; b) display de duas linhas; c) cálculo
fracionário; d) cálculo seno, cosseno e tangente; e) cálculo estatístico; f) conversão de
sexagesimal para decimal; g) funções hiperbólicas e hiperbólicas inversas; h) função de
repetição e resposta; e i) desligamento automático.
Modelo matemático de estimativa
Para estimar do DC, será utilizado o modelo matemático proposto por Hossack apud
Leite (2000), com validade científica para homens não atletas, abaixo mencionado:
DC= VO2 máx. (PCT x 0,0046) + 5,31
Em que:
VO2 máx.: Consumo máximo de oxigênio expresso em ml/min.-1
PCT: Peso corporal total expresso em KG
Volume sistólico
Definição conceitual
É o volume total de sangue ejetado no interior da artéria aorta em cada sístole
cardíaca, objetivando atender as necessidades funcionais do organismo (LEITE, 2000).
Equipamentos e instrumentos utilizados
Calculadora
Será utilizada uma calculadora científica da marca Kenko, modelo KK-82MS, com as
seguintes características: a) 240 funções específicas; b) display de duas linhas; c) cálculo
fracionário; d) cálculo seno, cosseno e tangente; e) cálculo estatístico; f) conversão de
sexagesimal para decimal; g) funções hiperbólicas e hiperbólicas inversas; h) função de
repetição e resposta; e i) desligamento automático.
Modelo matemático de estimativa
Para estimar do VS, utilizou-se a equação proposta por Wilmore & Norton apud
Rodrigues de Almeida (2009), com validade científica generalizada, abaixo mencionada:
VS=
DC x 1000
FCME
Em que:
DC: Débito cardíaco expresso em l
FCME: Freqüência cardíaca máxima obtida em esforço e expressa em bpm
1000: Um (1) litro expresso em ml
Pressão arterial sanguínea
Definição conceitual
É a pressão exercida pelo sangue contra as paredes arteriais, determinada pela
quantidade de sangue bombeado e pela resistência oposta ao fluxo sanguíneo (POWERS &
HOWLEY, 2005).
Equipamentos e instrumentos utilizados
Esfigmomanômetro
Serão utilizados dois esfigmomanômetros modelo aneróide: a) um para sujeitos com
perimetria de braço entre 22 e 28 cm; e b) outro para sujeitos com perimetria de braço entre
28 e 35 cm. Ambos os aparelhos, da marca Premium apresentando as seguintes
especificações: a) manômetro com precisão de 2 mmHg; b) bomba de inflar em látex; e c)
braçadeira em Nylon com fecho de velcro.
Estetoscópio
Será utilizado um estetoscópio da marca Premium de alta precisão com as seguintes
características: a) um receptor auscultatório confeccionado em aço inox; b) um canículo
propagador de som confeccionado em látex; e c) um terminal auscultatório confeccionado em
aço inox e finalizado com olivas de silicone.
Fita métrica
Será utilizada uma fita métrica da marca Mabbis modelo Gulick, com as seguintes
especificações: a) confecção em fibra de vidro; b) material inelástico; c) fundo de cor branca;
d) 150 cm de comprimento; e e) sistema de rebobinação.
Protocolo de testagem e medição
Será utilizada a padronização sugerida por Mion Jr. et al. (1996), sendo utilizados dois
avaliadores (“a” e “b”), posicionados a esquerda do avaliando e responsáveis pelas seguintes
funções: o avaliador “a” realizará o procedimento de mensuração e o avaliador “b” ficará
responsável pela anotação da medida. Antecedendo a mensuração, o avaliando irá orientar a
sentar-se confortavelmente e permanecer em posição estática durante 5 minutos.
Para mensuração, o avaliando permanecerá sentado com a coluna ereta estando o
braço esquerdo desnudo e relaxado com o antebraço apoiado na altura da região precordial,
estando a mão aberta e descontraída. O avaliador “a” posicionará o manguito oclusor do
esfigmomanômetro sobre a região braquial, fechando a válvula da bomba de inflar e palpando
a artéria do referido seguimento. Posteriormente, inflará o manguito oclusor até não mais
sentir o pulso cardíaco, quando então posicionou adequadamente o terminal auricular do
estetoscópio, bem como, o receptor auscultatório do referido instrumento sobre a artéria
braquial e abrirá lentamente a válvula de controle do ar, diminuindo a pressão do manguito.
Os primeiro e segundo sons percebidos corresponderão aos componentes sistólico e diastólico
respectivamente. O valor encontrado será corrigido pela perimetria do braço relaxado,
conforme sugestão de Mion Jr. et al. apud Rodrigues de Almeida (2009). A medida será
realizada no ponto meso umeral, com o avaliador posicionado ântero lateralmente em relação
ao avaliando, estando este em pé, com os braços relaxados ao longo do corpo, cabeça
orientada no plano de Frankfurt e em ligeiro afastamento lateral de pernas, com o peso
corporal distribuído entre estas. Serão realizadas duas medidas sequenciadas, estabelecendo se
a média aritmética das mesmas como valor final.
Pressão arterial média
Definição conceitual
É a pressão média durante o ciclo cardíaco, a qual determina a taxa do fluxo sanguíneo
através da circulação sistêmica (POWERS & HOWLEY, 2005).
Equipamentos e instrumentos utilizados
Calculadora
Será utilizada uma calculadora científica da marca Kenko, modelo KK-82MS, com as
seguintes características: a) 240 funções específicas; b) display de duas linhas; c) cálculo
fracionário; d) cálculo seno, cosseno e tangente; e) cálculo estatístico; f) conversão de
sexagesimal para decimal; g) funções hiperbólicas e hiperbólicas inversas; h) função de
repetição e resposta; e i) desligamento automático.
Modelo matemático de estimativa
Para estimar a PAM, será utilizado o modelo matemático proposto por Powers &
Howley (2005), com validade cientifica generalizada, abaixo discriminado:
PAM= PAD + 0,33 (PAS – PAD)
Em que:
PAD: Pressão arterial sanguínea diastólica
PAS: Pressão arterial sanguínea sistólica
Duplo produto – DP
Definição conceitual
É o produto da frequência cardíaca de esforço multiplicado pela pressão arterial
sistólica, que reflete as alterações relativas da carga de trabalho imposta ao músculo cardíaco
durante o esforço físico (POWERS & HOWLEY, 2005).
Equipamentos e instrumentos utilizados
Calculadora
Será utilizada uma calculadora científica da marca Kenko, modelo KK-82MS, com as
seguintes características: a) 240 funções específicas; b) display de duas linhas; c) cálculo
fracionário; d) cálculo seno, cosseno e tangente; e) cálculo estatístico; f) conversão de
sexagesimal para decimal; g) funções hiperbólicas e hiperbólicas inversas; h) função de
repetição e resposta; e i) desligamento automático.
Modelo matemático de estimativa
Para estimar o DP, será utilizado o modelo matemático proposto por Leite (2000), com
validade cientifica generalizada, abaixo mencionado:
DP=
FCME X PAS máx.
100
Em que:
FCME: Frequência cardíaca máxima obtida em esforço
PAS máx.: Pressão arterial sistólica máxima obtida em esforço
Parâmetros morfológicos
São aqueles que se relacionam ao crescimento, desenvolvimento e envelhecimento do
sujeito (MARINS & GIANNICHI, 1996).
Definições conceituais e procedimentos operacionais
Peso corporal total
Definição conceitual
É a resultante do sistema de forças exercidas pela gravidade, sobre a massa corporal
total (MATSUDO apud RODRIGUES DE ALMEIDA, 2002).
Equipamentos e instrumentos utilizados
Balança
Será utilizada uma balança de alavanca da marca Welmy 104A com as seguintes
especificações: a) estrutura em chapa de aço carbono; b) acabamento em tinta poliuretano
branco; c) capacidade para 300 kg; d) cabeçote transverso com: a) pino de travamento; b)
escala numérica acoplada de um cilindro corrediço para leitura, com divisão de 100 g, a qual
possui na sua porção final um ponteiro guia móvel; c) escala numérica acoplada de um
cilindro corrediço para leitura com divisão de 10 kg; e) plataforma de apoio plantar com
dimensão de 550 x 390 mm; e f) altura de 1,20 m.
Protocolo de testagem e medição
Será utilizada a padronização sugerida por Marins & Giannichi (2003), sendo
utilizados dois avaliadores (“a” e “b”), distribuídos da seguinte forma: o avaliador “a”
posicionado posteriormente em relação à balança será responsável pela aplicação do protocolo
de medição; e o avaliador “b” posicionado na frente do avaliando, sendo responsável pelas
anotações das medidas encontradas. Antecedendo a realização da testagem, os avaliadores
fornecerão explicações detalhadas aos avaliandos sobre o protocolo de medição, bem como,
procederam a calibragem do referido equipamento. A medida será realizada com sujeito em
vestes sumárias, sendo inicialmente, posicionado de costas para o cabeçote transverso da
balança com a plataforma de apoio plantar entre as pernas. Posteriormente, subirá ao centro
desta de maneira suave com um pé de cada vez, adotando uma postura ereta com a cabeça
orientada no plano de Frankfurt, braços relaxados ao longo do corpo e em ligeiro afastamento
lateral de pernas, estando o peso corporal dividido entre estas. Finalizando a medida, o
avaliador “a” deslocará o cilindro corrediço da escala numérica de leitura que representa as
dezenas de kg, até a dezena de peso esperado, em seguida, destravará a balança e deslocará o
cilindro corrediço da escala numérica de leitura que representa as centenas de gramas até o
nivelamento do ponteiro guia, quando então travará novamente a balança procedendo a leitura
da medida na borda interna da referida escala.
Estatura
Definição conceitual
É a distância em linha reta entre os planos transversos que tangenciam o vértex e a
região plantar (CARVALHO apud RODRIGUES DE ALMEIDA, 2009).
Equipamentos e instrumentos utilizados
Estadiômetro
Será utilizado um estadiômetro com as seguintes especificações: a) uma régua vertical
de 250 cm confeccionada em madeira com precisão de 0,1 mm; e b) um cursor transverso
móvel confeccionado em madeira para apoio no vertex.
Protocolo de testagem e medição
Será adotada a padronização sugerida por Marins & Giannichi (2003), sendo utilizados
dois avaliadores (“a” e “b”), distribuídos da seguinte forma: o avaliador “a” posicionado a
direita do avaliando, sendo responsável pela aplicação do procedimento de medição; e o
avaliador “b”, posicionado na frente do avaliando, para proceder as anotações das medidas
encontradas. Antecedendo a realização da testagem, os avaliadores fornecerão explicações
detalhadas aos avaliandos sobre o protocolo de mensuração. A medida será realizada com o
avaliando descalço, estando as regiões do calcâneo, posterior da perna, glúteo, coluna torácica
e osso occipital em contato com a escala métrica vertical fixada à parede e mantendo a cabeça
orientada no plano de Frankfurt. Para proceder a leitura da medição, o avaliando realizará
uma inspiração profunda, e o avaliador posicionará o cursor sobre seu vertex. Serão realizadas
três medidas, estabelecendo a média aritmética das mesmas como valor final.
REFERENCIAL TÉORICO
Os exercícios resistidos, popularmente conhecidos como musculação, consistem em
um método de treinamento que envolve a ação voluntária do músculo esquelético contra
alguma forma externa de resistência que pode ser provida pelo corpo, pesos livres ou
máquinas (FLECK; KRAEMER, 1999).
A periodização linear representa um dos padrões mais tradicionais de cargas utilizadas
no treinamento (Stone, 1982, Mazzetti et al 2000). Este tipo de metodologia refere-se á prática
de aumentar continuamente o nível de exigência sobre o músculo à medida que ele se torna
capaz de produzir mais força ou tenha mais resistência seja através do aumento do volume ou
da intensidade (Rhea et al, 2003). No entanto o encontramos com maior frequência um
aumento progressivo da intensidade com redução de volume. Um elemento da periodização
linear é a concentração de intensidade mais altas ao longo do tempo.
Os fenômenos hemodinâmicos regulam o fluxo sanguíneo, traduzindo a eficiência do
sistema cardiovascular em atender as demandas de nutrientes pelas células musculares, afim
de em virtude das diferentes solicitações orgânicas decorrentes dos mais variados estímulos
físicos, manterem o equilíbrio funcional do organismo (POWERS & HOWLEY, 2005).
Portanto é preciso saber como o mesmo funciona para assim você como personal trainer
periodizar e prescrever um treinamento.
Então para uma melhor compreensão dos fenômenos hemodinâmicos, a seguir divide
se estes em: a) fenômenos hemodinâmicos centrais (frequência cardíaca, volume sistólico e
débito cardíaco); b) fenômenos hemodinâmicos periféricos, (distribuição do fluxo sanguíneo e
diferença arteriovenosa de O2); e c) fenômenos hemodinâmicos periféricos centrais (pressão
arterial sanguínea, duplo produto e resistência periférica total).
Fenômenos hemodinâmicos centrais
Frequência cardíaca
É o número de sístoles ventriculares cardíacas na unidade de tempo de 1 minuto
(MCARDLE et al., 2008). Tal variável apresenta um grau diferenciado em função dos níveis
de aptidão física dos sujeitos em geral, com seus valores em se tratando de sujeitos
sedentários, situando-se entre 70 a 90 batimentos por minuto (bpm) (LEITE, 2000). Contudo,
atletas apresentam números consideravelmente inferiores, sendo estes influenciados pela
característica execucional da modalidade esportiva. Neste aspecto, para os esportes
dominantemente abastecidos pelo sistema aeróbio, são encontrados valores de até 35 bpm,
como é o caso de maratonistas, nadadores, ciclistas e remadores de longa distância
(THOMAS apud LEITE, 2000).
No entanto, em se tratando de praticas esportivas energeticamente dependentes do
sistema anaeróbio como é o caso de fisiculturistas, basistas, levantadores de peso, velocistas,
lançadores de disco, dardo, entre outros, a FC de repouso situa-se em torno de 60 a 78 bpm,
não demonstrando diferenças estatisticamente significativas quando comparados com os
escores de sedentários (FLECK & KRAEMER, 2006).
De acordo com Leite (2000), a FC eleva-se linearmente com a intensidade aumentada
de esforço físico, e juntamente com o aumento do volume de sangue ejetado a cada sístole
ventricular, atende as necessidades de oxigênio e nutrientes requeridos pelas células
musculares esqueléticas em atividade metabólica acentuada.
Sobre as alterações agudas da FC em sujeitos com diferentes níveis de
condicionamento físico, estudos de Astrand apud Leite (2000) analisaram a resposta da
mesma durante uma atividade física aeróbia em bicicleta ergométrica com carga de 200 watts,
encontrando valores de 120 bpm em maratonistas e 180 bpm em sedentários. Tal fato, permite
pressupor que a FC de repouso em sujeitos assintomáticos, apresenta um fidedigno indicativo
de funcionamento cardiocirculatório, já que indivíduos com menores valores reportados em
repouso, apresentam também números inferiores de FC quando submetidos as mesmas taxas
de trabalho físico (LEITE, 2000).
Ao observar a resposta da FC durante um esforço anaeróbio localizado, Fleck & Dean
apud Fleck & Kraemer (2006), analisaram o comportamento da referida variável durante o
movimento de extensão dos joelhos a 80% da capacidade muscular até a exaustão,
encontrando o valor máximo de 135 bpm. De acordo com este estudo, pode-se deduzir que a
FC não sofre aumentos significativos durante o TFCR, fato que consequentemente, explica as
pequenas diferenças entre a FCR de sedentários e atletas que tem o TFCR como prioridade
durante as suas sessões de treino.
Volume sistólico
É o volume total de sangue ejetado no interior da artéria aorta em cada sístole
cardíaca, objetivando atender as necessidades funcionais do organismo (LEITE, 2000). De
acordo com Powers & Howley (2005), o VS em repouso ou durante o esforço físico, é
regulado por três variáveis, sendo: 1) o volume diastólico final (VDF), correspondente ao
volume sanguíneo existente nos ventrículos no final da diástole; 2) a pressão aórtica média, a
qual delimita a pressão média durante o ciclo cardíaco, sendo um fator que determina a taxa
de fluxo sanguíneo através da circulação sistêmica e da resistência vascular oposta; e 3) a
força de contração ventricular, que acarreta o aumento da quantidade de sangue bombeado a
cada sístole cardíaca.
Nessa ótica, os autores acima mencionados afirmam que a principal variável
responsável pela regulação do VDF durante o esforço físico, é o aumento da taxa do retorno
venoso ao coração, sendo esta, influenciada por três fatores: 1) a venoconstrição, que ocorre
por meio de uma constrição simpática da musculatura lisa das veias que drenam o músculo
esquelético, resultando na diminuição da capacidade das veias em estocar sangue e
ocasionando consequentemente o aumento do retorno venoso; 2) a bomba muscular, definida
como a ação mecânica das contrações rítmicas da musculatura esquelética, a qual comprime
as veias pressionando o sangue em direção ao coração; e 3) a bomba respiratória, fenômeno
expresso pela diminuição e aumento da pressão intratorácica durante a ventilação, acelerando
o fluxo sanguíneo venoso das regiões abdominal e torácica para o coração.
De acordo com Leite (2000), o VS durante o repouso em sujeitos do gênero masculino
fisicamente destreinados, varia entre 70 a 90 mililitros por batimento cardíaco (ml/bpm), e
100 a 120 ml/bpm nos fisicamente treinados. Quanto as mulheres, o referido autor afirma que
o VS durante o repouso situa-se entre 50 a 70 ml/bpm nas fisicamente destreinadas, bem
como, 70 a 90 ml/bpm nas fisicamente treinadas. Em se tratando de TFCR, estudos de Fleck
& Kraemer (2006), indicam que o VS em condições fisiológicas de repouso em atletas de
nível nacional e internacional, cuja sistematização metodológica das cargas de treino prioriza
TFCR, não difere dos sujeitos destreinados.
Sobre a resposta do VS durante o esforço físico, Leite (2000) publicou que o VS
atinge níveis máximos em percentuais de trabalho físico submáximo, uma vez que as câmaras
cardíacas possuem um limite para estocar e realizar o bombeamento sanguíneo, limitando o
SC a executar o atendimento das necessidades orgânicas apenas pelo aumento da frequência
cardíaca.
Neste aspecto, Powers & Howley (2005) publicaram dados de um experimento em que
sujeitos do gênero masculino fisicamente destreinados, atingiram um VS de 110 ml/bpm
durante um exercício máximo, enquanto os fisicamente treinados, apresentaram valores de
180 ml/bpm. Quanto às mulheres, os valores encontrados foram de 90 ml/bpm nas
fisicamente destreinadas, bem como, 125 ml/bpm nas fisicamente treinadas. De acordo com
este estudo, pressupõe-se que através dos constantes ajustes no VS realizados durante as
atividades físicas sistematizadas, as câmaras cardíacas ampliam sua capacidade de estocar e
bombear sangue através do aumento das referidas câmaras, fato que consequentemente,
promove maior aporte sanguíneo sobre um mesmo percentual de intensidade.
Sobre a resposta do VS durante o TFCR, estudos de Simão (2007) relatam que o
sistema de treino supracitado quando executado de forma intensa, é associado a não existência
de mudanças na referida variável, ou até mesmo a um decréscimo nesse valor, visto que, as
pressões intra abdominais e intratorácicas são muito elevadas em função da ação das bombas
muscular e respiratória, o que diminui o retorno venoso e consequentemente o VDF. De
acordo com o referido autor, para que a respostas sejam as mais similares possíveis aquelas do
exercício aeróbio, o TFCR deve preconizar cargas com alto número de repetições e baixa
resistência opositora.
Débito cardíaco
É o volume total de sangue bombeado pelo coração na unidade de tempo de um
minuto, resultado do produto da frequência cardíaca com o volume de ejeção sanguíneo em
cada sístole ventricular da bomba esquerda (Modificado de SIMÃO, 2007).
De acordo com Powers & Howley (2005), o DC no repouso não sofre alterações em
função dos níveis de aptidão física, variando apenas de acordo com o gênero, visto que,
homens e mulheres treinados e não treinados apresentam DC igual a 5 e 4,5 litros/min (l/min)
respectivamente. No entanto, complementando a afirmativa anterior, Leite (2000) acrescenta
que nas mesmas condições fisiológicas e no mesmo gênero, o DC pode chegar a até 8 l/min.
Sobre a resposta do DC durante o exercício físico, Powers & Howley (2005) afirmam
que em função do aumento da FC e do VS durante uma taxa de trabalho físico intenso, o DC
pode atingir valores de 25 l/min. No entanto, estudos de Leite (2000) relatam quem em função
dos níveis de condicionamento físico, o DC pode atingir valores superiores, os quais são
encontrados em atletas olímpicos praticantes de modalidades esportivas com predominância
do sistema energético aeróbio, que durante procedimentos experimentais, apresentaram um
DC de 46 litros/min.
Ao analisar a reposta do DC durante o TFCR, estudos de Fleck & Kraemer (2006)
reportam que em função dos baixos valores de VS e FC encontrados durante o referido
sistema de treino, este é associado a não existência de alterações significativas em decorrência
do mesmo. Entretanto, Simão (2007) sugere que com cargas reduzidas e repetições elevadas,
o DC pode apresentar respostas mais similares aquelas observadas no exercício aeróbio,
embora em um grau bem menor.
Fenômenos hemodinâmicos periféricos
Distribuição do fluxo sanguíneo
De acordo com Leite (2000), em condições fisiológicas de repouso apenas 15 a 20%
do DC são distribuídos aos músculos esqueléticos, correspondendo cerca de 4 a 7 mililitros
por 100 gramas de músculos (ml/100g), enquanto o restante é direcionado aos demais órgãos
(pele, cérebro, rins, fígado, etc.).
Sobre este assunto, Powers & Howley (2005) publicaram que em função da demanda
aumentada de oxigênio nos músculos esqueléticos durante um esforço físico qualquer, é
necessário que seja ampliado o fluxo sanguíneo para estas células, e concomitantemente,
reduzido o mesmo para os órgãos em menor atividade metabólica (rins, fígado, pele, etc.),
processo este, denominado redistribuição seletiva do fluxo sanguíneo.
Ainda Powers & Howley (2005), este processo de auto regulação, possibilita durante
uma taxa máxima de esforço físico, que 80 a 85% do DC sejam direcionados a musculatura
esquelética, implicando num fluxo sanguíneo aumentado entre 12 a 30 vezes, o que
corresponde entre 50 a 80 ml/100g de músculo na referida região, suprindo assim as
necessidades de oxigênio e nutrientes requeridos pelos músculos esqueléticos em esforço
físico aumentado.
Objetivando explicar os mecanismos que regulam o processo anteriormente
mencionado, Leite (2000) afirma que o mesmo decorre da vasoconstrição reflexa das
arteríolas que irrigam os tecidos menos ativos durante a atividade física, bem como, da
vasodilatação das arteríolas que suprem os músculos esqueléticos em trabalho muscular
acentuado.
Diferença arteriovenosa de O2
É a quantidade de oxigênio captada pelos tecidos do corpo a cada 100 ml de sangue
que passam pela circulação sistêmica, para a realização de trabalho celular (POWERS &
HOWLEY, 2005). Durante o repouso, a diferença arteriovenosa é cerca de 40 a 50 mililitros
de oxigênio para cada litro de sangue (ml O2/1.000), enquanto que num trabalho físico
prolongado, estes valores podem variar entre 160 a 180 ml O2/1.000, o que corresponde a um
aumento de 4 a 4,5 vezes (LEITE, 2000).
De acordo com o Powers & Howley (2005), a diferença arteriovenosa é proporcional a
quantidade de oxigênio captada e utilizada pelas células musculares durante o esforço físico
para a produção aeróbia de energia, estando diretamente relacionada a pressão parcial do
oxigênio presente no interior da célula e do O2 transportado pela mioglobina através do fluxo
sanguíneo.
Fenômenos hemodinâmicos periféricos centrais
Pressão arterial sanguínea
É a pressão exercida pelo sangue contra as paredes arteriais, determinada pela
quantidade de sangue bombeado e pela resistência oposta ao fluxo sanguíneo (POWERS &
HOWLEY, 2005). De acordo com os referidos autores, a PA pode ser classificada em: a)
pressão arterial sanguínea sistólica (PAS), referente ao maior valor obtido de pressão,
decorrente da ejeção do sangue pelo coração durante a sístole ventricular cardíaca; e b)
pressão arterial diastólica (PAD), compreendida pelo menor valor de pressão reportado, que
ocorre durante a diástole ventricular cardíaca.
Ainda Powers & Howley (2005), sugerem realizar a medição da pressão arterial média
(PAM) durante o ciclo cardíaco, a qual determina a taxa do fluxo sanguíneo através da
circulação sistêmica, bem como, a pressão média nas paredes arteriais decorrentes dos
diferentes valores de sístole e diástole ventricular.
De acordo com Rodrigues de Almeida (2009), os valores normais de PAS e PAD
durante o repouso, situam-se abaixo ou igual a 130 e 85 milímetros de mercúrio por batimento
cardíaco (mmHg/bpm) respectivamente. Durante o repouso, quando a PA é mensurada e os
valores encontrados estão acima dos números anteriormente mencionados, considera-se
indicativos de hipertensão arterial sanguínea (HAS), a qual se classifica como leve, moderada
e severa (POWERS & HOWLEY, 2005).
Sobre este assunto, Leite (2000) publicou que a PAS aumenta mediante a intensidade
do esforço físico, enquanto a PAD apresenta valores que devem permanecer constantes no
padrão fisiológico indicado anteriormente, sendo tolerado o aumento ou diminuição em até 10
mmHg/bpm durante determinados momentos do trabalho físico, em decorrência da elevação
do débito cardíaco e do volume sistólico.
Ao analisar a resposta da PA durante o TFCR, estudo de Fleck & Kraemer (2006)
reportam que não existe estabilização da referida variável durante o sistema de treino
supracitado, visto que tanto a PAS e a PAD apresentam valores diferentes durante o
encurtamento e o relaxamento muscular, devendo também ser considerados os números de
repetições executadas, quantidade de séries em que as repetições são parceladas, bem como, a
carga utilizada e o percentual de massa muscular recrutada.
De acordo com os referidos autores, a maioria dos estudos apontam que atletas de
modalidades anaeróbias como fisiculturistas, basistas e levantadores de peso, apresentam PAS
e PAD de repouso dentro da média, o que permite pressupor que o TFCR não modifica a PA
de repouso em sujeitos assintomáticos. Entretanto, diversos estudos (HAGBERG, 1984,
NIEMAN, 1999, PITANGA, 2004; NEGRÃO & BARRETO, 2006; HARRIS & HOLLY
apud FLECK & KRAEMER, 2006) indicam que indivíduos hipertensos apresentaram
reduções significativas de PAS e PAD após procedimentos experimentais de TFCR.
Duplo produto
É o produto da frequência cardíaca de esforço multiplicado pela PAS, que reflete as
alterações relativas da carga de trabalho imposta ao músculo cardíaco durante o esforço físico
(POWERS & HOWLEY, 2005).
De acordo Leite (2000), o DP durante um esforço físico máximo pode atingir valores
cinco vezes maiores do que no repouso, e também, é considerado um parâmetro fidedigno
para avaliar a capacidade funcional do ventrículo esquerdo cardíaco, sendo indicador
confiável para controle de melhorias em pacientes integrados em programas objetivando a
reabilitação cardíaca, visto que há uma correlação linear entre o aumento do DP com o
MIVO2 máx.
Ao analisar os efeitos do TFCR sobre o DP, estudos de Fleck & Kraemer (2006)
afirmam que não significativamente como o ocorre em programas de exercício aeróbios, o
sistema de treino supracitado reduz o DP durante o repouso, e também, durante uma atividade
física qualquer, visto que, sujeitos com mais experiência em TFCR, quando se submetem aos
mesmos percentuais de carga de treino, apresentam menores escores de PAS e FC se
comparados com indivíduos sedentários ou iniciantes submetidos a mesma taxa de esforço.
Resistência periférica total
De acordo com Powers & Howley (2005), o principal fator que regula o fluxo de
sangue é o diâmetro interno do vaso sanguíneo, o que gera alterações na taxa de fluxo às
células mediante o aumento do calibre do vaso, denominado vasodilatação, bem como, da sua
redução, chamada vasoconstrição. Como já mencionado anteriormente, em função do
aumento do fluxo sanguíneo aos músculos esqueléticos, os vasos que irrigam os mesmos
sofrem o processo de vasodilatação, fenômeno que gera queda da resistência ao fluxo de
sangue e aumenta o volume do mesmo na referida musculatura, ao que se entende
tecnicamente como distribuição seletiva do fluxo sanguíneo.

BIBLIOGRAFIA
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man. Am J Clin Nutr. 1985;42(1):69-82.
FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 2.
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2006.
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Disponível em: http://www.rbccv.org.br. Acesso em: 20 jul: 2013.
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condicionamento. 5. ed. São Paulo: Manole, 2005.
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rendimentos de lutadores de karatê decorrentes da sistematização metodológica
das cargas de trabalho físico em um macrociclo de treinamento. La Coruña, 2002.
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disciplina Cineantropometria. Curso de Educação Física. Universidade Federal de Rondônia
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Janeiro: Phorte, 2007.

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  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA – UNIR NÚCLEO DE SAÚDE – NUSAU DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM EDUCAÇÃO FÍSICA EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO RESISTIDO LINEAR EM PARÂMETROS HEMODINÂMICOS DE UNIVERSITARIAS SEDENTÁRIAS PROJETO DE MONOGRAFIA Acadêmico: Gabriel da Costa Silva Porto Velho – RO 2013
  • 2. EFEITOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO RESISTIDO LINEAR EM PARAMETROS HEMODINAMICOS DE UNIVERSITARIAS SEDENTARIAS Autor: Gabriel da Costa Silva Projeto de Monografia apresentado ao professor José Roberto de Maio Godói, como requisito na disciplina de Projeto de Pesquisa do 5º período de Educação Física. Porto Velho – RO 2013
  • 3. SUMÁRIO ELEMENTOS TEXTUAIS 1. INTRODUÇÃO Problematização Justificativa Objetivos Objetivo geral Objetivos específicos Delimitação do estudo 2. METODOLOGIA Caracterização da pesquisa População e amostra Procedimento para seleção da amostra Descrição do desenho do estudo Controle do estudo Variáveis do estudo Definições conceituais e procedimentos operacionais Equipamentos e instrumentos utilizados Protocolo de testagem e medição Modelo matemático de estimativa Tratamento estatístico 3. REFERENCIAL TEÓRICO
  • 4. PROBLEMATIZAÇÃO Antigamente os povos exploravam os recursos naturais para sua sobrevivência (caça, pesca, agricultura, etc.), até que, escasseados tais recursos em função do consumo próprio, estes deslocavam-se para uma nova área reiniciando o dito processo. Com o passar do tempo, principalmente após a Revolução Industrial em meados do século XVIII, a comodidade acentuada da vida moderna ocasionada pelo avanço tecnológico, proporciona cada vez mais, baixas taxas de esforços físicos diários ao homem, sendo este fenômeno entendido pela literatura especializada como sedentarismo (NETO, 1997). O sedentarismo é um dos fatores de risco que mais levam as pessoas a serem propícias a doenças crônicas degenerativas. Responsável por dois milhões de mortes anualmente no mundo, segundo os dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), pessoas sedentárias podem desenvolver males como Hipertensão Arterial, Infarto do Agudo do Miocárdio, Obesidade, Depressão, Déficit Cognitivo, Ansiedade, Diabetes, Câncer, Aterosclerose, Artrose, Doença Pulmonar, Colecistopatias, Osteoporose e aumento do Colesterol ruim. Ocasionando também cansaço, mau humor, indisposição e stress diário. Sobre estes aspectos, numa visão epidemiológica os estudos de Powers & Howley (2005), mostram que em 1999 nos Estados Unidos da America do Norte, tais doenças foram responsáveis por mais de 1,5 milhões de mortes, sendo que, no Brasil estas implicam anualmente em um milhão de internações e em 25% dos óbitos ocorridos (OLIVEIRA et al. 2004). Entre homens e mulheres, os homens levam a melhor no quesito “atividade física no tempo livre”: 39,6% dos homens disseram que praticam atividades físicas nos momentos de lazer, enquanto apenas 22,4% das mulheres responderam o mesmo. De acordo com José Fernandes Filho, a diferença pode estar relacionada à dupla jornada que as mulheres assumem em casa e no trabalho, sobrando pouco tempo para a prática de atividades físicas. “Em programas de educação para a saúde realizada por Moacyr Portes Júnior (CREF 028994G/SP), o enfoque para esta população está na transformação da atividade diária, do cuidado da casa e dos filhos, em uma oportunidade de realização de atividade física. Se vai limpar a casa, é uma série de exercícios; se vai ao mercado ou padaria, é uma caminhada; se a pessoa carrega compras, exercícios para parte superior do corpo; subir escadas, uma série de step. Desta maneira, muitas pessoas descobrem que podem estar em um programa de atividade física regular e com resultados muito positivos”, conta. Para alguns autores, a atividade física (AF), ou seja, qualquer movimento corporal resultante de uma contração muscular esquelética que gere gasto energético acima dos níveis de repouso (TOPOL, 2005), é entendido como uma ferramenta eficaz na prevenção e no tratamento das doenças anteriormente citadas (POWERS & HOWLEY, 2005; TOPOL, 2005;). No entanto, autores mais contemporâneos (RODRIGUES DEALMEIDA, 2007), sugerem que para Atividade Física ter tal propriedade, a mesma deve sofrer um processo de planejamento em relação a sua duração, intensidade, frequência e repetição, sendo denominado a partir de então como exercício físico. Rodrigues de Almeida (2007) sugere ainda que somente nestes moldes, ou seja, orientada por um profissional com a formação acadêmica competente, a Atividade Física tem
  • 5. a propriedade de desenvolver adequadamente os níveis funcionais orgânicos sistêmicos dos sujeitos em geral para atendimento de suas necessidades específicas, estado esse conhecido como aptidão física. Dentre as diversas manifestações das atividades físicas, se avulta a prática do treinamento físico contra resistido (TFCR), o qual, popularmente é conhecido como musculação, e o treinamento resistido linear (TRL) é uma variável desta prática. Segundo Fleck & Kraemer (1999), os efeitos fisiológicos do TFCR estão claramente delineados, sendo enfatizados em maior escala, os morfológicos relacionados à hipertrofia muscular, ou seja, aos aumentos tanto do tamanho da fibra muscular, como também da quantidade das proteínas envolvidas no processo de contração músculo esquelética (GOLDSPINK, MACDOUGLAS et al., LUTHI et al. apud FLECK & KRAEMER, 2006). Tendo em vista que os exercícios resistidos tem um gasto energético muito alto, o mesmo está sendo utilizado como estratégia no processo de emagrecimento, aumentando o gasto energético diário, tanto durante quanto no pós-exercício e aumento a massa muscular, aumentando assim a taxa metabólica basal. O exercício resistido contribui ainda permitindo ao obeso adquirir maior força muscular e estabilidade nas articulações, o que o possibilita de ter uma vida diária mais ativa (MATSURA, MEIRELLES E GOMES, 2006). Outro fator determinante do treinamento resistido com ênfase na fase excêntrica pode elevar o EPOC, tendo em vista que quando se afasta a origem e inserção do músculo esquelético o potencial microlesivo é maior. O reparo destas microlesões pela síntese proteica tem um alto custo em ATP para o metabolismo, seis ATP por mol de peptídeo formado justificando o EPOC aumentado por até vários dias após uma única sessão de exercícios resistidos. (Bielinski R, 1985). Sobre outras perspectivas de aplicabilidade do TFCR, Simão (2007) descreve os seus efeitos profiláticos e terapêuticos, bem como, apresenta propostas metodológicas de avaliação funcional, prescrição e controle de cargas de treino, além de mostrar estudos que relatam claramente os benefícios ocasionados em sujeitos portadores de patologias como cardiopatias, osteoporose, diabetes e obesidade. O Treinamento Resistido Linear tem sua metodologia referindo-se a prática de aumentar continuamente o nível de exigência sobre o músculo à medida que o mesmo se torna capaz de produzir mais força ou tenha mais resistência seja através do aumento do volume ou da intensidade (Rhea ET AL, 2003). Diante destas constatações, verifica-se que são várias as pesquisas e opiniões sobre o assunto, sendo que, até o momento infere-se que não há uma opinião acadêmica definitiva sobre o tema. Em presença dos seguintes fatos formulou-se o seguinte problema de pesquisa: O TREINAMENTO RESISTIDO LINEAR PODE TRAZER MELHORIAS PARA POPULAÇÃO SEDENTÁRIA? JUSTIFICATIVA Observa-se na literatura especializada uma ênfase em trabalhos que analisam algumas variáveis hemodinâmicas de atletas fisiculturistas, basistas e levantadores de peso, estudandoos tanto em situação fisiológica de repouso (FLECK, HAYKOWSKY et al., GEORGE et al.,
  • 6. SALTIN & ASTRAND apud FELCK & KRAEMER, 2006), como em condições de esforço físico (FALKEL, FLECK & MURRAY apud FLECK & KRAEMER, 2006). Considerando que nenhum estudo foi diagnosticado averiguar possíveis melhoras hemodinâmicas de universitárias sedentárias em um TRL, e ainda, de acordo com as sugestões de Negrão & Barreto (2006), os quais publicaram que é inviável no momento qualquer conclusão que se faça sobre o tema, pressupõe-se que tais aspectos ainda não estão totalmente esclarecidos, justificando assim a realização desta pesquisa. O estudo permitirá para complementação de uma justificativa, podendo contribuir para programas estratégicos para a área estudada. OBJETIVO GERAL Averiguar possíveis diferenças hemodinâmicas de um programa de TRL em universitárias sedentárias. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Averiguar ganho de força em universitárias sedentárias com propriedades do TRL. Avaliar possíveis alterações nos parâmetros funcionais fisiológicos hemodinâmicos, decorrentes de um TRL supostamente sistematizado em bases metodológicas. Avaliar os parâmetros morfológicos: A) Peso corporal total (PCT); E B) Estatura (E). Desenvolver um programa de TRL para universitárias sedentárias. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO O estudo propõe-se a investigar possíveis efeitos hemodinâmicos de um TRL em universitárias sedentárias da UNIR (Universidade Federal de Rondônia – Porto Velho) na cidade de Porto Velho, com idades entre 18 a 30 anos não possuindo nenhuma experiência no referido treinamento. METODOLOGIA Caracterização da pesquisa De acordo com Gomes de Mattos et al. (2004), esta pesquisa caracteriza-se como sendo do tipo descritiva quantitativa, uma vez que considerando-se os objetivos estabelecidos, busca-se verificar possíveis alterações decorrentes do TRL sobre o perfil das variáveis hemodinâmicas a serem estudadas, procurando descrevê-las, classificá-las e interpretá-las. População e amostra A população desta pesquisa será composta por sujeitas sedentárias não praticantes de TRL, com nenhuma experiência no sistema de treino citado anteriormente, todas acadêmicas
  • 7. da UNIR- Universidade Federal de Rondônia/Porto-Velho, do gênero feminino, na faixa etária de 18 a 30 anos e sem uso de fármacos. Procedimento para seleção da amostra Inicialmente, será realizado um contato verbal com o dono da academia onde o estudo será realizado, para posteriormente, de posse de um documento emitido pelo Departamento de Educação Física – DEF UNIR retornará a mesma para oficializar a intenção da pesquisa. Posteriormente, será realizada uma palestra para as sujeitas interessadas em participar da investigação, explicando os detalhes metodológicos da mesma, sendo ao final desta, todos os indivíduos se aceitarem, assinarão um termo livre e esclarecido, concordando em participar voluntariamente da pesquisa. As integrantes serão submetidas ao mesmo procedimento de testagem (O), o qual ocorrerá num período de oito semanas, sendo a coleta de dado realizada no início do treinamento, ao final de cada semana e ao final do treinamento de oito semanas. Descrição do desenho do estudo Nesta pesquisa será formado apenas um grupo de estudo (GE), que será composto por 10 sujeitos do gênero feminino, sedentárias sem experiência no referido tema. Onde as integrantes serão submetidas ao mesmo procedimento de testagem (O), o qual ocorrerá num período de oito semanas, sendo a coleta de dados realizada no início do treinamento, ao final de cada semana e ao final do treinamento de oito semanas. Controle do estudo Seleção do quadro de avaliadores e controle das condições de testagem Objetivando minimizar e até mesmo evitar possíveis falhas durante o processo de coleta de dados, serão convidados a colaborar nesta pesquisa 01 concluinte e 01 formado do Curso de licenciatura plena em Educação Física da Universidade Federal de Rondônia – UNIR, todos aprovados na disciplina de cineantropometria e portando devidamente familiarizados com os protocolos de mensuração que serão utilizados na pesquisa, os quais assumirão a responsabilidade de verificar as condições do material utilizado antes e durante os procedimentos de testagem. Com a finalidade de que os estudos que serão realizados possam ser aceitos pela comunidade científica e empregados como referencial teórico pela população acadêmica em geral, serão adotadas padronizações convencionadas internacionalmente em cineantropometria. Variáveis do estudo Variável dependente
  • 8. É a variável que foi testada, medida e avaliada pelo pesquisador, afim de averiguar possíveis influências decorrentes de outras variáveis (GOMES DE MATTOS et al., 2004). Parâmetros funcionais hemodinâmicos São os fatores que regulam o fluxo sanguíneo, traduzindo a eficiência do sistema cardiovascular em atender as demandas de nutrientes pelas células musculares, afim de, em virtude das diferentes solicitações orgânicas decorrentes de variados estímulos físicos, manterem o equilíbrio funcional orgânico (POWERS & HOWLEY, 2005). Definições conceituais e procedimentos operacionais Frequência cardíaca de repouso Definição conceitual É o menor valor numérico de sístoles cardíacas observado em um período compreendido entre 5 – 10 minutos, estando o sujeito em posição confortável e o mais horizontalizado possível (RODRIGUES DE ALMEIDA, 2009). Equipamentos e instrumentos utilizados Frequencímetro Será utilizado um frequencímetro da marca Speedo, modelo digital HRM com as seguintes especificações: a) cor preta; b) temporizador progressivo; c) medição das frequências cardíacas continua e média; e d) capacidade de armazenamento na memória do tempo total de exercício e da frequência cardíaca máxima de esforço, acoplado de uma cinta precordial transmissora t-31 simples. Protocolo de testagem e medição Será adotada a padronização sugerida por Rodrigues de Almeida (2009), sendo utilizado um único avaliador, o qual antecedendo a realização da medição fará as devidas explicações ao avaliando sobre o procedimento. Posteriormente, com o sujeito de pé estando a região do tórax desnuda, o avaliador posicionará a cinta precordial transmissora com a parte receptora da mesma sobre o processo xifóideo do osso externo do avaliando, e em seguida, o mesmo será posicionado em decúbito dorsal sobre um colchonete no chão o mais relaxado possível e com os membros superiores e inferiores em completa extensão. Como valor da FCR, será adotado o menor número de batimentos cardíacos observados após o sujeito permanecer por 10 minutos na posição anteriormente descrita, sendo estes valores anotados a cada minuto do período acima citado. Frequência cardíaca máxima de esforço Definição conceitual
  • 9. É o valor absoluto de sístoles cardíacas observado durante a realização da atividade física, ou até 15 segundos após o final desta (RODRIGUES DE ALMEIDA, 2009). Equipamentos e instrumentos utilizados Frequencímetro Será utilizado um frequencímetro da marca Speedo, modelo digital HRM com as seguintes especificações: a) cor preta; b) temporizador progressivo; c) medição das frequências cardíacas continua e média; e d) capacidade de armazenamento na memória do tempo total de exercício e da frequência cardíaca máxima de esforço, acoplado de uma cinta precordial transmissora t-31 simples. Protocolo de testagem e medição Adotar-se-á a padronização sugerida por Leite (2000), sendo utilizado único avaliador, o qual antecedendo a realização da medição fará as devidas explicações ao avaliando sobre o procedimento. Posteriormente, antes do teste de VO2 máx. iniciar-se, estando o sujeito de pé e com a região do tórax desnuda, o avaliador posicionará a cinta precordial com a parte receptora da mesma sobre o processo xifóideo do osso externo do avaliando, para que durante a testagem a frequência cardíaca fosse registrada minuto a minuto, tendo sido adotado o maior valor de sístoles cardíacas observados durante a testagem como resultado final. Débito cardíaco Definição conceitual É o volume total de sangue bombeado pelo coração na unidade de tempo de 1 minuto, resultado do produto da frequência cardíaca com o volume de ejeção sanguíneo em cada sístole ventricular esquerda. Adaptado de (SIMÃO, 2007). Equipamentos e instrumentos utilizados Calculadora Será utilizada uma calculadora científica da marca Kenko, modelo KK-82MS, com as seguintes características: a) 240 funções específicas; b) display de duas linhas; c) cálculo fracionário; d) cálculo seno, cosseno e tangente; e) cálculo estatístico; f) conversão de sexagesimal para decimal; g) funções hiperbólicas e hiperbólicas inversas; h) função de repetição e resposta; e i) desligamento automático. Modelo matemático de estimativa Para estimar do DC, será utilizado o modelo matemático proposto por Hossack apud Leite (2000), com validade científica para homens não atletas, abaixo mencionado: DC= VO2 máx. (PCT x 0,0046) + 5,31
  • 10. Em que: VO2 máx.: Consumo máximo de oxigênio expresso em ml/min.-1 PCT: Peso corporal total expresso em KG Volume sistólico Definição conceitual É o volume total de sangue ejetado no interior da artéria aorta em cada sístole cardíaca, objetivando atender as necessidades funcionais do organismo (LEITE, 2000). Equipamentos e instrumentos utilizados Calculadora Será utilizada uma calculadora científica da marca Kenko, modelo KK-82MS, com as seguintes características: a) 240 funções específicas; b) display de duas linhas; c) cálculo fracionário; d) cálculo seno, cosseno e tangente; e) cálculo estatístico; f) conversão de sexagesimal para decimal; g) funções hiperbólicas e hiperbólicas inversas; h) função de repetição e resposta; e i) desligamento automático. Modelo matemático de estimativa Para estimar do VS, utilizou-se a equação proposta por Wilmore & Norton apud Rodrigues de Almeida (2009), com validade científica generalizada, abaixo mencionada: VS= DC x 1000 FCME Em que: DC: Débito cardíaco expresso em l FCME: Freqüência cardíaca máxima obtida em esforço e expressa em bpm 1000: Um (1) litro expresso em ml Pressão arterial sanguínea Definição conceitual
  • 11. É a pressão exercida pelo sangue contra as paredes arteriais, determinada pela quantidade de sangue bombeado e pela resistência oposta ao fluxo sanguíneo (POWERS & HOWLEY, 2005). Equipamentos e instrumentos utilizados Esfigmomanômetro Serão utilizados dois esfigmomanômetros modelo aneróide: a) um para sujeitos com perimetria de braço entre 22 e 28 cm; e b) outro para sujeitos com perimetria de braço entre 28 e 35 cm. Ambos os aparelhos, da marca Premium apresentando as seguintes especificações: a) manômetro com precisão de 2 mmHg; b) bomba de inflar em látex; e c) braçadeira em Nylon com fecho de velcro. Estetoscópio Será utilizado um estetoscópio da marca Premium de alta precisão com as seguintes características: a) um receptor auscultatório confeccionado em aço inox; b) um canículo propagador de som confeccionado em látex; e c) um terminal auscultatório confeccionado em aço inox e finalizado com olivas de silicone. Fita métrica Será utilizada uma fita métrica da marca Mabbis modelo Gulick, com as seguintes especificações: a) confecção em fibra de vidro; b) material inelástico; c) fundo de cor branca; d) 150 cm de comprimento; e e) sistema de rebobinação. Protocolo de testagem e medição Será utilizada a padronização sugerida por Mion Jr. et al. (1996), sendo utilizados dois avaliadores (“a” e “b”), posicionados a esquerda do avaliando e responsáveis pelas seguintes funções: o avaliador “a” realizará o procedimento de mensuração e o avaliador “b” ficará responsável pela anotação da medida. Antecedendo a mensuração, o avaliando irá orientar a sentar-se confortavelmente e permanecer em posição estática durante 5 minutos. Para mensuração, o avaliando permanecerá sentado com a coluna ereta estando o braço esquerdo desnudo e relaxado com o antebraço apoiado na altura da região precordial, estando a mão aberta e descontraída. O avaliador “a” posicionará o manguito oclusor do esfigmomanômetro sobre a região braquial, fechando a válvula da bomba de inflar e palpando a artéria do referido seguimento. Posteriormente, inflará o manguito oclusor até não mais sentir o pulso cardíaco, quando então posicionou adequadamente o terminal auricular do estetoscópio, bem como, o receptor auscultatório do referido instrumento sobre a artéria braquial e abrirá lentamente a válvula de controle do ar, diminuindo a pressão do manguito. Os primeiro e segundo sons percebidos corresponderão aos componentes sistólico e diastólico respectivamente. O valor encontrado será corrigido pela perimetria do braço relaxado, conforme sugestão de Mion Jr. et al. apud Rodrigues de Almeida (2009). A medida será
  • 12. realizada no ponto meso umeral, com o avaliador posicionado ântero lateralmente em relação ao avaliando, estando este em pé, com os braços relaxados ao longo do corpo, cabeça orientada no plano de Frankfurt e em ligeiro afastamento lateral de pernas, com o peso corporal distribuído entre estas. Serão realizadas duas medidas sequenciadas, estabelecendo se a média aritmética das mesmas como valor final. Pressão arterial média Definição conceitual É a pressão média durante o ciclo cardíaco, a qual determina a taxa do fluxo sanguíneo através da circulação sistêmica (POWERS & HOWLEY, 2005). Equipamentos e instrumentos utilizados Calculadora Será utilizada uma calculadora científica da marca Kenko, modelo KK-82MS, com as seguintes características: a) 240 funções específicas; b) display de duas linhas; c) cálculo fracionário; d) cálculo seno, cosseno e tangente; e) cálculo estatístico; f) conversão de sexagesimal para decimal; g) funções hiperbólicas e hiperbólicas inversas; h) função de repetição e resposta; e i) desligamento automático. Modelo matemático de estimativa Para estimar a PAM, será utilizado o modelo matemático proposto por Powers & Howley (2005), com validade cientifica generalizada, abaixo discriminado: PAM= PAD + 0,33 (PAS – PAD) Em que: PAD: Pressão arterial sanguínea diastólica PAS: Pressão arterial sanguínea sistólica Duplo produto – DP Definição conceitual É o produto da frequência cardíaca de esforço multiplicado pela pressão arterial sistólica, que reflete as alterações relativas da carga de trabalho imposta ao músculo cardíaco durante o esforço físico (POWERS & HOWLEY, 2005). Equipamentos e instrumentos utilizados Calculadora
  • 13. Será utilizada uma calculadora científica da marca Kenko, modelo KK-82MS, com as seguintes características: a) 240 funções específicas; b) display de duas linhas; c) cálculo fracionário; d) cálculo seno, cosseno e tangente; e) cálculo estatístico; f) conversão de sexagesimal para decimal; g) funções hiperbólicas e hiperbólicas inversas; h) função de repetição e resposta; e i) desligamento automático. Modelo matemático de estimativa Para estimar o DP, será utilizado o modelo matemático proposto por Leite (2000), com validade cientifica generalizada, abaixo mencionado: DP= FCME X PAS máx. 100 Em que: FCME: Frequência cardíaca máxima obtida em esforço PAS máx.: Pressão arterial sistólica máxima obtida em esforço Parâmetros morfológicos São aqueles que se relacionam ao crescimento, desenvolvimento e envelhecimento do sujeito (MARINS & GIANNICHI, 1996). Definições conceituais e procedimentos operacionais Peso corporal total Definição conceitual É a resultante do sistema de forças exercidas pela gravidade, sobre a massa corporal total (MATSUDO apud RODRIGUES DE ALMEIDA, 2002). Equipamentos e instrumentos utilizados Balança Será utilizada uma balança de alavanca da marca Welmy 104A com as seguintes especificações: a) estrutura em chapa de aço carbono; b) acabamento em tinta poliuretano branco; c) capacidade para 300 kg; d) cabeçote transverso com: a) pino de travamento; b) escala numérica acoplada de um cilindro corrediço para leitura, com divisão de 100 g, a qual possui na sua porção final um ponteiro guia móvel; c) escala numérica acoplada de um cilindro corrediço para leitura com divisão de 10 kg; e) plataforma de apoio plantar com dimensão de 550 x 390 mm; e f) altura de 1,20 m.
  • 14. Protocolo de testagem e medição Será utilizada a padronização sugerida por Marins & Giannichi (2003), sendo utilizados dois avaliadores (“a” e “b”), distribuídos da seguinte forma: o avaliador “a” posicionado posteriormente em relação à balança será responsável pela aplicação do protocolo de medição; e o avaliador “b” posicionado na frente do avaliando, sendo responsável pelas anotações das medidas encontradas. Antecedendo a realização da testagem, os avaliadores fornecerão explicações detalhadas aos avaliandos sobre o protocolo de medição, bem como, procederam a calibragem do referido equipamento. A medida será realizada com sujeito em vestes sumárias, sendo inicialmente, posicionado de costas para o cabeçote transverso da balança com a plataforma de apoio plantar entre as pernas. Posteriormente, subirá ao centro desta de maneira suave com um pé de cada vez, adotando uma postura ereta com a cabeça orientada no plano de Frankfurt, braços relaxados ao longo do corpo e em ligeiro afastamento lateral de pernas, estando o peso corporal dividido entre estas. Finalizando a medida, o avaliador “a” deslocará o cilindro corrediço da escala numérica de leitura que representa as dezenas de kg, até a dezena de peso esperado, em seguida, destravará a balança e deslocará o cilindro corrediço da escala numérica de leitura que representa as centenas de gramas até o nivelamento do ponteiro guia, quando então travará novamente a balança procedendo a leitura da medida na borda interna da referida escala. Estatura Definição conceitual É a distância em linha reta entre os planos transversos que tangenciam o vértex e a região plantar (CARVALHO apud RODRIGUES DE ALMEIDA, 2009). Equipamentos e instrumentos utilizados Estadiômetro Será utilizado um estadiômetro com as seguintes especificações: a) uma régua vertical de 250 cm confeccionada em madeira com precisão de 0,1 mm; e b) um cursor transverso móvel confeccionado em madeira para apoio no vertex. Protocolo de testagem e medição Será adotada a padronização sugerida por Marins & Giannichi (2003), sendo utilizados dois avaliadores (“a” e “b”), distribuídos da seguinte forma: o avaliador “a” posicionado a direita do avaliando, sendo responsável pela aplicação do procedimento de medição; e o avaliador “b”, posicionado na frente do avaliando, para proceder as anotações das medidas encontradas. Antecedendo a realização da testagem, os avaliadores fornecerão explicações detalhadas aos avaliandos sobre o protocolo de mensuração. A medida será realizada com o avaliando descalço, estando as regiões do calcâneo, posterior da perna, glúteo, coluna torácica e osso occipital em contato com a escala métrica vertical fixada à parede e mantendo a cabeça orientada no plano de Frankfurt. Para proceder a leitura da medição, o avaliando realizará
  • 15. uma inspiração profunda, e o avaliador posicionará o cursor sobre seu vertex. Serão realizadas três medidas, estabelecendo a média aritmética das mesmas como valor final. REFERENCIAL TÉORICO Os exercícios resistidos, popularmente conhecidos como musculação, consistem em um método de treinamento que envolve a ação voluntária do músculo esquelético contra alguma forma externa de resistência que pode ser provida pelo corpo, pesos livres ou máquinas (FLECK; KRAEMER, 1999). A periodização linear representa um dos padrões mais tradicionais de cargas utilizadas no treinamento (Stone, 1982, Mazzetti et al 2000). Este tipo de metodologia refere-se á prática de aumentar continuamente o nível de exigência sobre o músculo à medida que ele se torna capaz de produzir mais força ou tenha mais resistência seja através do aumento do volume ou da intensidade (Rhea et al, 2003). No entanto o encontramos com maior frequência um aumento progressivo da intensidade com redução de volume. Um elemento da periodização linear é a concentração de intensidade mais altas ao longo do tempo. Os fenômenos hemodinâmicos regulam o fluxo sanguíneo, traduzindo a eficiência do sistema cardiovascular em atender as demandas de nutrientes pelas células musculares, afim de em virtude das diferentes solicitações orgânicas decorrentes dos mais variados estímulos físicos, manterem o equilíbrio funcional do organismo (POWERS & HOWLEY, 2005). Portanto é preciso saber como o mesmo funciona para assim você como personal trainer periodizar e prescrever um treinamento. Então para uma melhor compreensão dos fenômenos hemodinâmicos, a seguir divide se estes em: a) fenômenos hemodinâmicos centrais (frequência cardíaca, volume sistólico e débito cardíaco); b) fenômenos hemodinâmicos periféricos, (distribuição do fluxo sanguíneo e diferença arteriovenosa de O2); e c) fenômenos hemodinâmicos periféricos centrais (pressão arterial sanguínea, duplo produto e resistência periférica total). Fenômenos hemodinâmicos centrais Frequência cardíaca É o número de sístoles ventriculares cardíacas na unidade de tempo de 1 minuto (MCARDLE et al., 2008). Tal variável apresenta um grau diferenciado em função dos níveis de aptidão física dos sujeitos em geral, com seus valores em se tratando de sujeitos sedentários, situando-se entre 70 a 90 batimentos por minuto (bpm) (LEITE, 2000). Contudo, atletas apresentam números consideravelmente inferiores, sendo estes influenciados pela característica execucional da modalidade esportiva. Neste aspecto, para os esportes dominantemente abastecidos pelo sistema aeróbio, são encontrados valores de até 35 bpm, como é o caso de maratonistas, nadadores, ciclistas e remadores de longa distância (THOMAS apud LEITE, 2000).
  • 16. No entanto, em se tratando de praticas esportivas energeticamente dependentes do sistema anaeróbio como é o caso de fisiculturistas, basistas, levantadores de peso, velocistas, lançadores de disco, dardo, entre outros, a FC de repouso situa-se em torno de 60 a 78 bpm, não demonstrando diferenças estatisticamente significativas quando comparados com os escores de sedentários (FLECK & KRAEMER, 2006). De acordo com Leite (2000), a FC eleva-se linearmente com a intensidade aumentada de esforço físico, e juntamente com o aumento do volume de sangue ejetado a cada sístole ventricular, atende as necessidades de oxigênio e nutrientes requeridos pelas células musculares esqueléticas em atividade metabólica acentuada. Sobre as alterações agudas da FC em sujeitos com diferentes níveis de condicionamento físico, estudos de Astrand apud Leite (2000) analisaram a resposta da mesma durante uma atividade física aeróbia em bicicleta ergométrica com carga de 200 watts, encontrando valores de 120 bpm em maratonistas e 180 bpm em sedentários. Tal fato, permite pressupor que a FC de repouso em sujeitos assintomáticos, apresenta um fidedigno indicativo de funcionamento cardiocirculatório, já que indivíduos com menores valores reportados em repouso, apresentam também números inferiores de FC quando submetidos as mesmas taxas de trabalho físico (LEITE, 2000). Ao observar a resposta da FC durante um esforço anaeróbio localizado, Fleck & Dean apud Fleck & Kraemer (2006), analisaram o comportamento da referida variável durante o movimento de extensão dos joelhos a 80% da capacidade muscular até a exaustão, encontrando o valor máximo de 135 bpm. De acordo com este estudo, pode-se deduzir que a FC não sofre aumentos significativos durante o TFCR, fato que consequentemente, explica as pequenas diferenças entre a FCR de sedentários e atletas que tem o TFCR como prioridade durante as suas sessões de treino. Volume sistólico É o volume total de sangue ejetado no interior da artéria aorta em cada sístole cardíaca, objetivando atender as necessidades funcionais do organismo (LEITE, 2000). De acordo com Powers & Howley (2005), o VS em repouso ou durante o esforço físico, é regulado por três variáveis, sendo: 1) o volume diastólico final (VDF), correspondente ao volume sanguíneo existente nos ventrículos no final da diástole; 2) a pressão aórtica média, a qual delimita a pressão média durante o ciclo cardíaco, sendo um fator que determina a taxa de fluxo sanguíneo através da circulação sistêmica e da resistência vascular oposta; e 3) a força de contração ventricular, que acarreta o aumento da quantidade de sangue bombeado a cada sístole cardíaca. Nessa ótica, os autores acima mencionados afirmam que a principal variável responsável pela regulação do VDF durante o esforço físico, é o aumento da taxa do retorno venoso ao coração, sendo esta, influenciada por três fatores: 1) a venoconstrição, que ocorre por meio de uma constrição simpática da musculatura lisa das veias que drenam o músculo esquelético, resultando na diminuição da capacidade das veias em estocar sangue e
  • 17. ocasionando consequentemente o aumento do retorno venoso; 2) a bomba muscular, definida como a ação mecânica das contrações rítmicas da musculatura esquelética, a qual comprime as veias pressionando o sangue em direção ao coração; e 3) a bomba respiratória, fenômeno expresso pela diminuição e aumento da pressão intratorácica durante a ventilação, acelerando o fluxo sanguíneo venoso das regiões abdominal e torácica para o coração. De acordo com Leite (2000), o VS durante o repouso em sujeitos do gênero masculino fisicamente destreinados, varia entre 70 a 90 mililitros por batimento cardíaco (ml/bpm), e 100 a 120 ml/bpm nos fisicamente treinados. Quanto as mulheres, o referido autor afirma que o VS durante o repouso situa-se entre 50 a 70 ml/bpm nas fisicamente destreinadas, bem como, 70 a 90 ml/bpm nas fisicamente treinadas. Em se tratando de TFCR, estudos de Fleck & Kraemer (2006), indicam que o VS em condições fisiológicas de repouso em atletas de nível nacional e internacional, cuja sistematização metodológica das cargas de treino prioriza TFCR, não difere dos sujeitos destreinados. Sobre a resposta do VS durante o esforço físico, Leite (2000) publicou que o VS atinge níveis máximos em percentuais de trabalho físico submáximo, uma vez que as câmaras cardíacas possuem um limite para estocar e realizar o bombeamento sanguíneo, limitando o SC a executar o atendimento das necessidades orgânicas apenas pelo aumento da frequência cardíaca. Neste aspecto, Powers & Howley (2005) publicaram dados de um experimento em que sujeitos do gênero masculino fisicamente destreinados, atingiram um VS de 110 ml/bpm durante um exercício máximo, enquanto os fisicamente treinados, apresentaram valores de 180 ml/bpm. Quanto às mulheres, os valores encontrados foram de 90 ml/bpm nas fisicamente destreinadas, bem como, 125 ml/bpm nas fisicamente treinadas. De acordo com este estudo, pressupõe-se que através dos constantes ajustes no VS realizados durante as atividades físicas sistematizadas, as câmaras cardíacas ampliam sua capacidade de estocar e bombear sangue através do aumento das referidas câmaras, fato que consequentemente, promove maior aporte sanguíneo sobre um mesmo percentual de intensidade. Sobre a resposta do VS durante o TFCR, estudos de Simão (2007) relatam que o sistema de treino supracitado quando executado de forma intensa, é associado a não existência de mudanças na referida variável, ou até mesmo a um decréscimo nesse valor, visto que, as pressões intra abdominais e intratorácicas são muito elevadas em função da ação das bombas muscular e respiratória, o que diminui o retorno venoso e consequentemente o VDF. De acordo com o referido autor, para que a respostas sejam as mais similares possíveis aquelas do exercício aeróbio, o TFCR deve preconizar cargas com alto número de repetições e baixa resistência opositora. Débito cardíaco É o volume total de sangue bombeado pelo coração na unidade de tempo de um minuto, resultado do produto da frequência cardíaca com o volume de ejeção sanguíneo em cada sístole ventricular da bomba esquerda (Modificado de SIMÃO, 2007).
  • 18. De acordo com Powers & Howley (2005), o DC no repouso não sofre alterações em função dos níveis de aptidão física, variando apenas de acordo com o gênero, visto que, homens e mulheres treinados e não treinados apresentam DC igual a 5 e 4,5 litros/min (l/min) respectivamente. No entanto, complementando a afirmativa anterior, Leite (2000) acrescenta que nas mesmas condições fisiológicas e no mesmo gênero, o DC pode chegar a até 8 l/min. Sobre a resposta do DC durante o exercício físico, Powers & Howley (2005) afirmam que em função do aumento da FC e do VS durante uma taxa de trabalho físico intenso, o DC pode atingir valores de 25 l/min. No entanto, estudos de Leite (2000) relatam quem em função dos níveis de condicionamento físico, o DC pode atingir valores superiores, os quais são encontrados em atletas olímpicos praticantes de modalidades esportivas com predominância do sistema energético aeróbio, que durante procedimentos experimentais, apresentaram um DC de 46 litros/min. Ao analisar a reposta do DC durante o TFCR, estudos de Fleck & Kraemer (2006) reportam que em função dos baixos valores de VS e FC encontrados durante o referido sistema de treino, este é associado a não existência de alterações significativas em decorrência do mesmo. Entretanto, Simão (2007) sugere que com cargas reduzidas e repetições elevadas, o DC pode apresentar respostas mais similares aquelas observadas no exercício aeróbio, embora em um grau bem menor. Fenômenos hemodinâmicos periféricos Distribuição do fluxo sanguíneo De acordo com Leite (2000), em condições fisiológicas de repouso apenas 15 a 20% do DC são distribuídos aos músculos esqueléticos, correspondendo cerca de 4 a 7 mililitros por 100 gramas de músculos (ml/100g), enquanto o restante é direcionado aos demais órgãos (pele, cérebro, rins, fígado, etc.). Sobre este assunto, Powers & Howley (2005) publicaram que em função da demanda aumentada de oxigênio nos músculos esqueléticos durante um esforço físico qualquer, é necessário que seja ampliado o fluxo sanguíneo para estas células, e concomitantemente, reduzido o mesmo para os órgãos em menor atividade metabólica (rins, fígado, pele, etc.), processo este, denominado redistribuição seletiva do fluxo sanguíneo. Ainda Powers & Howley (2005), este processo de auto regulação, possibilita durante uma taxa máxima de esforço físico, que 80 a 85% do DC sejam direcionados a musculatura esquelética, implicando num fluxo sanguíneo aumentado entre 12 a 30 vezes, o que corresponde entre 50 a 80 ml/100g de músculo na referida região, suprindo assim as necessidades de oxigênio e nutrientes requeridos pelos músculos esqueléticos em esforço físico aumentado. Objetivando explicar os mecanismos que regulam o processo anteriormente mencionado, Leite (2000) afirma que o mesmo decorre da vasoconstrição reflexa das arteríolas que irrigam os tecidos menos ativos durante a atividade física, bem como, da
  • 19. vasodilatação das arteríolas que suprem os músculos esqueléticos em trabalho muscular acentuado. Diferença arteriovenosa de O2 É a quantidade de oxigênio captada pelos tecidos do corpo a cada 100 ml de sangue que passam pela circulação sistêmica, para a realização de trabalho celular (POWERS & HOWLEY, 2005). Durante o repouso, a diferença arteriovenosa é cerca de 40 a 50 mililitros de oxigênio para cada litro de sangue (ml O2/1.000), enquanto que num trabalho físico prolongado, estes valores podem variar entre 160 a 180 ml O2/1.000, o que corresponde a um aumento de 4 a 4,5 vezes (LEITE, 2000). De acordo com o Powers & Howley (2005), a diferença arteriovenosa é proporcional a quantidade de oxigênio captada e utilizada pelas células musculares durante o esforço físico para a produção aeróbia de energia, estando diretamente relacionada a pressão parcial do oxigênio presente no interior da célula e do O2 transportado pela mioglobina através do fluxo sanguíneo. Fenômenos hemodinâmicos periféricos centrais Pressão arterial sanguínea É a pressão exercida pelo sangue contra as paredes arteriais, determinada pela quantidade de sangue bombeado e pela resistência oposta ao fluxo sanguíneo (POWERS & HOWLEY, 2005). De acordo com os referidos autores, a PA pode ser classificada em: a) pressão arterial sanguínea sistólica (PAS), referente ao maior valor obtido de pressão, decorrente da ejeção do sangue pelo coração durante a sístole ventricular cardíaca; e b) pressão arterial diastólica (PAD), compreendida pelo menor valor de pressão reportado, que ocorre durante a diástole ventricular cardíaca. Ainda Powers & Howley (2005), sugerem realizar a medição da pressão arterial média (PAM) durante o ciclo cardíaco, a qual determina a taxa do fluxo sanguíneo através da circulação sistêmica, bem como, a pressão média nas paredes arteriais decorrentes dos diferentes valores de sístole e diástole ventricular. De acordo com Rodrigues de Almeida (2009), os valores normais de PAS e PAD durante o repouso, situam-se abaixo ou igual a 130 e 85 milímetros de mercúrio por batimento cardíaco (mmHg/bpm) respectivamente. Durante o repouso, quando a PA é mensurada e os valores encontrados estão acima dos números anteriormente mencionados, considera-se indicativos de hipertensão arterial sanguínea (HAS), a qual se classifica como leve, moderada e severa (POWERS & HOWLEY, 2005). Sobre este assunto, Leite (2000) publicou que a PAS aumenta mediante a intensidade do esforço físico, enquanto a PAD apresenta valores que devem permanecer constantes no padrão fisiológico indicado anteriormente, sendo tolerado o aumento ou diminuição em até 10
  • 20. mmHg/bpm durante determinados momentos do trabalho físico, em decorrência da elevação do débito cardíaco e do volume sistólico. Ao analisar a resposta da PA durante o TFCR, estudo de Fleck & Kraemer (2006) reportam que não existe estabilização da referida variável durante o sistema de treino supracitado, visto que tanto a PAS e a PAD apresentam valores diferentes durante o encurtamento e o relaxamento muscular, devendo também ser considerados os números de repetições executadas, quantidade de séries em que as repetições são parceladas, bem como, a carga utilizada e o percentual de massa muscular recrutada. De acordo com os referidos autores, a maioria dos estudos apontam que atletas de modalidades anaeróbias como fisiculturistas, basistas e levantadores de peso, apresentam PAS e PAD de repouso dentro da média, o que permite pressupor que o TFCR não modifica a PA de repouso em sujeitos assintomáticos. Entretanto, diversos estudos (HAGBERG, 1984, NIEMAN, 1999, PITANGA, 2004; NEGRÃO & BARRETO, 2006; HARRIS & HOLLY apud FLECK & KRAEMER, 2006) indicam que indivíduos hipertensos apresentaram reduções significativas de PAS e PAD após procedimentos experimentais de TFCR. Duplo produto É o produto da frequência cardíaca de esforço multiplicado pela PAS, que reflete as alterações relativas da carga de trabalho imposta ao músculo cardíaco durante o esforço físico (POWERS & HOWLEY, 2005). De acordo Leite (2000), o DP durante um esforço físico máximo pode atingir valores cinco vezes maiores do que no repouso, e também, é considerado um parâmetro fidedigno para avaliar a capacidade funcional do ventrículo esquerdo cardíaco, sendo indicador confiável para controle de melhorias em pacientes integrados em programas objetivando a reabilitação cardíaca, visto que há uma correlação linear entre o aumento do DP com o MIVO2 máx. Ao analisar os efeitos do TFCR sobre o DP, estudos de Fleck & Kraemer (2006) afirmam que não significativamente como o ocorre em programas de exercício aeróbios, o sistema de treino supracitado reduz o DP durante o repouso, e também, durante uma atividade física qualquer, visto que, sujeitos com mais experiência em TFCR, quando se submetem aos mesmos percentuais de carga de treino, apresentam menores escores de PAS e FC se comparados com indivíduos sedentários ou iniciantes submetidos a mesma taxa de esforço. Resistência periférica total De acordo com Powers & Howley (2005), o principal fator que regula o fluxo de sangue é o diâmetro interno do vaso sanguíneo, o que gera alterações na taxa de fluxo às células mediante o aumento do calibre do vaso, denominado vasodilatação, bem como, da sua redução, chamada vasoconstrição. Como já mencionado anteriormente, em função do aumento do fluxo sanguíneo aos músculos esqueléticos, os vasos que irrigam os mesmos sofrem o processo de vasodilatação, fenômeno que gera queda da resistência ao fluxo de
  • 21. sangue e aumenta o volume do mesmo na referida musculatura, ao que se entende tecnicamente como distribuição seletiva do fluxo sanguíneo. BIBLIOGRAFIA Bielinski R, Schutz Y, Jequier E. Energy metabolism during the postexercise recovery in man. Am J Clin Nutr. 1985;42(1):69-82. FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do treinamento de força muscular. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 1999. ______. Fundamentos do treinamento de força muscular. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. LEITE, P. F. Fisiologia do exercício, ergometria e condicionamento físico. Cardiologia desportiva. 4. ed. São Paulo: Robe Editorial, 2000. MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação e prescrição de atividade física: guia prático. Rio de Janeiro: Shape, 1996. Mazzetti, et al. The influence of direct supervision of resistance training on strength performance. Med. Sci. Sports Exerc. 32:1175-1184. 2000. Rhea et al. A meta- analysis to determine the dose response for strength development. Med. Sci. Sports Exerc. 35: 456-464, 2003. MATSURA, C.; MEIRELLES, C. M.; GOMES, P.S.C. Gasto energético e consumo de oxigênio pós-exercício contra resistência. Revista de Nutrição. Campinas, Vol. 19. num. 6, nov/dez 2006, p.729-740. Monteiro, A.G. Uma nova proposta no treinamento da força – Periodização Não linear ou Ondulatória. AG editora, São Paulo, 2009. NETO, T. L. B. Exercício, saúde e desempenho físico. São Paulo: Atheneu, 1997.
  • 22. NEGRÃO, C. E.; BARRETO, A. C. P. Cardiologia do exercício: do atleta ao cardiopata. 2. ed. São Paulo: Manole, 2006. OLIVEIRA, J. L. M. et al. Ecocardiografia sob estresse em coronariopatia. In: Revista brasileira de cirurgia cardiovascular. Volume: 19. ed. 1. São Paulo: Braille. D. M., 2004. Disponível em: http://www.rbccv.org.br. Acesso em: 20 jul: 2013. PITANGA, F. J. G. Epidemiologia da atividade física, exercício físico e saúde. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2004. POWERS, S. C.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao condicionamento. 5. ed. São Paulo: Manole, 2005. RODRIGUES DE ALMEIDA, H. F. Efeitos da sobrecarga em parâmetros de rendimentos de lutadores de karatê decorrentes da sistematização metodológica das cargas de trabalho físico em um macrociclo de treinamento. La Coruña, 2002. Tese de Doutorado – Departamento de Medicina da Universidade de La Coruña. RODRIGUES DE ALMEIDA, H. F. Programas comunitários de prática da atividade física. In: VIII SIMPÓSIO NORDESTINO DE ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE. Salvador. Anais. União Metropolitana de Educação. UNIME, 2007. p.65-66. RODRIGUES DE ALMEIDA, H. F. Cineantropometria: testes e medidas para avaliação da performance motora humana. Porto Velho / Rondônia, 2009. Apostila da disciplina Cineantropometria. Curso de Educação Física. Universidade Federal de Rondônia – UNIR. TOPOL, E. J. Tratado de cardiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. SIMÃO, R. Fisiologia e prescrição de exercícios para grupos especiais. 2. ed. Rio de Janeiro: Phorte, 2007.