2. SUPERSABER
Fenômeno cultural, social
FREUD: Desconhecimento do sujeito
sobre seu desejo ou de sua sexualidade
FOCAULT: Problema da produção de
teorias sobre sexualidade – como ocorre o
fenômeno?
3. HISTÓRIA DA SEXUALIDADE
Sociedades Orientais: métodos e meios para
intensificar o prazer sexual
Kamasutra
4. HISTÓRIA DA SEXUALIDADE
Sociedade Ocidental: Scientia Sexualis
1. Antigüidade Grega e Romana
2. Cristianismo e Sociedade Burguesa
3. Freud, séc.XIX
5. GRÉCIA E ROMA
“Na Grécia antiga não existiam palavras para
designar o que chamamos de
“homossexualidade” e “heterossexualidade”
porque simplesmente não existia a idéia de
“sexualidade”.”
(Costa, 1994)
6. “O Eros da pederastia por princípio era virtuoso,
ao contrário da “homossexualidade”
contemporânea, tida como vício, doença,
“degeneração” ou perversão, desde que foi
inventada pelas ideologias jurídico-médico-psiquiátricas
do seculo XIX”
(Costa, 1994)
8. CRISTIANISMO (até séc. XIX)
Princípios de moral sexual:
Monogamia, Função Reprodutiva e
Desqualificação do Prazer
Já existiam no mundo romano
O que o Cristianismo trouxe foram novas
técnicas de repressão: Mecanismos de Poder
9. MECANISMOS DE PODER
Poder individualista:
“todo indivíduo tem a
obrigação de obter sua
salvação”
Aceitação da autoridade
do outro: o pastor pode
exigir obediência
absoluta
Conhecimento da
interioridade do
indivíduo Santo Agostinho
10. FREUD
“O menino, no qual
dominam
principalmente as
excitações do pênis,
costuma obter prazer
estimulando esse
órgão com a mão.
Seus pais e sua ama o
surpreenderam nesse
ato e o intimidam com
a ameaça de cortar-lhe
o pênis.”
(Freud, 1908)
11. Onde estão os mecanismos de Poder em
nossa sociedade?
12. SEXO, SEXUALIDADE E GÊNERO
SEXO: Divisão biológica, macho e fêmea
GÊNERO: Papel Social assumido ou
atribuído
SEXUALIDADE: Preferências,
predisposições ou experiências sexuais,
na experimentação e descoberta da sua
identidade e atividade sexual, num
determinado período da sua existência.
13. O Movimento Político Sexual de Reich
Objetivos principais:
Distribuição de contraceptivos e conscientização sobre o controle de
natalidade, para que não houvesse necessidade de aborto;
Legalização do aborto e disponibilidade do mesmo em clínicas públicas;
Abolição da diferenciação entre casados e não casados no sentido legal,
abolição do termo adultério e eliminação da prostituição por meio de
reeducação;
Eliminação das doenças venéreas através de completa educação sexual e,
acima de tudo, substituindo comportamentos sexuais promíscuos por
relações sexuais saudáveis;
Estudos de pedagogia sexual e fundação de clínicas terapêuticas;
Treinamento de diversos profissionais da saúde nas questões relevantes da
higiene sexual;
Proteção de crianças e adolescentes contra a sedução do adulto e
substituição da pena de crimes de ordem sexual por tratamento.
14. A revolução sexual depois de Reich
“A revolução permissiva é mais um fenômeno quantitativo do que
qualitativo. Ao lado de muitas coisas boas no cenário considerado,
e que Reich teria aprovado, há outras que eram a antítese do que
ele entendia por liberação genuína. A ênfase corriqueira na
pornografia, no senso de glorificação de muitos dos elementos
perversos, infantis e destrutivos da sexualidade “reprimida mas não
liberada”, corre o risco de abafar a tomada de consciência mais
tranqüila de atitudes mais abertas e saudáveis. As celebrações
orgásticas e a abordagem “fria” ameaçam e minam a nova
liberdade descoberta que possibilita construir e quebrar relações
sexuais duradouras sem os conflitos econômicos e culturais e as
pressões decorrentes de casamentos recentes ou compulsivos.”
(Boadella, 1985)
15.
16. CORPOS QUE ESCAPAM
“Os corpos somente
são o que são na
cultura. Sendo assim,
os significados de
suas marcas não
apenas deslizam e
escapam, mas são
também múltiplos e
mutantes.”
(Louro, 2003)
17. DINÂMICA: TRAVESTINDO-SE
A drag repete e exagera, se aproxima, legitima
e, ao mesmo tempo, subverte o sujeito que
copia. Conforme acentuam teóricas e teóricos,
tal paródia — característica da pós-modernidade
— não significa a imitação ridicularizadora, mas
sim uma “repetição com distância crítica que
permite a indicação irônica da diferença no
próprio âmago da semelhança”
(Hutcheon,1991:.47).
(Louro, 2003)
18.
19. AMOR E SEXO
(Arnaldo Jabor – cantado por Rita Lee)
Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa
nova
Sexo é carnaval
Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa...
Sexo é do bom...
Amor é do bem...
Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade
Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois
Sexo vem dos
outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora
O amor nos torna
patéticos
Sexo é uma selva
de epiléticos
Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa
nova
Sexo é carnaval
Amor é para
sempre
Sexo também
Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte
Amor é
pensamento,
teorema
Amor é novela
Sexo é cinema
Sexo é
imaginação,
fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia
20. BIBLIOGRAFIA
Boadella, D. (1985). Nos Caminhos de Reich. São Paulo: Editora
Summus.
Costa, J. F. (1994). Os gregos antigos e o prazer homoerótico. Em
Ética e o Espelho da Cultura. Rio de Janeiro: Rocco.
Foucault, M. (2004 [1978]). Sexualidade e Poder. Em Ética,
Sexualidade , Política: Coleção Ditos & Escritos. Rio de Janeiro:
Forense Universitária.
Freud, S. (1976 [1908]). Sobre as Teorias Sexuais das Crianças.
Em Edição Standard das Obras Psicológicas Completas. Vol. IX.
Rio de janeiro: Imago.
Louro, G. L. (2003). Corpos que escapam. Estudos feministas:
volume 04. Brasília/Montreal/Paris: Labrys.