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“ As Sete Ferramentas do Controle da Qualidade” - 7FCQ
      As Sete Ferramentas Básicas do Controle da Qualidade, cujo pai foi Kaoru Ishikawa, um engenheiro de controle de
qualidade. Nasceu em 1915. Licenciou-se em Química aplicada pela Universidade de Tóquio, após a II Guerra Mundial
impulsionou a formação da JUSE, Union of Japonese Scientists and Engineers, promotora da qualidade no Japão. Seus
estudos são bastante importantes na gestão da qualidade. Tendo obtido as primeiras noções de qualidade com os norte-
americanos, estudou a evolução do processo de industrialização, e desenvolveu sua teoria para o Japão, incluindo AS
7FCQ, um conjunto de ferramentas criadas por ele visando ao controle de processos, lidando principalmente com dados
numéricos e que resolvem muitos problemas que aparecem no início da implantação do GQT. São úteis nas fases D e C
do Ciclo PDCA.

São: - Gráfico de Pareto; - Diagrama de Causa e Efeito; - Estratificação; - Folha ou Lista de Verificação; - Histograma; -
Diagrama de Dispersão e Gráficos de Controle.

                                             1ª Ferramenta - GRÁFICO DE PARETO

Problemas relativos à qualidade aparecem sob a forma de perdas (itens defeituosos e seus custos). É extremamente importante esclarecer o
     modo de distribuição destas perdas. O Gráfico de Pareto surge exatamente como ferramenta ideal para identificar quais itens são
  responsáveis pela maior parcela das perdas onde quase sempre são poucas as “vitais” e muitas as “triviais”. Então se os recursos forem
   concentrados na identificação das perdas “vitais”, e estas puderem ser identificadas, torna-se possível a eliminação de quase todas as
                       perdas, deixando as “triviais” para solução posterior. Orientações para construção do gráfico:
    A. Determinar como os dados serão classificados: por produto, máquina, turno, operador.
    B. Construir uma tabela, colocando os dados em ordem decrescente.
    C. Calcular a porcentagem de cada item sobre o total e o acumulado.
    D. Traçar o diagrama e a linha de porcentagem acumulada.

                                         Quantidade de operadores com notas abaixo de 85 X
                                                         Horário de Entrada
                                                                                    %             %
                                        Período            Abaixo de 85
                                                                              Representativo Consolidado
                               06h00 - 08h59                       99            34,0%          34,0%
                               15h00 - 17h59                       60            20,6%          54,6%
                               09h00 - 11h59                       51            17,5%          72,2%
                               12h00 - 14h59                       47            16,2%          88,3%
                               18h00 - 00h00                       24             8,2%          96,6%
                               00h00 - 06h00                       10             3,4%         100,0%
                               Total geral                                291        100,0%


                                                                                               96,6%              100,0%
                                                                              88,3%
                                                        72,2%
                                     54,6%

                  34,0%



                     99



                                       60
                                                          51
                                                                              47

                                                                                              24
                                                                                                                 10

              06h00 - 08h59     15h00 - 17h59      09h00 - 11h59        12h00 - 14h59   18h00 - 00h00    00h00 - 06h00
2ª Ferramenta - DIAGRAMAS DE DISPERSÃO

     Visa identificar se existe uma tendência de variação conjunta (correlação) entre duas ou mais variáveis.




                                     Fig. 1 – Exemplo de diagrama de dispersão

      Na prática do dia-a-dia é, muitas vezes, essencial estudar-se a relação entre duas variáveis correspondentes. Por
exemplo, em que grau as dimensões de uma peça usinada variam com a mudança de velocidade de um torno? Ou,
suponhamos que queremos controlar a concentração de uma solução e é preferível substituir a medição da
concentração pela da densidade relativa porque ela é facilmente medida na prática. Para estudar a relação de duas
variáveis tais como a velocidade do torno e dimensões de uma peça,ou concentração e densidade relativa, pode-se usar
o chamado “diagrama de dispersão”.

     Como ler diagramas de dispersão?




                                                  Fig. 2 – Pontos anômalos




        Pode-se conhecer diretamente o perfil da distribuição dos pares de dados a partir de sua leitura do seu gráfico.
Para isso, a primeira coisa que se deve fazer é examinar se há ou não pontos anômalos no diagrama.
       Pode-se presumir que, em geral, quaisquer destes pontos distantes do grupo principal são o resultado de erro de
medição, ou de registro de dados ou foram causados por alguma mudança nas condições de operação. É necessário
excluir estes pontos para a análise de correlação. Contudo, ao invés de desprezar estes pontos por completo, deve-se
prestar a devida atenção às causas de tais irregularidades, pois muitas vezes obtêm-se informações inesperadas porém
úteis, descobrindo-se por que eles ocorrem.

     Existem muitos tipos de padrões de dispersão que são chamados de correlações. Alguns tipos representativos são
dados abaixo.
Orientações para construção do gráfico:
   A. Colete os pares de dados (x, y) entre os quais deseja estudaras relações, dispondo-os em uma tabela. É
      desejável ter, pelo menos, 30 pares de dados.
   B. Encontre os valores máximos e mínimos para x e y, e defina as escalas dos eixos horizontal e vertical, de forma
      que ambos os comprimentos venham a ser aproximadamente iguais para facilitar a leitura. Se uma das duas
      variáveis for um fator e a outra uma característica da qualidade, usar o eixo horizontal x para o fator e o eixo
      vertical y para a característica da qualidade.
   C. Trace o plano cartesiano e lance os dados no papel. Quando forem obtidos os mesmos valores de dados de
      diferentes observações, mostre estes pontos, ou traçando círculos concêntricos, ou lançando o segundo ponto
      imediatamente próximo do primeiro.
   D. Inserir todos os itens e informações necessárias como intervalo de tempo, quantidade de pares de dados, nome
      e unidade de medidas de cada eixo, etc., e após isso, analisar o diagrama, verificando a existência de correlação.

    Exemplo:

    Classificação de Nota de Monitoria X Total em Vendas:


                                                                              100,0


                                                                               90,0
                                                          Nota de Monitoria




                                                                               80,0


                                                                               70,0


                                                                               60,0


                                                                               50,0


                                                                               40,0
                                                                                   0,00   2.000,00   4.000,00    6.000,00 8.000,00 10.000,00 12.000,00 14.000,00
                                                                                                                Total $$$ em vendas

    Há correlação entre Maior nota e Maior índice de vendas.

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  • 1. “ As Sete Ferramentas do Controle da Qualidade” - 7FCQ As Sete Ferramentas Básicas do Controle da Qualidade, cujo pai foi Kaoru Ishikawa, um engenheiro de controle de qualidade. Nasceu em 1915. Licenciou-se em Química aplicada pela Universidade de Tóquio, após a II Guerra Mundial impulsionou a formação da JUSE, Union of Japonese Scientists and Engineers, promotora da qualidade no Japão. Seus estudos são bastante importantes na gestão da qualidade. Tendo obtido as primeiras noções de qualidade com os norte- americanos, estudou a evolução do processo de industrialização, e desenvolveu sua teoria para o Japão, incluindo AS 7FCQ, um conjunto de ferramentas criadas por ele visando ao controle de processos, lidando principalmente com dados numéricos e que resolvem muitos problemas que aparecem no início da implantação do GQT. São úteis nas fases D e C do Ciclo PDCA. São: - Gráfico de Pareto; - Diagrama de Causa e Efeito; - Estratificação; - Folha ou Lista de Verificação; - Histograma; - Diagrama de Dispersão e Gráficos de Controle. 1ª Ferramenta - GRÁFICO DE PARETO Problemas relativos à qualidade aparecem sob a forma de perdas (itens defeituosos e seus custos). É extremamente importante esclarecer o modo de distribuição destas perdas. O Gráfico de Pareto surge exatamente como ferramenta ideal para identificar quais itens são responsáveis pela maior parcela das perdas onde quase sempre são poucas as “vitais” e muitas as “triviais”. Então se os recursos forem concentrados na identificação das perdas “vitais”, e estas puderem ser identificadas, torna-se possível a eliminação de quase todas as perdas, deixando as “triviais” para solução posterior. Orientações para construção do gráfico: A. Determinar como os dados serão classificados: por produto, máquina, turno, operador. B. Construir uma tabela, colocando os dados em ordem decrescente. C. Calcular a porcentagem de cada item sobre o total e o acumulado. D. Traçar o diagrama e a linha de porcentagem acumulada. Quantidade de operadores com notas abaixo de 85 X Horário de Entrada % % Período Abaixo de 85 Representativo Consolidado 06h00 - 08h59 99 34,0% 34,0% 15h00 - 17h59 60 20,6% 54,6% 09h00 - 11h59 51 17,5% 72,2% 12h00 - 14h59 47 16,2% 88,3% 18h00 - 00h00 24 8,2% 96,6% 00h00 - 06h00 10 3,4% 100,0% Total geral 291 100,0% 96,6% 100,0% 88,3% 72,2% 54,6% 34,0% 99 60 51 47 24 10 06h00 - 08h59 15h00 - 17h59 09h00 - 11h59 12h00 - 14h59 18h00 - 00h00 00h00 - 06h00
  • 2. 2ª Ferramenta - DIAGRAMAS DE DISPERSÃO Visa identificar se existe uma tendência de variação conjunta (correlação) entre duas ou mais variáveis. Fig. 1 – Exemplo de diagrama de dispersão Na prática do dia-a-dia é, muitas vezes, essencial estudar-se a relação entre duas variáveis correspondentes. Por exemplo, em que grau as dimensões de uma peça usinada variam com a mudança de velocidade de um torno? Ou, suponhamos que queremos controlar a concentração de uma solução e é preferível substituir a medição da concentração pela da densidade relativa porque ela é facilmente medida na prática. Para estudar a relação de duas variáveis tais como a velocidade do torno e dimensões de uma peça,ou concentração e densidade relativa, pode-se usar o chamado “diagrama de dispersão”. Como ler diagramas de dispersão? Fig. 2 – Pontos anômalos Pode-se conhecer diretamente o perfil da distribuição dos pares de dados a partir de sua leitura do seu gráfico. Para isso, a primeira coisa que se deve fazer é examinar se há ou não pontos anômalos no diagrama. Pode-se presumir que, em geral, quaisquer destes pontos distantes do grupo principal são o resultado de erro de medição, ou de registro de dados ou foram causados por alguma mudança nas condições de operação. É necessário excluir estes pontos para a análise de correlação. Contudo, ao invés de desprezar estes pontos por completo, deve-se prestar a devida atenção às causas de tais irregularidades, pois muitas vezes obtêm-se informações inesperadas porém úteis, descobrindo-se por que eles ocorrem. Existem muitos tipos de padrões de dispersão que são chamados de correlações. Alguns tipos representativos são dados abaixo.
  • 3. Orientações para construção do gráfico: A. Colete os pares de dados (x, y) entre os quais deseja estudaras relações, dispondo-os em uma tabela. É desejável ter, pelo menos, 30 pares de dados. B. Encontre os valores máximos e mínimos para x e y, e defina as escalas dos eixos horizontal e vertical, de forma que ambos os comprimentos venham a ser aproximadamente iguais para facilitar a leitura. Se uma das duas variáveis for um fator e a outra uma característica da qualidade, usar o eixo horizontal x para o fator e o eixo vertical y para a característica da qualidade. C. Trace o plano cartesiano e lance os dados no papel. Quando forem obtidos os mesmos valores de dados de diferentes observações, mostre estes pontos, ou traçando círculos concêntricos, ou lançando o segundo ponto imediatamente próximo do primeiro. D. Inserir todos os itens e informações necessárias como intervalo de tempo, quantidade de pares de dados, nome e unidade de medidas de cada eixo, etc., e após isso, analisar o diagrama, verificando a existência de correlação. Exemplo: Classificação de Nota de Monitoria X Total em Vendas: 100,0 90,0 Nota de Monitoria 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 0,00 2.000,00 4.000,00 6.000,00 8.000,00 10.000,00 12.000,00 14.000,00 Total $$$ em vendas Há correlação entre Maior nota e Maior índice de vendas.