O documento discute conceitos fundamentais sobre língua e linguagem. Apresenta as características das variedades do português europeu e brasileiro e descreve os principais tipos de variação linguística como diatópica, diastrática e diafásica.
2. Conceitos: Linguagem e Língua
•Linguagem
•meioeprocessodecomunicaçãoentresereshumanos,animaisoumáquinas.
•Língua Verbal
•meiodecomunicaçãoatravésdoqualossereshumanospartilhaminformação, saúdam,perguntam,prometem,etc.,deumaformasistemáticaeconvencional, recorrendoasinaissonorosougráficos.
•Língua
•sistemaderepresentaçãoconstituídoporpalavrasepelasregrasqueascombinamemfrases,usadopelosfalantesdeumacomunidadelinguísticacomoprincipalmeiodecomunicaçãooralouescrito.
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3. Conceitos: Comunidade e Falante
•Falante
•utilizador de uma língua.
•Comunidade Linguística
•conjunto de falantes que utilizam uma mesma língua para comunicarem entre si;
•a comunidade linguística dos falantes de língua portuguesa é hoje composta por mais de 250 milhões de pessoas. Mapa da Lusofonia
•Competência Linguística
•é a capacidade intuitiva que o falante tem para usar a sua língua e que decorre do processo natural de aquisição da linguagem.
•Competência Comunicativa
•capacidade que um falante tem de produzir e receber mensagens e de adequar o seu discurso aos diferentes contextos.
•Competência Metalinguística
•capacidade que um falante tem para refletir sobre os mecanismos da gramática da língua que habitualmente usa de modo intuitivo.
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5. Conceitos: Estatuto das Línguas
•Língua Oficial
•aquela que é usada obrigatoriamente pelos cidadãos no contactos com a administração do país onde residem;
•a língua oficial nem sempre coincide com a língua nacional.
•Língua Materna
•aquela com que um recém-nascido entra primeiramente em contacto, no seu ambiente familiar e com a qual faz a aprendizagem da fala.
•Língua Segunda (=não materna)
•é aquela que, depois da sua língua materna, o falante aprende e usa na comunidade em que está inserido;
•o português é a língua segunda dos imigrantes radicados em Portugal e de muitos habitantes de países africanos de língua oficial portuguesa que têm outras línguas maternas.
•Língua Estrangeira
•é a língua não materna, habitualmente aprendida em contexto escolar.
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6. Variação Linguística
•Uma língua pode apresentar variação em função de diversos fatores:
•do espaço: Variação diatópica
•do meio social: Variação diastrática
•da situação discursiva:Variação diafásica
•do tempo: Variação diacrónica
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7. Variação Diatópica do Português
•dia (grego dia = através de)
•tópica (grego tópos = lugar)
•Todasaslínguasincorporammargensdevariação.Estasvariaçõessãomaioresquantomaiorforonúmerodefalantesemaisalargadaasuadispersãogeográfica.
•OportuguêsfaladoemPortugalapresentavariaçõesnoMinho, noAlgarve,noAlentejo,naMadeiraenosAçores,porexemplo.
•Poroutrolado,oportuguêsdePortugalnãoéexatamenteigualaoPortuguêsdoBrasil.
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8. Variação Diatópica do Português
•Alínguaapresentavariedadesgeográficasquediferemderegiãopararegião,dentrodomesmopaís.Assuasespecificidadespodemmanifestar-seaoníveldapronúncia,daentoação,dovocabulárioedasintaxe.
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Região do país
Exemplo
Significado
Norte
fino
copo de cerveja
Centro
bica
café
Madeira
lambeca
sorvete
Açores
trincar o pé
pisar o pé
10. Variedades do Português
•Ao longo da sua história, os falantes do português entraram em contacto com outras línguas, daí resultando diferentes variedades da nossa língua:
•variedade europeia
•variedade brasileira
•variedades africanas
•variedade timorense
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12. Variedade Europeia
•É o português falado em Portugal continental e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
•Considera a variedade dos falantes cultos de Lisboa, como língua padrão.
•O português europeu é regulado pelaAcademia de Ciências de Lisboa.
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13. Características do Português Europeu
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Características
Exemplos
Colocação do pronome pessoal depois do verbo
Ele disse-me a verdade.
Uso da preposição “a” + infinito
Ela está a ler um livro.
Uso de preposições
O João foi ao médico.
Uso da 2ªpessoa do singular em registo informal (tu)
Tu queres lanchar cá?
Vocabulário e expressões próprios
Autocarro
Ortografia
cómico
14. Dialetos de Portugal
•1.Dialetos portugueses insulares açorianos.
•8.Dialetos portugueses insulares madeirenses.
•4. e 10.Dialetos portugueses setentrionais: dialetos transmontanos e alto-minhoto.
•9. 6. 5. Dialetos portugueses setentrionais: dialetos baixo-minhotos- durienses-beirões.
•7.Dialetos portugueses centro- meridionais: dialetos do centro litoral.
•2. e 3. Dialetos portugueses centro- meridionais: dialetos do centro interior e do centro interior e do sul.
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15. Variedade Brasileira
•É o português falado no Brasil.
•Considera a variedade dos falantes cultos do Rio de Janeiro e de S, Paulo como língua padrão.
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16. Características do Português do Brasil
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Características
Exemplos
Colocação do pronome pessoalantes do verbo
Ele me disse a verdade.
Uso frequente do gerúndio
Ele está lendo um livro.
Uso de preposições
O João foi no médico.
Uso da 3ª pessoa do singular em registo informal (você)
Você quer lanchar cá?
Vocabulário e expressões próprios
Ônibus (=autocarro)
Ortografia
cômico
17. Variedades Africanas
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Características
Exemplos
Colocação do pronome pessoal antes do verbo
Ele me disse a verdade.
Não concordância do sujeito com predicado
Você foste sozinha?
Uso de preposições
O João foi no médico.
Pronome pessoal “lhe” como CD
A avó viu-lhe na praça.
Marca do plural nos determinantes
Ele magoou os pé.
Vocabulário e expressões próprios
Machimbombo (=autocarro)
18. Variação Diastrática
•dia (grego dia = através de)
•estrática(grego stratu= estrato)
•Quando as diferenças na comunicação resultam de fatores como a classe social, a idade, a origem étnica ou o nível de instrução, designam-se por variedades sociais ou variação diastrática.
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Registo técnico
Uso de terminologia específica e rigorosa relativa a determinada profissão e usada nesse contexto.
Gíria
Uso de vocabulário e expressõespróprios de determinados grupos.
Calão
Uso de termos grosseiros, normalmente provenientes de uma população com um nível sociocultural inferior.
19. Variação Diafásica
•dia (grego dia = através de)
•fásica(grego phásis= expressão)
•Quando as diferenças na comunicação resultam da situação em que se encontra o falante, diz-se que as variações são situacionais ou diafásicas.
•Um falante proficiente deve ser capaz de adequar o seu registo de língua às diferentes situações de comunicação em que interage:
•situação formal: implica um registo cuidado, de acordo com a exigências dos diversos interlocutores;
•situação informal: admite um registo de língua mais espontâneo, menos controlado.
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20. Variação Diafásica
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Registo cuidado
Caracteriza-se por um vocabulário cuidado e frases bem construídas. É mais usado em situações formais (discursos, conferências, crónicas...).
Registo corrente
Caracteriza-se por um vocabulário de fácil compreensão, claro e correto. É o mais usadodiariamente (rádio. TV, conversas...).
Registo familiar
Caracteriza-se por um vocabulário menos variado, mas de fácil compreensão, claro e espontâneo. É o mais usado diariamente entre a família e os amigos.
Registo popular
Caracteriza-se por um vocabulário mais pobre, simples e espontâneo, denotando muitas vezes pouca instrução por parte dos seus falantes. É, porém, muito expressivo.
Registo literário
É utilizado principalmente pelos poetas e escritores que empregam ao seu registo musicalidade, rima e palavras com diferentes sentidos.
Ex.:“Ervas trémulas dançavam à menor brisa.” (SophiaAndresen)
21. Variação Diacrónica do Português
•dia (grego dia = através de)
•crónica (grego kronos= tempo)
•A variação diacrónicaou históricaé o conjunto de mudanças verificadas numa língua ao longo da sua história.
Umalínguamudaatravésdostemposgarantindoumacontinuidadee,aomesmotempo,umainovação,quepermitapreenchernovasnecessidadescomunicativasdosfalantes.
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22. Cronologia do Português
Pré-românico
Românico
Período de transição
Galaico- português
Português Antigo
Português Clássico
Português Contemporâneo
Séc.IIac/ I ac
Séc. I ac/ IX
Séc. IX/XI
Séc. XI/XII
Séc. XII/XV
Séc. XVI/XVIII
Séc. XIX/XXI
Grandes migrações de povos indo- europeus de leste para oeste.
Um destes povos, os Celtas, estabelece-se na PI.
A sua língua e a sua cultura entram em contacto com as já existentes: as dos Iberos.
218 ac: romanos
409/711 germânicos.
711mouros
Durante 10 séculos fala-se o romance.
O romance é uma variante do latim, introduzido pelos romanos.
Alguns termos galaico- portugueses surgem nos textos latinos, mas o galaico- português é sobretudo falado na região da Lusitânia.
Com a Reconquista Cristã (1000- 1249), o Galaico- portuguêsconsolida-se como língua falada e escrita na Lusitânia.
Desta época são os cancioneiros medievais. Diapositivo 9
Época em que o português se “independiza” do galaico- português.
1296, D.Dinisdecreta que os documentos oficiais passassem a ser escritos em português e não em latim.
Surgem as primeiras gramáticas da língua portuguesa e o primeiro dicionário português- latim e latim- português.
Camões
António Ferreira
Sá de Miranda
Padre António Vieira
Fase do português europeu, escrito e falado, a partir do século XIX até à atualidade.
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23. As primeiras manifestações da literatura portuguesa são em verso, datam do séc. XII e estão reunidas em três coletâneas: o Cancioneiro da Ajuda(séc. XIII), oCancioneiro da Vaticanae oCancioneiro da Biblioteca Nacional(sendo estes cópias de textos mais tardios).
No mundo nom me sei parelhamentreme for como me vai, ca jamoiro por vós e ai! mia senhor branca e vermelha, queredesque vos retraiaquando vos eu vi em saia. Maodia me levanteique vos entomnon vi fea!
Paio Soares de Taveirós,«Cantiga da Garvaia» -(1.ª estrofe)
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24. Contacto entre Línguas
Línguas de substrato
Línguas dos povos que habitavam a PI antes da invasão romana (iberos, celtas, fenícios e gregos)
Língua de estrato
Latim popular
(a nossa língua deriva fundamentalmente do latim popular, trazido pelos romanos-séc. III)
Língua de superstrato
Língua dos visigodos-séc.V
(língua que veio depois, mas que não se sobrepôs à existente)
Língua de adstrato
Língua árabe
(língua que coexistiu com a existente)
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Braga,Viseu,Tejo,
bruxa,chaparro,
esquerdo,sapo,...
elmo,estribo,guerra,
luva,orgulho,raça,
Ricardo,...eospontos
cardeais(200palavras)
Algumaspalavrasde
origemárabe
25. Algumas palavras de origem árabe
•Açafrão (azzafaran, amarelo) Achaque (ashshaka, enfermidade) Açoite (assaut) Açougue (assok) Açude (assudd) Açúcar (assukarderiva do Sanscritoçarkara, grãos de areia) Alcachofra (Alkharshof, fruto do cardo manso) Alcalóide(palavra composta: Árab.alcali+ Gregoeîdos, forma) Alcateia (alkataia, rebanho) Álcool (alkohul, coisa subtil) Alcorão (Alkuran, a leitura) Alcova (al-qabu, quarto lateral) Alecrim (aliklil) Alface: al-khaçAlfaiate: al-khayyâtAlfândega: alfunduqAlfazema: al-khuzâmaAlgarismoÁlgebraAlgodão (alkutun) Alicate (allikkát, tenaz) Almanaque (almanakh) Almofada (almukhaddade khadd, face) AlmoxarifeAzeiteAzeitonaAzulejoCaféCáfilaCalifaCalifadoCeifaCeroulasChafarizCherneChifraCifraDamascoGarrafa (garrafâ, frasco bojudo) Javali (jabali) Laranja (naranjderiva do Persa naräng) Laranjeira (naranjderiva do Persa naräng) Limão (laimunderiva do Persa limun) Limoeiro (laimunderiva do Persa limun) Masmorra (matmura, celeiro subterrâneo) Matraca (mitraka) Nora (na'ûra) Oxalá (in shaallahou inshallah, se Deus quiser) Safra (safaria, estação da colheita) Tambor (tanburderiva do Persa dänbära, cítara) Xadrez (xatranjderiva do Sânscrito xaturanga, que consta de quatro membros) Xarope (sharab, bebida, poção) Xaveco (xabbak, pequeno navio de três mastros e velas latinas) Xeque
São cerca de 1000,
as palavras de origem árabe.
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26. Etimologia
•Disciplina que estuda a evolução de cada palavra, ao longo das diversas fases da história da língua, até chegar ao seu étimo, ou seja, à palavra que lhe deu origem.
•Étimo é a forma mais antiga de uma palavra:
•palatiu> paaço> paço
•palatiué a palavra latina para,
primeiramente, monte palatino,
depois, palácio dos césares
e, mais tarde, palácio.
•A base etimológica do português é, sobretudo; o latim. Contudo´, a nossa língua tem também outras origens, ou seja, incorpora étimos celtas, germânicos, árabes, entre outros.
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27. Genealogia Linguística
•Família de Línguas
•grupos de línguas que provêm da mesma língua-mãe.
•Indo-Europeu
•língua que deu origem a vários ramos linguísticos
•o itálico, o grego, o germânico, o celta, o eslavo, ...
•que, por sua vez, deram origem a novas famílias.
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31. Família das Línguas Românicas
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Aoconjuntodaslínguasderivadasdolatimvulgardá-seonomedefamíliadaslínguasromânicas.
Olatimvulgareraolatimfaladopelopovo,soldados, comerciantesecolonosromanos,misturadocomosdiferentesfalareslocais.
Fazempartedestafamíliadelínguasoportuguês,ogalego,ocastelhano,ocatalão,ofrancês,oprovençal,oitaliano,osardoeoromeno.
32. Palavras divergentes/convergentes
•Palavras divergentes
•aquelas que têm formas diferentes, mas um étimo comum:
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Étimo latino
Formas populares
Formas eruditas
macula >
mancha, mágoa, malha
mácula
palatiu>
paço
palácio
solitariu>
solteiro
solitário
parabola>
palavra
parábola
O mesmo étimo deu origem a palavras diferentes na nossa língua.
33. Palavras divergentes/convergentes
•Palavras convergentes
•aquelas que têm a mesma forma, mas étimos diferentes:
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Étimo latino
Palavras convergentes
sanum>
são (adjetivo = saudável)
sanctu>
são (nome/adjetivo= santo)
sunt>
são (verbo ser)
Étimo latino
Palavras convergentes
vanu>
vão (nome/adjetivo = vazio/oco)
vadunt>
vão (verbo ir)
Étimo latino
Palavras convergentes
rivu>
rio (nome)
rideo>
rio (verbo rir)
Étimo latino
Palavras convergentes
filu>
fio (nome)
fido >
fio (verbo fiar)
34. Sons, Fonemas e Grafemas
•Fonema = som
•Grafema = letra
•Nem sempre há uma relação direta entre grafema e fonema.
•Por vezes,
•um fonema é representado por duas letras: ch;
•um mesmo fonema corresponde a diferentes grafemas: ch/x;
•um grafema corresponde a mais do que um fonema: s (casa/ saco).
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36. Alfabeto Fonético Internacional
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Vogais Orais
[i] vi ['vi]
[e] vê ['ve]
[ɛ] pé ['pɛ]
[a] pá ['pa]
[ɐ] para [pɐɾɐ]
[ɛ] de
[ɔ] sol ['sɔl]
[o] pôr, sou ['poɾ, 'so]
[u] tu ['tu]
40. Fonética Articulatória
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Ponto de Articulação
Modo de Articulação
Oclusivas
Fricativas
Laterais
Vibrantes
Orais
Nasais
Bilabiais
Vozeada
b
m
Não-Vozeada
p
Labio-Dentais
Vozeada
v
Não-Vozeada
f
Apico-Dentais
Vozeada
d
z
Não-Vozeada
t
s
Alveolares
Vozeada
n
l
ɾ
Não-Vozeada
Palatais
Vozeada
ɲ
ʒ
ʎ
Não-Vozeada
ʃ
Velares Vozeada
Vozeada
g
ʀ
Não-Vozeada
k
41. Processos Fonológicos
•São as modificações sofridas pelos fonemas ao longo da história de uma língua.
•No caso português, as causas para estas modificações podem ter sido a influência das línguas de substrato e de superstrato.
•Poe exemplo:
•do latim para o galaico-português, ocorreram duas transformações fonológicas, que ainda hoje diferenciam o português de outras línguas românicas:
•a queda do /n/ e do /l/ intervocálicos latinos
luna> lua
malu> mau
•a transformação dos grupos iniciais latinos /pl/, /cl/ e /fl/ em [ʃ]
pluvia> chuva
clave > chave
flagare> cheirar
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42. Processos Fonológicos
•Podemos distinguir três tipos de processos fonológicos:
•por inserção de segmentos
•em posição inicial da palavra -PROTESE
•em posição medial da palavra -EPÊNTESE
•em posição final da palavra –PARAGOGE
•por supressão de segmentos
•em posição inicial da palavra -AFÉRESE
•em posição medial da palavra -SÍNCOPE
•em posição final da palavra –APÓCOPE
•por alteração de segmentos
•ASSIMILAÇÃO
•DISSIMILAÇÃO
•NASALIZAÇÃO
•DITONGAÇÃO
•REDUÇÃO VOCÁLICA
•CRASE
•METÁTESE
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43. Processos Fonológicos porInserçãode Segmentos
Quando um novo som passa a ser articulado numa palavra:
•em posição inicial da palavra –PROTESE
•speculu> espelho
•calacare> calcar > acalcar
•em posição medial da palavra –EPÊNTESE
•humile> humilde
•vino> vio> vinho
•Em posição final da palavra –PARAGOGE
•ante > antes
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44. Processos Fonológicos por Supressãode Segmentos
Quando um novo som deixa de ser articulado numa palavra:
•em posição inicial da palavra –AFÉRESE
•acumen> gume
•atonitu> tonto
•em posição medial da palavra –SÍNCOPE
•generu> genro
•veritate> verdade
•atonitu> tonto
•Em posição final da palavra –APÓCOPE
•crudele> cruel
•cruce> cruz
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45. Processos Fonológicos por Alteraçãode Segmentos
Quandoumfonemasofreumaalteraçãoporinfluênciadeoutrosquelheestãopróximos. •ASSIMILAÇÃO
•umfonematornaigualasiumoutroquelheestápróximo(assimilaçãototal)
nostru> nosso ipse> esse
•umfonematornasemelhanteasiumoutroquelheestápróximo(assimilaçãoparcial)
chamam-lo> chamam-no
Assimilação parcial progressiva: o /m/ tornou o /l/ também som nasal.
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Neste caso a assimilação é progressiva,porque ocorre da esquerda para a direita.
Assimilaçãoregressiva, da direita para a esquerda.