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Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica e
 Formação de Formadores com Acesso ao
Mestrado Europeu em Ciências da Educação




                       Disciplina:
   Comunicação e Tecnologia em Supervisão
    Pedagógica e Formação de Professores




                        Trabalho:
 Atividade de Leitura Análise e Produção Escrita




          Autor(a): Elisabete Jorgino Ferreira Coelho

                          Ano: 2011
Trabalho exigido como avaliação da Disciplina
Comunicação e Tecnologia em Supervisão
Pedagógica e Formação de Professores, sob
orientação da Profa. Dra. Suely Soares Galli da
Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica e
Formação de Formadores com acesso ao
Mestrado Europeu em Ciências da Educação.
“Internet e inclusão: otimismo exacerbado e lucidez pedagógica

                                                    Elisabete Jorgino Ferreira Coelho


     Este texto é parte de um estudo mais amplo realizado a partir da leitura do
livro Educação e Comunicação da autora Suely Galli Soares, capítulo III “Internet e
inclusão: otimismo exacerbados e lucidez pedagógica, como complemento de
estudo para cumprimento da Disciplina Comunicação e Tecnologia em Supervisão
Pedagógica e Formação de Professores. Nosso interesse nesse tema origina-se
pela compreensão sobre a realidade social hoje e a presença das tecnologias de
informação em todos os setores da sociedade e segmentos sociais, razão pela
qual faz parte de uma grande parte dos objetos de pesquisa.
     A autora trata em suas primeiras indagações sobre a importância da
tecnológica no mundo de hoje, a influência da globalização como a principal causa
do crescimento da comunicação eletrônica nos últimos anos, tal crescimento
exacerbados seguindo de otimismo para uma comunicação de acesso a todos
quebrando as fronteiras nacionais e internacionais contribuindo diretamente para o
desenvolvimento social, econômico das diferentes culturas. Ressalta inclusive que
o crescimento desta comunicação não ficou limitada apenas as grandes empresas
mas também as Organizações não-governamentais, que utilizam-se da internet
para suas estratégias de negócios.
     Enquanto na Europa, segundo Biernatzki, SJ (2000), a estrutura das
telecomunicações é apontada por dois modelos: o idealista que disponibiliza a
internet a todos com preços cada vez mais baixos e o estratégico que limita o uso
e acesso de algumas inovações técnicas, informando a autora que o modelo
idealista é o que interessa ao seu estudo de pesquisa por beneficiar toda a
camada da sociedade e da economia. Fica claro a importância do Governo para a
inclusão digital dos povos em especial dos países pobres e periféricos, há uma
preocupação em avançar os acessos a estes. Na afirmativa a seguir a autora
confronta o que falamos aqui:
              “No entanto, a pregação de que o livre acesso à informação na Internet
             resulta na necessidade cada vez mais urgente e realização cada vez mais
próxima, do desenvolvimento de políticas que contemplem a formação
                cidadã condição imperativa da nova sociedade. O que dependera não
                apenas da distribuição democrática dos conhecimentos e informações, mas
                também da capacidade para produzi-los(GALLI SOARES, 2006:p.100”

      A capacidade de produzir conhecimento e informação que o acesso a
informática traz é um dos pré-requisitos para uma sociedade mais igualitária
ficando não só a cargo do governo mais do próprio cidadão.
        Ainda segundo GALLI SORES (2006) a comunicação digital trouxe a
inserção da tecnologia no mundo educacional. No Brasil, através de inúmeras
inovações as quais as escolas, faculdades, docentes, pedagogos, diretores e
gestores tiveram que se adaptar, seja através da educação continuada, seja
através de orientações pedagógicas, aos poucos inserindo no mundo digital
modernizando assim o acesso as informações em prol de uma educação mais ágil
e inovadora.
        O Ministério da Educação, em 27 de maio de 1996, por meio da SEED –
Secretaria de Educação a Distância, onde oficializa a criação pelo Decreto no.
1.917, atua como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e
aprendizagem, suprindo a inserção das tecnologias de informação e comunicação
(TICs) e das técnicas de educação a distancia aos métodos didático-pedagógicos.
Ainda promove a pesquisa e desenvolvimento voltados para a introdução de
novos conceitos e praticas nas escolas publicas brasileiras.
        Programas e Ações, para discentes e docentes, promovendo a tecnologia
são apontados aqui como exemplo: DVD Escola 1; e-ProInfo2; ProInfo Integrado3e-
TEC4; Educação Indígena5; Formação de Professores na Educação6; Mídias na
Educação7; Observatório da Educação8, entre outros, ressaltando que o MEC

1
  DVD Escola – materiais de áudio e vídeo da TV Escola distribuidos as escolas.
2
  e-ProInfo – introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicacao nas escolas publicas.
3
  ProInfo Integrado – Programa de formação voltada para o uso didático-pedagogico das tecnologias da
informação e...
4
  e-TEC – Escola Tecnica Aberta do Brasil: educação profissional a distancia.
5
  Educacao Indigena – Acoes para garantir a oferta de educação escolar indígena de qualidade,
6
  Formacao de Professores na Educacao – Ensino a distancia, em parceria com a UAB (Sistema Universidade
Aberta do Brasil).
7
  Midias na Educacao – Formacao continuada para o uso pedagógico de TV e vídeo, informática, radio e
impresso.
disponibiliza em seu site a explicação sobre cada Programa e Ação. Dentre estes
destaca-se o EAD que através do MDEC tem incentivado a ampliação dos
projetos, ressaltando que atinge todos os níveis, inclusive o ensino superior, para
completar este entendimento cito o que a autora indica em seu capitulo.


             “A Portaria no. 2.253, de 18 de outubro de 2001 regulamenta a Oferta de
             Disciplinas Não Presenciais em Cursos Reconhecidos nas Instituições de
             Ensino Superior, a partir do disposto no art. 81 da Lei 9394/1996 e no art.
             1º do Decreto no. 2494, de 10 de fevereiro de 1998 onde as disciplinas
             integrantes do currículo de cada curso superior reconhecido, poderão
             utilizar o método não presencial de até 20% de sua carga horária.”

      Como informa a autora, o sistema educacional brasileiro tem se ocupado
dessa questão, ainda que em pequenas doses frente as necessidade das
discussões e projetos de modernização tecnológica na gestão educacional de um
modelo geral. Desta forma não há como negar que a tecnologia promove
mudanças no ensino, onde traz a agilidade, dinâmica de ensino-aprendizado,
estudos comparativos em tempo real, aprimoramento no conhecimento, acesso a
professores tutores on-line contribuindo com um ganho na variedade de tópicos a
serem ensinados, desde que bem utilizados. No entanto, o acesso as tecnologias
ainda é restrito as pessoas mais pobres, havendo a necessidade do Governo
investir neste massa.
     Perante este novo cenário, o professor para utilizar-se dos recursos
tecnológicos deve       buscar na sua formação continuada, possibilidades de
conhecer, aprimorar e inovar seus conhecimentos frente a comunicação digital
para adotar didaticamente ao conteúdo ministrado, afim de cobrar do aluno a
apresentação de trabalhos, seminários, pesquisas utilizando-se também de
recursos tecnológicos. Não será fiel aos seus princípios éticos se ele, o professor
não dominar aquilo que pede ao aluno que utilize. Neste caso a formação
continuada, lhe proporcionará o conhecimento sempre que encontrar-se defasado,
pois as mudanças são rápidas.
Hoje alunos e professores tem o acesso a informação simultaneamente, há
alunos que ousam apresentar temas sobre o seu conteúdo antecipando o que o
professor apresentara em sua matéria o que em algumas situações leva o
professor a desanimar de tal ação, porém cremos que o aluno, embora tenha a
informação simultaneamente e queira afrontar o professor em relação ao conteúdo
estudado, temos que convir que o conhecimento naquele momento não pertence
ao aluno e sim ao professor, quando o professor alcançar esta visão de que o
conhecimento esta em suas mãos e o aluno tem apenas um volume de
informações, algumas vezes truncadas e sem coerência um assunto com o outro,
com certeza o professor não cairá no desanimo.
             “Hoje, deste universo de informação e comunicação em rede, fora de
             controle e de incontáveis temas e conteúdos disponíveis ao acesso na
             Internet, o aluno tem o mesmo acesso que o professor e pela sua própria
             condições e motivações de descoberta e de novidades, pode acessar antes
             mesmo do professor dados interessantes ou não para o assunto em questão,
             ou ainda sair recortando e colando tudo o que encontra trazendo um
             amontoado de papel impresso como prova de sua pesquisa ou trabalho. Isso
             tem desanimado os professores em relação as possibilidades da Internet
             como recursos de pesquisa e complemento de seu trabalho pedagógico.
             Alguns chegam ao limite de proibir os alunos de utilizarem o computador
             para evitar a colagem. (Galli,Soares 2000, p.104)”

      O professor deve ter o tempo necessário e adequado para a pesquisa em
livros, sites, entre outros, afim de elaborar o seu conteúdo didático, refazer sua
didática de ensino-aprendizagem utilizando-se das tecnologias disponíveis e
recursos necessários para aquele conteúdo aplicando-o tanto em sala de aula
como no fechamento e analise de disciplinas.
      Perante este contexto das novas tecnologias e da necessidade capacitação
continuada para utilizá-las, deveremos estar atentos e ter tempo para nos
aprimorarmos, pois não há como não falar de um perfil que esta sendo bem
estudado que é o professor reflexivo, somente com esta característica intrínseca
em cada um de nós é que entendermos e nos ajustarmos no crescimento e
apropriação desta realidade, pois estaremos a todo o tempo nos questionando se
aquela forma de apresentação do conteúdo foi valido e onde poderemos melhorar.
“...abre um caminho para que a formação continuada consista em algo
             mais, que não se limite à atualização profissional realizada por alguns
             especialistas”(que iluminam os professores com seus conhecimentos
             pedagógicos para que sejam reproduzidos) se não que ao contrário, passe
             pela criação de espaços de reflexão e participação, dos quais o profissional
             da educação faça surgir à teoria subjacente a sua prática, com o objetivo de
             recompô-la, justificá-la ou destrui-la (Imbernón, Francisco 2000 p.112).”

      O professor deve ter disponibilidade, vontade,             e reflexão sobre a
importância da formação continuada e esta ação deve ocorrer todos os dias com
todos os conteúdos, segundo Imbernón, Francisco 2001, p.48-49:
             “a formação terá como base uma reflexão dos sujeitos sobre sua prática
             docente, de modo permitir que examinem suas teorias implícitas, seus
             esquemas de funcionamento suas atitudes etc., realizando um processo
             constante de auto-avaliação que oriente seu trabalho. A orientação para
             esse processo de reflexão exige uma proposta crítica da intervenção
             educativa, uma análise de prática do ponto de vista dos pressupostos
             ideológicos e comportamentais subjacentes (2001 p.48.49).”

      O professor quando atento a sua ação e reação dos alunos, será aquele
que traz para dentro de si a reflexão de seus atos. No entanto, não esta na mão
somente do professor, da escola ou do aluno essa responsabilidade, mas, da
parceria com a família e a sociedade, objetivando a construção coletiva do saber,
o que valida a afirmativa da autora:


                    “A comunidade de pais também deve assumir compromisso com essa
                    formação buscando o dialogo nos conselhos de escola e em outras
                    associações, de forma engajada no sentido de compreender a
                    importância desse conhecimento na formação educacional escolar,
                    as dificuldades de implementação e as formas de organização
                    possíveis para superar e agilizar as ações. Ocupar lugar de parceiro
                    de implantação da mudança na escola, reconhecendo os
                    conhecimentos e saberes que devem ser construídos coletivamente e
                    integrados ao currículo escolar e educacional.”

     Trata-se de uma convivência em torno do ensino-aprendizagem, não
podendo sobrecarregar nenhuma das partes, mas do conjunto do qual a escola
esta inserida, seja ela interna ou externamente diluída em suas ações extra muros
escolares, na sociedade onde, tudo esta engajado para esta continuidade do
saber.
                 Atuação a distância: entendimento e explicações.
     A Ação a distância causa transformação no ensino-aprendizagem, de um
lado a tele-aula representa transmissão de conteúdos específicos onde é
apresentado material de apoio e ao final uma avaliação dos módulos atingindo o
publico de nível fundamental, médio e suplência onde avança com o
desenvolvimento de tecnologia permitindo ao aluno encontros virtuais com o
professor, de outro lado a maturação do ensino a distância para cursos de
graduação, porém há uma aceitação aos cursos de pós-graduação lato sensu,
bem como vestibulares.
     O ambiente que possibilita a ação a distância na conversa por chat, biblioteca
virtual, material didático, tornando o estudo dinâmico, uma agilidade e
assertividade para as pessoas que utilizam este ferramental com seriedade e
destreza, embora os prazos existam para a evolução dos estudos, ou seja, há
uma monitoria que controla e o próprio sistema impede que alguma tarefa do
estudo seja realizada após o prazo pré-estabelecido é importante esta informação
pois fica claro que as pessoas que utilizarem deste estudo a distância terá que
aprender a disciplinar a agenda para cumprir as atividades impostas pelas
disciplinas e/ou cursos em essencial.
     É sabido que os recursos virtuais não vem para eliminar a importância do
professor, o Projeto Pedagógico do curso, garante que esta ação a distância é
apenas um ferramental apropriado para o meio e não como a extinção das relação
aluno X professor, onde assume um caráter de sala de aula virtual com utilização
de links que levam os estudantes e professores a outros ambientes de pesquisa
complementares as atividades desta ação.
     O ambiente de comunicação e interatividade é propiciado pela educação a
distancia atingindo a todos os públicos, como: moradores em região distantes;
aqueles que necessitam de uma pós-graduação como um diferencial para atingir
outro nível de cargo; aqueles que buscam facilidade na comunicação virtual –
como dona de casa – pessoas que conclui uma graduação e não esta intimamente
ligado aos assuntos de sua formação; as pessoas que não tem como ausentar do
emprego porém necessitam da continuidade da formação onde a exigência da
freqüência presencial é no mínimo 75%; atingir a certificação impostas por normas
de qualidade de empresas ou instituições; convocação de requalificações
profissional ou o simples interesse próprio pela formação continuada.
       Esse estudo ressalta que o ensino a distancia é normatizada pelo MEC nos
termos de resoluções e pareceres que orienta a política de educação nacional e o
ensino a distância.9
       Há o caráter social da educação a distancia que via a qualidade de vida e das
relações das pessoas, competitividades entre outros, e este espaço virtual esta
além das escolas e faculdades, atingem as empresas, grandes corporações que
possui interesse neste ferramental.
                    “Nossa avaliação dessas parcerias e interesses comerciais nelas guardados
                   compreende uma averiguação dos benefícios de aprendizagem e de novos
                   conhecimentos que os professores possam ter com o contato com essas
                   tecnologias.
                   Além disso, resta-nos a reflexão sobre os desígnios da sociedade atual em
                   relação ao desenvolvimento das engenharias de softwares e a hegemonia da
                   indústria estrangeira sobre o Brasil.
                   Se por um lado tecemos nossas críticas ao consumo de tecnologias
                   importadas, em lugar de incentivos às pesquisas de tecnologias internas,
                   nacionais, lembramos também das possibilidades de utilização de
                   plataformas e ambientes educacionais na rede, com produtos genuinamente
                   nacionais, que talvez não sejam tão divulgados no meio educacional. Além
                   disso, o conceito de propriedade tecnológica e do conhecimento ganha


9
  - Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
- Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o Art. 80 da LDB (Lei n.º 9.394/96).
- Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998. Altera a redação dos arts. 11 e 12 do Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de
1998, que regulamenta o disposto no art. 80 da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
- Portaria n.º 301, de 7 de abril de 1998 (Ministério da Educação).Define normas para credenciamento de instituições para
a oferta de cursos de graduação e educação profissional tecnológica a distância.
- Resolução CES/CNE n.º 1, de 3 de abril de 2001. Estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação.
- Parecer CES/CNE n.º 908/98. Especialização em área profissional.
- Parecer CNE/CES n.º 617/99. Aprecia projeto de Resolução que fixa condições de validade do certificado de cursos de
especialização.
- Portaria nº 612 de 12 de abril de 1999 e Portaria nº 514 de 22 de março de 2001. Autorização e Reconhecimento de
cursos seqüenciais.
novas formatações e valores no universo da Internet. (Galli, Suely, 2010,
              pag.118).”
       Além do NIED, Núcleo de informática Aplicada a Educação da Universidade
Estadual de Campinas, UNICAMP, em Campinas, SP, outras universidades
brasileiras investem em pesquisas de novos ambientes educacionais, na caso da
UNICAMP o TelEdic, ambiente educacional gratuito, desenvolvido pela equipe do
NIED oferecendo bases a distância, interagindo com avaliações processuais.


                            Construção de aprendizagem
       O letramento é um conceito que ultrapassa o de alfabetização. Pode-se dizer
que nem todos os alfabetizados são letrados, onde o ambiente criado pelo
ferramental da informática e das telecomunicações agrupados pela internet, exige
uma nova postura do usuário ou leitor desse ambiente tendo a possibilidade de
facilitar o mecanismo da comunicação alcançando caráter didático e com fácil
acesso.
       Interessante como o site revela potencial de comunicação, linguagem
didática, e interatividade seja com o leitor ou pesquisador concedendo a
autonomia necessária frente a este ambiente. A autora traz de forma objetiva
como se constrói esta linguagem:
                      “A linguagem didática se mostra na construção clara, objetiva,
                      explicativa e de fácil compreensão do conteúdo. Deve considerar
                      para quem se dirige – público – por que e qual a especificidade que
                      guarda e necessita explicitar. Pressupõe conhecer o perfil da
                      demanda, ou seja: quem é, o que faz e pensa e porque busca a
                      informação a pessoa que acessá-lo? A que universo cultural, social e
                      profissional pertence? Que condições de letramento apresentam?


       É nítido que o letramento contribui relevantemente na aplicação do currículo
via mídia possibilitando a interação entre professor e alunos de forma oculta ou
não.
É publicamente notória a velocidade que o sistema de comunicação provoca
nas atividades do nosso cotidiano, a sociedade tornou-se mais próxima da
informação mundial, quebrando barreiras que antes eram impostas e impossíveis
de alcançar, nada de telefone ou fax, é algo muito maior, é universal, o mundo
esta se estreitando nas relações, não só profissionais e sociais, mas cotidianas.
Nota-se a comunicação virtual não só no mundo juvenil mas maiormente no
mundo envelhecido, estas pessoas estão recuperando o gosto pela vida devido a
facilidade, agilidade e nitidez das comunicações que este sistema permite, via
software de bate-papo e outros, curando da solidão que esta fase da vida castiga.
A autora apresenta de forma clara e direta o assunto:

                            “Os sistemas de comunicação disponíveis socialmente, não apenas
                            mudaram o cenário urbano em suas relações virtuais, como tornou a
                            sociedade mais inteligente e veloz nos processos que eliminam o
                            dispêndio de tempo e a locomoção no ir e vir, entre outras tarefas
                            que sobrecarregam e atrasam o cotidiano. Os contatos e interações
                            passam de um universo já ampliado pela telefonia e pelo fax, para
                            outros que reconfiguram limites profissionais e sociais, modificando
                            as perspectivas de comunicação e organização das pessoas de
                            qualquer idade, situação e lugar, redefinindo o envelhecimento e a
                            solidão10.
Essa reflexão da autora traz a tona uma citação do estudioso MORAN, onde
declara que as mudanças nas comunicações proveniente do processamento abre
inúmeras portas onde atrás destas a informação é possível veicular de forma
dinâmica.
                                      Estudiosos como MORAN explicam as mudanças na
                                      comunicação com o processamento multimidiático, isto é,
                                      com as possibilidades abertas com as diferentes formas de
                                      veiculação da informação...(GALLI SOARES,2006:110).”

10
   Em pleno início do 3º. Milênio (ano 2004), pessoas envelhecidas que carregam um certo potencial de vulnerabilidade
social causado pela solidão e isolamento, recorrem aos software de bate papo ou a troca de e-mail na Internet para
relacionar-se. Esse contato descarta limites e limitações que o meio físico impõe, instalando uma nova cultura de
sociabilidade e comunicação.
A sociedade vem alcançando contatos antes nunca vistos, devido o sistema de
comunicação que possibilita esta facilidade e nitidez, há aquele que recusa a
utilizar, mas por pouco tempo pois ao meio de todo este avanço cria-se novas
necessidades de conhecimento, o profissional, este chamado de arquiteto da
comunicação na web, seja ele Pedagogo, Engenheiro da comunicação, analista
de sistemas, entre outros. A autora apresenta este paradigma educacional
emergente de forma clara:

Esta nova atribuição não é tão simples assim, pois temos a informações, que
aplica o conhecimento, o estudo, a análise critica de saber aceitar aquilo que se
pesquisa ou se constrói com dados obtidos por esta ferramenta, estes
profissionais dão sentidos as informações e agregam em seu conteúdo ou projeto.

            Dentre os equívocos que transparecem nesse sistema de comunicação, diz
            respeito à determinação dos conteúdos. A idéia de que basta ter um projeto
            detalhado e dele fazer o site, é a que predomina. No entanto resta saber:
            Qual é o conceito de projeto? Como se dá a linguagem e potencial de
            compreensão quanto ao objeto principal ou produto, objetivos gerais, ações
            previstas, públicos identificados como demanda,          desenvolvimento e
            avaliação processual das ações, previsão e resultados que espera obter de
            sua ação e para quê?

            ...A definição de conteúdos de um site pode ser feita a partir de um projeto,
            no entanto, deve ser feita a partir de estudos e planejamento do grupo que
            vai desenvolver as ações previstas ou declaradas no projeto. Deve ter a
            clareza dos objetivos e da forma como se realizará, dos procedimentos
            metodológicos, ferramental didático e da avaliação. Estabelecer um roteiro
            detalhado da metodologia da comunicação pretendida é uma forma de
            prever os resultados e proporcionar pistas para a avaliação de sua
            eficácia...

Nada fugirá do estudo aprofundado perante a informação mediante ao conteúdo,
será considerado o objetivo traçado, a didática, a avaliação e principalmente o
resultado através da metodologia aplicada por este ou aquele profissional.
Este estudo não tem a pretensão de esgotar aqui suas reflexões e análises mas
desencadear o debate no interior das práticas docentes como   questão      de
cidadania por meio da inclusão digital.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

GALLI GOMES, Suely. Educação e Comunicação, São Paulo, 2006, pág. 99 a
136 – capitulo III

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Internet e inclusão na educação

  • 1. Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores com Acesso ao Mestrado Europeu em Ciências da Educação Disciplina: Comunicação e Tecnologia em Supervisão Pedagógica e Formação de Professores Trabalho: Atividade de Leitura Análise e Produção Escrita Autor(a): Elisabete Jorgino Ferreira Coelho Ano: 2011
  • 2. Trabalho exigido como avaliação da Disciplina Comunicação e Tecnologia em Supervisão Pedagógica e Formação de Professores, sob orientação da Profa. Dra. Suely Soares Galli da Pós-Graduação em Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores com acesso ao Mestrado Europeu em Ciências da Educação.
  • 3. “Internet e inclusão: otimismo exacerbado e lucidez pedagógica Elisabete Jorgino Ferreira Coelho Este texto é parte de um estudo mais amplo realizado a partir da leitura do livro Educação e Comunicação da autora Suely Galli Soares, capítulo III “Internet e inclusão: otimismo exacerbados e lucidez pedagógica, como complemento de estudo para cumprimento da Disciplina Comunicação e Tecnologia em Supervisão Pedagógica e Formação de Professores. Nosso interesse nesse tema origina-se pela compreensão sobre a realidade social hoje e a presença das tecnologias de informação em todos os setores da sociedade e segmentos sociais, razão pela qual faz parte de uma grande parte dos objetos de pesquisa. A autora trata em suas primeiras indagações sobre a importância da tecnológica no mundo de hoje, a influência da globalização como a principal causa do crescimento da comunicação eletrônica nos últimos anos, tal crescimento exacerbados seguindo de otimismo para uma comunicação de acesso a todos quebrando as fronteiras nacionais e internacionais contribuindo diretamente para o desenvolvimento social, econômico das diferentes culturas. Ressalta inclusive que o crescimento desta comunicação não ficou limitada apenas as grandes empresas mas também as Organizações não-governamentais, que utilizam-se da internet para suas estratégias de negócios. Enquanto na Europa, segundo Biernatzki, SJ (2000), a estrutura das telecomunicações é apontada por dois modelos: o idealista que disponibiliza a internet a todos com preços cada vez mais baixos e o estratégico que limita o uso e acesso de algumas inovações técnicas, informando a autora que o modelo idealista é o que interessa ao seu estudo de pesquisa por beneficiar toda a camada da sociedade e da economia. Fica claro a importância do Governo para a inclusão digital dos povos em especial dos países pobres e periféricos, há uma preocupação em avançar os acessos a estes. Na afirmativa a seguir a autora confronta o que falamos aqui: “No entanto, a pregação de que o livre acesso à informação na Internet resulta na necessidade cada vez mais urgente e realização cada vez mais
  • 4. próxima, do desenvolvimento de políticas que contemplem a formação cidadã condição imperativa da nova sociedade. O que dependera não apenas da distribuição democrática dos conhecimentos e informações, mas também da capacidade para produzi-los(GALLI SOARES, 2006:p.100” A capacidade de produzir conhecimento e informação que o acesso a informática traz é um dos pré-requisitos para uma sociedade mais igualitária ficando não só a cargo do governo mais do próprio cidadão. Ainda segundo GALLI SORES (2006) a comunicação digital trouxe a inserção da tecnologia no mundo educacional. No Brasil, através de inúmeras inovações as quais as escolas, faculdades, docentes, pedagogos, diretores e gestores tiveram que se adaptar, seja através da educação continuada, seja através de orientações pedagógicas, aos poucos inserindo no mundo digital modernizando assim o acesso as informações em prol de uma educação mais ágil e inovadora. O Ministério da Educação, em 27 de maio de 1996, por meio da SEED – Secretaria de Educação a Distância, onde oficializa a criação pelo Decreto no. 1.917, atua como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem, suprindo a inserção das tecnologias de informação e comunicação (TICs) e das técnicas de educação a distancia aos métodos didático-pedagógicos. Ainda promove a pesquisa e desenvolvimento voltados para a introdução de novos conceitos e praticas nas escolas publicas brasileiras. Programas e Ações, para discentes e docentes, promovendo a tecnologia são apontados aqui como exemplo: DVD Escola 1; e-ProInfo2; ProInfo Integrado3e- TEC4; Educação Indígena5; Formação de Professores na Educação6; Mídias na Educação7; Observatório da Educação8, entre outros, ressaltando que o MEC 1 DVD Escola – materiais de áudio e vídeo da TV Escola distribuidos as escolas. 2 e-ProInfo – introduzir o uso das tecnologias de informação e comunicacao nas escolas publicas. 3 ProInfo Integrado – Programa de formação voltada para o uso didático-pedagogico das tecnologias da informação e... 4 e-TEC – Escola Tecnica Aberta do Brasil: educação profissional a distancia. 5 Educacao Indigena – Acoes para garantir a oferta de educação escolar indígena de qualidade, 6 Formacao de Professores na Educacao – Ensino a distancia, em parceria com a UAB (Sistema Universidade Aberta do Brasil). 7 Midias na Educacao – Formacao continuada para o uso pedagógico de TV e vídeo, informática, radio e impresso.
  • 5. disponibiliza em seu site a explicação sobre cada Programa e Ação. Dentre estes destaca-se o EAD que através do MDEC tem incentivado a ampliação dos projetos, ressaltando que atinge todos os níveis, inclusive o ensino superior, para completar este entendimento cito o que a autora indica em seu capitulo. “A Portaria no. 2.253, de 18 de outubro de 2001 regulamenta a Oferta de Disciplinas Não Presenciais em Cursos Reconhecidos nas Instituições de Ensino Superior, a partir do disposto no art. 81 da Lei 9394/1996 e no art. 1º do Decreto no. 2494, de 10 de fevereiro de 1998 onde as disciplinas integrantes do currículo de cada curso superior reconhecido, poderão utilizar o método não presencial de até 20% de sua carga horária.” Como informa a autora, o sistema educacional brasileiro tem se ocupado dessa questão, ainda que em pequenas doses frente as necessidade das discussões e projetos de modernização tecnológica na gestão educacional de um modelo geral. Desta forma não há como negar que a tecnologia promove mudanças no ensino, onde traz a agilidade, dinâmica de ensino-aprendizado, estudos comparativos em tempo real, aprimoramento no conhecimento, acesso a professores tutores on-line contribuindo com um ganho na variedade de tópicos a serem ensinados, desde que bem utilizados. No entanto, o acesso as tecnologias ainda é restrito as pessoas mais pobres, havendo a necessidade do Governo investir neste massa. Perante este novo cenário, o professor para utilizar-se dos recursos tecnológicos deve buscar na sua formação continuada, possibilidades de conhecer, aprimorar e inovar seus conhecimentos frente a comunicação digital para adotar didaticamente ao conteúdo ministrado, afim de cobrar do aluno a apresentação de trabalhos, seminários, pesquisas utilizando-se também de recursos tecnológicos. Não será fiel aos seus princípios éticos se ele, o professor não dominar aquilo que pede ao aluno que utilize. Neste caso a formação continuada, lhe proporcionará o conhecimento sempre que encontrar-se defasado, pois as mudanças são rápidas.
  • 6. Hoje alunos e professores tem o acesso a informação simultaneamente, há alunos que ousam apresentar temas sobre o seu conteúdo antecipando o que o professor apresentara em sua matéria o que em algumas situações leva o professor a desanimar de tal ação, porém cremos que o aluno, embora tenha a informação simultaneamente e queira afrontar o professor em relação ao conteúdo estudado, temos que convir que o conhecimento naquele momento não pertence ao aluno e sim ao professor, quando o professor alcançar esta visão de que o conhecimento esta em suas mãos e o aluno tem apenas um volume de informações, algumas vezes truncadas e sem coerência um assunto com o outro, com certeza o professor não cairá no desanimo. “Hoje, deste universo de informação e comunicação em rede, fora de controle e de incontáveis temas e conteúdos disponíveis ao acesso na Internet, o aluno tem o mesmo acesso que o professor e pela sua própria condições e motivações de descoberta e de novidades, pode acessar antes mesmo do professor dados interessantes ou não para o assunto em questão, ou ainda sair recortando e colando tudo o que encontra trazendo um amontoado de papel impresso como prova de sua pesquisa ou trabalho. Isso tem desanimado os professores em relação as possibilidades da Internet como recursos de pesquisa e complemento de seu trabalho pedagógico. Alguns chegam ao limite de proibir os alunos de utilizarem o computador para evitar a colagem. (Galli,Soares 2000, p.104)” O professor deve ter o tempo necessário e adequado para a pesquisa em livros, sites, entre outros, afim de elaborar o seu conteúdo didático, refazer sua didática de ensino-aprendizagem utilizando-se das tecnologias disponíveis e recursos necessários para aquele conteúdo aplicando-o tanto em sala de aula como no fechamento e analise de disciplinas. Perante este contexto das novas tecnologias e da necessidade capacitação continuada para utilizá-las, deveremos estar atentos e ter tempo para nos aprimorarmos, pois não há como não falar de um perfil que esta sendo bem estudado que é o professor reflexivo, somente com esta característica intrínseca em cada um de nós é que entendermos e nos ajustarmos no crescimento e apropriação desta realidade, pois estaremos a todo o tempo nos questionando se aquela forma de apresentação do conteúdo foi valido e onde poderemos melhorar.
  • 7. “...abre um caminho para que a formação continuada consista em algo mais, que não se limite à atualização profissional realizada por alguns especialistas”(que iluminam os professores com seus conhecimentos pedagógicos para que sejam reproduzidos) se não que ao contrário, passe pela criação de espaços de reflexão e participação, dos quais o profissional da educação faça surgir à teoria subjacente a sua prática, com o objetivo de recompô-la, justificá-la ou destrui-la (Imbernón, Francisco 2000 p.112).” O professor deve ter disponibilidade, vontade, e reflexão sobre a importância da formação continuada e esta ação deve ocorrer todos os dias com todos os conteúdos, segundo Imbernón, Francisco 2001, p.48-49: “a formação terá como base uma reflexão dos sujeitos sobre sua prática docente, de modo permitir que examinem suas teorias implícitas, seus esquemas de funcionamento suas atitudes etc., realizando um processo constante de auto-avaliação que oriente seu trabalho. A orientação para esse processo de reflexão exige uma proposta crítica da intervenção educativa, uma análise de prática do ponto de vista dos pressupostos ideológicos e comportamentais subjacentes (2001 p.48.49).” O professor quando atento a sua ação e reação dos alunos, será aquele que traz para dentro de si a reflexão de seus atos. No entanto, não esta na mão somente do professor, da escola ou do aluno essa responsabilidade, mas, da parceria com a família e a sociedade, objetivando a construção coletiva do saber, o que valida a afirmativa da autora: “A comunidade de pais também deve assumir compromisso com essa formação buscando o dialogo nos conselhos de escola e em outras associações, de forma engajada no sentido de compreender a importância desse conhecimento na formação educacional escolar, as dificuldades de implementação e as formas de organização possíveis para superar e agilizar as ações. Ocupar lugar de parceiro de implantação da mudança na escola, reconhecendo os conhecimentos e saberes que devem ser construídos coletivamente e integrados ao currículo escolar e educacional.” Trata-se de uma convivência em torno do ensino-aprendizagem, não podendo sobrecarregar nenhuma das partes, mas do conjunto do qual a escola
  • 8. esta inserida, seja ela interna ou externamente diluída em suas ações extra muros escolares, na sociedade onde, tudo esta engajado para esta continuidade do saber. Atuação a distância: entendimento e explicações. A Ação a distância causa transformação no ensino-aprendizagem, de um lado a tele-aula representa transmissão de conteúdos específicos onde é apresentado material de apoio e ao final uma avaliação dos módulos atingindo o publico de nível fundamental, médio e suplência onde avança com o desenvolvimento de tecnologia permitindo ao aluno encontros virtuais com o professor, de outro lado a maturação do ensino a distância para cursos de graduação, porém há uma aceitação aos cursos de pós-graduação lato sensu, bem como vestibulares. O ambiente que possibilita a ação a distância na conversa por chat, biblioteca virtual, material didático, tornando o estudo dinâmico, uma agilidade e assertividade para as pessoas que utilizam este ferramental com seriedade e destreza, embora os prazos existam para a evolução dos estudos, ou seja, há uma monitoria que controla e o próprio sistema impede que alguma tarefa do estudo seja realizada após o prazo pré-estabelecido é importante esta informação pois fica claro que as pessoas que utilizarem deste estudo a distância terá que aprender a disciplinar a agenda para cumprir as atividades impostas pelas disciplinas e/ou cursos em essencial. É sabido que os recursos virtuais não vem para eliminar a importância do professor, o Projeto Pedagógico do curso, garante que esta ação a distância é apenas um ferramental apropriado para o meio e não como a extinção das relação aluno X professor, onde assume um caráter de sala de aula virtual com utilização de links que levam os estudantes e professores a outros ambientes de pesquisa complementares as atividades desta ação. O ambiente de comunicação e interatividade é propiciado pela educação a distancia atingindo a todos os públicos, como: moradores em região distantes; aqueles que necessitam de uma pós-graduação como um diferencial para atingir outro nível de cargo; aqueles que buscam facilidade na comunicação virtual –
  • 9. como dona de casa – pessoas que conclui uma graduação e não esta intimamente ligado aos assuntos de sua formação; as pessoas que não tem como ausentar do emprego porém necessitam da continuidade da formação onde a exigência da freqüência presencial é no mínimo 75%; atingir a certificação impostas por normas de qualidade de empresas ou instituições; convocação de requalificações profissional ou o simples interesse próprio pela formação continuada. Esse estudo ressalta que o ensino a distancia é normatizada pelo MEC nos termos de resoluções e pareceres que orienta a política de educação nacional e o ensino a distância.9 Há o caráter social da educação a distancia que via a qualidade de vida e das relações das pessoas, competitividades entre outros, e este espaço virtual esta além das escolas e faculdades, atingem as empresas, grandes corporações que possui interesse neste ferramental. “Nossa avaliação dessas parcerias e interesses comerciais nelas guardados compreende uma averiguação dos benefícios de aprendizagem e de novos conhecimentos que os professores possam ter com o contato com essas tecnologias. Além disso, resta-nos a reflexão sobre os desígnios da sociedade atual em relação ao desenvolvimento das engenharias de softwares e a hegemonia da indústria estrangeira sobre o Brasil. Se por um lado tecemos nossas críticas ao consumo de tecnologias importadas, em lugar de incentivos às pesquisas de tecnologias internas, nacionais, lembramos também das possibilidades de utilização de plataformas e ambientes educacionais na rede, com produtos genuinamente nacionais, que talvez não sejam tão divulgados no meio educacional. Além disso, o conceito de propriedade tecnológica e do conhecimento ganha 9 - Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. - Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998. Regulamenta o Art. 80 da LDB (Lei n.º 9.394/96). - Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998. Altera a redação dos arts. 11 e 12 do Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, que regulamenta o disposto no art. 80 da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. - Portaria n.º 301, de 7 de abril de 1998 (Ministério da Educação).Define normas para credenciamento de instituições para a oferta de cursos de graduação e educação profissional tecnológica a distância. - Resolução CES/CNE n.º 1, de 3 de abril de 2001. Estabelece normas para o funcionamento de cursos de pós-graduação. - Parecer CES/CNE n.º 908/98. Especialização em área profissional. - Parecer CNE/CES n.º 617/99. Aprecia projeto de Resolução que fixa condições de validade do certificado de cursos de especialização. - Portaria nº 612 de 12 de abril de 1999 e Portaria nº 514 de 22 de março de 2001. Autorização e Reconhecimento de cursos seqüenciais.
  • 10. novas formatações e valores no universo da Internet. (Galli, Suely, 2010, pag.118).” Além do NIED, Núcleo de informática Aplicada a Educação da Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, em Campinas, SP, outras universidades brasileiras investem em pesquisas de novos ambientes educacionais, na caso da UNICAMP o TelEdic, ambiente educacional gratuito, desenvolvido pela equipe do NIED oferecendo bases a distância, interagindo com avaliações processuais. Construção de aprendizagem O letramento é um conceito que ultrapassa o de alfabetização. Pode-se dizer que nem todos os alfabetizados são letrados, onde o ambiente criado pelo ferramental da informática e das telecomunicações agrupados pela internet, exige uma nova postura do usuário ou leitor desse ambiente tendo a possibilidade de facilitar o mecanismo da comunicação alcançando caráter didático e com fácil acesso. Interessante como o site revela potencial de comunicação, linguagem didática, e interatividade seja com o leitor ou pesquisador concedendo a autonomia necessária frente a este ambiente. A autora traz de forma objetiva como se constrói esta linguagem: “A linguagem didática se mostra na construção clara, objetiva, explicativa e de fácil compreensão do conteúdo. Deve considerar para quem se dirige – público – por que e qual a especificidade que guarda e necessita explicitar. Pressupõe conhecer o perfil da demanda, ou seja: quem é, o que faz e pensa e porque busca a informação a pessoa que acessá-lo? A que universo cultural, social e profissional pertence? Que condições de letramento apresentam? É nítido que o letramento contribui relevantemente na aplicação do currículo via mídia possibilitando a interação entre professor e alunos de forma oculta ou não.
  • 11. É publicamente notória a velocidade que o sistema de comunicação provoca nas atividades do nosso cotidiano, a sociedade tornou-se mais próxima da informação mundial, quebrando barreiras que antes eram impostas e impossíveis de alcançar, nada de telefone ou fax, é algo muito maior, é universal, o mundo esta se estreitando nas relações, não só profissionais e sociais, mas cotidianas. Nota-se a comunicação virtual não só no mundo juvenil mas maiormente no mundo envelhecido, estas pessoas estão recuperando o gosto pela vida devido a facilidade, agilidade e nitidez das comunicações que este sistema permite, via software de bate-papo e outros, curando da solidão que esta fase da vida castiga. A autora apresenta de forma clara e direta o assunto: “Os sistemas de comunicação disponíveis socialmente, não apenas mudaram o cenário urbano em suas relações virtuais, como tornou a sociedade mais inteligente e veloz nos processos que eliminam o dispêndio de tempo e a locomoção no ir e vir, entre outras tarefas que sobrecarregam e atrasam o cotidiano. Os contatos e interações passam de um universo já ampliado pela telefonia e pelo fax, para outros que reconfiguram limites profissionais e sociais, modificando as perspectivas de comunicação e organização das pessoas de qualquer idade, situação e lugar, redefinindo o envelhecimento e a solidão10. Essa reflexão da autora traz a tona uma citação do estudioso MORAN, onde declara que as mudanças nas comunicações proveniente do processamento abre inúmeras portas onde atrás destas a informação é possível veicular de forma dinâmica. Estudiosos como MORAN explicam as mudanças na comunicação com o processamento multimidiático, isto é, com as possibilidades abertas com as diferentes formas de veiculação da informação...(GALLI SOARES,2006:110).” 10 Em pleno início do 3º. Milênio (ano 2004), pessoas envelhecidas que carregam um certo potencial de vulnerabilidade social causado pela solidão e isolamento, recorrem aos software de bate papo ou a troca de e-mail na Internet para relacionar-se. Esse contato descarta limites e limitações que o meio físico impõe, instalando uma nova cultura de sociabilidade e comunicação.
  • 12. A sociedade vem alcançando contatos antes nunca vistos, devido o sistema de comunicação que possibilita esta facilidade e nitidez, há aquele que recusa a utilizar, mas por pouco tempo pois ao meio de todo este avanço cria-se novas necessidades de conhecimento, o profissional, este chamado de arquiteto da comunicação na web, seja ele Pedagogo, Engenheiro da comunicação, analista de sistemas, entre outros. A autora apresenta este paradigma educacional emergente de forma clara: Esta nova atribuição não é tão simples assim, pois temos a informações, que aplica o conhecimento, o estudo, a análise critica de saber aceitar aquilo que se pesquisa ou se constrói com dados obtidos por esta ferramenta, estes profissionais dão sentidos as informações e agregam em seu conteúdo ou projeto. Dentre os equívocos que transparecem nesse sistema de comunicação, diz respeito à determinação dos conteúdos. A idéia de que basta ter um projeto detalhado e dele fazer o site, é a que predomina. No entanto resta saber: Qual é o conceito de projeto? Como se dá a linguagem e potencial de compreensão quanto ao objeto principal ou produto, objetivos gerais, ações previstas, públicos identificados como demanda, desenvolvimento e avaliação processual das ações, previsão e resultados que espera obter de sua ação e para quê? ...A definição de conteúdos de um site pode ser feita a partir de um projeto, no entanto, deve ser feita a partir de estudos e planejamento do grupo que vai desenvolver as ações previstas ou declaradas no projeto. Deve ter a clareza dos objetivos e da forma como se realizará, dos procedimentos metodológicos, ferramental didático e da avaliação. Estabelecer um roteiro detalhado da metodologia da comunicação pretendida é uma forma de prever os resultados e proporcionar pistas para a avaliação de sua eficácia... Nada fugirá do estudo aprofundado perante a informação mediante ao conteúdo, será considerado o objetivo traçado, a didática, a avaliação e principalmente o resultado através da metodologia aplicada por este ou aquele profissional.
  • 13. Este estudo não tem a pretensão de esgotar aqui suas reflexões e análises mas desencadear o debate no interior das práticas docentes como questão de cidadania por meio da inclusão digital. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: GALLI GOMES, Suely. Educação e Comunicação, São Paulo, 2006, pág. 99 a 136 – capitulo III