1. Can a full-time
clinical pharmacist
increase the
quality of patient
care and improve
value for money in
Paediatrics?
Redesigning, monitoring and
evaluation of health services
2. “Não há nada tão poderoso como uma ideia cujo tempo chegou.”
VICTOR HUGO
3.
4. 1. REALIDADE
01
No passado as formas primárias de tratamento eram
a hospitalização e a cirurgia, hoje a intervenção
terapêutica mais comum é o uso de medicamentos.
O envelhecimento da população com a consequente
cronicidade de certas patologias tem conduzido
a um aumento do consumo de medicamentos.
O aumento da informação dos utentes associado
à maior procura e ao maior acesso aos cuidados
de saúde levou a que mais doentes fossem tratados.
Graças aos avanços tecnológicos e científicos,
as novas terapias desenvolvidas têm possibilitado
tratar um maior número de doentes.
5. 1. REALIDADE
01
MEDICAMENTO
COMPONENTE CENTRAL DO
SISTEMA DE SAÚDE
6. 1. REALIDADE
02
...MAS NEM POR ISSO A SUA UTILIZAÇÃO
TEM SIDO OPTIMIZADA, COMPROMETENDO A
QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
E LEVANDO A DESPESAS INSUSTENTÁVEIS...
7. 1. REALIDADE
No Reino Unido tem se verificado um aumento do número de mortes
02
atribuídas a erros de medicação e a reacções adversas a medicamentos
(600 mortes em 1995 e 1200 em 2000).
Os erros de medicação e reacções adversas a medicamentos custam por ano ao
sistema nacional de saúde inglês (NHS) meio bilião de libras.
Estudos sugerem que reacções adversas e erros de medicação são frequentemente motivo para
readmissões hospitalares e prolongamentos no período de internamento, sendo que 10% de todas as
admissões estão associadas a reacções adversas a medicamentos e erros de medicação.
No Reino Unido a principal causa de erros de medicação são doses mal prescritas (67%), sendo a
segunda maior causa a falta de monitorização da terapêutica (19%). Os erros de medicação mais graves
têm origem no momento da prescrição.
Actualmente os farmacêuticos passam uma parte significativa do seu tempo a anotar
e a emendar as prescrições dos doentes. No entanto, estas intervenções acontecem, em média, 48 horas
depois da medicação ter sido dada ao doente.
Estudos estimam que mais de 50% dos doentes não tomam os medicamentos como lhe são prescritos.
Um quarto das readmissões hospitalares são devidas a este facto.
8. 1. REALIDADE
02
UTILIZAÇÃO NÃO RACIONAL
DO MEDICAMENTO
10. 1. REALIDADE
03
MAIOR ESPECIFICADE ...
CONSEQUENTE COMPLEXIDADE !!!
Os avanços tecnológicos e científicos na área farmacêutica rapidamente
conduziram ao aparecimento de novos fármacos, que sendo cada vez
mais eficazes, são também cada vez mais tóxicos.
Devido a um crescente número de medicamentos prescritos (polifarmácia) e à elevada
toxicidade destes medicamentos as terapêuticas medicamentosas prescritas são de
natureza cada vez mais complexa.
O aumento do número e variedade de ferramentas terapêuticas, os avanços tecnológicos,
a inovação terapêutica, a proliferação dos “me too” e o aparecimento de novas doenças
ultrapassaram claramente a capacidade de conhecimento e de intervenção em todas as
áreas por parte dos diferentes profissionais de saúde.
11. 1. REALIDADE
03
IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPA
ONDE CADA PROFISSIONAL DE SAÚDE
PRESTA O SEU CONTRIBUTO DE ACORDO COM
A ÁREA DE CONHECIMENTO E ESPECIALIZAÇÃO
QUE POSSUI.
12. 1. REALIDADE
04
“PHARMACISTS ARE THE
EXPERTS IN MEDICATION THERAPY,
COMPARED TO NURSES AND PHYSICIANS,…”;
“THEY’VE HAD THE MOST STUDY IN MEDICATION
AND ARE THE BEST-SUITED TO COUNSEL
ON PATIENT’S MEDICATION THERAPY.”
(Jill Haug, Director da “American Society Health-System Pharmacists”)
13. 1. REALIDADE
04
ESTUDOS DEMONSTRAM QUE:
Um quinto a um quarto das prescrições médicas durante o período de
internamento são corrigidas pelos farmacêuticos, sendo estes cinco vezes
mais precisos que os médicos na escrita das prescrições.
Os serviços de farmácia clínica contribuem (através da educação
do doente) para o aumento da adesão à terapêutica.
A participação do farmacêutico nas equipas clínicas multidisciplinares produz benefícios
positivos nos resultados clínicos do doente, reduz significativamente os erros de prescrição,
melhora a qualidade da prescrição médica e reduz a despesa.
O investimento em farmácia clínica, quando programado, melhora a qualidade dos cuidados de
saúde e reduz a despesa.
Os serviços de farmácia clínica estão associados à redução das taxas de mortalidade, das
despesas em medicamentos, dos gastos totais com os cuidados de saúde, e do período de
hospitalização.
14. 1. REALIDADE
04
A evidência gerada sustenta claramente
os benefícios do farmacêutico nas
actividades clínicas.
15. 1. REALIDADE
04
FARMACÊUTICOS
PROFISSIONAIS E
ESPECIALISTAS DO MEDICAMENTO
19. 2. OBSTÁCULOS
... MAS MUITOS SERVIÇOS
FARMACÊUTICOS ESTÃO MUITO
AFASTADOS DAS TOMADAS DE DECISÃO
E NÃO TÊM INFLUÊNCIA DIRECTA NA
GESTÃO CLÍNICA E NOS CUIDADOS DE
SAÚDE DO DOENTE ...
21. 3. SOLUÇÃO
“Healthcare systems fail to provide
treatments that are known to work,
persist in using treatments that don’t
work, enforce delays, and tolerate
high levels of error. Healthcare
leaders are now recognising … that
the healthcare system needs radically
redesigning.”
“In principle, healthcare organizations
around the world have always aimed to
serve patients. In practice, however,
they do not always put patient’s needs
and preferences first over the
convenience of the organisation.”
22. 3. SOLUÇÃO
... HÁ URGÊNCIA EM REDESENHAR
O SISTEMA TRADICIONAL DE SAÚDE!...
23. 4
R =R
estruturar
edesenhar
epensar
eorganizar
24.
25. 1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO
R 4
O GOVERNO BRITÂNICO INTERVÉM:
INVESTE DINHEIRO EM TROCA
DE MODERNIZAÇÃO E
REFORMAS NO SISTEMA DE
SAÚDE.
26. 1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO
R 4
“We would spend this money if, but only if,
we also changed the chronic system failures
of the NHS. Money had to be accompanied by
modernization; investment, by reform…
It is, in a very real sense, our chance to
prove for my generation and that of
my children, that a universal public service
can deliver what people expect in today’s world.”
27. 1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO
R 4
“THE NHS PLAN”
O plano do governo para o Sistema Nacional de
Saúde Inglês (NHS Plan), estabelecido no ano
2000, tem como propósito proporcionar a todos
os cidadãos um serviço de elevada qualidade
centrado no doente. O doente, como
contribuinte que é, quer o melhor tratamento no
mais curto espaço de tempo, esperando a
melhor prática clínica por parte de todos os
profissionais de saúde.
28. 1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO
R 4
“THE NHS PLAN”
Descreve como:
redesenhar os cuidados de saúde em torno do
doente;
melhorar a qualidade dos cuidados de saúde;
tirar o melhor partido das competências e da
dedicação do staff do NHS.
“The NHS will shape its services around the needs and preferences of
individual patients, their families and their carers.” NHS Core Principles
30. 2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN”
R 4
?
ENTÃO, O QUE SIGNIFICA
“HEALTHCARE REDESIGN”
31. 2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN”
R 4
Definição de “Healthcare Redesign”
“Healthcare redesign” = restruturar; redesenhar; repensar; reorganizar os cuidados de
saúde.
Consiste em mudar os processos e práticas profissionais, de forma a eliminar
atrasos e esperas desnecessárias, duplicação de processos, passos desnecessários,
razões para potenciais erros, garantindo melhorias radicais nos cuidados de saúde
prestados.
32. 2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN”
R 4
Passos típicos de uma iniciativa de “redesign”
de um serviço de saúde:
1 traçar todos os processos e práticas de cuidados de saúde existentes
(as diferentes etapas do percurso do doente);
2 identificar problemas e falhas de todo o processo, e questionar o motivo pelo qual cada
passo do processo é feito, por quem é feito, onde, em que sequência e se ainda poderá ser
melhorado de alguma maneira;
3 imaginar como seria um processo ideal;
4 identificar quais as mudanças práticas ao processo em curso para o tornar próximo do
processo ideal;
5 implementar essas mudanças no processo;
6 testar as mudanças implementadas e avaliar até que ponto resultaram em aperfeiçoamento do
processo.
33. 2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN”
R 4
“every system is perfectly designed to get the results that it gets
if we want to change the patient experience, we must change the system
to change the system, we must think in fundamentally different ways”
(Donald Berwick, Institute of Healthcare Improvement, Boston, USA)
34.
35. “REDESIGN” dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares
A Contribuição da Farmácia como parte
integrante do NHS para o Plano do Governo
para o NHS:
O Governo Britânico através dos documentos
“Pharmacy in the Future – Implementing the NHS Plan,
A programme for pharmacy in the National Health Service”
do ano 2000 e “A Vision for Pharmacy in the New NHS”
do ano 2003 pretende definir a posição da Farmácia e dos
Serviços Farmacêuticos no Sistema Nacional de Saúde.
36. “REDESIGN” dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares
R 4
Os Serviços Farmacêuticos devem:
ser desenhados à volta das necessidades do doente e não das
organizações;
estar integrados nos outros serviços de saúde;
fazer o melhor uso do staff e das suas competências;
tirar o melhor partido das tecnologias modernas.
O Farmacêutico deve:
canalizar o seu tempo e dedicação para as necessidades clínicas do
doente.
Os cuidados de saúde não devem estar condicionados pelas demarcações profissionais
tradicionais rígidas, devendo o direito à prescrição ser alargado também ao
farmacêutico, para que se faça um melhor uso das suas competências clínicas.
37. Redesign of services around the PATIENT’S JOURNEY
“By touching upon the patient journey,
we are able to begin to illustrate how the
system will need to change if it is to be
truly designed around the patient.”
(Consumers’ Association – The Patient Journey Information)
38. Redesign of services around the PATIENT’S JOURNEY
“Educating pharmacists for their new role in the health care team is linked to the redesign of
services around the patient’s journey…
Services need to be integrated horizontally at all stages in order to follow the patient’s journey.
For pharmacy this means developing a service based on an individual assessment of each
patient, delivered by teams of pharmacists and technicians.”
…
“This enables pharmacists to verify treatment decisions and monitor and evaluate patient
outcomes, resulting in a pharmacy service based on individual patient assessment and
separation of clinical and dispensing tasks, with pharmacists and technicians mutually
supporting each other’s roles.”
(Professor Steve Hudson, Professor de Cuidados Farmacêuticos, University of Strathclyde, Escócia)
39. Barts and The London
NHS Trust
UM EXEMPLO REAL DE “REDESIGN” DE SERVIÇOS
FARMACÊUTICOS HOSPITALARES
A implementação de um serviço de farmácia clínica a
tempo inteiro em duas enfermarias pediátricas do Hospital Inglês
Royal London Hospital
40. Barts and The London
NHS Trust
CONTEXTO
Numa iniciativa de “redesign” de serviços farmacêuticos hospitalares foi implementado um serviço de farmácia clínica a
tempo inteiro em duas enfermarias pediátricas...
A recordar...
Passos típicos de uma iniciativa de “redesign” de um serviço de saúde:
1 traçar todos os processos e práticas de cuidados de saúde existentes
(as diferentes etapas do percurso do doente);
2 identificar os problemas e falhas do processo e questionar o motivo pelo qual cada passo do processo é feito,
por quem é feito, onde, em que sequência e se ainda poderá ser melhorado;
3 imaginar como seria um processo ideal;
4 identificar quais as mudanças práticas ao processo em curso para o tornar próximo do processo ideal;
5 implementar essas mudanças no processo;
6 testar as mudanças implementadas e avaliar até que ponto resultaram em aperfeiçoamento do processo.
OBJECTIVO DO TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO
Mudança implementada: tempo do farmacêutico dedicado a actividades clínicas - passou de 1 hora/dia a tempo inteiro.
41. Barts and The London
NHS Trust
OBJECTIVO
Testar as mudanças implementadas e avaliar até que ponto resultaram em melhoramento dos serviços de saúde
prestados.
Com o intuito de pôr em prática o geral objectivo do trabalho, foi determinado o impacto da implementação
do serviço de farmácia clínica a tempo inteiro a 3 diferentes níveis:
1 Implementação do programa “medicines management”;
2 Tempo de distribuição dos medicamentos;
3 Notificação dos incidentes de medicação.
1 2 3
42. Barts and The London
NHS Trust
METODOLOGIA ADOPTADA
O impacto do novo serviço implementado foi determinado por comparação deste serviço (farmácia clínica a tempo inteiro)
com o serviço anterior (farmácia clínica de 1hora/dia).
Amostra: doentes das enfermarias onde foi implementado o serviço de farmácia clínica a tempo inteiro.
Grupo de controlo: doentes de duas enfermarias com serviço de farmácia clínica de 1 hora/dia.
1 Revisão e pesquisa bibliográfica (com o objectivo de conhecer o funcionamento do serviço nacional de saúde do
Reino Unido e o papel do farmacêutico clínico) para identificar a melhor prática com base em “guidelines” nacionais e
locais;
2 Desenvolvimento de um questionário, de acordo com a revisão bibliográfica, para registo e documentação das
intervenções clínicas prestadas pela farmacêutica;
3 Realização de um estudo piloto;
4 Análise dos resultados do estudo piloto e optimização do questionário;
5 Registo das actividades clínicas prestadas pela farmacêutica (por observação directa e por consulta de documentos:
registos médicos, notas das enfermeiras, prescrições,...);
6 Desenvolvimento de uma base de dados para introdução dos dados recolhidos (SPSS 13.0);
7 Análise dos resultados obtidos (determinação do impacto do serviço prestado e dos “outcomes” resultantes das
actividades da farmacêutica).
43. Barts and The London
NHS Trust
RESULTADOS
ADMISSÃO INTERNAMENTO ALTA
- História Medicamentosa; - Acompanhamento e participação na visita clínica;
- Decisão da terapêutica medicamentosa; - Reforço da educação do doente;
- Alergias e Reacções Adversas; - Processo de escrita da prescrição;
- Resolução de PRMs; - Comunicação efectiva com as
- Formulação medicamentosa preferida pelo - Monitorização da terapêutica; entidades de saúde de cuidados
doente; - Monitorização e avaliação das prescrições; primários (transferência de informação
- Informação permanente a todos os profissionais de entre o hospital e os cuidados
- Avaliação dos medicamentos do próprio saúde; primários).
doente. - Planeamento do processo de alta.
Pharmacist attended to daily w ard round TTA done in advance
DH taken by the Pharmacist
PODs used during patient stay PODs in TTA
Pharmacist ordered CIVAS medication Medicines TTA labelled
DH taken on same day of admission
Pharmacist intervene in the use of unlicensed medicines Medicines ready on the w ard
Supporting the nurses in the use of unlicensed medicines Medicines from dispensary
DH taken on day after admission Full time service
Full time Service TTA completed on the w ard
1 hour/day service Supporting the doctors in the use of unlicensed medicines Full time Service
1 hour/day Service 1 hour/day Service
Endorsements in TTA
Pharmacist checked for know n allergies/ADRs Pharmacist checked EPR
Amendments in TTA
Endorsements in IP
Pharmacist's intervention by changing medication in Therapeutical Discussion implemented
clinical significance allergies Amendments in IP
Patient/Parents counselled about medication to take home
Therapeutical Discussion implemented by the Pharmacist
Compliance box filled by the Pharmacist Written medication regime
Doctor communicated verbally+Written in IP
Communication to 1st/2nd/3rd care done by the Pharmacist
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Melhoria na qualidade da prescrição;
Melhoria na qualidade da prescrição; Melhoria na qualidade da prescrição
Redução do nº de readmissões;
Redução do risco: redução das reacções Redução do risco: redução das reacções adversas e Aumento da adesão à terapêutica;
adversas e dos erros de medicação; dos erros de medicação; Redução do período de internamento do doente;
Redução dos PRMs; Redução dos PRMs; Redução dos tempos de espera do doente;
Redução do desperdício em medicamentos. . Redução do desperdício em medicamentos. Redução do desperdício em medicamentos.
44. Barts and The London
NHS Trust
RESULTADOS
ADMISSÃO
Comparação das actividades clínicas entre os 2 níveis de serviço
farmacêutico no momento da admissão
DH taken by the Pharmacist
DH taken on same day of admission
DH taken on day after admission
Full time service
1 hour/day service
Pharmacist checked for know n allergies/ADRs
Pharmacist's intervention by changing medication in
clinical significance allergies
Compliance box filled by the Pharmacist
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
45. Barts and The London
NHS Trust
RESULTADOS
INTERNAMENTO
Comparação das actividades clínicas entre os 2 níveis de serviço farmacêutico
durante o período de internamento
Pharmacist attended to daily w ard round
PODs used during patient stay
Pharmacist ordered CIVAS medication
Pharmacist intervene in the use of unlicensed medicines
Supporting the nurses in the use of unlicensed medicines
Supporting the doctors in the use of unlicensed medicines Full time Service
1 hour/day Service
Pharmacist checked EPR
Endorsements in IP
Amendments in IP
Therapeutical Discussion implemented
Doctor communicated verbally+Written in IP
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
46. Barts and The London
NHS Trust
RESULTADOS
ALTA
Comparação das actividades clínicas entre os 2 níveis de serviço farmacêutico
no momento de alta
TTA done in advance
PODs in TTA
Medicines TTA labelled
Medicines ready on the w ard
Medicines f rom dispensary
TTA completed on the w ard Full time Service
1 hour/day Service
Endorsements in TTA
Amendments in TTA
Therapeutical Discussion implemented
Patient/Parents counselled about medication to take home
by the Pharmacist
Written medication regime
Communication to 1st/2nd/3rd care done by the Pharmacist
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
47. Barts and The London
NHS Trust
DISCUSSÃO
TEMPO INVESTIDO em
Serviços de Farmácia Clínica Formação: Profissional e
Especialista do Medicamento
- Acompanhamento farmacêutico contínuo do doente;
- Presença e a participação do farmacêutico nas visitas
clínicas diárias;
- Integração do farmacêutico na equipa clínica.
Conhecimento e
+
informação acerca do Conhecimento e
DOENTE e seu estado informação acerca dos
clínico MEDICAMENTOS
INTERVENÇÕES CLÍNICAS DO FARMACÊUTICO
“OUTCOMES” POSITIVOS
48. Barts and The London
NHS Trust
CONCLUSÕES
O serviço de farmácia clínica a tempo inteiro implementado:
teve um impacto positivo tanto ao nível dos resultados clínicos do doente como ao nível dos custos dos cuidados de
saúde prestados;
demonstrou que a influência directa do farmacêutico na gestão clínica e nos cuidados de saúde do doente resulta em
“outcomes” positivos;
provou fazer melhor uso do staff, nomeadamente dos conhecimentos e competências do farmacêutico.
Conhecimento gerado:
A melhor forma para melhorar os cuidados de saúde prestados e reduzir os custos é investir e promover os serviços de
farmácia clínica.
Um serviço de farmácia clínica a tempo inteiro é a melhor forma para garantir a canalização do conhecimento
farmacêutico para áreas de intervenção clínica e para focalizar a atenção do farmacêutico no doente e, deste modo,
garantir a utilização racional do medicamento.
49.
50. O VALOR DO ESTUDO
Constitui um passo típico de uma iniciativa de “redesign”, isto é, é necessário confirmar que as mudanças
implementadas resultaram em melhoramento e modernização dos serviços de saúde. Por outras palavras:
demonstrar que o serviço implementado proporcionou um benefício suficiente relativamente ao capital
investido.
“Investment in clinical pharmacy services needs initial funding, but a good clinical pharmacist will save his or
her salary in the same financial year.”
Como trabalho de investigação, que gera evidências acerca da melhor prática profissional e que, por isso,
deve ser tido em conta no momento de definição das políticas de saúde, que por sua vez definem a prática
profissional.
“A melhor forma para melhor os cuidados de saúde prestados e reduzir os custos é investir e promover os
serviços de farmácia clínica.”
Reconhecimento e aceitação da importância do papel do farmacêutico como elemento fundamental da equipa de cuidados clínicos e
como parceiro estratégico dos sistemas de saúde.
O registo e avaliação do impacto das actividades desenvolvidas pelo farmacêutico, para além de demonstrar a capacidade e a
competência deste em assumir a total responsabilidade de todas as suas decisões, torna o farmacêutico ainda mais responsável e
confiante nas suas competências e com maior auto-estima para assumir este desafiante e gratificante papel!
“I enjoy watching patients get better right before my eyes and knowing that I had a hand in it,”... “But it’s serious business, because if you
recommended a drug to the doctor and harm comes to the patient, then you feel responsible.”
Matsune, farmacêutico clínico de Valley Care Health System in Pleasanton, California.
51. RECOMENDAÇÕES
Revisão da posição dos serviços farmacêuticos hospitalares e do acto farmacêutico no sistema
de saúde actual;
Demonstração da capacidade e da competência do farmacêutico para assumir a total
responsabilidade de todas as necessidades relacionadas com a terapêutica do doente;
Integração do farmacêutico em equipas multidisciplinares de cuidados de saúde;
Luta pela autonomia farmacêutica e pelo direito à prescrição do acto farmacêutico no processo clínico do doente;
Separação das funções clínicas das funções técnicas (distribuição de medicamentos);
Reconhecimento e aceitação da importância do papel do farmacêutico como elemento fundamental da equipa de
cuidados clínicos e como parceiro estratégico dos sistemas de saúde ;
Estreitamento de ligações entre trabalhos de investigação, prática profissional e políticas de saúde.
52. REFLEXÕES
Nos esperamos que a farmacêutica e os serviços farmacêuticos usem estas evidências e os resultados deste
estudo para continuarem a desenvolver os serviços de farmácia clínica. Assim, face aos resultados deste
estudo e com base nas evidências geradas, importa implementar acções específicas para desenvolver a
farmácia clínica, com vista à melhoria da sua eficiência e da qualidade dos seus serviços, tendo como
objectivo final o utente e sistema de saúde.
Chegou o tempo de validar, com base nas evidências geradas, os benefícios do farmacêutico nas actividades
clínicas. Todos os sectores da profissão (académicos, clínicos, comunitários e institucionais) devem agora dar
um passo em frente, num estilo uniformizado, para seguramente informar o utente, os outros profissionais de
saúde, administradores do sistema de saúde acerca do papel decisivo e imprescindível do farmacêutico nos
cuidados de saúde do doente.
Entretanto, mais estudos são necessários para, de forma rigorosa, avaliar os “verdadeiros” custos das actividades farmacêuticas
clínicas, documentar os “outcomes” resultantes destas mesmas actividades e comparar isto ao sistema tradicional de saúde.
As evidências geradas por estes trabalhos de investigação são de valor inestimável para a profissão farmacêutica afirmar a sua
autonomia como o pilar básico que defende os interesses do doente e estabelecer a sua posição num ambiente de cuidados de
saúde cada vez mais competitivo, constituindo-se cada vez mais como parceira estratégica dos sistemas de saúde.
O farmacêutico deve deixar de lado as tarefas meramente técnicas para os técnicos de farmácia, robôs e sistemas automatizados,
para se integrar em equipas multidisciplinares de saúde, colocando sempre o doente no centro de todas as suas actividades. Só
assim, o farmacêutico conseguirá pôr em prática todos os conhecimentos adquiridos, competências e capacidades que possui, e
desenvolver as suas potencialidades na totalidade, contribuindo de uma forma única, indispensável e decisiva para a qualidade dos
serviços de saúde.
53. REFLEXÕES
O futuro da profissão passa pela luta difícil, mas necessária, de
contribuirmos cada vez mais interventivamente nos cuidados de
saúde, tornando-nos essenciais à prática clínica.
54. REFLEXÕES
“How wonderful it is that nobody need
wait a single moment before starting to
improve the world.”
ANNE FRANK