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Can a full-time
clinical pharmacist
increase the
quality of patient
care and improve
value for money in
Paediatrics?

Redesigning, monitoring and
evaluation of health services
“Não há nada tão poderoso como uma ideia cujo tempo chegou.”

VICTOR HUGO
1. REALIDADE
                                                                    01
               No passado as formas primárias de tratamento eram
               a hospitalização e a cirurgia, hoje a intervenção
               terapêutica mais comum é o uso de medicamentos.

               O envelhecimento da população com a consequente
               cronicidade de certas patologias tem conduzido
               a um aumento do consumo de medicamentos.

               O aumento da informação dos utentes associado
               à maior procura e ao maior acesso aos cuidados
               de saúde levou a que mais doentes fossem tratados.

               Graças aos avanços tecnológicos e científicos,
               as novas terapias desenvolvidas têm possibilitado
               tratar um maior número de doentes.
1. REALIDADE
                                01


        MEDICAMENTO
        COMPONENTE CENTRAL DO
        SISTEMA DE SAÚDE
1. REALIDADE
                                  02


...MAS NEM POR ISSO A SUA UTILIZAÇÃO
TEM SIDO OPTIMIZADA, COMPROMETENDO A
QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
E LEVANDO A DESPESAS INSUSTENTÁVEIS...
1. REALIDADE
No Reino Unido tem se verificado um aumento do número de mortes
                                                                                     02
atribuídas a erros de medicação e a reacções adversas a medicamentos
(600 mortes em 1995 e 1200 em 2000).

Os erros de medicação e reacções adversas a medicamentos custam por ano ao
sistema nacional de saúde inglês (NHS) meio bilião de libras.


Estudos sugerem que reacções adversas e erros de medicação são frequentemente motivo para
readmissões hospitalares e prolongamentos no período de internamento, sendo que 10% de todas as
admissões estão associadas a reacções adversas a medicamentos e erros de medicação.

No Reino Unido a principal causa de erros de medicação são doses mal prescritas (67%), sendo a
segunda maior causa a falta de monitorização da terapêutica (19%). Os erros de medicação mais graves
têm origem no momento da prescrição.

Actualmente os farmacêuticos passam uma parte significativa do seu tempo a anotar
e a emendar as prescrições dos doentes. No entanto, estas intervenções acontecem, em média, 48 horas
depois da medicação ter sido dada ao doente.

Estudos estimam que mais de 50% dos doentes não tomam os medicamentos como lhe são prescritos.
Um quarto das readmissões hospitalares são devidas a este facto.
1. REALIDADE
                                  02


        UTILIZAÇÃO NÃO RACIONAL
                 DO MEDICAMENTO
1. REALIDADE
                                  03


                     ?
               POSSÍVEIS RAZÕES
1. REALIDADE
                                                                             03
MAIOR ESPECIFICADE ...
CONSEQUENTE COMPLEXIDADE !!!
    Os avanços tecnológicos e científicos na área farmacêutica rapidamente
    conduziram ao aparecimento de novos fármacos, que sendo cada vez
    mais eficazes, são também cada vez mais tóxicos.


    Devido a um crescente número de medicamentos prescritos (polifarmácia) e à elevada
    toxicidade destes medicamentos as terapêuticas medicamentosas prescritas são de
    natureza cada vez mais complexa.


    O aumento do número e variedade de ferramentas terapêuticas, os avanços tecnológicos,
    a inovação terapêutica, a proliferação dos “me too” e o aparecimento de novas doenças
    ultrapassaram claramente a capacidade de conhecimento e de intervenção em todas as
    áreas por parte dos diferentes profissionais de saúde.
1. REALIDADE
                                  03

IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPA
ONDE CADA PROFISSIONAL DE SAÚDE
PRESTA O SEU CONTRIBUTO DE ACORDO COM
A ÁREA DE CONHECIMENTO E ESPECIALIZAÇÃO
QUE POSSUI.
1. REALIDADE
                                                                          04

“PHARMACISTS ARE THE
EXPERTS IN MEDICATION THERAPY,
COMPARED TO NURSES AND PHYSICIANS,…”;
“THEY’VE HAD THE MOST STUDY IN MEDICATION
AND ARE THE BEST-SUITED TO COUNSEL
ON PATIENT’S MEDICATION THERAPY.”
  (Jill Haug, Director da “American Society Health-System Pharmacists”)
1. REALIDADE
                                                                                 04
ESTUDOS DEMONSTRAM QUE:
  Um quinto a um quarto das prescrições médicas durante o período de
  internamento são corrigidas pelos farmacêuticos, sendo estes cinco vezes
  mais precisos que os médicos na escrita das prescrições.

  Os serviços de farmácia clínica contribuem (através da educação
  do doente) para o aumento da adesão à terapêutica.

  A participação do farmacêutico nas equipas clínicas multidisciplinares produz benefícios
  positivos nos resultados clínicos do doente, reduz significativamente os erros de prescrição,
  melhora a qualidade da prescrição médica e reduz a despesa.

  O investimento em farmácia clínica, quando programado, melhora a qualidade dos cuidados de
  saúde e reduz a despesa.

  Os serviços de farmácia clínica estão associados à redução das taxas de mortalidade, das
  despesas em medicamentos, dos gastos totais com os cuidados de saúde, e do período de
  hospitalização.
1. REALIDADE
                                                04


       A evidência gerada sustenta claramente
       os benefícios do farmacêutico nas
       actividades clínicas.
1. REALIDADE
                                 04


           FARMACÊUTICOS
           PROFISSIONAIS E
           ESPECIALISTAS DO MEDICAMENTO
1. REALIDADE
               04
1. REALIDADE




  ...NESTE CONTEXTO, CABE AOS
  FARMACÊUTICOS UMA
  RESPONSABILIDADE FUNDAMENTAL
  E ESTRATÉGICA NA
  GESTÃO DO MEDICAMENTO....
2. OBSTÁCULOS




                 ?
         OBSTÁCULOS A VENCER
2. OBSTÁCULOS




... MAS MUITOS SERVIÇOS
FARMACÊUTICOS ESTÃO MUITO
AFASTADOS DAS TOMADAS DE DECISÃO
E NÃO TÊM INFLUÊNCIA DIRECTA NA
GESTÃO CLÍNICA E NOS CUIDADOS DE
SAÚDE DO DOENTE ...
3. SOLUÇÃO




                 ?
         SOLUÇÃO PARA VENCER
3. SOLUÇÃO



 “Healthcare systems fail to provide
 treatments that are known to work,
 persist in using treatments that don’t
 work, enforce delays, and tolerate
 high levels of error. Healthcare
 leaders are now recognising … that
 the healthcare system needs radically
 redesigning.”


                                          “In principle, healthcare organizations
                                          around the world have always aimed to
                                          serve patients. In practice, however,
                                          they do not always put patient’s needs
                                          and preferences first over the
                                          convenience of the organisation.”
3. SOLUÇÃO




  ... HÁ URGÊNCIA EM REDESENHAR
  O SISTEMA TRADICIONAL DE SAÚDE!...
4
R =R
       estruturar
       edesenhar
       epensar
       eorganizar
1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO
                                      R   4




      O GOVERNO BRITÂNICO INTERVÉM:
      INVESTE DINHEIRO EM TROCA
      DE MODERNIZAÇÃO E
      REFORMAS NO SISTEMA DE
      SAÚDE.
1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO
                                                         R      4




                       “We would spend this money if, but only if,
                       we also changed the chronic system failures
                       of the NHS. Money had to be accompanied by
                       modernization; investment, by reform…
                       It is, in a very real sense, our chance to
                       prove for my generation and that of
                       my children, that a universal public service
                       can deliver what people expect in today’s world.”
1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO
                                                                   R   4

“THE NHS PLAN”

                 O plano do governo para o Sistema Nacional de
                 Saúde Inglês (NHS Plan), estabelecido no ano
                 2000, tem como propósito proporcionar a todos
                 os cidadãos um serviço de elevada qualidade
                 centrado no doente. O doente, como
                 contribuinte que é, quer o melhor tratamento no
                 mais curto espaço de tempo, esperando a
                 melhor prática clínica por parte de todos os
                 profissionais de saúde.
1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO
                                                                       R   4

“THE NHS PLAN”
                    Descreve como:
                        redesenhar os cuidados de saúde em torno do
                        doente;
                       melhorar a qualidade dos cuidados de saúde;

                        tirar o melhor partido das competências e da
                        dedicação do staff do NHS.




 “The NHS will shape its services around the needs and preferences of
 individual patients, their families and their carers.” NHS Core Principles
REDESIGN DOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM TORNO DO DOENTE
2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN”
                                          R   4




                       ?
   ENTÃO, O QUE SIGNIFICA
            “HEALTHCARE REDESIGN”
2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN”
                                                                            R     4




 Definição de “Healthcare Redesign”
 “Healthcare redesign” = restruturar; redesenhar; repensar; reorganizar os cuidados de
 saúde.
 Consiste em mudar os processos e práticas profissionais, de forma a eliminar
 atrasos e esperas desnecessárias, duplicação de processos, passos desnecessários,
 razões para potenciais erros, garantindo melhorias radicais nos cuidados de saúde
 prestados.
2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN”
                                                                                R      4

Passos típicos de uma iniciativa de “redesign”
de um serviço de saúde:
1 traçar todos os processos e práticas de cuidados de saúde existentes
   (as diferentes etapas do percurso do doente);

2 identificar problemas e falhas de todo o processo, e questionar o motivo pelo qual cada
   passo do processo é feito, por quem é feito, onde, em que sequência e se ainda poderá ser
   melhorado de alguma maneira;

3 imaginar como seria um processo ideal;

4 identificar quais as mudanças práticas ao processo em curso para o tornar próximo do
   processo ideal;

5 implementar essas mudanças no processo;

6 testar as mudanças implementadas e avaliar até que ponto resultaram em aperfeiçoamento do
   processo.
2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN”
                                                                              R   4




   “every system is perfectly designed to get the results that it gets
if we want to change the patient experience, we must change the system
to change the system, we must think in fundamentally different ways”
         (Donald Berwick, Institute of Healthcare Improvement, Boston, USA)
“REDESIGN” dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares


A Contribuição da Farmácia como parte
integrante do NHS para o Plano do Governo
para o NHS:

O Governo Britânico através dos documentos
“Pharmacy in the Future – Implementing the NHS Plan,
A programme for pharmacy in the National Health Service”
do ano 2000 e “A Vision for Pharmacy in the New NHS”
do ano 2003 pretende definir a posição da Farmácia e dos
Serviços Farmacêuticos no Sistema Nacional de Saúde.
“REDESIGN” dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares
                                                                            R        4

Os Serviços Farmacêuticos devem:

   ser desenhados à volta das necessidades do doente e não das
   organizações;
   estar integrados nos outros serviços de saúde;

   fazer o melhor uso do staff e das suas competências;
   tirar o melhor partido das tecnologias modernas.

O Farmacêutico deve:
   canalizar o seu tempo e dedicação para as necessidades clínicas do
   doente.


Os cuidados de saúde não devem estar condicionados pelas demarcações profissionais
tradicionais rígidas, devendo o direito à prescrição ser alargado também ao
farmacêutico, para que se faça um melhor uso das suas competências clínicas.
Redesign of services around the PATIENT’S JOURNEY




              “By touching upon the patient journey,
              we are able to begin to illustrate how the
              system will need to change if it is to be
              truly designed around the patient.”
              (Consumers’ Association – The Patient Journey Information)
Redesign of services around the PATIENT’S JOURNEY



“Educating pharmacists for their new role in the health care team is linked to the redesign of
services around the patient’s journey…
Services need to be integrated horizontally at all stages in order to follow the patient’s journey.
For pharmacy this means developing a service based on an individual assessment of each
patient, delivered by teams of pharmacists and technicians.”

…

“This enables pharmacists to verify treatment decisions and monitor and evaluate patient
outcomes, resulting in a pharmacy service based on individual patient assessment and
separation of clinical and dispensing tasks, with pharmacists and technicians mutually
supporting each other’s roles.”

(Professor Steve Hudson, Professor de Cuidados Farmacêuticos, University of Strathclyde, Escócia)
Barts and The London
                                                                 NHS Trust


UM EXEMPLO REAL DE “REDESIGN” DE SERVIÇOS
      FARMACÊUTICOS HOSPITALARES
         A implementação de um serviço de farmácia clínica a
    tempo inteiro em duas enfermarias pediátricas do Hospital Inglês
                        Royal London Hospital
Barts and The London
                                                                                             NHS Trust


                                                  CONTEXTO
Numa iniciativa de “redesign” de serviços farmacêuticos hospitalares foi implementado um serviço de farmácia clínica a
tempo inteiro em duas enfermarias pediátricas...

A recordar...
   Passos típicos de uma iniciativa de “redesign” de um serviço de saúde:

   1    traçar todos os processos e práticas de cuidados de saúde existentes
        (as diferentes etapas do percurso do doente);
   2    identificar os problemas e falhas do processo e questionar o motivo pelo qual cada passo do processo é feito,
        por quem é feito, onde, em que sequência e se ainda poderá ser melhorado;

   3    imaginar como seria um processo ideal;

   4 identificar quais as mudanças práticas ao processo em curso para o tornar próximo do processo ideal;
   5 implementar essas mudanças no processo;

   6    testar as mudanças implementadas e avaliar até que ponto resultaram em aperfeiçoamento do processo.
        OBJECTIVO DO TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO



 Mudança implementada: tempo do farmacêutico dedicado a actividades clínicas - passou de 1 hora/dia a tempo inteiro.
Barts and The London
                                                                                             NHS Trust


                                                 OBJECTIVO
Testar as mudanças implementadas e avaliar até que ponto resultaram em melhoramento dos serviços de saúde
prestados.

Com o intuito de pôr em prática o geral objectivo do trabalho, foi determinado o impacto da implementação
do serviço de farmácia clínica a tempo inteiro a 3 diferentes níveis:

   1 Implementação do programa “medicines management”;
   2 Tempo de distribuição dos medicamentos;
   3 Notificação dos incidentes de medicação.


                               1                                          2                                 3
Barts and The London
                                                                                            NHS Trust


                                  METODOLOGIA ADOPTADA
O impacto do novo serviço implementado foi determinado por comparação deste serviço (farmácia clínica a tempo inteiro)
com o serviço anterior (farmácia clínica de 1hora/dia).
Amostra: doentes das enfermarias onde foi implementado o serviço de farmácia clínica a tempo inteiro.
Grupo de controlo: doentes de duas enfermarias com serviço de farmácia clínica de 1 hora/dia.


1 Revisão e pesquisa bibliográfica (com o objectivo de conhecer o funcionamento do serviço nacional de saúde do
  Reino Unido e o papel do farmacêutico clínico) para identificar a melhor prática com base em “guidelines” nacionais e
  locais;
2 Desenvolvimento de um questionário, de acordo com a revisão bibliográfica, para registo e documentação das
  intervenções clínicas prestadas pela farmacêutica;

3 Realização de um estudo piloto;
4 Análise dos resultados do estudo piloto e optimização do questionário;

5 Registo das actividades clínicas prestadas pela farmacêutica (por observação directa e por consulta de documentos:
  registos médicos, notas das enfermeiras, prescrições,...);
6 Desenvolvimento de uma base de dados para introdução dos dados recolhidos (SPSS 13.0);

7 Análise dos resultados obtidos (determinação do impacto do serviço prestado e dos “outcomes” resultantes das
  actividades da farmacêutica).
Barts and The London
                                                                                                                                                                                                                                                                                          NHS Trust


                                                                                                                                                                    RESULTADOS
                                        ADMISSÃO                                                                                                                                  INTERNAMENTO                                                                                                                                                             ALTA
 - História Medicamentosa;                                                                                                                   - Acompanhamento e participação na visita clínica;
                                                                                                                                             - Decisão da terapêutica medicamentosa;                                                                                                            - Reforço da educação do doente;
 - Alergias e Reacções Adversas;                                                                                                             - Processo de escrita da prescrição;
                                                                                                                                             - Resolução de PRMs;                                                                                                                               - Comunicação efectiva com as
 - Formulação medicamentosa preferida pelo                                                                                                   - Monitorização da terapêutica;                                                                                                                    entidades de saúde de cuidados
 doente;                                                                                                                                     - Monitorização e avaliação das prescrições;                                                                                                       primários (transferência de informação
                                                                                                                                             - Informação permanente a todos os profissionais de                                                                                                entre o hospital e os cuidados
 - Avaliação dos medicamentos do próprio                                                                                                             saúde;                                                                                                                                     primários).
 doente.                                                                                                                                     - Planeamento do processo de alta.

                                                                                                                                                            Pharmacist attended to daily w ard round                                                                                                                             TTA done in advance
                       DH taken by the Pharmacist
                                                                                                                                                                      PODs used during patient stay                                                                                                                                       PODs in TTA


                                                                                                                                                             Pharmacist ordered CIVAS medication                                                                                                                                Medicines TTA labelled
               DH taken on same day of admission
                                                                                                                                            Pharmacist intervene in the use of unlicensed medicines                                                                                                                       Medicines ready on the w ard


                                                                                                                                           Supporting the nurses in the use of unlicensed medicines                                                                                                                         Medicines from dispensary
                  DH taken on day after admission                                                                     Full time service
                                                                                                                                                                                                                                                                         Full time Service                                 TTA completed on the w ard
                                                                                                                      1 hour/day service   Supporting the doctors in the use of unlicensed medicines                                                                                                                                                                                                                        Full time Service
                                                                                                                                                                                                                                                                         1 hour/day Service                                                                                                                                 1 hour/day Service
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                 Endorsements in TTA
    Pharmacist checked for know n allergies/ADRs                                                                                                                           Pharmacist checked EPR
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   Amendments in TTA
                                                                                                                                                                                 Endorsements in IP
Pharmacist's intervention by changing medication in                                                                                                                                                                                                                                                              Therapeutical Discussion implemented
           clinical significance allergies                                                                                                                                        Amendments in IP
                                                                                                                                                                                                                                                                                               Patient/Parents counselled about medication to take home
                                                                                                                                                              Therapeutical Discussion implemented                                                                                                                by the Pharmacist

           Compliance box filled by the Pharmacist                                                                                                                                                                                                                                                                           Written medication regime
                                                                                                                                                         Doctor communicated verbally+Written in IP
                                                                                                                                                                                                                                                                                              Communication to 1st/2nd/3rd care done by the Pharmacist
                                                      0%   10%   20%   30%   40%   50%   60%   70%   80%   90% 100%                                                                                    0%   10%   20%   30%   40%   50%   60%   70%   80%   90%   100%
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                          0%   10%   20%   30%   40%   50%   60%   70%   80%   90%   100%




                                                                                                                                                                                                                                                                                                                Melhoria na qualidade da prescrição;
            Melhoria na qualidade da prescrição;                                                                                                                     Melhoria na qualidade da prescrição
                                                                                                                                                                                                                                                                                                       Redução do nº de readmissões;
   Redução do risco: redução das reacções                                                                                                         Redução do risco: redução das reacções adversas e                                                                                                 Aumento da adesão à terapêutica;
     adversas e dos erros de medicação;                                                                                                                         dos erros de medicação;                                                                                                        Redução do período de internamento do doente;
            Redução dos PRMs;                                                                                                                                    Redução dos PRMs;                                                                                                              Redução dos tempos de espera do doente;
  Redução do desperdício em medicamentos. .                                                                                                           Redução do desperdício em medicamentos.                                                                                                  Redução do desperdício em medicamentos.
Barts and The London
                                                                                                                 NHS Trust


                                             RESULTADOS

                                                       ADMISSÃO

                 Comparação das actividades clínicas entre os 2 níveis de serviço
                            farmacêutico no momento da admissão

                       DH taken by the Pharmacist



               DH taken on same day of admission



                  DH taken on day after admission
                                                                                                                         Full time service
                                                                                                                         1 hour/day service
    Pharmacist checked for know n allergies/ADRs


Pharmacist's intervention by changing medication in
           clinical significance allergies


           Compliance box filled by the Pharmacist


                                                      0%   10%   20%   30%   40%   50%   60%   70%    80%   90%   100%
Barts and The London
                                                                                                                 NHS Trust


                                                    RESULTADOS

                                                           INTERNAMENTO

              Comparação das actividades clínicas entre os 2 níveis de serviço farmacêutico
                                  durante o período de internamento

                 Pharmacist attended to daily w ard round

                           PODs used during patient stay

                  Pharmacist ordered CIVAS medication

 Pharmacist intervene in the use of unlicensed medicines

Supporting the nurses in the use of unlicensed medicines

Supporting the doctors in the use of unlicensed medicines                                                                     Full time Service
                                                                                                                              1 hour/day Service
                                Pharmacist checked EPR

                                      Endorsements in IP

                                       Amendments in IP

                   Therapeutical Discussion implemented

              Doctor communicated verbally+Written in IP

                                                            0%   10%   20%   30%   40%   50%   60%   70%   80%   90%   100%
Barts and The London
                                                                                                                  NHS Trust


                                               RESULTADOS

                                                                 ALTA


  Comparação das actividades clínicas entre os 2 níveis de serviço farmacêutico
                             no momento de alta

                                    TTA done in advance

                                            PODs in TTA

                                  Medicines TTA labelled

                            Medicines ready on the w ard

                              Medicines f rom dispensary

                             TTA completed on the w ard                                                                       Full time Service
                                                                                                                              1 hour/day Service
                                    Endorsements in TTA

                                     Amendments in TTA

                   Therapeutical Discussion implemented

 Patient/Parents counselled about medication to take home
                    by the Pharmacist

                               Written medication regime

Communication to 1st/2nd/3rd care done by the Pharmacist

                                                            0%   10%   20%   30%   40%   50%   60%   70%   80%   90%   100%
Barts and The London
                                                                                  NHS Trust


                                                          DISCUSSÃO
              TEMPO INVESTIDO em
            Serviços de Farmácia Clínica                                 Formação: Profissional e
                                                                       Especialista do Medicamento

- Acompanhamento farmacêutico contínuo do doente;
- Presença e a participação do farmacêutico nas visitas
clínicas diárias;
- Integração do farmacêutico na equipa clínica.



               Conhecimento e

                                                                +
            informação acerca do                                               Conhecimento e
            DOENTE e seu estado                                            informação acerca dos
                   clínico                                                    MEDICAMENTOS




                                    INTERVENÇÕES CLÍNICAS DO FARMACÊUTICO



                                                    “OUTCOMES” POSITIVOS
Barts and The London
                                                                                            NHS Trust


                                              CONCLUSÕES

O serviço de farmácia clínica a tempo inteiro implementado:

    teve um impacto positivo tanto ao nível dos resultados clínicos do doente como ao nível dos custos dos cuidados de
    saúde prestados;

    demonstrou que a influência directa do farmacêutico na gestão clínica e nos cuidados de saúde do doente resulta em
    “outcomes” positivos;

    provou fazer melhor uso do staff, nomeadamente dos conhecimentos e competências do farmacêutico.



 Conhecimento gerado:

    A melhor forma para melhorar os cuidados de saúde prestados e reduzir os custos é investir e promover os serviços de
    farmácia clínica.

    Um serviço de farmácia clínica a tempo inteiro é a melhor forma para garantir a canalização do conhecimento
    farmacêutico para áreas de intervenção clínica e para focalizar a atenção do farmacêutico no doente e, deste modo,
    garantir a utilização racional do medicamento.
O VALOR DO ESTUDO


Constitui um passo típico de uma iniciativa de “redesign”, isto é, é necessário confirmar que as mudanças
implementadas resultaram em melhoramento e modernização dos serviços de saúde. Por outras palavras:
demonstrar que o serviço implementado proporcionou um benefício suficiente relativamente ao capital
investido.
“Investment in clinical pharmacy services needs initial funding, but a good clinical pharmacist will save his or
her salary in the same financial year.”

Como trabalho de investigação, que gera evidências acerca da melhor prática profissional e que, por isso,
deve ser tido em conta no momento de definição das políticas de saúde, que por sua vez definem a prática
profissional.
“A melhor forma para melhor os cuidados de saúde prestados e reduzir os custos é investir e promover os
serviços de farmácia clínica.”

Reconhecimento e aceitação da importância do papel do farmacêutico como elemento fundamental da equipa de cuidados clínicos e
como parceiro estratégico dos sistemas de saúde.

O registo e avaliação do impacto das actividades desenvolvidas pelo farmacêutico, para além de demonstrar a capacidade e a
competência deste em assumir a total responsabilidade de todas as suas decisões, torna o farmacêutico ainda mais responsável e
confiante nas suas competências e com maior auto-estima para assumir este desafiante e gratificante papel!
“I enjoy watching patients get better right before my eyes and knowing that I had a hand in it,”... “But it’s serious business, because if you
recommended a drug to the doctor and harm comes to the patient, then you feel responsible.”
Matsune, farmacêutico clínico de Valley Care Health System in Pleasanton, California.
RECOMENDAÇÕES




Revisão da posição dos serviços farmacêuticos hospitalares e do acto farmacêutico no sistema
de saúde actual;

Demonstração da capacidade e da competência do farmacêutico para assumir a total
responsabilidade de todas as necessidades relacionadas com a terapêutica do doente;

Integração do farmacêutico em equipas multidisciplinares de cuidados de saúde;

Luta pela autonomia farmacêutica e pelo direito à prescrição do acto farmacêutico no processo clínico do doente;

Separação das funções clínicas das funções técnicas (distribuição de medicamentos);

Reconhecimento e aceitação da importância do papel do farmacêutico como elemento fundamental da equipa de
cuidados clínicos e como parceiro estratégico dos sistemas de saúde ;

Estreitamento de ligações entre trabalhos de investigação, prática profissional e políticas de saúde.
REFLEXÕES

Nos esperamos que a farmacêutica e os serviços farmacêuticos usem estas evidências e os resultados deste
estudo para continuarem a desenvolver os serviços de farmácia clínica. Assim, face aos resultados deste
estudo e com base nas evidências geradas, importa implementar acções específicas para desenvolver a
farmácia clínica, com vista à melhoria da sua eficiência e da qualidade dos seus serviços, tendo como
objectivo final o utente e sistema de saúde.

Chegou o tempo de validar, com base nas evidências geradas, os benefícios do farmacêutico nas actividades
clínicas. Todos os sectores da profissão (académicos, clínicos, comunitários e institucionais) devem agora dar
um passo em frente, num estilo uniformizado, para seguramente informar o utente, os outros profissionais de
saúde, administradores do sistema de saúde acerca do papel decisivo e imprescindível do farmacêutico nos
cuidados de saúde do doente.

Entretanto, mais estudos são necessários para, de forma rigorosa, avaliar os “verdadeiros” custos das actividades farmacêuticas
clínicas, documentar os “outcomes” resultantes destas mesmas actividades e comparar isto ao sistema tradicional de saúde.

As evidências geradas por estes trabalhos de investigação são de valor inestimável para a profissão farmacêutica afirmar a sua
autonomia como o pilar básico que defende os interesses do doente e estabelecer a sua posição num ambiente de cuidados de
saúde cada vez mais competitivo, constituindo-se cada vez mais como parceira estratégica dos sistemas de saúde.

O farmacêutico deve deixar de lado as tarefas meramente técnicas para os técnicos de farmácia, robôs e sistemas automatizados,
para se integrar em equipas multidisciplinares de saúde, colocando sempre o doente no centro de todas as suas actividades. Só
assim, o farmacêutico conseguirá pôr em prática todos os conhecimentos adquiridos, competências e capacidades que possui, e
desenvolver as suas potencialidades na totalidade, contribuindo de uma forma única, indispensável e decisiva para a qualidade dos
serviços de saúde.
REFLEXÕES




   O futuro da profissão passa pela luta difícil, mas necessária, de
   contribuirmos cada vez mais interventivamente nos cuidados de
          saúde, tornando-nos essenciais à prática clínica.
REFLEXÕES




            “How wonderful it is that nobody need
            wait a single moment before starting to
            improve the world.”

            ANNE FRANK
Can a clinical pharmacist improve paediatric care

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  • 1. Can a full-time clinical pharmacist increase the quality of patient care and improve value for money in Paediatrics? Redesigning, monitoring and evaluation of health services
  • 2. “Não há nada tão poderoso como uma ideia cujo tempo chegou.” VICTOR HUGO
  • 3.
  • 4. 1. REALIDADE 01 No passado as formas primárias de tratamento eram a hospitalização e a cirurgia, hoje a intervenção terapêutica mais comum é o uso de medicamentos. O envelhecimento da população com a consequente cronicidade de certas patologias tem conduzido a um aumento do consumo de medicamentos. O aumento da informação dos utentes associado à maior procura e ao maior acesso aos cuidados de saúde levou a que mais doentes fossem tratados. Graças aos avanços tecnológicos e científicos, as novas terapias desenvolvidas têm possibilitado tratar um maior número de doentes.
  • 5. 1. REALIDADE 01 MEDICAMENTO COMPONENTE CENTRAL DO SISTEMA DE SAÚDE
  • 6. 1. REALIDADE 02 ...MAS NEM POR ISSO A SUA UTILIZAÇÃO TEM SIDO OPTIMIZADA, COMPROMETENDO A QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E LEVANDO A DESPESAS INSUSTENTÁVEIS...
  • 7. 1. REALIDADE No Reino Unido tem se verificado um aumento do número de mortes 02 atribuídas a erros de medicação e a reacções adversas a medicamentos (600 mortes em 1995 e 1200 em 2000). Os erros de medicação e reacções adversas a medicamentos custam por ano ao sistema nacional de saúde inglês (NHS) meio bilião de libras. Estudos sugerem que reacções adversas e erros de medicação são frequentemente motivo para readmissões hospitalares e prolongamentos no período de internamento, sendo que 10% de todas as admissões estão associadas a reacções adversas a medicamentos e erros de medicação. No Reino Unido a principal causa de erros de medicação são doses mal prescritas (67%), sendo a segunda maior causa a falta de monitorização da terapêutica (19%). Os erros de medicação mais graves têm origem no momento da prescrição. Actualmente os farmacêuticos passam uma parte significativa do seu tempo a anotar e a emendar as prescrições dos doentes. No entanto, estas intervenções acontecem, em média, 48 horas depois da medicação ter sido dada ao doente. Estudos estimam que mais de 50% dos doentes não tomam os medicamentos como lhe são prescritos. Um quarto das readmissões hospitalares são devidas a este facto.
  • 8. 1. REALIDADE 02 UTILIZAÇÃO NÃO RACIONAL DO MEDICAMENTO
  • 9. 1. REALIDADE 03 ? POSSÍVEIS RAZÕES
  • 10. 1. REALIDADE 03 MAIOR ESPECIFICADE ... CONSEQUENTE COMPLEXIDADE !!! Os avanços tecnológicos e científicos na área farmacêutica rapidamente conduziram ao aparecimento de novos fármacos, que sendo cada vez mais eficazes, são também cada vez mais tóxicos. Devido a um crescente número de medicamentos prescritos (polifarmácia) e à elevada toxicidade destes medicamentos as terapêuticas medicamentosas prescritas são de natureza cada vez mais complexa. O aumento do número e variedade de ferramentas terapêuticas, os avanços tecnológicos, a inovação terapêutica, a proliferação dos “me too” e o aparecimento de novas doenças ultrapassaram claramente a capacidade de conhecimento e de intervenção em todas as áreas por parte dos diferentes profissionais de saúde.
  • 11. 1. REALIDADE 03 IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPA ONDE CADA PROFISSIONAL DE SAÚDE PRESTA O SEU CONTRIBUTO DE ACORDO COM A ÁREA DE CONHECIMENTO E ESPECIALIZAÇÃO QUE POSSUI.
  • 12. 1. REALIDADE 04 “PHARMACISTS ARE THE EXPERTS IN MEDICATION THERAPY, COMPARED TO NURSES AND PHYSICIANS,…”; “THEY’VE HAD THE MOST STUDY IN MEDICATION AND ARE THE BEST-SUITED TO COUNSEL ON PATIENT’S MEDICATION THERAPY.” (Jill Haug, Director da “American Society Health-System Pharmacists”)
  • 13. 1. REALIDADE 04 ESTUDOS DEMONSTRAM QUE: Um quinto a um quarto das prescrições médicas durante o período de internamento são corrigidas pelos farmacêuticos, sendo estes cinco vezes mais precisos que os médicos na escrita das prescrições. Os serviços de farmácia clínica contribuem (através da educação do doente) para o aumento da adesão à terapêutica. A participação do farmacêutico nas equipas clínicas multidisciplinares produz benefícios positivos nos resultados clínicos do doente, reduz significativamente os erros de prescrição, melhora a qualidade da prescrição médica e reduz a despesa. O investimento em farmácia clínica, quando programado, melhora a qualidade dos cuidados de saúde e reduz a despesa. Os serviços de farmácia clínica estão associados à redução das taxas de mortalidade, das despesas em medicamentos, dos gastos totais com os cuidados de saúde, e do período de hospitalização.
  • 14. 1. REALIDADE 04 A evidência gerada sustenta claramente os benefícios do farmacêutico nas actividades clínicas.
  • 15. 1. REALIDADE 04 FARMACÊUTICOS PROFISSIONAIS E ESPECIALISTAS DO MEDICAMENTO
  • 17. 1. REALIDADE ...NESTE CONTEXTO, CABE AOS FARMACÊUTICOS UMA RESPONSABILIDADE FUNDAMENTAL E ESTRATÉGICA NA GESTÃO DO MEDICAMENTO....
  • 18. 2. OBSTÁCULOS ? OBSTÁCULOS A VENCER
  • 19. 2. OBSTÁCULOS ... MAS MUITOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS ESTÃO MUITO AFASTADOS DAS TOMADAS DE DECISÃO E NÃO TÊM INFLUÊNCIA DIRECTA NA GESTÃO CLÍNICA E NOS CUIDADOS DE SAÚDE DO DOENTE ...
  • 20. 3. SOLUÇÃO ? SOLUÇÃO PARA VENCER
  • 21. 3. SOLUÇÃO “Healthcare systems fail to provide treatments that are known to work, persist in using treatments that don’t work, enforce delays, and tolerate high levels of error. Healthcare leaders are now recognising … that the healthcare system needs radically redesigning.” “In principle, healthcare organizations around the world have always aimed to serve patients. In practice, however, they do not always put patient’s needs and preferences first over the convenience of the organisation.”
  • 22. 3. SOLUÇÃO ... HÁ URGÊNCIA EM REDESENHAR O SISTEMA TRADICIONAL DE SAÚDE!...
  • 23. 4 R =R estruturar edesenhar epensar eorganizar
  • 24.
  • 25. 1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO R 4 O GOVERNO BRITÂNICO INTERVÉM: INVESTE DINHEIRO EM TROCA DE MODERNIZAÇÃO E REFORMAS NO SISTEMA DE SAÚDE.
  • 26. 1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO R 4 “We would spend this money if, but only if, we also changed the chronic system failures of the NHS. Money had to be accompanied by modernization; investment, by reform… It is, in a very real sense, our chance to prove for my generation and that of my children, that a universal public service can deliver what people expect in today’s world.”
  • 27. 1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO R 4 “THE NHS PLAN” O plano do governo para o Sistema Nacional de Saúde Inglês (NHS Plan), estabelecido no ano 2000, tem como propósito proporcionar a todos os cidadãos um serviço de elevada qualidade centrado no doente. O doente, como contribuinte que é, quer o melhor tratamento no mais curto espaço de tempo, esperando a melhor prática clínica por parte de todos os profissionais de saúde.
  • 28. 1. INTERVENÇÃO DO GOVERNO R 4 “THE NHS PLAN” Descreve como: redesenhar os cuidados de saúde em torno do doente; melhorar a qualidade dos cuidados de saúde; tirar o melhor partido das competências e da dedicação do staff do NHS. “The NHS will shape its services around the needs and preferences of individual patients, their families and their carers.” NHS Core Principles
  • 29. REDESIGN DOS SERVIÇOS DE SAÚDE EM TORNO DO DOENTE
  • 30. 2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN” R 4 ? ENTÃO, O QUE SIGNIFICA “HEALTHCARE REDESIGN”
  • 31. 2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN” R 4 Definição de “Healthcare Redesign” “Healthcare redesign” = restruturar; redesenhar; repensar; reorganizar os cuidados de saúde. Consiste em mudar os processos e práticas profissionais, de forma a eliminar atrasos e esperas desnecessárias, duplicação de processos, passos desnecessários, razões para potenciais erros, garantindo melhorias radicais nos cuidados de saúde prestados.
  • 32. 2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN” R 4 Passos típicos de uma iniciativa de “redesign” de um serviço de saúde: 1 traçar todos os processos e práticas de cuidados de saúde existentes (as diferentes etapas do percurso do doente); 2 identificar problemas e falhas de todo o processo, e questionar o motivo pelo qual cada passo do processo é feito, por quem é feito, onde, em que sequência e se ainda poderá ser melhorado de alguma maneira; 3 imaginar como seria um processo ideal; 4 identificar quais as mudanças práticas ao processo em curso para o tornar próximo do processo ideal; 5 implementar essas mudanças no processo; 6 testar as mudanças implementadas e avaliar até que ponto resultaram em aperfeiçoamento do processo.
  • 33. 2. SIGNIFICADO DO “HEALTHCARE REDESIGN” R 4 “every system is perfectly designed to get the results that it gets if we want to change the patient experience, we must change the system to change the system, we must think in fundamentally different ways” (Donald Berwick, Institute of Healthcare Improvement, Boston, USA)
  • 34.
  • 35. “REDESIGN” dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares A Contribuição da Farmácia como parte integrante do NHS para o Plano do Governo para o NHS: O Governo Britânico através dos documentos “Pharmacy in the Future – Implementing the NHS Plan, A programme for pharmacy in the National Health Service” do ano 2000 e “A Vision for Pharmacy in the New NHS” do ano 2003 pretende definir a posição da Farmácia e dos Serviços Farmacêuticos no Sistema Nacional de Saúde.
  • 36. “REDESIGN” dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares R 4 Os Serviços Farmacêuticos devem: ser desenhados à volta das necessidades do doente e não das organizações; estar integrados nos outros serviços de saúde; fazer o melhor uso do staff e das suas competências; tirar o melhor partido das tecnologias modernas. O Farmacêutico deve: canalizar o seu tempo e dedicação para as necessidades clínicas do doente. Os cuidados de saúde não devem estar condicionados pelas demarcações profissionais tradicionais rígidas, devendo o direito à prescrição ser alargado também ao farmacêutico, para que se faça um melhor uso das suas competências clínicas.
  • 37. Redesign of services around the PATIENT’S JOURNEY “By touching upon the patient journey, we are able to begin to illustrate how the system will need to change if it is to be truly designed around the patient.” (Consumers’ Association – The Patient Journey Information)
  • 38. Redesign of services around the PATIENT’S JOURNEY “Educating pharmacists for their new role in the health care team is linked to the redesign of services around the patient’s journey… Services need to be integrated horizontally at all stages in order to follow the patient’s journey. For pharmacy this means developing a service based on an individual assessment of each patient, delivered by teams of pharmacists and technicians.” … “This enables pharmacists to verify treatment decisions and monitor and evaluate patient outcomes, resulting in a pharmacy service based on individual patient assessment and separation of clinical and dispensing tasks, with pharmacists and technicians mutually supporting each other’s roles.” (Professor Steve Hudson, Professor de Cuidados Farmacêuticos, University of Strathclyde, Escócia)
  • 39. Barts and The London NHS Trust UM EXEMPLO REAL DE “REDESIGN” DE SERVIÇOS FARMACÊUTICOS HOSPITALARES A implementação de um serviço de farmácia clínica a tempo inteiro em duas enfermarias pediátricas do Hospital Inglês Royal London Hospital
  • 40. Barts and The London NHS Trust CONTEXTO Numa iniciativa de “redesign” de serviços farmacêuticos hospitalares foi implementado um serviço de farmácia clínica a tempo inteiro em duas enfermarias pediátricas... A recordar... Passos típicos de uma iniciativa de “redesign” de um serviço de saúde: 1 traçar todos os processos e práticas de cuidados de saúde existentes (as diferentes etapas do percurso do doente); 2 identificar os problemas e falhas do processo e questionar o motivo pelo qual cada passo do processo é feito, por quem é feito, onde, em que sequência e se ainda poderá ser melhorado; 3 imaginar como seria um processo ideal; 4 identificar quais as mudanças práticas ao processo em curso para o tornar próximo do processo ideal; 5 implementar essas mudanças no processo; 6 testar as mudanças implementadas e avaliar até que ponto resultaram em aperfeiçoamento do processo. OBJECTIVO DO TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO Mudança implementada: tempo do farmacêutico dedicado a actividades clínicas - passou de 1 hora/dia a tempo inteiro.
  • 41. Barts and The London NHS Trust OBJECTIVO Testar as mudanças implementadas e avaliar até que ponto resultaram em melhoramento dos serviços de saúde prestados. Com o intuito de pôr em prática o geral objectivo do trabalho, foi determinado o impacto da implementação do serviço de farmácia clínica a tempo inteiro a 3 diferentes níveis: 1 Implementação do programa “medicines management”; 2 Tempo de distribuição dos medicamentos; 3 Notificação dos incidentes de medicação. 1 2 3
  • 42. Barts and The London NHS Trust METODOLOGIA ADOPTADA O impacto do novo serviço implementado foi determinado por comparação deste serviço (farmácia clínica a tempo inteiro) com o serviço anterior (farmácia clínica de 1hora/dia). Amostra: doentes das enfermarias onde foi implementado o serviço de farmácia clínica a tempo inteiro. Grupo de controlo: doentes de duas enfermarias com serviço de farmácia clínica de 1 hora/dia. 1 Revisão e pesquisa bibliográfica (com o objectivo de conhecer o funcionamento do serviço nacional de saúde do Reino Unido e o papel do farmacêutico clínico) para identificar a melhor prática com base em “guidelines” nacionais e locais; 2 Desenvolvimento de um questionário, de acordo com a revisão bibliográfica, para registo e documentação das intervenções clínicas prestadas pela farmacêutica; 3 Realização de um estudo piloto; 4 Análise dos resultados do estudo piloto e optimização do questionário; 5 Registo das actividades clínicas prestadas pela farmacêutica (por observação directa e por consulta de documentos: registos médicos, notas das enfermeiras, prescrições,...); 6 Desenvolvimento de uma base de dados para introdução dos dados recolhidos (SPSS 13.0); 7 Análise dos resultados obtidos (determinação do impacto do serviço prestado e dos “outcomes” resultantes das actividades da farmacêutica).
  • 43. Barts and The London NHS Trust RESULTADOS ADMISSÃO INTERNAMENTO ALTA - História Medicamentosa; - Acompanhamento e participação na visita clínica; - Decisão da terapêutica medicamentosa; - Reforço da educação do doente; - Alergias e Reacções Adversas; - Processo de escrita da prescrição; - Resolução de PRMs; - Comunicação efectiva com as - Formulação medicamentosa preferida pelo - Monitorização da terapêutica; entidades de saúde de cuidados doente; - Monitorização e avaliação das prescrições; primários (transferência de informação - Informação permanente a todos os profissionais de entre o hospital e os cuidados - Avaliação dos medicamentos do próprio saúde; primários). doente. - Planeamento do processo de alta. Pharmacist attended to daily w ard round TTA done in advance DH taken by the Pharmacist PODs used during patient stay PODs in TTA Pharmacist ordered CIVAS medication Medicines TTA labelled DH taken on same day of admission Pharmacist intervene in the use of unlicensed medicines Medicines ready on the w ard Supporting the nurses in the use of unlicensed medicines Medicines from dispensary DH taken on day after admission Full time service Full time Service TTA completed on the w ard 1 hour/day service Supporting the doctors in the use of unlicensed medicines Full time Service 1 hour/day Service 1 hour/day Service Endorsements in TTA Pharmacist checked for know n allergies/ADRs Pharmacist checked EPR Amendments in TTA Endorsements in IP Pharmacist's intervention by changing medication in Therapeutical Discussion implemented clinical significance allergies Amendments in IP Patient/Parents counselled about medication to take home Therapeutical Discussion implemented by the Pharmacist Compliance box filled by the Pharmacist Written medication regime Doctor communicated verbally+Written in IP Communication to 1st/2nd/3rd care done by the Pharmacist 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%  Melhoria na qualidade da prescrição;  Melhoria na qualidade da prescrição;  Melhoria na qualidade da prescrição  Redução do nº de readmissões;  Redução do risco: redução das reacções  Redução do risco: redução das reacções adversas e  Aumento da adesão à terapêutica; adversas e dos erros de medicação; dos erros de medicação;  Redução do período de internamento do doente;  Redução dos PRMs;  Redução dos PRMs;  Redução dos tempos de espera do doente;  Redução do desperdício em medicamentos. .  Redução do desperdício em medicamentos.  Redução do desperdício em medicamentos.
  • 44. Barts and The London NHS Trust RESULTADOS ADMISSÃO Comparação das actividades clínicas entre os 2 níveis de serviço farmacêutico no momento da admissão DH taken by the Pharmacist DH taken on same day of admission DH taken on day after admission Full time service 1 hour/day service Pharmacist checked for know n allergies/ADRs Pharmacist's intervention by changing medication in clinical significance allergies Compliance box filled by the Pharmacist 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
  • 45. Barts and The London NHS Trust RESULTADOS INTERNAMENTO Comparação das actividades clínicas entre os 2 níveis de serviço farmacêutico durante o período de internamento Pharmacist attended to daily w ard round PODs used during patient stay Pharmacist ordered CIVAS medication Pharmacist intervene in the use of unlicensed medicines Supporting the nurses in the use of unlicensed medicines Supporting the doctors in the use of unlicensed medicines Full time Service 1 hour/day Service Pharmacist checked EPR Endorsements in IP Amendments in IP Therapeutical Discussion implemented Doctor communicated verbally+Written in IP 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
  • 46. Barts and The London NHS Trust RESULTADOS ALTA Comparação das actividades clínicas entre os 2 níveis de serviço farmacêutico no momento de alta TTA done in advance PODs in TTA Medicines TTA labelled Medicines ready on the w ard Medicines f rom dispensary TTA completed on the w ard Full time Service 1 hour/day Service Endorsements in TTA Amendments in TTA Therapeutical Discussion implemented Patient/Parents counselled about medication to take home by the Pharmacist Written medication regime Communication to 1st/2nd/3rd care done by the Pharmacist 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
  • 47. Barts and The London NHS Trust DISCUSSÃO TEMPO INVESTIDO em Serviços de Farmácia Clínica Formação: Profissional e Especialista do Medicamento - Acompanhamento farmacêutico contínuo do doente; - Presença e a participação do farmacêutico nas visitas clínicas diárias; - Integração do farmacêutico na equipa clínica. Conhecimento e + informação acerca do Conhecimento e DOENTE e seu estado informação acerca dos clínico MEDICAMENTOS INTERVENÇÕES CLÍNICAS DO FARMACÊUTICO “OUTCOMES” POSITIVOS
  • 48. Barts and The London NHS Trust CONCLUSÕES O serviço de farmácia clínica a tempo inteiro implementado: teve um impacto positivo tanto ao nível dos resultados clínicos do doente como ao nível dos custos dos cuidados de saúde prestados; demonstrou que a influência directa do farmacêutico na gestão clínica e nos cuidados de saúde do doente resulta em “outcomes” positivos; provou fazer melhor uso do staff, nomeadamente dos conhecimentos e competências do farmacêutico. Conhecimento gerado: A melhor forma para melhorar os cuidados de saúde prestados e reduzir os custos é investir e promover os serviços de farmácia clínica. Um serviço de farmácia clínica a tempo inteiro é a melhor forma para garantir a canalização do conhecimento farmacêutico para áreas de intervenção clínica e para focalizar a atenção do farmacêutico no doente e, deste modo, garantir a utilização racional do medicamento.
  • 49.
  • 50. O VALOR DO ESTUDO Constitui um passo típico de uma iniciativa de “redesign”, isto é, é necessário confirmar que as mudanças implementadas resultaram em melhoramento e modernização dos serviços de saúde. Por outras palavras: demonstrar que o serviço implementado proporcionou um benefício suficiente relativamente ao capital investido. “Investment in clinical pharmacy services needs initial funding, but a good clinical pharmacist will save his or her salary in the same financial year.” Como trabalho de investigação, que gera evidências acerca da melhor prática profissional e que, por isso, deve ser tido em conta no momento de definição das políticas de saúde, que por sua vez definem a prática profissional. “A melhor forma para melhor os cuidados de saúde prestados e reduzir os custos é investir e promover os serviços de farmácia clínica.” Reconhecimento e aceitação da importância do papel do farmacêutico como elemento fundamental da equipa de cuidados clínicos e como parceiro estratégico dos sistemas de saúde. O registo e avaliação do impacto das actividades desenvolvidas pelo farmacêutico, para além de demonstrar a capacidade e a competência deste em assumir a total responsabilidade de todas as suas decisões, torna o farmacêutico ainda mais responsável e confiante nas suas competências e com maior auto-estima para assumir este desafiante e gratificante papel! “I enjoy watching patients get better right before my eyes and knowing that I had a hand in it,”... “But it’s serious business, because if you recommended a drug to the doctor and harm comes to the patient, then you feel responsible.” Matsune, farmacêutico clínico de Valley Care Health System in Pleasanton, California.
  • 51. RECOMENDAÇÕES Revisão da posição dos serviços farmacêuticos hospitalares e do acto farmacêutico no sistema de saúde actual; Demonstração da capacidade e da competência do farmacêutico para assumir a total responsabilidade de todas as necessidades relacionadas com a terapêutica do doente; Integração do farmacêutico em equipas multidisciplinares de cuidados de saúde; Luta pela autonomia farmacêutica e pelo direito à prescrição do acto farmacêutico no processo clínico do doente; Separação das funções clínicas das funções técnicas (distribuição de medicamentos); Reconhecimento e aceitação da importância do papel do farmacêutico como elemento fundamental da equipa de cuidados clínicos e como parceiro estratégico dos sistemas de saúde ; Estreitamento de ligações entre trabalhos de investigação, prática profissional e políticas de saúde.
  • 52. REFLEXÕES Nos esperamos que a farmacêutica e os serviços farmacêuticos usem estas evidências e os resultados deste estudo para continuarem a desenvolver os serviços de farmácia clínica. Assim, face aos resultados deste estudo e com base nas evidências geradas, importa implementar acções específicas para desenvolver a farmácia clínica, com vista à melhoria da sua eficiência e da qualidade dos seus serviços, tendo como objectivo final o utente e sistema de saúde. Chegou o tempo de validar, com base nas evidências geradas, os benefícios do farmacêutico nas actividades clínicas. Todos os sectores da profissão (académicos, clínicos, comunitários e institucionais) devem agora dar um passo em frente, num estilo uniformizado, para seguramente informar o utente, os outros profissionais de saúde, administradores do sistema de saúde acerca do papel decisivo e imprescindível do farmacêutico nos cuidados de saúde do doente. Entretanto, mais estudos são necessários para, de forma rigorosa, avaliar os “verdadeiros” custos das actividades farmacêuticas clínicas, documentar os “outcomes” resultantes destas mesmas actividades e comparar isto ao sistema tradicional de saúde. As evidências geradas por estes trabalhos de investigação são de valor inestimável para a profissão farmacêutica afirmar a sua autonomia como o pilar básico que defende os interesses do doente e estabelecer a sua posição num ambiente de cuidados de saúde cada vez mais competitivo, constituindo-se cada vez mais como parceira estratégica dos sistemas de saúde. O farmacêutico deve deixar de lado as tarefas meramente técnicas para os técnicos de farmácia, robôs e sistemas automatizados, para se integrar em equipas multidisciplinares de saúde, colocando sempre o doente no centro de todas as suas actividades. Só assim, o farmacêutico conseguirá pôr em prática todos os conhecimentos adquiridos, competências e capacidades que possui, e desenvolver as suas potencialidades na totalidade, contribuindo de uma forma única, indispensável e decisiva para a qualidade dos serviços de saúde.
  • 53. REFLEXÕES O futuro da profissão passa pela luta difícil, mas necessária, de contribuirmos cada vez mais interventivamente nos cuidados de saúde, tornando-nos essenciais à prática clínica.
  • 54. REFLEXÕES “How wonderful it is that nobody need wait a single moment before starting to improve the world.” ANNE FRANK