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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 


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                                                                                                                   ®  




    Literário, sem frescuras!
                                                                                          ISSN 1664-5243




                   




Ano 4 - Janeiro/Fevereiro de 2013—Edição no. 19

                       www.varaldobrasil.com                                                                                      1 
 
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 




                                                                                                                                           ®  




                                                                                                               ISSN 1664-5243

                       LITERÁRIO, SEM FRESCURAS


                              Genebra, inverno de 2013
                                       
                                                   No. 19

bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbmmmmm
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hhhhhhhhhhuyuyuytuyhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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ddddddddddddddddddddmnhee pam ngnrihssssssssssssssssssnerrrrrrrrrrrrrrekkkkkkkkkkkkkkkkkkkkbbb
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 

              EXPEDIENTE
Revista Literária VARAL DO BRASIL
                                                                                              NATUREZA
NO. 19 - Genebra - CH - ISSN 1664-5243
Copyright Vários Autores                                                                 Por Antonio Cabral
O Varal do Brasil é promovido, organizado e rea-
lizado por Jacqueline Aisenman
                                                                                           Falar em Rio + 20
Site do VARAL: www.varaldobrasil.com
                                                                            não é coisa com que me anime,
Blog do Varal: www.varaldobrasil.blogspot.com
                                                                                   mas façamos o seguinte:
Textos: Vários Autores                                                          Destruição sempre é crime.
Colunas:
Fabiane Ribeiro                                                                          Macacos de opinião
Sarah Venturim Lasso                                                               esses do nosso zoológico,
Sheila Ferreira Kuno                                                            pois mostraram algo lógico:
                                                                                 Ninguém topa "banguzão!"
Ilustrações: Vários Autores
Foto capa: © rudisetiawan - Fotolia.com                                             Quem conhece natureza

Foto contracapa: © Jacqueline Aisenman                                                pelo "Globo Ecologia",
                                                                                     é um pobre de certeza,

Muitas imagens encontramos na internet sem ter
                                                                                   come sapo em vez de gia.
o nome do autor citado. Se for uma foto ou um
desenho seu, envie um e-mail aqui para a gente                                "Minha terra tem palmeiras",
e teremos o maior prazer em divulgar o seu ta-
                                                                                  disse o poeta a cantá-las;
lento.
                                                                              mas pra cantar as palmeiras,
Revisão parcial de cada autor
                                                                                   precisamos replantá-las.
Revisão geral VARAL DO BRASIL
Composição e diagramação:
Jacqueline Aisenman
A distribuição ecológica, por e-mail, é gratuita. A
revista está gratuitamente para download em
seus site e blog.
Se você deseja participar do VARAL DO BRASIL
NO. 20 envie seus textos até 10 de fevereiro de
2013 para: varaldobrasil@gmail.com
O tema da edição no. 20 será MULHER: UM
UNIVERSO (Envie seu texto em prosa ou em
verso acompanhado de nosso formulário até o
dia dez de fevereiro de 2013).
O tema da edição no 21 (maio 2013) será livre.

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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 

 




Há muito tempo o ser humano vem praticando o mal contra si mesmo, contra o Planeta no qual
vive e contra os seres que com ele dividem o Planeta.
O uso indiscriminado das riquezas naturais, o tratamento inadequado do lixo produzido. A falta
de humanidade na relação com os animais. O descaso diante das matas que se reduzem dia
após dia.
O ser humano faz tanta questão de destacar dos demais seres como sendo racional e o que ele
mais faz em sua vida é dar provas de  irracionalidade.
Neste nosso mundo que busca na poesia das palavras um recurso para suavizar tamanhos
maus-tratos e descasos, convidamos autores de todos os cantos a escrever sobre o Planeta
Terra e a Vida.
O resultado, vocês verão, é uma declaração de amor provando que sim, ainda existem pessoas
que se importam com o futuro deste maravilhoso lugar em que vivemos.
O carinho destas pessoas que escreveram se traduz em palavras em defesa do Planeta. Poe-
mas, contos, crônicas. A prosa e o verso se unindo contra a desgraça que atinge a vida.
O mundo não se acabou em 2012, como alguns poderiam pensar! Mesmo que tanto de ruim te-
nha e continue sendo feito, o Planeta Terra ainda nos acolhe e a todas as formas de vida!
Iniciamos assim o ano de 2013 com a força do amor, esperando que o ser humano possa com-
preender o valor da proteção ambiental, da proteção dos animais e de si mesmo.
Tenhamos todos um Feliz 2013!
Que a vida seja plena, que nos traga o melhor e a ela possamos dar o nosso melhor!


Jacqueline Aisenman
Editora-Chefe da Revista Varal do Brasil




                                                                    Imagem: h p://assisaraujo.wordpress.com/ 


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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 

 




   ALBERTO ARAUJO
   ANA ROSENROT
   ANGELA GUERRA
   ANTONIO CABRAL
   ANTONIO VENDRAMINI NETO
   BETO ACIOLI
   CARLOS ALBERTO OMENA
   CAROLINE AXELSSON
   CESAR SOARES FARIAS
                                  
   CINTIA MEDEIROS
   CLÁUDIO DE ALMEIDA HERMÍNIO
   CLÉO REIS
   CLEVANE PESSOA DE ARAÚJO LOPES
   CRISTINA CACOSSI
   DHIOGO JOSÉ CAETANO
   DOMINGOS A. R. NUVOLARI
   EDNALDO MUNIZ
   ELIANE ACCIOLY
   EVELYN CIESZYNSKI
   FABIANE RIBEIRO
   FLÁVIA ASSAIFE
   GILBERTO NOGUEIRA DE OLIVEIRA
   HELENA AKIKO KUNO
   ISABEL C. S. VARGAS
   IVANE LAURETE PEROTTI
   JACQUELINE AISENMAN
   JANDYRA ABRANCHES
   JOSÉ CAMBINDA DALA
   JOSÉ CARLOS PAIVA BRUNO

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   JOSÉ HILTON ROSA                                         VARENKA DE FÁTIMA
   JOSÉ LUIZ PIRES                                          VERA SALBEGO
   JOSSELENE MARQUES                                        VO FIA
   LENIVAL NUNES DE ANDRADE                                 WILTON PORTO
   LUIZ CARLOS AMORIM                                       YARA DARIN
   MAGNO OLIVEIRA
   MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA
   MARIA EMILIA ALGEBAILE
   MARIO OSNY ROSA
   MARIO REZENDE
                                    
   MARLUCE ALVES F. PORTUGAELS
   MARLY RONDAN
   MARTA CARVALHO
   MARIA NILZA DE CAMPOS LEPRE
   NORÁLIA DE MELLO CASTRO
   ODETE BIN
   OLIVEIRA CARUSO
   OSIEL FERREIRA VIEIRA
   RENATA IACOVINO
   RO FURKIM
   ROBINSON SILVA ALVES
   ROBSON LUIS S. COSTA
   SANDRA BERG
   SANDRA COUTO
   SANDRA M. FERRARI RADICH
   SARAH VENTURIM LASSO
   SHEILA FERREIRA KUNO
   SILVANA BRUGNI
   VALQUIRIA GESQUI MALAGOLI
   VALQUIRIA IMPERIANO

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                             De olhos abertos


  Sempre ouvi dizer ao decorrer de minha existência, que ratos são
animais desprezíveis, odiados pelos seres humanos, restando-lhes
apenas o direito de serem cobaias e alimento dos animais vorazes. Ao ler
um artigo publicado na internet, fiquei surpreso ao saber que estes
roedores são usados desde 2004 no combate às minas terrestres na
África, além disso, são capazes de detectar a bactéria da tuberculose.
Então, podemos afirmar que se estes animais nos causam transtornos ou
transmitem doenças, não o fazem de forma consciente, em detrimento de
alguns homens que destroem o meio ambiente, ceifam a vida alheia,
                             
ceifando a si próprios. Foi pensando nisso que escrevi os seguintes
versos:

                      BRUTALIDADE	
                  Por Cláudio de Almeida Hermínio


                  Homens e mulheres atravessam o mundo
                  Insinuam poses cadavéricas
                  Relutam com seus próprios desejos
                  Não sabem se vão ou se ficam.


                  Na espreita de um sorriso qualquer
                  As mesmas bocas que mostram os dentes
                  Trituram migalhas que caem ao chão
                  Igualam-se ao esterco e folhas apodrecidas.


                  Não se contentam com a realidade iminente
                  Exalam o odor que a todos devoram
                  Arrastando-os ao esquecimento da própria vida.


                  De nada adiantam às lágrimas
                  Que jorram na face
                  Desaguam em vão.
                   



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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 


O universo caminha em uma escuridão                                             A noite virou dia
                sem fim
Na trajetória das galáxias giram come-
             tas e planetas.                                           Passo trôpego na calçada
 Nasceu à via Láctea com um sistema                                          Ritmo desenfreado
           solar espetacular
                                                                              Marcha alucinante
  Deu origem à vida na terra, transfor-
     mando-a em um planeta azul.                                              Rufar de tambores
 Vivemos aqui com os encantos e so-
bressaltos da natureza, que são frutos
gerados por seu útero, transformando                                     O mundo quase acabou
 tudo em sementes, que dão frutos da                                           O ontem já se foi
vida, do amor e da contemplação, tudo
                                                                    O amanhã ainda não chegou
          com eterna beleza.
                                                                  É o ultimo capitulo de uma era
                                                                         Que foi escrito por mim


                                   
                                          
                     

      Por Antonio Vendramini Neto


          É fria a madrugada
         Sorrateira e silenciosa
Quietude que se impõe na calada da noite


   Vozes roucas lamentam infortúnios
         É mórbido o momento
      Súplicas e suspiros dobrados
  Ecoam ao vento em forma de açoite


            Explosão no céu
   Um cometa mergulha na escuridão
           A visão fica turva
         É o caminho do medo


           Coração disparado
      Com um frenesi de emoções
          É o sol da meia noite


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                                       Dente-de-Leão

                                         Por Ana Rosenrot


         Eu estava com muita pressa, tinha centenas de coisas para fazer, inúmeros clientes para
visitar e pouquíssimo tempo, andava pelas ruas quase correndo, lutando para me movimentar
rápido em meio ao enorme fluxo de pessoas, o coração acelerado e a cabeça doendo devido ao
estresse – o grande mal da vida moderna −; quando o vento, que espelhava poeira por todos os
lados, fez pousar em meus óculos algo muito interessante: sementes de dente-de-leão.
        Peguei uma delas e ao ver aquela sementinha tão linda e aerodinâmica, a penugem
branquinha e incrivelmente leve, recordei imediatamente de minha infância, quando colhia uma
daquelas bolas brancas e um simples assopro desfazia-se em dezenas de paraquedas imaginá-
rios, prontos para viverem incríveis aventuras pelos quatro cantos da Terra.
         Pensando bem, somos como as sementes de dente-de-leão, nascemos protegidos por
nossa “planta” mãe e pouco a pouco vamos nos desenvolvendo, tentando sair do invólucro natu-
ral que nos mantém afastados das intempéries da vida, loucos para expor-se completamente à
luz do sol e todos vão se preparando da melhor forma possível, até o grande momento de alçar
voo e dar o máximo de si para pegar os melhores ventos e buscar um local adequado para ger-
minar e crescer; muitas caem no asfalto duro, na terra infértil, sobre os arranha-céus, ficam gru-
dados nas roupas – ou óculos – de alguém, podendo ser novamente levadas pelo vento se fo-
rem persistentes, ou simplesmente ficam presas nos desvãos da rua até secarem; poucas en-
                                         
contram o lugar e as condições ideais para desenvolver-se com plenitude.
        Nós seres humanos, também somos assim, uns se esforçam e vencem na vida, outros
não. O problema é que, ao contrário da semente de dente-de-leão, quando finalmente atingimos
nossos objetivos, ao invés de florescermos, parece fazer parte da natureza humana o oposto:
vamos murchando, perdendo o interesse, ficando estagnados. Eu mesmo, que lutei tanto para
alcançar o sucesso e agora vivo estressado por ter tantos clientes e não saber administrar bem
meu tempo; estou sempre irritado, nervoso, vazio, sem coragem para tomar novas iniciativas.
Mas estranhamente, as sementes que grudaram em meus óculos, reacenderam a chama, o de-
sejo de ir mais longe, de recomeçar, de procurar novos caminhos.
         Não é à toa que no Nordeste Brasileiro essa planta é chamada de “esperança” e deu ori-
gem a um sábio dito popular:
         “Abre as janelas e deixa a “esperança” entrar na tua casa trazida pelo vento da tarde”.
         Devemos deixar que essa semente germine em nossos corações e reinicie seu ciclo na-
tural, para podermos alcançar voos cada vez mais longos, mais altos, infinitos, cheios de
“esperança”.
   




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          Grito Existencial

                 Por Beto Acioli


 Grita um silêncio em meu grão deserto
     Faz-me arder áridos sentimentos
 Passo, deveras, longos maus momentos
 O sofrimento faz meu mundo inquieto


  O meu tormento passa-se em secreto
      Expilo prantos coração adentro
     Navalho cortes sanguinolentos
      
   Retalho a alma em perverso decreto


    A fundo peno com meus desatinos
    Sinto o profundo gosto do veneno
  Morrendo aos poucos a cada segundo


      Decerto seja o maldito mundo
    Impondo a vida pelo que devemos
    Ou nos expondo à sorte do destino




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                 Sangue derramado

                                               Angela Guerra


A cor dos mares, oceanos, lagos e rios é o azul,
puxando, às vezes, pro verde; invariavelmente cinza,
ao cair do crepúsculo... Cinza escuro, quase negro,
quando nuvens carregadas prenunciam tempestades...
Até o Mar, dito "Vermelho", se submete a essas regras imemoriais.
Agora, a Mãe Natureza (em represália?!...) nos prega peças!...
Triste, degradada, ferida em sua integridade,
começa a sangrar...
Águas tingem-se de vermelho, no Senegal e na Austrália!...
Lá se vai a harmonia relaxante, o verde-azul que nos cerca,
acalma a vista e o espírito, tornando-nos a alma menos inquieta...
A culpa é do sal, das algas, dizem os ecocientistas de plantão...
E se for contagioso?!... Que perigo!... Adeus tranquilidade...
Já se pensaram encurralados pelo sangue de nossa Mãe Maior?...




                       




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     GRITO DE SOCORRO                                                   E a vida se acabando.

                                                            Mas, se o homem quiser
      Por Carlos Alberto Omena                             Essa realidade pode mudar
                                                        Com muita luta, consciência e união,
                                                          Nosso planeta podemos salvar.
      Ouvi choros, gritos,
       Apelos e lamentos.                                           Vamos agir de imediato
      Era o nosso planeta,                                        E do nosso planeta cuidar.
   Agonizando em sofrimentos.                                      Ainda podemos salvá-lo,
                                                                  E uma bela herança deixar.
        Ganância, descaso,
       descomprometimento,
Tudo, em nome do desenvolvimento,
E o nosso planeta agonizando grita:
   Socorro! Eu estou morrendo.

    As árvores lágrimas vertiam.
                               
 Eram lágrimas de dor e sofrimento
   Pois mercenários madeireiros,
     As derrubavam em grande
          desmatamento.

  Sem árvores, as aves sumiram
  Causando enorme destruição.
   Estão diminuindo uma a uma
    E ameaçadas de extinção.

    Os rios, já quase sem vida,
     Por causa da poluição,
    Lutam pela sobrevivência.
     Isso sim é degradação.

 Com os rios imundos e poluídos,
      Os peixes morrerão.
   E num futuro bem próximo,
  Ficaremos sem alimentação.

   Nosso ar , já quase rarefeito,
   Quase não podemos respirar.
    Graças a ação do homem,
     Estamos por nos matar.

  O sol por demais esquentando,
       O frio já congelando,
      O planeta agonizando,

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                               SUFLÊ	DE	LEGUMES	
                                                     	
                            Enviada	por	Christianne	Meirelles			
                         Fonte:	http://tudogostoso.uol.com.br/	
                                                     	
                                                     	
                                       INGREDIENTES	
                          2	colheres	de	sopa	de	farinha	de	trigo	
                                       300	ml	de	leite	
                      2	colheres	de	sopa	de	manteiga	ou	margarina	
                                       1	pitada	de	sal	
                                   50	g	de	queijo	ralado	
                                              4	ovos	
                         Legumes	cozidos	e	cortados	em	cubos	
                                                     		
                                                     		
                                   MODO	DE	PREPARO	
                    Derreta	a	manteiga,	sem	deixar	esquentar	muito	
            Junte	a	farinha,	depois	o	sal	e	o	leite,	mexa	sempre	até 	engrossar	
                              Retire	do	fogo	e	deixe	esfriar	
                  Misture	as	gemas	bem	batidas,	o	queijo,	e	os	legumes	
                                Por	 im	as	claras	em	neve	
Leve	imediatamente	ao	forno	a	180°C,	em	um	pirex	untado	com	manteiga,	por	15	minutos	




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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 



Exorcista


Por Caroline Baptista Axelsson



Visto de longe até Drácula é decorativo. Existem realmente coisas no mundo que devem
ser observadas à distancia. Existem outras porém que devem ser consideradas com pai-
xão, e a vida é uma delas. Porque vivemos? É uma pergunta intelectual mas a resposta é
sentimental. Falar e discutir é mágica de boca. Viver é sentir. A vida é emotiva, é um exer-
cício pulsante e eternamente apaixonado. Seu significado reside nos sentimentos e praze-
res de momento a momento. O sentido da vida é viver. Não sabemos de tudo e nunca sa-
beremos, mas quando ignoramos a beleza da natureza e nos apegamos somente à selva
urbana terminamos como pedras, observando a destruição ambiental da mesma maneira
como observamos Drácula, só de longe...Já que não queremos enfrentar e resolver os pro-
blemas, escrevemos poemas sobre a desgraça embelezando ou lamentando a deforma-
ção. E de que serve toda esta literatura? Vidros carbonizados, lixo na grama, vazamentos
na rua, árvores mortas, inseticidas na comida, oceanos afogados em petróleo morrendo
aos poucos, quem se responsabiliza? Se poluir é tudo que sabemos fazer, aproveite a noi-
te, aproveite o dia, em um ano ou dois não existe mais nada!
Agir funciona. Em todo o mundo há jardins diferentes. Num jardim japonês cada árvore está
perfeitamente podada, sem nenhuma folha fora do lugar. Os jardins ingleses são famosos
por suas rosas e linhas perfeitas de arbustos. O número de jardins é enorme mas uma coi-
sa é verdadeira para todos. Os jardins são a criação comum entre a intenção do homem e
a capacidade da natureza de cumprir! A Terra ama quando é amada. Infelizmente muita
gente está possuída pela ganância e o único exorcista que pode nos salvar é a consciên-
cia.


                                    




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                                   Meu querido tambo 
Por César Soares Farias

 
                        CASEIROS PARA TAMBO DE LEITE 
                                            EM VIAMÃO 
     
     * Ordenha automática/ resfriador canalizado, 200 litros/dia – 15 vacas.
         ELA: Ordenhar manhã (05:30/07:30h) e tarde(16:30/18:30h), limpeza sala leite/
            ordenha, comida aos cachorros e limpeza casa principal. Sal: R$ 400,00
         ELE: Trato, pastagens, trator e limpeza estábulo. Sal: R$ 600,00
    Obs: Boa casa com horta/galinhas, semi-mobiliada, água, luz e cesta básica.

    Interessados contatar com Sr. Enilson 436-2432 ou
                                                                 8248-5104
                                                          
                                                                                                                                                                       
         Ele relutou bastante antes de ligar. Foram necessárias varias conversas entre os dois
para que, enfim, vencido pelo cansaço e sem mais argumentos para se agarrar, Arthur tomasse
a iniciativa.
        Arthur tinha qualidades e talentos incontestáveis, granjeando através deles muitas ami-
zades. A sua conversação era agradável, com bom senso de humor. Apesar dos quase quaren-
ta anos, era um mulato com dentes bem polidos, olhar vivaz e pele saudável. Combinava sim-
patia com beleza, e isso naturalmente abria-lhe algumas portas. Havia algo nele, contudo, que
andava esgotando a paciência da sua mulher. Kleiva custara a perceber uma triste mas estam-
pada realidade: O rapaz não gostava de trabalhar.
        O gelo, todos sabem, não foi feito para o contato com o fogo, pois derrete-se e perde a
sua forma característica. A água, por sua vez, não nasceu para o óleo, pois se colocarmos am-
bos num copo eles sequer se misturam. Se deixarmos de lado os estados físicos da matéria e o
mundo dos elementos químicos para adentrarmos no reino animal, veremos que da mesma for-
ma, algumas espécies repelem ou incompatibilizam-se com outros seres e/ou ambientes. É o
caso do peixe, que não nasceu para a grama ou para o chão de saibro. Por outro lado, o bom
ditado já diz: “Gato escaldado tem medo de água fria” e dificilmente veremos o felino jogando-se
por vontade própria num banho de rio.
Arthur, conforme constatado e comprovado de fato, não nascera para o trabalho. Fugia dele co-
mo o diabo da cruz. Duas semanas antes de Kleiva colocá-lo contra a parede, insistindo com
aquela página dos classificados aberta diante dele, escutou ela um intrigante diálogo. Naquele
dia, ao final da tarde, receberam em casa a visita de Diogo, o vizinho e cumpadre que batizara
Úrsula, a nenê do casal. Tomaram chimarrão, falaram sobre a última rodada do Gauchão e já
no portão, quando a sós ficaram os dois varões, houve uma proposta do visitante, pedreiro “de
mão cheia” e sempre bem requisitado para obras.


-- Ólha, to precisando di servente pra erguê umas parede lá na Dona Eloá. Ela qué qui faça um
quarto nos fundo pru guri dela. Fiquei di passá lá amanhã cedo pra dá um orçamento pra velha.
Di tarde, si fizé tempo bom, já começo o serviço... Tá a fim di encará essa? -- Bah cara... É qui
eu ajudo a Kleiva a cuidá da guriazinha aqui em casa... agora fica ruim pra mim...




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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 

            Ela ouviu tudo em silêncio, imóvel, atrás bavam de passar, espetados pela lança do car-
da cortina na janela e guardou pra si a revela-            neador. O da frente, marrom de patas brancas,
ção. Na gíria, diria-se que naquele exato instan-          pêlo lustroso e ralo, foi golpeado na cabeça por
te, após tão forte sacudida, a ficha finalmente            uma barra de ferro. Emitiu um longo mugido de
caiu.                                                      dor. Apanhou ainda outras vezes, sempre na
        A situação financeira deles era preocu-            região do crânio, e por fim dobrou os joelhos,
pante e muito pouco promissora. Viviam de ran-             tombando pesadamente ao chão. O de trás,
chos ofertados pela sogra de Kleiva e ás vezes             branco da raça zebu, brecou à 10m da linha de
por sua própria mãe, que trazia compras ás es-             abate com um olhar assombrado. Parecia niti-
condidas do marido, homem duro, que não ad-                damente perceber o que lhe aguardava logo à
mitia “sustentar vagabundo”. Pra piorar, Arthur            frente, sendo necessários vários gritos e algu-
andava jurado de morte por traficantes e alerta-           mas leves espetadas humanitárias dos peões
do pra si o olhar da polícia.                              para fazê-lo prosseguir.

        As ofertas de trabalho, isso ela não ig-                  Arthur é hoje um convicto trabalhador
norava, estavam escassas. Haviam vagas, mas                do tambo, parece resignado à sorte que teve ao
só para pessoas qualificadas com cursos e,                 lado da companheira e não come mais carne
principalmente, com experiência na função.                 de gado. Kleiva, por sua vez, pôde enfim agra-
Trabalhar num tambo, porém, parecia ser a                  decer e pagar as promessas à sua Nossa Se-
chance de ouro para os dois, que não tinham                nhora das Causas Impossíveis. Seu homem
assim tanto estudo. Além disso sairiam daquela             finalmente enveredou pela trilha do esforço e
vila onde o clima começava a ficar nebuloso. A             do suor para ganhar o pão. Úrsula mora com
luz no fim do túnel havia brilhado de  fato na-            eles no chalé de madeira cedido pelo Sr. Enil-
quele anúncio.                                             son, adaptando-se com bastante rapidez à vida
                                                           no campo.
         Acabaram caindo nas graças do tal
Enilson, proprietário daquele rebanho leiteiro,
residente na zona rural do município de Via-
mão, à 10 km de Porto Alegre. Deixaram a pe-                
quena Úrsula com a mãe de Arthur e partiram
para aquela guinada em suas vidas.               
         O tambo abastecia armazéns e casas
das redondezas, dispondo de vasta freguesia e
credibilidade. O rapaz em sua primeira semana               
no emprego até que demonstrou algum empe-
nho. Contudo, como de costume, começou a                    
achar desgastante aquela rotina de acordar ce-
do em pleno inverno gaúcho. Seu Enilson, que                
simpatizara bastante com ele, ofereceu-lhe um
remanejamento de função. Foi transferido para
um abatedouro do fazendeiro, distante 2 km
dali, onde lavaria sangue do chão e recolheria
tripas, chifres, pêlos e tudo que não era apro-
veitado pelo açougue. O novo horário da pega-
da, às 10:00 h da manhã, de imediato lhe
agradou. Dava para descansar um pouco mais
na cama.
         Observando, certa vez, a linha de pro-
dução e abate da firma, deparou-se com um
fato curioso que fez-lhe pensar com seriedade.
O abatedouro executava o chamado “abate hu-
manitário”, onde os animais são respeitados e
vivem com dignidade todos os seus dias. Certa
ocasião, resolveu o rapaz assistir passo a pas-
so, como os bois e vacas eram tratados nos
momentos finais de vida. Sentou-se conforta-
velmente num banquinho, bem perto do corre-
dor final ou mangueira, por onde dois bois aca-
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                           O	MENINO	E	O	ESPAÇO	




                                Por Cintia Maria de Medeiros


       Ele era um menino igual a cem mil outros meninos do mundo, tinha o ar curioso e
vontade de explorar planetas. Via o pequeno príncipe viajando por entre cometas, e queria
                                   
fazer o mesmo...bem, mas ele não tinha um cometa...como chegar ao céu?
       Começou a namorar a lua, olhava pra ela...e se perguntava, como chegar até ela?
Estava tão distante, não havia como chegar até ela...!!
       Começou então a observar o céu, estudava seus detalhes...queria viajar o universo,
fazer morada num planeta bem distante de tudo que encontrou aqui na Terra. Decidiu-se por
Plutão, nem grande nem pequeno...mas distante o bastante de um prato de cuscuz!!
       Correu pro laboratório e pôs-se então a planejar...passava horas observando o céu, e
todos os seus planetas...aprendeu a se guiar pelas estrelas, e sabia exatamente cada ciclo de
cada um passava...!! Mas como chegar ao céu? Queria viajar entre os planetas, o mundo era
pequeno demais pros seus pensamentos...!!
       Resolveu inventar uma máquina de tele transporte...que pudesse viajar no tempo e no
espaço. Foram meses juntando peças, projetando minúcias que não permitissem a menor
sombra de falhas...e muitas falhas, problemas e dificuldades...ora ela pegava, ora ela
quebrava...!! E novas peças vinham, novas formas iam se adaptando e novas dificuldades
chegavam...!!
       Ele olhava pro céu, via os planetas tão distantes e tudo que queria era chegar ao céu,
viajar entre os planetas e fazer morada em Plutão, mas como chegar?! A máquina não
pegava...
       Foi então que teve uma ideia, voltou pro laboratório e começou a observar sua
invenção. Lembrou-se de uma peça antiga que havia comprado já algum tempo em de suas
viagens, lá na França...era uma chave elétrica, que ele nem sabia se funcionava...não
custava tentar...!!




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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 

       Fez alguns testes, e nada...!! Como viajar entre os planetas?!
       Tenta daqui, tenta dali...e haja graxa!! Mas não é que a danada pegou?! Só faltava desco-
brir se funcionava...
       O fim eu não sei, o menino, como num passe de mágica sumiu...desconfio que esteja mo-
rando em Plutão, viajando entre os Planetas...mas com a Terra ele não quis mais conversa, e
jurou que se um dia fosse nunca mais comeria cuscuz...o que ele não sabe é que na sua bolsa
eu coloquei um pacote de fubá!!




                                         
 




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                                                            Sarah Venturim Lasso 
			.........O guia do mochileiro das galáxias?

Em clima de “fim de mundo” este livro dá certo tom de humor ao
fim do nosso querido planeta. Em meio a toalhas e aliens que reci-
tam poemas, tudo pode acontecer quando um terráqueo fica sem
lar.
O filme não deixa por menos, mas confesso que o livro dá mais as-
sas a imaginação, como sempre!
E pelo menos ficamos gratos de não viver em um planeta, como
os personagens visitaram, onde quando se tem uma ideia ou quan-
do pensa, ganha-se uma pá na cara!  
Diversão na certa pro dia do fim do mundo!



 



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    edição de março da revista
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 

Reciclagem de Pilhas e Baterias
 

Ar go: Reprodução 

Fonte: h p://www.infoescola.com/ 

 

As pilhas e baterias são compostas por metais maléficos
à saúde do ser humano e nocivos ao meio ambiente, co-
mo o mercúrio, chumbo, cobre, zin-
co, cádmio, manganês, níquel e lítio. No Brasil, são mais
de 1 bilhão de pilhas e cerca de 400 milhões de baterias
de celular produzidas e comercializadas todos os anos.

Grande parte das pilhas e baterias descartadas são joga-
das no lixo comum sem nenhum tratamento técnico específico. Desde o ano 2000, no Brasil, há
uma obrigatoriedade que exige que pilhas e baterias sejam fabricadas com quantidades míni-
mas ou nulas de metais poluidores como os citados anteriormente.

Essa exigência faz parte da resolução n° 257 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama) de 1999. A resolução foi lançada para coibir os pronunciamentos de diversas empre-
                                       
sas que insistiam em afirmar que o descarte de pilhas e baterias no meio ambiente era algo na-
turalmente aceitável e não nocivo à saúde humana e do meio ambiente.

Segundo o Conama, só é possível jogar as pilhas no lixo comum se houver manejo sustentável
nos aterros sanitários. No Brasil, somente 10% dos aterros são gerenciados com manejo. Mui-
tas pilhas consumidas no Brasil são provenientes de contrabando e são produtos que estão fora
do padrão de segurança e qualidade exigido pelo Conama.

Em nosso país, a reciclagem de pilhas e baterias é mínima, as pessoas ainda possuem a cul-
tura de descartar pilhas usadas no lixo comum e de não levar uma bateria de celular usada, por
exemplo, nos postos de coleta das operadoras. Segundo dados de 2008, somente 1% das pi-
lhas descartadas são recicladas.

Cerca de 1% do lixo urbano é composto por resíduos sólidos tóxicos. Grande parte desses resí-
duos, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) são restos de lâmpadas fluorescen-
tes, latas de inseticidas e tintas, termômetros, pilhas e bateria.

Se a reciclagem de pilhas e baterias em nosso país ainda não representa um número satisfató-
rio pela falta de consciência por parte do consumidor, postos de coletas nas lojas, fiscalização
nos procedimentos de retirada por parte das empresas e, sobretudo, de uma legislação e edu-
cação que incentive tais causas para reciclagem, uma forma de tentar mitigar o impacto ambi-
ental causado pelas pilhas e baterias é substituir, na produção, os metais pesados por novos
insumos não nocivos .

Estuda-se a possibilidade de extinguir as pilhas comuns pelas pilhas alcalinas ou por pilhas re-
carregáveis na tentativa de diminuir o descarte e o uso de metais pesados.



Fontes:
http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-pilhas-baterias.htm
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/pilhas_e_baterias/pilhas_e_baterias.html 




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Leis Ambientais Brasileiras                                               (ano 2001)
As principais leis brasileiras sobre a defesa do
meio ambiente, legislação ambiental brasileira                            - deliberou sobre o acesso ao patri-
                                                                          mônio genético, acesso e proteção
Ar go: Reprodução                                                         ao conhecimento genético e ambi-
                                                                          ental, assim como a repartição dos
Fonte: h p://www.suapesquisa.com/                                         benefícios provenientes.
 
                                                                          - Lei de Biossegurança - Lei nº
       Principais leis de proteção ambi-                                  11105 (ano 2005)
       ental no Brasil
                                                                          - estabeleceu sistemas de fiscaliza-
                                                                          ção sobre as diversas atividades
                                                                          que envolvem organismos modifi-
       - Novo Código Florestal Brasilei-                                  cados geneticamente.
       ro - Lei nº 4771/65 (ano 1965)
                                                                          - Lei de Gestão de Florestas Pú-
       - promulgada durante o segundo                                     blicas - Lei nº 11284/2006 (ano
       ano do governo militar, estabeleceu                                2006)
       que as florestas existentes no terri-
       tório nacional e as demais formas                                  - normatizou o sistema de gestão
                                          
       de vegetação, ...são bens de interes-                              florestal em áreas públicas e criou
       se comum a todos os habitantes do                                  um órgão regulador (Serviço Flo-
       País.                                                              restal Brasileiro). Esta lei criou
                                                                          também o Fundo de Desenvolvi-
       - Política Nacional do Meio Am-                                    mento Florestal.
       biente - Lei nº 6938/81 (ano 1981)
                                                                          - Medida Provisória nº 458/2009
       - tornou obrigatório o licenciamen-                                (ano 2009)
       to ambiental para atividades ou em-
       preendimentos que possam degra-                       - estabeleceu novas normas para a regularização de
       dar o meio ambiente. Aumentou a                       terras públicas na região da Amazônia.  
       fiscalização e criou regras mais rí-
       gidas para atividades de mineração,
       construção de rodovias, exploração
       de madeira e construção de hidrelé-
       tricas.

       - Lei de Crimes Ambientais - De-
       creto nº 3179/99 (ano 1999)

       - instituiu punições administrativas
       e penais para pessoas ou empresas
       que agem de forma a degradar a
       natureza. Atos como poluição da
       água, corte ilegal de árvores, morte
       de animais silvestres tornaram-se
       crimes ambientais.

       - Sistema Nacional de Unidades
       de Conservação da Natureza
       (SUNC) - Lei nº 9985/2000 (ano
       2000)

       - definiu critérios e normas para a
       criação e funcionamento das Uni-
       dades de Conservação Ambiental.

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ORAÇAO	DO	AMOR	
              GRATIDÃO 
 
Por Cléo Reis 
 
 
O que posso fazer para agradecer ao Criador?... 
Pelos meus olhos  que  enxergam tanta Beleza !  
 
 A minha inteligência  que me  liga à Natureza 
Meus ouvidos  ouvem  Poesia 
Minha alma   abraça    amigos 
 
Quanto mais posso orar ? 
ao som das cascatas 
entre flores perfumadas 
sob o  céu como altar! 
 
Amar  a Vida e todas as pessoas  
parece pouco 
O que mais posso fazer ? 
além do silêncio  e comunhão, 
êxtase  do Evangelho  em meu  coração... 
 
Posso fomentar a esperança 
de  como Trigo florescer 
 e entre homens  em descaminhos, 
a tudo  o Amor  sobreviver. 


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         Oração de
   São Francisco de Assis
  Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
     Onde houver ódio, que eu leve o amor;
   Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
  Onde houver discórdia, que eu leve a união;
                           
     Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
   Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
  Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
     Onde houver trevas, que eu leve a luz.
      Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
         Consolar, que ser consolado;
      compreender, que ser compreendido;
             amar, que ser amado.
          Pois, é dando que se recebe,
        é perdoando que se é perdoado,
  e é morrendo que se vive para a vida eterna.

                                                                          




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Evoluindo                                             Consegue hoje fazer
                                                      de tudo.
                                                      E ele conseguiu até,
Por
                                                      Encurtar a vida
Domingos Alberto Richieri Nuvolari
                                                      Já restrita do homem.


                                                      O homem conseguiu
Vem o sol nascente,
                                                      Destruir o único objeto
Arrasando o orvalho,
                                                      da Vida. O encanto de viver!
O resto que sobrou,
Da noite enluarada.


O sol iluminando,
Desbravando os
Vastos campos, as
Vastas florestas.                  


Já um pouco ardente,
Os pássaros cantam,
As aves gorjeiam,
O belo mundo vivo começa.


O vento assoviando,
entre os belos picos,
O mundo flagelado de
Um passado, um passado
Marcante.


hoje o sol também nasce,
E ilumina o resto de
Fumaça que sobrou
Do dia anterior.                                                   Foto: Malyfred  


E ele ilumina
Os belos andares da
Vida moderna.
Da fumaça que faz parte,
Deste mundo de hoje.


O homem evoluiu, e como

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                                              Sou baiana


                                          Por Ednaldo Muniz



                                          Sou baiana guerreira
                                          De sangue africano,
                                 Sou baiana guerreira africana.
                                                   Sou baiana
                                              Da gema do ovo
              
                                             De São Salvador.
                                         Sou negra do Abaeté
                                             De pernas pra vê,
                                             Sambar pra você.
                                             Sou negra baiana
                                               De muito sabor.
                                               Mistério, lenda,
                                             Tradição, religião,
                                                  Candomblé,
                                                    Capoeira.
                                        Quem vai tirar do meu
                                                    Coração?
                                        Sou da Bahia guerreira
                                              Da gema do ovo
                                             De São Salvador.
                      




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  O CERRADO, FAZENDEIROS E                                      uma área de 2 milhões de Km², abrangendo dez esta-
                                                                dos do Brasil Central. Nas décadas de 40 e 50, havia
            ONÇAS PINTADAS
                                                                no Brasil muito maior extensão de cerrado, assim
                 Por Eliane Accioly
                                                                como de outros biossistemas.
                                                                http://www.portalbrasil.eti.br/cerrado.htm).
A arte é feita do lugar natal, aquele de nossa língua
                                                                Volto ao Triângulo Mineiro e não vejo mais cerrado,
materna. Para mim, o cerrado é matéria prima, a fon-
                                                                apenas poucas reservas, quase todas em fazendas ou
te na qual bebo. Lembro-me de nós, crianças, no ma-
                                                                condomínios de luxo, particulares. Imagino que pos-
to, como chamávamos o cerrado. Arbustos retorci-
                                                                sa haver reservas maiores do governo, mas preciso
dos, rios de fluxo rápido, ribeirões transparências
                                                                pesquisar para afirmar.
macias e brilhantes, e poços ribeirinhos onde se po-
                                                                Em uma ida ao Triângulo escutei reclamações de
dia nadar. E as matas, pois no cerrado também as há.
                                                                fazendeiros, revoltados com as onças-pintadas. Elas
Emas correndo soltas, seriemas e nuvens barulhentas
                                                                comem bezerros em profusão, afirmavam. Perguntei:
de periquitos, maritacas, tucanos. Tatus e tamanduás
                                                                - Como assim? Onças no meu tempo nunca apareci-
-bandeira quando havia sorte, porque são medrosos
                                                                am. Onça comendo bezerro?
do humano. Aliás, como todos os bichos selvagens.
                                                                O que ocorre, no meu entender, é que as fazendas
Do cerrado me ficaram os amplos horizontes, o si-
                                                                invadiram as matas, enormemente desbastadas. As
lêncio quebrado por gritos de pássaros e rajadas de
                                                                reservas ecológicas obedecem ao chamado limite
vento. Bicho e vento, feitos de silêncio, como o ruí-
                                                                legal. Os fazendeiros dizem: - Não posso derrubar
do do mar, que conheci bem mais tarde. Não tenho
                                                                toda a mata, mas o que puder vou desmatar para
medo de onça pintada, lobo guará, cobra. De calan-
                                                                plantar eucalipto, ou criar gado, ou plantar soja... O
go, muito menos. Fico horas olhando para um deles
                                                                lucro.
parado, quentando sol.
Vivi no cerrado nas décadas de 40 e 50. Talvez, ain-
                                                                (Segue) 
da exista em mim a ilusão da liberdade, gerada pela
imensidão do olhar, que no cerrado nunca chegava
ao fim. O olhar resvalava no horizonte e seguia
além. Havia, sim, o dia que se findava, quando a noi-
te caía sobre nós. E ninguém se machucava. Era hora
de ouvir as histórias dos peões, do meu avô Moisés,
do Mario, o administrador da fazenda... Contavam
das casas mal-assombradas, do poço preferido do
Velho do Rio, muito perigoso para as crianças, da
pedra onde as iaras se espraiavam, saindo do fundo
do rio, de manhãzinha ou ao pôr sol. Casas, poços e
pedras, pontos mapeados.
Pesquisas na Internet mostram que o cerrado foi a
segunda maior formação vegetal brasileira, habitat
riquíssimo em sua diversidade de fauna, flora, mine-
rais, água. Originalmente, o cerrado estendia-se por

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Por que onças-pintadas comem bezerros? Os fazendeiros dizem que é mais fácil comer bezerro desvalido,
dá menos trabalho. Seriam as onças preguiçosas? Não acredito em onça preguiçosa, em onça acuada, sim.
As matas foram invadidas e descaracterizadas, não invadiram as fazendas. E os animais das matas? Não
reconhecem mais seu território neste habitat estraçalhado. Onça é natureza. Nós, animais-humanos, tam-
bém somos natureza. Sem acreditar nisto, nos dissociamos. 


 




                                          




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   Flutuar da pétala 
                         
   Por Evelyn Cieszynski 
                         
                flor que 
          lentamente cai 
             no abismo 
                         

       
            aos poucos 
           suas pé ta las 
          se despedaçam 
                         
              e quando 
          encontra o chão 
                só resta 
                         
                 pólen. 




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BERINGELAS RECHEADAS 
Fonte: h p://www.receitasvegetarianas.net/ 

NGREDIENTES PARA 6 PESSOAS
225 g de lentilhas
850 ml de água
2 dentes de alho, esmagados
3 beringelas
200 ml de óleo vegetal
2 cebolas, picadas
4 tomates, picados
2 colheres de chá de sementes de cominho
1 colher de chá de canela em pó
2 colheres de sopa de pasta de caril pouco picante
1 colher de chá de malagueta, picada
2 colheres de sopa de hortelã, picada
Sal
Pimenta
Iogurte natural e raminhos de hortelã, para servir


PREPARAÇÃO DAS BERINGELAS RECHEADAS
- Enxague as lentilhas em água fria corrente. Escorra e coloque numa panela com água e alho.
                                        
Tape e coza durante cerca de 30 minutos.
- Coza as beringelas numa panela com água a ferver durante 5 minutos. Escorra e mergulhe-as
depois em água fria durante 5 minutos. Escorra de novo, corte as beringelas ao meio longitudinal-
mente e retire-lhes a maior parte da polpa e reserve, deixando uma margem de 1 cm de espessu-
ra para formar uma concha.
- Coloque as conchas de beringela numa assadeira untada pouco funda, pincele com um pouco de
óleo e polvilhe com sal e pimenta. Coza no forno previamente aquecido, a 190° C, durante cerca
de 10 minutos. Entretanto, aqueça metade do restante óleo numa frigideira, junte as cebolas e os
tomates e cozinhe, em lume brando, durante 5 minutos. Corte a polpa da beringela reservada,
acrescente à frigideira com as especiarias e cozinhe lentamente durante 5 minutos. Tempere com
sal.
- Adicione as lentilhas, a maior parte do restante óleo, reservando um pouco para mais tarde, e a
hortelã. Deite a mistura nas conchas de beringela. Regue com o restante óleo e coza durante 15
minutos no forno. Sirva as beringelas recheadas quentes ou frias, com uma colherada de iogur-
te natural e raminhos de hortelã por cima.




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                                              Planeta Terra 
                                               Por Flávia Assaife


                          Formado pela agregação de poeiras cósmicas
                   Por aquecimentos e resfriamentos gravitacionais
                        Planeta que compõem o sistema solar
    Possui forma ondulada e elipsoidal com 3/4 de sua superfície formada por água...
                       Este é o Planta Terra: a nossa morada!

                            Nele vivemos há milhões de anos
                 protegidos da radioatividade vinda do sol e das estrelas
              pelo campo magnético formado entre o núcleo e a atmosfera.
                     E o que NÓS fazemos para proteger a Terra?

Sua crosta ou litosfera composta por oxigênio, silício, alumínio, magnésio e ferro está em
                         constante movimento lento e contínuo...
               Neste planeta a biosfera proporciona a propagação da vida
           pelo adequado equilíbrio entre a hidrosfera, atmosfera e litosfera!
    E o que o ser humano tem feito para manter o equilíbrio da vida na Terra?
                                    
                      Com um ecossistema equilibrado e perfeito,
                Os seres vivos foram desenvolvendo-se, adequando-se...
                             Tornando rica a biodiversidade,
                      Povoando este lugar, fazendo dele o seu lar.
                 E hoje? Que espécie de ser vivo habita neste lugar?

As relações entre os seres vivos e os elementos físicos da natureza começaram a se dete-
                                          riorar...
                    A cobiça do homem avassala o seu próprio habitat.
                   Consome sem pudor, destrói em nome do progresso,
                         E o pior, tem consciência dos reflexos...
    Que tipo de herança estaremos deixando para o local que chamamos de lar?

                                 Aquecimento global?
                                 Planeta sustentável?
                      Alguns acreditam que são ações sem igual...
                       Outros percebem o quão a luta é desigual.
               Aniquilam, devastam aos poucos um Planeta fenomenal...

                               O lar de nossos ancestrais,
                                  O lar de nossos pais!
     E, será que este ainda poderá ser chamado de lar pelos filhos de nossos filhos?
                             Pelos netos, dos nossos netos?
             O que estamos fazendo para cuidar Dele, para preservá-lo?

                          Basta de esperar que outros façam
                            Basta de reclamar e nada fazer
                      Basta de somente assistir aos jornais na TV

                             É preciso agir
                        É preciso fazer acontecer
               O Planeta TERRA pede socorro para você!




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                                  Tico, o cão gato
Por Helena Akiko Kuno


     Era uma vez um gatinho muito levado chamado Tico.
     Em um belo dia Tico inventou a modinha de dar apelidos de mal gosto às pessoas.
     Ele chamou o cachorrinho Tigor de bobalhão, o passarinho Noé de cagão, o hamster
Elepant de gorducho e provocou outros colegas também.
     Até o dia em que ele chamou uma pobre e velha gatinha de “velha coroca” e para sua
surpresa, essa velhinha era uma fada jovem que não gostou nada do que Tico falou e lhe deu
um castigo:
     - Você se transformará em cachorro toda lua cheia, para aprender a ser bom.
     Na primeira lua cheia, Tico gostou muito em se transformar em cachorro, mas depois a
situação foi se complicando... até demais...
     Primeiro, ele quase foi pego pela carrocinha umas quatro vezes, depois conheceu ca-
chorros durões que batiam nele e além de outras coisas ruins.
     Mas ele continuou com seu mau comportamento...
     Depois da 10ª lua cheia, Tico não voltou a ser gato e ficou muito preocupado.
     Ele então pediu perdão a Deus e para a fada por ter sido mau com todos. Nesse mo-
mento a fada saiu do céu e disse:
                                     
     -Prometa que nunca mais vai mentir?
     -Prometo.
     -Promete que nunca mais vai tirar sarro dos outros?
     -Prometo.
     -Então agora será de novo gato e terás a melhor vida do mundo! Mas lembre-se se tor-
nar a fazer maldade, o castigo voltará.
     E nesse momento uma menina rica, que passava na rua, viu Tico sozinho e ficou encan-
tada, pegou o gatinho no colo e cuidou dele para sempre.

                                                          FIM




                           Foto  Francine Ferreira  



                                       www.varaldobrasil.com                                                                                      33 
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                                                                          Por Isabel C S Vargas


       São Francisco de Assis é o autor de Cântico das Criaturas. Ao tomarmos contato com
seu poema somos levados a pensar que o santo já se preocupava com o planeta, além de todo
seu amor pelos animais. Quem são as criaturas louvadas por ele em sua oração? Podemos afir-
mar que Criatura é todo universo. Extrapola o Planeta Terra. Pois se ele cantava as Criaturas e
por elas demonstrava amor e estas criaturas abrangem o universo e até os seres menores, en-
tão ele amava o universo, E quem ama cuida. Logo o universo deve ser cuidado e respeitado,
Ele falava no sol que clareia o dia e nos ilumina, o Irmão Sol, na lua que com as estrelas são
preciosas e belas e o céu enfeita. É belo seu dizer. Louva o ar, o vento, as nuvens. E não só,
exalta a água, humilde, simples, casta e limpa. Vejam que modo terno de referir-se à natureza.
Como alguém conhecedor e familiarizado. Com carinho, com respeito e sem distância.
Exalta o irmão o fogo, alegre, forte, vigoroso e belo que às noites clareia. E, também enfeita.
Todos estes elementos são obras magnânimas de Deus, Senhor Criador do Universo e neste
universo ele cita a Irmã Terra. Nosso Planeta. A Mãe Terra - na qual vivemos, e nem sempre
                                      
temos o cuidado devido em preservar- que nos sustenta e governa, produz flores, frutos e er-
vas.
São Francisco não deixa escapar nada em sua oração de amor às criaturas. Devemos cuidar
da terra, do solo que é fértil e nos sustenta, das águas, do céu, das nuvens, do ar, porque tudo
é parte de um mesmo sistema que deve permanecer em equilíbrio para a preservação de todos.
Aquilo que for jogado no universo será o que ele nos devolverá. Não existe ação sem reação,
mesmo que essa não se produza de imediato. Catástrofes ocorrem após dezenas de anos em
virtude de agressões absurdas ao meio ambiente. E quando se fala em meio ambiente é de mo-
do amplo. O que fazemos aqui pode repercutir do outro lado do planeta e vice e versa.
Logo, somos todos responsáveis- ou, pelo menos, deveríamos ser.
Salvemos a Mãe Terra, Salvemos o Planeta, Salvemos o Universo. Principalmente de nossas
ações impensadas. Não podemos só exigir dos demais. Façamos a nossa parte, mesmo que
seja cuidando do riacho no fundo de nossa casa. Compromisso, respeito e amor pelo Planeta.
E isso se faz evitando desmatamento, cuidando do lixo , não poluindo, cuidando da água, do
solo, da atmosfera, evitando a destruição das camadas protetoras da terra, evitando o descon-
gelamento das geleiras, evitando destruições de continentes, preservando a flora e a fauna, evi-
tando derramamentos de petróleo que comprometem a vida marinha, evitando a pesca e a caça
predatória. Enfim, é um conjunto de ações, com envolvimento de muitos, pois nada se faz sozi-
nho.




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Reciclagem                                                                          nio já são uma boa realidade nos centros ur-
Artigo reprodução. Fonte: http://                                                   banos do Brasil.
www.suapesquisa.com/


Reciclagem de lixo, plástico, reciclagem de
alumínio, reciclagem de papel,
respeito ao meio-ambiente, coleta seletiva
de lixo, reciclagem de plástico
       Introdução
                                                                                    Muitos materiais como, por exemplo,
       Reciclar significa transformar
                                                                                    o alumínio pode ser reciclado com um
       objetos materiais usados em no-
                                                                                    nível de reaproveitamento de quase
       vos produtos para o consumo.
                                                                                    100%. Derretido, ele retorna para as
       Esta necessidade foi despertada
                                                                                    linhas de produção das indústrias de
       pelos seres humanos, a partir do
                                                                                    embalagens, reduzindo os custos para
       momento em que se verificou
                                                                                    as empresas.
       os benefícios que este procedi-
       mento trás para o planeta Terra.
                                      
                                                Muitas campanhas educativas têm
       Importância e vantangens da              despertado a atenção para o problema
       reciclagem                               do lixo nas grandes cidades. Cada vez
                                                mais, os centros urbanos, com grande
A partir da década de 1980, a produção de       crescimento populacional, tem encon-
embalagens e produtos descartáveis aumen- trado dificuldades em conseguir locais
tou significativamente, assim como a produ- para instalarem depósitos de lixo. Por-
ção de lixo, principalmente nos países desen- tanto, a reciclagem apresenta-se como
volvidos. Muitos governos e ONGs estão co- uma solução viável economicamente,
brando de empresas posturas responsáveis: o além de ser ambientalmente correta.
crescimento econômico deve estar aliado à       Nas escolas, muitos alunos são orien-
preservação do meio ambiente. Atividades        tados pelos professores a separarem o
como campanhas de coleta seletiva de lixo e lixo em suas residências. Outro dado
reciclagem de alumínio e papel, já são co-      interessante é que já é comum nos
muns em várias partes do mundo.                 grandes condomínios a reciclagem do
                                                lixo.
No processo de reciclagem, que além de pre-
servar o meio ambiente também gera rique-         Assim como nas cidades, na zona
zas, os materiais mais reciclados são o vidro,  rural a reciclagem também acontece.
o alumínio, o papel e o plástico. Esta recicla- O lixo orgânico é utilizado na fabrica-
gem contribui para a diminuição significativa ção de adubo orgânico para ser utiliza-
da poluição do solo, da água e do ar. Muitas do na agricultura.
indústrias estão reciclando materiais como
uma forma de reduzir os custos de produção.

Um outro benefício da reciclagem é a quanti-
dade de empregos que ela tem gerado nas
grandes cidades. Muitos desempregados es-
tão buscando trabalho neste setor e conse-
guindo renda para manterem suas famílias.
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 

Como podemos observar, se o homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter ,
muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, poderemos conquis-
tar o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta.

      Exemplos de Produtos Recicláveis

      - Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc.), garrafas, frascos de
      medicamentos, cacos de vidro.

      - Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel.

      - Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre,
      alumínio.

      - Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, embalagens e sacolas de
       supermercado.




                                       




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                                          A TEIA DO INFNITO

Por Ivane Laurete Perotti



Grossas lágrimas cristalizadas pela dor ponteavam a superfície dos oceanos. Uma a uma mis-
turavam-se ao líquido salgado das águas volumosas.
Montanhas desvestidas dos verdes mantos encrespavam-se diante dos olhos perdidos. Um
homem caminhava pelo deserto particular de sua desesperança. Só, desde o berço da alma
vazia, buscava a razão para tamanho descrédito.
                              Salve a Terra, gritava a memória!
                              Salve a Terra, respondia o coração!
                              Nem um eco no horizonte das possibilidades.
As estrelas penduravam-se na dança das lágrimas tristes. O mar recebia o peso sem brilho
abrindo espaço para o mergulho dolorido. Mistura insalubre golpeava os peixes, as baleias e
os golfinhos. Caracóis de algas deslizavam sem vida pela corrente desvairada.
Lágrimas desciam das estrelas coxas, mancas estrelas que perderam a cor. Pontas estrangu-
                                     
ladas de luz esgueiravam-se por entre as nuvens
                              Salve a Terra, pediam os astros!
                              Salve a Terra, clamavam!
                              Um homem caminhava só.
Montanhas desnudas cobriam o horizonte fosco rastreando perdidas linhas de trilhas antigas.
                              A saudade do antes planeta azul caminhava só.
                              Um homem triste carregava pesado fardo.
                              O horizonte vazio aguardava expelindo mais um suspiro.
                              Mais um... mais um...
A teia do infinito tinha pressa em refazer-se nas poucas brumas que pairavam sobre o cume do
tempo. Em tom de urgência, ouviam-se lamentos tragados pelo véu do inconformismo.
                             Salve a Terra!
                             Salve a Terra!
Dos olhos do homem que caminhava só brotou um lampejo de entendimento:
                             Salvo a Terra!
                             Salva a Terra!
                             Salvo-me!




                     Pintura de Ivane Laurete Pero  



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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 


  ORAÇÃO A TERRA

     Jandyra Abranches



         Ave! Bendita,
        Cheia de graça!
    Que ofereces generosa
     O fruto do teu ventre
        À colheita farta,
      Quando, atendendo
Aos desejos das tuas entranhas,
 Lançam-te sementes de vida.
        Glorificada és,
    Por todas as criaturas,
                             
      Que de ti recebem
     O pão e o agasalho,
      Filhos abençoados
      De tua concepção.
       Santa protetora!
   Mãe de todas as messes,
        Que concebes
      Pelo santo espírito
         Do trabalho,
       Lança sobre nós,
    Que de ti procedemos,
      O dom abençoado
        Do crescimento
      E da multiplicação,
   Para que sejamos dignos
      De viver e herdar-te
     As benesses da vida.
   Para sempre glorificada,
     Bendita do altíssimo!!
            Amém.




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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 

Meu pau de manga
                                                            Linda árvore!
Por José Cambinda Dala
                                                            Aguardo ainda
Mangueira linda!                                            Com bastante afinco
Quanto tempo espero?                                        Poder repousar em sua sombra
Para saborear seus frutos,                                  Que com certeza
Chupar o compacto sumo,                                     Irá cobrir o meu acanhado quintal
Mastigar suas bostelas                                      Nos dias de sol ardente
Sejam elas
Verdes, vermelhas ou amarelas                               Por fim…
Com certeza serão açucaradas e vitaminadas                  Imagino!
Pois, recordo-me                                            O benefício que há de nos dar
Da manga que comi                                           A começar com a pureza do ar que respiramos
Há três anos atrás                                          O oxigénio produzido
Cujo caroço não deitei fora                                 E o controle da poeira pelas folhas
Estendi por cima da casa
E que depois de seco                                        Meu pau de manga!
Com ajuda duma enxada
Enterrei…
                                                            Não vejo a hora
Aí onde estás hoje
                                                            De seres autónomo,
Ele havia rebentado
                                                            De nossas águas não mais precisares
E transformou-se em seu sustentáculo
                                                            Porque suas raízes
Que com bastante água fortifica-te.
                                                            E a mãe Natureza farão de tudo
                                                            Para que possas continuar
Minha planta!                                               Viver sempre em benefício de outros seres.
                                                             

Espero você crescer
Poder florescer
Dar frutos e deixar amadurecer,
Para trepar-te e cedo não descer
E a vida conhecer
Como um Macaco de fome a falecer,
Agarrado em seus galhos
Comer mangas maduras
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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 

Três verdades de Belo Monte...
Por José Carlos Paiva Bruno


Acabo de assistir no YouTube um sensacional vídeo (os inspiradores devem ser o procurador
Pontes e a jornalista Rebecca Sommer) sobre a polêmica de Belo Monte... Impressionante co-
mo nossos atores & atrizes – da espetacular Maitê ao filho do Chico/Alcione (que aparenta
quando crescer o genial Jô) – em fetiche ecológico, brilham sempre, é lógico! Mas como diz o
sensato Fagner (que não está no vídeo): deixemos de coisa cuidemos da vida, pois se não che-
ga à morte ou coisa parecida, e nos arrasta moço sem ter visto a vida...
Então digo; preciso do que não seja indutivo... Usina famosa antes de fazer desenvolvimento
daquela esquecida região será a terceira maior do mundo... Respeito os índios e mesmo saben-
do de suas peripécias em contrabando de mogno, mutilações macabras Paiakan, extração de
ouro com mercúrio (que não é permitida aos demais brasileiros), desejo o fim da balela; trela de
serem sempre tutelados pela FUNAI. Devem escolher o SUS ou o PAJÉ, não dá pra acender a
vela pra dois, incoerente pois... Temos um Projeto sério, que vem sendo desenvolvido – para
acabar com a geração de energia via poluente diesel em Altamira e adjacências – desde 1975,
e finalmente agora o IBAMA teve a coragem de conceder a licença. Sem energia não temos
AMANHÃ gente... Agora pasmem com WE ARE THE WORLD adaptado para nosso sofisma
REALY DREAM TEAM XINGU... Senhoras e senhores, espetaculares clamores, quase interna-
cionais amores, de olho em nossa ribalta de fauna e flores!
                                       




Penso sinceramente pela consagrada Lei da Física: assim como dois corpos não ocupam o
mesmo lugar no espaço, o mesmo vazio será ocupado... Então recomendo que BRASILEIROS,
conservemos nossa soberania com sabedoria, quero além de Belo Monte com energia abun-
dante ocupando nossa Amazônia, quero um corredor de usinas que permitam a pavimentação
da sonhada TRANSAMAZÔNICA, desenvolvida até abrirmos passagem por terra ao Pacífico...
O que, além de propiciar desenvolvimento doméstico com efetiva fiscalização de nossa cobiça-
da floresta, nos tornará extremamente competitivos em exportações com fretes marítimos subs-
tancialmente mais baratos para os tigres... Temos tecnologia e capacidade empreendedora para
tanto; sejamos o país do futuro além do PRÉ-SAL... Ou também podemos ficar assistindo ví-
deos e novelas vendo o tempo passar e a China avançar... Como diz de forma coerente o mes-
mo time de gente: DEPENDE DE NÓS...

Se nosso Major Archer plantou a Floresta da Tijuca, nossa terceira maior área verde urbana...
Quanto fazer hoje? Com a tecnologia disponível? Evidente que se tivermos energia além de pri-
mitivas pilhas... Então cuidado com as ilhas, de interesses diversos... Anversos avessos ao inte-
resse BRASIL! Bem disse o físico Luiz Pinguelli Rosa em 2003: A persistência governamental
em construir Belo Monte está baseada numa sólida estratégia de argumentos dentro da lógica e
vantagens comparativas da matriz energética brasileira. Os rios da margem direita do Amazo-
nas têm declividades propícias à geração de energia, e o Xingu se destaca, também pela sua

                                          www.varaldobrasil.com                                                                                      40 
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 

posição em relação às frentes de expansão econômica (predatória) da região central do país. O
desenho de Belo Monte foi revisto e os impactos reduzidos em relação à proposta da década de
80. O lago, por exemplo, inicialmente previsto para ter 1.200 km2, foi reduzido, depois do encon-
tro dos povos indígenas do Xingu, para 400 km2.
Já que estou catando meus recortes de bons Jornais, desejando sempre mais e melhor desen-
volvimento, também pensando na Dona Beija sem blusa (Uau...), finalizo com O Estado de SP:
ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Escola
de Economia da Fundação Getúlio Vargas, disse que o Brasil tem potencial para produzir ener-
gia elétrica com bagaço e palha de cana-de-açúcar. Isso equivale a três usinas Belo Monte dor-
mindo no campo da cana brasileira. O fato ocorre porque não temos estratégia, ironiza e lamen-
ta o ex-ministro...
 

 



                                                                PRESTIGIE	OS	CIRCOS	
                                                                 QUE	TEM	ARTISTAS,	
                                                                   MAS	NAO	TEM		
                                                       

                                                                              ANIMAIS																						
                                                                           ESCRAVIZADOS!	




    ANIMAIS	EM	CIRCO	SAO	
    MALTRATADOS	COM	A		
    DESCULPA	DE	RECEBER	
    TREINAMENTO.	TREINA-
    MENTO	PARA	O	SEU		
    ENTRETENIMENTO!	
    ACABE	COM	ISTO,	NAO	VA	A	
    CIRCO	COM	ANIMAIS!	
                                          www.varaldobrasil.com                                                                                      41 
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Planeta terra                                             Adeus terra de meu pai!
                                                          Estou partindo, mas outros,
                                                          Dela querem alimentar
Por José Hilton Rosa

                                                          Chorarei a morte dos animais
                                                          O homem querendo mais
Deitado na lama seca,
                                                          Não vejo o protetor das florestas
De um rio que fora assassinado
                                                          Não vejo mais o Curupira
Com as mãos insanas do homem moderno
Não cansa de ter sede do querer.


Bebo da água formada pelas lágrimas,
Da mãe santa natureza.
Respirando sonhos dentro deste planeta
Quero o sol, a chuva, os animais, ofertando
paz!
                                        
Adeus, Adeus terra nossa
Vou, quero que outros, um dia venham te visi-
tar
Terra onde me criei
Tenho saudade de tudo que aqui encontrei


Adeus, Adeus água do rio
Onde um dia naveguei
Olhar de longe
A beleza que Deus criou


Adeus, Adeus jatobá.
Onde descansei meu suor
Quero no futuro outros venham te visitar
Relembrar sua sombra
Onde nela me deitei


Adeus, Adeus terra boa.
Onde plantei tudo que dá
Quero que outros de teu fruto venham alimen-
tar
Curou-me bebendo na tua fonte


Adeus, Adeus terra de meu pai,

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RIDÍCULO, MAS VERDADE



Por Jacqueline Aisenman




Estou numa sala de espera. Numa tela passa um documentário sobre os animais. Como preser-
vá-los, como salvá-los, como fazer para não contribuir com a exterminação geral.
Ligo o computador e pela internet vou observando o ser humano tornar-se cada vez mais uma
ilha: uma ilha de homossexuais, uma ilha de afro-algumaoutracoisa, uma ilha de mulheres, uma
ilha de amarelos, uma ilha de homens, uma ilha de brancos... Ilhas de pessoas...! E são tantos
os termos para definir as enormes quantidades de minorias que nem me reconheço mais em al-
guma delas. Qualquer hora morro afogada por não ter uma ilha específica para o meu caso...
                                        
Abro meus e-mails e ao invés de encontrar somente mensagens amigas, encontro dezenas de
mensagens invasivas que me vendem tudo: de remédios para uma dor que não tenho a remé-
dios para me aliviar de qualquer peso; de viagens ao redor do planeta até viagens ao paraíso,
com a espada de várias religiões cravada em minha tela.
Ligo a televisão é só se fala de gripe. Vacina para gripe, máscara para gripe, remédio para gripe,
despesas enormes para prevenção e tratamento de gripe. Todos os outros assuntos são relega-
dos aos segundos e terceiros e quartos planos. Inclusive todas as outras doenças (gravíssimas!).
Neste planeta nosso que um dia, lá no alto, um homem admirado disse ser azul, estamos sobre-
vivendo à mingua.
Todos se criticam, se maltratam, se matam, disputam sem piedade espaços no chão, no céu e
no mar. Colocaram uma cortina de guetos entre as pessoas e ninguém mais se vê como antes.
Ser natural passou a ser incomum. Animais soltos na selva são a exceção e a alegria são os en-
jaulados em zoológicos e circos.
Hoje, se gritar, chamam a polícia antes de perguntar se você está bem e porque gritou. Hoje, se
você se dirigir a alguém e não falar o "termo" correto, pode ser imediatamente processado. Hoje,
se você crê em algo ou um ser superior, é um cretino; se não crê, é assediado porque deve ter
um belzebu no corpo. Hoje, nem decidir sem mais nem menos pode: se não refletir antes, uma
de suas ações pode provocar a ira de uma minoria... nem que seja uma de moradores do seu
condomínio.
E nem quero falar aqui de política, dinheiro e poder. Porque nestes assuntos a história é velha,
velha como o ser humano e, por consequência, está apodrecendo junto...
Indignações à parte, estamos caminhando, rápida e certeiramente, para a extinção da raça pela
própria raça. Sem sutilidade. Com muitos absurdos, preconceitos, ódios e inveja disfarçados.
Ridículo, mas verdade.




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LASANHA DE ESPINAFRE COM REQUEIJÃO 
 
Fonte:	http://sabores.sapo.pt/	
	
Ingredientes	
Massa	de	lasanha	fresca:	1	embalagem	
Espinafres	frescos:	500	g	
Cebola:	1	
Alho:	2	dentes	
Requeijã o:	1	
Molho	de	tomate:	1	pacote	
Azeite:	2	colheres	de	sopa	
Sal:	q.b.	
Pimenta:	q.b.	
Coentros:	q.b.	
Queijo	ralado:	q.b.	
		
                                  
Preparaçã o	
Prepare	a	massa	de	lasanha	conforme	as	indicaçõ es	na	embalagem.	Coza	os	espinafres	du-
rante	dez	minutos	com	um	pouco	de	sal	e	azeite.	Escorra-os	e	pique	grosseiramente.	Pique	
 inamente	a	cebola	e	o	alho	e	salteie	em	azeite,	juntamente	com	os	coentros.	Quando	esti-
verem	transparentes,	junte	os	espinafres	já 	cozidos.	Esmague	o	requeijã o	e	tempere	com	
sal	e	pimenta.	Prepare	um	tabuleiro	de	ir	ao	forno,	alternando	uma	camada	de	massa	cozi-
da	com	uma	de	recheio	de	espinafre	e	outra	de	requeijã o.	A	ú ltima	camada	deve	ser	de	
massa.	Regue	abundantemente	com	molho	de	tomate	e	polvilhe	com	o	queijo	ralado.	




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BRASIL


Por José Luiz Pires



Teus recantos, tuas artes,

tua sensualidade, meu destino !

Imagino teus contornos, tuas fronteiras

sensualmente recobertas e guarnecidas.

Programo passeios e incursões,

embarco em sonho por tuas belezas naturais.
                                 
Meus olhos não cansam de contemplar

beleza sem par.

De norte a sul

viajo por todas as tuas regiões,

derrapando em tuas curvas perigosas.

Embrenho-me em tuas matas,

exploro terras férteis no teu interior.

Bebo das tuas águas cristalinas

saciando minha sede.

Escalo teus relevos, picos e montanhas.

Aqueço-me com o teu calor,

quero provar do teu mel,

ver estrelas imaginando um diferente céu.

Cavalgo por teus estreitos caminhos

colhendo e deixando carinhos.

É o poeta brasileiro

redescobrindo o seu Brasil.


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             Mãe Natureza

              Por Josselene Marques


            A Mãe Natureza sofre...
     Não entende a ingratidão de seus filhos.

            A Mãe Natureza reage...
     Não consegue suportar a dor em silêncio.

            A Mãe Natureza alerta...
  Não sobreviveremos sem mudança de hábitos.

         A Mãe Natureza quase agoniza...
Não percebem que estamos caminhando para o fim?



              




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Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 


TUDO	ESTÁ	MUDANDO	                                          Algumas	pessoas	ridı́culas	até 	sorriem	para	
                                                            ironizar	
	
                                                            	
Autor:	Lenival	Nunes	de	Andrade		
                                                            Se	seus	familiares	nã o	lhe	ensinam	
	
                                                            O	mundo	lá 	fora	ensina	
Vivemos	num	tempo	estranho	e	louco	
                                                            E	triste	essa	sina	
Onde	muitas	pessoas	má s	e	desonestas	
                                                            E	ao	que	se	destina	
Matam,	roubam,	derrubam	matas	e	 lorestas	
                                                            E	por	 im	determina	
E	ainda	acham	pouco	
                                                            	
	
                                                            DEUS	já 	mandou	vá rios	alertas	
Estamos	nesse	mundo	de	passagem	
                                                            Terrı́veis	assombros	e	doenças	
Poré m	devemos	aproveitá -la	
                                                            A	AIDS,	o	Câ ncer,	o	aquecimento	global	
Só 	a	palavra	de	DEUS	nunca	passará 	
                                                            E	esse	calor	terrı́vel	e	insuportá vel	
	
                                                            O	verdadeiro	amor	é 	o	divino	
Há 	muito	tempo	falsos	profetas	
                                                            	
Preveem	o	 im	do	mundo	
                                                            Quantos	caminhos	ainda	andaremos?	
Que	só 	se	acabará 	quando	DEUS	quiser	
                                                            Será 	que	algué m	ainda	nos	tornaremos?	
E	todos	humanos	julgar	vier	
                                                            	
	
                                                            Vá 	logo	estudando	e	meditando	
A	grande	mentira	é 	a	verdade	desse	mundo	
                                                            Porque	apesar	de	tudo	e	do	nosso	estudo	
	
                                                            Tudo	está 	mudando	
Antigamente	as	meninas	brincavam	de	boneca	
E	os	meninos	jogavam	time	de	botã o	
Ou	Futebol	de	Mesa	
Como	queiram	os	senhores	
	
Os	casais	nã o	se	entendem	mais	
Dialogar	e	dizer	a	verdade	como	é 	preciso	nã o	
dizem	jamais	
Acabam	se	separando	
As	pessoas	comentando	
E	as	vezes	até 	julgando	
Só 	nã o	vê 	quem	nã o	quer	
O	pior	cego	é 	aquele	que	nã o	quer	ver	




                                              Caros humanos terráqueos, se não perdoarmos os
                                              erros dos outros seres humanos cometidos contra
                                              nós, será impossível viver, pois lembras o que JE-
                                              SUS falou na cruz antes de morrer? "Pai, perdoai-
                                              vos pois não sabem o que fazem".
                                              Lenival Nunes de Andrade


                                              www.varaldobrasil.com                                                                                      47 
Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013 




                      Amazônia

                Por Magno Oliveira

             As aves não mais voam
           Os peixes não mais nadam
          Os pássaros não mais cantam
         As pessoas não mais se amam.

  Tudo isso por culpa do homem e a sua maldade
Tudo por culpa do homem e a sua falta de caridade.

          As nossas matas desmatadas
         As nossas florestas devastadas
          Nossos animais em extinção
            Nosso medo da poluição.

     A Amazônia é nossa devemos protege lá
      A Amazônia é nossa devemos ama lá.
         Viva o verde, viva a Amazônia,
          Viva os índios, viva a alegria.




                   




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Literário sem frescuras

  • 1. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  ®   ®   Literário, sem frescuras! ISSN 1664-5243   Ano 4 - Janeiro/Fevereiro de 2013—Edição no. 19 www.varaldobrasil.com                                                                                      1 
  • 2.  
  • 3. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  ®   ISSN 1664-5243 LITERÁRIO, SEM FRESCURAS Genebra, inverno de 2013   No. 19 bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbmmmmm mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmhhhhhhhhhhhhhhhh hhhhhhhhhhuyuyuytuyhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrffffffffffffffmanajudyebeneogguaenejuebehaddddddd ddddddddddddddddddddmnhee pam ngnrihssssssssssssssssssnerrrrrrrrrrrrrrekkkkkkkkkkkkkkkkkkkkbbb bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbmmmmmmm mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmhhhhhhhhhhhhhhhhhhh hhhhhhhuyuyuytuyhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrffffffffffffffmanajudyebeneogguaenejuebehaddddddddd ddddddddddddddddddmnhee pam ngnrihssssssssssssssssssnerrrrrrrrrrrrrrekkkkkkkkkkkkkkkkkkkkbbbbb bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbmmmmmmmm mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh hhhhhuyuyuytuyhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrffffffffffffffmanajudyebeneogguaenejuebehaddddddddddd ddddddddddddddddmnhee pam ngnrihssssssssssssssssssnerrrrrrrrrrrrrrekkkkkkkkkkkkkkkkkkkkbbbbbbb bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbmmmmmmmmmm mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh hhuyuyuytuyhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrffffffffffffffmanajudyebeneogguaenejuebehadddddddddddddd dddddddddddddmnhee pam ngnrihssssssssssssssssssnerrrrrrrrrrrrrrekkkkkkkkkkkkkkkkkkkkbbbbbbbbbb bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbmmmmmmmmmmm mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh huyuyuytuyhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk www.varaldobrasil.com                                                                                      3 
  • 4. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  EXPEDIENTE Revista Literária VARAL DO BRASIL NATUREZA NO. 19 - Genebra - CH - ISSN 1664-5243 Copyright Vários Autores Por Antonio Cabral O Varal do Brasil é promovido, organizado e rea- lizado por Jacqueline Aisenman Falar em Rio + 20 Site do VARAL: www.varaldobrasil.com não é coisa com que me anime, Blog do Varal: www.varaldobrasil.blogspot.com mas façamos o seguinte: Textos: Vários Autores Destruição sempre é crime. Colunas: Fabiane Ribeiro Macacos de opinião Sarah Venturim Lasso esses do nosso zoológico, Sheila Ferreira Kuno pois mostraram algo lógico:   Ninguém topa "banguzão!" Ilustrações: Vários Autores Foto capa: © rudisetiawan - Fotolia.com Quem conhece natureza Foto contracapa: © Jacqueline Aisenman pelo "Globo Ecologia", é um pobre de certeza, Muitas imagens encontramos na internet sem ter come sapo em vez de gia. o nome do autor citado. Se for uma foto ou um desenho seu, envie um e-mail aqui para a gente "Minha terra tem palmeiras", e teremos o maior prazer em divulgar o seu ta- disse o poeta a cantá-las; lento. mas pra cantar as palmeiras, Revisão parcial de cada autor precisamos replantá-las. Revisão geral VARAL DO BRASIL Composição e diagramação: Jacqueline Aisenman A distribuição ecológica, por e-mail, é gratuita. A revista está gratuitamente para download em seus site e blog. Se você deseja participar do VARAL DO BRASIL NO. 20 envie seus textos até 10 de fevereiro de 2013 para: varaldobrasil@gmail.com O tema da edição no. 20 será MULHER: UM UNIVERSO (Envie seu texto em prosa ou em verso acompanhado de nosso formulário até o dia dez de fevereiro de 2013). O tema da edição no 21 (maio 2013) será livre. www.varaldobrasil.com                                                                                      4 
  • 5. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013    Há muito tempo o ser humano vem praticando o mal contra si mesmo, contra o Planeta no qual vive e contra os seres que com ele dividem o Planeta. O uso indiscriminado das riquezas naturais, o tratamento inadequado do lixo produzido. A falta de humanidade na relação com os animais. O descaso diante das matas que se reduzem dia após dia. O ser humano faz tanta questão de destacar dos demais seres como sendo racional e o que ele mais faz em sua vida é dar provas de  irracionalidade. Neste nosso mundo que busca na poesia das palavras um recurso para suavizar tamanhos maus-tratos e descasos, convidamos autores de todos os cantos a escrever sobre o Planeta Terra e a Vida. O resultado, vocês verão, é uma declaração de amor provando que sim, ainda existem pessoas que se importam com o futuro deste maravilhoso lugar em que vivemos. O carinho destas pessoas que escreveram se traduz em palavras em defesa do Planeta. Poe- mas, contos, crônicas. A prosa e o verso se unindo contra a desgraça que atinge a vida. O mundo não se acabou em 2012, como alguns poderiam pensar! Mesmo que tanto de ruim te- nha e continue sendo feito, o Planeta Terra ainda nos acolhe e a todas as formas de vida! Iniciamos assim o ano de 2013 com a força do amor, esperando que o ser humano possa com- preender o valor da proteção ambiental, da proteção dos animais e de si mesmo. Tenhamos todos um Feliz 2013! Que a vida seja plena, que nos traga o melhor e a ela possamos dar o nosso melhor! Jacqueline Aisenman Editora-Chefe da Revista Varal do Brasil Imagem: h p://assisaraujo.wordpress.com/  www.varaldobrasil.com                                                                                      5 
  • 6. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013     ALBERTO ARAUJO  ANA ROSENROT  ANGELA GUERRA  ANTONIO CABRAL  ANTONIO VENDRAMINI NETO  BETO ACIOLI  CARLOS ALBERTO OMENA  CAROLINE AXELSSON  CESAR SOARES FARIAS    CINTIA MEDEIROS  CLÁUDIO DE ALMEIDA HERMÍNIO  CLÉO REIS  CLEVANE PESSOA DE ARAÚJO LOPES  CRISTINA CACOSSI  DHIOGO JOSÉ CAETANO  DOMINGOS A. R. NUVOLARI  EDNALDO MUNIZ  ELIANE ACCIOLY  EVELYN CIESZYNSKI  FABIANE RIBEIRO  FLÁVIA ASSAIFE  GILBERTO NOGUEIRA DE OLIVEIRA  HELENA AKIKO KUNO  ISABEL C. S. VARGAS  IVANE LAURETE PEROTTI  JACQUELINE AISENMAN  JANDYRA ABRANCHES  JOSÉ CAMBINDA DALA  JOSÉ CARLOS PAIVA BRUNO www.varaldobrasil.com                                                                                      6 
  • 7. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013     JOSÉ HILTON ROSA  VARENKA DE FÁTIMA  JOSÉ LUIZ PIRES  VERA SALBEGO  JOSSELENE MARQUES  VO FIA  LENIVAL NUNES DE ANDRADE  WILTON PORTO  LUIZ CARLOS AMORIM  YARA DARIN  MAGNO OLIVEIRA  MARCELO DE OLIVEIRA SOUZA  MARIA EMILIA ALGEBAILE  MARIO OSNY ROSA  MARIO REZENDE    MARLUCE ALVES F. PORTUGAELS  MARLY RONDAN  MARTA CARVALHO  MARIA NILZA DE CAMPOS LEPRE  NORÁLIA DE MELLO CASTRO  ODETE BIN  OLIVEIRA CARUSO  OSIEL FERREIRA VIEIRA  RENATA IACOVINO  RO FURKIM  ROBINSON SILVA ALVES  ROBSON LUIS S. COSTA  SANDRA BERG  SANDRA COUTO  SANDRA M. FERRARI RADICH  SARAH VENTURIM LASSO  SHEILA FERREIRA KUNO  SILVANA BRUGNI  VALQUIRIA GESQUI MALAGOLI  VALQUIRIA IMPERIANO www.varaldobrasil.com                                                                                      7 
  • 8. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  De olhos abertos Sempre ouvi dizer ao decorrer de minha existência, que ratos são animais desprezíveis, odiados pelos seres humanos, restando-lhes apenas o direito de serem cobaias e alimento dos animais vorazes. Ao ler um artigo publicado na internet, fiquei surpreso ao saber que estes roedores são usados desde 2004 no combate às minas terrestres na África, além disso, são capazes de detectar a bactéria da tuberculose. Então, podemos afirmar que se estes animais nos causam transtornos ou transmitem doenças, não o fazem de forma consciente, em detrimento de alguns homens que destroem o meio ambiente, ceifam a vida alheia,   ceifando a si próprios. Foi pensando nisso que escrevi os seguintes versos: BRUTALIDADE Por Cláudio de Almeida Hermínio Homens e mulheres atravessam o mundo Insinuam poses cadavéricas Relutam com seus próprios desejos Não sabem se vão ou se ficam. Na espreita de um sorriso qualquer As mesmas bocas que mostram os dentes Trituram migalhas que caem ao chão Igualam-se ao esterco e folhas apodrecidas. Não se contentam com a realidade iminente Exalam o odor que a todos devoram Arrastando-os ao esquecimento da própria vida. De nada adiantam às lágrimas Que jorram na face Desaguam em vão.   www.varaldobrasil.com                                                                                      8 
  • 9. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  O universo caminha em uma escuridão A noite virou dia sem fim Na trajetória das galáxias giram come- tas e planetas. Passo trôpego na calçada Nasceu à via Láctea com um sistema Ritmo desenfreado solar espetacular Marcha alucinante Deu origem à vida na terra, transfor- mando-a em um planeta azul. Rufar de tambores Vivemos aqui com os encantos e so- bressaltos da natureza, que são frutos gerados por seu útero, transformando O mundo quase acabou tudo em sementes, que dão frutos da O ontem já se foi vida, do amor e da contemplação, tudo O amanhã ainda não chegou com eterna beleza. É o ultimo capitulo de uma era Que foi escrito por mim       Por Antonio Vendramini Neto É fria a madrugada Sorrateira e silenciosa Quietude que se impõe na calada da noite Vozes roucas lamentam infortúnios É mórbido o momento Súplicas e suspiros dobrados Ecoam ao vento em forma de açoite Explosão no céu Um cometa mergulha na escuridão A visão fica turva É o caminho do medo Coração disparado Com um frenesi de emoções É o sol da meia noite www.varaldobrasil.com                                                                                      9 
  • 10. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Dente-de-Leão Por Ana Rosenrot Eu estava com muita pressa, tinha centenas de coisas para fazer, inúmeros clientes para visitar e pouquíssimo tempo, andava pelas ruas quase correndo, lutando para me movimentar rápido em meio ao enorme fluxo de pessoas, o coração acelerado e a cabeça doendo devido ao estresse – o grande mal da vida moderna −; quando o vento, que espelhava poeira por todos os lados, fez pousar em meus óculos algo muito interessante: sementes de dente-de-leão. Peguei uma delas e ao ver aquela sementinha tão linda e aerodinâmica, a penugem branquinha e incrivelmente leve, recordei imediatamente de minha infância, quando colhia uma daquelas bolas brancas e um simples assopro desfazia-se em dezenas de paraquedas imaginá- rios, prontos para viverem incríveis aventuras pelos quatro cantos da Terra. Pensando bem, somos como as sementes de dente-de-leão, nascemos protegidos por nossa “planta” mãe e pouco a pouco vamos nos desenvolvendo, tentando sair do invólucro natu- ral que nos mantém afastados das intempéries da vida, loucos para expor-se completamente à luz do sol e todos vão se preparando da melhor forma possível, até o grande momento de alçar voo e dar o máximo de si para pegar os melhores ventos e buscar um local adequado para ger- minar e crescer; muitas caem no asfalto duro, na terra infértil, sobre os arranha-céus, ficam gru- dados nas roupas – ou óculos – de alguém, podendo ser novamente levadas pelo vento se fo- rem persistentes, ou simplesmente ficam presas nos desvãos da rua até secarem; poucas en-   contram o lugar e as condições ideais para desenvolver-se com plenitude. Nós seres humanos, também somos assim, uns se esforçam e vencem na vida, outros não. O problema é que, ao contrário da semente de dente-de-leão, quando finalmente atingimos nossos objetivos, ao invés de florescermos, parece fazer parte da natureza humana o oposto: vamos murchando, perdendo o interesse, ficando estagnados. Eu mesmo, que lutei tanto para alcançar o sucesso e agora vivo estressado por ter tantos clientes e não saber administrar bem meu tempo; estou sempre irritado, nervoso, vazio, sem coragem para tomar novas iniciativas. Mas estranhamente, as sementes que grudaram em meus óculos, reacenderam a chama, o de- sejo de ir mais longe, de recomeçar, de procurar novos caminhos. Não é à toa que no Nordeste Brasileiro essa planta é chamada de “esperança” e deu ori- gem a um sábio dito popular: “Abre as janelas e deixa a “esperança” entrar na tua casa trazida pelo vento da tarde”. Devemos deixar que essa semente germine em nossos corações e reinicie seu ciclo na- tural, para podermos alcançar voos cada vez mais longos, mais altos, infinitos, cheios de “esperança”.   www.varaldobrasil.com                                                                                      10 
  • 11. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Grito Existencial Por Beto Acioli Grita um silêncio em meu grão deserto Faz-me arder áridos sentimentos Passo, deveras, longos maus momentos O sofrimento faz meu mundo inquieto O meu tormento passa-se em secreto Expilo prantos coração adentro Navalho cortes sanguinolentos   Retalho a alma em perverso decreto A fundo peno com meus desatinos Sinto o profundo gosto do veneno Morrendo aos poucos a cada segundo Decerto seja o maldito mundo Impondo a vida pelo que devemos Ou nos expondo à sorte do destino www.varaldobrasil.com                                                                                      11 
  • 12. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013    www.varaldobrasil.com                                                                                      12 
  • 13. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Sangue derramado Angela Guerra A cor dos mares, oceanos, lagos e rios é o azul, puxando, às vezes, pro verde; invariavelmente cinza, ao cair do crepúsculo... Cinza escuro, quase negro, quando nuvens carregadas prenunciam tempestades... Até o Mar, dito "Vermelho", se submete a essas regras imemoriais. Agora, a Mãe Natureza (em represália?!...) nos prega peças!... Triste, degradada, ferida em sua integridade, começa a sangrar... Águas tingem-se de vermelho, no Senegal e na Austrália!... Lá se vai a harmonia relaxante, o verde-azul que nos cerca, acalma a vista e o espírito, tornando-nos a alma menos inquieta... A culpa é do sal, das algas, dizem os ecocientistas de plantão... E se for contagioso?!... Que perigo!... Adeus tranquilidade... Já se pensaram encurralados pelo sangue de nossa Mãe Maior?...   www.varaldobrasil.com                                                                                      13 
  • 14. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  GRITO DE SOCORRO E a vida se acabando. Mas, se o homem quiser Por Carlos Alberto Omena Essa realidade pode mudar Com muita luta, consciência e união, Nosso planeta podemos salvar. Ouvi choros, gritos, Apelos e lamentos. Vamos agir de imediato Era o nosso planeta, E do nosso planeta cuidar. Agonizando em sofrimentos. Ainda podemos salvá-lo, E uma bela herança deixar. Ganância, descaso, descomprometimento, Tudo, em nome do desenvolvimento, E o nosso planeta agonizando grita: Socorro! Eu estou morrendo. As árvores lágrimas vertiam.   Eram lágrimas de dor e sofrimento Pois mercenários madeireiros, As derrubavam em grande desmatamento. Sem árvores, as aves sumiram Causando enorme destruição. Estão diminuindo uma a uma E ameaçadas de extinção. Os rios, já quase sem vida, Por causa da poluição, Lutam pela sobrevivência. Isso sim é degradação. Com os rios imundos e poluídos, Os peixes morrerão. E num futuro bem próximo, Ficaremos sem alimentação. Nosso ar , já quase rarefeito, Quase não podemos respirar. Graças a ação do homem, Estamos por nos matar. O sol por demais esquentando, O frio já congelando, O planeta agonizando, www.varaldobrasil.com                                                                                      14 
  • 15. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  SUFLÊ DE LEGUMES Enviada por Christianne Meirelles Fonte: http://tudogostoso.uol.com.br/ INGREDIENTES 2 colheres de sopa de farinha de trigo 300 ml de leite 2 colheres de sopa de manteiga ou margarina 1 pitada de sal 50 g de queijo ralado   4 ovos Legumes cozidos e cortados em cubos MODO DE PREPARO Derreta a manteiga, sem deixar esquentar muito Junte a farinha, depois o sal e o leite, mexa sempre até engrossar Retire do fogo e deixe esfriar Misture as gemas bem batidas, o queijo, e os legumes Por im as claras em neve Leve imediatamente ao forno a 180°C, em um pirex untado com manteiga, por 15 minutos www.varaldobrasil.com                                                                                      15 
  • 16. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Exorcista Por Caroline Baptista Axelsson Visto de longe até Drácula é decorativo. Existem realmente coisas no mundo que devem ser observadas à distancia. Existem outras porém que devem ser consideradas com pai- xão, e a vida é uma delas. Porque vivemos? É uma pergunta intelectual mas a resposta é sentimental. Falar e discutir é mágica de boca. Viver é sentir. A vida é emotiva, é um exer- cício pulsante e eternamente apaixonado. Seu significado reside nos sentimentos e praze- res de momento a momento. O sentido da vida é viver. Não sabemos de tudo e nunca sa- beremos, mas quando ignoramos a beleza da natureza e nos apegamos somente à selva urbana terminamos como pedras, observando a destruição ambiental da mesma maneira como observamos Drácula, só de longe...Já que não queremos enfrentar e resolver os pro- blemas, escrevemos poemas sobre a desgraça embelezando ou lamentando a deforma- ção. E de que serve toda esta literatura? Vidros carbonizados, lixo na grama, vazamentos na rua, árvores mortas, inseticidas na comida, oceanos afogados em petróleo morrendo aos poucos, quem se responsabiliza? Se poluir é tudo que sabemos fazer, aproveite a noi- te, aproveite o dia, em um ano ou dois não existe mais nada! Agir funciona. Em todo o mundo há jardins diferentes. Num jardim japonês cada árvore está perfeitamente podada, sem nenhuma folha fora do lugar. Os jardins ingleses são famosos por suas rosas e linhas perfeitas de arbustos. O número de jardins é enorme mas uma coi- sa é verdadeira para todos. Os jardins são a criação comum entre a intenção do homem e a capacidade da natureza de cumprir! A Terra ama quando é amada. Infelizmente muita gente está possuída pela ganância e o único exorcista que pode nos salvar é a consciên- cia.   www.varaldobrasil.com                                                                                      16 
  • 17. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013                                     Meu querido tambo  Por César Soares Farias                       CASEIROS PARA TAMBO DE LEITE                                          EM VIAMÃO     * Ordenha automática/ resfriador canalizado, 200 litros/dia – 15 vacas. ELA: Ordenhar manhã (05:30/07:30h) e tarde(16:30/18:30h), limpeza sala leite/ ordenha, comida aos cachorros e limpeza casa principal. Sal: R$ 400,00 ELE: Trato, pastagens, trator e limpeza estábulo. Sal: R$ 600,00 Obs: Boa casa com horta/galinhas, semi-mobiliada, água, luz e cesta básica. Interessados contatar com Sr. Enilson 436-2432 ou 8248-5104     Ele relutou bastante antes de ligar. Foram necessárias varias conversas entre os dois para que, enfim, vencido pelo cansaço e sem mais argumentos para se agarrar, Arthur tomasse a iniciativa. Arthur tinha qualidades e talentos incontestáveis, granjeando através deles muitas ami- zades. A sua conversação era agradável, com bom senso de humor. Apesar dos quase quaren- ta anos, era um mulato com dentes bem polidos, olhar vivaz e pele saudável. Combinava sim- patia com beleza, e isso naturalmente abria-lhe algumas portas. Havia algo nele, contudo, que andava esgotando a paciência da sua mulher. Kleiva custara a perceber uma triste mas estam- pada realidade: O rapaz não gostava de trabalhar. O gelo, todos sabem, não foi feito para o contato com o fogo, pois derrete-se e perde a sua forma característica. A água, por sua vez, não nasceu para o óleo, pois se colocarmos am- bos num copo eles sequer se misturam. Se deixarmos de lado os estados físicos da matéria e o mundo dos elementos químicos para adentrarmos no reino animal, veremos que da mesma for- ma, algumas espécies repelem ou incompatibilizam-se com outros seres e/ou ambientes. É o caso do peixe, que não nasceu para a grama ou para o chão de saibro. Por outro lado, o bom ditado já diz: “Gato escaldado tem medo de água fria” e dificilmente veremos o felino jogando-se por vontade própria num banho de rio. Arthur, conforme constatado e comprovado de fato, não nascera para o trabalho. Fugia dele co- mo o diabo da cruz. Duas semanas antes de Kleiva colocá-lo contra a parede, insistindo com aquela página dos classificados aberta diante dele, escutou ela um intrigante diálogo. Naquele dia, ao final da tarde, receberam em casa a visita de Diogo, o vizinho e cumpadre que batizara Úrsula, a nenê do casal. Tomaram chimarrão, falaram sobre a última rodada do Gauchão e já no portão, quando a sós ficaram os dois varões, houve uma proposta do visitante, pedreiro “de mão cheia” e sempre bem requisitado para obras. -- Ólha, to precisando di servente pra erguê umas parede lá na Dona Eloá. Ela qué qui faça um quarto nos fundo pru guri dela. Fiquei di passá lá amanhã cedo pra dá um orçamento pra velha. Di tarde, si fizé tempo bom, já começo o serviço... Tá a fim di encará essa? -- Bah cara... É qui eu ajudo a Kleiva a cuidá da guriazinha aqui em casa... agora fica ruim pra mim... www.varaldobrasil.com                                                                                      17 
  • 18. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013              Ela ouviu tudo em silêncio, imóvel, atrás bavam de passar, espetados pela lança do car- da cortina na janela e guardou pra si a revela- neador. O da frente, marrom de patas brancas, ção. Na gíria, diria-se que naquele exato instan- pêlo lustroso e ralo, foi golpeado na cabeça por te, após tão forte sacudida, a ficha finalmente uma barra de ferro. Emitiu um longo mugido de caiu. dor. Apanhou ainda outras vezes, sempre na A situação financeira deles era preocu- região do crânio, e por fim dobrou os joelhos, pante e muito pouco promissora. Viviam de ran- tombando pesadamente ao chão. O de trás, chos ofertados pela sogra de Kleiva e ás vezes branco da raça zebu, brecou à 10m da linha de por sua própria mãe, que trazia compras ás es- abate com um olhar assombrado. Parecia niti- condidas do marido, homem duro, que não ad- damente perceber o que lhe aguardava logo à mitia “sustentar vagabundo”. Pra piorar, Arthur frente, sendo necessários vários gritos e algu- andava jurado de morte por traficantes e alerta- mas leves espetadas humanitárias dos peões do pra si o olhar da polícia. para fazê-lo prosseguir. As ofertas de trabalho, isso ela não ig- Arthur é hoje um convicto trabalhador norava, estavam escassas. Haviam vagas, mas do tambo, parece resignado à sorte que teve ao só para pessoas qualificadas com cursos e, lado da companheira e não come mais carne principalmente, com experiência na função. de gado. Kleiva, por sua vez, pôde enfim agra- Trabalhar num tambo, porém, parecia ser a decer e pagar as promessas à sua Nossa Se- chance de ouro para os dois, que não tinham nhora das Causas Impossíveis. Seu homem assim tanto estudo. Além disso sairiam daquela finalmente enveredou pela trilha do esforço e vila onde o clima começava a ficar nebuloso. A do suor para ganhar o pão. Úrsula mora com luz no fim do túnel havia brilhado de  fato na- eles no chalé de madeira cedido pelo Sr. Enil- quele anúncio. son, adaptando-se com bastante rapidez à vida no campo. Acabaram caindo nas graças do tal Enilson, proprietário daquele rebanho leiteiro, residente na zona rural do município de Via- mão, à 10 km de Porto Alegre. Deixaram a pe-   quena Úrsula com a mãe de Arthur e partiram para aquela guinada em suas vidas.   O tambo abastecia armazéns e casas das redondezas, dispondo de vasta freguesia e credibilidade. O rapaz em sua primeira semana   no emprego até que demonstrou algum empe- nho. Contudo, como de costume, começou a   achar desgastante aquela rotina de acordar ce- do em pleno inverno gaúcho. Seu Enilson, que   simpatizara bastante com ele, ofereceu-lhe um remanejamento de função. Foi transferido para um abatedouro do fazendeiro, distante 2 km dali, onde lavaria sangue do chão e recolheria tripas, chifres, pêlos e tudo que não era apro- veitado pelo açougue. O novo horário da pega- da, às 10:00 h da manhã, de imediato lhe agradou. Dava para descansar um pouco mais na cama. Observando, certa vez, a linha de pro- dução e abate da firma, deparou-se com um fato curioso que fez-lhe pensar com seriedade. O abatedouro executava o chamado “abate hu- manitário”, onde os animais são respeitados e vivem com dignidade todos os seus dias. Certa ocasião, resolveu o rapaz assistir passo a pas- so, como os bois e vacas eram tratados nos momentos finais de vida. Sentou-se conforta- velmente num banquinho, bem perto do corre- dor final ou mangueira, por onde dois bois aca- www.varaldobrasil.com                                                                                      18 
  • 19. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  O MENINO E O ESPAÇO Por Cintia Maria de Medeiros Ele era um menino igual a cem mil outros meninos do mundo, tinha o ar curioso e vontade de explorar planetas. Via o pequeno príncipe viajando por entre cometas, e queria   fazer o mesmo...bem, mas ele não tinha um cometa...como chegar ao céu? Começou a namorar a lua, olhava pra ela...e se perguntava, como chegar até ela? Estava tão distante, não havia como chegar até ela...!! Começou então a observar o céu, estudava seus detalhes...queria viajar o universo, fazer morada num planeta bem distante de tudo que encontrou aqui na Terra. Decidiu-se por Plutão, nem grande nem pequeno...mas distante o bastante de um prato de cuscuz!! Correu pro laboratório e pôs-se então a planejar...passava horas observando o céu, e todos os seus planetas...aprendeu a se guiar pelas estrelas, e sabia exatamente cada ciclo de cada um passava...!! Mas como chegar ao céu? Queria viajar entre os planetas, o mundo era pequeno demais pros seus pensamentos...!! Resolveu inventar uma máquina de tele transporte...que pudesse viajar no tempo e no espaço. Foram meses juntando peças, projetando minúcias que não permitissem a menor sombra de falhas...e muitas falhas, problemas e dificuldades...ora ela pegava, ora ela quebrava...!! E novas peças vinham, novas formas iam se adaptando e novas dificuldades chegavam...!! Ele olhava pro céu, via os planetas tão distantes e tudo que queria era chegar ao céu, viajar entre os planetas e fazer morada em Plutão, mas como chegar?! A máquina não pegava... Foi então que teve uma ideia, voltou pro laboratório e começou a observar sua invenção. Lembrou-se de uma peça antiga que havia comprado já algum tempo em de suas viagens, lá na França...era uma chave elétrica, que ele nem sabia se funcionava...não custava tentar...!! www.varaldobrasil.com                                                                                      19 
  • 20. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Fez alguns testes, e nada...!! Como viajar entre os planetas?! Tenta daqui, tenta dali...e haja graxa!! Mas não é que a danada pegou?! Só faltava desco- brir se funcionava... O fim eu não sei, o menino, como num passe de mágica sumiu...desconfio que esteja mo- rando em Plutão, viajando entre os Planetas...mas com a Terra ele não quis mais conversa, e jurou que se um dia fosse nunca mais comeria cuscuz...o que ele não sabe é que na sua bolsa eu coloquei um pacote de fubá!!     www.varaldobrasil.com                                                                                      20 
  • 21. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013        Sarah Venturim Lasso  .........O guia do mochileiro das galáxias? Em clima de “fim de mundo” este livro dá certo tom de humor ao fim do nosso querido planeta. Em meio a toalhas e aliens que reci- tam poemas, tudo pode acontecer quando um terráqueo fica sem lar. O filme não deixa por menos, mas confesso que o livro dá mais as- sas a imaginação, como sempre! E pelo menos ficamos gratos de não viver em um planeta, como os personagens visitaram, onde quando se tem uma ideia ou quan- do pensa, ganha-se uma pá na cara!   Diversão na certa pro dia do fim do mundo!   Venha participar conosco da edição de março da revista VARAL DO BRASIL! O tema: MULHER, UM UNIVERSO. Peça o formulário de inscrição através de nosso e-mail varaldobrasil@gmail.com Inscrições abertas até 10 de fevereiro. Imagem: http://www.freegreatpicture.com/f www.varaldobrasil.com                                                                                      21 
  • 22. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Reciclagem de Pilhas e Baterias   Ar go: Reprodução  Fonte: h p://www.infoescola.com/    As pilhas e baterias são compostas por metais maléficos à saúde do ser humano e nocivos ao meio ambiente, co- mo o mercúrio, chumbo, cobre, zin- co, cádmio, manganês, níquel e lítio. No Brasil, são mais de 1 bilhão de pilhas e cerca de 400 milhões de baterias de celular produzidas e comercializadas todos os anos. Grande parte das pilhas e baterias descartadas são joga- das no lixo comum sem nenhum tratamento técnico específico. Desde o ano 2000, no Brasil, há uma obrigatoriedade que exige que pilhas e baterias sejam fabricadas com quantidades míni- mas ou nulas de metais poluidores como os citados anteriormente. Essa exigência faz parte da resolução n° 257 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) de 1999. A resolução foi lançada para coibir os pronunciamentos de diversas empre-   sas que insistiam em afirmar que o descarte de pilhas e baterias no meio ambiente era algo na- turalmente aceitável e não nocivo à saúde humana e do meio ambiente. Segundo o Conama, só é possível jogar as pilhas no lixo comum se houver manejo sustentável nos aterros sanitários. No Brasil, somente 10% dos aterros são gerenciados com manejo. Mui- tas pilhas consumidas no Brasil são provenientes de contrabando e são produtos que estão fora do padrão de segurança e qualidade exigido pelo Conama. Em nosso país, a reciclagem de pilhas e baterias é mínima, as pessoas ainda possuem a cul- tura de descartar pilhas usadas no lixo comum e de não levar uma bateria de celular usada, por exemplo, nos postos de coleta das operadoras. Segundo dados de 2008, somente 1% das pi- lhas descartadas são recicladas. Cerca de 1% do lixo urbano é composto por resíduos sólidos tóxicos. Grande parte desses resí- duos, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) são restos de lâmpadas fluorescen- tes, latas de inseticidas e tintas, termômetros, pilhas e bateria. Se a reciclagem de pilhas e baterias em nosso país ainda não representa um número satisfató- rio pela falta de consciência por parte do consumidor, postos de coletas nas lojas, fiscalização nos procedimentos de retirada por parte das empresas e, sobretudo, de uma legislação e edu- cação que incentive tais causas para reciclagem, uma forma de tentar mitigar o impacto ambi- ental causado pelas pilhas e baterias é substituir, na produção, os metais pesados por novos insumos não nocivos . Estuda-se a possibilidade de extinguir as pilhas comuns pelas pilhas alcalinas ou por pilhas re- carregáveis na tentativa de diminuir o descarte e o uso de metais pesados. Fontes: http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-pilhas-baterias.htm http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/pilhas_e_baterias/pilhas_e_baterias.html  www.varaldobrasil.com                                                                                      22 
  • 23. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  - Medida Provisória nº 2186-16 Leis Ambientais Brasileiras (ano 2001) As principais leis brasileiras sobre a defesa do meio ambiente, legislação ambiental brasileira   - deliberou sobre o acesso ao patri- mônio genético, acesso e proteção Ar go: Reprodução  ao conhecimento genético e ambi- ental, assim como a repartição dos Fonte: h p://www.suapesquisa.com/  benefícios provenientes.   - Lei de Biossegurança - Lei nº Principais leis de proteção ambi- 11105 (ano 2005) ental no Brasil - estabeleceu sistemas de fiscaliza- ção sobre as diversas atividades que envolvem organismos modifi- - Novo Código Florestal Brasilei- cados geneticamente. ro - Lei nº 4771/65 (ano 1965) - Lei de Gestão de Florestas Pú- - promulgada durante o segundo blicas - Lei nº 11284/2006 (ano ano do governo militar, estabeleceu 2006) que as florestas existentes no terri- tório nacional e as demais formas - normatizou o sistema de gestão   de vegetação, ...são bens de interes- florestal em áreas públicas e criou se comum a todos os habitantes do um órgão regulador (Serviço Flo- País. restal Brasileiro). Esta lei criou também o Fundo de Desenvolvi- - Política Nacional do Meio Am- mento Florestal. biente - Lei nº 6938/81 (ano 1981) - Medida Provisória nº 458/2009 - tornou obrigatório o licenciamen- (ano 2009) to ambiental para atividades ou em- preendimentos que possam degra- - estabeleceu novas normas para a regularização de dar o meio ambiente. Aumentou a terras públicas na região da Amazônia.   fiscalização e criou regras mais rí- gidas para atividades de mineração, construção de rodovias, exploração de madeira e construção de hidrelé- tricas. - Lei de Crimes Ambientais - De- creto nº 3179/99 (ano 1999) - instituiu punições administrativas e penais para pessoas ou empresas que agem de forma a degradar a natureza. Atos como poluição da água, corte ilegal de árvores, morte de animais silvestres tornaram-se crimes ambientais. - Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SUNC) - Lei nº 9985/2000 (ano 2000) - definiu critérios e normas para a criação e funcionamento das Uni- dades de Conservação Ambiental. www.varaldobrasil.com                                                                                      23 
  • 24. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013    ORAÇAO DO AMOR               GRATIDÃO    Por Cléo Reis      O que posso fazer para agradecer ao Criador?...  Pelos meus olhos  que  enxergam tanta Beleza !      A minha inteligência  que me  liga à Natureza  Meus ouvidos  ouvem  Poesia  Minha alma   abraça    amigos    Quanto mais posso orar ?  ao som das cascatas  entre flores perfumadas  sob o  céu como altar!    Amar  a Vida e todas as pessoas   parece pouco  O que mais posso fazer ?  além do silêncio  e comunhão,  êxtase  do Evangelho  em meu  coração...    Posso fomentar a esperança  de  como Trigo florescer   e entre homens  em descaminhos,  a tudo  o Amor  sobreviver.  www.varaldobrasil.com                                                                                      24 
  • 25. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Oração de São Francisco de Assis Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união;   Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna.   www.varaldobrasil.com                                                                                      25 
  • 26. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Evoluindo Consegue hoje fazer de tudo. E ele conseguiu até, Por Encurtar a vida Domingos Alberto Richieri Nuvolari Já restrita do homem. O homem conseguiu Vem o sol nascente, Destruir o único objeto Arrasando o orvalho, da Vida. O encanto de viver! O resto que sobrou, Da noite enluarada. O sol iluminando, Desbravando os Vastos campos, as Vastas florestas.   Já um pouco ardente, Os pássaros cantam, As aves gorjeiam, O belo mundo vivo começa. O vento assoviando, entre os belos picos, O mundo flagelado de Um passado, um passado Marcante. hoje o sol também nasce, E ilumina o resto de Fumaça que sobrou Do dia anterior. Foto: Malyfred   E ele ilumina Os belos andares da Vida moderna. Da fumaça que faz parte, Deste mundo de hoje. O homem evoluiu, e como www.varaldobrasil.com                                                                                      26 
  • 27. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Sou baiana Por Ednaldo Muniz Sou baiana guerreira De sangue africano, Sou baiana guerreira africana. Sou baiana Da gema do ovo   De São Salvador. Sou negra do Abaeté De pernas pra vê, Sambar pra você. Sou negra baiana De muito sabor. Mistério, lenda, Tradição, religião, Candomblé, Capoeira. Quem vai tirar do meu Coração? Sou da Bahia guerreira Da gema do ovo De São Salvador.   www.varaldobrasil.com                                                                                      27 
  • 28. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  O CERRADO, FAZENDEIROS E uma área de 2 milhões de Km², abrangendo dez esta- dos do Brasil Central. Nas décadas de 40 e 50, havia ONÇAS PINTADAS no Brasil muito maior extensão de cerrado, assim Por Eliane Accioly como de outros biossistemas. http://www.portalbrasil.eti.br/cerrado.htm). A arte é feita do lugar natal, aquele de nossa língua Volto ao Triângulo Mineiro e não vejo mais cerrado, materna. Para mim, o cerrado é matéria prima, a fon- apenas poucas reservas, quase todas em fazendas ou te na qual bebo. Lembro-me de nós, crianças, no ma- condomínios de luxo, particulares. Imagino que pos- to, como chamávamos o cerrado. Arbustos retorci- sa haver reservas maiores do governo, mas preciso dos, rios de fluxo rápido, ribeirões transparências pesquisar para afirmar. macias e brilhantes, e poços ribeirinhos onde se po- Em uma ida ao Triângulo escutei reclamações de dia nadar. E as matas, pois no cerrado também as há. fazendeiros, revoltados com as onças-pintadas. Elas Emas correndo soltas, seriemas e nuvens barulhentas comem bezerros em profusão, afirmavam. Perguntei: de periquitos, maritacas, tucanos. Tatus e tamanduás - Como assim? Onças no meu tempo nunca apareci- -bandeira quando havia sorte, porque são medrosos am. Onça comendo bezerro? do humano. Aliás, como todos os bichos selvagens.   O que ocorre, no meu entender, é que as fazendas Do cerrado me ficaram os amplos horizontes, o si- invadiram as matas, enormemente desbastadas. As lêncio quebrado por gritos de pássaros e rajadas de reservas ecológicas obedecem ao chamado limite vento. Bicho e vento, feitos de silêncio, como o ruí- legal. Os fazendeiros dizem: - Não posso derrubar do do mar, que conheci bem mais tarde. Não tenho toda a mata, mas o que puder vou desmatar para medo de onça pintada, lobo guará, cobra. De calan- plantar eucalipto, ou criar gado, ou plantar soja... O go, muito menos. Fico horas olhando para um deles lucro. parado, quentando sol. Vivi no cerrado nas décadas de 40 e 50. Talvez, ain- (Segue)  da exista em mim a ilusão da liberdade, gerada pela imensidão do olhar, que no cerrado nunca chegava ao fim. O olhar resvalava no horizonte e seguia além. Havia, sim, o dia que se findava, quando a noi- te caía sobre nós. E ninguém se machucava. Era hora de ouvir as histórias dos peões, do meu avô Moisés, do Mario, o administrador da fazenda... Contavam das casas mal-assombradas, do poço preferido do Velho do Rio, muito perigoso para as crianças, da pedra onde as iaras se espraiavam, saindo do fundo do rio, de manhãzinha ou ao pôr sol. Casas, poços e pedras, pontos mapeados. Pesquisas na Internet mostram que o cerrado foi a segunda maior formação vegetal brasileira, habitat riquíssimo em sua diversidade de fauna, flora, mine- rais, água. Originalmente, o cerrado estendia-se por www.varaldobrasil.com                                                                                      28 
  • 29. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Por que onças-pintadas comem bezerros? Os fazendeiros dizem que é mais fácil comer bezerro desvalido, dá menos trabalho. Seriam as onças preguiçosas? Não acredito em onça preguiçosa, em onça acuada, sim. As matas foram invadidas e descaracterizadas, não invadiram as fazendas. E os animais das matas? Não reconhecem mais seu território neste habitat estraçalhado. Onça é natureza. Nós, animais-humanos, tam- bém somos natureza. Sem acreditar nisto, nos dissociamos.      www.varaldobrasil.com                                                                                      29 
  • 30. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Flutuar da pétala    Por Evelyn Cieszynski    flor que  lentamente cai  no abismo      aos poucos  suas pé ta las  se despedaçam    e quando  encontra o chão  só resta    pólen.  www.varaldobrasil.com                                                                                      30 
  • 31. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  BERINGELAS RECHEADAS  Fonte: h p://www.receitasvegetarianas.net/  NGREDIENTES PARA 6 PESSOAS 225 g de lentilhas 850 ml de água 2 dentes de alho, esmagados 3 beringelas 200 ml de óleo vegetal 2 cebolas, picadas 4 tomates, picados 2 colheres de chá de sementes de cominho 1 colher de chá de canela em pó 2 colheres de sopa de pasta de caril pouco picante 1 colher de chá de malagueta, picada 2 colheres de sopa de hortelã, picada Sal Pimenta Iogurte natural e raminhos de hortelã, para servir PREPARAÇÃO DAS BERINGELAS RECHEADAS - Enxague as lentilhas em água fria corrente. Escorra e coloque numa panela com água e alho.   Tape e coza durante cerca de 30 minutos. - Coza as beringelas numa panela com água a ferver durante 5 minutos. Escorra e mergulhe-as depois em água fria durante 5 minutos. Escorra de novo, corte as beringelas ao meio longitudinal- mente e retire-lhes a maior parte da polpa e reserve, deixando uma margem de 1 cm de espessu- ra para formar uma concha. - Coloque as conchas de beringela numa assadeira untada pouco funda, pincele com um pouco de óleo e polvilhe com sal e pimenta. Coza no forno previamente aquecido, a 190° C, durante cerca de 10 minutos. Entretanto, aqueça metade do restante óleo numa frigideira, junte as cebolas e os tomates e cozinhe, em lume brando, durante 5 minutos. Corte a polpa da beringela reservada, acrescente à frigideira com as especiarias e cozinhe lentamente durante 5 minutos. Tempere com sal. - Adicione as lentilhas, a maior parte do restante óleo, reservando um pouco para mais tarde, e a hortelã. Deite a mistura nas conchas de beringela. Regue com o restante óleo e coza durante 15 minutos no forno. Sirva as beringelas recheadas quentes ou frias, com uma colherada de iogur- te natural e raminhos de hortelã por cima. www.varaldobrasil.com                                                                                      31 
  • 32. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Planeta Terra  Por Flávia Assaife Formado pela agregação de poeiras cósmicas Por aquecimentos e resfriamentos gravitacionais Planeta que compõem o sistema solar Possui forma ondulada e elipsoidal com 3/4 de sua superfície formada por água... Este é o Planta Terra: a nossa morada! Nele vivemos há milhões de anos protegidos da radioatividade vinda do sol e das estrelas pelo campo magnético formado entre o núcleo e a atmosfera. E o que NÓS fazemos para proteger a Terra? Sua crosta ou litosfera composta por oxigênio, silício, alumínio, magnésio e ferro está em constante movimento lento e contínuo... Neste planeta a biosfera proporciona a propagação da vida pelo adequado equilíbrio entre a hidrosfera, atmosfera e litosfera! E o que o ser humano tem feito para manter o equilíbrio da vida na Terra?   Com um ecossistema equilibrado e perfeito, Os seres vivos foram desenvolvendo-se, adequando-se... Tornando rica a biodiversidade, Povoando este lugar, fazendo dele o seu lar. E hoje? Que espécie de ser vivo habita neste lugar? As relações entre os seres vivos e os elementos físicos da natureza começaram a se dete- riorar... A cobiça do homem avassala o seu próprio habitat. Consome sem pudor, destrói em nome do progresso, E o pior, tem consciência dos reflexos... Que tipo de herança estaremos deixando para o local que chamamos de lar? Aquecimento global? Planeta sustentável? Alguns acreditam que são ações sem igual... Outros percebem o quão a luta é desigual. Aniquilam, devastam aos poucos um Planeta fenomenal... O lar de nossos ancestrais, O lar de nossos pais! E, será que este ainda poderá ser chamado de lar pelos filhos de nossos filhos? Pelos netos, dos nossos netos? O que estamos fazendo para cuidar Dele, para preservá-lo? Basta de esperar que outros façam Basta de reclamar e nada fazer Basta de somente assistir aos jornais na TV É preciso agir É preciso fazer acontecer O Planeta TERRA pede socorro para você! www.varaldobrasil.com                                                                                      32 
  • 33. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Tico, o cão gato Por Helena Akiko Kuno Era uma vez um gatinho muito levado chamado Tico. Em um belo dia Tico inventou a modinha de dar apelidos de mal gosto às pessoas. Ele chamou o cachorrinho Tigor de bobalhão, o passarinho Noé de cagão, o hamster Elepant de gorducho e provocou outros colegas também. Até o dia em que ele chamou uma pobre e velha gatinha de “velha coroca” e para sua surpresa, essa velhinha era uma fada jovem que não gostou nada do que Tico falou e lhe deu um castigo: - Você se transformará em cachorro toda lua cheia, para aprender a ser bom. Na primeira lua cheia, Tico gostou muito em se transformar em cachorro, mas depois a situação foi se complicando... até demais... Primeiro, ele quase foi pego pela carrocinha umas quatro vezes, depois conheceu ca- chorros durões que batiam nele e além de outras coisas ruins. Mas ele continuou com seu mau comportamento... Depois da 10ª lua cheia, Tico não voltou a ser gato e ficou muito preocupado. Ele então pediu perdão a Deus e para a fada por ter sido mau com todos. Nesse mo- mento a fada saiu do céu e disse:   -Prometa que nunca mais vai mentir? -Prometo. -Promete que nunca mais vai tirar sarro dos outros? -Prometo. -Então agora será de novo gato e terás a melhor vida do mundo! Mas lembre-se se tor- nar a fazer maldade, o castigo voltará. E nesse momento uma menina rica, que passava na rua, viu Tico sozinho e ficou encan- tada, pegou o gatinho no colo e cuidou dele para sempre. FIM Foto  Francine Ferreira   www.varaldobrasil.com                                                                                      33 
  • 34. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  CRIATURAS Por Isabel C S Vargas São Francisco de Assis é o autor de Cântico das Criaturas. Ao tomarmos contato com seu poema somos levados a pensar que o santo já se preocupava com o planeta, além de todo seu amor pelos animais. Quem são as criaturas louvadas por ele em sua oração? Podemos afir- mar que Criatura é todo universo. Extrapola o Planeta Terra. Pois se ele cantava as Criaturas e por elas demonstrava amor e estas criaturas abrangem o universo e até os seres menores, en- tão ele amava o universo, E quem ama cuida. Logo o universo deve ser cuidado e respeitado, Ele falava no sol que clareia o dia e nos ilumina, o Irmão Sol, na lua que com as estrelas são preciosas e belas e o céu enfeita. É belo seu dizer. Louva o ar, o vento, as nuvens. E não só, exalta a água, humilde, simples, casta e limpa. Vejam que modo terno de referir-se à natureza. Como alguém conhecedor e familiarizado. Com carinho, com respeito e sem distância. Exalta o irmão o fogo, alegre, forte, vigoroso e belo que às noites clareia. E, também enfeita. Todos estes elementos são obras magnânimas de Deus, Senhor Criador do Universo e neste universo ele cita a Irmã Terra. Nosso Planeta. A Mãe Terra - na qual vivemos, e nem sempre   temos o cuidado devido em preservar- que nos sustenta e governa, produz flores, frutos e er- vas. São Francisco não deixa escapar nada em sua oração de amor às criaturas. Devemos cuidar da terra, do solo que é fértil e nos sustenta, das águas, do céu, das nuvens, do ar, porque tudo é parte de um mesmo sistema que deve permanecer em equilíbrio para a preservação de todos. Aquilo que for jogado no universo será o que ele nos devolverá. Não existe ação sem reação, mesmo que essa não se produza de imediato. Catástrofes ocorrem após dezenas de anos em virtude de agressões absurdas ao meio ambiente. E quando se fala em meio ambiente é de mo- do amplo. O que fazemos aqui pode repercutir do outro lado do planeta e vice e versa. Logo, somos todos responsáveis- ou, pelo menos, deveríamos ser. Salvemos a Mãe Terra, Salvemos o Planeta, Salvemos o Universo. Principalmente de nossas ações impensadas. Não podemos só exigir dos demais. Façamos a nossa parte, mesmo que seja cuidando do riacho no fundo de nossa casa. Compromisso, respeito e amor pelo Planeta. E isso se faz evitando desmatamento, cuidando do lixo , não poluindo, cuidando da água, do solo, da atmosfera, evitando a destruição das camadas protetoras da terra, evitando o descon- gelamento das geleiras, evitando destruições de continentes, preservando a flora e a fauna, evi- tando derramamentos de petróleo que comprometem a vida marinha, evitando a pesca e a caça predatória. Enfim, é um conjunto de ações, com envolvimento de muitos, pois nada se faz sozi- nho. www.varaldobrasil.com                                                                                      34 
  • 35. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Cooperativas de catadores de papel e alumí- Reciclagem nio já são uma boa realidade nos centros ur- Artigo reprodução. Fonte: http:// banos do Brasil. www.suapesquisa.com/ Reciclagem de lixo, plástico, reciclagem de alumínio, reciclagem de papel, respeito ao meio-ambiente, coleta seletiva de lixo, reciclagem de plástico Introdução Muitos materiais como, por exemplo, Reciclar significa transformar o alumínio pode ser reciclado com um objetos materiais usados em no- nível de reaproveitamento de quase vos produtos para o consumo. 100%. Derretido, ele retorna para as Esta necessidade foi despertada linhas de produção das indústrias de pelos seres humanos, a partir do embalagens, reduzindo os custos para momento em que se verificou as empresas. os benefícios que este procedi- mento trás para o planeta Terra.   Muitas campanhas educativas têm Importância e vantangens da despertado a atenção para o problema reciclagem do lixo nas grandes cidades. Cada vez mais, os centros urbanos, com grande A partir da década de 1980, a produção de crescimento populacional, tem encon- embalagens e produtos descartáveis aumen- trado dificuldades em conseguir locais tou significativamente, assim como a produ- para instalarem depósitos de lixo. Por- ção de lixo, principalmente nos países desen- tanto, a reciclagem apresenta-se como volvidos. Muitos governos e ONGs estão co- uma solução viável economicamente, brando de empresas posturas responsáveis: o além de ser ambientalmente correta. crescimento econômico deve estar aliado à Nas escolas, muitos alunos são orien- preservação do meio ambiente. Atividades tados pelos professores a separarem o como campanhas de coleta seletiva de lixo e lixo em suas residências. Outro dado reciclagem de alumínio e papel, já são co- interessante é que já é comum nos muns em várias partes do mundo. grandes condomínios a reciclagem do lixo. No processo de reciclagem, que além de pre- servar o meio ambiente também gera rique- Assim como nas cidades, na zona zas, os materiais mais reciclados são o vidro, rural a reciclagem também acontece. o alumínio, o papel e o plástico. Esta recicla- O lixo orgânico é utilizado na fabrica- gem contribui para a diminuição significativa ção de adubo orgânico para ser utiliza- da poluição do solo, da água e do ar. Muitas do na agricultura. indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção. Um outro benefício da reciclagem é a quanti- dade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados es- tão buscando trabalho neste setor e conse- guindo renda para manterem suas famílias. www.varaldobrasil.com                                                                                      35 
  • 36. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Como podemos observar, se o homem souber utilizar os recursos da natureza, poderemos ter , muito em breve, um mundo mais limpo e mais desenvolvido. Desta forma, poderemos conquis- tar o tão sonhado desenvolvimento sustentável do planeta. Exemplos de Produtos Recicláveis - Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc.), garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro. - Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel. - Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio. - Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, embalagens e sacolas de supermercado.   www.varaldobrasil.com                                                                                      36 
  • 37. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  A TEIA DO INFNITO Por Ivane Laurete Perotti Grossas lágrimas cristalizadas pela dor ponteavam a superfície dos oceanos. Uma a uma mis- turavam-se ao líquido salgado das águas volumosas. Montanhas desvestidas dos verdes mantos encrespavam-se diante dos olhos perdidos. Um homem caminhava pelo deserto particular de sua desesperança. Só, desde o berço da alma vazia, buscava a razão para tamanho descrédito. Salve a Terra, gritava a memória! Salve a Terra, respondia o coração! Nem um eco no horizonte das possibilidades. As estrelas penduravam-se na dança das lágrimas tristes. O mar recebia o peso sem brilho abrindo espaço para o mergulho dolorido. Mistura insalubre golpeava os peixes, as baleias e os golfinhos. Caracóis de algas deslizavam sem vida pela corrente desvairada. Lágrimas desciam das estrelas coxas, mancas estrelas que perderam a cor. Pontas estrangu-   ladas de luz esgueiravam-se por entre as nuvens Salve a Terra, pediam os astros! Salve a Terra, clamavam! Um homem caminhava só. Montanhas desnudas cobriam o horizonte fosco rastreando perdidas linhas de trilhas antigas. A saudade do antes planeta azul caminhava só. Um homem triste carregava pesado fardo. O horizonte vazio aguardava expelindo mais um suspiro. Mais um... mais um... A teia do infinito tinha pressa em refazer-se nas poucas brumas que pairavam sobre o cume do tempo. Em tom de urgência, ouviam-se lamentos tragados pelo véu do inconformismo. Salve a Terra! Salve a Terra! Dos olhos do homem que caminhava só brotou um lampejo de entendimento: Salvo a Terra! Salva a Terra! Salvo-me! Pintura de Ivane Laurete Pero   www.varaldobrasil.com                                                                                      37 
  • 38. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  ORAÇÃO A TERRA Jandyra Abranches Ave! Bendita, Cheia de graça! Que ofereces generosa O fruto do teu ventre À colheita farta, Quando, atendendo Aos desejos das tuas entranhas, Lançam-te sementes de vida. Glorificada és, Por todas as criaturas,   Que de ti recebem O pão e o agasalho, Filhos abençoados De tua concepção. Santa protetora! Mãe de todas as messes, Que concebes Pelo santo espírito Do trabalho, Lança sobre nós, Que de ti procedemos, O dom abençoado Do crescimento E da multiplicação, Para que sejamos dignos De viver e herdar-te As benesses da vida. Para sempre glorificada, Bendita do altíssimo!! Amém. www.varaldobrasil.com                                                                                      38 
  • 39. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Meu pau de manga Linda árvore! Por José Cambinda Dala Aguardo ainda Mangueira linda! Com bastante afinco Quanto tempo espero? Poder repousar em sua sombra Para saborear seus frutos, Que com certeza Chupar o compacto sumo, Irá cobrir o meu acanhado quintal Mastigar suas bostelas Nos dias de sol ardente Sejam elas Verdes, vermelhas ou amarelas Por fim… Com certeza serão açucaradas e vitaminadas Imagino! Pois, recordo-me O benefício que há de nos dar Da manga que comi   A começar com a pureza do ar que respiramos Há três anos atrás O oxigénio produzido Cujo caroço não deitei fora E o controle da poeira pelas folhas Estendi por cima da casa E que depois de seco Meu pau de manga! Com ajuda duma enxada Enterrei… Não vejo a hora Aí onde estás hoje De seres autónomo, Ele havia rebentado De nossas águas não mais precisares E transformou-se em seu sustentáculo Porque suas raízes Que com bastante água fortifica-te. E a mãe Natureza farão de tudo Para que possas continuar Minha planta! Viver sempre em benefício de outros seres.   Espero você crescer Poder florescer Dar frutos e deixar amadurecer, Para trepar-te e cedo não descer E a vida conhecer Como um Macaco de fome a falecer, Agarrado em seus galhos Comer mangas maduras www.varaldobrasil.com                                                                                      39 
  • 40. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Três verdades de Belo Monte... Por José Carlos Paiva Bruno Acabo de assistir no YouTube um sensacional vídeo (os inspiradores devem ser o procurador Pontes e a jornalista Rebecca Sommer) sobre a polêmica de Belo Monte... Impressionante co- mo nossos atores & atrizes – da espetacular Maitê ao filho do Chico/Alcione (que aparenta quando crescer o genial Jô) – em fetiche ecológico, brilham sempre, é lógico! Mas como diz o sensato Fagner (que não está no vídeo): deixemos de coisa cuidemos da vida, pois se não che- ga à morte ou coisa parecida, e nos arrasta moço sem ter visto a vida... Então digo; preciso do que não seja indutivo... Usina famosa antes de fazer desenvolvimento daquela esquecida região será a terceira maior do mundo... Respeito os índios e mesmo saben- do de suas peripécias em contrabando de mogno, mutilações macabras Paiakan, extração de ouro com mercúrio (que não é permitida aos demais brasileiros), desejo o fim da balela; trela de serem sempre tutelados pela FUNAI. Devem escolher o SUS ou o PAJÉ, não dá pra acender a vela pra dois, incoerente pois... Temos um Projeto sério, que vem sendo desenvolvido – para acabar com a geração de energia via poluente diesel em Altamira e adjacências – desde 1975, e finalmente agora o IBAMA teve a coragem de conceder a licença. Sem energia não temos AMANHÃ gente... Agora pasmem com WE ARE THE WORLD adaptado para nosso sofisma REALY DREAM TEAM XINGU... Senhoras e senhores, espetaculares clamores, quase interna- cionais amores, de olho em nossa ribalta de fauna e flores!   Penso sinceramente pela consagrada Lei da Física: assim como dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, o mesmo vazio será ocupado... Então recomendo que BRASILEIROS, conservemos nossa soberania com sabedoria, quero além de Belo Monte com energia abun- dante ocupando nossa Amazônia, quero um corredor de usinas que permitam a pavimentação da sonhada TRANSAMAZÔNICA, desenvolvida até abrirmos passagem por terra ao Pacífico... O que, além de propiciar desenvolvimento doméstico com efetiva fiscalização de nossa cobiça- da floresta, nos tornará extremamente competitivos em exportações com fretes marítimos subs- tancialmente mais baratos para os tigres... Temos tecnologia e capacidade empreendedora para tanto; sejamos o país do futuro além do PRÉ-SAL... Ou também podemos ficar assistindo ví- deos e novelas vendo o tempo passar e a China avançar... Como diz de forma coerente o mes- mo time de gente: DEPENDE DE NÓS... Se nosso Major Archer plantou a Floresta da Tijuca, nossa terceira maior área verde urbana... Quanto fazer hoje? Com a tecnologia disponível? Evidente que se tivermos energia além de pri- mitivas pilhas... Então cuidado com as ilhas, de interesses diversos... Anversos avessos ao inte- resse BRASIL! Bem disse o físico Luiz Pinguelli Rosa em 2003: A persistência governamental em construir Belo Monte está baseada numa sólida estratégia de argumentos dentro da lógica e vantagens comparativas da matriz energética brasileira. Os rios da margem direita do Amazo- nas têm declividades propícias à geração de energia, e o Xingu se destaca, também pela sua www.varaldobrasil.com                                                                                      40 
  • 41. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  posição em relação às frentes de expansão econômica (predatória) da região central do país. O desenho de Belo Monte foi revisto e os impactos reduzidos em relação à proposta da década de 80. O lago, por exemplo, inicialmente previsto para ter 1.200 km2, foi reduzido, depois do encon- tro dos povos indígenas do Xingu, para 400 km2. Já que estou catando meus recortes de bons Jornais, desejando sempre mais e melhor desen- volvimento, também pensando na Dona Beija sem blusa (Uau...), finalizo com O Estado de SP: ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas, disse que o Brasil tem potencial para produzir ener- gia elétrica com bagaço e palha de cana-de-açúcar. Isso equivale a três usinas Belo Monte dor- mindo no campo da cana brasileira. O fato ocorre porque não temos estratégia, ironiza e lamen- ta o ex-ministro...     PRESTIGIE OS CIRCOS QUE TEM ARTISTAS, MAS NAO TEM   ANIMAIS ESCRAVIZADOS! ANIMAIS EM CIRCO SAO MALTRATADOS COM A DESCULPA DE RECEBER TREINAMENTO. TREINA- MENTO PARA O SEU ENTRETENIMENTO! ACABE COM ISTO, NAO VA A CIRCO COM ANIMAIS! www.varaldobrasil.com                                                                                      41 
  • 42. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Planeta terra Adeus terra de meu pai! Estou partindo, mas outros, Dela querem alimentar Por José Hilton Rosa Chorarei a morte dos animais O homem querendo mais Deitado na lama seca, Não vejo o protetor das florestas De um rio que fora assassinado Não vejo mais o Curupira Com as mãos insanas do homem moderno Não cansa de ter sede do querer. Bebo da água formada pelas lágrimas, Da mãe santa natureza. Respirando sonhos dentro deste planeta Quero o sol, a chuva, os animais, ofertando paz!   Adeus, Adeus terra nossa Vou, quero que outros, um dia venham te visi- tar Terra onde me criei Tenho saudade de tudo que aqui encontrei Adeus, Adeus água do rio Onde um dia naveguei Olhar de longe A beleza que Deus criou Adeus, Adeus jatobá. Onde descansei meu suor Quero no futuro outros venham te visitar Relembrar sua sombra Onde nela me deitei Adeus, Adeus terra boa. Onde plantei tudo que dá Quero que outros de teu fruto venham alimen- tar Curou-me bebendo na tua fonte Adeus, Adeus terra de meu pai, www.varaldobrasil.com                                                                                      42 
  • 43. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  RIDÍCULO, MAS VERDADE Por Jacqueline Aisenman Estou numa sala de espera. Numa tela passa um documentário sobre os animais. Como preser- vá-los, como salvá-los, como fazer para não contribuir com a exterminação geral. Ligo o computador e pela internet vou observando o ser humano tornar-se cada vez mais uma ilha: uma ilha de homossexuais, uma ilha de afro-algumaoutracoisa, uma ilha de mulheres, uma ilha de amarelos, uma ilha de homens, uma ilha de brancos... Ilhas de pessoas...! E são tantos os termos para definir as enormes quantidades de minorias que nem me reconheço mais em al- guma delas. Qualquer hora morro afogada por não ter uma ilha específica para o meu caso...   Abro meus e-mails e ao invés de encontrar somente mensagens amigas, encontro dezenas de mensagens invasivas que me vendem tudo: de remédios para uma dor que não tenho a remé- dios para me aliviar de qualquer peso; de viagens ao redor do planeta até viagens ao paraíso, com a espada de várias religiões cravada em minha tela. Ligo a televisão é só se fala de gripe. Vacina para gripe, máscara para gripe, remédio para gripe, despesas enormes para prevenção e tratamento de gripe. Todos os outros assuntos são relega- dos aos segundos e terceiros e quartos planos. Inclusive todas as outras doenças (gravíssimas!). Neste planeta nosso que um dia, lá no alto, um homem admirado disse ser azul, estamos sobre- vivendo à mingua. Todos se criticam, se maltratam, se matam, disputam sem piedade espaços no chão, no céu e no mar. Colocaram uma cortina de guetos entre as pessoas e ninguém mais se vê como antes. Ser natural passou a ser incomum. Animais soltos na selva são a exceção e a alegria são os en- jaulados em zoológicos e circos. Hoje, se gritar, chamam a polícia antes de perguntar se você está bem e porque gritou. Hoje, se você se dirigir a alguém e não falar o "termo" correto, pode ser imediatamente processado. Hoje, se você crê em algo ou um ser superior, é um cretino; se não crê, é assediado porque deve ter um belzebu no corpo. Hoje, nem decidir sem mais nem menos pode: se não refletir antes, uma de suas ações pode provocar a ira de uma minoria... nem que seja uma de moradores do seu condomínio. E nem quero falar aqui de política, dinheiro e poder. Porque nestes assuntos a história é velha, velha como o ser humano e, por consequência, está apodrecendo junto... Indignações à parte, estamos caminhando, rápida e certeiramente, para a extinção da raça pela própria raça. Sem sutilidade. Com muitos absurdos, preconceitos, ódios e inveja disfarçados. Ridículo, mas verdade. www.varaldobrasil.com                                                                                      43 
  • 44. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  LASANHA DE ESPINAFRE COM REQUEIJÃO    Fonte: http://sabores.sapo.pt/ Ingredientes Massa de lasanha fresca: 1 embalagem Espinafres frescos: 500 g Cebola: 1 Alho: 2 dentes Requeijã o: 1 Molho de tomate: 1 pacote Azeite: 2 colheres de sopa Sal: q.b. Pimenta: q.b. Coentros: q.b. Queijo ralado: q.b.   Preparaçã o Prepare a massa de lasanha conforme as indicaçõ es na embalagem. Coza os espinafres du- rante dez minutos com um pouco de sal e azeite. Escorra-os e pique grosseiramente. Pique inamente a cebola e o alho e salteie em azeite, juntamente com os coentros. Quando esti- verem transparentes, junte os espinafres já cozidos. Esmague o requeijã o e tempere com sal e pimenta. Prepare um tabuleiro de ir ao forno, alternando uma camada de massa cozi- da com uma de recheio de espinafre e outra de requeijã o. A ú ltima camada deve ser de massa. Regue abundantemente com molho de tomate e polvilhe com o queijo ralado. www.varaldobrasil.com                                                                                      44 
  • 45. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  BRASIL Por José Luiz Pires Teus recantos, tuas artes, tua sensualidade, meu destino ! Imagino teus contornos, tuas fronteiras sensualmente recobertas e guarnecidas. Programo passeios e incursões, embarco em sonho por tuas belezas naturais.   Meus olhos não cansam de contemplar beleza sem par. De norte a sul viajo por todas as tuas regiões, derrapando em tuas curvas perigosas. Embrenho-me em tuas matas, exploro terras férteis no teu interior. Bebo das tuas águas cristalinas saciando minha sede. Escalo teus relevos, picos e montanhas. Aqueço-me com o teu calor, quero provar do teu mel, ver estrelas imaginando um diferente céu. Cavalgo por teus estreitos caminhos colhendo e deixando carinhos. É o poeta brasileiro redescobrindo o seu Brasil. www.varaldobrasil.com                                                                                      45 
  • 46. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Mãe Natureza Por Josselene Marques A Mãe Natureza sofre... Não entende a ingratidão de seus filhos. A Mãe Natureza reage... Não consegue suportar a dor em silêncio. A Mãe Natureza alerta... Não sobreviveremos sem mudança de hábitos. A Mãe Natureza quase agoniza... Não percebem que estamos caminhando para o fim?   www.varaldobrasil.com                                                                                      46 
  • 47. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  TUDO ESTÁ MUDANDO Algumas pessoas ridı́culas até sorriem para ironizar Autor: Lenival Nunes de Andrade Se seus familiares nã o lhe ensinam O mundo lá fora ensina Vivemos num tempo estranho e louco E triste essa sina Onde muitas pessoas má s e desonestas E ao que se destina Matam, roubam, derrubam matas e lorestas E por im determina E ainda acham pouco DEUS já mandou vá rios alertas Estamos nesse mundo de passagem Terrı́veis assombros e doenças Poré m devemos aproveitá -la A AIDS, o Câ ncer, o aquecimento global Só a palavra de DEUS nunca passará E esse calor terrı́vel e insuportá vel O verdadeiro amor é o divino Há muito tempo falsos profetas Preveem o im do mundo Quantos caminhos ainda andaremos? Que só se acabará quando DEUS quiser   Será que algué m ainda nos tornaremos? E todos humanos julgar vier Vá logo estudando e meditando A grande mentira é a verdade desse mundo Porque apesar de tudo e do nosso estudo Tudo está mudando Antigamente as meninas brincavam de boneca E os meninos jogavam time de botã o Ou Futebol de Mesa Como queiram os senhores Os casais nã o se entendem mais Dialogar e dizer a verdade como é preciso nã o dizem jamais Acabam se separando As pessoas comentando E as vezes até julgando Só nã o vê quem nã o quer O pior cego é aquele que nã o quer ver Caros humanos terráqueos, se não perdoarmos os erros dos outros seres humanos cometidos contra nós, será impossível viver, pois lembras o que JE- SUS falou na cruz antes de morrer? "Pai, perdoai- vos pois não sabem o que fazem". Lenival Nunes de Andrade www.varaldobrasil.com                                                                                      47 
  • 48. Varal do Brasil janeiro/fevereiro de 2013  Amazônia Por Magno Oliveira As aves não mais voam Os peixes não mais nadam Os pássaros não mais cantam As pessoas não mais se amam. Tudo isso por culpa do homem e a sua maldade Tudo por culpa do homem e a sua falta de caridade. As nossas matas desmatadas As nossas florestas devastadas Nossos animais em extinção Nosso medo da poluição. A Amazônia é nossa devemos protege lá A Amazônia é nossa devemos ama lá. Viva o verde, viva a Amazônia, Viva os índios, viva a alegria.   www.varaldobrasil.com                                                                                      48