SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Pensamento, Linguagem e
Aprendizagem
De Interpretatione (Aristóteles – 384-322
a.C.)
Os sons falados são símbolos das afecções
da alma, e as marcas escritas são símbolos
dos sons falados. E do mesmo modo que as
marcas escritas não são as mesmas para
todos os homens, os sons falados também
não são os mesmos para todos os homens.
Mas aquilo de que os sons falados são
signos, as afecções da alma, são as mesmas
para todos os homens. E aquilo a que as
afecções da alma são semelhantes, as
coisas reais, também são as mesmas para
todos os homens.
Segundo Aristóteles, os sons falados
mantêm uma relação de simbolização
para com o pensamento, assim como as
marcas escritas mantêm uma relação de
simbolização para com os sons falados.
Numa palavra, os sons falados e as marcas
escritas são símbolos estabelecidos por
convenção. Por isso mesmo, variam de
povo para povo.
Aristóteles está fazendo referência a uma
discussão ocorrida no diálogo Crátilo, de Platão
(428-348 a.C.), sobre a seguinte pergunta: qual é
a relação entre a linguagem e a natureza?
Hermógenes, oponente de Crátilo, sustenta que a
linguagem é um produto da natureza (physis, em
grego), e cita o exemplo das onomatopéias
(‘arara’, ‘au’, ‘ai’, ‘bum’etc. ). Crátilo sustenta que
a linguagem é produto da convenção (nomós, em
grego), e que as onomatopéias são uma pequena
parte da linguagem.
Voltando a Aristóteles, o pensamento
mantém uma relação de semelhança para
com as coisas reais ou realidade fora dele.
Podemos dizer que, para Aristóteles, o
pensamento é um espelho da realidade. A
relação entre o pensamento e as coisas reais
não é convencional ou cultural, mas
natural.
Assim, o pensamento seria semelhante à
realidade e aquilo a que o pensamento se
refere, ou seja, as coisas reais ou realidade em
geral, não variariam de povo para povo. Em
suma, segundo Aristóteles, para os mais
diferentes povos, haveria uma única realidade
e um único pensamento semelhante a essa
realidade.
Para poder simbolizar tanto o pensamento quanto
a realidade da qual o pensamento seria um mero
espelho, a linguagem teria de apresentar uma
determinada estrutura, uma estrutura simétrica ou
análoga à estrutura do pensamento e, em última
análise, simétrica ou análoga à estrutura da
realidade.
Assim, a linguagem possuiria uma
determinada estrutura gramatical que
simbolizaria a estrutura do pensamento e da
realidade da qual ele é um espelho. Assim, a
linguagem possuiria nomes ou substantivos,
próprios e comuns, porque na realidade há
coisas ou pessoas para serem nomeadas
(cadeiras, árvores, gatos, João etc). A
linguagem possuiria verbos, porque as coisas
ou pessoas na realidade passam por processos
ou executam ações (João pensa, árvores
crescem, gatos miam etc).
A linguagem possuiria adjetivos,
porque tanto coisas quanto pessoas são
dotadas de qualidades e propriedades,
que por sua vez seriam nomeadas por
esses adjetivos (grande, verde, bonito,
etc). A linguagem possuiria advérbios,
porque tanto os processos quanto as
qualidades podem ser qualificados ou
apresentar diferentes modos (João fala
muito, árvores crescem rápido, o verde
é escuro etc).
Aristóteles sustenta que conhecemos e
pensamos as coisas como são em si
mesmas, e usamos a linguagem para
descrevê-las exatamente como existem
em si mesmas, independentemente da
estrutura do pensamento e da própria
linguagem. É o que se conhece como
realismo (ingênuo).
O filósofo francês René Descartes (1596-1650)
pôs em dúvida esse realismo. Ele mostrou que
não temos acesso direto e imediato às coisas
reais supostamente independentes de nós, mas
somente às nossas próprias sensações dessas
coisas. Mas Descartes ainda tentou “construir
uma ponte” entre as nossas sensações
subjetivas e as coisas reais objetivas fora de
nós, apelando para a existência de Deus.
Mas os filósofos empiristas ingleses
levaram às últimas conseqüências o
ensinamento de Descartes. Berkeley
afirmou que “ser é ser percebido”, que as
coisas reais supostamente independentes de
nós não passam de um feixe de sensações,
representações ou ideias (ideas, em inglês).
(Ele teve de acrescentar depois que “ser é
perceber e ser percebido”). Em oposição a
Aristóteles, Berkeley defendeu o que se
conhece hoje como idealismo.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Ibet tgd - 2012 teoria da linguagem ii - dra clarice araújo
Ibet   tgd - 2012 teoria da linguagem ii - dra clarice araújoIbet   tgd - 2012 teoria da linguagem ii - dra clarice araújo
Ibet tgd - 2012 teoria da linguagem ii - dra clarice araújoTacio Lacerda Gama
 
Filosofia da-linguagem-3ano
Filosofia da-linguagem-3anoFilosofia da-linguagem-3ano
Filosofia da-linguagem-3anoEuna Machado
 
Filósofos Pré-Socráticos
Filósofos Pré-SocráticosFilósofos Pré-Socráticos
Filósofos Pré-SocráticosJecyane
 
Carla geanfrancisco filosofia para iniciantes - resumo
Carla geanfrancisco   filosofia para iniciantes - resumoCarla geanfrancisco   filosofia para iniciantes - resumo
Carla geanfrancisco filosofia para iniciantes - resumoCarla Geanfrancisco Falasca
 
Os pré socráticos
Os pré socráticosOs pré socráticos
Os pré socráticosMarina Leite
 
OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
OS PRIMEIROS FILÓSOFOSOS PRIMEIROS FILÓSOFOS
OS PRIMEIROS FILÓSOFOSIsabel Aguiar
 
Os Filósofos Pré-Socráticos - Prof. Altair Aguilar.
Os Filósofos Pré-Socráticos - Prof. Altair Aguilar.Os Filósofos Pré-Socráticos - Prof. Altair Aguilar.
Os Filósofos Pré-Socráticos - Prof. Altair Aguilar.Altair Moisés Aguilar
 
Aula her clito e parm-nides
Aula   her clito e parm-nidesAula   her clito e parm-nides
Aula her clito e parm-nidesElaine Machado
 
Historia da filosofia pré socráticos
Historia da filosofia pré socráticosHistoria da filosofia pré socráticos
Historia da filosofia pré socráticosMarcus Vinicios
 
Os filósofos pré socráticos - 1º em
Os filósofos pré socráticos - 1º emOs filósofos pré socráticos - 1º em
Os filósofos pré socráticos - 1º emRudi Lemos
 
FilóSofos Da Natureza
FilóSofos Da NaturezaFilóSofos Da Natureza
FilóSofos Da Naturezaguestf1f2cd
 
Filosofia da linguagem e Ciência da informação
Filosofia da linguagem e Ciência da informaçãoFilosofia da linguagem e Ciência da informação
Filosofia da linguagem e Ciência da informaçãolugracioso
 
Conhecimento no crátilo
Conhecimento no crátiloConhecimento no crátilo
Conhecimento no crátiloMarliQLeite
 
Pré socráticos
Pré socráticosPré socráticos
Pré socráticosrafaforte
 

Mais procurados (20)

Ibet tgd - 2012 teoria da linguagem ii - dra clarice araújo
Ibet   tgd - 2012 teoria da linguagem ii - dra clarice araújoIbet   tgd - 2012 teoria da linguagem ii - dra clarice araújo
Ibet tgd - 2012 teoria da linguagem ii - dra clarice araújo
 
Filosofia da-linguagem-3ano
Filosofia da-linguagem-3anoFilosofia da-linguagem-3ano
Filosofia da-linguagem-3ano
 
Filósofos Pré-Socráticos
Filósofos Pré-SocráticosFilósofos Pré-Socráticos
Filósofos Pré-Socráticos
 
Carla geanfrancisco filosofia para iniciantes - resumo
Carla geanfrancisco   filosofia para iniciantes - resumoCarla geanfrancisco   filosofia para iniciantes - resumo
Carla geanfrancisco filosofia para iniciantes - resumo
 
Os pré socráticos
Os pré socráticosOs pré socráticos
Os pré socráticos
 
OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
OS PRIMEIROS FILÓSOFOSOS PRIMEIROS FILÓSOFOS
OS PRIMEIROS FILÓSOFOS
 
Os Filósofos Pré-Socráticos - Prof. Altair Aguilar.
Os Filósofos Pré-Socráticos - Prof. Altair Aguilar.Os Filósofos Pré-Socráticos - Prof. Altair Aguilar.
Os Filósofos Pré-Socráticos - Prof. Altair Aguilar.
 
Aula 04 e 05 - Os Pré-Socráticos
Aula 04 e 05 - Os Pré-SocráticosAula 04 e 05 - Os Pré-Socráticos
Aula 04 e 05 - Os Pré-Socráticos
 
Filosofia
FilosofiaFilosofia
Filosofia
 
Aula her clito e parm-nides
Aula   her clito e parm-nidesAula   her clito e parm-nides
Aula her clito e parm-nides
 
Historia da filosofia pré socráticos
Historia da filosofia pré socráticosHistoria da filosofia pré socráticos
Historia da filosofia pré socráticos
 
Resumo FILOSOFIA
Resumo FILOSOFIAResumo FILOSOFIA
Resumo FILOSOFIA
 
Os filósofos pré socráticos - 1º em
Os filósofos pré socráticos - 1º emOs filósofos pré socráticos - 1º em
Os filósofos pré socráticos - 1º em
 
FilóSofos Da Natureza
FilóSofos Da NaturezaFilóSofos Da Natureza
FilóSofos Da Natureza
 
Filosofia da linguagem e Ciência da informação
Filosofia da linguagem e Ciência da informaçãoFilosofia da linguagem e Ciência da informação
Filosofia da linguagem e Ciência da informação
 
Pré socráticos
Pré socráticosPré socráticos
Pré socráticos
 
Conhecimento no crátilo
Conhecimento no crátiloConhecimento no crátilo
Conhecimento no crátilo
 
Es Raula23[1]
Es Raula23[1]Es Raula23[1]
Es Raula23[1]
 
Filósofos pré socráticos
Filósofos pré socráticosFilósofos pré socráticos
Filósofos pré socráticos
 
Pré socráticos
Pré socráticosPré socráticos
Pré socráticos
 

Destaque

Desenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento da linguagemDesenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento da linguagemHeles Souza
 
Psicologia função simbólica e desenvolvimento da linguagem
Psicologia  função simbólica e desenvolvimento da linguagemPsicologia  função simbólica e desenvolvimento da linguagem
Psicologia função simbólica e desenvolvimento da linguagempsicomania
 
Aquisição e desenvolvimento da linguagem na multideficiência 2
Aquisição e desenvolvimento da linguagem na multideficiência 2Aquisição e desenvolvimento da linguagem na multideficiência 2
Aquisição e desenvolvimento da linguagem na multideficiência 2Ana Paula Santos
 
Fase do desenvolvimento (1)
Fase do desenvolvimento (1)Fase do desenvolvimento (1)
Fase do desenvolvimento (1)Gil Pereira
 
Desenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento da linguagemDesenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento da linguagembecresforte
 
A criança e a linguagem: o desenvolvimento da linguagem oral
A criança e a linguagem: o desenvolvimento da linguagem oralA criança e a linguagem: o desenvolvimento da linguagem oral
A criança e a linguagem: o desenvolvimento da linguagem oraldilmadosanjos
 
Desenvolvimento Infantil
Desenvolvimento InfantilDesenvolvimento Infantil
Desenvolvimento Infantilaevelynrocha
 
Pensamento e a aquisição da linguagem
Pensamento e a aquisição da linguagemPensamento e a aquisição da linguagem
Pensamento e a aquisição da linguagemJanaine_jls
 
Desenvolvimento Infantil
Desenvolvimento InfantilDesenvolvimento Infantil
Desenvolvimento Infantilestercotrim
 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
Desenvolvimento da Fala e da LinguagemDesenvolvimento da Fala e da Linguagem
Desenvolvimento da Fala e da LinguagemKelly Moreira
 
Fase do desenvolvimento
Fase do desenvolvimentoFase do desenvolvimento
Fase do desenvolvimentoGil Pereira
 

Destaque (13)

Desenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento da linguagemDesenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento da linguagem
 
Psicologia função simbólica e desenvolvimento da linguagem
Psicologia  função simbólica e desenvolvimento da linguagemPsicologia  função simbólica e desenvolvimento da linguagem
Psicologia função simbólica e desenvolvimento da linguagem
 
Aquisição e desenvolvimento da linguagem na multideficiência 2
Aquisição e desenvolvimento da linguagem na multideficiência 2Aquisição e desenvolvimento da linguagem na multideficiência 2
Aquisição e desenvolvimento da linguagem na multideficiência 2
 
Linguagem histórica
Linguagem histórica Linguagem histórica
Linguagem histórica
 
Fase do desenvolvimento (1)
Fase do desenvolvimento (1)Fase do desenvolvimento (1)
Fase do desenvolvimento (1)
 
Desenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento da linguagemDesenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento da linguagem
 
A criança e a linguagem: o desenvolvimento da linguagem oral
A criança e a linguagem: o desenvolvimento da linguagem oralA criança e a linguagem: o desenvolvimento da linguagem oral
A criança e a linguagem: o desenvolvimento da linguagem oral
 
Desenvolvimento Infantil
Desenvolvimento InfantilDesenvolvimento Infantil
Desenvolvimento Infantil
 
Pensamento e a aquisição da linguagem
Pensamento e a aquisição da linguagemPensamento e a aquisição da linguagem
Pensamento e a aquisição da linguagem
 
Aula sobre vygotsky
Aula sobre vygotskyAula sobre vygotsky
Aula sobre vygotsky
 
Desenvolvimento Infantil
Desenvolvimento InfantilDesenvolvimento Infantil
Desenvolvimento Infantil
 
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
Desenvolvimento da Fala e da LinguagemDesenvolvimento da Fala e da Linguagem
Desenvolvimento da Fala e da Linguagem
 
Fase do desenvolvimento
Fase do desenvolvimentoFase do desenvolvimento
Fase do desenvolvimento
 

Semelhante a Pensamento, linguagem e aprendizagem

A linguagem marilena chauí
A linguagem   marilena chauíA linguagem   marilena chauí
A linguagem marilena chauíGerson Vicente
 
Aula do dia 02 10 - dra. clarice von
Aula do dia 02 10 - dra. clarice vonAula do dia 02 10 - dra. clarice von
Aula do dia 02 10 - dra. clarice vonFernanda Moreira
 
Filosofia unidade IV (Elvira)
Filosofia unidade IV (Elvira)Filosofia unidade IV (Elvira)
Filosofia unidade IV (Elvira)joao paulo
 
Aristóteles e sua Filosofia
Aristóteles e sua FilosofiaAristóteles e sua Filosofia
Aristóteles e sua FilosofiaHilton Rosas
 
Aula dia 24 09-13 - dra. fabiana tomé
Aula dia 24 09-13 - dra. fabiana toméAula dia 24 09-13 - dra. fabiana tomé
Aula dia 24 09-13 - dra. fabiana toméFernanda Moreira
 
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj d
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj dLinguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj d
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj dHenriqueAlbuquerque34
 
Interpretação e tradução 2013-2 - Teoria Geral do Direito
Interpretação e tradução   2013-2 - Teoria Geral do DireitoInterpretação e tradução   2013-2 - Teoria Geral do Direito
Interpretação e tradução 2013-2 - Teoria Geral do DireitoFabiana Del Padre Tomé
 
Símbolos blog
Símbolos   blogSímbolos   blog
Símbolos blogdinicmax
 
Mundos distópico e corpos pós humanos final
Mundos distópico e corpos pós humanos finalMundos distópico e corpos pós humanos final
Mundos distópico e corpos pós humanos finalSandra Mina
 
Aristoteles bases do pensamento logico e cientifico
Aristoteles bases do pensamento logico e cientificoAristoteles bases do pensamento logico e cientifico
Aristoteles bases do pensamento logico e cientificoMilton Fabiano Silva
 
Thomas knauer
Thomas knauerThomas knauer
Thomas knauerRondelix
 
Semantica pires de oliveira intro linguistica
Semantica pires de oliveira intro linguisticaSemantica pires de oliveira intro linguistica
Semantica pires de oliveira intro linguisticajefreirocha
 

Semelhante a Pensamento, linguagem e aprendizagem (20)

Linguagem
LinguagemLinguagem
Linguagem
 
A linguagem marilena chauí
A linguagem   marilena chauíA linguagem   marilena chauí
A linguagem marilena chauí
 
Conceitos da semiótica
Conceitos da semióticaConceitos da semiótica
Conceitos da semiótica
 
Linguagem e pensamento.pptx
Linguagem e pensamento.pptxLinguagem e pensamento.pptx
Linguagem e pensamento.pptx
 
Aula do dia 02 10 - dra. clarice von
Aula do dia 02 10 - dra. clarice vonAula do dia 02 10 - dra. clarice von
Aula do dia 02 10 - dra. clarice von
 
Pré-socraticos.pptx
Pré-socraticos.pptxPré-socraticos.pptx
Pré-socraticos.pptx
 
Filosofia unidade IV (Elvira)
Filosofia unidade IV (Elvira)Filosofia unidade IV (Elvira)
Filosofia unidade IV (Elvira)
 
Aristóteles e sua Filosofia
Aristóteles e sua FilosofiaAristóteles e sua Filosofia
Aristóteles e sua Filosofia
 
Aula dia 24 09-13 - dra. fabiana tomé
Aula dia 24 09-13 - dra. fabiana toméAula dia 24 09-13 - dra. fabiana tomé
Aula dia 24 09-13 - dra. fabiana tomé
 
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj d
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj dLinguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj d
Linguagem - Aula - as idhskdjaslkjdasljdçlsaj d
 
Capitulo 1
Capitulo 1Capitulo 1
Capitulo 1
 
Interpretação e tradução 2013-2 - Teoria Geral do Direito
Interpretação e tradução   2013-2 - Teoria Geral do DireitoInterpretação e tradução   2013-2 - Teoria Geral do Direito
Interpretação e tradução 2013-2 - Teoria Geral do Direito
 
Símbolos blog
Símbolos   blogSímbolos   blog
Símbolos blog
 
Mundos distópico e corpos pós humanos final
Mundos distópico e corpos pós humanos finalMundos distópico e corpos pós humanos final
Mundos distópico e corpos pós humanos final
 
Pensamento e linguagem
Pensamento e linguagemPensamento e linguagem
Pensamento e linguagem
 
Aristoteles bases do pensamento logico e cientifico
Aristoteles bases do pensamento logico e cientificoAristoteles bases do pensamento logico e cientifico
Aristoteles bases do pensamento logico e cientifico
 
Logica
LogicaLogica
Logica
 
Período Sistemático
Período Sistemático Período Sistemático
Período Sistemático
 
Thomas knauer
Thomas knauerThomas knauer
Thomas knauer
 
Semantica pires de oliveira intro linguistica
Semantica pires de oliveira intro linguisticaSemantica pires de oliveira intro linguistica
Semantica pires de oliveira intro linguistica
 

Último

Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfLuizaAbaAba
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaHELENO FAVACHO
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfHELENO FAVACHO
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecniCleidianeCarvalhoPer
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 

Último (20)

Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdfatividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
atividades_reforço_4°ano_231206_132728.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 

Pensamento, linguagem e aprendizagem

  • 2. De Interpretatione (Aristóteles – 384-322 a.C.) Os sons falados são símbolos das afecções da alma, e as marcas escritas são símbolos dos sons falados. E do mesmo modo que as marcas escritas não são as mesmas para todos os homens, os sons falados também não são os mesmos para todos os homens. Mas aquilo de que os sons falados são signos, as afecções da alma, são as mesmas para todos os homens. E aquilo a que as afecções da alma são semelhantes, as coisas reais, também são as mesmas para todos os homens.
  • 3. Segundo Aristóteles, os sons falados mantêm uma relação de simbolização para com o pensamento, assim como as marcas escritas mantêm uma relação de simbolização para com os sons falados. Numa palavra, os sons falados e as marcas escritas são símbolos estabelecidos por convenção. Por isso mesmo, variam de povo para povo.
  • 4. Aristóteles está fazendo referência a uma discussão ocorrida no diálogo Crátilo, de Platão (428-348 a.C.), sobre a seguinte pergunta: qual é a relação entre a linguagem e a natureza? Hermógenes, oponente de Crátilo, sustenta que a linguagem é um produto da natureza (physis, em grego), e cita o exemplo das onomatopéias (‘arara’, ‘au’, ‘ai’, ‘bum’etc. ). Crátilo sustenta que a linguagem é produto da convenção (nomós, em grego), e que as onomatopéias são uma pequena parte da linguagem.
  • 5. Voltando a Aristóteles, o pensamento mantém uma relação de semelhança para com as coisas reais ou realidade fora dele. Podemos dizer que, para Aristóteles, o pensamento é um espelho da realidade. A relação entre o pensamento e as coisas reais não é convencional ou cultural, mas natural.
  • 6. Assim, o pensamento seria semelhante à realidade e aquilo a que o pensamento se refere, ou seja, as coisas reais ou realidade em geral, não variariam de povo para povo. Em suma, segundo Aristóteles, para os mais diferentes povos, haveria uma única realidade e um único pensamento semelhante a essa realidade.
  • 7. Para poder simbolizar tanto o pensamento quanto a realidade da qual o pensamento seria um mero espelho, a linguagem teria de apresentar uma determinada estrutura, uma estrutura simétrica ou análoga à estrutura do pensamento e, em última análise, simétrica ou análoga à estrutura da realidade.
  • 8. Assim, a linguagem possuiria uma determinada estrutura gramatical que simbolizaria a estrutura do pensamento e da realidade da qual ele é um espelho. Assim, a linguagem possuiria nomes ou substantivos, próprios e comuns, porque na realidade há coisas ou pessoas para serem nomeadas (cadeiras, árvores, gatos, João etc). A linguagem possuiria verbos, porque as coisas ou pessoas na realidade passam por processos ou executam ações (João pensa, árvores crescem, gatos miam etc).
  • 9. A linguagem possuiria adjetivos, porque tanto coisas quanto pessoas são dotadas de qualidades e propriedades, que por sua vez seriam nomeadas por esses adjetivos (grande, verde, bonito, etc). A linguagem possuiria advérbios, porque tanto os processos quanto as qualidades podem ser qualificados ou apresentar diferentes modos (João fala muito, árvores crescem rápido, o verde é escuro etc).
  • 10. Aristóteles sustenta que conhecemos e pensamos as coisas como são em si mesmas, e usamos a linguagem para descrevê-las exatamente como existem em si mesmas, independentemente da estrutura do pensamento e da própria linguagem. É o que se conhece como realismo (ingênuo).
  • 11. O filósofo francês René Descartes (1596-1650) pôs em dúvida esse realismo. Ele mostrou que não temos acesso direto e imediato às coisas reais supostamente independentes de nós, mas somente às nossas próprias sensações dessas coisas. Mas Descartes ainda tentou “construir uma ponte” entre as nossas sensações subjetivas e as coisas reais objetivas fora de nós, apelando para a existência de Deus.
  • 12. Mas os filósofos empiristas ingleses levaram às últimas conseqüências o ensinamento de Descartes. Berkeley afirmou que “ser é ser percebido”, que as coisas reais supostamente independentes de nós não passam de um feixe de sensações, representações ou ideias (ideas, em inglês). (Ele teve de acrescentar depois que “ser é perceber e ser percebido”). Em oposição a Aristóteles, Berkeley defendeu o que se conhece hoje como idealismo.