7. Acróstico: é uma forma textual, onde uma
letra pode formar, uma palavra ou frase.
8.
9. •
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
TUDO AO CONTRÁRI0
O menino do contra
queria tudo ao contrário:
deitava os fatos na cama
e dormia no armário.
Das cascas dos ovos fazia uma omelete;
para tomar banho usava a retrete.
Andava, corria de pernas para o ar;
se estava contente, punha-se a chorar.
Molhava-se ao sol,
secava na chuva
e em cada pé usava uma luva.
Escrevia no lápis com um papel;
achava salgado o sabor do mel.
No dia dos anos teve dois presentes:
um pente com velas
e um bolo com dentes.
10. Abecedário sem juízo
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
A é a Ana, a cavalo numa
cana.
B é o Beto, quer armar em
esperto.
C é a Cristina, nada fora da
piscina.
D é o Diogo, com chichi apaga
o fogo.
E é a Eva, olha o rabo que ela
leva.
F é o Francisco, come as
conchas do marisco.
G é a Graça, ai mordeu-lhe
uma carraça!
H é a Helena, é preta, diz que
é morena.
I é o Ivo, põe na mosca um
curativo.
J é o Jacinto, faz corridas
•
•
•
•
•
•
•
•
•
N é o Napoleão, dorme dentro
do colchão.
O é a Olga, todos os dias tem
folga.
P é a Paula, entra de burro na
aula.
Q é o Quintino, que na missa
faz o pino.
R é o Raul, a beber a tinta
azul.
S é a Sofia, engasgada com
uma enguia.
T é a Teresa, come debaixo
da mesa.
U é o Urbano, que caiu dentro
do cano.
V é a Vera, com as unhas de
11. A minha casinha
FIZ UMA CASINHA DE CHOCOLATE,
TAPEI-A POR CIMA COM UM
TOMATE.
PUS-LHE UMA JANELA DE REBUÇADO
E MAIS UMA PORTA DE PÃO
TORRADO.
PUS-LHE UM CHUPA-CHUPA NA
CHAMINÉ
A FAZER DE NEVE, AÇUCAR PILÉ
A MINHA CASINHA BEM
SABOROSA…
COMI-A AO ALMOÇO, SOU TÃO
GULOSA!
» Luísa Ducla Soares
12. A língua do nhem
• Havia uma velhinha
que andava aborrecida
pois dava a sua vida
para falar com alguém.
• E estava sempre em casa
a boa velhinha
resmungando sozinha:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhemnhem...
• O gato que dormia
no canto da cozinha
escutando a velhinha,
principiou também
• a miar nessa língua
e se ela resmungava,
o gatinho a acompanhava:
nhem-nhem-nhem-nhem-nhemnhem...
• Depois veio o cachorro
da casa da vizinha,
pato, cabra e galinha
de cá, de lá, de além,
• e todos aprenderam
a falar noite e dia
naquela melodia
nhem-nhem-nhem-nhemnhem-nhem...
• De modo que a velhinha
que muito padecia
por não ter companhia
nem falar com ninguém,
• ficou toda contente,
pois mal a boca abria
tudo lhe respondia:
nhem-nhem-nhem-nhemnhem-nhem...
• Cecília Meireles, Ou isto ou
aquilo, Nova Fronteira