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Relatorio Anual 2013

  1. RELATÓRIO ANUAL ENTREGAS PARA A SOCIEDADE SAIBA COMO OS RECURSOS DO BNDES FORAM APLICADOS EM 2013. MAIS DE 270 MIL EMPRESAS FORAM BENEFICIADAS COM APOIO DO BANCO, QUE ATINGIU R$ 190 BILHÕES EM 1.144.262 OPERAÇÕES. Estratégia As realizações do BNDES no que diz respeito a prioridades, como o setor de infraestrutura, a promoção da competitividade, a inclusão social e produtiva, a inovação, o socioambiental e o desenvolvimento regional. Visão corporativa Gestão, informações financeiras e recursos humanos também são temas deste relatório, que direciona a conteúdos aprofundados on-line.
  2. MISSÃO Promover o desenvolvimento sustentável e competitivo da economia brasileira, com geração de emprego e redução das desigualdades sociais e regionais. VISÃO Ser o Banco do desenvolvimento do Brasil, instituição de excelência, inovadora e proativa ante os desafios de nossa sociedade. VALORES Compromisso com o desenvolvimento Espírito público Excelência Ética
  3. Sumário Desenvolvimento de competências Sustentabilidade financeira Relacionamentos Práticas de gestão Geração de conhecimento Competitividade das empresas brasileiras p. 36 p. 34 p. 32 Inclusão social e produtiva Inovação, socioambiental e regional Infraestrutura: um setor decisivo Mensagem do presidente O Banco do desenvolvimento do Brasil Processo e governança O BNDES em números Estratégia e visão de futuro Produtos Mensagem do ministério Editorial p. 3 p. 4 p. 5 p. 6 p. 8 p. 10 p. 12 p. 16 p. 18 p. 20 p. 24 p. 28 p. 40 p. 44
  4. Editorial O BNDES vem, ano a ano, trabalhando para aproximar- -se do paradigma de relato integrado, uma iniciati-va internacional que visa à construção de parâme-tros comuns para que as organizações, públicas e privadas, informem suas atividades. É um empenho por mais transparência e estabilidade no sistema econômico mundial. Em seu Relato Anual, o BNDES tem como objetivo apresentar a seus públicos de interesse os destaques de sua atuação no ano de 2013, enfocando as dimen-sões econômica, social e ambiental. Este ano, pela primeira vez, o Relato do BNDES con-ta com esta edição em revista, concebida para ser a porta de entrada para aqueles que buscam conhecer como o Banco gera valor para a sociedade, para seus clientes e para a economia brasileira. Com uma lin-guagem acessível e dinâmica, esta revista apresenta a atuação do BNDES a partir dos capitais e das perspec-tivas do Mapa Estratégico da empresa. O Relato 2013 conta ainda com uma versão esten-dida, em formato PDF – o Relatório Anual técnico, com mais informações operacionais e financeiras. Ao longo dos textos desta revista, o leitor é direciona-do a conteúdos nessa e noutras plataformas digitais nas seções “Saiba Mais”. Em todas as peças, o Ban-co dá continuidade ao uso de indicadores da Global Reporting Initiative (GRI), num total de 18, sinaliza-dos ao longo desta revista por meio do ícone “ ”. O período relatado vai de janeiro a dezembro de 2013 e diz respeito a todo o Sistema BNDES, que inclui o BNDES em suas seis instalações – no Distrito Federal, Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Recife (PE), Mon-tevidéu (Uruguai) e Joanesburgo (África do Sul) –, bem como as subsidiárias BNDES Participações S.A. (BNDESPAR), que atua no mercado de capitais; Agên-cia Especial de Financiamento (FINAME), dedicada ao fomento à produção e comercialização de má-quinas e equipamentos; e BNDES PLC, localizada em Londres (Reino Unido). Em consequência de arredondamento, a soma dos números nos gráficos pode não ser exata, assim como a soma dos percentuais dos gráficos pode não totalizar 100. Pelo mesmo motivo, pode haver pequena variação entre valores apresentados ao longo do relatório. SAIBA MAIS Relato integrado International Integrated Reporting Council Relatório Anual técnico 2013
  5. Mensagem do ministério Os indicadores do BNDES, em 2013, refletem o estreito ali-nhamento do Banco às necessidades do setor produtivo e às diretrizes do Governo Federal. A instituição tem focado suas atividades em três pilares básicos: infraestrutura, competivida-de e inclusão produtiva, além da atenção especial às micro e pequenas empresas. Com desembolsos da ordem dos R$ 190 bilhões no ano pas-sado, alta de 22% na comparação com 2012, o Banco, mais uma vez, foi ator fundamental para expansão e manutenção do dinamismo da economia. Esses valores estiveram atrelados a investimentos totais na casa dos R$ 396 bilhões, em função das contrapartidas exigidas pelo próprio Banco em suas ope-rações de financiamento. Como se pode notar, os números deste relatório, sempre superlativos, demonstram a importância do BNDES para a execução de projetos estruturantes e imperativos para o de-senvolvimento do país. Fato esse que consolida a instituição como principal instrumento de financiamento de longo prazo da economia brasileira. Nesse contexto, as ações do Banco encontram total aderên-cia às políticas de estímulo à produção industrial e de comér-cio exterior implementadas pelo MDIC para o enfrentamen-to da conjuntura econômica internacional desfavorável dos últimos anos. Olhando pelo retrovisor, ao longo de mais de seis décadas, o BNDES tem um amplo leque de serviços prestados ao desen-volvimento do Brasil. Quando se olha para frente, o Banco é peça fundamental para a superação dos desafios que estão por vir em temas como o da sustentabilidade, por exemplo. Digo isso pela convicção de que, seja qual for o desafio do país, o BNDES terá participação essencial na sua superação. Parabéns a todos os colaboradores do Banco pela contribui-ção ao desenvolvimento do Brasil! Mauro Borges Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
  6. Mensagem do presidente No ano de 2013, o investimento teve expansão marcante, a despeito das dificuldades que o contexto internacional continuou impondo sobre a economia brasileira. O crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo de 6,3% – em que se destacam máquinas e equipamentos, com 10,1% – si-tuou- se bem acima do crescimento do PIB (2,3%). Institucionalmente, os destaques foram a partida vigorosa do programa de concessões de logísti-ca e o leilão do campo Libra do pré-sal. O BNDES contribuiu de modo relevante para esse desempenho. Os inves-timentos alavancados por seus financiamentos representaram 25,6% da Formação Bruta de Capital Fixo do país, criando ou mantendo, direta e indiretamente, 5,9 milhões de empregos durante o período de inversão. Sua atuação de suporte técnico foi também proeminente na estruturação dos projetos de logística, que fizeram deslanchar os leilões de rodovias e de aeroportos, além da contribuição para projetos de saúde, saneamento e mobilidade urbana de estados e municípios. Para assegurar o desempenho favorável dos investimentos, o Banco desembolsou R$ 190,4 bilhões, 22,1% acima do valor nominal de R$ 156 bilhões registrados em 2012. O BNDES tem compromisso de longa data com a infraestrutura e a indús-tria. Em 2013, bem como nos últimos anos, vale chamar a atenção para o avanço de outras prioridades estratégicas. É seguidamente recorde o percentual de desembolsos do Banco para as MPMEs. A participação das regiões Norte e Nordeste também tem sido ao menos equivalente a sua contribuição para o PIB. O apoio à economia verde foi três vezes o valor histórico de 2007 e, para inovação, esse indicador foi 16 vezes superior com referência ao mesmo ano, o que mostra que essas são crescentemen-te prioridades efetivas do BNDES e do Brasil. A solidez financeira do BNDES é uma das bases essenciais que permitem dar continuidade a esses múltiplos esforços de desenvolvimento. Outra é uma estrutura de governança marcada por decisões colegiadas, desde a entrada de uma operação até sua aprovação, e análises submetidas a sis-temas de pesos e contrapesos, em que há presença decisiva de seu corpo técnico profissional. A transparência é outro compromisso permanente e crescente do BNDES. Dentre os canais de contato direto com a sociedade, destacam-se a Ouvidoria, o Serviço de Informação ao Cidadão e o portal www.bndes.gov.br/transparencia. O BNDES também se submete ao es-crutínio do Congresso Nacional e dos órgãos oficiais de regulação e controle. Por fim, não é demais repetir que é missão precípua do BNDES possibili-tar a expansão do investimento como proporção do PIB, algo fundamen-tal para garantir a sustentabilidade do crescimento. Nos últimos anos, o BNDES atendeu à necessidade de manter irrigado o financiamento nacio-nal de longo prazo. Ao mesmo tempo, o Banco sempre trabalhou para fortalecer o mercado de capitais, buscando atrair para ele empresas e in-vestidores, bem como induzindo boas práticas de governança corporativa. Nos próximos anos, tais esforços precisarão cada vez mais se somar, de forma a potencializar uma firme expansão do crédito privado e do merca-do de capitais no financiamento de longo prazo. Luciano Coutinho Presidente do BNDES A tabela abaixo resume os principais destaques na destinação de recursos. Desembolsos de 2013 (em R$ bilhões) Infraestrutura 62,2 Indústria 58,0 Micro, pequenas e médias empresas (MPME) 63,5 Norte e Nordeste 39,4 Economia verde 24,4 Inovação 5,2 Variação em relação a 2012 (%) Infraestrutura 17,5 Indústria 21,7 Micro, pequenas e médias empresas (MPME) 26,8 Norte e Nordeste 14,6 Economia verde 17,2 Inovação 58,6
  7. O Banco do desenvolvimento do Brasil Financia a exportação e a internacionalização das empresas brasileiras Contribui para o desenvolvimento regional Apoia a execução de estratégias de desenvolvimento sustentável Promove a criação e manutenção de empregos Contribui para a formulação de políticas públicas Apoia a inclusão social e produtiva Um banco dedicado a desenvolver um país. Principal executor da política de investimentos do Governo Federal, o BNDES tem uma missão desafiadora e grandiosa, que o coloca em uma con-dição sem par. Para fazer face ao desafio, o Banco dispõe de um conjunto de políticas e procedimentos e diver-sos produtos e mecanismos de apoio financeiro, técnico e institucional, que orientam e operacio-nalizam sua atuação a partir de uma visão integrada de desenvolvimento sustentável. Empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-terior, o BNDES tem suas ações orientadas pelo Conselho de Administração, pelo Comitê de Au-ditoria e pelo Conselho Fiscal e presta contas para diversas instâncias de governo: Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Banco Central, Congresso Nacional, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União. PROCESSOS CONHECIMENTO PESSOAS RELATÓRIO ANUAL 2013 6
  8. Estimula atividades de maior dinamismo e risco, como inovação e economia verde Contribui para o fortalecimento do mercado de capitais e para o desenvolvimento de uma indústria financeira de longo prazo no país Sustenta o crédito em momentos de crise Amplia a infraestrutura econômica, urbana e social Financia projetos em todo o território nacional e para clientes de todos os portes Fortalece a capacidade produtiva e a competitividade Artigo: A contribuição dos bancos de desenvolvimento para o financiamento de longo prazo Complementa o sistema financeiro privado contribuindo para o fluxo de investimentos na economia Os bancos de desenvolvimento são instituições públicas que surgiram na década de 1940, no esforço de reconstrução pós-guerras mundiais e, desde então, vêm cumprindo papel relevante para o desenvolvimento socioeconômico, conforme os diferentes estágios dos países onde atuam, em cenários tanto de estabilidade quanto de crise. Cada instituição tem sua forma de operar, mas, em comum, todas aplicam capital intelectual, humano, social e financeiro – este, em geral, de fontes públicas – para auxiliar a implementação de políticas e contribuir para que os setores privado e público assumam riscos e desafios em investimentos estratégicos de longo prazo, destacando-se, nas últimas décadas, a crescente atenção para a integração das dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento. RELACIONAMENTOS RECURSOS FINANCEIROS SAIBA MAIS Estrutura organizacional RELATÓRIO ANUAL 2013 7
  9. Processo e governança O envio de consulta ao Banco – diretamente ou por meio dos parceiros –, com informações da empresa e do projeto para o qual o cliente pretende receber apoio, marca o início do processo. Em 2013, foram recebidos pedidos de financiamento que totalizaram R$ 277,4 bilhões. Há diversos canais pelos quais os interessados podem se informar a respeito dos tipos e condições de apoio que o Banco oferece e de como iniciar esse primeiro contato: como a Central de Atendimento (0800 7026337), o serviço de atendimento empresarial presencial e o site, com destaque para a ferramenta on-line Mais BNDES. Há três tipos de operações de financiamento. As operações diretas e indiretas não automáticas seguem as mesmas etapas, diferenciando-se pela participação de agente financeiro intermediário nessa última modalidade. Criadas para ampliar o acesso ao crédito, as operações indiretas automáticas também têm o mesmo passo a passo, porém ocorrem num processo mais ágil e com maior participação do agente financeiro. O BNDES avalia, de acordo com parâmetros previamente estabelecidos, se o pedido contribui para o desenvolvimento sustentável e competitivo do país e se o interessado apresenta as condições necessárias para assumir o financiamento. Nesta fase também são identificados os produtos financeiros mais adequados para atender à solicitação de apoio. Ainda nesta primeira etapa, as operações passíveis de classificação são identificadas segundo o perfil de risco ambiental. Os gráficos ao lado mostram o perfil de risco dos projetos classificados em 2013 (mais detalhes na página 23). MERCADO DE CAPITAIS As operações do BNDES no Mercado de Capitais, por meio de sua subsidiária BNDESPAR, obedecem a um processo adaptado às especificidades de ações dessa natureza, mas que também respeita os princípios de segregação de função e de decisões colegiadas. O Banco está trabalhando para reduzir o tempo mínimo de contratação dos financia-mentos, mantendo a seguran-ça das operações financeiras que, graças à qualidade das análises realizadas, apresen-tam taxas de inadimplência significativamente abaixo da Atividade relacionada a riscos de impactos ambientais significativos ou de alcance regional. Atividade associada a impactos ambientais mais leves ou locais. Atividade não apresenta, em princípio, risco ambiental. O social e o ambiental, a ino-vação e o desenvolvimento regional são dimensões con-sideradas nas diferentes fases do processo de concessão do apoio financeiro, na avalia-ção de impactos e na indução de investimentos integrados aos projetos. Consulta Enquadramento Todas as solicitações de apoio financei-ro que chegam ao Banco são analisadas segundo princípios de segregação de função – ou seja, cada etapa de uma operação de financiamento envolve di-ferentes equipes –, com decisões toma-das em colegiados. A concessão de apoio financeiro é um dos mais importantes processos do BNDES. Suas etapas variam de acordo com o valor do financiamento pre-tendido e da participação de agentes parceiros – entre eles, a maioria das instituições financeiras do país –, que podem permanecer como intermedi-ários na operação de financiamento, assumindo total ou parcialmente o risco de crédito (de não pagamento) da operação. As operações são assim classificadas: diretas, indiretas não au-tomáticas e automáticas. EM VALOR EM QUANTIDADE DE PROJETOS As análises de enquadramento são encaminhadas a um comitê, formado por empregados de todas as áreas do Banco, que delibera sobre o acolhimento. OPERAÇÕES DIRETAS A partir de R$ 20 milhões sem agente financeiro OPERAÇÕES INDIRETAS NÃO AUTOMÁTICAS A partir de R$ 20 milhões com agente financeiro OPERAÇÕES INDIRETAS AUTOMÁTICAS Até R$ 20 milhões com agente financeiro A B C B C A A B C média do sistema financeiro nacional. Um avanço impor-tante em 2013 foi a criação do Comitê Gestor do Processo de Concessão de Apoio Finan-ceiro, responsável por zelar pela eficácia e eficiência desse processo fundamental para o BNDES. 1 Segurança e agilidade Temas transversais EM FOCO RELATÓRIO ANUAL 2013 8
  10. Efetividade Além do acompanhamento de cada projeto apoiado, o Banco vem aper-feiçoando impactos diretos e indiretos do con-junto criado, em 2013, importante projeto corporativo chamado Efetividade. Os pedidos aprovados são contratados segundo os padrões jurídicos do Banco. Destaca-se a chamada Cláusula Social presente nos contratos, que explicita o combate à discriminação de raça ou de gênero, ao trabalho infantil e ao trabalho escravo no Brasil, prevendo que a comprovação desses atos ilícitos pode resultar na suspensão ou vencimento antecipado da operação. A partir de novo conjunto de informações enviadas pelo interessado ou pelo agente financeiro, os pedidos enquadrados passam por uma análise aprofundada, realizada por equipes técnicas multidisciplinares especializadas no setor econômico do projeto. Nesse momento, são avaliadas as garantias oferecidas e é feito estudo da viabilidade econômico-financeira do projeto, com análise do mercado, da estratégia empresarial e da governança da empresa. Os aspectos sociais e ambientais da iniciativa são analisados, de acordo com a Política Socioambiental do BNDES e com diretrizes que tratam das questões socioambientais particulares de cada setor. Outro instrumento de apoio às análises é a Metodologia de Avaliação de Empresas (MAE), que avalia ativos intangíveis, como o grau de compromisso de uma companhia com a responsabilidade social e ambiental e práticas associadas. Nas operações indiretas automáticas, mais rápidas, o agente financeiro enquadra e analisa o pedido de financiamento. Após aprovar o crédito, o parceiro pede a homologação ao Banco, sem a qual não há liberação de recursos. A análise técnica é submetida à aprovação da Diretoria do BNDES. Análise e aprovação Contratação o monitoramento dos de suas ações para o desen-volvimento do país. Para isso, foi Desembolso e acompanhamento Política de Inovação Política de Entorno Política Socioambiental SAIBA MAIS Os recursos são liberados em etapas, conforme a realização de partes do projeto. O BNDES analisa documentos de comprovação de uso do financiamento, de acordo com cronograma físico-financeiro, e faz visitas aos projetos apoiados. Esse trabalho de acompanhamento é essencial para a mitigação do risco de crédito e garante ao Banco um conhecimento profundo dos diversos setores da economia brasileira. No caso das operações indiretas, o agente financeiro desempenha a atividade de acompanhamento detalhado e o BNDES monitora as operações por amostragem. 2 RELATÓRIO ANUAL 2013 9
  11. Produtos Atender a necessidades variadas de apoio financeiro com uma visão de desenvolvimento abran-gente é um dos desafios do BNDES. Para tanto, o Banco conta com portfólio de políticas e de diferentes produtos e instrumentos de apoio, sempre em linha com as políticas governamentais e afinados com o momento econômico e as demandas do país. Esse portfólio permite a realiza-ção de financiamentos reembolsáveis e não reembolsáveis, de operações de mercado de renda fixa e renda variável e a prestação de garantias. PRODUTOS Os produtos definem a sistemática de operacionalização do financiamento e são desenhados para permitir o apoio a empreendimentos públicos e privados, bem como à produção, comercialização e aquisição de bens e serviços, atendendo a clientes de diferentes portes. A operação pode ser diretamente com o BNDES, ou por meio de uma rede de agentes financeiros credenciados, nas formas de apoio indireta não automática e automática. Os produtos podem ser caracterizados per se – caso do Cartão BNDES­– ou estão atrelados a linhas e programas, que têm condições específicas por setores da economia e tipos de beneficiários e investimentos. Existem também fundos para financiamento reembolsável, em que a origem dos recursos e a regulamentação para o apoio são externas ao BNDES – caso do Fundo da Marinha Mercante e do Fundo Clima. Toda a aplicação desses fundos é feita por meio de um produto do BNDES. O Banco atua ainda com produtos de mercado de capitais, por meio da subscrição de valores mobiliários, títulos corporativos em ofertas públicas e fundos de investimento. RECURSOS NÃO REEMBOLSÁVEIS Os recursos não precisam ser reembolsados e têm aplicação restrita em projetos de caráter social, cultural, ambien-tal, científico e tecnológico, complementando o apoio financeiro reembolsável do BNDES para esses temas estraté-gicos. Os recursos têm origem em parte do lucro do Banco, como o Fundo Social, ou em doações externas, como o Fundo Amazônia. Vale ressaltar que, no caso de descumprimento das condições do financiamento não reembolsável, a instituição beneficiada é obrigada a restituir os recursos ao Banco. FUNDOS GARANTIDORES Há ainda fundos que complementam garantias de financiamentos do BNDES, como o Fundo Garantidor de Inves-timentos (FGI), importante instrumento para ampliar o acesso ao crédito das micro, pequenas e médias empresas. Nesse caso, não há desembolsos para as operações, apenas pagamentos ao agente que assumiu o risco de crédito nos casos de inadimplência. EM FOCO As Políticas Operacionais (PO) consolidam a regulamentação do portfólio de políticas, produtos e instrumentos financeiros do BNDES e são acompanhadas regularmente para atualização. Ao longo do ano de 2013, as POs foram revisadas e estão em vigor desde fevereiro de 2014. Alinhadas às diretrizes do governo, têm foco na manutenção e ampliação do investimento, ao mesmo tempo em que abrem espaço à maior participação do setor privado no financiamento de longo prazo. O portfólio de instrumentos foi simplificado e as novas condições permitem alteração gradativa dos níveis de partici-pação do Banco e do perfil de custo financeiro, com redução de participação em Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e ampliação de outras moedas nas operações de financiamento. Os setores prioritários contam com os menores custos financeiros, os maiores prazos e os maiores percentuais de participação do Banco. Paralelamente à revisão, foi mantido o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) do Governo Federal para a aquisição ou apoio à exportação de bens de capital e investimentos em inovação, com suas condições reade-quadas para 2014. Apoio financeiro Mais BNDES SAIBA MAIS RELATÓRIO ANUAL 2013 10
  12. PRINCIPAIS PRODUTOS DESEMBOLSOS E NÚMERO DE OPERAÇÕES − 2013 BNDES Não reembolsável iniciativas de caráter social, cultural, ambiental, científico ou tecnológico BNDES Exim exportação pré e pós-embarque BNDES Finem financiamento a empreendimentos BNDES Finame Leasing arrendamento mercantil de máquinas e equipamentos nacionais 418 R$ 10,0 bilhões CARTÃO BNDES 759.729 Cartão BNDES crédito rotativo, pré-aprovado, para aquisição de produtos, insumos e serviços cadastrados BNDES Automático financiamentos a empreendimentos de até R$ 20 milhões BNDES FINAME AGRÍCOLA BNDES Finame produção e comercialização de máquinas e equipamentos nacionais BNDES Mercado de Capitais (produto operado pela subsidiária BNDESPAR) subscrição de valores mobiliários, títulos corporativos em ofertas públicas e fundos de investimento BNDES MERCADO DE CAPITAIS BNDES Finame Agrícola produção e comercialização de máquinas e equipamentos agrícolas nacionais R$ 0,4 bilhão R$ 0,2 bilhão 218 BNDES NÃO REEMBOLSÁVEL R$ 9,7 bilhões 457 BNDES EXIM R$ 5,6 bilhões 410 BNDES EXIM BNDES FINAME LEASING R$ 11,3 bilhões BNDES FINEM 543 R$ 14,6 bilhões BNDES AUTOMÁTICO 123.525 R$ 3,5 bilhões 87 R$ 12,2 bilhões 68.574 R$ 58,1 bilhões 188.097 BNDES FINAME R$ 64,9 bilhões BNDES FINEM 2.204 POR VALOR POR NÚMERO DE OPERAÇÕES OPERAÇÃO DIRETA OPERAÇÃO INDIRETA NÃO AUTOMÁTICA OPERAÇÃO INDIRETA AUTOMÁTICA RELATÓRIO ANUAL 2013 11
  13. 190 R$ bilhões DESEMBOLSADOS EM 1.144.262 OPERAÇÕES Cenário econômico Os desembolsos do BNDES em 2013 refletiram os esforços da instituição para a sustentabilidade do crédito na sequência da crise de 2008 e da crise europeia. Em sintonia com o cenário atual de re-tomada dos investimentos e sob orientação do Governo Federal, o Banco prevê o início de um processo cauteloso de moderação de suas ativida-des nos próximos anos. Nesse sentido, os enqua-dramentos e aprovações de 2013 já apresentaram discreto recuo de 7% e 8%, respectivamente. Controle Em 2013, o BNDES recebeu diligências e passou por auditorias, que, juntas, totalizaram 706 demandas por informações, todas devidamente tratadas. SAIBA MAIS Desempenho 2013 Estatísticas Operacionais do Sistema BNDES R$ 5,2 BILHÕES INOVAÇÃO R$ 19,5 BILHÕES DESENVOLVIMENTO SOCIAL R$ 24,4 BILHÕES ECONOMIA VERDE O BNDES em números Presente em todos os setores da eco-nomia, o Banco atende a clientes das cinco regiões do país e de diferentes portes, de micro e pequenas empresas a grandes companhias, setor público e terceiro setor. Nas suas ações, tem, como orientação estratégica, o estímulo à inovação, ao desenvolvimento local e regional e ao de-senvolvimento socioambiental, aspectos que elegeu como os mais importantes do fomento econômico no contexto atual. Em 2013, foram desembolsados R$ 190 bilhões, com destaque para o crescimen-to de 17,5% em relação a 2012, em in-fraestrutura, um setor prioritário, para o alcance de novos recordes no apoio a micro, pequenas e médias empresas e à inovação e para a sustentação dos pata-mares de desembolsos para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. A ilustração a seguir apresenta os prin-cipais números do desempenho opera-cional do BNDES em 2013. 3 4 5 RELATÓRIO ANUAL 2013 12
  14. Distribuição dos desembolsos por região NORTE SUL CENTRO-OESTE NORDESTE 46% SUDESTE 23% 7% 11% 13% AGROPECUÁRIA INFRAESTRUTURA INDÚSTRIA COMÉRCIO/SERVIÇOS 33% 27% 10% 30% GRANDE MPME GRANDE 67% 33% MPME 4% 96% Os patamares de desembolso nas regiões do país mantiveram-se está-veis em relação aos anos anteriores, destacando-se um aumento para a Região Sul. (em valor) Distribuição dos desembolsos por setor (em valor) Distribuição dos desembolsos por porte de cliente (em valor) Distribuição do número de operações por porte de cliente O apoio ao segmento das micro, pequenas e médias empresas (MPME) e pessoa física continua expressivo: 96% das operações de apoio finan-ceiro realizadas em 2013 são deste segmento. Responsáveis pelos grandes investimentos na economia, as companhias de maior porte são fundamentais para o desenvolvimento do país. Das 1.000 maiores empresas brasileiras do ranking divulgado pelo jornal Valor Econômico em agosto de 2013, 783 foram financiadas pelo BNDES no período de cinco anos, de 2007 a 2012. RELATÓRIO ANUAL 2013 13
  15. O Banco registrou lucro líquido de R$ 8,150 bilhões em 2013, mantendo-se no mesmo patamar dos R$ 8,126 bilhões registrados no ano anterior.* O desempenho expressivo se sustenta, a exemplo de outros anos, apesar do Passivo total Ativo total momento do mercado de capitais e do processo de redução das taxas cobradas pelo BNDES, em linha com o esforço do Governo Federal de estimular o investi-mento produtivo. 2009 2010 2011 2012 2013 Fluxo de caixa por fonte de recursos O retorno das operações do BNDES constitui a principal fon-te de recursos para execução de seu orçamento de desembolsos e investimentos. 77,4% Retorno das operações Tesouro Nacional Monetização de ativos FAT Outras 8,3% 8,4% 2,8% 3,1% * Os valores referentes a 2012 divulgados anteriormente foram ajustados para fins de comparação conforme requerido pelas normas de contabilidade. 387 bilhões 549 bilhões 625 bilhões 715 bilhões 782 bilhões O BNDES em números SAIBA MAIS Desempenho 2013 Informações Financeiras RELATÓRIO ANUAL 2013 14
  16. Carteira de crédito e repasses Créditos classificados entre os níveis AA e C, considerados de baixo risco, representam 99,7% da carteira total, percentual superior à média de 93,3% do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Inadimplência BNDES X SFN 3,2% 0,15% 3,6% 3,6% 0,14% 0,06% BNDES SFN 3,0% 4,3% 0,20% 0,01% 2009 2010 2011 2012 2013 A inadimplência atingiu 0,01% em 31.12.2013, a menor taxa da história do BNDES, refletin-do a gestão e a qualidade desta carteira, a consistência das políticas operacionais e o papel do BNDES como banco de desenvolvimento. O volume de renegociações realizadas durante 2013, que equivale a 1,2% da carteira, é mais um indicador que confirma essa qualidade. Outros ativos Títulos e valores mobiliários Composto por títulos públicos e de-bêntures (títulos de dívida emitidos por empresas), que representam uma das formas de apoio do BNDES. Participações societárias Compreende ações aportadas como capital no BNDES pela União e parti-cipações societárias de caráter mino-ritário e transitório – um instrumento de apoio ao processo de capitalização e desenvolvimento de companhias nacionais, bem como de fortalecimen-to do mercado de capitais. A redução de 9,3% na comparação 2012-2013 foi provocada pela desvalorização da carteira, acompanhando o momento do mercado de capitais. Tesouro Nacional Desde 2010, o TN é o principal credor do BNDES. O custo destes recursos está majoritariamente atrelado à Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) Fonte de recursos assegurada pela Constituição Federal com custo atre-lado principalmente à TJLP. Dentro de limites estabelecidos na própria Cons-tituição, parte destes recursos pode ter seu custo atrelado ao dólar. Captações no exterior Patrimônio líquido Com o objetivo de aumentar a ca-pacidade operacional e fortalecer sua estrutura de capital, em 2013 o BNDES celebrou com a União um ins-trumento elegível a capital no valor de R$ 15 bilhões. Indicadores prudenciais Mínimo Apurado Índice de Basileia 11,0% 19,2% Índice de Capital Principal 4,5% 10,7% Índice de Capital Nível 1 5,5% 12,8% Lucro líquido Resultado de participações Resultado da intermediação financeira Despesas tributárias Outras receitas/(despesas) Resultado (em R$ milhões) 3.990 5.815 (2.784) (286) (4.879) (3.549) (3.618) (4.751) Resultado de intermediação financeira O aumento de 7,6% diante de 2012 é explicado pelos efeitos positivos da provisão para risco de crédito, que representa a expectativa de perda no recebimento das operações de crédito. Mudanças nessa expectativa podem resultar em aumento da despesa com provi-são ou reversão de provisão constituída a maior em períodos anteriores, situação esta que ocorreu em 2013. Resultado de participações societárias Resultado influenciado por condições de mercado, que se apresentaram desfavoráveis nos últimos dois anos. Riqueza gerada e distribuída Importante indicador de avaliação do papel social, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) apresenta, segundo uma visão global de desempenho, a contribuição da empresa na geração de riqueza para economia na qual está inserida e sua efetiva distribuição entre os empregados, o governo, os agentes financiadores e seus acionistas. A riqueza ge-rada e distribuída pelo BNDES em 2013 foi de R$ 14.431 milhões, desempenho 9,7% supe-rior ao de 2012. Valor adicionado distribuído | 2013 2009 6.159 6.962 2.644 2.452 9.891 7.205 11.578 12.457 (1.258) (1.570) (2.478) (2.008) 2010 2011 2012 2013 0,6% 30,1% 34,1% 8,8% 26,4% Remuneração de capitais próprios Colaboradores Impostos, taxas e contribuições Lucros retidos Aluguéis 6.735 9.913 9.048 8.126 8.150 Debêntures BNDESPAR As captações no exterior e as debêntu-res BNDESPAR constituem fontes adi-cionais de recursos às captações nos mercados doméstico e internacional. Operações compromissadas Outras obrigações 6 RELATÓRIO ANUAL 2013 15
  17. Estratégia e visão de futuro DESENVOLVER O PAÍS E DESENVOLVER-SE Em todo o mundo, os bancos de de-senvolvimento estão debruçados sobre questões de curto e de longo prazo. Tanto as relacionadas aos desafios na-cionais para o desenvolvimento – em um cenário global de incertezas econô-micas e financeiras, oportunidades para inovação, e demandas sociais e ambien-tais crescentes –, como as que dizem respeito a suas atividades: regulação e governança, captação de recursos e sustentabilidade financeira, formas de trabalho e cooperação, avaliação de efetividade, diálogo e transparência. Essa também é a agenda do BNDES, marcada por suas peculiaridades insti-tucionais e pelos desafios do desenvol-vimento brasileiro dos próximos anos. O Planejamento Estratégico Corpo-rativo da instituição orienta todas as ações do Banco em quatro grandes perspectivas: Desenvolvimento Sus-tentável e Competitivo, Sustentabili-dade Financeira, Processos Internos e Aprendizado e Competências. A primeira diz respeito ao desenvol-vimento que o Banco busca para o Brasil, baseado nos planos de gover-no e no momento econômico atual. As demais perspectivas, embora tam-bém estejam articuladas ao ambiente externo, são voltadas ao desenvolvi-mento do BNDES, de seus produtos, processos e governança. A gestão da estratégia é um pro-cesso participativo em diferentes instâncias internas e é monitorada trimestralmente por um comitê do qual participam diretores e superin-tendentes, para acompanhamento da evolução do BNDES na direção dos objetivos estabelecidos. Para os próximos anos, o cenário re-força a necessidade de ampliação e modernização da infraestrutura, da inclusão social e produtiva, da inova-ção, da produtividade e competitivi-dade, da inserção internacional das empresas brasileiras, da sustentabi-lidade socioambiental, da promoção de desenvolvimento regional e da maior aproximação com seus públi-cos de interesse. EM FOCO O ano de 2013 foi marcado pelo ama-durecimento e a institucionalização das práticas de planejamento e gestão da estratégia, com a formalização des-se processo. Um dos frutos da gestão da estraté-gia é a concepção anual da carteira de projetos corporativos para a melhoria da qualidade e eficiência da atuação do Banco e de seus resultados para a sociedade. Em 2013, essa carteira foi composta com dez projetos relaciona-dos a: Inovação; Gestão da Sustenta-bilidade; Internacionalização; África, América Latina e Caribe; Instrumentos de Renda Fixa; Garantias; Relaciona-mento Externo; AGIR e governança de processos; Gestão Estratégica de Pes-soas; e Efetividade. À luz do planejamento estratégico e dos capitais utilizados pelo BNDES para a promoção do desenvolvimento sustentável e competitivo, foram organizadas, em quatro blocos, as principais realizações de 2013: • Promoção do desenvolvimento: entregas para a sociedade brasileira • Práticas de gestão e relacionamentos: processos, parcerias e diálogo • Sustentabilidade financeira: uma instituição sólida • Desenvolvimento de competências: capacitação, reconhecimento e desenvolvimento dos empregados RELATÓRIO ANUAL 2013 16
  18. Promoção do DESENVOLVIMENTO Infraestrutura: um setor decisivo Inovação, socioambiental e regional Inclusão social e produtiva Competitividade das empresas brasileiras Geração de conhecimento Práticas de gestão e RELACIONAMENTOS Desenvolvimento DE COMPETÊNCIAS Ambiente inovador Desenvolvimento profissional e pessoal Gestão estratégica de pessoas SUSTENTABILIDADE financeira Integração de produtos financeiros Estrutura patrimonial Gestão de riscos e retorno Práticas de gestão Relacionamentos RELATÓRIO ANUAL 2013 17
  19. Série de desembolsos para infraestrutura (em R$ bilhões) Destaques do apoio à infraestrutura em 2013 (em R$ bilhões) 48,7 2009 52,4 56,1 52,9 62,2 2010 2011 2012 2013 ENERGIA 20,0 EM FOCO Estruturação de projetos Estruturação de concessões de dois aeroportos, o Galeão, no Rio de Janeiro, e Confins, em Minas Gerais, cinco trechos rodoviários (BR-050 GO-MG, BR-060/153/262 DF-GO-MG, BR-163 MT, BR- 163 MS e BR-040 DF-GO-MG) e de dois projetos de saneamen-to básico e distribuição de água. Estima-se que os consórcios ven-cedores desses leilões investirão, nos próximos trinta anos, mais de R$ 38 bilhões. Concessões Aprovado apoio financeiro para os planos de investimento dos aeropor-tos de Guarulhos e Viracopos, em São Paulo, e Brasília, no Distrito Fe-deral, visando à ampliação e moder-nização dessas unidades, que foram objeto de leilão em 2012. Transmissão de energia Projetos de expansão da rede de transmissão de energia estão entre as aprovações mais expressivas de 2013, no montante de R$ 4,7 bi-lhões. Essas iniciativas são de grande importância para o sistema de ener-gia brasileiro, pois contribuirão para a adição de energia renovável ao parque gerador e promoverão inter-câmbio energético entre as regiões do país, o que maximiza a comple-mentaridade dos aproveitamentos energéticos das fontes hidrelétrica, eólica e biomassa, evitando desper-dícios de recursos. Saneamento Aprovação de apoio às empresas Prolagos Concessionária de Serviços Públicos de Água e Esgoto, no Rio de Janeiro, Águas de Andradina S.A., Águas de Castilho S.A. e Foz do Brasil − Rio Claro, em São Paulo, e Cia. de Saneamento do Paraná (Sanepar) na ordem de R$ 880 mi-lhões, bem como o apoio ao estado de Espírito Santo para aporte de ca-pital na Companhia Espírito Santen-se de Saneamento (Cesan). LOGÍSTICA 9,4 Educação Implantação do Projeto Inova Belo Horizonte (MG), uma parceria pú-blico- privada, que visa à construção, instalação completa de mobiliário e parcial de equipamentos, forneci-mento de materiais pedagógicos e serviços de alimentação e merenda. O escopo contempla 32 unidades de educação infantil e cinco escolas municipais de ensino fundamental, com 18.880 crianças atendidas, re-duzindo 31,8% do déficit de vagas do ensino infantil e 40% do déficit de vagas do ensino fundamental no município de Belo Horizonte, apenas com essa operação. A ampliação e modernização das redes de logística, energia, comunicações, mobilidade urbana, saneamento, saúde, educação e segurança, bem como o aperfeiçoamento da gestão pública voltada ao planejamento e operacionalização desses investimentos, são uma alavanca para o desenvolvimento. Avanços em infraestrutura promovem a melhoria da qualidade de vida da população, integram as regiões e aumentam a competitividade e a produtividade de empresas em todas as atividades econômicas, motivo pelo qual esse setor tem recebido apoio expressivo do BNDES, principalmente no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A partir de 2013, o Banco reforçou sua atuação em articulação com o Governo Federal para o PAC Mobilidade e o programa de concessões de infraestrutura de logística de transporte e energia, este com investimentos estimados em US$ 235 bilhões. O apoio à infraestrutura conta com condições favo-ráveis de financiamento em relação a prazos e custos financeiros, o que, além de garantir a viabilidade de projetos de maior risco e complexidade, é decisivo para que os serviços públicos tenham tarifas menores ao entrar em operação. Além de conceder apoio financeiro, o BNDES auxilia os governos federal e estaduais na estruturação de concessões e de parcerias público-privadas (PPP). Em 2013, o Banco ajudou na elaboração dos parâmetros para as concessões à iniciativa privada de aeroportos, rodovias e redes de água e esgoto. Em linha com o objetivo de fortalecer o mercado de capitais brasileiro e contribuir para o aumento dos in-vestimentos privados em infraestrutura, o apoio do BNDES inclui produtos de renda fixa e variável e passa também pela compra de participação em companhias que possam disputar os leilões de concessões públicas e prospectar novos negócios. Infraestrutura: um setor decisivo RELATÓRIO ANUAL 2013 18
  20. Mobilidade urbana Três contratações importantes de mobilidade urbana em metrópoles ocorreram em 2013, referentes a financiamentos para a implantação da Linha 15 do Metrô de São Paulo, para a execução da Linha 4 do Me-trô da cidade do Rio e de plano de investimento da concessionária Su-perVia, que opera a rede ferroviária da região metropolitana da capital fluminense. Os contratos têm valores de, respectivamente, R$ 1,7 bilhão, R$ 4,3 bilhões e R$ 1,6 bilhão. Saúde Segunda etapa das obras de im-plantação e instalação de mobiliário e de equipamentos para o Hospital Metropolitano de Belo Horizonte, em parceria público-privada com o município de Belo Horizonte (MG). O projeto contempla ainda a con-cessão administrativa da operação gerencial do hospital. A unidade ocupará 41,2 mil m2, distribuídos em 11 andares, com capacidade total de 320 leitos. O projeto prevê investimento total de R$ 216 mi-lhões, sendo 70% (R$ 173 milhões) financiados pelo BNDES. Rodovias Programa de construção, ampliação e readequação de rodovias distribuídas por todo o estado de Goiás, bem como construção de pontes, viadutos, pra-ças de pesagem e outras obras, todas em fase de execução, com interven-ção em aproximadamente 2 mil km de extensão de rodovias. Programa Mato Grosso Integrado, Sustentável e Competitivo, vinculado ao Plano de Desenvolvimento do Es-tado “MT+20”, o qual define as di-retrizes estratégicas de longo prazo do estado. Os projetos financiados pelo BNDES visam mitigar gargalos logísticos, com investimentos na pavimentação de aproximadamente 2 mil km de rodovias, aumentando a malha pavimentada estadual em 49%. O financiamento previsto é de R$ 1,4 bilhão, devendo os investi-mentos ser efetuados até 2016. No Mato Grosso do Sul, são vinte trechos rodoviários apoiados, so-mando mais de 1,3 mil km de exten-são de rodovias. Road show do Governo Federal Em linha com o apoio ao programa de concessões de infraestrutura do Governo Federal, o BNDES partici-pou do esforço para divulgar opor-tunidades a investidores estrangei-ros, em road shows em cidades dos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França e China, voltados para representantes de fundos so-beranos, bancos de investimentos, consultorias e empresas operado-ras de serviços de utilidade pública. Essa iniciativa foi estruturada como um dos frutos do projeto corporati-vo Internacionalização. Um importante resultado do projeto corporativo de Instrumentos de Renda Fixa foi o lançamento, em 2013, do produto BNDES Debêntures de Infraestru-tura, que busca estimular emissões de debêntures (tí-tulo de crédito de sociedades anônimas) por projetos do setor. Esse novo produto foi concebido para que, em uma primeira etapa, o Banco apoie, em parceria com o mercado de capitais, emissões de debêntures de projetos em montante de até R$ 300 milhões. O objetivo é a construção de uma carteira composta por debêntures com menor potencial de acessar uma base ampla de investidores. Uma vez formada essa carteira diversificada de títulos, o Banco estruturará um fundo de investimento em debêntures do setor de infraestrutura. Esse fundo, por sua vez, buscará esforço amplo de distribuição e pulverização de suas cotas, com o objetivo de trazer novos investidores para participar do financiamento dos projetos de in-fraestrutura do Brasil. Outro projeto corporativo, para responder à comple-xidade crescente das operações de investimento, no-tadamente do Programa de Investimentos em Logísti-ca do Governo Federal, avançou na questão de garan-tias, estudando esquemas para project finance (forma de engenharia financeira suportada contratualmente pelo fluxo de caixa de um projeto, utilizando como garantia os ativos e recebíveis do empreendimento) e apoiando a estruturação da Agência Brasileira Ges-tora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) e do Fundo Garantidor de Infraestrutura (FGIE). No apoio à infraestrutura, o BNDES também observa, em especial, os impactos dos investimentos de maior escala, atento às medidas mitigadoras socioambientais e às opor-tunidades para o território, de acordo com sua Política de Atuação no Entorno de Projetos. Assim, o Banco contri-bui para a execução das estratégias de desenvolvimento do país, a geração de novos postos de trabalho e maior nível de renda para os habitantes das regiões investidas. Atuação no mercado de capitais (em R$) TELECOMUNICAÇÕES 2,7 Na carteira de investimentos do BNDES, por meio de sua subsidiária BNDESPAR, no mercado de capitais, destacam-se as participações nas seguintes empresas: ODEBRECHT TRANSPORT (OTP): holding com participa-ção em 19 outras empresas de diversos setores de infraes-trutura: rodovias, logística e mobilidade urbana. 1 bilhão TRIUNFO PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS: holding que atua em diversos setores de infraestrutura no Brasil: ro-dovias, portos, cabotagem, geração de energia e aeroportos. 286 milhões OCEANA: empresa dedicada à construção e serviços de afretamento de embarcações de apoio marítimo de baixo custo para setor de petróleo e gás. 105 milhões MOBILIDADE URBANA 3,5 Os desembolsos para mobilidade urbana foram destinados a 12 operações e representaram um aumento de 105% em relação a 2012, quando as liberações para o segmento foram de R$ 1,7 bilhão. O crescimento é uma tendência, em função da realização dos in-vestimentos previstos no âmbito do PAC Mobilidade. RELATÓRIO ANUAL 2013 19
  21. 11,2 11,7 10,9 13,3 22,1 17,2 18,8 21,0 Petróleo e gás 2009 2010 2011 2012 As novas demandas de produção no pré-sal exigem grandes investi-mentos em inovação. O BNDES está financiando o plano de investimen-tos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Petrobras e o Centro de Pesquisa no Parque Tecnológico da Ilha do Fundão (RJ) da empresa francesa Vallourec, especializada em soluções tubulares e fornecedora de tubos e conexões para poços de pro-dução e exploração offshore. Criatec II 71,7 Iniciado em 2013, o Fundo Criatec II tem prazo total de dez anos e o ob-jetivo de investir em empresas inova-doras com faturamento de até R$ 10 milhões, nos setores de Tecnologia da Informação e Comunicação, Biotec-nologia, Novos Materiais, Nanotecno-logia e/ou Agronegócios. A iniciativa almeja apoiar o desenvolvimento de ecossistemas locais de inovação, a implantação de melhores práticas de governança e gestão e a difusão das culturas empreendedora e de capital de risco. O patrimônio total com-prometido é de R$ 186 milhões, e a BNDESPAR irá integralizar 66,5%. 20,7 30,1 29,7 Chamada pública Na estratégia de desenvolvimento de uma indústria de venture capital que seja parceira do Banco na ampliação dos recursos voltados a empresas ino-vadoras de menor porte, foi aprovada a realização de chamada pública para seleção de Fundo de Investimento em Participações (FIP) para empresas dos setores aeronáutico, aeroespa-cial, defesa e segurança. O FIP é uma parceria com a Embraer, a Agência de Fomento do Estado de São Paulo S.A. (Desenvolve São Paulo) e a Finep, com patrimônio comprometido esti-mado de R$ 130 milhões. Os desafios regionais, socioambientais e da inovação para o desenvolvimento sustentável e competitivo do Brasil demandam que o BNDES priorize o fomento tanto à promoção de investimentos com foco em cada uma dessas dimensões, como às possibilidades de integração dessas dimensões entre si e com as diferentes formas de atuação e projetos apoiados pelo Banco. Assim, dada a transversalidade desses temas, além dos destaques ora apresentados, a atuação socioambiental, regional e de inovação do BNDES também permeia as demais entregas para a sociedade brasileira ressaltadas ao longo deste relatório. Inovação Fundamental para melhorar o posicio-namento competitivo das empresas bra-sileiras e promover o desenvolvimento, a inovação é prioritária para o BNDES. Ela contribui para a criação de empre-gos qualificados e para o aumento da eficiência produtiva, gerando valor eco-nômico e social sustentado para o país. Para orientar suas prioridades no apoio a essa dimensão, o BNDES utiliza principalmente como referência o Plano Brasil Maior e a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI). Em março de 2013, foi lançado o Plano Inova Empresa, do Governo Federal. Com R$ 32 bilhões em recursos para as empresas brasileiras investirem em inovação e tecnologia, ele tem o BNDES e a Finep Inovação e Pesquisa como agentes executores. O plano refletiu num aumento do número de consultas de projetos de inovação já ao longo do ano e deve contribuir para a continuidade do crescimento dos desembolsos totais para inovação em 2014. O Banco vem ampliando e diversificando a carteira de projetos, somando esforços tanto no apoio com li-nhas de financiamentos específicas, que contam com baixos custos financeiros, como na atuação em renda variável, a partir do investimento direto ou por meio dos fundos nos quais é cotista. Assim, é possível ofe-recer produtos flexíveis às necessidades e realidades das empresas de base inovadora e tecnológica. A atuação do BNDES é também fundamental no fo-mento a ecossistemas inovadores que se alinham na Série de desembolsos por regiões (em R$ bilhões) Norte Nordeste Sudeste Sul 10,7 20,1 Centro- Oeste 2013 Inovação, socioambiental e regional EM FOCO 3 13,8 25,7 87,0 72,4 98,0 68,2 43,1 29,1 20,9 11,4 11,3 RELATÓRIO ANUAL 2013 20
  22. geração de projetos produtivos, engendrando uma rede complexa de agentes, tais como fundos de investi-mento, incubadoras, empreendedores e universidades. A dimensão territorial é um desafio permanente em um país com a extensão e diversidade econômica, sociocultural e ambiental do Brasil. E o BNDES tem adotado diversas escalas para trabalhar o tema do de-senvolvimento 39 55 104 185 Óleos vegetais 88 64 Unindo inovação e sustentabilidade ambiental, a tecnologia de trans-formação de açúcares vegetais de baixo custo em óleos de alto valor pode substituir ou melhorar os óleos derivados de petróleo, vegetais e gorduras animais. A implantação da primeira unidade de produção em grande escala desses óleos re-nováveis no Brasil, da joint venture Solazyme e Bunge, teve financia-mento de R$ 246 milhões aprovado. Regional 104 154 Outro avanço na área de química verde promete aumentar a produti-vidade dos combustíveis renováveis brasileiros. Trata-se do etanol de segunda geração (2G), ou etanol ce-lulósico, que utiliza não só o caldo, como também o bagaço e a palha da cana, resíduos da produção do etanol comum (1G). Em 2013, o BNDES apoiou duas empresas que regional. O Banco mantém operações com todos os estados brasileiros e com diversos municípios. A partir de 2012, a atuação com entes federativos estaduais se potencializou com a edição de dois novos programas, o Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e Distrito Federal (Proinveste) e o Programa Especial de Apoio aos Estados (Propae). Esses financiamentos têm contribuído para o aperfeiçoamento da infraestrutu-ra local e para o desenvolvimento regional, por meio da melhoria da qualidade de vida da população e da implantação de infraestrutura para suporte de ativi-dades econômicas. Outra escala de atuação local e regional é a do entorno de projetos, que conta com diferentes instrumentos de apoio. Essa estratégia integra a abordagem de desenvol-vimento territorial sustentável em função de financia-mento de atividades econômicas. O objetivo é promover o desenvolvimento nas áreas de influência de projetos financiados pelo BNDES, mobilizando a atuação inte-grada do empreendedor-âncora, do poder público e de demais agentes interessados. Uma das ferramentas é a promoção de uma agenda de desenvolvimento participa-tiva, discutida e desenhada pelo e para o território, consi-derando a nova dinâmica econômica e social e as oportu-nidades catalisadas pelo projeto de investimento. Alguns projetos já estão sendo trabalhados com essa abordagem, que também orienta as discussões sobre os investimentos sociais das empresas (gráfico nesta página). Na escala macrorregional, ampliando os níveis de in-vestimento, os montantes desembolsados para todas as regiões aumentaram em 2013; embora, quanto à participação relativa, tenha havido uma reorganiza-ção entre as cinco macrorregiões, com um aumento da Região Sul em relação às demais. Linha de Investimentos Sociais de Empresas (ISE) Série de desembolsos para inovação* (em R$ bilhões) (Finep) (Finep) 5,2 (Finep) * Valores Finep são parte do total indicado no gráfico. estão apostando na tecnologia, a Granbio e a Raízen, responsáveis pe-las primeiras unidades de etanol 2G do Brasil. A disseminação do etanol celulósico no Brasil poderá promover a diminuição do atual patamar de custos do setor, contribuindo para estimular novos investimentos, maior geração de emprego e renda e a redu-ção da importação de combustíveis. 2009 2010 2011 2012 2013 26 53 Desembolsos (em R$ milhões) No de operações 0,6 1,4 2,7 1,0 3,3 1,1 1,9 2009 2010 2011 2012 2013 continua Etanol 2G 7 RELATÓRIO ANUAL 2013 21
  23. Socioambiental O BNDES financia projetos com obje-tivos predominantemente sociais ou ambientais e também conta com pro-dutos e instrumentos de apoio a outros setores, com condições financeiras que podem ser diferenciadas em função de padrões de sustentabilidade. Os indicadores de apoio ao Desenvol-vimento Social e à Economia Verde e Mudanças Climáticas, formulados para aferir os esforços do BNDES em relação a outras instituições financiadoras de desenvolvimento nacionais e interna-cionais, apontam avanços no desempe-nho dos desembolsos em 2013. Dentre os focos ambiental e social es-pecíficos, destaca-se a ampliação con-sistente do apoio a iniciativas voltadas à preservação de importantes regiões naturais do pla-neta e ao aumento da eficiência energética no país, por meio do Fundo Amazônia, do Fundo Social Inicia-tiva BNDES Mata Atlântica e do Fundo Clima. Outro destaque é a Linha de Investimentos Sociais de Empresas (ISE), que vem crescendo em volume e no aperfeiçoamento de projetos (gráfico na página ante-rior). Com condições financeiras diferenciadas, é uma ferramenta importante para a indução de práticas so-cialmente responsáveis nas empresas apoiadas pelo Banco nos mais diversos setores econômicos. Entre os investimentos, que são adicionais e não obrigatórios por força da lei, os mais comuns são: a formação de mão de obra especializada nas comunidades locais, investimentos na infraestrutura local e em educação e saúde, bem como o estímulo a novas atividades eco-nômicas, a fim de melhorar a qualidade de vida da população tanto nas áreas de influência dos projetos financiados como em âmbito nacional. 2009 2010 2011 2012 19,9 8,6 18,0 10,6 18,5 7,7 20,8 17,1 Em 2013, foram apoiados 104 proje-tos, entre os quais: o Programa Cata-vento, da empresa Renova, com orça-mento total de R$ 9,4 milhões e atua-ção em toda a região do Alto Sertão da Bahia. São mais de 15 projetos que visam ao desenvolvimento do territó-rio, com quatro dimensões de impac-to: socioeconomia, cultura e patrimô-nio, meio ambiente e desenvolvimen-to organizacional. Destacam-se ações voltadas para a geração de renda: na produção agrícola familiar para o pro-grama da merenda escolar; educação ambiental comunitária para assegurar a qualidade da água; organização das cadeias produtivas da mandioca e do tomate; oportunidades de trabalho para mulheres costureiras; e cultivo de frutas no sertão. Composição dos desembolsos para economia verde em 2013 Transporte de carga (10,0%) Outros (0,4%) Visando à inclusão social por meio do acesso à bioenergia, vale ressaltar o apoio aos investimentos sociais da Rio Branco Transmissão de Energia, para a produção de biocombustível (diesel vegetal) na comunidade de Nova Cintra, da Região do Juruá, no estado do Acre. Será implantada uma unidade de craqueamento ca-talítico de óleos e gorduras, com o aproveitamento do subproduto da extração primária do óleo de muru-muru, buriti e outros. As comunida-des já comercializam os óleos para o mercado de cosméticos, mas há um excedente considerável de óleo que não atinge os padrões de qualidade aceitáveis. Esse combustível será usa-do para geração de energia e para o transporte fluvial. Floresta Florestas (4,3%) O BNDES está apoiando a restau-ração de mais de 24 mil hectares de Mata Atlântica por meio de fi-nanciamento reembolsável (linha BNDES Florestal) e não reembolsável (Iniciativa BNDES Mata Atlântica). O Banco avançou na execução dos projetos de sua carteira, sendo um deles considerado o maior do Brasil, com 21 mil hectares. Em 2013, foi iniciada a restauração, com as duas modalidades de financiamento, em 2.676 hectares. Série de desembolsos para economia verde e desenvolvimento social (R$ bilhões) Economia verde Desenvolvimento social 2013 24,4 19,5 continuação EM FOCO Linha ISE Inovação, socioambiental e regional 5 4 Energias renováveis e eficiência energética (29,3%) Transporte público de passageiros (11,5%) Gestão da água e esgoto (5,3%) Gestão de resíduos sólidos (2,0%) Melhorias agrícolas (0,2%) Hidrelétricas (acima de 30 MW) (35,3%) Adaptação a mudanças climáticas e gestão de riscos de desastres (1,6%) RELATÓRIO ANUAL 2013 22
  24. O Banco também aborda as dimensões social e am-biental na concessão de apoio financeiro a projetos de diferentes setores. No processo de avaliação, na forma direta e indireta não automática, o Banco ob-serva a conformidade socioambiental – com estrito rigor ao cumprimento da legislação brasileira e do li-cenciamento ambiental por parte das empresas; ava-lia o risco ambiental do projeto; e induz oportunida-des para aprimoramento dos investimentos e da ges-tão das empresas na dimensão socioambiental. Essa abordagem visa não só aumentar a competitividade dos negócios, mas também reforçar os potenciais im-pactos sociais e ambientais positivos do projeto, com inclusão social e respeito e valorização dos ativos am-bientais. Em 2013, 439 pedidos enquadrados foram passíveis de classificação ambiental, e o gráfico a se-guir mostra o perfil de risco ambiental da carteira de enquadramento. O BNDES apura o volume de interações com clientes em relação a riscos e oportunidades ambientais e sociais to-mando como critério o conjunto de operações diretas em que a interlocução sobre os aspectos socioambien-tais do projeto é mandatória (classificadas com maior potencial de risco ambiental, categoria A) e o conjunto de operações diretas em que houve fomento a investi-mentos sociais das empresas. Em 2013, o BNDES man-teve interlocução em relação a riscos e oportunidades ambientais e sociais com 134 empresas. 7 No âmbito do Projeto Corporativo Gestão da Susten-tabilidade, o BNDES fez também uma autoavaliação sobre suas políticas, governança, produtos, práticas e procedimentos relacionados com a integração das di-mensões social e ambiental em sua atuação. O traba-lho teve como objetivo identificar oportunidades de melhoria e teve como referência a minuta de resolu-ção do Banco Central (Bacen), colocada em audiência pública em setembro de 2012, a qual irá definir regras sobre responsabilidade socioambiental para todo o sistema financeiro nacional. AHE Belo Monte Um dos maiores desafios do país é o desenvolvimento sustentável do en-torno do AHE (Aproveitamento Hi-drelétrico) Belo Monte. Dando con-tinuidade a sua atuação na região, em setembro de 2013, o BNDES contratou um projeto, no âmbito do BNDES Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP), para apoiar os atores locais na construção de uma Agenda de Desenvolvimento Terri-torial (ADT). A conclusão dos tra-balhos está prevista para o último trimestre de 2014. Composição dos desembolsos para desenvolvimento social em 2013 O BNDES apoia os estados na im-plementação coordenada de inves-timentos que contribuem para o desenvolvimento regional, como no exemplo do estado do Pará. São pro-jetos estruturantes para o desenvol-vimento e a integração de diversas macrorregiões socioeconômicas do estado. No setor de logística, des-taca- se a recuperação da PA-150, importante eixo rodoviário norte-sul, que liga a Grande Belém a Marabá, porta de entrada do eixo econômi-co da mineração no sudeste do es-tado. No setor de mobilidade, cabe mencionar a implantação de novo sistema de transporte hidroviário na cidade de Belém, com a reforma e modernização de terminais de passa-geiros e, no setor de saúde, o apoio à construção do hospital regional Abelardo Santos, de alta e média complexidade, na região metropoli-tana da cidade. Regional Perfil de risco ambiental da carteira classificada Em valor Em quantidade de projetos 34% 48% 18% 47% 14% 39% Atividade relacionada a riscos de impactos ambientais significativos ou de alcance regional Atividade associada a impactos ambientais mais leves ou locais Atividade não apresenta, em princípio, risco ambiental Saúde (10,8%) Educação (2,6%) Inclusão produtiva (0,6%) Gestão pública (0,4%) Desenvolvimento urbano e regional (31,4%) Outros* (53,4%) Responsabilidade social das empresas (0,8%) 1 * Este item compreende as operações dos programas Proinveste e Propae. Como nesses programas não há abertura setorial, seus valores não puderam ser distribuídos em cada rubrica específica. A B C RELATÓRIO ANUAL 2013 23
  25. O apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPME) de diversos setores e cadeias produtivas e à geração de trabalho e renda exige que o BNDES mantenha um portfólio de produtos e instrumentos de financiamento para garantir e ampliar o acesso ao crédito. O ano de 2013 foi marcado por bons resultados no apoio a MPMEs, segmento que mais cria empregos no país. Os desembolsos tiveram expansão de 27% em relação a 2012, uma alta que supera a própria taxa de crescimento das liberações globais do Banco. Fo-ram financiadas mais de 270 mil empresas por meio do Cartão BNDES e de outros instrumentos voltados, por exemplo, para a produção e a comercialização de máquinas e equipamentos novos, projetos de investi-mento e capital de giro. Série de desembolsos e número de operações por porte de cliente Número de operações Desembolsos (em R$ bilhões) 23.711 367.018 112,4 23,9 2009 43.350 566.544 122,8 45,6 2010 53.299 843.147 89,2 49,7 2011 38.822 989.618 105,9 50,1 2012 43.014 1.101.248 126,9 63,5 2013 GRANDE MPME Foram mais de 1 milhão de operações com 274.610 micro, pequenas e médias empresas (de um total de 279.515 empresas) EM FOCO Reciclagem O município de Duque de Caxias (RJ) tem o primeiro polo de recicla-gem do Brasil. A região da cidade onde funcionava o lixão de Jardim Gramacho, desativado em junho de 2012, agora conta com dois galpões voltados para recebimento, triagem, enfardamento e estocagem de resí-duos para venda, que vão empregar de forma profissional, inicialmente, 140 catadores. A iniciativa é resulta-do de uma parceria entre o BNDES, a Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA), a Fundação Banco do Brasil (FBB) e a Petrobras, para a qual o Banco contribuiu com R$ 300 mil, destinados aos estudos de viabilidade para a construção do polo. O objetivo é que o espaço onde funcionava o lixão tenha, no total, oito galpões com maquinário, duas unidades de processamento de resíduos, além de um centro admi-nistrativo para cursos de qualificação profissional e uma creche. A ideia é promover a inclusão socioprodutiva de mais de 400 ex-catadores. Inclusão social e produtiva 3 Cartão BNDES A Homemade Alimentos, localizada em Itupeva (SP), foi a primeira cliente do Cartão BNDES a solicitar financia-mento para contratar o serviço de design de embalagens. Com a solu-ção da nova embalagem em mãos, a empresa voltou a utilizar o cartão, dessa vez para comprar máquinas e equipamentos para readaptação do processo produtivo. Com a remode-lagem dos potes de geleias e mel, a pequena empresa conquistou quatro prêmios, viu seu faturamento dupli-car e alcançou o segundo lugar em vendas de geleias no Sudeste. Cobertura O Centro-Oeste é a nova região do Brasil a ter Cartão BNDES em todos os seus municípios. O marco foi atin-gido com a emissão do cartão para o empresário Aílton Marcos, dono da mercearia Casa Marcos, em Trombas (GO), município de 3,5 mil habitan-tes a 412 quilômetros de Goiânia. A Região Sul foi a primeira a atingir 100% de cobertura. Na Região Nor-deste, Pernambuco é o novo estado a ter Cartão BNDES em todos os seus municípios. O feito foi celebra-do com a entrega do produto aos microempresários Sidinei Silva e Léia Miranda, proprietários da empresa Kota Construções, loja de materiais de construção de Carnaubeira da Penha, município de 12 mil habitan-tes a 480 km de Recife. Em seus 11 anos de existência, o Cartão BNDES já realizou mais de 2,6 milhões de operações e atende, atualmente, empreendimentos de menor porte em 97,3% dos municípios brasileiros. Portal do Cartão BNDES RELATÓRIO ANUAL 2013 24
  26. Lançado em 2003, o Cartão BNDES oferece crédi-to rotativo e pré-aprovado de até R$ 1 milhão para aquisição de produtos credenciados em seu portal de operações na internet. Em 2013, o cartão encerrou o ano com 23.853 fabricantes cadastrados, o que repre-sentou um aumento de 13% em relação ao período anterior, e bateu novos recordes de desembolsos. Dedicado a complementar as garantias exigidas nos financiamentos e, portanto, a ampliar o acesso ao crédito, o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) registrou crescimento, em 2013, tanto no número de operações garantidas quanto no valor total financiado pelo Banco com a garantia (mais detalhes na próxima página). O Fundo conta com a participação do Tesouro Nacional, do BNDES e, até dezembro de 2013, de vin-te outras instituições financeiras – incluindo grandes bancos de varejo, bancos de montadoras, agências de fomento e bancos de desenvolvimento regionais. Principais produtos e programas no apoio a MPMEs Instrumentos 2013 (R$ bilhões) % total Variação % em relação a 2012 BNDES Finame/PSI 43,7 68,8 75,0 Cartão BNDES 10,0 15,8 5,0 Progeren 3,7 5,9 -30,4 Programas agrícolas 2,7 4,2 19,1 Outros 3,4 5,3 -57,6 Total 63,5 100,0 26,8 O Programa de Sustentação do Investimento (PSI), lança-do como parte das medidas do governo para mitigar os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira, vem permitindo que as empresas brasileiras mantenham seus planos de investimento. O produto atingiu novos recordes, com R$ 10 bilhões em desembolsos, em 760 mil operações, números, respecti-vamente, 5% e 7% superiores aos observados em 2012. Os desembolsos do Programa BNDES de Apoio ao Fortale-cimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (BNDES Progeren), outro instrumento que respondeu, na crise, pelo atendimento da demanda por programa capital de giro a MPMEs, tiveram esperado recuo. Esse declínio deve se manter nos próximos anos, quando se prevê maior participação de outras instituições financeiras nesse tipo de operação de crédito. continua Convivência com a seca Em apoio ao Programa Água para Todos, do Governo Federal, o BNDES, por meio de parcerias com a Fundação Banco do Brasil (FBB) e com a Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC), ini-ciou a implantação de 20 mil cister-nas de segunda água (voltada para produção) no Semiárido. Além da construção das cisternas, o BNDES irá apoiar a implantação de bancos comunitários de sementes, para preservar, selecionar e armazenar as sementes nativas adaptadas ao Semiárido brasileiro. Agroecologia Em 2013, o BNDES, a Secretaria Geral da Presidência da República, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento, o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério do Desenvolvimento So-cial e Combate à Fome, a Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, a Companhia Nacional de Abasteci-mento (Conab), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embra-pa) e a Fundação Banco do Brasil celebraram um Acordo de Coo-peração Técnica, com a finalidade de coordenar ações voltadas para a implementação do Programa de Fortalecimento e Ampliação das Re-des de Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Ecoforte). Esse programa é parte integrante do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo – Brasil Agroecológico) e visa incentivar o direcionamento dos fundos e ações de governo existentes para iniciati-vas da sociedade civil de promoção de agroecologia e produção orgâ-nica, possibilitando ampliar e for-talecer a produção, manipulação e processamento de produtos orgâni-cos e de base agroecológica, tendo como público prioritário mulheres e juventude de agricultores familia-res, assentados da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais e suas organizações econômicas, tais como empreendimentos rurais, cooperativas e associações, consi-derando também os da agricultura urbana e periurbana. RELATÓRIO ANUAL 2013 25
  27. EM FOCO O apoio a projetos de agricultura fami-liar é outro destaque na democratização do acesso ao crédito. Em parceria com bancos de desenvolvimento, bancos coo-perativos, cooperativas de crédito e ou-tras instituições, o BNDES vem atuando em projetos com o objetivo de com-bater a pobreza rural e promover a in-clusão socioprodutiva de agricultores familiares, médios produtores rurais e assentados da reforma agrária. Entre as iniciativas, ressalta-se a realização de in-vestimentos coletivos, como obras civis, instalações em infraestrutura agropecuária, bem como aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas e in-centivo do cooperativismo de produção, por meio dos recursos dos Programas Agropecuários do Governo Federal, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e, tam-bém, com recursos não reembolsáveis do Fundo Social, este composto com parte dos lucros do BNDES. Tendo como referência as políticas públicas federais, o BNDES avançou na constituição de parcerias públi-cas e privadas, ampliando a escala de atuação tanto Resultados do Fundo Garantidor para Investimentos − comparação 2012-2013 20% 35% CRESCIMENTO DE INCREMENTO DE NO NÚMERO DE OPERA-ÇÕES APOIADAS COM GARANTIA DO FUNDO Mais de 50% dos Cooperativa de arroz Com 1.387 associados, a Cooperati-va dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre atua em 23 assentamentos, distribuídos em 15 municípios da Grande Porto Alegre. O principal produto é o arroz agroe-cológico, com cerca de 17 mil to-neladas produzidas na última safra, em uma área de 3.411 hectares. A cooperativa também produz leite (140 mil litros por mês), hortaliças, frutas e ervas medicinais. Os projetos apoiados pelo Banco contemplaram, entre outros itens, a aquisição de escavadeiras para limpeza e desas-soreamento de canais de irrigação e drenagem, a recuperação de solos, a montagem de secador, a implanta-ção de engenho de beneficiamento e a instalação de levantes para irriga-ção. A cooperativa pretende dobrar a capacidade de seus silos e estuda a implantação de uma planta de par-boilização de arroz. no valor total financiado com garantia do FUNDO beneficiários obtiveram crédito do BNDES pela PRIMEIRA VEZ O Fundo já garante ope-rações em todos os esta-dos do Brasil desde 2011 e vem registrando expansão mais acelerada nas regiões NORTE E NORDESTE. Essas regiões apresentaram crescimento de, respecti-vamente, 57% e 101% nos valores financiados. continuação ELEVAÇÃO NO VALOR MÉDIO DAS OPERAÇÕES GARANTIDAS com destaque para programas como BNDES Progeren e BNDES PSI Ônibus/Caminhões Cooperativa de arroz no Rio Grande do Sul Foto: Marcos Matias Cavalcante, empregado do BNDES Inclusão social e produtiva RELATÓRIO ANUAL 2013 26
  28. no meio urbano como no rural, com destaque para a disseminação de tecnologias sociais nos projetos de convivência com a seca no semiárido e o lançamento do Programa Terraforte, que objetiva a promoção da agroindustrialização de assentamentos da reforma agrária. Além dessas ações, citam-se o apoio comple-mentar a investimentos de inclusão produtiva dos es-tados da federação e a atuação em conjunto com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para estímulo aos pequenos empreendimentos da agricul-tura familiar que fornecem alimentos para os progra-mas governamentais. Por fim, vale ressaltar que o Fundo Amazônia tam-bém tem trazido importantes resultados para a inclu-são socioprodutiva, com sustentabilidade ambiental. Entre os 14 projetos aprovados pelo Fundo em 2013, metade tem como objetivo principal o apoio a ativi-dades produtivas sustentáveis por meio do fortaleci-mento de diversas cadeias produtivas, como pesca, se-mentes florestais, borracha e castanha, além do apoio à agricultura familiar. As iniciativas apoiadas visam propor soluções que aliem a produção e a conserva-ção ambiental, representando uma alternativa de de-senvolvimento sustentável para a Região Amazônica e suas populações. Combate à pobreza rural em 2013 Somente por meio do Pronaf representando um AUMENTO DE FOI DESEMBOLSADO R$ 1,7 BILHÃO EM 60 MIL EM RELAÇÃO AO VALOR OPERAÇÕES Fundo Garantidor para Investimentos O Banco Regional de Desenvolvi-mento do Extremo Sul (BRDE) é um importante agente financeiro do BNDES, tendo se posicionado entre os dez maiores repassadores de re-cursos em 2013. O BRDE é também um agente habilitado perante o Fun-do Garantidor para Investimentos (FGI) e sua experiência é um exemplo concreto do potencial do Fundo para a ampliação do acesso ao crédito no Brasil. Os números são evidência dis-so. No ano de 2013, nas operações de repasse feitas por esse agente financeiro com a garantia do FGI, percebe-se que o índice de novos beneficiários foi quase duas vezes superior ao registrado nas operações que não contaram com o apoio do Fundo. Trata-se de um caso repre-sentativo de como as instituições fi-nanceiras podem utilizar esse instru-mento para expandir suas carteiras de operações e, consequentemente, o volume de investimentos no seg-mento de MPMEs. 11% DESEMBOLSADO EM 2012 Expansão do cooperativismo em Territórios da Cidadania O BNDES, as Cooperativas de Cré-dito Cresol Baser e Cresol Central assinaram contratos de colabora-ção financeira não reembolsável. O projeto visa promover a inclusão produtiva por intermédio da expan-são do crédito, do cooperativismo e da realização de investimentos coletivos, para o combate à pobre-za rural, destacadamente em Terri-tórios da Cidadania. Está prevista a implantação e/ou reestruturação de cinquenta cooperativas singulares ou postos avançados de atendimento, com objetivo de ampliar o acesso ao microcrédito produtivo e às demais linhas de crédito do Pronaf para a população rural concentrada em Ter-ritórios da Cidadania localizados nas regiões Norte, Sudeste e Sul do país, promovendo a inclusão e educação financeira. Além da ampliação da rede de atendimento, o projeto con-templa a realização de investimen-tos coletivos, tais como obras civis, instalações em infraestrutura agro-pecuária, além de aquisição de má-quinas e equipamentos agrícolas, com o objetivo de auxiliar os agri-cultores na produção e em seu ar-mazenamento e transporte. Como contrapartida social, a Cresol Baser e a Cresol Central deverão operar as linhas de financiamento do Pronaf (preferencialmente o Grupo “B”, voltado para famílias de agricultores socialmente mais vulneráveis), com recursos repassados pelo BNDES. RELATÓRIO ANUAL 2013 27
  29. EM FOCO É essencial fomentar investimentos que permitam às empresas brasileiras explorar oportunidades e superar desafios em seus mercados de atuação. Esses investimentos, somados àqueles direcionados à ampliação da infraestrutura, da inovação, da sustentabilidade socioambiental, do desenvolvimento regional e da inclusão social e produtiva (temas das páginas anteriores), são fundamentais para o desenvolvimento competitivo da economia nacional. À abordagem sistêmica da competitividade, acres-centa- se uma visão setorizada do apoio do BNDES às empresas brasileiras, com destaque para o forta-lecimento das cadeias produtivas da indústria e do comércio exterior. A industrialização recente e acelerada de diversos paí-ses emergentes trouxe novos desafios à indústria na-cional, que teve sua competitividade arranhada espe-cialmente nos segmentos tradicionais da cadeia. Neste momento, compreender as novas dinâmicas de cada setor, identificar os subsetores estratégicos e atuar na formulação de instrumentos adequados à nova realidade é essencial para o BNDES potencializar os esforços federais em prol da competitividade da Série de desembolsos para indústria (em R$ bilhões) 63,5 78,8 43,8 47,7 2009 2010 2011 2012 2013 Indústria de base O BNDES desembolsou cerca de R$ 17 bilhões para os setores de gás e petróleo, químico, minerome-talúrgico e de base florestal, que contribuíram para o fortalecimento do posicionamento estratégico das empresas, para a redução da pressão sobre a balança comercial brasileira e trouxeram oportunidades para atua-ção no entorno dos projetos apoia-dos. Os financiamentos a empresas de base florestal, tanto de pesquisa e desenvolvimento quanto de mo-dernização e ampliação da capaci-dade produtiva, proporcionaram o aumento da competitividade global da celulose brasileira. Cinema Em 2013, o BNDES intensificou o seu apoio ao parque exibidor de cine-ma. Desde 2010, o apoio por meio do Programa BNDES para o Desen-volvimento da Economia da Cultura (BNDES Procult) se soma ao Pro-grama Cinema Perto de Você, que opera com recursos do Fun-do Setorial do Audiovisual (FSA), do qual o BNDES é agente finan-ceiro. Na parceria com a Agên-cia Nacional do Cinema (Ancine), o objetivo é estimular a descentrali-zação do parque exibidor, por meio da abertura de salas em cidades de porte médio e bairros populares das grandes cidades. Em 2013 foram apoiadas 130 salas de cinema, sendo 78 salas 3D. Os cinemas beneficia-ram nove estados, nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste. A expansão do parque exibidor contribui para fortalecer a indústria cinematográfi-ca nacional ao facilitar o acesso da população ao cinema e ampliar o mercado interno. Competitividade das empresas brasileiras 58,0 Cinema em Imperatriz (MA) Foto: Adriano de Almeida, Clara Comunicação RELATÓRIO ANUAL 2013 28
  30. Destaques do apoio à indústria em 2013 (em R$ bilhões) QUÍMICA E PETROQUÍMICA 10,3 7,9 MATERIAL DE TRANSPORTE ALIMENTOS E BEBIDAS indústria brasileira. A criação do Pro-grama BNDES Prodesign, voltado para a diferenciação de bens de consumo, é um exemplo de uma iniciativa do Banco nesse sentido. Ela se soma a seu portfó-lio de produtos e instrumentos de apoio financeiro, incluindo aqueles relaciona-dos ao mercado de capitais nacional, como o estímulo à realização de ofertas públicas iniciais de ações e à listagem de empresas no segmento da bolsa de valores brasileira idealizado para tornar o mercado de ações acessível a compa-nhias emergentes, o Bovespa Mais. Cabe também mencionar o Programa Fundo Clima, que possui al-gumas das condições financeiras mais atrativas do BNDES e tem por estratégia incentivar a difusão de tecnologias mais eficientes do ponto de vista climático e ainda não utilizadas em escala comercial no Brasil, contribuindo para que a economia brasileira se prepare para competir em uma economia de baixo teor de carbono. Para fomentar a indústria de bens de capital, o Banco atua não só no financiamento ao parque produtivo, mas também no apoio à aquisição de máquinas e equipamentos nacionais, registrados no Credenciamento de Fabricantes Informatizado (CFI). Em 2013, o Pro-grama de Sustentação do Investimento (PSI) do Governo Federal no-vamente teve destaque no apoio a essa indústria, tanto em números de operações como em desembolsos. continua Aquicultura Apesar do grande potencial, a aqui-cultura no Brasil ainda é uma ativi-dade em desenvolvimento e de baixa produtividade. Tendo em vista a si-nergia entre a atividade e as políticas públicas de redução da pobreza, o BNDES apoiou a instalação de um processo inovador de mecanização no cultivo e beneficiamento de me-xilhão em Palhoça (SC), em favor da empresa Cavalo Marinho. Trata-se de uma nova tecnologia no mer-cado nacional, capaz de aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção. O projeto prevê, ain-da, o desenvolvimento em conjunto com a Universidade Federal de Santa Catarina da produção controlada de larvas de mexilhão e uso de coleto-res artificiais de sementes de larvas, substituindo o método predatório de retirada de sementes de costões. Engenharia automotiva O investimento em engenharia é fundamental para a construção de uma indústria automotiva competi-tiva, sendo esta uma das principais cadeias de dispersão de novas tec-nologias. Ciente disso, o BNDES tem empenhado esforços para a criação de programas e linhas com condições favoráveis à engenharia e inovação, financiando diversos projetos de pes-quisa e desenvolvimento da cadeia automotiva. Estima-se que pelo me-nos 36,6% dos veículos leves ven-didos no Brasil em 2013 tenham ao menos algum componente cuja en-genharia foi financiada pelo BNDES. Semicondutores Há mais de dez anos o BNDES man-tém como foco prioritário o apoio à construção da indústria microele-trônica no Brasil. Em 2013, o Banco contratou quatro projetos de desen-volvimento de circuitos integrados (R$ 61 milhões) e dois projetos para fabricação de chips (R$ 64 milhões). Outra área de fronteira em TICs, a eletrônica orgânica, também é vista como promissora e recebeu apoio de R$ 37 milhões no período. O aden-samento produtivo nessas duas áreas é fundamental para ajudar o país a reverter um déficit superior a US$ 22 bilhões do Complexo Eletrônico. 11,2 RELATÓRIO ANUAL 2013 29
  31. O CFI do BNDES, que adota critérios de conteúdo nacional, encerrou o ano de 2013 com 455 novas empresas credencia-das, totalizando 10.752 fabricantes, um incremento de 4,4% em relação a 2012. Um vetor importante para a melhoria das condições de operação das empre-sas é a inserção internacional, que am-plia o mercado para seus produtos e in-centiva a constante atualização de tec-nologias, processos e práticas de gestão. Com ganhos de eficiência e produtividade também no atendimen-to ao mercado interno, a atuação internacional das empresas traz muitos benefícios para o país, criando empregos para brasileiros e contribuindo para gerar saldos positivos na balança comercial. O BNDES apoia a exportação de bens e serviços e tam-bém operações em solo estrangeiro, buscando ofere-cer às empresas brasileiras condições de igualdade com seus concorrentes no mercado internacional. continuação Série de desembolsos para exportação (em US$ bilhões) 8,3 11,3 6,7 5,5 7,1 2009 2010 2011 2012 2013 EM FOCO Novos instrumentos Em 2013, foram criados um produ-to para aquisição de bonds corpo-rativos no mercado internacional e uma linha de apoio à exportação por meio de bancos parceiros. A Linha BNDES Exim Automático é voltada para a exportação de bens de capital e operada por mais de trinta bancos, na América Latina e na África, que assumem o risco de crédito. A possi-bilidade de o BNDES assumir o risco direto do importador ou do exporta-dor em algumas operações contri-buiu para a expansão de sua atuação em novos países, como África do Sul, Colômbia e Portugal. Conteúdo nacional A indução da fabricação no país de componentes com maior conteúdo tecnológico propicia a criação de empregos mais qualificados e a atra-ção de novos investimentos. Nesse sentido, vale registrar a metodologia adotada em 2013 para credencia-mento e apuração do conteúdo local dos aerogeradores para a indústria eólica. A presença de mais fabri-cantes no setor trouxe maior com-petitividade à geração eólica, o que permitiu significativa expansão dos parques eólicos na matriz elétrica, aliada a uma trajetória decrescente do custo da energia comercializada. Indústria farmacêutica A biotecnologia moderna é trajetó-ria de fronteira na indústria farma-cêutica, que vem permitindo ampliar as possibilidades de tratamento em áreas diversas. A internalização de competências nesta rota é a priori-dade do BNDES no Complexo Indus-trial da Saúde. Em 2013, o Banco apoiou a BIOMM S.A. na implanta-ção de uma unidade industrial para a produção de insulina humana recombinante, cujo processo utili-za tecnologia brasileira patentea-da em diversos países e permitirá maior acesso da população ao tra-tamento de diabetes. Competitividade das empresas brasileiras RELATÓRIO ANUAL 2013 30
  32. Para acompanhar as empresas brasilei-ras na conquista de mercados interna-cionais e atuar como um catalisador de oportunidades, o BNDES adotou a estra-tégia de constituir escritórios internacio-nais. Em 2013, como resultado de mais um projeto corporativo, foi inaugurado o escritório de representação em Jo-anesburgo, na África do Sul, principal centro industrial e financeiro da África. As novas instalações serão um ponto de referência para empresas bra-sileiras que buscam oportunidades no continente e visam incrementar o comércio exterior e os negócios entre os países africanos e o Brasil. O papel da subsidiária do Banco em Londres, no Reino Unido, foi re-forçado em 2013 para possibilitar a execução de atividades financei-ras operacionais. E, na América Latina, a partir de seu escritório em Montevidéu, no Uruguai, a ênfase deu-se na identificação de novos mercados e na redefinição da rede de relacionamentos com bancos e agências de desenvolvimento, bancos comerciais locais, empresas bra-sileiras, organismos multilaterais, entidades empresariais e governos. 1,1 2,0 1,2 1,3 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS VEÍCULO, REBOQUE E CARROCERIA OUTROS EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE CONSTRUÇÃO Destaques do apoio à exportação em 2013 (em US$ bilhões) Internacionalização e exportação Cabe registrar a conclusão da opera-ção com a Braskem Idesa destinada à implantação de um complexo petro-químico para a produção de etileno e de polietileno, no México, em con-junto com as agências multilaterais Banco Interamericano de Desenvol-vimento (BID) e International Finance Corporation (IFC), o banco de desen-volvimento do México – a Nacional Financiera –, as agências de crédito à exportação Export Development Canada (EDC) e Intesa Sanpaolo (SACE) e os bancos comerciais. O BNDES dobrou sua participação dos financiamentos às exportações de jatos comerciais da Embraer, com-parativamente com 2012, em núme-ro de aeronaves. A principal opera-ção teve como importador uma linha aérea norte-americana, a Republic Airline, com um financiamento de 19 aeronaves. A segunda opera-ção mais relevante foi para um im-portador venezuelano, a Conviasa, com dez aeronaves. Em ambos os casos, as operações contaram com o Seguro de Crédito à Exportação (SCE), com lastro em recursos do Fundo de Garantia às Exportações (FGE) do Tesouro Nacional. Ademais, cabe mencionar a diversificação dos mercados para os quais a carteira de financiamento de aeronaves contri-buiu, apoiando a exportação de um jato comercial para a linha aérea do Cazaquistão denominada AirAstana. O BNDES, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e La Cor-poración Financiera de Desarrollo (COFIDE) firmaram contrato com a Empresa de Generación Huallaga (EGH) para financiar a construção da Central Hidroelétrica de Chaglla, no Peru. A EGH é controlada pela Odebrecht Energia, do grupo Odebrecht, e é a primeira participa-ção da empresa brasileira no setor de concessão de energia elétrica fora do país. O financiamento do BNDES será destinado a apoiar a exportação de bens e serviços nacionais de alto valor agregado para a construção da usina. Desempenho no apoio à exportação RELATÓRIO ANUAL 2013 31
  33. O BNDES tem a preocupação de conhecer, debater e, também, propor soluções aos desafios do desenvolvimento econômico, social e ambiental brasileiro. O Banco tem diversas formas de atuação nesse campo. As análises e projeções elaboradas pelo BNDES são disponibilizadas à sociedade por meio de estudos e publicações, da participação em seminários, do patro-cínio a eventos para discutir os rumos do país, da organização de atividades abertas ao público nas instalações do Banco, além do atendimento a pesqui-sadores e interessados em suas análises da economia. Merece destaque o trabalho no âmbi-to do comitê de Arranjos Produtivos, Inovação, Desenvolvimento Local, Re-gional e Socioambiental (CAR-IMA), dedicado ao debate e estímulo ao re-corte regional e territorial na atuação do BNDES. Ao mobilizar as atenções dos executivos e técnicos do Banco e de par-ceiros externos, buscou-se identificar as diferentes ações do Banco que refletem no desenvolvimento das cinco macror-regiões do país e seus territórios e, também, descor-tinar oportunidades para aprimoramento das ações e instrumentos operacionais, em prol do desenvolvi-mento mais equilibrado, coordenado e sustentável. As reuniões contaram com a participação de renoma-dos especialistas externos, representantes dos meios acadêmico e empresarial, de órgãos governamentais e demais instituições parceiras de cada região. A Re-gião Norte inaugurou a série de debates, e a Sudeste encerra seus encontros no início de 2014. Foi estrutu-rada a organização de cinco livros, um para cada ma-crorregião, na coleção intitulada: Um Olhar Territorial para o Desenvolvimento. Como outra forma de promover o conhecimento, anualmente, desde 1977, o Prêmio BNDES de Econo-mia estimula a pesquisa no campo da ciência econô-mica pura e aplicada segundo a perspectiva nacio-nal, regional ou setorial. Concorrem dissertações de mestrado e teses de doutorado ainda não publicadas, aprovadas pelos centros de pós-graduação em econo-mia do país. O BNDES também investe na geração de conhecimen-to apoiando, com recursos não reembolsáveis prove-nientes do BNDES Fundo de Estruturação de Projetos (BNDES FEP), a produção de estudos técnicos ou pes- Geração de conhecimento EM FOCO Perspectivas do Investimento A publicação Perspectivas do Investi-mento aborda a estrutura produtiva da economia brasileira com proje-ções setoriais de investimentos para os quatro próximos anos e é fruto do compartilhamento e integração do conhecimento no BNDES. Essa obra contribui para o conhecimento das tendências e determinantes do investimento e, desse modo, para formulação de políticas de fomento ao desenvolvimento brasileiro. O papel dos bancos de desenvolvimento Para maior compreensão da socieda-de quanto ao papel das instituições financeiras públicas, o BNDES iniciou uma linha de pesquisa sobre os ban-cos de desenvolvimento. Os produtos gerados foram um banco de informa-ções sobre instituições selecionadas, o artigo “Bancos de desenvolvimento, além dos países emergentes” (publica-do no Valor Econômico de 25.6.2013) e o trabalho “A contribuição dos ban-cos de desenvolvimento para o finan-ciamento de longo prazo”, publicado na Revista do BNDES 40. Revista do BNDES e BNDES Setorial Estes periódicos constituem espaços importantes de manifestação das re-flexões dos empregados do Banco. A Revista traz artigos sobre economia brasileira e desenvolvimento econô-mico, enquanto o BNDES Setorial contém textos sobre a estrutura pro-dutiva da economia do país, com o objetivo de divulgar parte do conhe-cimento técnico do BNDES aplicado à análise de projetos. Resultado do 33º Prêmio BNDES de Economia A última edição do prêmio contou com 28 teses de doutorado, inscritas por 13 centros de pós-graduação em Economia de universidades brasilei-ras. A tese vencedora foi Causas e consequências do crime no Brasil, de Daniel Ricardo de Castro Cerqueira, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Na categoria Mestrado, foram 55 dissertações, inscritas por 18 cen-tros de pós-graduação em Econo-mia de universidades brasileiras. A dissertação vencedora foi O setor de internet no Brasil: uma análise da competição do mercado de acesso, de Marcelo de Carvalho Pereira, da Universidade Estadual de Campinas. Perspectivas do Investimento Artigo: A contribuição dos bancos de desenvolvimento para o financiamento de longo prazo Revista do BNDES BNDES Setorial Prêmio BNDES de Economia RELATÓRIO ANUAL 2013 32
  34. quisas relacionadas ao desenvolvimento econômico e social que possam orientar a formulação de políticas públicas ou que propiciem, direta ou indiretamente, a geração de projetos de elevado retorno social que possam implicar significativos investimentos públicos ou privados. No ano de 2013, é válido registrar a con-tratação de estudo sobre a diversificação da indústria química brasileira e de estudo sobre a viabilidade de produção de biocombustíveis nos países-membros da União Econômica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA) – potencial mercado para internacionaliza-ção de empresas brasileiras. Em âmbito internacional, o BNDES participou de eventos para trocar conhecimento e discutir temas re-levantes e fez também grande esforço de divulgação para promover oportunidades de investimentos, res-saltando seu papel para a economia e para a estabili-dade institucional do Brasil. O BNDES esteve presente em importantes fóruns econômicos internacionais em Washington, Boston, Los Angeles, Nova York (EUA), Davos (Suíça), Londres (Reino Unido), Madri (Espa-nha), Moscou (Rússia) e Paris (França). Em road shows (rodadas de negócio) para divulgar oportunidades na infraestrutura brasileira; em fóruns de sustenta-bilidade ambiental em Copenhague (Dinamarca), Washington (EUA), Veneza (Itália) e Viena (Áustria), e nos encontros anuais de entidades internacionais, como a União Africana, o Banco Africano de Desen-volvimento, o Banco Mundial e o Banco Interamerica-no de Desenvolvimento (BID). O BNDES também tem procurado prestar contas à so-ciedade de sua atuação de fomento ao investimento. Ao comparar com as informações relativas ao apoio do BNDES, o conhecimento do desempenho do inves-timento tem sido importante também para avaliar seus impactos na economia. Tem sido possível mos-trar a importante contribuição do Banco para o au-mento do investimento e a importância anticíclica do seu apoio. De fato, a própria análise dos desembolsos do Banco e da sua importância contribui para anteci-par o comportamento da Formação Bruta de Capital Fixo* e mostra que aumentos das operações de cré-dito estão relacionados a aumentos do investimento períodos à frente. * Esse indicador mede o quanto as empresas aumentaram seus bens de capital – aqueles usados para produzir outros bens, como máquinas, equipamentos e material de constru-ção. Esse controle é fundamental para verificar se a capaci-dade de produção do país está crescendo e, também, se os empresários estão otimistas em relação ao futuro. Relação entre os desembolsos do Banco e o aumento do investimento dos empresários Nesse estudo, foi feita a análise dos impactos do BNDES na economia, mostrando a relação entre os desem-bolsos do Banco e o aumento do in-vestimento dos empresários (medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, por meio do in-dicador chamado Formação Bruta de Capital Fixo). Dessa maneira, foi possível demonstrar a contribuição do Banco para o aumento do inves-timento e a importância do seu apoio como força anticíclica – amenizando ciclos de crises ou recessões e contri-buindo para a recuperação do inves-timento. Os dados operacionais do BNDES foram utilizados também para antecipar o comportamento da For-mação Bruta de Capital Fixo no Brasil. Em cenários de desaceleração nos investimentos – como durante a crise de 2008 e a crise na zona do euro, mais recente –, o BNDES atuou vigorosamente, contribuindo para a recuperação dos investimentos, como demonstra o gráfico a seguir. Por outro lado, em momentos de retomada do investimento, o BNDES pode moderar sua atuação. Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF) e desembolsos do BNDES (em R$ bilhões, a preços de 2013)* (valores reais de 2013) 41 500 115 686 FBKF 518 42 569 48 648 72 736 83 833 113 872 124 837 132 889 158 2005 2010 Desembolsos BNDES (valores reais de 2013) 2004 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 * Exclui desembolsos BNDES Exim Pré e Pós-embarque; giro, ajuste fiscal, fusão/aquisição; internacionalização e mercado de capitais. RELATÓRIO ANUAL 2013 33
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