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Através da nossa página no Facebook vamos disponibilizar todos os ar-
tigos do livro BRASIL NÃO MOTORIZADO. A cada semana um texto será
editado. Desse modo, ao final de 16 semanas o livro estará completo e terá sido
aberto mais um canal de leitura e discussão dos temas abordados.
A publicação dos artigos no formato eletrônico também se deve ao su-
cesso da edição. Além das cotas dos patrocinadores, vendas em lançamentos
e livrarias e doações a instituições de ensino, foram colocados mais de 1.000
exemplares. Isso demonstra o interesse pelo assunto “mobilidade urbana” e nos
dá a certeza de continuarmos com a coleção. Está prevista ainda para 2015 a
edição do nosso 2º volume – com alguns novos autores e novas abordagens.
Boa leitura
Vale lembrar que os interessados ainda podem adquirir o livro nas Li-
vrarias Cultura; sob encomenda ou pela internet. www.livrariacultura.com.br
IMPORTANTE
Empresas e entidades que patrocinaram essa 1ª edição:
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
Estudo de Caso: uso de
microssimulação de tráfego
para revisão do projeto da Av.
Manoel Ribas, em Curitiba,
com inclusão de ciclofaixa
FranciscoCaronMALUCELLI
1
1.	Considerações iniciais
A Avenida Manoel Ribas tem grande importância no sistema viário de
Curitiba, pois faz a ligação entre o centro histórico do bairro gastronômico de
Santa Felicidade e o município de Campo Magro, na região metropolitana da
capital paranaense. Neste trajeto, também permite a ligação com o Contorno
Norte de Curitiba. Em seu trecho mais a noroeste, entre a Rua Domingos Stra-
passon e o Contorno Norte, a Manoel Ribas carece de estrutura e capacidade
para dar a fluidez necessária ao tráfego, especialmente às doze linhas de trans-
porte coletivo que servem a região.
Com o objetivo de ampliar a capacidade da via e aumentar a velocidade
operacional do transporte coletivo, o IPPUC decidiu contratar o projeto execu-
tivo de requalificação da avenida no ano de 2012. No início de 2013, com a nova
administração municipal, foi aventada a possibilidade e a viabilidade de se im-
plantar uma ciclofaixa ao longo da via, ofertando aos munícipes uma alterna-
tiva de transporte sustentável e barata. No entanto, devido à restrição espacial
existente no local, esta alternativa requer que um dos sentidos de circulação da
via tenha apenas uma faixa de circulação.
Para auxiliar o processo de tomada de decisão quanto à solução a adotar,
foi desenvolvido estudo de verificação de desempenho do sistema viário, através
de microssimulação de tráfego para a Av. Manoel Ribas, entre as ruas Domin-
gos Strapasson e Napoleão Manosso. Estes dois cruzamentos são semaforizados
e determinantes na capacidade operacional da via. Assim, foram estudadas três
configurações distintas:
1	 Engenheiro Civil pela UFPR, Engenheiro de Tráfego do IPPUC, Curitiba - PR.
E-mail: fmalucelli@ippuc.org.br
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
Situação atual – uma faixa de tráfego
por sentido, com estacionamento em reman-
sos e paradas de ônibus na pista de rolamento;
Projeto IPPUC, 2012 – o projeto con-
tratado pelo IPPUC, desenvolvido no ano de
2012, contempla duas faixas de tráfego por
sentido na maioria do trecho, sendo que nas
aproximações mais críticas dos cruzamentos
semaforizados foram previstas três faixas para
aumento de capacidade;
Proposta com ciclofaixa, 2013 – propos-
ta com a inclusão de ciclofaixa na pista de ro-
lamento, onde for possível, e com ciclovia no
passeio nos trechos mais estreitos.
1.	Levantamento dos dados
Os volumes de tráfego foram levantados através de pesquisas de conta-
gem veicular, realizadas pelo Setor de Pesquisas do IPPUC, entre 17 e 19 horas,
nos seguintes cruzamentos:
•	Av. Manoel Ribas x R. Napoleão Manosso
•	Av. Manoel Ribas x R. Domingos Strapasson
Figura 1: Localização da Av. Manoel Ribas no
município de Curitiba
Fonte: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de
Curitiba - IPPUC
Figura 2
Perfil de fluxo de tráfego para a Av. Manoel Ribas dentro das duas horas pesquisadas
Fonte: IPPUC, 2013
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
Os veículos foram contados e separados em três categorias (carros, ôni-
bus e caminhões), sendo acumulados em intervalos de 15 minutos. A Figura
2 mostra o perfil de fluxo para a Av. Manoel Ribas, dentro das duas horas de
realização da pesquisa.
Como o estudo tem por objetivo avaliar a capacidade máxima e o nível de
serviço na situação mais crítica para o sistema viário, os dados da contagem de
duas horas foram agrupados de forma a se obter a hora de pico, onde ocorre o
maior carregamento possível dos cruzamentos. Para este trecho da Av. Manoel
Ribas, a hora de pico ocorre das 17h30 às 18h30. Os fluxos direcionais nas apro-
ximações dos cruzamentos são mostrados na Figura 3.
Os dados referentes à geometria, configuração de circulação e formação
de filas no trecho foram retirados de fotos aéreas, projetos disponíveis e de vis-
torias em campo.
1.	Avaliação de desempenho do sistema
3.1 Metodologia utilizada
O trabalho foi desenvolvido com base em microssimulação de tráfego,
através do software AIMSUN, da empresa TSS, que é um programa computa-
cional para modelagem de redes viárias e simulação microscópica, o qual usa a
teoria do “car following” (lei da perseguição)1
com base nas distâncias, ou “hea-
dways” entre veículos.
A escolha de modelos de microssimulação em oposição a outros métodos
e pacotes de software, como Highway Capacity Software (HCS), se deve ao
1	 Na teoria do fluxo de tráfego, o modelo de“car following”, de Newell, é um método utilizado
para determinar como os veículos seguem uns aos outros em uma estrada. A ideia principal deste modelo
é que um veículo irá manter um mínimo de espaço e tempo entre ele e o veículo que o precede. Assim,
sob condições de congestionamento, se o veículo líder mudar sua velocidade, o veículo seguidor também
mudará sua velocidade em algum ponto no espaço-tempo, ao longo da onda de velocidade e do tráfego.
Figura 3: Fluxogramas para a hora de pico (2013) nos cruzamentos da Av. Manoel Ribas
com a R. Napoleão Manosso e com a R. Domingos Strapasson.
Base: Google Earth
Fontes: IPPUC e Google Earth, 2013
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
fato de que a simulação através de micromodelagem permite avaliar os
efeitos que diferentes elementos do sistema viário causam uns sobre os outros.
Efeitos como a proximidade entre interseções ou estreitamentos de pista, ou
então a formação e dissolução de congestionamentos em vias urbanas, em de-
terminados períodos de tempo, são situações complexas de ser avaliadas com as
metodologias simples, sendo fundamental o uso da microssimulação.
Como resultado do processo de modelagem e simulação, o software for-
nece, entre outras informações, dados chamados de Medidas de Eficiência do
sistema, ou no inglês, MOE – Messure of Effectiveness, com os quais é possível
realizar todos os tipos de avaliações possíveis para cada trecho do sistema viário
simulado. Como se trata de um modelo estocástico, onde números aleatórios
são associados às características dos veículos e dos motoristas, para que se pro-
duzam resultados mais condizentes com a realidade, é necessário que se gerem
diversas simulações com diferentes grupos de números aleatórios. Confiar nos
resultados produzidos por apenas uma simulação do AIMSUN pode conduzir
a conclusões equivocadas.
Para o sistema viário em estudo, foi criado um modelo que busca repre-
sentar os principais componentes e características do sistema, para cada uma
das situações estudadas. Movimentos com pouca relevância, indiferentes à situ-
ação global do sistema, não foram levados em consideração. A Figura 4 mostra
a rede criada para a simulação da situação atual da Av. Manoel Ribas.
Figura 4: Rede montada no AIMSUN para a situação
atual da Av. Manoel Ribas
Fontes: AIMSUN e IPPUC, 2013
Detetor
Volume
Contado
(veic/h)
Volume
Simulado
(veic/h)
Diferença
Absoluta
%
1 676 651 25 3,65%
2 973 928 45 4,62%
3 118 115 3 2,63%
4 127 121 6 4,72%
5 542 524 18 3,25%
6 588 559 29 4,93%
7 234 223 11 4,70%
8 476 467 9 1,81%
9 461 447 14 3,04%
10 567 539 28 4,94%
11 390 375 15 3,85%
12 487 484 3 0,64%
13 509 492 17 3,34%
14 429 418 11 2,56%
15 606 609 -3 -0,51%
16 483 489 -6 -1,33%
Tabela 1
Calibração da rede simulada para a situação atual
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
3.2 Calibração do modelo
Autores que discutem métodos de validação para modelos de simulação
são unânimes em constatar que não há procedimento capaz de validar todo
e qualquer tipo de modelo. A escolha da metodologia depende do problema,
segundo Sargent (1982) e Law e Kelton (2000), apud Silva e Tyler (2001), que
assinalam que, caso existisse uma abordagem completamente definitiva para o
problema da validação, talvez nem houvesse necessidade do modelo de simula-
ção. Também acrescentam que o método apropriado é altamente dependente,
tanto da natureza do fenômeno a ser simulado como do uso que se pretende
fazer dele.
Diante da falta de outros dados confiáveis para validação, e da inviabi-
lidade financeira para a aquisição destes dados, optou-se, neste trabalho, pelo
procedimento de comparação dos volumes de tráfego contados em campo com
os fluxos efetivos simulados nos principais pontos da rede, além da identifi-
cação visual das filas formadas em campo e das obtidas na simulação. Como
critério para aceitação da análise quantitativa dos fluxos efetivos simulados,
utilizou-se a diferença máxima aceitável de 5% entre os fluxos observados e os
fluxos simulados.
Os valores de volume foram coletados nas simulações através do uso de
detectores virtuais nos tramos de entrada e saída de cada um dos dois cru-
zamentos, totalizando 16 pontos de comparação. A cada simulação gerada foi
feito um comparativo entre os valores, que deveriam ter diferença inferior a 5%.
Caso o objetivo não fosse atingido, eram feitos ajustes nos parâmetros internos
do AIMSUN e nova simulação era gerada. Foram necessárias quatro simula-
ções para que a calibração da rede obtivesse sucesso. A Tabela 1 mostra os re-
sultados da calibração do modelo.
3.3 Desempenho do cruzamento na configuração atual
Com a rede calibrada, passou-se à fase de verificação do desempenho
dos cruzamentos, definindo-se parâmetros de capacidade e nível de serviço, os
quais são usados posteriormente para fins comparativos entre as alternativas.
Em um sistema viário qualquer, os pontos que
definem o nível de serviço da rede são aqueles
onde há algum tipo de controle, seja através
de sinalização de parada, seja um equipamen-
to semafórico. Os cruzamentos da Av. Manoel
Ribas com a R. Napoleão Manosso e com a
R. Domingos Strapasson são controlados por
semáforos.
Para o cálculo das capacidades e níveis
de serviço, foram considerados os ramos
Nível de Serviço Demora (sec/veic.)
A ≤ 10
B > 10 - 20
C > 20 - 35
D > 35 - 55
E > 55 - 80
F > 80
Tabela 2: Níveis de serviço para cruzamentos
semaforizados
Fonte: HCM 2000
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
principais na rede (ramos de aproximação do cruzamento), para os quais
foi definido o volume de tráfego, em veículos por hora, e a demora para trans-
por o cruzamento, em segundos por veículo.
Como o AIMSUN não fornece os níveis de serviço diretamente como
resultado final, e sim os MOEs, os níveis de serviço podem ser determinados
através das tabelas presentes no Highway Capacity Manual (HCM-2000), pu-
blicado pelo Transportation Research Board (TRB), para cada um dos tipos
de dispositivos de controle existentes na rede. Para interseções semaforizadas,
pode ser usada a tabela presente no capítulo 16 do HCM-2000, onde são rela-
cionadas as demoras calculadas, em segundos por veículo, por aproximação do
cruzamento, com o nível de serviço da aproximação.
Assim, foi possível definir os níveis de serviço para cada um dos ramos
estudados, conforme mostrado nas Figuras 5 e 6.
As Figuras 7 e 8 mostram
um instante qualquer da simula-
ção, evidenciando a ocorrência de
filas em algumas aproximações.
Ramo
Demora
(s/veic)
Nível de
Serviço
1 8,94 A
2 364,04 F
3 54,46 D
4 41,04 D
Ramo
Demora
(s/veic)
Nível de
Serviço
1 271,38 F
2 19,90 B
3 344,17 F
4 12,26 B
Figuras 5 e 6
Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso na situação atual
Figura7: Formação de filas no cruzamento da Av. Manoel Ribas
com a R. Napoleão Manosso na situação atual
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
Como a Av. Manoel Ribas é
uma importante via de entrada e
saída da cidade, proporcionando
ligação com o município de Cam-
po Magro e com o Contorno Nor-
te, o fluxo de ônibus é intenso,
com 12 linhas circulando em cada
sentido. Desta forma, decidiu-se
considerar o tempo de viagem por
veículo como mais um indicador
de desempenho para o trecho da
avenida entre as ruas Napoleão
Manosso e Domingos Strapasson,
sendo diferenciados os tempos para ônibus e para veículos em geral (carros
mais ônibus). Este valor proporciona um bom comparativo de desempenho do
sistema viário como um todo. A Tabela 3 mostra os valores obtidos para a situ-
ação atual.
3.4 Desempenho do cru-
zamento para o projeto do
IPPUC de 2012
O projeto da reformulação
da Av. Manoel Ribas foi contra-
tado pelo IPPUC em 2012 e en-
tregue no início do ano de 2013.
A configuração geométrica é de
duas faixas por sentido de cir-
culação, com um canteiro cen-
tral para facilitar as travessias de
pedestres e estacionamentos paralelos ao meio-fio em remansos. A Figura 9
mostra a configuração dos cruzamentos com as ruas Napoleão Manosso e Do-
mingos Strapasson.
Figura 8
Formação de filas nos cruzamentos da Av. Manoel Ribas
com a R. Domingos Strapasson na situação atual
Sentido Distância (m) Veículo
Tempo de
Viagem
(s/veíc)
Ônibus 564,90
Todos 490,69
Ônibus 665,39
Todos 591,57
Centro
1.810
Contorno Norte
Tabela 3: Tempos de viagem simulados para a situação atual
Figura 9: Configuração do projeto do IPPUC de 2012 para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com as ruas Napoleão Manosso e
Domingos Strapasson
Fonte: IPPUC, 2013
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
Os resultados obtidos pela simulação estão apresentados na sequência.
Por sua vez, as Figuras 12 e 13 mostram um instante qualquer da simu-
lação.
Ramo
Demora
(s/veic)
Nível de
Serviço
1 15,30 B
2 20,45 C
3 19,15 B
4 21,63 C
Figura 11
Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson,
para o projeto do IPPUC de 2012
Figura 10
Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso, para o projeto do IPPUC de 2012
Figuras 12 e 13: Instante da simulação no cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso, e instante da simulação no
cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson, para o Projeto do IPPUC de 2012
Sentido Distância (m) Veículo
Tempo de
Viagem
(s/veíc)
Ônibus 321,25
Todos 150,4
Ônibus 321,28
Todos 152,97
Centro
1.810
Contorno Norte
Tabela 4: Tempos de viagem simulados para o Projeto do IPPUC de 2012
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
3.5 Desempenho do cruzamento para a proposta com ciclofaixa – 2013
A nova proposta apresentada é de que seja implantada uma ciclofaixa na
pista de rolamento, paralela ao estacionamento de veículos, em todo o trecho
onde a largura da via permite. Nos trechos mais estreitos, deve ser implantada
uma ciclovia compartilhada com os pedestres no passeio.
A configuração de circulação seria de duas faixas de tráfego em um sen-
tido e uma faixa de tráfego no sentido contrário. Entre o Contorno Norte e a
Rua Angelo Stival, seriam duas faixas de tráfego no sentido Contorno e uma
faixa de tráfego no sentido Centro. Entre a Rua Angelo Stival e a Rua Domingos
Strapasson a configuração se inverte, com duas faixas no sentido Centro e uma
faixa no sentido Contorno. Para que se mantenha a boa capacidade da via, serão
mantidas duas faixas de tráfego por sentido nas aproximações dos cruzamentos
semaforizados. A Figura 14 mostra a configuração esquemática para esta pro-
posta.
Figura 14
Configuração esquemática da proposta com ciclofaixa
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
Os resultados obtidos pela simulação estão apresentados na sequência.
Os tempos de viagem obtidos para a proposta com ciclofaixa são os apre-
sentados a seguir.
Ramo
Demora
(s/veic)
Nível de
Serviço
1 20,31 C
2 71,06 E
3 14,59 B
4 31,97 C
Figura 15: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso,
para a proposta com ciclofaixa
Ramo
Demora
(s/veic)
Nível de
Serviço
1 29,31 C
2 21,28 C
3 26,92 C
4 13,22 B
Figura 16: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson,
para a proposta com ciclofaixa.
Figuras 17 e 18: Instante da simulação no cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso e da Av. Manoel Ribas com a R.
Strapasson, ambas para a proposta com ciclofaixa
Sentido Distância (m) Veículo
Tempo de
Viagem
(s/veíc)
Ônibus 361,58
Todos 192,73
Ônibus 371,51
Todos 176,85
Centro
1.810
Contorno Norte
Tabela 5: Tempos de viagem simulados para a proposta com ciclofaixa
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
3.6 Comparativo entre as alternativas para o tráfego atual
As Tabelas 6 e 7 mostram o comparativo entre as demoras e os níveis de
serviço definidos para a situação atual e para as alternativas propostas.
Na sequência, a Tabela 8 mostra o comparativo entre os tempos de via-
gem simulados para as alternativas do projeto.
Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa
1 8,94 12,32 20,31 A B C 27% 56%
2 364,04 27,14 71,06 F C E -1241% -412%
3 54,46 13,43 14,59 D B B -306% -273%
4 41,04 30,07 31,97 D C C -36% -28%
AV. MANOEL RIBAS X RUA NAPOLEÃO MANOSSO
Ramo
Demora (s/veic) Nível de Serviço
Melhoria % em Relação à
Situação Atual *
* números positivos representam uma piora em relação à situação atual
Tabela 6: Comparativo entre demoras e níveis de serviço para as situações estudadas, considerando-se o tráfego atual, para o cruzamento
entre a Av. Manoel Ribas e a R. Napoleão Manosso
Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa
1 271,38 15,30 29,31 F B C -1674% -826%
2 19,90 20,45 21,28 B C C 3% 6%
3 344,17 19,15 26,92 F B C -1697% -1178%
4 12,26 21,63 13,22 B C B 43% 7%
Nível de Serviço
Melhoria % em Relação à
Situação Atual *
* números positivos representam uma piora em relação à situação atual
AV. MANOEL RIBAS X RUA DOMINGOS STRAPASSON
Ramo
Demora (s/veic)
Tabela 7: Comparativo entre demoras e níveis de serviço para as situações estudadas, considerando-se o tráfego atual, para o cruzamento
entre a Av. Manoel Ribas e a R. Domingos Strapasson
Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa
Ônibus 564,90 321,25 361,58 76% 56%
Todos 490,69 150,4 192,73 226% 155%
Ônibus 665,39 321,28 371,51 107% 79%
Todos 591,57 152,97 176,85 287% 235%
Tempo de Viagem (s/veíc)
Centro
1.810
Contorno Norte
Sentido Distância (m) Veículo
Melhoria % em Relação à
Situação Atual
Tabela 8: Comparativo entre os tempos de viagem para as situações estudadas, considerando-se o tráfego atual
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
1.	Análise do Sistema Viário para o Período de Projeto – 10 anos
Para que um projeto seja econômica e tecnicamente viável é necessário
que seu desempenho seja analisado também para o horizonte proposto, ou seja,
para a sua vida útil. No presente trabalho, foi considerado um horizonte de
projeto de 10 anos, contados a partir da data atual (2013), ou seja, o ano de 2023.
A projeção do tráfego adotada foi bastante agressiva, de forma que se
tenha uma previsão mais pessimista, sendo trabalhado em favor da segurança.
Para fins deste estudo, considerou-se um crescimento do tráfego de 4% ao ano
para a região, o que, em um período de 10 anos, resultará em uma taxa total de
48% no período.
4.1 Configuração Atual (2023)
Na configuração atual da geometria, para o ano de 2023, foram obtidos
na simulação os resultados apresentados a seguir.
Os tempos de viagem obtidos para a configuração atual são os apresen-
tados a seguir.
Ramo
Demora
(s/veic)
Nível de
Serviço
1 1.073,49 F
2 2.333,17 F
3 152,68 F
4 180,93 F
Figura 19: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso, para a configuração atual, em
2023
Ramo
Demora
(s/veic)
Nível de
Serviço
1 811,71 F
2 24,34 C
3 1.736,32 F
4 15,16 B
Figura 20: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson, na configuração atual, em
2023
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
4.2 Projeto do IPPUC de 2012 (2023)
Para o projeto do IPPUC contratado em 2012, com o tráfego projetado
para 10 anos, foram obtidos na simulação os resultados apresentados a seguir.
Sentido Distância (m) Veículo
Tempo de
Viagem
(s/veíc)
Ônibus 2.223,57
Todos 2.427,36
Ônibus 1.784,48
Todos 2.064,50
Centro
1.810
Contorno Norte
Tabela 9: Tempos de viagem simulados para a configuração atual, no ano de 2023
Ramo
Demora
(s/veic)
Nível de
Serviço
1 18,35 B
2 299,61 F
3 14,95 B
4 53,68 D
Figura 21: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso, para o projeto do IPPUC 2012,
no ano de 2023
Ramo
Demora
(s/veic)
Nível de
Serviço
1 17,71 B
2 27,72 C
3 107,86 F
4 49,59 D
Figura 22: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson, para o projeto do IPPUC
2012, no ano de 2023
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
Os tempos de viagem obtidos para a configuração atual são os apresen-
tados a seguir.
4.3 Proposta com Ciclofaixa (2023)
Para a proposta com ciclofaixa, com o tráfego projetado para 10 anos,
foram obtidos na simulação os resultados apresentados a seguir.
Sentido Distância (m) Veículo
Tempo de
Viagem
(s/veíc)
Ônibus 325,28
Todos 159,2
Ônibus 412,85
Todos 241,65
Centro
1.810
Contorno Norte
Tabela 10: Tempos de viagens simulados do Projeto do IPPUC (2012), para o ano de 2023
Ramo
Demora
(s/veic)
Nível de
Serviço
1 43,56 D
2 63,80 E
3 19,51 B
4 39,30 D
Figura 23: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso, para a proposta com
ciclofaixa, em 2023
Ramo
Demora
(s/veic)
Nível de
Serviço
1 34,43 C
2 30,48 C
3 28,49 C
4 17,50 B
Figura24: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson, para a proposta com
ciclofaixa, em 2023
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
Os tempos de viagem obtidos para a configuração atual são os apresen-
tados a seguir.
4.4 Comparativo entre as Alternativas para o Tráfego Projetado (2023)
As Tabelas 12 e 13 mostram o comparativo entre as demoras e os níveis
de serviço definidos para a situação atual e as alternativas propostas, com o
tráfego projetado para o ano de 2023.
Sentido Distância (m) Veículo
Tempo de
Viagem
(s/veíc)
Ônibus 372,31
Todos 227,04
Ônibus 389,13
Todos 191,13
Centro
1.810
Contorno Norte
Tabela 11: Tempos de viagem simulados para a proposta com ciclofaixa, para o ano de 2023
Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa
1 1073,49 18,35 43,56 F B D -5750% -2364%
2 2333,17 299,61 63,80 F F E -679% -3557%
3 152,68 14,95 19,51 F B B -921% -683%
4 180,93 53,68 39,30 F D D -237% -360%
AV. MANOEL RIBAS X RUA NAPOLEÃO MANOSSO
Ramo
Demora (s/veic) Nível de Serviço
Melhoria % em Relação à
Situação Atual *
* números positivos representam uma piora em relação à situação atual
Tabela 12: Comparativo entre demoras e níveis de serviço para as situações estudadas, considerando-se o tráfego projetado para 2023,
para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso
Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa
1 811,71 17,71 34,43 F B C -4483% -2258%
2 24,34 27,72 30,48 C C C 12% 20%
3 1736,32 107,86 28,49 F F C -1510% -5994%
4 15,16 49,59 17,50 B D B 69% 13%
AV. MANOEL RIBAS X RUA DOMINGOS STRAPASSON
Ramo
Demora (s/veic) Nível de Serviço
Melhoria % em Relação à
Situação Atual *
* números positivos representam uma piora em relação à situação atual
Tabela 13: Comparativo entre demoras e níveis de serviço para as situações estudadas, considerando-se o tráfego projetado para 2023,
para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
A Tabela 14, por sua vez, mostra o comparativo entre os tempos de vigem
simulados para as alternativas do projeto.
1.	Considerações Finais
É indiscutível que o aumento do número de faixas de tráfego nas aproxi-
mações de cruzamentos semaforizados melhora o desempenho operacional da
via como um todo, especialmente para cruzamentos onde são permitidos todos
os movimentos possíveis. Também, onde se têm estágios semafóricos específi-
cos para conversões à esquerda e/ou travessia de pedestres.
Das alternativas estudadas neste trabalho, aquela referente ao projeto
contratado pelo IPPUC em 2012 foi a que mostrou melhor desempenho em lon-
go prazo, tanto nos níveis de serviço quanto nos tempos de viagem. Com uma
configuração de duas faixas por sentido de tráfego, ampliadas para três faixas
nas aproximações dos cruzamentos semaforizados, esta alternativa permite que
a programação dos equipamentos de controle seja revista, principalmente com
a diminuição dos tempos de ciclo, o que resulta em demoras menores. Contudo,
esta alternativa não possibilita a inclusão da bicicleta como alternativa de trans-
porte na rede de mobilidade do município.
A proposta com a inclusão da ciclofaixa, apesar de apresentar desempe-
nho inferior ao do projeto do IPPUC de 2012, traz uma melhoria considerável
em comparação com a configuração atual da via. Além disso, proporciona aos
cidadãos mais uma opção segura de transporte para realizar seus deslocamen-
tos diários. Levando em conta a situação atual da mobilidade das grandes cida-
des brasileiras, que carece de estrutura para modais alternativos, e a proposta
do IPPUC e da administração municipal de Curitiba, que busca continuamente
soluções alternativas de transporte para ajudar a diminuir os crescentes conges-
tionamentos, entende-se que esta alternativa é viável.
Por fim, pode-se concluir que as ferramentas de modelagem e simulação
de tráfego são cada vez mais indispensáveis ao processo de planejamento de
nossas cidades. Elas auxiliam o corpo técnico e os administradores a tomar
decisões que melhor atendam os objetivos traçados.
Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa
Ônibus 2.223,57 325,28 372,31 584% 497%
Todos 2.427,36 159,20 227,04 1425% 969%
Ônibus 1.784,48 412,85 389,13 332% 359%
Todos 2.064,50 241,65 191,13 754% 980%
Sentido Distância (m) Veículo
Tempo de Viagem (s/veíc)
Melhoria % em Relação à
Situação Atual
Centro
1.810
Contorno Norte
Tabela 14: Comparativo entre tempos de viagem das situações estudadas, considerando o tráfego projetado para 2023
    Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da
     Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa.
Referências Bibliográficas
AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANS-
PORTATION OFFICIALS. AASHTO guidelines for traffic data programs,
Washington, D.C., 1992.
BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ma-
nual de estudos de tráfego. Rio de Janeiro, 2006.
INSTITUTE OF TRAFFIC ENGINEERS. An introduction to highway
transportation engineering. Washington, D.C., 1968.
GASPARINI, R., 2002. “Análise da Adequabilidade do HCM para o Es-
tudo de Vias Urbanas”, Dissertação de Mestrado em Transportes, Universida-
de de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Civil e
Ambiental, Brasília.
MOREIRA, RODOLPHO BARBOSA. Uma Contribuição Para Avalia-
ção do Modelo “CORSIM” em Simulações de Tráfego Urbano no Rio de Janei-
ro [Rio de Janeiro] 2005 XIII, 139 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M. Sc., Engenharia
de Transportes, 2005) Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de
Janeiro.
SILVA, P. C. M., e N. TYLER, 2001, “Sobre a Validação de Modelos Mi-
croscópicos de Simulação de Tráfego”. In: Anais do XV Congresso de Ensino e
Pesquisa em Transportes, ANPET, Campinas.
SOUSA, D. L. M., 2003, “Análise dos Impactos Causados no Tráfego por
Alterações na Rede Viária, Utilizando Micro-simulação”. Tese de M. Sc, PE-
TCOPPE/UFRJ, Rio de Janeiro.
TRASNPORTATION RESEARCH BOARD. Highway capacity manual.
Washington, D.C., 2000.

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Estudo de caso sobre microssimulação de tráfego na Av. Manoel Ribas

  • 1. 03
  • 2. VOCÊ TAMBÉM PODE COMPARTILHAR Através da nossa página no Facebook vamos disponibilizar todos os ar- tigos do livro BRASIL NÃO MOTORIZADO. A cada semana um texto será editado. Desse modo, ao final de 16 semanas o livro estará completo e terá sido aberto mais um canal de leitura e discussão dos temas abordados. A publicação dos artigos no formato eletrônico também se deve ao su- cesso da edição. Além das cotas dos patrocinadores, vendas em lançamentos e livrarias e doações a instituições de ensino, foram colocados mais de 1.000 exemplares. Isso demonstra o interesse pelo assunto “mobilidade urbana” e nos dá a certeza de continuarmos com a coleção. Está prevista ainda para 2015 a edição do nosso 2º volume – com alguns novos autores e novas abordagens. Boa leitura Vale lembrar que os interessados ainda podem adquirir o livro nas Li- vrarias Cultura; sob encomenda ou pela internet. www.livrariacultura.com.br IMPORTANTE Empresas e entidades que patrocinaram essa 1ª edição:
  • 3.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa FranciscoCaronMALUCELLI 1 1. Considerações iniciais A Avenida Manoel Ribas tem grande importância no sistema viário de Curitiba, pois faz a ligação entre o centro histórico do bairro gastronômico de Santa Felicidade e o município de Campo Magro, na região metropolitana da capital paranaense. Neste trajeto, também permite a ligação com o Contorno Norte de Curitiba. Em seu trecho mais a noroeste, entre a Rua Domingos Stra- passon e o Contorno Norte, a Manoel Ribas carece de estrutura e capacidade para dar a fluidez necessária ao tráfego, especialmente às doze linhas de trans- porte coletivo que servem a região. Com o objetivo de ampliar a capacidade da via e aumentar a velocidade operacional do transporte coletivo, o IPPUC decidiu contratar o projeto execu- tivo de requalificação da avenida no ano de 2012. No início de 2013, com a nova administração municipal, foi aventada a possibilidade e a viabilidade de se im- plantar uma ciclofaixa ao longo da via, ofertando aos munícipes uma alterna- tiva de transporte sustentável e barata. No entanto, devido à restrição espacial existente no local, esta alternativa requer que um dos sentidos de circulação da via tenha apenas uma faixa de circulação. Para auxiliar o processo de tomada de decisão quanto à solução a adotar, foi desenvolvido estudo de verificação de desempenho do sistema viário, através de microssimulação de tráfego para a Av. Manoel Ribas, entre as ruas Domin- gos Strapasson e Napoleão Manosso. Estes dois cruzamentos são semaforizados e determinantes na capacidade operacional da via. Assim, foram estudadas três configurações distintas: 1 Engenheiro Civil pela UFPR, Engenheiro de Tráfego do IPPUC, Curitiba - PR. E-mail: fmalucelli@ippuc.org.br
  • 4.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. Situação atual – uma faixa de tráfego por sentido, com estacionamento em reman- sos e paradas de ônibus na pista de rolamento; Projeto IPPUC, 2012 – o projeto con- tratado pelo IPPUC, desenvolvido no ano de 2012, contempla duas faixas de tráfego por sentido na maioria do trecho, sendo que nas aproximações mais críticas dos cruzamentos semaforizados foram previstas três faixas para aumento de capacidade; Proposta com ciclofaixa, 2013 – propos- ta com a inclusão de ciclofaixa na pista de ro- lamento, onde for possível, e com ciclovia no passeio nos trechos mais estreitos. 1. Levantamento dos dados Os volumes de tráfego foram levantados através de pesquisas de conta- gem veicular, realizadas pelo Setor de Pesquisas do IPPUC, entre 17 e 19 horas, nos seguintes cruzamentos: • Av. Manoel Ribas x R. Napoleão Manosso • Av. Manoel Ribas x R. Domingos Strapasson Figura 1: Localização da Av. Manoel Ribas no município de Curitiba Fonte: Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba - IPPUC Figura 2 Perfil de fluxo de tráfego para a Av. Manoel Ribas dentro das duas horas pesquisadas Fonte: IPPUC, 2013
  • 5.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. Os veículos foram contados e separados em três categorias (carros, ôni- bus e caminhões), sendo acumulados em intervalos de 15 minutos. A Figura 2 mostra o perfil de fluxo para a Av. Manoel Ribas, dentro das duas horas de realização da pesquisa. Como o estudo tem por objetivo avaliar a capacidade máxima e o nível de serviço na situação mais crítica para o sistema viário, os dados da contagem de duas horas foram agrupados de forma a se obter a hora de pico, onde ocorre o maior carregamento possível dos cruzamentos. Para este trecho da Av. Manoel Ribas, a hora de pico ocorre das 17h30 às 18h30. Os fluxos direcionais nas apro- ximações dos cruzamentos são mostrados na Figura 3. Os dados referentes à geometria, configuração de circulação e formação de filas no trecho foram retirados de fotos aéreas, projetos disponíveis e de vis- torias em campo. 1. Avaliação de desempenho do sistema 3.1 Metodologia utilizada O trabalho foi desenvolvido com base em microssimulação de tráfego, através do software AIMSUN, da empresa TSS, que é um programa computa- cional para modelagem de redes viárias e simulação microscópica, o qual usa a teoria do “car following” (lei da perseguição)1 com base nas distâncias, ou “hea- dways” entre veículos. A escolha de modelos de microssimulação em oposição a outros métodos e pacotes de software, como Highway Capacity Software (HCS), se deve ao 1 Na teoria do fluxo de tráfego, o modelo de“car following”, de Newell, é um método utilizado para determinar como os veículos seguem uns aos outros em uma estrada. A ideia principal deste modelo é que um veículo irá manter um mínimo de espaço e tempo entre ele e o veículo que o precede. Assim, sob condições de congestionamento, se o veículo líder mudar sua velocidade, o veículo seguidor também mudará sua velocidade em algum ponto no espaço-tempo, ao longo da onda de velocidade e do tráfego. Figura 3: Fluxogramas para a hora de pico (2013) nos cruzamentos da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso e com a R. Domingos Strapasson. Base: Google Earth Fontes: IPPUC e Google Earth, 2013
  • 6.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. fato de que a simulação através de micromodelagem permite avaliar os efeitos que diferentes elementos do sistema viário causam uns sobre os outros. Efeitos como a proximidade entre interseções ou estreitamentos de pista, ou então a formação e dissolução de congestionamentos em vias urbanas, em de- terminados períodos de tempo, são situações complexas de ser avaliadas com as metodologias simples, sendo fundamental o uso da microssimulação. Como resultado do processo de modelagem e simulação, o software for- nece, entre outras informações, dados chamados de Medidas de Eficiência do sistema, ou no inglês, MOE – Messure of Effectiveness, com os quais é possível realizar todos os tipos de avaliações possíveis para cada trecho do sistema viário simulado. Como se trata de um modelo estocástico, onde números aleatórios são associados às características dos veículos e dos motoristas, para que se pro- duzam resultados mais condizentes com a realidade, é necessário que se gerem diversas simulações com diferentes grupos de números aleatórios. Confiar nos resultados produzidos por apenas uma simulação do AIMSUN pode conduzir a conclusões equivocadas. Para o sistema viário em estudo, foi criado um modelo que busca repre- sentar os principais componentes e características do sistema, para cada uma das situações estudadas. Movimentos com pouca relevância, indiferentes à situ- ação global do sistema, não foram levados em consideração. A Figura 4 mostra a rede criada para a simulação da situação atual da Av. Manoel Ribas. Figura 4: Rede montada no AIMSUN para a situação atual da Av. Manoel Ribas Fontes: AIMSUN e IPPUC, 2013 Detetor Volume Contado (veic/h) Volume Simulado (veic/h) Diferença Absoluta % 1 676 651 25 3,65% 2 973 928 45 4,62% 3 118 115 3 2,63% 4 127 121 6 4,72% 5 542 524 18 3,25% 6 588 559 29 4,93% 7 234 223 11 4,70% 8 476 467 9 1,81% 9 461 447 14 3,04% 10 567 539 28 4,94% 11 390 375 15 3,85% 12 487 484 3 0,64% 13 509 492 17 3,34% 14 429 418 11 2,56% 15 606 609 -3 -0,51% 16 483 489 -6 -1,33% Tabela 1 Calibração da rede simulada para a situação atual
  • 7.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. 3.2 Calibração do modelo Autores que discutem métodos de validação para modelos de simulação são unânimes em constatar que não há procedimento capaz de validar todo e qualquer tipo de modelo. A escolha da metodologia depende do problema, segundo Sargent (1982) e Law e Kelton (2000), apud Silva e Tyler (2001), que assinalam que, caso existisse uma abordagem completamente definitiva para o problema da validação, talvez nem houvesse necessidade do modelo de simula- ção. Também acrescentam que o método apropriado é altamente dependente, tanto da natureza do fenômeno a ser simulado como do uso que se pretende fazer dele. Diante da falta de outros dados confiáveis para validação, e da inviabi- lidade financeira para a aquisição destes dados, optou-se, neste trabalho, pelo procedimento de comparação dos volumes de tráfego contados em campo com os fluxos efetivos simulados nos principais pontos da rede, além da identifi- cação visual das filas formadas em campo e das obtidas na simulação. Como critério para aceitação da análise quantitativa dos fluxos efetivos simulados, utilizou-se a diferença máxima aceitável de 5% entre os fluxos observados e os fluxos simulados. Os valores de volume foram coletados nas simulações através do uso de detectores virtuais nos tramos de entrada e saída de cada um dos dois cru- zamentos, totalizando 16 pontos de comparação. A cada simulação gerada foi feito um comparativo entre os valores, que deveriam ter diferença inferior a 5%. Caso o objetivo não fosse atingido, eram feitos ajustes nos parâmetros internos do AIMSUN e nova simulação era gerada. Foram necessárias quatro simula- ções para que a calibração da rede obtivesse sucesso. A Tabela 1 mostra os re- sultados da calibração do modelo. 3.3 Desempenho do cruzamento na configuração atual Com a rede calibrada, passou-se à fase de verificação do desempenho dos cruzamentos, definindo-se parâmetros de capacidade e nível de serviço, os quais são usados posteriormente para fins comparativos entre as alternativas. Em um sistema viário qualquer, os pontos que definem o nível de serviço da rede são aqueles onde há algum tipo de controle, seja através de sinalização de parada, seja um equipamen- to semafórico. Os cruzamentos da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso e com a R. Domingos Strapasson são controlados por semáforos. Para o cálculo das capacidades e níveis de serviço, foram considerados os ramos Nível de Serviço Demora (sec/veic.) A ≤ 10 B > 10 - 20 C > 20 - 35 D > 35 - 55 E > 55 - 80 F > 80 Tabela 2: Níveis de serviço para cruzamentos semaforizados Fonte: HCM 2000
  • 8.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. principais na rede (ramos de aproximação do cruzamento), para os quais foi definido o volume de tráfego, em veículos por hora, e a demora para trans- por o cruzamento, em segundos por veículo. Como o AIMSUN não fornece os níveis de serviço diretamente como resultado final, e sim os MOEs, os níveis de serviço podem ser determinados através das tabelas presentes no Highway Capacity Manual (HCM-2000), pu- blicado pelo Transportation Research Board (TRB), para cada um dos tipos de dispositivos de controle existentes na rede. Para interseções semaforizadas, pode ser usada a tabela presente no capítulo 16 do HCM-2000, onde são rela- cionadas as demoras calculadas, em segundos por veículo, por aproximação do cruzamento, com o nível de serviço da aproximação. Assim, foi possível definir os níveis de serviço para cada um dos ramos estudados, conforme mostrado nas Figuras 5 e 6. As Figuras 7 e 8 mostram um instante qualquer da simula- ção, evidenciando a ocorrência de filas em algumas aproximações. Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço 1 8,94 A 2 364,04 F 3 54,46 D 4 41,04 D Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço 1 271,38 F 2 19,90 B 3 344,17 F 4 12,26 B Figuras 5 e 6 Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso na situação atual Figura7: Formação de filas no cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso na situação atual
  • 9.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. Como a Av. Manoel Ribas é uma importante via de entrada e saída da cidade, proporcionando ligação com o município de Cam- po Magro e com o Contorno Nor- te, o fluxo de ônibus é intenso, com 12 linhas circulando em cada sentido. Desta forma, decidiu-se considerar o tempo de viagem por veículo como mais um indicador de desempenho para o trecho da avenida entre as ruas Napoleão Manosso e Domingos Strapasson, sendo diferenciados os tempos para ônibus e para veículos em geral (carros mais ônibus). Este valor proporciona um bom comparativo de desempenho do sistema viário como um todo. A Tabela 3 mostra os valores obtidos para a situ- ação atual. 3.4 Desempenho do cru- zamento para o projeto do IPPUC de 2012 O projeto da reformulação da Av. Manoel Ribas foi contra- tado pelo IPPUC em 2012 e en- tregue no início do ano de 2013. A configuração geométrica é de duas faixas por sentido de cir- culação, com um canteiro cen- tral para facilitar as travessias de pedestres e estacionamentos paralelos ao meio-fio em remansos. A Figura 9 mostra a configuração dos cruzamentos com as ruas Napoleão Manosso e Do- mingos Strapasson. Figura 8 Formação de filas nos cruzamentos da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson na situação atual Sentido Distância (m) Veículo Tempo de Viagem (s/veíc) Ônibus 564,90 Todos 490,69 Ônibus 665,39 Todos 591,57 Centro 1.810 Contorno Norte Tabela 3: Tempos de viagem simulados para a situação atual Figura 9: Configuração do projeto do IPPUC de 2012 para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com as ruas Napoleão Manosso e Domingos Strapasson Fonte: IPPUC, 2013
  • 10.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. Os resultados obtidos pela simulação estão apresentados na sequência. Por sua vez, as Figuras 12 e 13 mostram um instante qualquer da simu- lação. Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço 1 15,30 B 2 20,45 C 3 19,15 B 4 21,63 C Figura 11 Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson, para o projeto do IPPUC de 2012 Figura 10 Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso, para o projeto do IPPUC de 2012 Figuras 12 e 13: Instante da simulação no cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso, e instante da simulação no cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson, para o Projeto do IPPUC de 2012 Sentido Distância (m) Veículo Tempo de Viagem (s/veíc) Ônibus 321,25 Todos 150,4 Ônibus 321,28 Todos 152,97 Centro 1.810 Contorno Norte Tabela 4: Tempos de viagem simulados para o Projeto do IPPUC de 2012
  • 11.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. 3.5 Desempenho do cruzamento para a proposta com ciclofaixa – 2013 A nova proposta apresentada é de que seja implantada uma ciclofaixa na pista de rolamento, paralela ao estacionamento de veículos, em todo o trecho onde a largura da via permite. Nos trechos mais estreitos, deve ser implantada uma ciclovia compartilhada com os pedestres no passeio. A configuração de circulação seria de duas faixas de tráfego em um sen- tido e uma faixa de tráfego no sentido contrário. Entre o Contorno Norte e a Rua Angelo Stival, seriam duas faixas de tráfego no sentido Contorno e uma faixa de tráfego no sentido Centro. Entre a Rua Angelo Stival e a Rua Domingos Strapasson a configuração se inverte, com duas faixas no sentido Centro e uma faixa no sentido Contorno. Para que se mantenha a boa capacidade da via, serão mantidas duas faixas de tráfego por sentido nas aproximações dos cruzamentos semaforizados. A Figura 14 mostra a configuração esquemática para esta pro- posta. Figura 14 Configuração esquemática da proposta com ciclofaixa
  • 12.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. Os resultados obtidos pela simulação estão apresentados na sequência. Os tempos de viagem obtidos para a proposta com ciclofaixa são os apre- sentados a seguir. Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço 1 20,31 C 2 71,06 E 3 14,59 B 4 31,97 C Figura 15: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso, para a proposta com ciclofaixa Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço 1 29,31 C 2 21,28 C 3 26,92 C 4 13,22 B Figura 16: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson, para a proposta com ciclofaixa. Figuras 17 e 18: Instante da simulação no cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso e da Av. Manoel Ribas com a R. Strapasson, ambas para a proposta com ciclofaixa Sentido Distância (m) Veículo Tempo de Viagem (s/veíc) Ônibus 361,58 Todos 192,73 Ônibus 371,51 Todos 176,85 Centro 1.810 Contorno Norte Tabela 5: Tempos de viagem simulados para a proposta com ciclofaixa
  • 13.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. 3.6 Comparativo entre as alternativas para o tráfego atual As Tabelas 6 e 7 mostram o comparativo entre as demoras e os níveis de serviço definidos para a situação atual e para as alternativas propostas. Na sequência, a Tabela 8 mostra o comparativo entre os tempos de via- gem simulados para as alternativas do projeto. Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa 1 8,94 12,32 20,31 A B C 27% 56% 2 364,04 27,14 71,06 F C E -1241% -412% 3 54,46 13,43 14,59 D B B -306% -273% 4 41,04 30,07 31,97 D C C -36% -28% AV. MANOEL RIBAS X RUA NAPOLEÃO MANOSSO Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço Melhoria % em Relação à Situação Atual * * números positivos representam uma piora em relação à situação atual Tabela 6: Comparativo entre demoras e níveis de serviço para as situações estudadas, considerando-se o tráfego atual, para o cruzamento entre a Av. Manoel Ribas e a R. Napoleão Manosso Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa 1 271,38 15,30 29,31 F B C -1674% -826% 2 19,90 20,45 21,28 B C C 3% 6% 3 344,17 19,15 26,92 F B C -1697% -1178% 4 12,26 21,63 13,22 B C B 43% 7% Nível de Serviço Melhoria % em Relação à Situação Atual * * números positivos representam uma piora em relação à situação atual AV. MANOEL RIBAS X RUA DOMINGOS STRAPASSON Ramo Demora (s/veic) Tabela 7: Comparativo entre demoras e níveis de serviço para as situações estudadas, considerando-se o tráfego atual, para o cruzamento entre a Av. Manoel Ribas e a R. Domingos Strapasson Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa Ônibus 564,90 321,25 361,58 76% 56% Todos 490,69 150,4 192,73 226% 155% Ônibus 665,39 321,28 371,51 107% 79% Todos 591,57 152,97 176,85 287% 235% Tempo de Viagem (s/veíc) Centro 1.810 Contorno Norte Sentido Distância (m) Veículo Melhoria % em Relação à Situação Atual Tabela 8: Comparativo entre os tempos de viagem para as situações estudadas, considerando-se o tráfego atual
  • 14.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. 1. Análise do Sistema Viário para o Período de Projeto – 10 anos Para que um projeto seja econômica e tecnicamente viável é necessário que seu desempenho seja analisado também para o horizonte proposto, ou seja, para a sua vida útil. No presente trabalho, foi considerado um horizonte de projeto de 10 anos, contados a partir da data atual (2013), ou seja, o ano de 2023. A projeção do tráfego adotada foi bastante agressiva, de forma que se tenha uma previsão mais pessimista, sendo trabalhado em favor da segurança. Para fins deste estudo, considerou-se um crescimento do tráfego de 4% ao ano para a região, o que, em um período de 10 anos, resultará em uma taxa total de 48% no período. 4.1 Configuração Atual (2023) Na configuração atual da geometria, para o ano de 2023, foram obtidos na simulação os resultados apresentados a seguir. Os tempos de viagem obtidos para a configuração atual são os apresen- tados a seguir. Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço 1 1.073,49 F 2 2.333,17 F 3 152,68 F 4 180,93 F Figura 19: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso, para a configuração atual, em 2023 Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço 1 811,71 F 2 24,34 C 3 1.736,32 F 4 15,16 B Figura 20: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson, na configuração atual, em 2023
  • 15.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. 4.2 Projeto do IPPUC de 2012 (2023) Para o projeto do IPPUC contratado em 2012, com o tráfego projetado para 10 anos, foram obtidos na simulação os resultados apresentados a seguir. Sentido Distância (m) Veículo Tempo de Viagem (s/veíc) Ônibus 2.223,57 Todos 2.427,36 Ônibus 1.784,48 Todos 2.064,50 Centro 1.810 Contorno Norte Tabela 9: Tempos de viagem simulados para a configuração atual, no ano de 2023 Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço 1 18,35 B 2 299,61 F 3 14,95 B 4 53,68 D Figura 21: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso, para o projeto do IPPUC 2012, no ano de 2023 Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço 1 17,71 B 2 27,72 C 3 107,86 F 4 49,59 D Figura 22: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson, para o projeto do IPPUC 2012, no ano de 2023
  • 16.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. Os tempos de viagem obtidos para a configuração atual são os apresen- tados a seguir. 4.3 Proposta com Ciclofaixa (2023) Para a proposta com ciclofaixa, com o tráfego projetado para 10 anos, foram obtidos na simulação os resultados apresentados a seguir. Sentido Distância (m) Veículo Tempo de Viagem (s/veíc) Ônibus 325,28 Todos 159,2 Ônibus 412,85 Todos 241,65 Centro 1.810 Contorno Norte Tabela 10: Tempos de viagens simulados do Projeto do IPPUC (2012), para o ano de 2023 Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço 1 43,56 D 2 63,80 E 3 19,51 B 4 39,30 D Figura 23: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso, para a proposta com ciclofaixa, em 2023 Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço 1 34,43 C 2 30,48 C 3 28,49 C 4 17,50 B Figura24: Níveis de Serviço para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson, para a proposta com ciclofaixa, em 2023
  • 17.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. Os tempos de viagem obtidos para a configuração atual são os apresen- tados a seguir. 4.4 Comparativo entre as Alternativas para o Tráfego Projetado (2023) As Tabelas 12 e 13 mostram o comparativo entre as demoras e os níveis de serviço definidos para a situação atual e as alternativas propostas, com o tráfego projetado para o ano de 2023. Sentido Distância (m) Veículo Tempo de Viagem (s/veíc) Ônibus 372,31 Todos 227,04 Ônibus 389,13 Todos 191,13 Centro 1.810 Contorno Norte Tabela 11: Tempos de viagem simulados para a proposta com ciclofaixa, para o ano de 2023 Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa 1 1073,49 18,35 43,56 F B D -5750% -2364% 2 2333,17 299,61 63,80 F F E -679% -3557% 3 152,68 14,95 19,51 F B B -921% -683% 4 180,93 53,68 39,30 F D D -237% -360% AV. MANOEL RIBAS X RUA NAPOLEÃO MANOSSO Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço Melhoria % em Relação à Situação Atual * * números positivos representam uma piora em relação à situação atual Tabela 12: Comparativo entre demoras e níveis de serviço para as situações estudadas, considerando-se o tráfego projetado para 2023, para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Napoleão Manosso Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa 1 811,71 17,71 34,43 F B C -4483% -2258% 2 24,34 27,72 30,48 C C C 12% 20% 3 1736,32 107,86 28,49 F F C -1510% -5994% 4 15,16 49,59 17,50 B D B 69% 13% AV. MANOEL RIBAS X RUA DOMINGOS STRAPASSON Ramo Demora (s/veic) Nível de Serviço Melhoria % em Relação à Situação Atual * * números positivos representam uma piora em relação à situação atual Tabela 13: Comparativo entre demoras e níveis de serviço para as situações estudadas, considerando-se o tráfego projetado para 2023, para o cruzamento da Av. Manoel Ribas com a R. Domingos Strapasson
  • 18.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. A Tabela 14, por sua vez, mostra o comparativo entre os tempos de vigem simulados para as alternativas do projeto. 1. Considerações Finais É indiscutível que o aumento do número de faixas de tráfego nas aproxi- mações de cruzamentos semaforizados melhora o desempenho operacional da via como um todo, especialmente para cruzamentos onde são permitidos todos os movimentos possíveis. Também, onde se têm estágios semafóricos específi- cos para conversões à esquerda e/ou travessia de pedestres. Das alternativas estudadas neste trabalho, aquela referente ao projeto contratado pelo IPPUC em 2012 foi a que mostrou melhor desempenho em lon- go prazo, tanto nos níveis de serviço quanto nos tempos de viagem. Com uma configuração de duas faixas por sentido de tráfego, ampliadas para três faixas nas aproximações dos cruzamentos semaforizados, esta alternativa permite que a programação dos equipamentos de controle seja revista, principalmente com a diminuição dos tempos de ciclo, o que resulta em demoras menores. Contudo, esta alternativa não possibilita a inclusão da bicicleta como alternativa de trans- porte na rede de mobilidade do município. A proposta com a inclusão da ciclofaixa, apesar de apresentar desempe- nho inferior ao do projeto do IPPUC de 2012, traz uma melhoria considerável em comparação com a configuração atual da via. Além disso, proporciona aos cidadãos mais uma opção segura de transporte para realizar seus deslocamen- tos diários. Levando em conta a situação atual da mobilidade das grandes cida- des brasileiras, que carece de estrutura para modais alternativos, e a proposta do IPPUC e da administração municipal de Curitiba, que busca continuamente soluções alternativas de transporte para ajudar a diminuir os crescentes conges- tionamentos, entende-se que esta alternativa é viável. Por fim, pode-se concluir que as ferramentas de modelagem e simulação de tráfego são cada vez mais indispensáveis ao processo de planejamento de nossas cidades. Elas auxiliam o corpo técnico e os administradores a tomar decisões que melhor atendam os objetivos traçados. Atual IPPUC/2012 Ciclofaixa IPPUC/2012 Ciclofaixa Ônibus 2.223,57 325,28 372,31 584% 497% Todos 2.427,36 159,20 227,04 1425% 969% Ônibus 1.784,48 412,85 389,13 332% 359% Todos 2.064,50 241,65 191,13 754% 980% Sentido Distância (m) Veículo Tempo de Viagem (s/veíc) Melhoria % em Relação à Situação Atual Centro 1.810 Contorno Norte Tabela 14: Comparativo entre tempos de viagem das situações estudadas, considerando o tráfego projetado para 2023
  • 19.     Estudo de Caso: uso de microssimulação de tráfego para revisão do projeto da      Av. Manoel Ribas, em Curitiba, com inclusão de ciclofaixa. Referências Bibliográficas AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANS- PORTATION OFFICIALS. AASHTO guidelines for traffic data programs, Washington, D.C., 1992. BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Ma- nual de estudos de tráfego. Rio de Janeiro, 2006. INSTITUTE OF TRAFFIC ENGINEERS. An introduction to highway transportation engineering. Washington, D.C., 1968. GASPARINI, R., 2002. “Análise da Adequabilidade do HCM para o Es- tudo de Vias Urbanas”, Dissertação de Mestrado em Transportes, Universida- de de Brasília, Faculdade de Tecnologia, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Brasília. MOREIRA, RODOLPHO BARBOSA. Uma Contribuição Para Avalia- ção do Modelo “CORSIM” em Simulações de Tráfego Urbano no Rio de Janei- ro [Rio de Janeiro] 2005 XIII, 139 p. 29,7 cm (COPPE/UFRJ, M. Sc., Engenharia de Transportes, 2005) Tese - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. SILVA, P. C. M., e N. TYLER, 2001, “Sobre a Validação de Modelos Mi- croscópicos de Simulação de Tráfego”. In: Anais do XV Congresso de Ensino e Pesquisa em Transportes, ANPET, Campinas. SOUSA, D. L. M., 2003, “Análise dos Impactos Causados no Tráfego por Alterações na Rede Viária, Utilizando Micro-simulação”. Tese de M. Sc, PE- TCOPPE/UFRJ, Rio de Janeiro. TRASNPORTATION RESEARCH BOARD. Highway capacity manual. Washington, D.C., 2000.