O documento descreve os primeiros filósofos da Grécia Antiga conhecidos como pré-socráticos. Eles questionaram as explicações mitológicas e buscaram compreender a natureza e o cosmos por meio da razão e observação, tentando identificar um princípio fundamental subjacente a todas as coisas. As principais teorias incluem a água, o ar e o indeterminado.
2. Surgimento da
Filosofia
A partir do século V a.C., os gregos
tiveram novas experiências que
modificaram suas formas de vida,
como a convivência em espaço
público, o desenvolvimento do
comércio e as viagens comerciais.
Neste período, as cidade se constituía
da união de seus membros para uma
vida coletiva.
O surgimento da filosofia como forma
de pensamento é fruto do espanto e da
admiração.
ex-isto www.ex-isto.com
3. “Foi por conta do espanto e
do assombro que os homens
começaram a filosofar e,
pelo mesmo objetivo,
filosofam até hoje.”
(Aristóteles, em ‘Metafísica’)
ex-isto www.ex-isto.com
4. Surgimento da
Filosofia
Essas novas experiências
possibilitaram questionamentos sobre
a veracidade dos mitos.
Aquilo que todos consideravam
verdadeiro foi colocado em dúvida, as
crenças tradicionais foram
questionadas.
A filosofia não aceita passivamente as
imposições do mundo sem antes
investigá-las e questioná-las.
ex-isto www.ex-isto.com
5.
6. Surgimento da
Filosofia
A filosofia se inicia quando algo nos
espanta, que nos parece estranho e
gera curiosidade, direcionando nossa
atenção para perguntas do tipo:
-O que é isso?
-Como é isso?
-Por que isso é assim?
Trata-se de uma possibilidade de nos
interrogar sobre o que temos por
“realidade”, nos colocando na posição
de buscar um entendimento.
ex-isto www.ex-isto.com
7. “Os diferentes povos da Antiguidade –
assírios e babilônios, chineses e
indianos, egípcios, persas e hebreus –,
todos tiveram visões próprias da
natureza e maneiras diversas de
explicar os fenômenos e processos
naturais. Só os gregos, entretanto,
fizeram ciência, e é na cultura grega
que podemos identificar o princípio
deste tipo de pensamento que podemos
denominar, nesta sua fase inicial, de
filosófico-científico.”
(Danilo Marcondes, em ‘Iniciação
à História da Filosofia’, 2008)
ex-isto www.ex-isto.com
9. Filosofia Antiga
A filosofia antiga influenciou grande parte
do modo de pensar e de investigar a
natureza e o ser humano no ocidente.
A filosofia antiga se inicia com a
transição do pensamento mítico ao
pensamento filosófico no ocidente,
quando se passa fazer o uso da razão
como forma de conhecimento na
Grécia Antiga, iniciando com os
filósofos pré-socráticos, depois os
sofistas e o período áureo da filosofia,
com Sócrates, Platão e Aristóteles, se
encerrando após o período Helenístico,
com o Epicurismo, Estoicismo,
Ceticismo e Ecletismo.
ex-isto www.ex-isto.com
10. Períodos da
Filosofia Antiga
Pré-socrático (séc. VII ao V a.C.):
busca da origem das coisas e do
mundo, estudo da natureza e da
geometria, entendimento do cosmos.
Socrático (séc. V ao IV a.C.):
seres humanos, essência, valores,
busca pela verdade e desenvolvimento
do pensamento metafísico;
Helenístico (séc. III a.C ao III d.C.):
questões morais e éticas sobre como
viver bem e evitar o mal,
questionamento sobre as verdades.
ex-isto www.ex-isto.com
12. Pré-socráticos: os
primeiros filósofos
Foram chamados pré-socráticos
aqueles que antecederam a Sócrates,
também chamados filósofos da
natureza (physis).
O termo grego “physis” vem de
“phyein”, que significa emergir, nascer,
crescer, fazer nascer ou fazer crescer,
correspondendo a tudo o que brota,
cresce, surge, vem a ser. Na mitologia
grega era chamada de “Prôtogéneia”,
sendo a divindade primordial da
natureza, sendo chamada na mitologia
romana de “Natura”.
ex-isto www.ex-isto.com
13. Pré-socráticos: os
primeiros filósofos
Eles buscavam entender os
fenômenos da natureza e a origem das
coisas, porém não mais por meio de
histórias fantásticas, e sim por meio da
razão e da observação.
Entendiam a natureza como uma
realidade primeira, originária e
fundamental. Por conta disso
pretendiam encontrar o que era
originário, primário, fundamental e
persistente, em oposição ao que fosse
secundário, derivado e transitório.
ex-isto www.ex-isto.com
14. “Durante todo o século VI, foi
sobre a physis, o mundo
natural, que se exerceu
sobretudo a especulação
racional dos gregos.
A filosofia nasceu como física,
e os primeiros filósofos foram,
acertadamente, também
chamados físicos.”
(Antônio Rezende, em ‘Curso de Filosofia’)
ex-isto www.ex-isto.com
15. A busca da arché Eles buscaram elaborar uma
cosmologia, uma explicação racional e
sistemática do funcionamento e das
características do universo, que
substituísse a antiga cosmogonia, a
explicação sobre a origem do universo
baseada nos mitos.
Com base na razão e não na mitologia,
os primeiros filósofos gregos tentaram
encontrar o princípio substancial ou
substância primordial, a “arché”, em
grego, que fosse existente em todos os
seres.
ex-isto www.ex-isto.com
16. A busca da arché Essa substância primordial seria esta a
“matéria-prima” de que todas as
coisas seriam feitas.
O princípio teria o papel de um
fundamento, pelo qual todas as outras
coisas seriam derivadas, sendo ele
próprio não derivado nem resultante de
nada. Este entendimento chegou a ser
usado tanto para a física, quanto para
a ética, a lógica e qualquer outra área
do saber, influenciando uma tendência
de se fazer filosofia.
ex-isto www.ex-isto.com
17. Primeiras escolas
de filosofia
Escola Jônica:
Interessados em teorias sobre a physis
Filósofos: Tales, Anaximandro,
Anaxímenes, Xenófanes e Heráclito.
Escola Italiana:
Mais abstrata, lógica e metafísica
Filósofos: Pitágoras, Alcmeon, Filolau,
Parmênides, Zenão, Melisso.
Escola Pluralista:
Visão da realidade plural e complexa
Filósofos: Anaxágoras, Leucipo,
Demócrito e Empédocles.
ex-isto www.ex-isto.com
18. Início da filosofia
ocidental
A filosofia ocidental teve como berço a
cidade de Mileto (atualmente Turquia),
caracterizada por múltiplas influências
culturais e por um rico comércio, de
onde surgiram os primeiros
pensadores da história ocidental a
quem atribuímos a denominação
filósofos.
São eles: Tales, Anaximandro e
Anaxímenes, que formam a chamada
“Escola de Mileto”.
ex-isto www.ex-isto.com
19. Tales de Mileto
(624-546 a.C.)
Tales é considerado primeiro filósofo
do ocidente, mas também foi
matemático, astrônomo e político.
Veio de uma família de pais ricos e
nobres e acreditava que a água era o
elemento que formava todas as coisas;
Segundo ele, encontramos água em
todos os lugares, ao furar o solo, no
tronco das árvores, nas nascentes dos
rios. Se a água está em tudo, então é
porque ela forma tudo.
ex-isto www.ex-isto.com
21. “A água é o princípio de
todas as coisas.”
(Tales de Mileto)
ex-isto www.ex-isto.com
22. Tales de Mileto
(624-546 a.C.)
Observou que a natureza possuía
padrões similares, e que suas leis não
eram regidas pelos deuses, mas que
poderiam ser estudadas e utilizadas
em nosso benefício.
Foi a primeira pessoa na história a
prever um eclipse solar, em 585 a.C.,
além disso trabalhou como
comerciante de sal e de azeite de oliva.
Numa época ele previu uma boa safra
de azeitona, comprou muitas prensas,
sua previsão funcionou e ele ganhou
um bom dinheiro com isso.
ex-isto www.ex-isto.com
23. Tales de Mileto
(624-546 a.C.)
Com isso, ele provou que o
conhecimento teórico e filosófico tinha
um valor prático, fazendo da filosofia
uma atividade respeitada.
Tales é considerado também o pai da
geometria, ele media a altura das
pirâmides por meio da relação
estabelecida com o tamanho de
sombra projetada.
ex-isto www.ex-isto.com
25. “A filosofia grega parece começar com uma ideia
extravagante: a tese segundo a qual a água seria
a origem e a matriz de todas as coisas. Será
mesmo necessário levá-la a sério? Certamente, e
por três razões: em primeiro lugar, porque esse
enunciado trata de alguma maneira da origem
das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem
imagem e sem fabulação; e, finalmente, em
terceiro lugar nela, porque contém, embora em
estado de crisálida, o pensamento de que tudo é
um. A razão citada em primeiro lugar deixa Tales
ainda em comunidade com os religiosos e
supersticiosos; mas a segunda o exclui dessa
sociedade e se mostra a nós sob o semblante de
pensador da natureza; e a terceira razão faz dele
o primeiro filósofo grego.”
(Friedrich Nietzsche, em ‘A Filosofia na Época Trágica dos Gregos’)
26. Anaximandro de
Mileto
(610-547 a.C.)
Anaximandro foi discípulo de Tales,
aprofundou seus conhecimentos,
desenvolveu diversos estudos e
trabalhos nas áreas de geometria,
geografia e astronomia;
Ele elaborou um mapa celeste e um
mapa terrestre das regiões habitadas,
entendendo que a Terra era cilíndrica e
estaria no centro do universo.
Introduziu o relógio de sol, gnomon, na
Grécia Antiga.
ex-isto www.ex-isto.com
28. O indeterminado
(ápeiron)
Anaximandro pensou que deveria
haver alguma substância diferente,
ilimitada e indeterminada, e que dela
nascesse o céu e todos os mundos
nele contidos.
Foi assim que o filósofo chegou à
conclusão de que a arché é algo que
transcende os limites do observável,
ou seja, que não se situa em uma
realidade ao alcance dos sentidos,
como a água para Tales. Trata-se de
uma explicação mais abstrata sobre o
real.
ex-isto www.ex-isto.com
29. O indeterminado
(ápeiron)
Por isso, denominou por apeiron, termo
grego que significa “o infinito” ou “o
indeterminado”.
O apeiron, segundo Anaximandro, seria
a “massa geradora” dos seres e do
cosmo, contendo em si todos os
elementos opostos.
Por meio dos processos naturais de
diferenciação entre contrários e de
evaporação teriam surgido o céu e a
terra, bem como os animais, em uma
sucessão evolutiva.
ex-isto www.ex-isto.com
31. “O ilimitado é eterno.”
(Anaximandro)
ex-isto www.ex-isto.com
32. Anaxímenes de
Mileto
(588-524 a.C.)
Anaxímenes foi discípulo de
Anaximandro, concordava que a
origem de todas as coisas era
indeterminada, mas para ele a
substância primordial não poderia ser
um elemento situado fora dos limites
da observação e da experiência.
Ele propôs o ar como princípio de
todas as coisas, por ser quase
inobservável e mais sutil que a água,
mas que ao mesmo tempo nos anima
e nos dá vida, como testemunha nossa
respiração.
ex-isto www.ex-isto.com
33. Anaxímenes de
Mileto
(588-524 a.C.)
Para Anaxímenes, o ar é infinito e
ilimitado, pois penetra em todos os
vazios do universo, sendo também um
princípio ativo, gerador de movimento,
como no caso dos ventos.
ex-isto www.ex-isto.com
34. “Como nossa alma, que
é ar, soberanamente nos
mantém unidos, assim
também todo o cosmo
sopro e ar o mantêm.”
(Anaxímenes de Mileto)
ex-isto www.ex-isto.com
35. Pitágoras de Samos
(570-490 a.C.)
Pitágoras foi um profundo estudioso
da matemática, e defendeu a tese de
que todas as coisas são números.
Percebeu que há uma harmonia dos
acordes musicais que correspondiam
a proporções aritméticas, com isso
supôs que as mesmas relações se
encontrariam na natureza. O filósofo
levou essa suposição para a
astronomia, calculando o
deslocamento dos astros, concebendo
a ideia de um cosmo harmônico,
regido por relações matemáticas.
ex-isto www.ex-isto.com
37. Escola Pitagórica Pitágoras fundou uma comunidade
denominada pitagórica. Influenciando
fortemente o pensamento da
antiguidade, inclusive o cristianismo, e
ainda hoje continua a inspirar algumas
organizações de cunho místico.
Ele viajou muito, indo ao Egito e às
distantes regiões dos sábios caldeus e
dos magos da Pérsia, tornando-se um
transportador de conhecimentos,
introduzindo no Ocidente
particularidades trazidas do Oriente,
mistérios e ritos de purificação.
ex-isto www.ex-isto.com
38. Escola Pitagórica A escola pitagórica foi uma espécie de
seita religiosa que defendia a crença
na imortalidade da alma e na
metempsicose, teoria da
transmigração das almas.
Eles estudavam a matemática com o
intuito de promover a harmonia da
alma com o cosmo, realizando assim
uma purificação e libertação da alma
do ciclo das reencarnações, pois
entendiam o corpo como a prisão da
alma.
ex-isto www.ex-isto.com
40. Desconfiança pelo
corpo e o mundo
sensível
Esse desprezo e desconfiança para
com o corpo e a tudo o que faz parte
do mundo sensível, dando maior
importância para a alma, ao espiritual
e ao inteligível, vai influenciar
fortemente o pensamento filosófico
ocidental, exercendo grande influência
especialmente em Platão e tantos
outros filósofos posteriores a ele.
Especula-se uma possível influência
egípcia no pensamento de Pitágoras,
sobretudo sobre a crença na
imortalidade da alma.
ex-isto www.ex-isto.com
41. “Reflita antes de agir,
para que não leves a
cabo coisas insensatas.”
(Pitágoras de Samos)
ex-isto www.ex-isto.com
42. Números A tese principal do racionalismo
pitagórico é a dos números,
apresentados como elementos
constitutivos das coisas. Logo depois
adverte que estes números contêm o
caráter de obedecer a arquétipos
correspondentes, como exemplares
universais das coisas individuais.
Segundo Pitágoras, o número era o
elemento básico e explicativo da
realidade, de modo que era possível
constatar proporções numéricas em
todo o cosmo.
ex-isto www.ex-isto.com
43. “Essa mesma concepção, que busca
um princípio geométrico de proporção
como representante da harmonia
cósmica, encontra-se na arquitetura
grega, de linhas fortemente
geométricas, na escultura do período
clássico em que o corpo humano é
representado de acordo com princípios
que estabelecem uma proporção ideal
entre a cabeça, o tronco e os
membros.”
(Danilo Marcondes, em ‘Iniciação à História da Filosofia’)
ex-isto www.ex-isto.com
44. Heráclito de Éfeso
(535-475 a.C.)
Heráclito nasceu no seio da nobreza
governante de Éfeso, também
conhecido como o “obscuro”,
desenvolveu um pensamento
assistemático e polêmico.
Escreveu sob a forma de aforismos,
frases curtas e marcantes, muitas
vezes de sentido simbólico. Ele
propunha que a matéria básica do
Universo era o fogo. Acreditava que a
mudança constante, ou o fluxo, seria a
característica mais elementar da
natureza.
ex-isto www.ex-isto.com
46. Tudo flui
(“panta rei”)
Heráclito observou que a realidade
dinâmica, onde a vida está em
constante transformação, decidiu
focar sua reflexão sobre o que muda.
Para ele, tudo flui, nada persiste nem
permanece o mesmo. O ser não é mais
que o vir a ser. Há uma luta de forças
contrárias que é geradora de todas as
coisas: a ordem e a desordem, o bem e
o mal, o belo e o feio, a construção e a
destruição, a justiça e a injustiça, o
racional e o irracional, a alegria e a
tristeza etc.
ex-isto www.ex-isto.com
47. Tudo flui
(“panta rei”)
É por meio da luta das forças opostas
que o mundo se modifica e evolui.
Por essa razão, Heráclito imaginou
que, se devia haver um elemento
primordial da natureza, este teria que
ser o fogo, que está sempre em
movimento.
ex-isto www.ex-isto.com
49. Parmênides de Eléia
(510-470 a.C.)
Parmênides também nasceu numa
família nobre, suas reflexões sobre o
ser constituíram os primeiros passos
da ontologia e da lógica.
Entendia que o equívoco das pessoas
e dos pensadores era conceder muita
importância aos dados fornecidos
pelos sentidos. Para ele, deveriam
optar por escutar o que lhe dizia a
razão – e não os sentidos, que o
faziam sentir a mudança – e
proclamou que o ser existe, e não é
concebível sua não existência.
ex-isto www.ex-isto.com
51. Ontologia lógica Segundo ele, o “não ser” se
identificaria com a mudança, pois
mudar é justamente não ser mais
aquilo que era, nem ser ainda o que é.
Parmênides expôs que dois caminhos
para a compreensão da realidade têm
sido trilhados: o primeiro seria o da
verdade, da razão, da essência, e o
segundo seria da opinião, da aparência
enganosa, que ele considerava a via de
Heráclito.
ex-isto www.ex-isto.com
52. Ontologia lógica Para ele o ser “é”, e não há como “não
ser”. Esse ser lógico e cosmológico
não é acessado pelos sentidos, pois
para Parmênides eles não são
instrumentos adequados para ir em
direção do conhecimento verdadeiro.
Negando o valor dos sentidos para o
entendimento do ser, e adotando uma
postura estritamente lógica e racional,
o filósofo entende o ser como algo
racional e inteligível.
ex-isto www.ex-isto.com
53. Razão x aparência Quando a realidade é pensada pelo
caminho da aparência, tudo se
confunde em movimento, pluralidade e
devir.
De acordo com Parmênides, essa via
precisaria ser evitada para não termos
de concluir que “o ser e o não ser são e
não são a mesma coisa”, o que seria
um contrassenso, uma formulação
ilógica, se pensada racionalmente.
ex-isto www.ex-isto.com
54. “O ser é e o não ser não é.”
(Parmênides de Eléia)
ex-isto www.ex-isto.com
55. Empédocles de
Agrigento
(490-430 a.C.)
Empédocles foi filósofo, médico,
professor, místico e poeta. Além de
defensor da democracia, foi um teórico
da evolução dos seres vivos e é
considerado o primeiro sanitarista da
história.
Buscou conciliar as concepções de
Parmênides e Heráclito, aceitando a
existência e permanência do ser,
tentando encontrar uma maneira de
tornar racionais também os dados
captados por nossos sentidos.
ex-isto www.ex-isto.com
57. Quatro elementos:
fogo, terra, água, ar
Defendeu a existência de quatro
elementos primordiais, que constituem
as raízes de todas as coisas
percebidas: o fogo, a terra, a água e o
ar.
Esses elementos seriam movidos e
misturados de diferentes maneiras em
função de dois princípios universais
opostos: o amor e o ódio. Para ele,
todas as coisas existentes na
realidade estão submetidas às forças
cíclicas desses dois princípios.
ex-isto www.ex-isto.com
58. Amor e ódio ● Amor (philia, em grego):
responsável pela força de atração
e união e pelo movimento de
crescente harmonização das
coisas;
● Ódio (neikos, em grego):
responsável pela força de
repulsão e desagregação e pelo
movimento de decadência,
dissolução e separação das
coisas.
ex-isto www.ex-isto.com
59. “Quatro raízes
de todas as coisas:
fogo, ar, água e terra.”
(Empédocles de Agrigento)
ex-isto www.ex-isto.com
60. Demócrito de
Abdera
(460-370 a.C.)
Ele foi o responsável, junto com seu
mestre Leucipo, pelo desenvolvimento
de uma doutrina que ficou conhecida
pelo nome de atomismo.
Segundo Demócrito, todas as coisas
que formam a realidade são
constituídas por minúsculas partículas
invisíveis e indivisíveis, denominadas
por átomos – palavra de origem grega
que significa “não divisível”, onde “a”
vem de negação e “tomo” de parte ou
divisão.
ex-isto www.ex-isto.com
61. O “não ser” tem
existência
Para Demócrito, o “não ser”, tal como
o vazio, possuem tanta existência
quanto os seres.
Os seres são entendidos enquanto
átomos, infinitos em número e em
forma, mas cada um deles com as
propriedades do ser único: eternidade,
indestrutibilidade, homogeneidade,
indivisibilidade, etc.
A geração e a destruição das coisas
são explicadas por associação e
dissociação dos átomos.
ex-isto www.ex-isto.com
63. Vazio, acaso e
necessidade
Toda a realidade é composta também
do vazio, que representa a ausência de
ser, ou o “não ser”. É o vazio que torna
possível o movimento do ser, que é o
movimento dos átomos. Sem espaço
vazio, nada poderia se mover.
O atomismo explica tudo a partir da
matéria e de seus movimentos, onde a
sucessão dos acontecimentos é
natural, necessária e ocorre ao acaso,
pois não possui projeto ou finalidade.
As coisas acontecem de acordo com
as leis físicas.
ex-isto www.ex-isto.com
64. “Tudo o que existe no
universo nasce do acaso
ou da necessidade.”
(Demócrito de Abdera)
ex-isto www.ex-isto.com
65.
66. Referências
Bibliográficas
BOTELHO, José F. A Odisséia da Filosofia: uma
breve história do pensamento ocidental. São
Paulo: Abril, 2016.
COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna.
Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva,
2013.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à História da
Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 12
ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.
NIETZSCHE, Friedrich. A Filosofia na Época
Trágica dos Gregos. São Paulo: Escala, 2008.
REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia. Rio de
Janeiro: Zahar, 2016.
67. Por Bruno Carrasco Psicoterapeuta existencial e professor.
Graduado em Psicologia, licenciado em
Filosofia e Pedagogia, pós-graduado em
Ensino de Filosofia e Psicologia
Existencial Humanista e
Fenomenológica, possui especialização
em Psicoterapia Fenomenológico
Existencial, formação em Arteterapia,
Educação Popular e Educação
Participativa.
www.brunopsiexistencial.tk
www.fb.com/brunopsiexistencial
www.instagram.com/brunopsiexistencial
68. ex-isto Ex-isto é um projeto dedicado ao estudo
e pesquisa sobre o existencialismo e
suas relações com a psicologia, filosofia,
psicoterapia, fenomenologia, literatura e
artes, iniciado no final de 2016.
Tem como intuito oferecer conteúdos
que facilitem a compreensão sobre os
temas pesquisados, por meio de textos,
vídeos, cursos ou livros, optando por
utilizar uma linguagem acessível, de
modo a promover reflexões sobre a
subjetividade, a condição humana e suas
possibilidades.