SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  132
Télécharger pour lire hors ligne
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva
Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão
Paulo Bernardo Silva
INSTITUTO BRASILEIRO
DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA - IBGE
Presidente
Eduardo Pereira Nunes
Diretor-Executivo
Sérgio da Costa Côrtes
ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES
Diretoria de Pesquisas
Wasmália Socorro Barata Bivar
Diretoria de Geociências
Luiz Paulo Souto Fortes
Diretoria de Informática
Paulo César Moraes Simões
Centro de Documentação e Disseminação de Informações
David Wu Tai
Escola Nacional de Ciências Estatísticas
Sérgio da Costa Côrtes (interino)
UNIDADE RESPONSÁVEL
Diretoria de Pesquisas
Coordenação das Estatísticas Econômicas e Classificações
Sidnéia Reis Cardoso
Gerência do Cadastro Central de Empresas
Bruno Erbisti Garcia
Rio de Janeiro
2010
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Diretoria de Pesquisas
Gerência do Cadastro Central de Empresas
Estudos e Pesquisas
Informação Econômica
número 14
Demografia das Empresas
2008
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil
ISSN 1679-480X Estudos e pesquisas
Divulga estudos descritivos e análises de resultados de tabula-
ções especiais de uma ou mais pesquisas, de autoria institucional.
A série Estudos e pesquisas está subdividida em: Informação Demográ-
fica e Socioeconômica, Informação Econômica, Informação Geográfica
e Documentação e Disseminação de Informações.
ISBN 978-85-240-4148-8 (CD-ROM)
ISBN 978-85-240-4147-1 (meio impresso)
© IBGE. 2010
Elaboração do arquivo PDF
Roberto Cavararo
Produção de multimídia
Marisa Sigolo Mendonça
Márcia do Rosário Brauns
Capa
Marcos Balster Fiore e Renato Aguiar - Coordenação de
Marketing/Centro de Documentação e Disseminação de
Informações - CDDI
Sumário
Apresentação
Introdução
NotasTécnicas
Informações gerais
Objetivos
Critérios de seleção das unidades ativas
Critérios para atribuição de valores de pessoal
ocupado e de salários pagos
Critérios para atribuição de valores de pessoal assalariado médio e
de salário médio mensal
Procedimentos de crítica e qualidade
Âmbito
Classificação de atividades econômicas
Unidades de Análise
Definição das variáveis
Disseminação dos resultados
Conteúdo das tabelas
Regras de arredondamento
Regras de desidentificação
Análise dos resultados
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Tabelas de resultados
Empresas
1 - Empresas, pessoal ocupado total e assalariado
em 31.12, salários e outras remunerações, salário
médio mensal e idade média das empresas, segundo
as seções da classificação de atividades e as faixas de
pessoal ocupado total - Brasil - 2008
2 - Empresas e pessoal ocupado total em 31.12, por tipo de
evento demográfico, segundo as seções da classificação de
atividades e as faixas de pessoal ocupado
assalariado - Brasil - 2008
3 - Pessoal ocupado assalariado em 31.12 e salários
e outras remunerações das empresas, por tipo de evento
demográfico, segundo as seções da classificação
de atividades e as faixas de pessoal ocupado
assalariado - Brasil - 2008
4 - Salário médio mensal das empresas, por tipo de evento
demográfico, segundo as seções da classificação
de atividades e as faixas de pessoal ocupado
assalariado - Brasil - 2008
5 -Taxas de nascimentos, entradas, saídas e sobrevivência,
de empresas e do pessoal ocupado assalariado em 31.12,
segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de
pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
6 - Empresas de alto crescimento e pessoal ocupado total e
assalariado em 31.12, com indicação das respectivas taxas,
segundo as divisões da classificação de
atividades - Brasil - 2008
7 - Empresas gazelas e pessoal ocupado total e
assalariado em 31.12, com indicação das respectivas taxas,
segundo as divisões da classificação de
atividades - Brasil - 2008
Unidades locais das empresas
8 - Entradas e saídas das unidades locais e do pessoal
ocupado assalariado das empresas, com indicação das
respectivas taxas de entrada e saída, segundo as
Grandes Regiões, as Unidades da Federação e as seções
da classificação de atividades - 2008
9 - Entradas e saídas das unidades locais e do pessoal
ocupado assalariado das empresas, com indicação das
respectivas taxas de entrada e saída, segundo os
Municípios das capitais e as seções da classificação
de atividades - 2008
Sumário _______________________________________________________________________________________
Convenções
- Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamen-
to;
.. Não se aplica dado numérico;
... Dado numérico não disponível;
x Dado numérico omitido a fim de evitar a individualização da
informação;
0; 0,0; 0,00 Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de
um dado numérico originalmente positivo; e
-0; -0,0; -0,00 Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de
um dado numérico originalmente negativo.
10 - Unidades locais e pessoal ocupado assalariado em
31.12 das empresas de alto crescimento e das empresas
gazelas, segundo as Grandes regiões, as Unidades da Federação
e as seções da classificação de atividades - 2008
Referências
Anexos
1. Estrutura detalhada da CNAE 2.0: Códigos
e denominações
2.Tabela de Natureza Jurídica 2003.1
Glossário
Apresentação
OInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE divulga, na pre-
sente publicação, estudo sobre a demografia das empresas formais
brasileiras no ano de 2008, a partir das informações do Cadastro Central
de Empresas - CEMPRE.
O estudo da demografia das empresas permite analisar as taxas
de entrada, saída, sobrevivência, além da mobilidade e idade média
das empresas. É possível, ainda, avaliar o impacto dos movimentos
demográficos sobre variáveis econômicas, como pessoal ocupado total
e assalariado, dentre outras possibilidades.
Destaca-se, neste ano, a implementação de uma nova metodo-
logia de estudo em virtude da adoção de novos critérios de seleção
de empresas ativas no CEMPRE, da utilização da Classificação Nacional
de Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0 e da compatibilização
de uma série de indicadores em conformidade com a metodologia
internacional.
Neste estudo, apresentamos, inicialmente, as taxas de entrada,
saída e sobrevivência segundo o porte da empresa e as atividades
econômicas, assim como a mobilidade das empresas por porte. Pela
primeira vez, são mostradas informações sobre as empresas de alto
crescimento e as empresas“gazelas” existentes na economia brasileira,
além do seu impacto na geração de postos de trabalho assalariados
formais entre 2005 e 2008. São apresentados, ainda, os resultados
regionais. Além dessas informações, o plano tabular que acompanha
este estudo contém informações detalhadas até o nível de divisão da
CNAE 2.0 e taxas demográficas das unidades locais das empresas até
o nível de Municípios das Capitais.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
O conteúdo desta publicação consta no CD-ROM que a acompa-
nha, assim como um subconjunto do plano tabular referente ao ano
de 2007.
O IBGE e, em especial, a equipe da Gerência do Cadastro Central
de Empresas colocam-se à disposição para esclarecimentos e quaisquer
outras formas de atendimento aos interessados.
Wasmália Bivar
Diretora de Pesquisas
Introdução
Este estudo tem por objetivo analisar alguns aspectos do padrão de
demografia das empresas formais brasileiras, em particular, os mo-
vimentos de entrada, saída e sobrevivência de empresas do mercado,
bem como empresas de alto crescimento e empresas “gazelas” com
base nas informações do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE ano
de referência 2008. Esses movimentos são apresentados por porte de
empresa, por atividade econômica de atuação da empresa, de acordo
com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE versão
2.0, por Região Geográfica e Unidade da Federação. No plano tabular,
constam, inclusive, informações de eventos demográficos por Municípios
das Capitais.
Ressalta-se que, neste ano, houve a implementação de uma nova
metodologiadeestudoemvirtudedaadoçãodenovoscritériosdeseleção
de empresas ativas no CEMPRE, da utilização da Classificação Nacional de
Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0 e da compatibilização de uma
série de indicadores em conformidade com a metodologia internacional.
A despeito da literatura enfatizar o papel do número e da distribui-
ção das empresas, segundo o porte e a idade, como características básicas
daestruturaprodutiva,existempoucasinformaçõessobreasobrevivência
das empresas e os seus condicionantes, ou seja, sobre o que distingue
as experiências bem-sucedidas e quais as restrições que pesam sobre o
crescimento das empresas e sua consolidação no mercado. Este estudo
pretende apresentar um conjunto de informações que contribuam para
o desenvolvimento de estudos sobre este tema.
Na literatura de organização industrial1
, é frequente encontrar a
história da empresa no mercado representada como um ciclo biológico
de nascimento, crescimento e morte (POSSAS, 1987). Mesmo entre as
1
O termo “industrial”, tradução direta de industry, refere-se a todos os setores de atividades a que
se dedicam as empresas no Brasil e não somente à indústria de transformação (manufacturing).
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
abordagens que se contrapõem a esta visão e em diferentes vertentes teóricas, as
barreiras à entrada de novos concorrentes e à saída de empresas do mercado têm
um papel fundamental (STEINDL, 1983; SYLOS LABINI, 1984) como um dos aspectos
básicos da estrutura do mercado. O grau de barreiras à entrada em um mercado seria
definido pela combinação das características estruturais do mercado e das condutas
praticadas pelas empresas que nele atuam frente à concorrência real (das empresas
estabelecidas no mercado) e a potencial (representada pelos potenciais concorren-
tes), ou seja, as formas de concorrência se combinam aos elementos tecnológicos,
de custos, de inovação, de ampliação de capacidade e de crescimento da demanda
na definição das barreiras à entrada.
Nos modelos tradicionais de organização industrial, é estabelecida uma relação
causal entre o número e distribuição por tamanho das empresas do setor e as barreiras
à entrada de novos concorrentes. De forma geral, quanto mais elevadas as barreiras à
entrada maior o grau de concentração, menor o número e maior o tamanho das empre-
sas. As seis fontes principais de barreiras à entrada de empresas no mercado seriam:
economias de escala, diferenciação do produto, necessidades de capital, custos de
mudança, acesso aos canais de distribuição, e desvantagens de custo independentes de
escala (PORTER, 1986).
Por outro lado, existem, analogamente, barreiras à saída de empresas do mercado,
cuja magnitude dependeria dos custos não recuperáveis2
, ou seja, ao sair do mercado
a empresa incorreria em perdas ao se desfazer do capital empregado na sua atividade.
Estes custos e, consequentemente, as barreiras à saída seriam maiores quanto maiores
fossem a escala de produção e a relação capital/trabalho, portanto espera-se que tais
custos sejam maiores para as empresas de maior porte e mais intensivas em capital.
Pode-se resumir as barreiras à saída de empresas do mercado, como: existência de ativos
especializados, custos fixos de saída, inter-relações estratégicas, barreiras emocionais, e
restrições de ordem governamental e social (PORTER, 1986). Normalmente, as barreiras
à entrada e saída estão relacionadas.
Ossetoresdiferemquantoàimportânciadasmudançastecnológicas,daintensidade
de capital, dos custos não recuperáveis, do tamanho médio e do grau de concentração
do mercado. Por outro lado, as empresas diferem quanto ao tamanho, intensidade de
capital, capacidade de financiamento do crescimento, idade etc. As estimativas das me-
didas de demografia das empresas devem considerar esta heterogeneidade, que podem
decorrer das características específicas dos setores e das empresas. Um mesmo grau de
concentração industrial pode estar associado a diferentes distribuições de tamanho de
empresas. Além disso, as empresas de um mesmo setor se diferenciam quanto à ori-
gem do capital, tempo de permanência no mercado, tamanho, estratégias empresarial
e competitiva etc., e estas características podem afetar a sua sobrevivência no mercado.
Neste estudo, são apresentados: a metodologia utilizada; análise de resultados
com taxas demográficas, mobilidade das empresas, informações de empresas de alto
crescimento, de empresas “gazelas” com seu respectivo impacto na geração de postos
de trabalho assalariados formais entre 2005 e 2008 e os resultados regionais.
2
Como enfatizado nas teorias de contestabilidade.
Notas técnicas
Informações gerais
O Cadastro Central de Empresas - CEMPRE
3
do IBGE cobre o universo
das organizações inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ
do Ministério da Fazenda, que no ano de referência declararam às pesqui-
sas econômicas do IBGE e/ou aos registros administrativos do Ministério
doTrabalho e Emprego. Ele abrange entidades empresariais, órgãos da
administração pública e instituições privadas sem fins lucrativos.
A atualização desse Cadastro é realizada anualmente a partir das
informações do IBGE, provenientes das pesquisas econômicas para
as atividades de Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços e do
Sistema de Manutenção Cadastral do Cadastro Central de Empresas
- SIMCAD, bem como de registros administrativos do Ministério do
Trabalho e Emprego, como a Relação Anual de Informações Sociais -
RAIS. Ressalta-se que as informações oriundas das pesquisas do IBGE
prevalecem sobre as dos registros administrativos.
Visando ao aprimoramento da qualidade das informações existen-
tes no CEMPRE, no ano de 2007 o IBGE iniciou o Sistema de Manutenção
Cadastral - SIMCAD, investigação realizada através de entrevistas por tele-
fone assistidas por computador (Computer AssistedTelephone Interview
- CATI), para a verificação dos dados cadastrais das organizações e suas
unidades locais existentes no CEMPRE e, principalmente, da classificação
econômica atribuída pelo código da CNAE 2.0. O objetivo do SIMCAD é
corrigir informações oriundas do registro administrativo que alimenta
3
Para informações complementares consultar o endereço: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/
economia/cadastroempresa/2008/default.shtm.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
o CEMPRE de empresas suspeitas de erro de preenchimento. Os dados cadastrais das
empresas e outras organizações contidos no CEMPRE são: razão social, código da natu-
reza jurídica, classificação da atividade econômica principal e ano de fundação, além de
endereço completo e nome de fantasia para as unidades locais. O CEMPRE contém ainda
informações econômicas tais como pessoal ocupado total, assalariado e assalariado mé-
dio anual, salários e outras remunerações e, para as empresas oriundas das pesquisas,
existe ainda a informação de receitas bruta, líquida e de bens e serviços.
As pesquisas econômicas anuais da Indústria, Construção Civil, Comércio e
Serviços, realizadas pelo IBGE, são amostrais com dois estratos denominados certo
e amostrado. No estrato certo são pesquisadas censitariamente todas as empresas
com 20 ou mais pessoas ocupadas nas pesquisas de Comércio e de Serviços e com
30 ou mais pessoas nas pesquisas de Indústria e de Construção Civil. As empresas
abaixo deste corte são pesquisadas com base em critérios de amostra probabilística.
O CEMPRE é composto, atualmente, por cerca de 11,9 milhões de empresas e ou-
tras organizações formais e 13,1 milhões de unidades locais (endereços de atuação),
sendo 90,1% entidades empresariais e os 9,9% restantes distribuídos entre órgãos da
administração pública e entidades sem fins lucrativos.
Para a divulgação da Demografia das Empresas 2008, foram selecionadas so-
mente as unidades ativas com endereço de atuação no Brasil e com fundação até 31
de dezembro de 2008. Os critérios para seleção dessas unidades consideradas ativas
em 2008 são descritos no tópico “Critérios de seleção das unidades ativas”.
Objetivos
A determinação da população de empresa em um determinado ano, embora apa-
rentemente simples, envolve inúmeras questões na definição, identificação e registro do
número de empresas. Existem outras questões relacionadas com a estrutura do estoque
de empresas em um dado momento e a sua evolução, como os seus movimentos de
crescimento, de entrada, de saída e de sobrevivência no mercado, que se constituem em
indicadores da demografia das empresas. Seja qual for a medida do estoque de empresas
em um dado momento, ela é o resultado líquido dos fluxos de entrada e saída do merca-
do. Ainda que este resultado permaneça relativamente estável, existe uma considerável
parcela de renovação das empresas no mercado.
A primeira questão que se coloca diz respeito à definição de empresa e sua
relação com o registro da sua existência. Os cadastros disponíveis as identificam a
partir da sua existência legal, através de um registro formal associado a um código
identificador, no entanto a constituição legal da empresa não garante autonomia
decisória, ou seja, a organização econômica das unidades pode não ser definida pela
sua organização legal. As unidades podem ter a mesma estrutura organizacional e
diferente sistematização legal. Por exemplo, um proprietário pode optar pelas seguintes
alternativas de registro legal de suas duas unidades locais: ter uma empresa com duas
unidades locais ou ter duas empresas, cada uma delas com uma unidade local. Neste
caso, o número de empresas é diferente, mas o número de unidades locais é igual.
A complexidade da questão é maior quando se trata de acompanhar os mo-
vimentos das empresas. A contagem do número de empresas existentes utiliza, em
Notas técnicas _________________________________________________________________________________
geral, um código identificador, que é atribuído no momento do seu registro formal.
Assim sendo, este registro da existência legal da empresa pode ser alterado, inclusive,
pela simples mudança na razão social da empresa.
A cada momento, vários fenômenos, que alteram o estoque de empresas e
as suas características, podem estar ocorrendo: entradas e saídas de empresas do
mercado, empresas mudam de atividade, de localização, de propriedade, etc. Estas
transformações podem ser classificadas em três categorias:
• mudanças nas características das empresas;
• mudanças na estrutura das empresas; e
• criação e extinção de empresas.
As mudanças nas características das empresas se referem às situações nas
quais estas mudanças não resultam na criação de uma empresa nova, mantendo
intacto o número total de empresas. Este é o caso das mudanças de propriedade,
endereço, número de empregados, atividade, ampliação/redução da sua área de atu-
ação. Obviamente, se o objetivo é acompanhar a evolução do número de empresas
em determinadas subpopulações, algumas das mudanças mencionadas acima irão
alterar a distribuição das empresas entre estas subpopulações. Este é o caso de mu-
danças de atividade, de tamanho (porte mensurado pelo número de empregados) e
de localização.
As mudanças na estrutura das empresas se referem aos movimentos de cisão,
fusão e incorporação. No caso de cisão, uma empresa pode originar uma ou mais
empresas, definidas de acordo com a sua existência legal autônoma. No caso de
fusão, duas empresas cessam a sua existência, dando origem a uma nova empresa.
Estas mudanças na identidade legal das empresas alteram o número de empresas na
população sem, necessariamente, modificar a capacidade produtiva existente.
A real criação e extinção de empresas corresponde a um acréscimo ou redução
da capacidade produtiva. O fato de algumas empresas entrarem no mercado com base
em atividades produtivas já existentes distorce a mensuração da entrada e da saída
das empresas, quando esta é realizada apenas com base na contagem do número
de registros formais. Por outro lado, empresas que estão em expansão ampliam a
capacidade produtiva sem alteração do número de empresas, ou seja, permanece
inalterado o número de agentes no mercado.
O retorno em operação de empresas paralisadas (que é difícil distinguir dos
movimentos sazonais que são acentuados em determinados setores) e o não aten-
dimento da exigência legal de registrar o encerramento das atividades representam
dificuldades adicionais na mensuração do estoque e do processo de criação e des-
truição de empresas.
A real entrada de uma empresa no mercado não deve ser confundida, portanto,
com a continuação ou reorganização de uma unidade, parte de uma unidade ou vá-
rias unidades já incluídas na população total de empresas. Do mesmo modo, a saída
de uma empresa no mercado não deve ser confundida com a continuidade da sua
existência, ainda que com características e/ou estruturas diferentes.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Critérios de seleção das unidades ativas
A metodologia para identificação de unidades ativas foi completamente refor-
mulada. Para considerar uma unidade ativa os critérios de seleção se baseiam na
condição de atividade, que é um conjunto de indícios que avaliam de forma simultâ-
nea situações cadastrais das fontes de atualização no ano de referência, o número de
pessoas assalariadas e o indicador de atividade da RAIS. Portanto, diferentemente
dos anos anteriores, os novos critérios de seleção levam em consideração não apenas
o preenchimento da declaração da RAIS e das pesquisas do ano de referência, mas
também um conjunto de outros indicadores de atividade da unidade econômica.
O novo critério para seleção das unidades ativas que fazem parte do âmbito da
Demografia das Empresas considera as seguintes situações:
• Empresas provenientes da RAIS ou das pesquisas econômicas anuais do
IBGE que tinham 5 ou mais pessoas ocupadas assalariadas em 31.12 do ano
de referência, independente da situação cadastral da empresa ou de qualquer
outra informação;
• Empresas com 0 a 4 pessoas ocupadas assalariadas que se declararam como
“em atividade”4
na RAIS no ano-base e que não tenham nenhum indicativo
de inatividade nas pesquisas econômicas anuais do IBGE; e
• Empresas que tiveram informação econômica nas pesquisas econômicas
anuais do IBGE, independente da situação cadastral e condição de atividade
informada na RAIS.
A redução no total de unidades ativas se deve à exclusão das unidades que
preenchem a RAIS com indicativo de inatividade e das que se autodeclaram como
“não exercendo atividade econômica” no ano de referência.
Ressalta-se que esta mudança na metodologia tem como objetivo fornecer esta-
tísticas econômicas mais confiáveis e mais próximas da realidade econômica do País.
Critérios para atribuição de valores de pessoal
ocupado e de salários pagos
Quando uma mesma empresa é informante tanto do IBGE quanto da RAIS, os
valores econômicos de pessoal ocupado e salários, relativos à empresa como um
todo, declarados à pesquisa do IBGE, prevalecem sobre os da RAIS. No entanto, para
as unidades locais, o mesmo procedimento não era adotado até 2000, visto que a uni-
dade básica de investigação das pesquisas do IBGE é a empresa e não a unidade local
(exceto no caso da Pesquisa Industrial Anual, onde para algumas grandes empresas
são também obtidas informações para suas unidades locais). Nesse caso, vinha-se
adotando apenas a RAIS como fonte básica de informações econômicas para as uni-
dades locais para geração de estatísticas a partir do Cadastro Central de Empresas.
A partir de 2001, com o objetivo de tornar essas informações compatíveis com
as das empresas investigadas pelas pesquisas do IBGE, implementou-se um procedi-
4
Na RAIS Estabelecimento, existe um campo que o informante pode indicar se esteve ou não em atividade no ano.
Notas técnicas _________________________________________________________________________________
mento de ajuste nos valores econômicos das unidades locais.Tal ajuste consiste em
distribuir proporcionalmente os valores de pessoal ocupado total, pessoal assalariado
e salários pagos das empresas, informado nas pesquisas institucionais, entre suas
unidades locais, obedecendo à distribuição dessas informações na RAIS. No caso de
empresa com uma única unidade local, a atribuição do valor da empresa é imediata.
Com este procedimento, reduz-se a diferença, até então observada, entre os totais
de unidades locais e de empresas, em função de estarem sendo computados a partir
de fontes distintas.
Critérios para atribuição de valores de pessoal
assalariado médio e de salário médio mensal
Essa publicação divulga informações de pessoal ocupado total e assalariado,
salários e outras remunerações e salário médio mensal. A partir do ano de referência
2006, também foi implementada no CEMPRE a variável pessoal assalariado médio para
o cálculo do salário médio mensal das empresas e unidades locais. Os seguintes
critérios foram considerados na sua geração:
- Quando a empresa declarou somente a RAIS, o pessoal assalariado médio
foi calculado a partir de informações provenientes da RAIS Empregado, que
contém informações da data de admissão e da data de desligamento por
vínculo empregatício. Quando a pessoa assalariada trabalhou durante todos
os dias do ano na unidade, atribuiu-se peso 1; caso contrário, decidiu-se por
determinar um peso proporcional ao número de dias trabalhados no ano.
Para cada dia trabalhado, cada pessoa recebeu um peso equivalente a 1/365,
o que representa um peso de 1/12 ao mês. Se ela trabalhou por seis meses,
por exemplo, seu peso foi de 0,5. Para atribuir o pessoal assalariado médio
de uma empresa ao longo do ano, considerou-se, portanto, o somatório dos
pesos relacionados com todos os vínculos empregatícios existentes naquela
unidade durante o ano; e
- Quando a empresa foi declarante das pesquisas econômicas anuais do IBGE,
o pessoal assalariado médio considerado foi igual ao pessoal ocupado assa-
lariado em 31.12 informado na pesquisa.
O salário médio mensal foi calculado, portanto, a partir da razão entre o total
de salários e outras remunerações pagas no ano pelo pessoal assalariado médio,
dividido por 13.
Procedimentos de crítica e qualidade
Conforme já mencionado, o CEMPRE utiliza duas fontes básicas para sua alimen-
tação: as pesquisas econômicas anuais do IBGE e a RAIS.
A apropriação dos dados por ambas as fontes não é direta, estando sujeita a
diversos procedimentos de verificação de modo a garantir sua qualidade, dentre os
quais se destacariam:
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
•Validação das informações econômicas de pessoal ocupado e salários, mediante
críticas de dados agregados e de microdados, tomando por base informações
de outras fontes, resultados de anos anteriores, bem como a verificação do
ranking das maiores unidades de cada atividade para identificar eventuais
erros de magnitude;
•Verificação das principais mudanças de atividade econômica em relação ao ano
anterior, de Unidade da Federação e de município, bem como grandes varia-
ções nos valores de pessoal ocupado e de salários em relação ao ano anterior;
• Identificação e confirmação da ausência de grandes unidades que faziam par-
te do universo do ano anterior e que deixaram de integrar as estatísticas do
presente ano. Atenção especial é dada aos órgãos da administração pública
(ministérios, governos estaduais, prefeituras, etc.) que eventualmente ficam
omissos com relação à declaração da RAIS e que, por esse critério, não inte-
grariam o universo de referência. Para evitar que suas informações deixem
de ser contempladas, afetando os resultados, pois normalmente empregam
uma quantidade significativa de pessoas, seus dados são imputados com base
nos valores do ano anterior, uma vez que sua existência pode ser averiguada;
• Ampla verificação do código de atividade econômica das empresas, outras
organizações e unidades locais, mediante verificação de palavras-chave no
conteúdo da razão social, em especial, nas informações oriundas da RAIS. Para
as empresas ou unidades locais informantes de pesquisas do IBGE, o código
da CNAE 2.0 é o mesmo atribuído por essas pesquisas, sempre prevalecendo
sobre o código declarado na RAIS;
• Gerenciamento do SIMCAD, que tem como objetivo corrigir informações prove-
nientes do registro administrativo de empresas suspeitas de erro de preenchi-
mento ou que fazem parte de setores econômicos selecionados, por ordem
de prioridade segundo o porte da empresa. O Sistema visa, ainda, à captação
da descrição da atividade principal da empresa e das unidades locais, nos
casos de empresas múltiplas, para em seguida atribuir o código da CNAE 2.0
correspondente ao ano de referência, propiciando uma melhoria na qualidade
dessa informação, tanto para a divulgação das estatísticas ora apresentadas
como para a identificação dos âmbitos das pesquisas anuais realizadas pela
Instituição. Para a divulgação das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas
2008, foram utilizadas as informações de 154 609 mil unidades locais pesqui-
sadas pelo Sistema para os anos de referência 2006 a 2008; e
Esses procedimentos refletem o amadurecimento dos trabalhos de compatibili-
zação entre as informações provenientes de registros administrativos e as produzidas
pelas pesquisas do IBGE, partes constitutivas do CEMPRE.
Âmbito
O CEMPRE engloba registros de pessoas jurídicas inscritas no Cadastro Nacional
da Pessoa Jurídica - CNPJ independentemente da atividade econômica exercida ou da
natureza jurídica. As informações existentes, nesta publicação, referem-se apenas às En-
tidades Empresariais naTabela de Natureza Jurídica (Anexo 2). Não foram consideradas,
Notas técnicas _________________________________________________________________________________
portanto, as demais entidades constantes do CEMPRE referentes à Administração Pública,
às Entidades sem Fins Lucrativos e às Organizações Internacionais e Outras Instituições
Extraterritoriais.
Classificação de atividades econômicas
As empresas e as unidades locais existentes no CEMPRE estão classificadas de acordo
com a principal atividade econômica desenvolvida com base na Classificação Nacional
de Atividades Econômicas - CNAE 2.0, oficialmente utilizada pelo Sistema Estatístico
Nacional (Anexo 1).
Em 2007, com o objetivo de manter a comparabilidade internacional, bem como de
dotar o País com uma classificação de atividades econômicas atualizada com as mudanças
no sistema produtivo das empresas, passou a vigorar a versão 2.0 da CNAE5
. Ela é resul-
tado de um amplo processo de revisão baseado nas mudanças introduzidas na revisão
4 da Clasificación Industrial Internacional Uniforme de todas lasActividades Económicas
- CIIU (International Standard Industrial Classification of all Economic Activities - ISIC),
sendo aprovada pela Comissão Nacional de Classificação - CONCLA, através da Resolução
CONCLA no
1/2006, de 04.09.2006, publicada no Diário Oficial da União em 05.09.2006.
A metodologia utilizada para a atribuição da classificação de atividade principal
no CEMPRE segue a seguinte ordem de atribuição hierárquica:
- Para as organizações, entidades e empresas especiais, como as prefeituras
municipais, órgãos da administração pública e algumas empresas públicas,
através do acompanhamento da classificação ano a ano, a classificação eco-
nômica atribuída pela Gerência do Cadastro Central de Empresas;
- Pesquisas anuais de Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços do IBGE,
para as empresas e unidades locais pesquisadas;
- Sistema de Manutenção Cadastral;
- A classificação econômica mais recente entre as pesquisas anuais de Indústria,
Construção, Comércio e Serviços e o Sistema de Manutenção Cadastral, nos
três anos anteriores. Em caso do ano mais recente possuir mais de um registro,
as pesquisas anuais têm precedência sobre o Sistema; e
- No caso de não existirem os registros acima descritos, permanece a classifi-
cação econômica proveniente do registro administrativo do ano de 2008.
Unidades de análise
Para fins de publicação, foram consideradas informações das empresas e suas
respectivas unidades locais ativas estabelecidas no País. As empresas e/ou unidades
locais estabelecidas fora do País são excluídas, assim como as empresas e/ou unidades
locais cujo registro formal tenha sido feito após 31 de dezembro de 2008.
5
Para informações complementares sobre as regras da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, nas
versões 1.0 e 2.0, bem como sua interpretação e estrutura de códigos, consultar o endereço: http://www.ibge.gov.br/concla.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
A empresa é definida como uma unidade de decisão, que assume obrigações
financeiras e está à frente das transações de mercado, exercidas em uma ou mais
unidades locais, e que responde pelo capital investido nas atividades. Por unidade
local, entende-se o espaço físico, geralmente uma área contínua, no qual uma ou mais
atividades econômicas são desenvolvidas, correspondendo, na maioria das vezes, a
cada endereço de atuação da empresa.
Definição das variáveis
O estudo da demografia das empresas é realizado a partir do Cadastro Central
de Empresas - CEMPRE, através da consolidação de informações em Cadastros anuais
de empresas/unidades locais ativas nos anos de referência. Com base nos Cadastros
anuais, são realizados batimentos que visam à determinação dos valores das variáveis
definidas para fins de estudo.
A comparação entre os Cadastros anuais é realizada a partir do Cadastro Na-
cional da Pessoa Jurídica - CNPJ de cada empresa e/ou unidade local e de outros
critérios que se fizerem necessários. As definições das variáveis presentes no estudo
são apresentadas a seguir:
• Entrada de empresa/unidade local: O número de entrada refere-se ao número
de empresas/unidades locais ativas no ano de referência, mas que não estavam
ativas no ano anterior. Representam o conjunto formado pelo nascimento e
pela reentrada (ou reativações) de empresas/unidades locais;
• Nascimento de empresas: Um nascimento de empresa ocorre quando uma
empresa realmente inicia a atividade. O número de nascimento de empresas é
derivado de entrada e da remoção de reentradas. Se uma unidade paralisada
é reativada dentro do período de dois anos, este evento não é considerado um
nascimento. Não inclui entradas devido a mudanças de atividade;
• Reentrada: Uma reentrada ocorre quando uma unidade recomeça a atividade
após um período de interrupção temporária de pelo menos um ano. A reentrada
pode ser desmembrada em dois tipos: reentradas provenientes de reativações
reais da atividade econômica e as provenientes de falhas no preenchimento
do registro administrativo;
• Saída de empresa/unidade local: O número de saída refere-se ao número de
empresas/unidades locais que não estavam ativas no ano de referência, mas
que estavam ativas no ano anterior;
• Sobrevivência: Uma unidade é considerada sobrevivente se ela estava ativa
no ano de referência e no ano anterior;
• Empresa de alto crescimento:Trata-se da empresa com crescimento médio de
pessoal ocupado assalariado maior que 20% ao ano, por um período de três
anos. Foram consideradas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no
ano inicial de observação; e
• Empresa “gazela”: Uma gazela é uma empresa de alto crescimento com até
oito anos de idade no ano de referência.
Notas técnicas _________________________________________________________________________________
Disseminação dos resultados
Conteúdo das tabelas
Os resultados da Demografia das Empresas 2008 estão organizados em dez
tabelas impressas, que fazem parte do CD-ROM com a mesma numeração. O Quadro
1 apresenta o conteúdo das tabelas de empresas e de unidades locais e servem como
um guia de leitura para os usuários.
Quadro 1 - Apresentação das tabelas, segundo conteúdo - 2008
Númeração das tabelas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Unidade de referência
Empresas
Empresas de alto crescimento
Empresas gazelas
Unidades locais das empresas
Unidades locais das empresas de alto crescimento
Unidades locais das empresas gazelas
Tipo de evento demográfico
Entradas
Nascimentos
Reentradas
Saídas
Sobrevivência
Variáveis
Número de empresas
Unidades locais das empresas
Pessoal ocupado total
Pessoal ocupado assalariado
Salários e outras remunerações
Salário médio mensal
Idade média das empresas
Taxas
Total
Entradas
Nascimentos
Saídas
Sobrevivência
Empresas de alto crescimento
Empresas gazelas
Níveis de agregação
Faixas de pessoal ocupado total
Faixas de pessoal ocupado assalariado
Regional
Brasil
Grandes Regiões
Unidades da Federação
Municípios das Capitais
Classificação de atividades econômicas
Total geral
Total por seção
Total por divisão
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2008.
Conteúdo
O confronto dos resultados divulgados com outras informações publicadas pelo
IBGE deve levar em consideração o ano de referência das bases de dados em que as
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
pesquisas se apoiam, a cobertura de cada uma das pesquisas envolvidas, a unidade
de investigação das mesmas e os conceitos implícitos na descrição de cada variável.
Solicitações de tabulações especiais e dúvidas relacionadas com aspectos me-
todológicos podem ser encaminhadas para o e-mail ibge@ibge.gov.br e endereçadas
à Gerência do Cadastro Central de Empresas da Diretoria de Pesquisas.
Regras de arredondamento
O arredondamento foi feito aumentando-se de uma unidade a parte inteira do
total da variável, quando a parte decimal era igual ou superior a 0,5. Desse modo,
podem ocorrer pequenas diferenças de arredondamento entre os totais apresentados
e a soma das parcelas em uma mesma tabela, bem como entre a mesma variável
apresentada em tabelas distintas.
Regras de desidentificação
Considera-se que há risco de identificação do informante quando o número de
unidades, para o nível de agregação tabulado, for igual ou inferior a dois. Neste caso,
os dados não podem ser divulgados.
Devido à legislação que assegura o sigilo das informações estatísticas, foram
adotadas regras de desidentificação para evitar a identificação dos informantes a partir
dos dados divulgados. A regra básica consiste em desidentificar, no mesmo nível de
subtotalização ou totalização, as colunas para as quais se tenham informações relativas
apenas a uma ou duas unidades econômicas.Tal procedimento consistiu em aplicar
um (x) na célula correspondente ao valor a ser omitido, nas variáveis Pessoal Ocupado
Total, Pessoal Ocupado Assalariado e Salários e Outras Remunerações, preservando-
se os valores referentes ao número de unidades (empresas ou unidades locais) que
não sofreram desidentificação.
Em alguns casos, pode ocorrer omissão de informação referente a um conjunto
maior de unidades, visando a preservar possíveis identificações através de diferenças
entre os níveis de totalização das tabelas.
O estudo da demografia das empresas permite analisar a dinâ-
mica demográfica através de indicadores de entrada, saída, reentrada
e sobrevivência das empresas no mercado, mobilidade por porte, es-
tatísticas relativas às empresas de alto crescimento e às empresas “ga-
zelas”, além de indicadores relativos às unidades locais das empresas.
Os eventos demográficos na economia
brasileira em 2008
Em 2008, o Cadastro Central de Empresas - CEMPRE continha 4,1
milhões de empresas ativas, que ocuparam 32,9 milhões de pessoas,
sendo 27,0 milhões (82,2%), como assalariadas e 5,9 milhões (17,8%) na
condição de sócio ou proprietário. Os salários e outras remunerações
pagos no ano totalizaram R$ 434,7 bilhões, com um salário médio
mensal de R$ 1 255,95, equivalente a 3,1 salários mínimos médios
mensais6
. A idade média das empresas ativas era de 9,7 anos.
Observa-se naTabela 1 que do total de empresas ativas, 78,2%
(3,2 milhões) eram sobreviventes7
, 21,8% eram entradas (889,5 mil),
desmembradas em 13,7% de nascimentos (558,6 mil) e 8,1% de re-
entradas (330,9 mil), enquanto as saídas somavam 17,7% (719, 9 mil
empresas).
6
Considerando um salário mínimo médio mensal no ano de 2008 de R$ 409,62.
7
Considera-se, aqui, empresas sobreviventes as empresas ativas existentes em 2007 e que perma-
neceram ativas em 2008, independente do ano de fundação e/ou entrada em atividade. Ou seja, é o
estoque de empresas sobreviventes. Posteriormente, trataremos, especificamente, da análise da
sobrevivência das empresas nascidas em 2007 que permaneceram ativas em 2008.
Análise de resultados
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
As empresas sobreviventes destacaram-se ainda no pessoal ocupado total
(94,0%), no pessoal assalariado (97,0%) e nos salários pagos no ano (98,9%). As em-
presas que entraram em atividade em 2008 foram responsáveis por um acréscimo de
6,0% no número pessoal ocupado total e de 3,0% no pessoal ocupado assalariado.
Já as empresas que saíram do mercado representaram uma queda de 4,2% e 1,5%,
respectivamente.
É importante observar que o saldo no total de empresas tem sido sempre po-
sitivo, registrando um número maior de entradas em relação ao número de saídas.
Na comparação com 2007, houve um acréscimo de 4,1% no número de empresas
(169,6 mil), 5,7% no pessoal ocupado total (1,8 milhão) e 6,4% no pessoal ocupado
assalariado (1,6 milhão). O salário médio mensal manteve-se constante em 3,1 salá-
rios mínimos mensais.
Porte das empresas
O Gráfico 1 apresenta a distribuição das empresas segundo o evento demográ-
fico e as faixas de pessoal ocupado assalariado das empresas. Observa-se que existe
uma relação direta entre o porte das empresas e a taxa de sobrevivência, pois enquanto
entre as empresas sem pessoal assalariado somente 67,6% são sobreviventes, nas
empresas com 1 a 9 pessoas esta taxa sobe para 89,2%, e para as empresas com 10
ou mais pessoas ocupadas foi de 96,0%. Por sua vez, nos movimentos de entrada
(nascimentos e reentradas) e saídas, a relação é inversa, pois as taxas mais elevadas
foram observadas entre as empresas sem empregados, 19,0%, 13,4% e 29,1%, respec-
tivamente. As empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas apresentaram um patamar
inferior nestes eventos, 8,4%, 2,3% e 4,9%, respectivamente.
Total
Distri-
buição
percen-
tual (%)
Total
Distri-
buição
percen-
tual (%)
Total
Distri-
buição
percen-
tual (%)
Total
Distri-
buição
percen-
tual (%)
Ativas 4 077 662 100,0 32 833 873 100,0 26 978 086 100,0 434 407 204 100,0
Sobreviventes 3 188 176 78,2 30 853 490 94,0 26 160 232 97,0 429 513 818 98,9
Entradas 889 486 21,8 1 980 383 6,0 817 854 3,0 4 893 386 1,1
Nascimentos 558 608 13,7 1 421 741 4,3 686 445 2,5 3 798 996 0,9
Reentradas 330 878 8,1 558 642 1,7 131 409 0,5 1 094 390 0,3
Saídas 719 915 17,7 1 365 064 4,2 414 908 1,5 6 257 739 1,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Assalariado
Pessoal ocupado
Tabela 1 - Número de empresas, pessoal ocupado total e assalariado e
Tipo de evento
demográfico
salários e outras remunerações, total e respectiva distribuição percentual,
segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008
Número de
empresas
Salários e outras
remunerações
(1 000 R$)Total
Análise de resultados ___________________________________________________________________________
A Tabela 2 apresenta os movimentos de entrada e saída de empresas do mer-
cado, segundo o porte e os seus impactos no pessoal ocupado total e assalariado.
Observa-se que houve predomínio de empresas de menor porte, tanto na entrada como
na saída de empresas , uma vez que 80,2% das empresas que entraram no mercado
em 2008 não tinham empregados e 18,2% tinham de 1 a 9 pessoas assalariadas. Da
mesma forma, com relação às saídas, 89,0% não tinham empregados e 10,3% tinham
de 1 a 9 pessoas assalariadas. Ou seja, 98,4% das empresas que entraram no merca-
do e 99,3% das que saíram do mercado em 2008 tinham até 9 pessoas assalariadas.
As empresas criadas sem empregados foram responsáveis por 46,3% do acrésci-
mo de pessoal ocupado total, enquanto as empresas criadas com 10 ou mais pessoas
assalariadas responderam por 51,2% do acréscimo de pessoal ocupado assalariado.
Já entre as empresas que saíram do mercado, 89,0% não tinham empregados e foram
responsáveis por 61,3% da variação de pessoal ocupado total. As empresas com 10
ou mais pessoas foram somente 0,7%, mas responderam por 61,1% da variação de
pessoal assalariado.
As maiores taxas de entrada (32,4%) e saída (29,1%) do mercado, portanto, fo-
ram registradas no segmento das empresas sem pessoal assalariado. Já as menores
taxas, estavam nas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, 4,0% e 1,4%,
respectivamente.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
%
Gráfico 1 - Distribuição percentual do número de empresas, por faixas de pessoal
ocupado assalariado, segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008
78,2
8,1
19,0
13,4
29,1
8,4
2,3
4,9
3,5 1,4
13,7
17,7
67,6
89,2
96,0
0,5
Sobreviventes Nascimentos Reentradas Saídas
Total
Empresas sem
pessoal assalariado
Empresas com 1 a 9
pessoas assalariadas
Empresas com 10 ou mais
pessoas assalariadas
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
É importante observar, também, que o movimento de entrada e de saída de
empresas apresenta um impacto expressivo no número de empresas, principalmen-
te de micro e de pequeno porte, e nas pessoas ocupadas, principalmente sócios e
proprietários, dado que com as empresas entrantes houve acréscimo de 1,98 milhão
de pessoas ocupadas, contudo, apenas 817,9 mil (41,3%) foram pessoas ocupadas
assalariadas. Nas empresas que saíram, houve uma redução de 1,4 milhão de pes-
soas ocupadas, sendo que 414,9 mil (30,4%) foram pessoas ocupadas assalariadas.
Atividades econômicas
ATabela 3 apresenta o número de entrada e de saída de empresas e as respec-
tivas taxas segundo a seção da CNAE 2.0. As atividades econômicas que mais se
destacaram a partir do total de 889,5 mil empresas que entraram e de 719,9 mil que
saíram foram Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas com 444,1
mil e 380,4 mil empresas (49,9% e 52,8%), Indústrias de transformação com 68,7 mil
e 59,6 mil (7,7% e 8,3%) e Alojamento e alimentação com 63,0 mil e 51,6 mil (7,1% e
7,2%), respectivamente.
A taxa de entrada das empresas no mercado em 2008 foi de 21,8%. Por ativida-
de econômica, as maiores taxas de entrada foram observadas em Eletricidade e gás
(30,2%), Artes, cultura, esporte e recreação (29,3%) e Construção (28,7%) e as menores
em Saúde humana e serviços sociais (17,5%), nas Indústrias de transformação (16,9%)
e nas Indústrias extrativas (19,4%).
Total 0 1 a 9 10 ou mais
Empresas ativas 4 077 662 2 202 488 1 503 564 371 610
Pessoal ocupado total 32 833 873 2 944 718 6 875 280 23 013 875
Pessoal ocupado assalariado 26 978 086 - 4 626 315 22 351 771
Número de empresas 889 486 713 092 161 666 14 728
Distribuição percentual (%) 100,0 80,2 18,2 1,7
Pessoal ocupado total 1 980 383 916 861 621 533 441 989
Distribuição percentual (%) 100,0 46,3 31,4 22,3
Pessoal ocupado assalariado 817 854 - 399 123 418 731
Distribuição percentual (%) 100,0 - 48,8 51,2
Taxa de entrada no mercado 21,8 32,4 10,8 4,0
Número de empresas 719 915 640 425 74 392 5 098
Distribuição percentual (%) 100,0 89,0 10,3 0,7
Pessoal ocupado total 1 365 064 837 284 266 211 261 569
Distribuição percentual (%) 100,0 61,3 19,5 19,2
Pessoal ocupado assalariado 414 908 - 161 606 253 302
Distribuição percentual (%) 100,0 - 38,9 61,1
Taxa de entrada no mercado 17,7 29,1 4,9 1,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Total
Entrada de empresas
Saída de empresas
Tabela 2 - Entrada e saída de empresas no mercado, por faixas de pessoal
Variáveis selecionadas
Entradas e saídas de empresa no mercado,
por faixas de pessoal ocupado assalariado
ocupado assalariado, segundo as variáveis selecionadas - Brasil - 2008
Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Por sua vez, a taxa de saída das empresas foi de 17,7% com as maiores taxas
observadas em Outras Atividades de serviços (22,0%), Artes, cultura, esporte e recre-
ação (21,4%) e Informação e comunicação (20,4%) e as menores em Saúde humana
e serviços sociais (11,4%), Organismos internacionais e outras instituições extraterri-
toriais (11,8%) e Eletricidade e gás (12,0%).
ATabela 4 apresenta o pessoal ocupado total e o assalariado nas empresas que
entraram e que saíram do mercado por seção da CNAE 2.0. Assim como no número de
empresas, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, Indústrias de
transformação foram as atividades com as maiores participações relativas em ambas as
variáveis, tanto na entrada como na saída de empresas. Do total de 1,98 milhão de pessoal
ocupado total das empresas entrantes, 839,0 mil (42,4%) foram gerados no Comércio,
reparação de veículos automotores e motocicletas e 222,0 mil (11,2%) nas Indústrias de
transformação. Construção surge na terceira colocação com 154,4 mil pessoas ocupadas.
Do total de 1,4 milhão de pessoal ocupado das empresas que saíram do mercado, 603,2
mil (44,2%) estavam no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas,
175,6 mil (12,9%) nas Indústrias de transformação e 118,2 mil (8,7%) nas Atividades ad-
ministrativas e serviços complementares.
Total
Distri-
buição
percen-
tual
(%)
Taxa
de
entrada
(%)
Total
Distri-
buição
percen-
tual
(%)
Taxa
de
saída
(%)
Total 889 486 100,0 21,8 719 915 100,0 17,7
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 7 366 0,8 23,4 5 769 0,8 18,3
Indústrias extrativas 1 957 0,2 19,4 1 793 0,2 17,8
Indústrias de transformação 68 744 7,7 16,9 59 619 8,3 14,6
Eletricidade e gás 415 0,0 30,2 165 0,0 12,0
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e desconta-
minação 1 740 0,2 24,2 1 160 0,2 16,1
Construção 37 674 4,2 28,7 24 285 3,4 18,5
Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 444 085 49,9 21,3 380 387 52,8 18,2
Transporte, armazenagem e correio 39 500 4,4 23,0 28 945 4,0 16,9
Alojamento e alimentação 62 991 7,1 22,3 51 633 7,2 18,3
Informação e comunicação 33 341 3,7 24,9 27 329 3,8 20,4
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 14 107 1,6 22,8 11 283 1,6 18,2
Atividades imobiliárias 8 380 0,9 24,3 4 919 0,7 14,3
Atividades profissionais, científicas e técnicas 46 392 5,2 24,8 31 243 4,3 16,7
Atividades administrativas e serviços complementares 52 286 5,9 24,8 39 183 5,4 18,6
Administração pública, defesa e seguridade social 112 0,0 26,2 67 0,0 15,7
Educação 14 089 1,6 20,2 9 473 1,3 13,6
Saúde humana e serviços sociais 18 578 2,1 17,5 12 077 1,7 11,4
Artes, cultura, esporte e recreação 10 987 1,2 29,3 8 035 1,1 21,4
Outras atividades de serviços 26 730 3,0 26,1 22 544 3,1 22,0
Organismos internacionais e outras instituições extraterrito- 12 0,0 23,5 6 0,0 11,8
riais
Tabela 3 - Número de entradas e saídas de empresas, total e respectiva distribuição
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Entradas Saídas
Empresas
percentual, com indicação das taxas de entrada e saída de empresas no mercado,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
Seções da CNAE 2.0
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Sobrevivência das empresas que nasceram em 2007
A análise de sobrevivência pode ser realizada, também, a partir do acompanhamen-
to das novas empresas em um ano t-n até o ano t8
. Analisamos, neste item, as taxas de
sobrevivência das empresas que entraram em atividade em 2007 e permaneceram ativas
em 2008. O Gráfico 2 apresenta as taxas de sobrevivência dessas empresas segundo o
porte. Do total de 464,7 mil empresas que apareceram pela primeira vez no mercado em
2007, 353,5 mil (76,1%) sobreviveram no mercado em 2008.
Observa-se que a taxa de sobrevivência apresenta uma relação direta com o porte
daempresa.Entreasempresassempessoalassalariado,ataxafoide70,6%,nasempresas
com 1 a 9 pessoas assalariadas foi de 91,8% e nas com 10 ou mais pessoas foi de 95,7%.
Portanto, as empresas maiores, com maior capital imobilizado, tendem a permanecer
8
Neste caso, t é o ano de referência e n é o número de anos anteriores ao de referência. Neste estudo, analisaremos a
sobrevivência das empresas novas em 2007 (t-1) que permaneceram ativas em 2008 (t).
Total
Distri-
buição
percen-
tual
(%)
Total
Distri-
buição
percen-
tual (%)
Total
Distri-
buição
percen-
tual (%)
Total
Distri-
buição
percen-
tual (%)
Total 1 980 383 100,0 1 365 064 100,0 817 854 100,0 414 908 100,0
Agricultura, pecuária, produção florestal,
pesca e aquicultura 27 850 1,4 19 971 1,5 17 695 2,2 11 583 2,8
Indústrias extrativas 4 948 0,2 3 845 0,3 2 344 0,3 1 279 0,3
Indústrias de transformação 221 954 11,2 175 552 12,9 130 571 16,0 95 067 22,9
Eletricidade e gás 937 0,0 318 0,0 314 0,0 72 0,0
Água, esgoto, atividades de gestão de resí-
duos e descontaminação 6 296 0,3 4 294 0,3 3 852 0,5 2 679 0,6
Construção 154 406 7,8 63 262 4,6 101 158 12,4 27 418 6,6
Comércio; reparação de veículos automo-
tores e motocicletas 838 979 42,4 603 191 44,2 284 983 34,8 125 744 30,3
Transporte, armazenagem e correio 95 822 4,8 64 298 4,7 43 503 5,3 24 994 6,0
Alojamento e alimentação 151 288 7,6 84 397 6,2 75 065 9,2 22 466 5,4
Informação e comunicação 61 196 3,1 48 403 3,5 12 660 1,5 6 757 1,6
Atividades financeiras, de seguros e ser-
viços relacionados 29 349 1,5 17 624 1,3 11 583 1,4 2 373 0,6
Atividades imobiliárias 17 131 0,9 9 488 0,7 3 632 0,4 1 362 0,3
Atividades profissionais, científicas e
técnicas 89 372 4,5 54 164 4,0 21 252 2,6 7 601 1,8
Atividades administrativas e serviços
complementares 132 694 6,7 118 194 8,7 60 523 7,4 61 923 14,9
Administração pública, defesa e seguridade
social 769 0,0 164 0,0 610 0,1 44 0,0
Educação 39 064 2,0 21 309 1,6 18 433 2,3 7 149 1,7
Saúde humana e serviços sociais 39 984 2,0 28 065 2,1 9 751 1,2 8 212 2,0
Artes, cultura, esporte e recreação 19 430 1,0 13 810 1,0 4 736 0,6 2 745 0,7
Outras atividades de serviços 48 595 2,5 34 693 2,5 14 877 1,8 5 424 1,3
Organismos internacionais e outras insti-
tuições extraterritoriais 319 - 22 0,0 312 0,0 16 0,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Tabela 4 - Pessoal ocupado total e assalariado nas entradas e saídas de empresas
Pessoal ocupado em 31.12
Total Assalariado
Seções da CNAE 2.0
do mercado, total e respectiva distribuição percentual,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
Entradas Entradas SaídasSaídas
Análise de resultados ___________________________________________________________________________
mais tempo no mercado, pois os custos de saída costumam ser elevados, dentre outros
fatores. Já nas empresas sem pessoal assalariado, quase 30,0% não existiam mais no
ano seguinte.
O Gráfico 3 apresenta
astaxasdesobrevivênciadas
empresas que entraram em
atividade em 2007 segundo a
seção da CNAE 2.0. As taxas
oscilaram de 71,4% a 81,1%.
É possível observar que as
atividades econômicas onde
mais empresas sobrevive-
ram após 1 ano no mercado
foram Educação com 81,1%,
Artes, Cultura e Esportes
com 80,9% e Eletricidade e
gás com 79,3%. Por sua vez,
Comércio, reparação de veí-
culos automotores e motoci-
cletas, que, como observado
anteriormente, é a atividade
com maior quantidade de
empresas entrando e saindo
do mercado apresentou taxa
de sobrevivência de 73,1%.
Indústrias de transforma-
ção, que é a segunda mais
importante nos movimentos
de entrada e de saída, apre-
sentoutaxade sobrevivência
de 71,8%. Ou seja, ambas
abaixo da taxa média, 76,1%.Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
%
Gráfico 3 - Taxas de sobrevivência das empresas criadas em 2007,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
71,4
71,5
72,6
73,1
74,6
75,4
76,0
76,1
76,3
77,0
77,4
79,1
79,3
71,8
71,9
78,0
78,1
78,5
80,9
81,1
Outras atividades de serviços
Organismos internacionais
Indústrias de transformação
Indústrias extrativas
Atividades imobiliárias
Comércio
Informação e comunicação
Administração pública, defesa e
seguridade social
Transporte, armazenagem
e correio
Agricultura, pecuária
Atividades financeiras e
de serviços relacionados
Atividades profissionais,
científicas e técnicas
Atividades administrativa e
serviços complementares
Saúde humana
Alojamento e alimentação
Água, esgoto, atividades de gestão
de resíduos e descontaminação
Construção
Eletricidade e gás
Artes, cultura, esporte e
recreação
Educação
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
%
Gráfico 2 -Taxas de sobrevivência das empresas criadas em 2007,
segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
76,1
70,6
91,8
95,7
Total 0 1 a 9 10 ou mais
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Mobilidade das empresas
ATabela 5 apresenta a mobilidade por porte das empresas criadas em 2007 e que
sobreviveram em 2008. O objetivo é compreender as mudanças ocorridas nas empresas
entre o início de operação e após um ano de funcionamento. No ano imediatamente
posterior ao nascimento, 77,9% das empresas sem pessoal assalariado, 75,4% de 1 a 9
pessoas assalariadas e 78,7% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas per-
maneceram em 2008 no mesmo porte que foram criadas em 2007.
Das empresas que iniciaram suas atividades em 2007 sem pessoal assalariado,
20,7% já havia crescido e alcançado a faixa de 1 a 9 pessoas assalariadas no ano se-
guinte. Observa-se que 1,4% das empresas sem pessoal assalariado alcançou a faixa de
10 ou mais pessoas assalariadas em 2008. Em contrapartida, 17,9% das empresas que
nasceram na faixa de 1 a 9 reduziram seu tamanho e passaram a fazer parte da faixa sem
pessoal assalariado, enquanto 6,8% cresceram e passaram para a faixa de 10 ou mais
pessoas assalariadas. Na faixa de 10 ou mais pessoas assalariadas, 16,1% passaram para
faixa de 1 a 9 pessoas assalariadas e 5,2% reduziram ainda mais e passaram a atuar sem
empregados. Portanto, de cada 10 empresas, oito tendem a permanecer no mesmo porte
no ano seguinte e duas tendem a migrar.
Análise regional
A análise regional é realizada a partir das informações de unidades locais, que são
os endereços de atuação das empresas.A Tabela 6 apresenta o número de unidades locais
por tipo de evento demográfico e Regiões Geográficas.As 4,1 milhões de empresas ativas
em 2008 tinham 4,4 milhões de unidades locais, das quais 51,7% localizadas na Região
Sudeste, 22,4% na Região Sul, 15,0% na Região Nordeste, 7,5% na Região Centro-Oeste
e 3,4% na Região Norte.
Do total de 4,4 milhões de unidades locais, 3,4 milhões eram sobreviventes em
relação a 2007 ( 78,1%), 960,6 mil foram entradas (21,9%), sendo 613,0 mil (13,9%)
nascimentos e 347,6 mil (7,9%) reentradas. As saídas de empresas totalizaram 770,8 mil
empresas (17,5%).
Em todos os tipos de evento, a participação relativa segundo as Regiões Geográfi-
cas segue o mesmo padrão observado na distribuição das unidades locais. As maiores
participações foram, portanto, observadas na Região Sudeste em todos os eventos,
destacadamente entre as empresas sobreviventes com 52,4%. Ressalta-se, contudo,
que nas entradas e nas saídas, as participações relativas das Regiões Norte, Nordeste e
Centro-Oeste foram superiores às suas participações relativas de unidades locais. Ou
seja, nessas regiões existe um maior dinamismo de entrada e de saída de unidades locais
das empresas do que nas demais regiões, ou seja, as empresas nascem, mas morrem
em um ritmo elevado.
0 1 a 9 10 ou mais
0 77,9 17,9 5,2
1 a 9 20,7 75,4 16,1
10 ou mais 1,4 6,8 78,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2007-2008.
de pessoal ocupado assalariado em 2008 - Brasil - 2007-2008
Tabela 5 - Mobilidade das empresas criadas em 2007 entre as faixas
Faixas
de pessoal ocupado
assalariado em 2008
Mobilidade das empresas criadas, por faixas de
pessoal assalariado em 2007
Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Para corroborar essas informações, aTabela 7 apresenta as taxas de unidades
locais por tipo de evento demográfico. As Regiões Sudeste e Sul foram as que apre-
sentaram as maiores taxas de sobreviventes, 79,1% e 79,8%, respectivamente, acima
da média nacional (78,1%). Por outro lado, as maiores taxas de entrada e de saída
foram observadas na Região Norte (28,9% e 22,0%), Centro-Oeste (25,1% e 18,4%) e
Nordeste (24,5% e 20,1%), assim como as menores taxas de sobrevivência ,71,1%,
74,9% e 75,5%, respectivamente.
Unidades da Federação
As informações contidas naTabela 8 são referentes às taxas de sobreviventes,
entradas e saídas do mercado segundo as Unidades da Federação. Os Estados de
Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram as maiores taxas de
sobrevivência, 82,2%, 80,5% e 79,6%, respectivamente. Por outro lado, Amapá, Rorai-
ma e Acre apresentaram as menores taxas, 66,0%, 66,2% e 66,9%, respectivamente.
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Ativas 4 394 182 147 440 660 416 2 272 884 984 565 328 877
Sobreviventes 3 433 597 104 788 498 649 1 798 577 785 252 246 331
Entradas 960 585 42 652 161 767 474 307 199 313 82 546
Nascimentos 612 954 26 735 100 195 303 016 127 137 55 871
Reentradas 347 631 15 917 61 572 171 291 72 176 26 675
Saídas 770 769 32 375 132 743 376 183 168 850 60 618
Ativas 100,0 3,4 15,0 51,7 22,4 7,5
Sobreviventes 100,0 3,1 14,5 52,4 22,9 7,2
Entradas
Nascimentos 100,0 4,4 16,3 49,4 20,7 9,1
Reentradas 100,0 4,6 17,7 49,3 20,8 7,7
Saídas 100,0 4,2 17,2 48,8 21,9 7,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Distribuição percentual (%)
Total
Tabela 6 - Número de unidades locais, por Grandes Regiões, total e respectiva
Tipo de evento
demográfico
Número de unidades locais, por Grandes Regiões
distribuição percentual, segundo o tipo do evento demográfico - 2008
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Sobreviventes 78,1 71,1 75,5 79,1 79,8 74,9
Entradas 21,9 28,9 24,5 20,9 20,2 25,1
Nascimentos 13,9 18,1 15,2 13,3 12,9 17,0
Reentradas 7,9 10,8 9,3 7,5 7,3 8,1
Saídas 17,5 22,0 20,1 16,6 17,1 18,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Tipo de evento
demográfico
Taxas de unidades locais, por Grandes Regiões
Tabela 7 - Taxas de unidades locais, por Grandes Regiões,
segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
As maiores taxas de entrada e saída do mercado encontraram-se em quatro
Unidades da Federação da Região Norte: Amapá, Roraima, Acre e Amazonas. Estas
Unidades, naturalmente, apresentam baixos valores absolutos de unidades locais
novas e extintas e também de unidades ativas, o que faz com pequenas variações
ocasionem taxas de entrada e saída do mercado elevadas.
Por outro lado, as Unidades da Federação das Regiões Sul e Sudeste apresen-
taram elevadas variações absolutas no número de unidades locais, porém como elas
concentram um elevado número de unidades locais, as taxas de entrada e saída do
mercado são pequenas, relativamente às demais Unidades da Federação. São Paulo,
Minas Gerais e Rio Grande do Sul foram as Unidades da Federação que mais apre-
sentaram o maior quantitativo de entradas de unidades locais no mercado (296 138,
97 460 e 84 133, respectivamente), porém com baixas taxas de entrada no mercado
(21,3%, 20,4% e 20,6%), se comparadas comAmapá, por exemplo, onde 2 139 unidades
entraram no mercado, mas cuja taxa de entrada foi de 34,0%.
Total
Taxa
(%)
Total
Taxa
(%)
Total
Taxa
(%)
Brasil 4 394 182 3 433 597 78,1 960 585 21,9 770 769 17,5
Rondônia 25 163 18 602 73,9 6 561 26,1 5 657 22,5
Acre 7 237 4 840 66,9 2 397 33,1 1 683 23,3
Amazonas 27 175 18 503 68,1 8 672 31,9 6 760 24,9
Roraima 6 070 4 016 66,2 2 054 33,8 1 224 20,2
Pará 55 525 40 053 72,1 15 472 27,9 11 340 20,4
Amapá 6 283 4 144 66,0 2 139 34,0 1 537 24,5
Tocantins 19 987 14 630 73,2 5 357 26,8 4 174 20,9
Maranhão 49 324 36 166 73,3 13 158 26,7 11 182 22,7
Piauí 33 060 25 162 76,1 7 898 23,9 6 218 18,8
Ceará 121 148 91 536 75,6 29 612 24,4 24 978 20,6
Rio Grande do Norte 45 036 33 660 74,7 11 376 25,3 8 353 18,5
Paraíba 44 859 35 591 79,3 9 268 20,7 7 873 17,6
Pernambuco 105 212 79 232 75,3 25 980 24,7 22 546 21,4
Alagoas 30 414 22 740 74,8 7 674 25,2 5 836 19,2
Sergipe 23 389 18 275 78,1 5 114 21,9 4 140 17,7
Bahia 207 974 156 287 75,1 51 687 24,9 41 617 20,0
Minas Gerais 477 797 380 337 79,6 97 460 20,4 81 864 17,1
Espírito Santo 85 246 66 602 78,1 18 644 21,9 14 621 17,2
Rio de Janeiro 318 698 256 633 80,5 62 065 19,5 52 836 16,6
São Paulo 1 391 143 1 095 005 78,7 296 138 21,3 226 862 16,3
Paraná 338 118 265 139 78,4 72 979 21,6 60 237 17,8
Santa Catarina 237 476 195 275 82,2 42 201 17,8 31 901 13,4
Rio Grande do Sul 408 971 324 838 79,4 84 133 20,6 76 712 18,8
Mato Grosso do Sul 51 662 39 686 76,8 11 976 23,2 9 121 17,7
Mato Grosso 70 048 51 076 72,9 18 972 27,1 14 164 20,2
Goiás 132 897 99 605 74,9 33 292 25,1 25 595 19,3
Distrito Federal 74 270 55 964 75,4 18 306 24,6 11 738 15,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Tabela 8 - Número de unidades locais, por tipo de evento demográfico,
com indicação da respectiva taxa, segundo as Unidades da Federação - 2008
Sobreviventes Entradas Saídas de atividade
Número de unidades locais
Unidades
da
Federação Ativas
Tipo de evento demográfico
Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Empresas de alto crescimento
Na demografia das empresas, além dos movimentos de entrada, de saída, de
sobrevivência e de mobilidade das empresas, outros eventos podem ser observados
para analisar a dinâmica empresarial e seu impacto na geração de empregos.
Neste estudo, trataremos das empresas de alto crescimento, conforme definição
constante no EUROSTAT-OECD manual on business demography statistics, divulgado
em 2007, as quais apresentam crescimento médio do pessoal ocupado assalariado
maior que 20% ao ano, por um período de três anos9
, e têm pelo menos 10 pessoas
assalariadas no ano inicial de observação. As empresas de alto crescimento com até
cinco anos de idade no ano inicial são denominadas "gazelas". Essas empresas foram
analisadas para o período 2005-2008.
Ressalta-se que podem ser definidas, ainda, empresas de médio crescimento
como aquelas que apresentaram crescimento de pessoal assalariado maior que 5%
e até 20,0% ao ano e as empresas de baixo crescimento aquelas com crescimento
maior que 1º até 5% ao ano10
.
Os indicadores das empresas de alto crescimento são calculados com base no
total de empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no ano de referência. Isto evita
distorções nas taxas de crescimento, pois nas empresas com até 9 pessoas pequenas
variações absolutas no pessoal assalariado podem ocasionar grandes variações em
termos relativos.
Em 2008, havia 371 610 empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no
País, sendo 8,3% (30 954) de alto crescimento, 18,8% (69 902) de médio crescimento
e 8,6% (31 876) de baixo crescimento, como apresentado no Gráfico 4. Apesar de a
participação das empresas de alto crescimento ter ficado bem abaixo do somatório das
participações relativas das empresas de médio e baixo crescimento, este é o padrão
observado internacionalmente e, no caso brasileiro, a participação de 8,3% pode ser
considerada elevada para os padrões internacionais11
.
Nesta análise, concentramos nosso foco nas informações das empresas de
alto crescimento e nas empresas “gazelas”. O intuito é conhecer melhor este tipo de
empresa, que foi responsável pela geração de 2,9 milhões dos 5,0 milhões de postos
de trabalho assalariados formais criados entre 2005 e 2008. São apresentadas infor-
mações segundo o porte, a atividade econômica e a localização geográfica.
9
Este cálculo pode ser realizado com pessoal ocupado assalariado (“employees”) ou com receita (turnover), segundo a
OCDE. Como no CEMPRE não existe informação de receita para a totalidade das empresas, optamos por calcular a taxa de
crescimento com base no número de pessoas ocupadas assalariadas na empresa entre 2005 e 2008.
10
Estas definições ainda não foram apropriadas pela OCDE, mas já estão em estudos de alguns países europeus como
a Dinamarca, por exemplo.
11
Os dados internacionais apontam para participações de empresas de médio e de baixo crescimento acima das em-
presas de alto crescimento. Em países selecionados apontados nos Indicadores de Empreendedorismo 2009 da OCDE,
as empresas de alto crescimento estão na faixa de 3,0 a 6,0% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas. Nos
Estados Unidos e na Espanha estaria próximo a 6,0%, enquanto na Áustria e no Canadá estaria pouco acima de 3,0%,
para o período 2002-2005 (MEASURING..., 2009).
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
%
Gráfico 4 - Empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas,
segundo as faixas de crescimento - Brasil - 2008
8,3
18,8
8,6
Alto crescimento Médio crescimento Baixo crescimento
12
Esta definição não foi adotada em um momento anterior, pois estávamos trabalhando somente com três faixas de pes-
soal assalariado. A partir deste ponto, as faixas serão desagregadas, permitindo uma compatibilidade com as definições
de porte da OCDE.
Empresas de alto crescimento - Porte
Para a análise das informações segundo o porte, neste estudo adotamos a defini-
ção da OCDE, segundo a qual empresas com 1 a 9 pessoas ocupadas são consideradas
microempresas, empresas com 10 a 49 pessoas foram consideradas pequenas, com
50 a 249 pessoas, médias, e, por fim, com 250 ou mais pessoas, empresas grandes12
(SCHMIEMANN, 2008).
As empresas de alto crescimento totalizaram 30 954 empresas, empregaram 4,5
milhões,oquerepresenta16,8%dototalde27,0milhõesdepessoasocupadasassalariadas
das empresas. O salário médio mensal pago foi de 2,4 salários mínimos.
Dentre as empresas de alto crescimento, 12 359 empresas eram “gazelas”, que
empregaram 1,3 milhão de pessoas assalariadas. Nas“gazelas”, foram pagos, em média,
2,1 salários mínimos mensais. Em relação ao total de empresas de alto crescimento, as
“gazelas”representaram,portanto,39,9%dasempresasdealtocrescimento,empregaram
28,0% do pessoal assalariado e 22,4% dos salários e outras remunerações das empresas
de alto crescimento.
Por porte, as pequenas empresas apresentaram as maiores participações em núme-
ro de empresas, contudo as médias e as grandes empresas foram as que apresentaram
as maiores participações no pessoal assalariado. Como pode ser observado no Gráfico 5,
51,6% das empresas de alto crescimento e 55,2% das empresas“gazelas” eram pequenas,
39,0% e 38,4% eram “médias” e 9,3% e 6,4% eram grandes, respectivamente.
No pessoal assalariado, as grandes empresas apresentaram a maior participação
nas empresas de alto crescimento, 61,6%. Nas“gazelas”, tanto as empresas médias como
as grandes mostraram-se significativas com 37,0% e 45,9% do pessoal assalariado, res-
pectivamente.
Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
51,6
55,2
11,2
17,1
39,0 38,4
27,2
37,0
9,3
6,4
61,6
45,9
Empresas de alto
crescimento
Empresas gazelas Pessoal assalariado
em empresas de alto
crescimento
Pessoal assalariado
em empresas gazelas
%
10 a 49 50 a 249 250 ou mais
Gráfico 5 - Distribuição percentual das empresas de alto crescimento, das empresas
gazelas e do pessoal ocupado assalariado, por faixas de pessoal
ocupado assalariado - Brasil - 2008
De cada dez empresas de alto crescimento, quatro eram “gazelas”. A sua parti-
cipação foi mais expressiva entre as empresas pequenas, representando 42,7% das
empresas de alto crescimento, 42,9% do pessoal assalariado e 40,5% dos salários e
outras remunerações das empresas com este porte, como pode ser observado na
Tabela 9. A participação das empresas médias também foi significativa com 39,2% das
empresas, 38,0% do pessoal assalariado e 34,1% dos salários. Nas grandes empresas
de alto crescimento, contudo, as “gazelas” corresponderam a somente 27,4% das
empresas, 20,9% do pessoal assalariado e 16,1% dos salários e outras remunerações.
Total
Partici-
pação
relativa
Total
Partici-
pação
relativa
Total
Partici-
pação
relativa
Total 30 954 12 359 39,9 4 505 237 1 260 658 28,0 69 488 876 15 539 906 22,4
10 a 49 15 978 6 827 42,7 502 549 215 648 42,9 5 485 425 2 222 559 40,5
50 a 249 12 084 4 740 39,2 1 226 732 466 078 38,0 16 656 591 5 681 688 34,1
250 ou mais 2 892 792 27,4 2 775 956 578 932 20,9 47 346 860 7 635 660 16,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Empresas gazelas
Tabela 9 - Empresas de alto crescimento, pessoal ocupado assalariado, salários e
Faixas
de pessoal
ocupado
assalariado
Empresas de alto crescimento Pessoal ocupado assalariado
Salários e outras remunerações
(1 000 R$ )
outras remunerações, total e participação relativa das empresas gazelas,
segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
Total
Empresas gazelas
Total Total
Empresas gazelas
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
De acordo com as informações apresentadas no Gráfico 6, as empresas de alto
crescimento pagaram, em média, 2,4 salários mínimos mensais. As “gazelas” pagaram
2,1 salários mínimos, que corresponde a 12,5% menos. Esses valores salariais são próxi-
mos aos salários pagos pelas empresas com pessoal assalariado (2,5 salários mínimos),
que considera empresas de todos os portes, inclusive as microempresas. Contudo, es-
ses valores correspondem, respectivamente, a 72,7% e a 63,6% dos valores pagos pelas
empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas (3,3 salários mínimos).
Os salários pagos pelas empresas de alto crescimento apresentaram relação direta
com o porte da empresa, como pode ser visto no Gráfico 7. As empresas pequenas pa-
garam 2,1 salários mínimos, 12,5% abaixo da média. As empresas médias pagaram 2,6
salárioseasgrandes2,9saláriosmínimos,8,3%e20,8%acimadamédia,respectivamente.
A diferença entre os valores pagos pelas empresas pequenas e as grandes foi de 38,1%.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
salários mínimos
Gráfico 7 - Salários médios mensais, em salários mínimos,
nas empresas de alto crescimento, segundo as faixas
de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
2,1
2,6
2,9
2,4
Total 10 a 49 50 a 249 250 ou mais
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
salários mínimos
2,5
3,3
2,4
2,1
Empresas com
pessoal assalariado
Empresas com
10 ou mais pessoas
assalariadas
Empresas de alto
crescimento
Empresas gazelas
Gráfico 6 - Salários médios mensais, em salários mínimos,
segundo o tipo de empresa - Brasil - 2008
Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Empresas de alto crescimento - Atividades
econômicas
Em número de empresas, as seções da CNAE 2.0 que apresentaram as maiores
participações relativas nas empresas de alto crescimento foram Indústrias de transfor-
mação, 27,4%, Comércio, 26,4%, Construção, 12,2% e Atividades administrativas e servi-
ços complementares, 7,8%, como pode ser observado naTabela 10. Entre as empresas
“gazelas”, essas atividades se repetem , porém com participações maiores nas duas pri-
meiras atividades e com ordem inversa na terceira e na quarta colocações: Indústrias de
transformação com 27,9%, Comércio com 27,3%, Atividades administrativas e serviços
complementares com 10,3% e Construção com 9,2%.
Em termos de pessoal assalariado, essas atividades econômicas também foram
as que apresentaram as maiores participações relativas, tanto nas empresas de alto
crescimento como nas empresas “gazelas”, porém, na seguinte ordem: Indústrias de
transformação, 25,9% e 24,2%, Atividades administrativas e serviços complementares,
16,5% e 22,4%, Comércio, 16,1% e 19,2% e Construção, 15,7% e 10,7%, respectivamen-
te. Em conjunto, essas atividades foram responsáveis por 73,8% das empresas de alto
crescimento e por 74,7% das “gazelas”, correspondendo a 74,2% e 76,7% do pessoal
assalariado, respectivamente.
Total
Distri-
buição
percen-
tual (%)
Total
Distri-
buição
percen-
tual (%)
Total
Distri-
buição
percen-
tual (%)
Total
Distri-
buição
percen-
tual (%)
Total 30 954 100,0 4 505 237 100,0 12 359 100,0 1 260 658 100,0
Agricultura, pecuária, produção
florestal, pesca e aquicultura 413 1,3 102 466 2,3 191 1,5 34 097 2,7
Indústrias extrativas 186 0,6 62 060 1,4 64 0,5 6 715 0,5
Indústrias de transformação 8 486 27,4 1 166 897 25,9 3 449 27,9 305 533 24,2
Eletricidade e gás 19 0,1 4 388 0,1 9 0,1 x x
Água, esgoto, atividades de gestão
de resíduos e descontaminação 153 0,5 37 484 0,8 81 0,7 10 589 0,8
Construção 3 770 12,2 707 339 15,7 1 136 9,2 134 627 10,7
Comércio; reparação de veículos
automotores e motocicletas 8 161 26,4 725 040 16,1 3 373 27,3 241 433 19,2
Transporte, armazenagem e correio 1 907 6,2 294 014 6,5 726 5,9 76 403 6,1
Alojamento e alimentação 1 428 4,6 124 775 2,8 686 5,6 41 721 3,3
Informação e comunicação 680 2,2 168 144 3,7 233 1,9 28 933 2,3
Atividades financeiras, de seguros
e serviços relacionados 377 1,2 82 362 1,8 86 0,7 7 256 0,6
Atividades imobiliárias 106 0,3 8 789 0,2 29 0,2 2 743 0,2
Atividades profissionais, científicas
e técnicas 865 2,8 118 216 2,6 252 2,0 33 450 2,7
Atividades administrativas e serviços
complementares 2 419 7,8 742 041 16,5 1 268 10,3 281 773 22,4
Administração pública, defesa e
seguridade social 5 0,0 1 363 0,0 2 0,0 x x
Educação 934 3,0 66 560 1,5 413 3,3 33 149 2,6
Saúde humana e serviços sociais 540 1,7 60 618 1,3 119 1,0 7 318 0,6
Artes, cultura, esporte e recreação 102 0,3 6 613 0,1 49 0,4 3 192 0,3
Outras atividades de serviços 403 1,3 26 068 0,6 193 1,6 10 912 0,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
pessoal assalariado, total e respectiva distribuição percentual,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
Tabela 10 - Empresas de alto crescimento, empresas gazelas e
Seções da CNAE 2.0
Empresas de alto crescimento
Total Pessoal assalariado
Empresas gazelas
Total Pessoal assalariado
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
As empresas “gazelas” representaram 39,9% das empresas de alto crescimen-
to. Contudo, essa participação variou conforme a atividade econômica, oscilando de
22,0% em Saúde humana e serviços sociais, e a 52,9% em Água, esgoto, atividades
de gestão de resíduos e descontaminação, como apresentado no Gráfico 8.
Nas atividades econômicas que se destacaram no número de empresas e no
pessoal assalariado apontadas acima, as participações relativas das empresas “ga-
zelas” nas empresas de alto crescimento foram de 30,1% na Construção, 40,6% nas
Indústrias de transformação, 41,3% no Comércio e 52,4% nas Atividades administra-
tivas e serviços complementares.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
%
Gráfico 8 - Participação relativa das empresas gazelas nas empresas
de alto crescimento, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008
39,9
52,9
52,4
48,0
48,0
47,9
47,4
46,2
44,2
41,3
40,6
40,0
38,1
34,4
34,3
30,1
29,1
27,4
22,8
22,0
Outras atividades de serviços
Total
Indústrias de transformação
Indústrias extrativas
Atividades imobiliárias
Comércio
Informação e comunicação
Administração pública, defesa e
seguridade social
Transporte, armazenagem
e correio
Agricultura, pecuária
Atividades financeiras,
de seguros e serviços relacionados
Atividades profissionais,
científicas e técnicas
Atividades administrativa e
serviços complementares
Saúde humana e serviços sociais
Alojamento e alimentação
Água, esgoto, atividades de gestão
de resíduos e descontaminação
Construção
Eletricidade e gás
Artes, cultura, esporte e
recreação
Educação
Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Geração de postos de trabalho assalariados das
empresas de alto crescimento
Apesar de serem poucas em termos quantitativos, pois representam somente
1,7% do total de empresas com pessoal assalariado13
em 2008 e 8,3% das empresas
com 10 ou mais pessoas assalariadas, as empresas de alto crescimento apresentam
um papel relevante na estrutura empresarial brasileira, particularmente na geração
de empregos formais.
Para se ter uma ideia da importância dessas empresas no universo das empresas
brasileiras, elas foram responsáveis pela geração de 2,9 milhões de postos de trabalho
assalariados entre 2005 e 2008, o que corresponde a 57,4% do total de 5,0 milhões de
postos assalariados formais gerados no período.
Em 2005, as 30 954 empresas de alto crescimento empregaram 1,6 milhão de
postos assalariados formais. Em 2008, este volume havia atingido 4,5 milhões, o que
representou um crescimento de 173,7% no pessoal assalariado. No mesmo período,
o pessoal ocupado assalariado em todas as empresas aumentou 22,2%, passando de
22,1 para 27,0 milhões de pessoas assalariadas. Como consequência, a participação
relativa do pessoal assalariado das empresas de alto crescimento no total do pessoal
assalariado das empresas passou de 7,5%, em 2005, para 16,7%, em 2008, o que re-
presenta um acréscimo de 9,2 pontos percentuais. Em média, cada empresa de alto
crescimento empregou mais 98,4 pessoas.
Em termos de porte, observa-se a importância das grandes empresas na geração
de total de postos de trabalho assalariados nas empresas de alto crescimento. Elas fo-
ram responsáveis por 63,3% do acréscimo no pessoal assalariado, as empresas médias
por 27,1%, enquanto as pequenas por somente 9,6%, como apresentado no Gráfico 9.
13
Em 2008, havia 1,9 milhão de empresas com pessoal assalariado do total de 4,1 milhões de empresas ativas.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
Gráfico 9 - Distribuição percentual do saldo do pessoal ocupado
assalariado das empresas de alto crescimento entre 2005 e 2008,
por faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008
9,6%
27,1%
63,3%
10 a 49 50 a 249 250 ou mais
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Considerando as atividades econômicas, segundo a seção da CNAE 2.0, observa-
se que quatro atividades foram responsáveis por quase ¾ do acréscimo no pessoal
assalariado (74,2%) entre 2005 e 2008. Essas atividades foram responsáveis, em termos
absolutos, por mais 2,1 milhões de pessoas ocupadas assalariadas. As Indústrias de
transformação responderam por 25,1% do acréscimo no pessoal assalariado, Atividades
administrativas e serviços complementares por 17,3%, Construção por 16,1% e Comércio
por 15,7%, como apresentado naTabela 11. As demais atividades econômicas responde-
ram por 25,8% do acréscimo.
Em temos salariais, as empresas de alto crescimento pagaram, em média, 2,4 sa-
lários mínimos mensais. Contudo, nas quatro atividades econômicas que mais geraram
postos de trabalho assalariados, as empresas pagaram salários abaixo da média (Tabela
11). Nas Indústrias de transformação foram pagos, em média, 2,3 salários mínimos, nas
Atividades administrativas e serviços complementares, 1,9 salário, enquanto Construção
e Comércio pagaram 2,1 salários mínimos.
Os maiores salários, por outro lado, foram pagos em atividades que tiveram pe-
quena participação na geração de pessoal assalariado. Na Administração pública, defesa
e seguridade social foram pagos 8,9 salários, na Eletricidade e gás 8,7 salários e em
Atividades financeiras, de seguros relacionados 8,3 salários. Essas atividades, porém,
foram responsáveis por cerca de 2,0% do saldo de pessoal assalariado.
2005 2008
Variação
absoluta
Participação
relativa (%)
Total 1 653 762 4 505 237 2 851 475 100,0 2,4
Indústrias de transformação 445 702 1 166 897 721 195 25,3 2,3
Atividades administrativas e serviços
complementares 244 301 742 041 497 740 17,5 1,9
Construção 245 491 707 339 461 848 16,2 2,1
Comércio; reparação de veículos automotores e
motocicletas 295 337 725 040 429 703 15,1 2,1
Transporte, armazenagem e correio 110 124 294 014 183 890 6,4 2,5
Informação e comunicação 52 868 168 144 115 276 4,0 5,0
Atividades profissionais, científicas e técnicas 39 707 118 216 78 509 2,8 4,6
Alojamento e alimentação 47 459 124 775 77 316 2,7 1,5
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca
e aquicultura 31 110 102 466 71 356 2,5 1,9
Atividades financeiras, de seguros e serviços
relacionados 29 545 82 362 52 817 1,9 8,3
Educação 27 455 66 560 39 105 1,4 1,9
Saúde humana e serviços sociais 25 782 60 618 34 836 1,2 2,5
Indústrias extrativas 30 013 62 060 32 047 1,1 3,6
Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e
descontaminação 11 894 37 484 25 590 0,9 2,2
Outras atividades de serviços 9 937 26 068 16 131 0,6 1,9
Atividades imobiliárias 3 228 8 789 5 561 0,2 3,9
Artes, cultura, esporte e recreação 2 528 6 613 4 085 0,1 1,7
Eletricidade e gás 1 063 4 388 3 325 0,1 8,7
Administração pública, defesa e seguridade social 218 1 363 1 145 0,0 8,9
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008.
Nota: Valor médio anual do salário mínimo = R$ 409,62 em 2008.
Tabela 11 - Pessoal ocupado assalariado nas empresas de alto crescimento, variação
Seções da CNAE 2.0
Pessoal ocupado assalariado nas
empresas de alto crescimento
absoluta e participação relativa, com indicação dos salários médios mensais,
segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2005/2008
Salários
médios
mensais
(salários
mínimos)
Análise de resultados ___________________________________________________________________________
Para conhecer de forma mais detalhada as atividades econômicas que se destacam
no acréscimo de pessoal assalariado, asTabelas 12 e 13 apresentam os rankings das 25
classes da CNAE 2.0, que é o nível mais detalhado da classificação econômica, segundo
a participação relativa no saldo de pessoal ocupado assalariado.
Nas empresas de alto crescimento, o ranking é liderado por Construção de edifícios
com 198 246 novos postos, seguido de Limpeza em prédios e em domicílios com 117 283,
seguida de Locação de mão de obra temporária com 114 975. As 25 principais atividades
foram responsáveis por 44,7% do saldo de pessoal ocupado assalariado.
Nas empresas“gazelas”, as mesmas atividades destacaram-se, porém, na seguinte
ordem: Locação de mão de obra temporária com 57 882, Limpeza em prédios e em do-
micílios com 45 554 e Construção de edifícios com 44 938 novos postos. Neste caso, as
25 principais atividades foram responsáveis por 47,5% do saldo.
Observa-se que entre as empresas de alto crescimento 11 das 25 atividades estão
relacionadas com atividades industriais. Entre as “gazelas”, por sua vez, 11 das 25 ativi-
dades estão relacionadas com atividade de serviços.
Variação
absoluta
Participação
relativa (%)
Total 2 851 475 100,0
Subtotal 1 273 562 44,7
1º Construção de edifícios 198 246 7,0
2º Limpeza em prédios e em domicílios 117 283 4,1
3º Locação de mão de obra temporária 114 975 4,0
4º Atividades de vigilância e segurança privada 106 628 3,7
5º Transporte rodoviário de carga 75 104 2,6
6º Fabricação de açúcar em bruto 56 039 2,0
7º Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 49 906 1,8
8º Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos
alimentícios hipermercados e supermercados 49 623 1,7
9º Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações 45 028 1,6
10º Construção de rodovias e ferrovias 44 798 1,6
11º Atividades de teleatendimento 44 668 1,6
12º Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas 40 352 1,4
13º Fabricação de álcool 37 533 1,3
14º Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores 29 043 1,0
15º Serviços de engenharia 27 321 1,0
16º Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda 26 646 0,9
17º Serviços de catering , bufê e outros serviços de comida preparada 25 214 0,9
18º Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 24 775 0,9
19º Construção de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto 24 712 0,9
20º Bancos múltiplos, com carteira comercial 23 774 0,8
21º Fabricação de calçados de couro 23 296 0,8
22º Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal
e em região metropolitana 22 703 0,8
23º Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos 22 068 0,8
24º Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas 22 035 0,8
25º Abate de suínos, aves e outros pequenos animais 21 792 0,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008.
Posição Classes da CNAE 2.0
Pessoal ocupado
assalariado
Tabela 12 - Empresas de alto crescimento, por saldo do pessoal ocupado
assalariado, segundo as 25 principais classes da CNAE 2.0, em ordem crescente da
posição - Brasil - período 2005/2008
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Resultados regionais das empresas de alto
crescimento
Para conhecer a localização das empresas de alto crescimento no País, são
apresentadas informações referentes às suas unidades locais.
Em 2008, as 30 954 empresas de alto crescimento possuíam 67 561 unidades
locais ativas. A distribuição das unidades locais das empresas de alto crescimento e
das empresas com pessoal assalariado segundo a Região Geográfica é apresentada
no Gráfico 10.
Variação
absoluta
Participação
relativa (%)
Total 843 489 100,0
Subtotal 400 332 47,5
1º Locação de mão de obra temporária 57 882 6,9
2º Limpeza em prédios e em domicílios 45 554 5,4
3º Construção de edifícios 44 938 5,3
4º Atividades de vigilância e segurança privada 34 564 4,1
5º Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos
alimentícios hipermercados e supermercados 19 807 2,3
6º Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 17 821 2,1
7º Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas 17 510 2,1
8º Transporte rodoviário de carga 17 327 2,1
9º Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos 16 027 1,9
10º Atividades de teleatendimento 15 130 1,8
11º Abate de reses, exceto suínos 10 606 1,3
12º Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores 10 365 1,2
13º Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas
anteriormente 8 654 1,0
14º Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal
e em região metropolitana 8 398 1,0
15º Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica 8 146 1,0
16º Educação superior - graduação e pós-graduação 7 793 0,9
17º Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações 7 771 0,9
18º Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral 7 104 0,8
19º Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 7 006 0,8
20º Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos
alimentícios 6 815 0,8
21º Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais 6 663 0,8
22º Seleção e agenciamento de mão de obra 6 173 0,7
23º Obras de engenharia civil não especificadas anteriormente 6 169 0,7
24º Fabricação de artefatos de material plástico não especificados anteriormente 6 114 0,7
25º Fabricação de calçados de couro 5 995 0,7
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008.
Classes da CNAE 2.0
Pessoal ocupado
assalariado
Posição
Tabela 13 - Empresas gazelas, por saldo do pessoal ocupado assalariado,
segundo as 25 principais classes da CNAE 2.0, em ordem crescente da
posição - Brasil - período 2005/2008
Análise de resultados ___________________________________________________________________________
A Região Sudeste concentrava pouco mais da metade das unidades locais das
empresas com pessoal ocupado assalariado, 50,6%, seguida da Região Sul com 22,2%,
Nordeste com 15,4%, Centro-Oeste com 8,0% e Norte com 3,8%. Já as unidades locais
das empresas de alto crescimento estão ainda mais fortemente concentradas na Região
Sudeste, 53,6%, enquanto nas Regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste as participações
são relativamente menores do que as apresentadas nas unidades locais das empresas
com pessoal assalariado, 19,6%, 14,8% e 7,4%, respectivamente.
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
%
Gráfico 10 - Distribuição percentual das unidades locais das empresas com pessoal
assalariado, das empresas de alto crescimento e das empresas gazelas,
segundo as Grandes Regiões - 2008
50,6
15,4
3,8
22,2
8,0
53,6
14,8
4,6
19,6
7,4
50,9
17,3
5,5
18,3
8,0
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Unidades locais das empresas
com pessoal assalariado
Unidades locais das empresas
de alto crescimento
Unidades locais
de empresas gazelas
As três Unidades da Federação com as maiores participações nas unidades
locais das empresas de alto crescimento estavam na Região Sudeste: São Paulo,
com mais de ⅓ das unidades locais das empresas de alto crescimento (33,8%), Minas
Gerais com 9,7% e Rio de Janeiro, na terceira colocação com 7,9%, como pode ser
observado naTabela 14.
____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008
Total
Distribuição
percentual
(%)
Total
Distribuição
percentual
(%)
Brasil 67 561 100,0 15 694 100,0 23,2
São Paulo 22 863 33,8 4 909 31,3 21,5
Minas Gerais 6 531 9,7 1 545 9,8 23,7
Rio de Janeiro 5 369 7,9 1 401 8,9 26,1
Rio Grande do Sul 4 888 7,2 952 6,1 19,5
Paraná 4 661 6,9 1 102 7,0 23,6
Santa Catarina 3 682 5,4 885 5,6 24,0
Bahia 2 805 4,2 686 4,4 24,5
Pernambuco 1 932 2,9 494 3,1 25,6
Goiás 1 752 2,6 409 2,6 23,3
Ceará 1 678 2,5 475 3,0 28,3
Espírito Santo 1 426 2,1 332 2,1 23,3
Mato Grosso 1 262 1,9 340 2,2 26,9
Distrito Federal 1 251 1,9 276 1,8 22,1
Pará 1 160 1,7 330 2,1 28,4
Rio Grande do Norte 922 1,4 205 1,3 22,2
Amazonas 807 1,2 210 1,3 26,0
Mato Grosso do Sul 754 1,1 163 1,0 21,6
Maranhão 722 1,1 182 1,2 25,2
Paraíba 618 0,9 165 1,1 26,7
Rondônia 529 0,8 126 0,8 23,8
Alagoas 469 0,7 126 0,8 26,9
Sergipe 434 0,6 114 0,7 26,3
Piauí 432 0,6 99 0,6 22,9
Tocantins 261 0,4 61 0,4 23,4
Acre 145 0,2 52 0,3 35,9
Amapá 113 0,2 31 0,2 27,4
Roraima 95 0,1 24 0,2 25,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008.
total e respectiva distribuição percentual, com indicação da proporção de
empresas gazelas no total das unidades locais de alto crescimento,
segundo as Unidades da Federação - 2008
Tabela 14 - Unidades locais de empresas de alto crescimento e de empresas gazelas,
Unidades da Federação
Unidades locais
Empresas de alto crescimento Empresas gazelas Proporção de
empresas
gazelas no total
das unidade
locais de alto
crescimento
Tabelas de Resultados
Empresas
Unidades locais das empresas
Empresas
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge
Demografia das empresas 2008   ibge

Contenu connexe

Tendances

Analise do impacto do aumento dos impostos sobre o consumo nas empresas produ...
Analise do impacto do aumento dos impostos sobre o consumo nas empresas produ...Analise do impacto do aumento dos impostos sobre o consumo nas empresas produ...
Analise do impacto do aumento dos impostos sobre o consumo nas empresas produ...berbone
 
CI - 2014 - perspectivas econômicas para 2014
CI - 2014 - perspectivas econômicas para 2014CI - 2014 - perspectivas econômicas para 2014
CI - 2014 - perspectivas econômicas para 2014Delta Economics & Finance
 
A industia de_confeccao_de_lingeries_no_municipio_de_guapore (1)
A industia de_confeccao_de_lingeries_no_municipio_de_guapore (1)A industia de_confeccao_de_lingeries_no_municipio_de_guapore (1)
A industia de_confeccao_de_lingeries_no_municipio_de_guapore (1)Sabrine Souza
 
Grupo 1 apresentacão junta
Grupo 1 apresentacão juntaGrupo 1 apresentacão junta
Grupo 1 apresentacão juntajulianazaponi
 
Desindustrialização, rearranjo industrial e desemprego no Brasil. O caso do A...
Desindustrialização, rearranjo industrial e desemprego no Brasil. O caso do A...Desindustrialização, rearranjo industrial e desemprego no Brasil. O caso do A...
Desindustrialização, rearranjo industrial e desemprego no Brasil. O caso do A...Flavio Estaiano
 
FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 12 - Janeiro de 2014
FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 12 - Janeiro de 2014FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 12 - Janeiro de 2014
FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 12 - Janeiro de 2014FGV | Fundação Getulio Vargas
 
Jornal Sebrae, grande abc
Jornal Sebrae, grande abcJornal Sebrae, grande abc
Jornal Sebrae, grande abcValter Diordiu
 
Apresentação do extrato do Diagnóstico - Desenvolvimento Econômico
Apresentação do extrato do Diagnóstico - Desenvolvimento EconômicoApresentação do extrato do Diagnóstico - Desenvolvimento Econômico
Apresentação do extrato do Diagnóstico - Desenvolvimento EconômicoPDDI RMVA
 
FIA - Quadros de Referência Econômico–Financeiros para a Gestão na e pós Coro...
FIA - Quadros de Referência Econômico–Financeiros para a Gestão na e pós Coro...FIA - Quadros de Referência Econômico–Financeiros para a Gestão na e pós Coro...
FIA - Quadros de Referência Econômico–Financeiros para a Gestão na e pós Coro...Américo Roque
 
Mercado trabalhoagosto2012
Mercado trabalhoagosto2012Mercado trabalhoagosto2012
Mercado trabalhoagosto2012idesp
 
Apresentação Desenvolvimento Econômico
Apresentação Desenvolvimento EconômicoApresentação Desenvolvimento Econômico
Apresentação Desenvolvimento EconômicoPDDI RMVA
 
Mudanças e novos cenários contábeis
Mudanças e novos cenários contábeisMudanças e novos cenários contábeis
Mudanças e novos cenários contábeisGrupo Fortes
 

Tendances (19)

Tese_Cristiano Pinto
Tese_Cristiano PintoTese_Cristiano Pinto
Tese_Cristiano Pinto
 
Analise do impacto do aumento dos impostos sobre o consumo nas empresas produ...
Analise do impacto do aumento dos impostos sobre o consumo nas empresas produ...Analise do impacto do aumento dos impostos sobre o consumo nas empresas produ...
Analise do impacto do aumento dos impostos sobre o consumo nas empresas produ...
 
CI - 2014 - perspectivas econômicas para 2014
CI - 2014 - perspectivas econômicas para 2014CI - 2014 - perspectivas econômicas para 2014
CI - 2014 - perspectivas econômicas para 2014
 
A industia de_confeccao_de_lingeries_no_municipio_de_guapore (1)
A industia de_confeccao_de_lingeries_no_municipio_de_guapore (1)A industia de_confeccao_de_lingeries_no_municipio_de_guapore (1)
A industia de_confeccao_de_lingeries_no_municipio_de_guapore (1)
 
Grupo 1 apresentacão junta
Grupo 1 apresentacão juntaGrupo 1 apresentacão junta
Grupo 1 apresentacão junta
 
01. panorama comex mg jan2012
01. panorama comex mg jan201201. panorama comex mg jan2012
01. panorama comex mg jan2012
 
FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 11
FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 11FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 11
FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 11
 
Boletim Schmitz Auditores 01
Boletim Schmitz Auditores 01Boletim Schmitz Auditores 01
Boletim Schmitz Auditores 01
 
Desindustrialização, rearranjo industrial e desemprego no Brasil. O caso do A...
Desindustrialização, rearranjo industrial e desemprego no Brasil. O caso do A...Desindustrialização, rearranjo industrial e desemprego no Brasil. O caso do A...
Desindustrialização, rearranjo industrial e desemprego no Brasil. O caso do A...
 
07. panorama comex mg jul2011
07. panorama comex mg jul201107. panorama comex mg jul2011
07. panorama comex mg jul2011
 
FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 12 - Janeiro de 2014
FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 12 - Janeiro de 2014FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 12 - Janeiro de 2014
FGV/EAESP - Caderno de Inovacao | Vol. 12 - Janeiro de 2014
 
Jornal Sebrae, grande abc
Jornal Sebrae, grande abcJornal Sebrae, grande abc
Jornal Sebrae, grande abc
 
Apresentação do extrato do Diagnóstico - Desenvolvimento Econômico
Apresentação do extrato do Diagnóstico - Desenvolvimento EconômicoApresentação do extrato do Diagnóstico - Desenvolvimento Econômico
Apresentação do extrato do Diagnóstico - Desenvolvimento Econômico
 
FIA - Quadros de Referência Econômico–Financeiros para a Gestão na e pós Coro...
FIA - Quadros de Referência Econômico–Financeiros para a Gestão na e pós Coro...FIA - Quadros de Referência Econômico–Financeiros para a Gestão na e pós Coro...
FIA - Quadros de Referência Econômico–Financeiros para a Gestão na e pós Coro...
 
Mercado trabalhoagosto2012
Mercado trabalhoagosto2012Mercado trabalhoagosto2012
Mercado trabalhoagosto2012
 
Apresentação Desenvolvimento Econômico
Apresentação Desenvolvimento EconômicoApresentação Desenvolvimento Econômico
Apresentação Desenvolvimento Econômico
 
Mudanças e novos cenários contábeis
Mudanças e novos cenários contábeisMudanças e novos cenários contábeis
Mudanças e novos cenários contábeis
 
Artigo O Processo de Negociação
Artigo O Processo de NegociaçãoArtigo O Processo de Negociação
Artigo O Processo de Negociação
 
O Brasil no Global Competitiveness Report
O Brasil no Global Competitiveness ReportO Brasil no Global Competitiveness Report
O Brasil no Global Competitiveness Report
 

Similaire à Demografia das empresas 2008 ibge

Empreendedorismo estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibge
Empreendedorismo   estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibgeEmpreendedorismo   estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibge
Empreendedorismo estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibgeBruno Rabelo
 
Empreendedorismo estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibge
Empreendedorismo   estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibgeEmpreendedorismo   estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibge
Empreendedorismo estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibgeBruno Rabelo
 
11.12.2012 - FNTI: Relatório de Proposta a Certics
11.12.2012 - FNTI: Relatório de Proposta a Certics11.12.2012 - FNTI: Relatório de Proposta a Certics
11.12.2012 - FNTI: Relatório de Proposta a CerticsAssespro Nacional
 
Sobrevivencia das empresas
Sobrevivencia das empresasSobrevivencia das empresas
Sobrevivencia das empresasEslei Reis
 
Palestra Revista Algomais - Horizonte Econômico 2018/19 Candidatos e suas Pr...
Palestra Revista Algomais - Horizonte Econômico 2018/19  Candidatos e suas Pr...Palestra Revista Algomais - Horizonte Econômico 2018/19  Candidatos e suas Pr...
Palestra Revista Algomais - Horizonte Econômico 2018/19 Candidatos e suas Pr...TGI Consultoria em Gestão
 
Mercado trabalhomaio2013
Mercado trabalhomaio2013Mercado trabalhomaio2013
Mercado trabalhomaio2013idesp
 
Pesquisa perfil-ei-pe
Pesquisa perfil-ei-pePesquisa perfil-ei-pe
Pesquisa perfil-ei-peTony Oliver
 
Eco turismo2003 2009
Eco turismo2003 2009Eco turismo2003 2009
Eco turismo2003 2009celaotur
 
Unopar cont.com. 3º semestre
Unopar cont.com. 3º semestreUnopar cont.com. 3º semestre
Unopar cont.com. 3º semestreKleber Norte
 
Mercado trabalhodezembro2012
Mercado trabalhodezembro2012Mercado trabalhodezembro2012
Mercado trabalhodezembro2012idesp
 
AIMINHO - Braga - Investimento Português no Brasil
AIMINHO - Braga - Investimento Português no BrasilAIMINHO - Braga - Investimento Português no Brasil
AIMINHO - Braga - Investimento Português no Brasilrschlaw
 
A utilização da contabilidade gerencial: um estudo em micro e pequenas empresas
A utilização da contabilidade gerencial: um estudo em micro e pequenas empresasA utilização da contabilidade gerencial: um estudo em micro e pequenas empresas
A utilização da contabilidade gerencial: um estudo em micro e pequenas empresasAna Côrtes
 
2010: Plano de Negócios e Incubação de Empresas de Base Tecnológica
2010: Plano de Negócios e Incubação de Empresas de Base Tecnológica2010: Plano de Negócios e Incubação de Empresas de Base Tecnológica
2010: Plano de Negócios e Incubação de Empresas de Base TecnológicaLeandro de Castro
 
Mercado trabalhofevereiro2013
Mercado trabalhofevereiro2013Mercado trabalhofevereiro2013
Mercado trabalhofevereiro2013idesp
 
Mercado trabalhosetembro2012
Mercado trabalhosetembro2012Mercado trabalhosetembro2012
Mercado trabalhosetembro2012idesp
 
Mercado trabalhomarco2013
Mercado trabalhomarco2013Mercado trabalhomarco2013
Mercado trabalhomarco2013idesp
 

Similaire à Demografia das empresas 2008 ibge (20)

Empreendedorismo estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibge
Empreendedorismo   estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibgeEmpreendedorismo   estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibge
Empreendedorismo estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibge
 
Empreendedorismo estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibge
Empreendedorismo   estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibgeEmpreendedorismo   estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibge
Empreendedorismo estatísticas de empreendedorismo 2008 - ibge
 
Fasfil 2010
Fasfil 2010Fasfil 2010
Fasfil 2010
 
Fasfil
FasfilFasfil
Fasfil
 
Fasfil
FasfilFasfil
Fasfil
 
11.12.2012 - FNTI: Relatório de Proposta a Certics
11.12.2012 - FNTI: Relatório de Proposta a Certics11.12.2012 - FNTI: Relatório de Proposta a Certics
11.12.2012 - FNTI: Relatório de Proposta a Certics
 
Sobrevivencia das empresas
Sobrevivencia das empresasSobrevivencia das empresas
Sobrevivencia das empresas
 
Palestra Revista Algomais - Horizonte Econômico 2018/19 Candidatos e suas Pr...
Palestra Revista Algomais - Horizonte Econômico 2018/19  Candidatos e suas Pr...Palestra Revista Algomais - Horizonte Econômico 2018/19  Candidatos e suas Pr...
Palestra Revista Algomais - Horizonte Econômico 2018/19 Candidatos e suas Pr...
 
Mercado trabalhomaio2013
Mercado trabalhomaio2013Mercado trabalhomaio2013
Mercado trabalhomaio2013
 
Pesquisa perfil-ei-pe
Pesquisa perfil-ei-pePesquisa perfil-ei-pe
Pesquisa perfil-ei-pe
 
Eco turismo2003 2009
Eco turismo2003 2009Eco turismo2003 2009
Eco turismo2003 2009
 
Unopar cont.com. 3º semestre
Unopar cont.com. 3º semestreUnopar cont.com. 3º semestre
Unopar cont.com. 3º semestre
 
Mercado trabalhodezembro2012
Mercado trabalhodezembro2012Mercado trabalhodezembro2012
Mercado trabalhodezembro2012
 
AIMINHO - Braga - Investimento Português no Brasil
AIMINHO - Braga - Investimento Português no BrasilAIMINHO - Braga - Investimento Português no Brasil
AIMINHO - Braga - Investimento Português no Brasil
 
A utilização da contabilidade gerencial: um estudo em micro e pequenas empresas
A utilização da contabilidade gerencial: um estudo em micro e pequenas empresasA utilização da contabilidade gerencial: um estudo em micro e pequenas empresas
A utilização da contabilidade gerencial: um estudo em micro e pequenas empresas
 
2010: Plano de Negócios e Incubação de Empresas de Base Tecnológica
2010: Plano de Negócios e Incubação de Empresas de Base Tecnológica2010: Plano de Negócios e Incubação de Empresas de Base Tecnológica
2010: Plano de Negócios e Incubação de Empresas de Base Tecnológica
 
Mercado trabalhofevereiro2013
Mercado trabalhofevereiro2013Mercado trabalhofevereiro2013
Mercado trabalhofevereiro2013
 
Perfil das Empresas Brasileiras 2012
Perfil das Empresas Brasileiras 2012Perfil das Empresas Brasileiras 2012
Perfil das Empresas Brasileiras 2012
 
Mercado trabalhosetembro2012
Mercado trabalhosetembro2012Mercado trabalhosetembro2012
Mercado trabalhosetembro2012
 
Mercado trabalhomarco2013
Mercado trabalhomarco2013Mercado trabalhomarco2013
Mercado trabalhomarco2013
 

Plus de Bruno Rabelo

TABELA ASSOCIACAO CNAE-X-ITEM LISTA SERVICOS 2021.pdf
TABELA ASSOCIACAO CNAE-X-ITEM LISTA SERVICOS 2021.pdfTABELA ASSOCIACAO CNAE-X-ITEM LISTA SERVICOS 2021.pdf
TABELA ASSOCIACAO CNAE-X-ITEM LISTA SERVICOS 2021.pdfBruno Rabelo
 
Google Grants and Beyond
Google Grants and BeyondGoogle Grants and Beyond
Google Grants and BeyondBruno Rabelo
 
The ultimate guide to Google Ad Grants for nonprofits
The ultimate guide to Google Ad Grants for nonprofitsThe ultimate guide to Google Ad Grants for nonprofits
The ultimate guide to Google Ad Grants for nonprofitsBruno Rabelo
 
Google Ad Grants Beginner to Pro in 60 minutes
Google Ad Grants Beginner to Pro in 60 minutesGoogle Ad Grants Beginner to Pro in 60 minutes
Google Ad Grants Beginner to Pro in 60 minutesBruno Rabelo
 
SEARCHING FOR GOOD HOW TO USE SEO & GOOGLE GRANTS TO GROW AWARENESS FOR YOUR ...
SEARCHING FOR GOOD HOW TO USE SEO & GOOGLE GRANTS TO GROW AWARENESS FOR YOUR ...SEARCHING FOR GOOD HOW TO USE SEO & GOOGLE GRANTS TO GROW AWARENESS FOR YOUR ...
SEARCHING FOR GOOD HOW TO USE SEO & GOOGLE GRANTS TO GROW AWARENESS FOR YOUR ...Bruno Rabelo
 
Google has given away hundreds of millions of dollars in free advertising to ...
Google has given away hundreds of millions of dollars in free advertising to ...Google has given away hundreds of millions of dollars in free advertising to ...
Google has given away hundreds of millions of dollars in free advertising to ...Bruno Rabelo
 
How to Apply for the “Google for Nonprofits” Program
How to Apply for the “Google for Nonprofits” ProgramHow to Apply for the “Google for Nonprofits” Program
How to Apply for the “Google for Nonprofits” ProgramBruno Rabelo
 
What is Google Grants?
What is Google Grants?What is Google Grants?
What is Google Grants?Bruno Rabelo
 
Google for Nonprofits Products
Google for Nonprofits ProductsGoogle for Nonprofits Products
Google for Nonprofits ProductsBruno Rabelo
 
What is Google Grants?
What is Google Grants?What is Google Grants?
What is Google Grants?Bruno Rabelo
 
Google for nonprofits presentation
Google for nonprofits presentationGoogle for nonprofits presentation
Google for nonprofits presentationBruno Rabelo
 
Google for Nonprofits (An Outsider’s Perspective)
Google for Nonprofits (An Outsider’s Perspective)Google for Nonprofits (An Outsider’s Perspective)
Google for Nonprofits (An Outsider’s Perspective)Bruno Rabelo
 
So you have Google Grants, now what?
So you have Google Grants, now what?So you have Google Grants, now what?
So you have Google Grants, now what?Bruno Rabelo
 
How Non-Profits Can Get the Most Out of Google Grants
How Non-Profits Can Get the Most Out of Google GrantsHow Non-Profits Can Get the Most Out of Google Grants
How Non-Profits Can Get the Most Out of Google GrantsBruno Rabelo
 
Donation marketing tips - OBSERVATIONS OF MARKETING TRENDS FOR DONATION SYSTE...
Donation marketing tips - OBSERVATIONS OF MARKETING TRENDS FOR DONATION SYSTE...Donation marketing tips - OBSERVATIONS OF MARKETING TRENDS FOR DONATION SYSTE...
Donation marketing tips - OBSERVATIONS OF MARKETING TRENDS FOR DONATION SYSTE...Bruno Rabelo
 
Social media design_blueprint2
Social media design_blueprint2Social media design_blueprint2
Social media design_blueprint2Bruno Rabelo
 
Rdh brasil 2009_2010
Rdh brasil 2009_2010Rdh brasil 2009_2010
Rdh brasil 2009_2010Bruno Rabelo
 

Plus de Bruno Rabelo (20)

TABELA ASSOCIACAO CNAE-X-ITEM LISTA SERVICOS 2021.pdf
TABELA ASSOCIACAO CNAE-X-ITEM LISTA SERVICOS 2021.pdfTABELA ASSOCIACAO CNAE-X-ITEM LISTA SERVICOS 2021.pdf
TABELA ASSOCIACAO CNAE-X-ITEM LISTA SERVICOS 2021.pdf
 
Workshop - Baanko
Workshop - BaankoWorkshop - Baanko
Workshop - Baanko
 
Growth Hacking
Growth HackingGrowth Hacking
Growth Hacking
 
Google Grants and Beyond
Google Grants and BeyondGoogle Grants and Beyond
Google Grants and Beyond
 
The ultimate guide to Google Ad Grants for nonprofits
The ultimate guide to Google Ad Grants for nonprofitsThe ultimate guide to Google Ad Grants for nonprofits
The ultimate guide to Google Ad Grants for nonprofits
 
Google Ad Grants Beginner to Pro in 60 minutes
Google Ad Grants Beginner to Pro in 60 minutesGoogle Ad Grants Beginner to Pro in 60 minutes
Google Ad Grants Beginner to Pro in 60 minutes
 
SEARCHING FOR GOOD HOW TO USE SEO & GOOGLE GRANTS TO GROW AWARENESS FOR YOUR ...
SEARCHING FOR GOOD HOW TO USE SEO & GOOGLE GRANTS TO GROW AWARENESS FOR YOUR ...SEARCHING FOR GOOD HOW TO USE SEO & GOOGLE GRANTS TO GROW AWARENESS FOR YOUR ...
SEARCHING FOR GOOD HOW TO USE SEO & GOOGLE GRANTS TO GROW AWARENESS FOR YOUR ...
 
Google has given away hundreds of millions of dollars in free advertising to ...
Google has given away hundreds of millions of dollars in free advertising to ...Google has given away hundreds of millions of dollars in free advertising to ...
Google has given away hundreds of millions of dollars in free advertising to ...
 
How to Apply for the “Google for Nonprofits” Program
How to Apply for the “Google for Nonprofits” ProgramHow to Apply for the “Google for Nonprofits” Program
How to Apply for the “Google for Nonprofits” Program
 
What is Google Grants?
What is Google Grants?What is Google Grants?
What is Google Grants?
 
Google for Nonprofits Products
Google for Nonprofits ProductsGoogle for Nonprofits Products
Google for Nonprofits Products
 
What is Google Grants?
What is Google Grants?What is Google Grants?
What is Google Grants?
 
Google for nonprofits presentation
Google for nonprofits presentationGoogle for nonprofits presentation
Google for nonprofits presentation
 
Google for Nonprofits (An Outsider’s Perspective)
Google for Nonprofits (An Outsider’s Perspective)Google for Nonprofits (An Outsider’s Perspective)
Google for Nonprofits (An Outsider’s Perspective)
 
So you have Google Grants, now what?
So you have Google Grants, now what?So you have Google Grants, now what?
So you have Google Grants, now what?
 
How Non-Profits Can Get the Most Out of Google Grants
How Non-Profits Can Get the Most Out of Google GrantsHow Non-Profits Can Get the Most Out of Google Grants
How Non-Profits Can Get the Most Out of Google Grants
 
Donation marketing tips - OBSERVATIONS OF MARKETING TRENDS FOR DONATION SYSTE...
Donation marketing tips - OBSERVATIONS OF MARKETING TRENDS FOR DONATION SYSTE...Donation marketing tips - OBSERVATIONS OF MARKETING TRENDS FOR DONATION SYSTE...
Donation marketing tips - OBSERVATIONS OF MARKETING TRENDS FOR DONATION SYSTE...
 
Social media design_blueprint2
Social media design_blueprint2Social media design_blueprint2
Social media design_blueprint2
 
Revistaabongfinal
RevistaabongfinalRevistaabongfinal
Revistaabongfinal
 
Rdh brasil 2009_2010
Rdh brasil 2009_2010Rdh brasil 2009_2010
Rdh brasil 2009_2010
 

Demografia das empresas 2008 ibge

  • 1.
  • 2. Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão Paulo Bernardo Silva INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE Presidente Eduardo Pereira Nunes Diretor-Executivo Sérgio da Costa Côrtes ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES Diretoria de Pesquisas Wasmália Socorro Barata Bivar Diretoria de Geociências Luiz Paulo Souto Fortes Diretoria de Informática Paulo César Moraes Simões Centro de Documentação e Disseminação de Informações David Wu Tai Escola Nacional de Ciências Estatísticas Sérgio da Costa Côrtes (interino) UNIDADE RESPONSÁVEL Diretoria de Pesquisas Coordenação das Estatísticas Econômicas e Classificações Sidnéia Reis Cardoso Gerência do Cadastro Central de Empresas Bruno Erbisti Garcia
  • 3. Rio de Janeiro 2010 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Diretoria de Pesquisas Gerência do Cadastro Central de Empresas Estudos e Pesquisas Informação Econômica número 14 Demografia das Empresas 2008
  • 4. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil ISSN 1679-480X Estudos e pesquisas Divulga estudos descritivos e análises de resultados de tabula- ções especiais de uma ou mais pesquisas, de autoria institucional. A série Estudos e pesquisas está subdividida em: Informação Demográ- fica e Socioeconômica, Informação Econômica, Informação Geográfica e Documentação e Disseminação de Informações. ISBN 978-85-240-4148-8 (CD-ROM) ISBN 978-85-240-4147-1 (meio impresso) © IBGE. 2010 Elaboração do arquivo PDF Roberto Cavararo Produção de multimídia Marisa Sigolo Mendonça Márcia do Rosário Brauns Capa Marcos Balster Fiore e Renato Aguiar - Coordenação de Marketing/Centro de Documentação e Disseminação de Informações - CDDI
  • 5. Sumário Apresentação Introdução NotasTécnicas Informações gerais Objetivos Critérios de seleção das unidades ativas Critérios para atribuição de valores de pessoal ocupado e de salários pagos Critérios para atribuição de valores de pessoal assalariado médio e de salário médio mensal Procedimentos de crítica e qualidade Âmbito Classificação de atividades econômicas Unidades de Análise Definição das variáveis Disseminação dos resultados Conteúdo das tabelas Regras de arredondamento Regras de desidentificação Análise dos resultados
  • 6. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Tabelas de resultados Empresas 1 - Empresas, pessoal ocupado total e assalariado em 31.12, salários e outras remunerações, salário médio mensal e idade média das empresas, segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de pessoal ocupado total - Brasil - 2008 2 - Empresas e pessoal ocupado total em 31.12, por tipo de evento demográfico, segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 3 - Pessoal ocupado assalariado em 31.12 e salários e outras remunerações das empresas, por tipo de evento demográfico, segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 4 - Salário médio mensal das empresas, por tipo de evento demográfico, segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 5 -Taxas de nascimentos, entradas, saídas e sobrevivência, de empresas e do pessoal ocupado assalariado em 31.12, segundo as seções da classificação de atividades e as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 6 - Empresas de alto crescimento e pessoal ocupado total e assalariado em 31.12, com indicação das respectivas taxas, segundo as divisões da classificação de atividades - Brasil - 2008 7 - Empresas gazelas e pessoal ocupado total e assalariado em 31.12, com indicação das respectivas taxas, segundo as divisões da classificação de atividades - Brasil - 2008 Unidades locais das empresas 8 - Entradas e saídas das unidades locais e do pessoal ocupado assalariado das empresas, com indicação das respectivas taxas de entrada e saída, segundo as Grandes Regiões, as Unidades da Federação e as seções da classificação de atividades - 2008 9 - Entradas e saídas das unidades locais e do pessoal ocupado assalariado das empresas, com indicação das respectivas taxas de entrada e saída, segundo os Municípios das capitais e as seções da classificação de atividades - 2008
  • 7. Sumário _______________________________________________________________________________________ Convenções - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamen- to; .. Não se aplica dado numérico; ... Dado numérico não disponível; x Dado numérico omitido a fim de evitar a individualização da informação; 0; 0,0; 0,00 Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico originalmente positivo; e -0; -0,0; -0,00 Dado numérico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numérico originalmente negativo. 10 - Unidades locais e pessoal ocupado assalariado em 31.12 das empresas de alto crescimento e das empresas gazelas, segundo as Grandes regiões, as Unidades da Federação e as seções da classificação de atividades - 2008 Referências Anexos 1. Estrutura detalhada da CNAE 2.0: Códigos e denominações 2.Tabela de Natureza Jurídica 2003.1 Glossário
  • 8. Apresentação OInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE divulga, na pre- sente publicação, estudo sobre a demografia das empresas formais brasileiras no ano de 2008, a partir das informações do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE. O estudo da demografia das empresas permite analisar as taxas de entrada, saída, sobrevivência, além da mobilidade e idade média das empresas. É possível, ainda, avaliar o impacto dos movimentos demográficos sobre variáveis econômicas, como pessoal ocupado total e assalariado, dentre outras possibilidades. Destaca-se, neste ano, a implementação de uma nova metodo- logia de estudo em virtude da adoção de novos critérios de seleção de empresas ativas no CEMPRE, da utilização da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0 e da compatibilização de uma série de indicadores em conformidade com a metodologia internacional. Neste estudo, apresentamos, inicialmente, as taxas de entrada, saída e sobrevivência segundo o porte da empresa e as atividades econômicas, assim como a mobilidade das empresas por porte. Pela primeira vez, são mostradas informações sobre as empresas de alto crescimento e as empresas“gazelas” existentes na economia brasileira, além do seu impacto na geração de postos de trabalho assalariados formais entre 2005 e 2008. São apresentados, ainda, os resultados regionais. Além dessas informações, o plano tabular que acompanha este estudo contém informações detalhadas até o nível de divisão da CNAE 2.0 e taxas demográficas das unidades locais das empresas até o nível de Municípios das Capitais.
  • 9. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 O conteúdo desta publicação consta no CD-ROM que a acompa- nha, assim como um subconjunto do plano tabular referente ao ano de 2007. O IBGE e, em especial, a equipe da Gerência do Cadastro Central de Empresas colocam-se à disposição para esclarecimentos e quaisquer outras formas de atendimento aos interessados. Wasmália Bivar Diretora de Pesquisas
  • 10. Introdução Este estudo tem por objetivo analisar alguns aspectos do padrão de demografia das empresas formais brasileiras, em particular, os mo- vimentos de entrada, saída e sobrevivência de empresas do mercado, bem como empresas de alto crescimento e empresas “gazelas” com base nas informações do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE ano de referência 2008. Esses movimentos são apresentados por porte de empresa, por atividade econômica de atuação da empresa, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0, por Região Geográfica e Unidade da Federação. No plano tabular, constam, inclusive, informações de eventos demográficos por Municípios das Capitais. Ressalta-se que, neste ano, houve a implementação de uma nova metodologiadeestudoemvirtudedaadoçãodenovoscritériosdeseleção de empresas ativas no CEMPRE, da utilização da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE versão 2.0 e da compatibilização de uma série de indicadores em conformidade com a metodologia internacional. A despeito da literatura enfatizar o papel do número e da distribui- ção das empresas, segundo o porte e a idade, como características básicas daestruturaprodutiva,existempoucasinformaçõessobreasobrevivência das empresas e os seus condicionantes, ou seja, sobre o que distingue as experiências bem-sucedidas e quais as restrições que pesam sobre o crescimento das empresas e sua consolidação no mercado. Este estudo pretende apresentar um conjunto de informações que contribuam para o desenvolvimento de estudos sobre este tema. Na literatura de organização industrial1 , é frequente encontrar a história da empresa no mercado representada como um ciclo biológico de nascimento, crescimento e morte (POSSAS, 1987). Mesmo entre as 1 O termo “industrial”, tradução direta de industry, refere-se a todos os setores de atividades a que se dedicam as empresas no Brasil e não somente à indústria de transformação (manufacturing).
  • 11. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 abordagens que se contrapõem a esta visão e em diferentes vertentes teóricas, as barreiras à entrada de novos concorrentes e à saída de empresas do mercado têm um papel fundamental (STEINDL, 1983; SYLOS LABINI, 1984) como um dos aspectos básicos da estrutura do mercado. O grau de barreiras à entrada em um mercado seria definido pela combinação das características estruturais do mercado e das condutas praticadas pelas empresas que nele atuam frente à concorrência real (das empresas estabelecidas no mercado) e a potencial (representada pelos potenciais concorren- tes), ou seja, as formas de concorrência se combinam aos elementos tecnológicos, de custos, de inovação, de ampliação de capacidade e de crescimento da demanda na definição das barreiras à entrada. Nos modelos tradicionais de organização industrial, é estabelecida uma relação causal entre o número e distribuição por tamanho das empresas do setor e as barreiras à entrada de novos concorrentes. De forma geral, quanto mais elevadas as barreiras à entrada maior o grau de concentração, menor o número e maior o tamanho das empre- sas. As seis fontes principais de barreiras à entrada de empresas no mercado seriam: economias de escala, diferenciação do produto, necessidades de capital, custos de mudança, acesso aos canais de distribuição, e desvantagens de custo independentes de escala (PORTER, 1986). Por outro lado, existem, analogamente, barreiras à saída de empresas do mercado, cuja magnitude dependeria dos custos não recuperáveis2 , ou seja, ao sair do mercado a empresa incorreria em perdas ao se desfazer do capital empregado na sua atividade. Estes custos e, consequentemente, as barreiras à saída seriam maiores quanto maiores fossem a escala de produção e a relação capital/trabalho, portanto espera-se que tais custos sejam maiores para as empresas de maior porte e mais intensivas em capital. Pode-se resumir as barreiras à saída de empresas do mercado, como: existência de ativos especializados, custos fixos de saída, inter-relações estratégicas, barreiras emocionais, e restrições de ordem governamental e social (PORTER, 1986). Normalmente, as barreiras à entrada e saída estão relacionadas. Ossetoresdiferemquantoàimportânciadasmudançastecnológicas,daintensidade de capital, dos custos não recuperáveis, do tamanho médio e do grau de concentração do mercado. Por outro lado, as empresas diferem quanto ao tamanho, intensidade de capital, capacidade de financiamento do crescimento, idade etc. As estimativas das me- didas de demografia das empresas devem considerar esta heterogeneidade, que podem decorrer das características específicas dos setores e das empresas. Um mesmo grau de concentração industrial pode estar associado a diferentes distribuições de tamanho de empresas. Além disso, as empresas de um mesmo setor se diferenciam quanto à ori- gem do capital, tempo de permanência no mercado, tamanho, estratégias empresarial e competitiva etc., e estas características podem afetar a sua sobrevivência no mercado. Neste estudo, são apresentados: a metodologia utilizada; análise de resultados com taxas demográficas, mobilidade das empresas, informações de empresas de alto crescimento, de empresas “gazelas” com seu respectivo impacto na geração de postos de trabalho assalariados formais entre 2005 e 2008 e os resultados regionais. 2 Como enfatizado nas teorias de contestabilidade.
  • 12. Notas técnicas Informações gerais O Cadastro Central de Empresas - CEMPRE 3 do IBGE cobre o universo das organizações inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ do Ministério da Fazenda, que no ano de referência declararam às pesqui- sas econômicas do IBGE e/ou aos registros administrativos do Ministério doTrabalho e Emprego. Ele abrange entidades empresariais, órgãos da administração pública e instituições privadas sem fins lucrativos. A atualização desse Cadastro é realizada anualmente a partir das informações do IBGE, provenientes das pesquisas econômicas para as atividades de Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços e do Sistema de Manutenção Cadastral do Cadastro Central de Empresas - SIMCAD, bem como de registros administrativos do Ministério do Trabalho e Emprego, como a Relação Anual de Informações Sociais - RAIS. Ressalta-se que as informações oriundas das pesquisas do IBGE prevalecem sobre as dos registros administrativos. Visando ao aprimoramento da qualidade das informações existen- tes no CEMPRE, no ano de 2007 o IBGE iniciou o Sistema de Manutenção Cadastral - SIMCAD, investigação realizada através de entrevistas por tele- fone assistidas por computador (Computer AssistedTelephone Interview - CATI), para a verificação dos dados cadastrais das organizações e suas unidades locais existentes no CEMPRE e, principalmente, da classificação econômica atribuída pelo código da CNAE 2.0. O objetivo do SIMCAD é corrigir informações oriundas do registro administrativo que alimenta 3 Para informações complementares consultar o endereço: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/ economia/cadastroempresa/2008/default.shtm.
  • 13. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 o CEMPRE de empresas suspeitas de erro de preenchimento. Os dados cadastrais das empresas e outras organizações contidos no CEMPRE são: razão social, código da natu- reza jurídica, classificação da atividade econômica principal e ano de fundação, além de endereço completo e nome de fantasia para as unidades locais. O CEMPRE contém ainda informações econômicas tais como pessoal ocupado total, assalariado e assalariado mé- dio anual, salários e outras remunerações e, para as empresas oriundas das pesquisas, existe ainda a informação de receitas bruta, líquida e de bens e serviços. As pesquisas econômicas anuais da Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços, realizadas pelo IBGE, são amostrais com dois estratos denominados certo e amostrado. No estrato certo são pesquisadas censitariamente todas as empresas com 20 ou mais pessoas ocupadas nas pesquisas de Comércio e de Serviços e com 30 ou mais pessoas nas pesquisas de Indústria e de Construção Civil. As empresas abaixo deste corte são pesquisadas com base em critérios de amostra probabilística. O CEMPRE é composto, atualmente, por cerca de 11,9 milhões de empresas e ou- tras organizações formais e 13,1 milhões de unidades locais (endereços de atuação), sendo 90,1% entidades empresariais e os 9,9% restantes distribuídos entre órgãos da administração pública e entidades sem fins lucrativos. Para a divulgação da Demografia das Empresas 2008, foram selecionadas so- mente as unidades ativas com endereço de atuação no Brasil e com fundação até 31 de dezembro de 2008. Os critérios para seleção dessas unidades consideradas ativas em 2008 são descritos no tópico “Critérios de seleção das unidades ativas”. Objetivos A determinação da população de empresa em um determinado ano, embora apa- rentemente simples, envolve inúmeras questões na definição, identificação e registro do número de empresas. Existem outras questões relacionadas com a estrutura do estoque de empresas em um dado momento e a sua evolução, como os seus movimentos de crescimento, de entrada, de saída e de sobrevivência no mercado, que se constituem em indicadores da demografia das empresas. Seja qual for a medida do estoque de empresas em um dado momento, ela é o resultado líquido dos fluxos de entrada e saída do merca- do. Ainda que este resultado permaneça relativamente estável, existe uma considerável parcela de renovação das empresas no mercado. A primeira questão que se coloca diz respeito à definição de empresa e sua relação com o registro da sua existência. Os cadastros disponíveis as identificam a partir da sua existência legal, através de um registro formal associado a um código identificador, no entanto a constituição legal da empresa não garante autonomia decisória, ou seja, a organização econômica das unidades pode não ser definida pela sua organização legal. As unidades podem ter a mesma estrutura organizacional e diferente sistematização legal. Por exemplo, um proprietário pode optar pelas seguintes alternativas de registro legal de suas duas unidades locais: ter uma empresa com duas unidades locais ou ter duas empresas, cada uma delas com uma unidade local. Neste caso, o número de empresas é diferente, mas o número de unidades locais é igual. A complexidade da questão é maior quando se trata de acompanhar os mo- vimentos das empresas. A contagem do número de empresas existentes utiliza, em
  • 14. Notas técnicas _________________________________________________________________________________ geral, um código identificador, que é atribuído no momento do seu registro formal. Assim sendo, este registro da existência legal da empresa pode ser alterado, inclusive, pela simples mudança na razão social da empresa. A cada momento, vários fenômenos, que alteram o estoque de empresas e as suas características, podem estar ocorrendo: entradas e saídas de empresas do mercado, empresas mudam de atividade, de localização, de propriedade, etc. Estas transformações podem ser classificadas em três categorias: • mudanças nas características das empresas; • mudanças na estrutura das empresas; e • criação e extinção de empresas. As mudanças nas características das empresas se referem às situações nas quais estas mudanças não resultam na criação de uma empresa nova, mantendo intacto o número total de empresas. Este é o caso das mudanças de propriedade, endereço, número de empregados, atividade, ampliação/redução da sua área de atu- ação. Obviamente, se o objetivo é acompanhar a evolução do número de empresas em determinadas subpopulações, algumas das mudanças mencionadas acima irão alterar a distribuição das empresas entre estas subpopulações. Este é o caso de mu- danças de atividade, de tamanho (porte mensurado pelo número de empregados) e de localização. As mudanças na estrutura das empresas se referem aos movimentos de cisão, fusão e incorporação. No caso de cisão, uma empresa pode originar uma ou mais empresas, definidas de acordo com a sua existência legal autônoma. No caso de fusão, duas empresas cessam a sua existência, dando origem a uma nova empresa. Estas mudanças na identidade legal das empresas alteram o número de empresas na população sem, necessariamente, modificar a capacidade produtiva existente. A real criação e extinção de empresas corresponde a um acréscimo ou redução da capacidade produtiva. O fato de algumas empresas entrarem no mercado com base em atividades produtivas já existentes distorce a mensuração da entrada e da saída das empresas, quando esta é realizada apenas com base na contagem do número de registros formais. Por outro lado, empresas que estão em expansão ampliam a capacidade produtiva sem alteração do número de empresas, ou seja, permanece inalterado o número de agentes no mercado. O retorno em operação de empresas paralisadas (que é difícil distinguir dos movimentos sazonais que são acentuados em determinados setores) e o não aten- dimento da exigência legal de registrar o encerramento das atividades representam dificuldades adicionais na mensuração do estoque e do processo de criação e des- truição de empresas. A real entrada de uma empresa no mercado não deve ser confundida, portanto, com a continuação ou reorganização de uma unidade, parte de uma unidade ou vá- rias unidades já incluídas na população total de empresas. Do mesmo modo, a saída de uma empresa no mercado não deve ser confundida com a continuidade da sua existência, ainda que com características e/ou estruturas diferentes.
  • 15. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Critérios de seleção das unidades ativas A metodologia para identificação de unidades ativas foi completamente refor- mulada. Para considerar uma unidade ativa os critérios de seleção se baseiam na condição de atividade, que é um conjunto de indícios que avaliam de forma simultâ- nea situações cadastrais das fontes de atualização no ano de referência, o número de pessoas assalariadas e o indicador de atividade da RAIS. Portanto, diferentemente dos anos anteriores, os novos critérios de seleção levam em consideração não apenas o preenchimento da declaração da RAIS e das pesquisas do ano de referência, mas também um conjunto de outros indicadores de atividade da unidade econômica. O novo critério para seleção das unidades ativas que fazem parte do âmbito da Demografia das Empresas considera as seguintes situações: • Empresas provenientes da RAIS ou das pesquisas econômicas anuais do IBGE que tinham 5 ou mais pessoas ocupadas assalariadas em 31.12 do ano de referência, independente da situação cadastral da empresa ou de qualquer outra informação; • Empresas com 0 a 4 pessoas ocupadas assalariadas que se declararam como “em atividade”4 na RAIS no ano-base e que não tenham nenhum indicativo de inatividade nas pesquisas econômicas anuais do IBGE; e • Empresas que tiveram informação econômica nas pesquisas econômicas anuais do IBGE, independente da situação cadastral e condição de atividade informada na RAIS. A redução no total de unidades ativas se deve à exclusão das unidades que preenchem a RAIS com indicativo de inatividade e das que se autodeclaram como “não exercendo atividade econômica” no ano de referência. Ressalta-se que esta mudança na metodologia tem como objetivo fornecer esta- tísticas econômicas mais confiáveis e mais próximas da realidade econômica do País. Critérios para atribuição de valores de pessoal ocupado e de salários pagos Quando uma mesma empresa é informante tanto do IBGE quanto da RAIS, os valores econômicos de pessoal ocupado e salários, relativos à empresa como um todo, declarados à pesquisa do IBGE, prevalecem sobre os da RAIS. No entanto, para as unidades locais, o mesmo procedimento não era adotado até 2000, visto que a uni- dade básica de investigação das pesquisas do IBGE é a empresa e não a unidade local (exceto no caso da Pesquisa Industrial Anual, onde para algumas grandes empresas são também obtidas informações para suas unidades locais). Nesse caso, vinha-se adotando apenas a RAIS como fonte básica de informações econômicas para as uni- dades locais para geração de estatísticas a partir do Cadastro Central de Empresas. A partir de 2001, com o objetivo de tornar essas informações compatíveis com as das empresas investigadas pelas pesquisas do IBGE, implementou-se um procedi- 4 Na RAIS Estabelecimento, existe um campo que o informante pode indicar se esteve ou não em atividade no ano.
  • 16. Notas técnicas _________________________________________________________________________________ mento de ajuste nos valores econômicos das unidades locais.Tal ajuste consiste em distribuir proporcionalmente os valores de pessoal ocupado total, pessoal assalariado e salários pagos das empresas, informado nas pesquisas institucionais, entre suas unidades locais, obedecendo à distribuição dessas informações na RAIS. No caso de empresa com uma única unidade local, a atribuição do valor da empresa é imediata. Com este procedimento, reduz-se a diferença, até então observada, entre os totais de unidades locais e de empresas, em função de estarem sendo computados a partir de fontes distintas. Critérios para atribuição de valores de pessoal assalariado médio e de salário médio mensal Essa publicação divulga informações de pessoal ocupado total e assalariado, salários e outras remunerações e salário médio mensal. A partir do ano de referência 2006, também foi implementada no CEMPRE a variável pessoal assalariado médio para o cálculo do salário médio mensal das empresas e unidades locais. Os seguintes critérios foram considerados na sua geração: - Quando a empresa declarou somente a RAIS, o pessoal assalariado médio foi calculado a partir de informações provenientes da RAIS Empregado, que contém informações da data de admissão e da data de desligamento por vínculo empregatício. Quando a pessoa assalariada trabalhou durante todos os dias do ano na unidade, atribuiu-se peso 1; caso contrário, decidiu-se por determinar um peso proporcional ao número de dias trabalhados no ano. Para cada dia trabalhado, cada pessoa recebeu um peso equivalente a 1/365, o que representa um peso de 1/12 ao mês. Se ela trabalhou por seis meses, por exemplo, seu peso foi de 0,5. Para atribuir o pessoal assalariado médio de uma empresa ao longo do ano, considerou-se, portanto, o somatório dos pesos relacionados com todos os vínculos empregatícios existentes naquela unidade durante o ano; e - Quando a empresa foi declarante das pesquisas econômicas anuais do IBGE, o pessoal assalariado médio considerado foi igual ao pessoal ocupado assa- lariado em 31.12 informado na pesquisa. O salário médio mensal foi calculado, portanto, a partir da razão entre o total de salários e outras remunerações pagas no ano pelo pessoal assalariado médio, dividido por 13. Procedimentos de crítica e qualidade Conforme já mencionado, o CEMPRE utiliza duas fontes básicas para sua alimen- tação: as pesquisas econômicas anuais do IBGE e a RAIS. A apropriação dos dados por ambas as fontes não é direta, estando sujeita a diversos procedimentos de verificação de modo a garantir sua qualidade, dentre os quais se destacariam:
  • 17. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 •Validação das informações econômicas de pessoal ocupado e salários, mediante críticas de dados agregados e de microdados, tomando por base informações de outras fontes, resultados de anos anteriores, bem como a verificação do ranking das maiores unidades de cada atividade para identificar eventuais erros de magnitude; •Verificação das principais mudanças de atividade econômica em relação ao ano anterior, de Unidade da Federação e de município, bem como grandes varia- ções nos valores de pessoal ocupado e de salários em relação ao ano anterior; • Identificação e confirmação da ausência de grandes unidades que faziam par- te do universo do ano anterior e que deixaram de integrar as estatísticas do presente ano. Atenção especial é dada aos órgãos da administração pública (ministérios, governos estaduais, prefeituras, etc.) que eventualmente ficam omissos com relação à declaração da RAIS e que, por esse critério, não inte- grariam o universo de referência. Para evitar que suas informações deixem de ser contempladas, afetando os resultados, pois normalmente empregam uma quantidade significativa de pessoas, seus dados são imputados com base nos valores do ano anterior, uma vez que sua existência pode ser averiguada; • Ampla verificação do código de atividade econômica das empresas, outras organizações e unidades locais, mediante verificação de palavras-chave no conteúdo da razão social, em especial, nas informações oriundas da RAIS. Para as empresas ou unidades locais informantes de pesquisas do IBGE, o código da CNAE 2.0 é o mesmo atribuído por essas pesquisas, sempre prevalecendo sobre o código declarado na RAIS; • Gerenciamento do SIMCAD, que tem como objetivo corrigir informações prove- nientes do registro administrativo de empresas suspeitas de erro de preenchi- mento ou que fazem parte de setores econômicos selecionados, por ordem de prioridade segundo o porte da empresa. O Sistema visa, ainda, à captação da descrição da atividade principal da empresa e das unidades locais, nos casos de empresas múltiplas, para em seguida atribuir o código da CNAE 2.0 correspondente ao ano de referência, propiciando uma melhoria na qualidade dessa informação, tanto para a divulgação das estatísticas ora apresentadas como para a identificação dos âmbitos das pesquisas anuais realizadas pela Instituição. Para a divulgação das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas 2008, foram utilizadas as informações de 154 609 mil unidades locais pesqui- sadas pelo Sistema para os anos de referência 2006 a 2008; e Esses procedimentos refletem o amadurecimento dos trabalhos de compatibili- zação entre as informações provenientes de registros administrativos e as produzidas pelas pesquisas do IBGE, partes constitutivas do CEMPRE. Âmbito O CEMPRE engloba registros de pessoas jurídicas inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ independentemente da atividade econômica exercida ou da natureza jurídica. As informações existentes, nesta publicação, referem-se apenas às En- tidades Empresariais naTabela de Natureza Jurídica (Anexo 2). Não foram consideradas,
  • 18. Notas técnicas _________________________________________________________________________________ portanto, as demais entidades constantes do CEMPRE referentes à Administração Pública, às Entidades sem Fins Lucrativos e às Organizações Internacionais e Outras Instituições Extraterritoriais. Classificação de atividades econômicas As empresas e as unidades locais existentes no CEMPRE estão classificadas de acordo com a principal atividade econômica desenvolvida com base na Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE 2.0, oficialmente utilizada pelo Sistema Estatístico Nacional (Anexo 1). Em 2007, com o objetivo de manter a comparabilidade internacional, bem como de dotar o País com uma classificação de atividades econômicas atualizada com as mudanças no sistema produtivo das empresas, passou a vigorar a versão 2.0 da CNAE5 . Ela é resul- tado de um amplo processo de revisão baseado nas mudanças introduzidas na revisão 4 da Clasificación Industrial Internacional Uniforme de todas lasActividades Económicas - CIIU (International Standard Industrial Classification of all Economic Activities - ISIC), sendo aprovada pela Comissão Nacional de Classificação - CONCLA, através da Resolução CONCLA no 1/2006, de 04.09.2006, publicada no Diário Oficial da União em 05.09.2006. A metodologia utilizada para a atribuição da classificação de atividade principal no CEMPRE segue a seguinte ordem de atribuição hierárquica: - Para as organizações, entidades e empresas especiais, como as prefeituras municipais, órgãos da administração pública e algumas empresas públicas, através do acompanhamento da classificação ano a ano, a classificação eco- nômica atribuída pela Gerência do Cadastro Central de Empresas; - Pesquisas anuais de Indústria, Construção Civil, Comércio e Serviços do IBGE, para as empresas e unidades locais pesquisadas; - Sistema de Manutenção Cadastral; - A classificação econômica mais recente entre as pesquisas anuais de Indústria, Construção, Comércio e Serviços e o Sistema de Manutenção Cadastral, nos três anos anteriores. Em caso do ano mais recente possuir mais de um registro, as pesquisas anuais têm precedência sobre o Sistema; e - No caso de não existirem os registros acima descritos, permanece a classifi- cação econômica proveniente do registro administrativo do ano de 2008. Unidades de análise Para fins de publicação, foram consideradas informações das empresas e suas respectivas unidades locais ativas estabelecidas no País. As empresas e/ou unidades locais estabelecidas fora do País são excluídas, assim como as empresas e/ou unidades locais cujo registro formal tenha sido feito após 31 de dezembro de 2008. 5 Para informações complementares sobre as regras da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, nas versões 1.0 e 2.0, bem como sua interpretação e estrutura de códigos, consultar o endereço: http://www.ibge.gov.br/concla.
  • 19. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 A empresa é definida como uma unidade de decisão, que assume obrigações financeiras e está à frente das transações de mercado, exercidas em uma ou mais unidades locais, e que responde pelo capital investido nas atividades. Por unidade local, entende-se o espaço físico, geralmente uma área contínua, no qual uma ou mais atividades econômicas são desenvolvidas, correspondendo, na maioria das vezes, a cada endereço de atuação da empresa. Definição das variáveis O estudo da demografia das empresas é realizado a partir do Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, através da consolidação de informações em Cadastros anuais de empresas/unidades locais ativas nos anos de referência. Com base nos Cadastros anuais, são realizados batimentos que visam à determinação dos valores das variáveis definidas para fins de estudo. A comparação entre os Cadastros anuais é realizada a partir do Cadastro Na- cional da Pessoa Jurídica - CNPJ de cada empresa e/ou unidade local e de outros critérios que se fizerem necessários. As definições das variáveis presentes no estudo são apresentadas a seguir: • Entrada de empresa/unidade local: O número de entrada refere-se ao número de empresas/unidades locais ativas no ano de referência, mas que não estavam ativas no ano anterior. Representam o conjunto formado pelo nascimento e pela reentrada (ou reativações) de empresas/unidades locais; • Nascimento de empresas: Um nascimento de empresa ocorre quando uma empresa realmente inicia a atividade. O número de nascimento de empresas é derivado de entrada e da remoção de reentradas. Se uma unidade paralisada é reativada dentro do período de dois anos, este evento não é considerado um nascimento. Não inclui entradas devido a mudanças de atividade; • Reentrada: Uma reentrada ocorre quando uma unidade recomeça a atividade após um período de interrupção temporária de pelo menos um ano. A reentrada pode ser desmembrada em dois tipos: reentradas provenientes de reativações reais da atividade econômica e as provenientes de falhas no preenchimento do registro administrativo; • Saída de empresa/unidade local: O número de saída refere-se ao número de empresas/unidades locais que não estavam ativas no ano de referência, mas que estavam ativas no ano anterior; • Sobrevivência: Uma unidade é considerada sobrevivente se ela estava ativa no ano de referência e no ano anterior; • Empresa de alto crescimento:Trata-se da empresa com crescimento médio de pessoal ocupado assalariado maior que 20% ao ano, por um período de três anos. Foram consideradas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no ano inicial de observação; e • Empresa “gazela”: Uma gazela é uma empresa de alto crescimento com até oito anos de idade no ano de referência.
  • 20. Notas técnicas _________________________________________________________________________________ Disseminação dos resultados Conteúdo das tabelas Os resultados da Demografia das Empresas 2008 estão organizados em dez tabelas impressas, que fazem parte do CD-ROM com a mesma numeração. O Quadro 1 apresenta o conteúdo das tabelas de empresas e de unidades locais e servem como um guia de leitura para os usuários. Quadro 1 - Apresentação das tabelas, segundo conteúdo - 2008 Númeração das tabelas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Unidade de referência Empresas Empresas de alto crescimento Empresas gazelas Unidades locais das empresas Unidades locais das empresas de alto crescimento Unidades locais das empresas gazelas Tipo de evento demográfico Entradas Nascimentos Reentradas Saídas Sobrevivência Variáveis Número de empresas Unidades locais das empresas Pessoal ocupado total Pessoal ocupado assalariado Salários e outras remunerações Salário médio mensal Idade média das empresas Taxas Total Entradas Nascimentos Saídas Sobrevivência Empresas de alto crescimento Empresas gazelas Níveis de agregação Faixas de pessoal ocupado total Faixas de pessoal ocupado assalariado Regional Brasil Grandes Regiões Unidades da Federação Municípios das Capitais Classificação de atividades econômicas Total geral Total por seção Total por divisão Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2008. Conteúdo O confronto dos resultados divulgados com outras informações publicadas pelo IBGE deve levar em consideração o ano de referência das bases de dados em que as
  • 21. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 pesquisas se apoiam, a cobertura de cada uma das pesquisas envolvidas, a unidade de investigação das mesmas e os conceitos implícitos na descrição de cada variável. Solicitações de tabulações especiais e dúvidas relacionadas com aspectos me- todológicos podem ser encaminhadas para o e-mail ibge@ibge.gov.br e endereçadas à Gerência do Cadastro Central de Empresas da Diretoria de Pesquisas. Regras de arredondamento O arredondamento foi feito aumentando-se de uma unidade a parte inteira do total da variável, quando a parte decimal era igual ou superior a 0,5. Desse modo, podem ocorrer pequenas diferenças de arredondamento entre os totais apresentados e a soma das parcelas em uma mesma tabela, bem como entre a mesma variável apresentada em tabelas distintas. Regras de desidentificação Considera-se que há risco de identificação do informante quando o número de unidades, para o nível de agregação tabulado, for igual ou inferior a dois. Neste caso, os dados não podem ser divulgados. Devido à legislação que assegura o sigilo das informações estatísticas, foram adotadas regras de desidentificação para evitar a identificação dos informantes a partir dos dados divulgados. A regra básica consiste em desidentificar, no mesmo nível de subtotalização ou totalização, as colunas para as quais se tenham informações relativas apenas a uma ou duas unidades econômicas.Tal procedimento consistiu em aplicar um (x) na célula correspondente ao valor a ser omitido, nas variáveis Pessoal Ocupado Total, Pessoal Ocupado Assalariado e Salários e Outras Remunerações, preservando- se os valores referentes ao número de unidades (empresas ou unidades locais) que não sofreram desidentificação. Em alguns casos, pode ocorrer omissão de informação referente a um conjunto maior de unidades, visando a preservar possíveis identificações através de diferenças entre os níveis de totalização das tabelas.
  • 22. O estudo da demografia das empresas permite analisar a dinâ- mica demográfica através de indicadores de entrada, saída, reentrada e sobrevivência das empresas no mercado, mobilidade por porte, es- tatísticas relativas às empresas de alto crescimento e às empresas “ga- zelas”, além de indicadores relativos às unidades locais das empresas. Os eventos demográficos na economia brasileira em 2008 Em 2008, o Cadastro Central de Empresas - CEMPRE continha 4,1 milhões de empresas ativas, que ocuparam 32,9 milhões de pessoas, sendo 27,0 milhões (82,2%), como assalariadas e 5,9 milhões (17,8%) na condição de sócio ou proprietário. Os salários e outras remunerações pagos no ano totalizaram R$ 434,7 bilhões, com um salário médio mensal de R$ 1 255,95, equivalente a 3,1 salários mínimos médios mensais6 . A idade média das empresas ativas era de 9,7 anos. Observa-se naTabela 1 que do total de empresas ativas, 78,2% (3,2 milhões) eram sobreviventes7 , 21,8% eram entradas (889,5 mil), desmembradas em 13,7% de nascimentos (558,6 mil) e 8,1% de re- entradas (330,9 mil), enquanto as saídas somavam 17,7% (719, 9 mil empresas). 6 Considerando um salário mínimo médio mensal no ano de 2008 de R$ 409,62. 7 Considera-se, aqui, empresas sobreviventes as empresas ativas existentes em 2007 e que perma- neceram ativas em 2008, independente do ano de fundação e/ou entrada em atividade. Ou seja, é o estoque de empresas sobreviventes. Posteriormente, trataremos, especificamente, da análise da sobrevivência das empresas nascidas em 2007 que permaneceram ativas em 2008. Análise de resultados
  • 23. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 As empresas sobreviventes destacaram-se ainda no pessoal ocupado total (94,0%), no pessoal assalariado (97,0%) e nos salários pagos no ano (98,9%). As em- presas que entraram em atividade em 2008 foram responsáveis por um acréscimo de 6,0% no número pessoal ocupado total e de 3,0% no pessoal ocupado assalariado. Já as empresas que saíram do mercado representaram uma queda de 4,2% e 1,5%, respectivamente. É importante observar que o saldo no total de empresas tem sido sempre po- sitivo, registrando um número maior de entradas em relação ao número de saídas. Na comparação com 2007, houve um acréscimo de 4,1% no número de empresas (169,6 mil), 5,7% no pessoal ocupado total (1,8 milhão) e 6,4% no pessoal ocupado assalariado (1,6 milhão). O salário médio mensal manteve-se constante em 3,1 salá- rios mínimos mensais. Porte das empresas O Gráfico 1 apresenta a distribuição das empresas segundo o evento demográ- fico e as faixas de pessoal ocupado assalariado das empresas. Observa-se que existe uma relação direta entre o porte das empresas e a taxa de sobrevivência, pois enquanto entre as empresas sem pessoal assalariado somente 67,6% são sobreviventes, nas empresas com 1 a 9 pessoas esta taxa sobe para 89,2%, e para as empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas foi de 96,0%. Por sua vez, nos movimentos de entrada (nascimentos e reentradas) e saídas, a relação é inversa, pois as taxas mais elevadas foram observadas entre as empresas sem empregados, 19,0%, 13,4% e 29,1%, respec- tivamente. As empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas apresentaram um patamar inferior nestes eventos, 8,4%, 2,3% e 4,9%, respectivamente. Total Distri- buição percen- tual (%) Total Distri- buição percen- tual (%) Total Distri- buição percen- tual (%) Total Distri- buição percen- tual (%) Ativas 4 077 662 100,0 32 833 873 100,0 26 978 086 100,0 434 407 204 100,0 Sobreviventes 3 188 176 78,2 30 853 490 94,0 26 160 232 97,0 429 513 818 98,9 Entradas 889 486 21,8 1 980 383 6,0 817 854 3,0 4 893 386 1,1 Nascimentos 558 608 13,7 1 421 741 4,3 686 445 2,5 3 798 996 0,9 Reentradas 330 878 8,1 558 642 1,7 131 409 0,5 1 094 390 0,3 Saídas 719 915 17,7 1 365 064 4,2 414 908 1,5 6 257 739 1,4 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Assalariado Pessoal ocupado Tabela 1 - Número de empresas, pessoal ocupado total e assalariado e Tipo de evento demográfico salários e outras remunerações, total e respectiva distribuição percentual, segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008 Número de empresas Salários e outras remunerações (1 000 R$)Total
  • 24. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ A Tabela 2 apresenta os movimentos de entrada e saída de empresas do mer- cado, segundo o porte e os seus impactos no pessoal ocupado total e assalariado. Observa-se que houve predomínio de empresas de menor porte, tanto na entrada como na saída de empresas , uma vez que 80,2% das empresas que entraram no mercado em 2008 não tinham empregados e 18,2% tinham de 1 a 9 pessoas assalariadas. Da mesma forma, com relação às saídas, 89,0% não tinham empregados e 10,3% tinham de 1 a 9 pessoas assalariadas. Ou seja, 98,4% das empresas que entraram no merca- do e 99,3% das que saíram do mercado em 2008 tinham até 9 pessoas assalariadas. As empresas criadas sem empregados foram responsáveis por 46,3% do acrésci- mo de pessoal ocupado total, enquanto as empresas criadas com 10 ou mais pessoas assalariadas responderam por 51,2% do acréscimo de pessoal ocupado assalariado. Já entre as empresas que saíram do mercado, 89,0% não tinham empregados e foram responsáveis por 61,3% da variação de pessoal ocupado total. As empresas com 10 ou mais pessoas foram somente 0,7%, mas responderam por 61,1% da variação de pessoal assalariado. As maiores taxas de entrada (32,4%) e saída (29,1%) do mercado, portanto, fo- ram registradas no segmento das empresas sem pessoal assalariado. Já as menores taxas, estavam nas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, 4,0% e 1,4%, respectivamente. Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. % Gráfico 1 - Distribuição percentual do número de empresas, por faixas de pessoal ocupado assalariado, segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008 78,2 8,1 19,0 13,4 29,1 8,4 2,3 4,9 3,5 1,4 13,7 17,7 67,6 89,2 96,0 0,5 Sobreviventes Nascimentos Reentradas Saídas Total Empresas sem pessoal assalariado Empresas com 1 a 9 pessoas assalariadas Empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas
  • 25. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 É importante observar, também, que o movimento de entrada e de saída de empresas apresenta um impacto expressivo no número de empresas, principalmen- te de micro e de pequeno porte, e nas pessoas ocupadas, principalmente sócios e proprietários, dado que com as empresas entrantes houve acréscimo de 1,98 milhão de pessoas ocupadas, contudo, apenas 817,9 mil (41,3%) foram pessoas ocupadas assalariadas. Nas empresas que saíram, houve uma redução de 1,4 milhão de pes- soas ocupadas, sendo que 414,9 mil (30,4%) foram pessoas ocupadas assalariadas. Atividades econômicas ATabela 3 apresenta o número de entrada e de saída de empresas e as respec- tivas taxas segundo a seção da CNAE 2.0. As atividades econômicas que mais se destacaram a partir do total de 889,5 mil empresas que entraram e de 719,9 mil que saíram foram Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas com 444,1 mil e 380,4 mil empresas (49,9% e 52,8%), Indústrias de transformação com 68,7 mil e 59,6 mil (7,7% e 8,3%) e Alojamento e alimentação com 63,0 mil e 51,6 mil (7,1% e 7,2%), respectivamente. A taxa de entrada das empresas no mercado em 2008 foi de 21,8%. Por ativida- de econômica, as maiores taxas de entrada foram observadas em Eletricidade e gás (30,2%), Artes, cultura, esporte e recreação (29,3%) e Construção (28,7%) e as menores em Saúde humana e serviços sociais (17,5%), nas Indústrias de transformação (16,9%) e nas Indústrias extrativas (19,4%). Total 0 1 a 9 10 ou mais Empresas ativas 4 077 662 2 202 488 1 503 564 371 610 Pessoal ocupado total 32 833 873 2 944 718 6 875 280 23 013 875 Pessoal ocupado assalariado 26 978 086 - 4 626 315 22 351 771 Número de empresas 889 486 713 092 161 666 14 728 Distribuição percentual (%) 100,0 80,2 18,2 1,7 Pessoal ocupado total 1 980 383 916 861 621 533 441 989 Distribuição percentual (%) 100,0 46,3 31,4 22,3 Pessoal ocupado assalariado 817 854 - 399 123 418 731 Distribuição percentual (%) 100,0 - 48,8 51,2 Taxa de entrada no mercado 21,8 32,4 10,8 4,0 Número de empresas 719 915 640 425 74 392 5 098 Distribuição percentual (%) 100,0 89,0 10,3 0,7 Pessoal ocupado total 1 365 064 837 284 266 211 261 569 Distribuição percentual (%) 100,0 61,3 19,5 19,2 Pessoal ocupado assalariado 414 908 - 161 606 253 302 Distribuição percentual (%) 100,0 - 38,9 61,1 Taxa de entrada no mercado 17,7 29,1 4,9 1,4 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Total Entrada de empresas Saída de empresas Tabela 2 - Entrada e saída de empresas no mercado, por faixas de pessoal Variáveis selecionadas Entradas e saídas de empresa no mercado, por faixas de pessoal ocupado assalariado ocupado assalariado, segundo as variáveis selecionadas - Brasil - 2008
  • 26. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Por sua vez, a taxa de saída das empresas foi de 17,7% com as maiores taxas observadas em Outras Atividades de serviços (22,0%), Artes, cultura, esporte e recre- ação (21,4%) e Informação e comunicação (20,4%) e as menores em Saúde humana e serviços sociais (11,4%), Organismos internacionais e outras instituições extraterri- toriais (11,8%) e Eletricidade e gás (12,0%). ATabela 4 apresenta o pessoal ocupado total e o assalariado nas empresas que entraram e que saíram do mercado por seção da CNAE 2.0. Assim como no número de empresas, Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, Indústrias de transformação foram as atividades com as maiores participações relativas em ambas as variáveis, tanto na entrada como na saída de empresas. Do total de 1,98 milhão de pessoal ocupado total das empresas entrantes, 839,0 mil (42,4%) foram gerados no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas e 222,0 mil (11,2%) nas Indústrias de transformação. Construção surge na terceira colocação com 154,4 mil pessoas ocupadas. Do total de 1,4 milhão de pessoal ocupado das empresas que saíram do mercado, 603,2 mil (44,2%) estavam no Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, 175,6 mil (12,9%) nas Indústrias de transformação e 118,2 mil (8,7%) nas Atividades ad- ministrativas e serviços complementares. Total Distri- buição percen- tual (%) Taxa de entrada (%) Total Distri- buição percen- tual (%) Taxa de saída (%) Total 889 486 100,0 21,8 719 915 100,0 17,7 Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 7 366 0,8 23,4 5 769 0,8 18,3 Indústrias extrativas 1 957 0,2 19,4 1 793 0,2 17,8 Indústrias de transformação 68 744 7,7 16,9 59 619 8,3 14,6 Eletricidade e gás 415 0,0 30,2 165 0,0 12,0 Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e desconta- minação 1 740 0,2 24,2 1 160 0,2 16,1 Construção 37 674 4,2 28,7 24 285 3,4 18,5 Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 444 085 49,9 21,3 380 387 52,8 18,2 Transporte, armazenagem e correio 39 500 4,4 23,0 28 945 4,0 16,9 Alojamento e alimentação 62 991 7,1 22,3 51 633 7,2 18,3 Informação e comunicação 33 341 3,7 24,9 27 329 3,8 20,4 Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 14 107 1,6 22,8 11 283 1,6 18,2 Atividades imobiliárias 8 380 0,9 24,3 4 919 0,7 14,3 Atividades profissionais, científicas e técnicas 46 392 5,2 24,8 31 243 4,3 16,7 Atividades administrativas e serviços complementares 52 286 5,9 24,8 39 183 5,4 18,6 Administração pública, defesa e seguridade social 112 0,0 26,2 67 0,0 15,7 Educação 14 089 1,6 20,2 9 473 1,3 13,6 Saúde humana e serviços sociais 18 578 2,1 17,5 12 077 1,7 11,4 Artes, cultura, esporte e recreação 10 987 1,2 29,3 8 035 1,1 21,4 Outras atividades de serviços 26 730 3,0 26,1 22 544 3,1 22,0 Organismos internacionais e outras instituições extraterrito- 12 0,0 23,5 6 0,0 11,8 riais Tabela 3 - Número de entradas e saídas de empresas, total e respectiva distribuição Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Entradas Saídas Empresas percentual, com indicação das taxas de entrada e saída de empresas no mercado, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008 Seções da CNAE 2.0
  • 27. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Sobrevivência das empresas que nasceram em 2007 A análise de sobrevivência pode ser realizada, também, a partir do acompanhamen- to das novas empresas em um ano t-n até o ano t8 . Analisamos, neste item, as taxas de sobrevivência das empresas que entraram em atividade em 2007 e permaneceram ativas em 2008. O Gráfico 2 apresenta as taxas de sobrevivência dessas empresas segundo o porte. Do total de 464,7 mil empresas que apareceram pela primeira vez no mercado em 2007, 353,5 mil (76,1%) sobreviveram no mercado em 2008. Observa-se que a taxa de sobrevivência apresenta uma relação direta com o porte daempresa.Entreasempresassempessoalassalariado,ataxafoide70,6%,nasempresas com 1 a 9 pessoas assalariadas foi de 91,8% e nas com 10 ou mais pessoas foi de 95,7%. Portanto, as empresas maiores, com maior capital imobilizado, tendem a permanecer 8 Neste caso, t é o ano de referência e n é o número de anos anteriores ao de referência. Neste estudo, analisaremos a sobrevivência das empresas novas em 2007 (t-1) que permaneceram ativas em 2008 (t). Total Distri- buição percen- tual (%) Total Distri- buição percen- tual (%) Total Distri- buição percen- tual (%) Total Distri- buição percen- tual (%) Total 1 980 383 100,0 1 365 064 100,0 817 854 100,0 414 908 100,0 Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 27 850 1,4 19 971 1,5 17 695 2,2 11 583 2,8 Indústrias extrativas 4 948 0,2 3 845 0,3 2 344 0,3 1 279 0,3 Indústrias de transformação 221 954 11,2 175 552 12,9 130 571 16,0 95 067 22,9 Eletricidade e gás 937 0,0 318 0,0 314 0,0 72 0,0 Água, esgoto, atividades de gestão de resí- duos e descontaminação 6 296 0,3 4 294 0,3 3 852 0,5 2 679 0,6 Construção 154 406 7,8 63 262 4,6 101 158 12,4 27 418 6,6 Comércio; reparação de veículos automo- tores e motocicletas 838 979 42,4 603 191 44,2 284 983 34,8 125 744 30,3 Transporte, armazenagem e correio 95 822 4,8 64 298 4,7 43 503 5,3 24 994 6,0 Alojamento e alimentação 151 288 7,6 84 397 6,2 75 065 9,2 22 466 5,4 Informação e comunicação 61 196 3,1 48 403 3,5 12 660 1,5 6 757 1,6 Atividades financeiras, de seguros e ser- viços relacionados 29 349 1,5 17 624 1,3 11 583 1,4 2 373 0,6 Atividades imobiliárias 17 131 0,9 9 488 0,7 3 632 0,4 1 362 0,3 Atividades profissionais, científicas e técnicas 89 372 4,5 54 164 4,0 21 252 2,6 7 601 1,8 Atividades administrativas e serviços complementares 132 694 6,7 118 194 8,7 60 523 7,4 61 923 14,9 Administração pública, defesa e seguridade social 769 0,0 164 0,0 610 0,1 44 0,0 Educação 39 064 2,0 21 309 1,6 18 433 2,3 7 149 1,7 Saúde humana e serviços sociais 39 984 2,0 28 065 2,1 9 751 1,2 8 212 2,0 Artes, cultura, esporte e recreação 19 430 1,0 13 810 1,0 4 736 0,6 2 745 0,7 Outras atividades de serviços 48 595 2,5 34 693 2,5 14 877 1,8 5 424 1,3 Organismos internacionais e outras insti- tuições extraterritoriais 319 - 22 0,0 312 0,0 16 0,0 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Tabela 4 - Pessoal ocupado total e assalariado nas entradas e saídas de empresas Pessoal ocupado em 31.12 Total Assalariado Seções da CNAE 2.0 do mercado, total e respectiva distribuição percentual, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008 Entradas Entradas SaídasSaídas
  • 28. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ mais tempo no mercado, pois os custos de saída costumam ser elevados, dentre outros fatores. Já nas empresas sem pessoal assalariado, quase 30,0% não existiam mais no ano seguinte. O Gráfico 3 apresenta astaxasdesobrevivênciadas empresas que entraram em atividade em 2007 segundo a seção da CNAE 2.0. As taxas oscilaram de 71,4% a 81,1%. É possível observar que as atividades econômicas onde mais empresas sobrevive- ram após 1 ano no mercado foram Educação com 81,1%, Artes, Cultura e Esportes com 80,9% e Eletricidade e gás com 79,3%. Por sua vez, Comércio, reparação de veí- culos automotores e motoci- cletas, que, como observado anteriormente, é a atividade com maior quantidade de empresas entrando e saindo do mercado apresentou taxa de sobrevivência de 73,1%. Indústrias de transforma- ção, que é a segunda mais importante nos movimentos de entrada e de saída, apre- sentoutaxade sobrevivência de 71,8%. Ou seja, ambas abaixo da taxa média, 76,1%.Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. % Gráfico 3 - Taxas de sobrevivência das empresas criadas em 2007, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008 71,4 71,5 72,6 73,1 74,6 75,4 76,0 76,1 76,3 77,0 77,4 79,1 79,3 71,8 71,9 78,0 78,1 78,5 80,9 81,1 Outras atividades de serviços Organismos internacionais Indústrias de transformação Indústrias extrativas Atividades imobiliárias Comércio Informação e comunicação Administração pública, defesa e seguridade social Transporte, armazenagem e correio Agricultura, pecuária Atividades financeiras e de serviços relacionados Atividades profissionais, científicas e técnicas Atividades administrativa e serviços complementares Saúde humana Alojamento e alimentação Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação Construção Eletricidade e gás Artes, cultura, esporte e recreação Educação Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. % Gráfico 2 -Taxas de sobrevivência das empresas criadas em 2007, segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 76,1 70,6 91,8 95,7 Total 0 1 a 9 10 ou mais
  • 29. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Mobilidade das empresas ATabela 5 apresenta a mobilidade por porte das empresas criadas em 2007 e que sobreviveram em 2008. O objetivo é compreender as mudanças ocorridas nas empresas entre o início de operação e após um ano de funcionamento. No ano imediatamente posterior ao nascimento, 77,9% das empresas sem pessoal assalariado, 75,4% de 1 a 9 pessoas assalariadas e 78,7% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas per- maneceram em 2008 no mesmo porte que foram criadas em 2007. Das empresas que iniciaram suas atividades em 2007 sem pessoal assalariado, 20,7% já havia crescido e alcançado a faixa de 1 a 9 pessoas assalariadas no ano se- guinte. Observa-se que 1,4% das empresas sem pessoal assalariado alcançou a faixa de 10 ou mais pessoas assalariadas em 2008. Em contrapartida, 17,9% das empresas que nasceram na faixa de 1 a 9 reduziram seu tamanho e passaram a fazer parte da faixa sem pessoal assalariado, enquanto 6,8% cresceram e passaram para a faixa de 10 ou mais pessoas assalariadas. Na faixa de 10 ou mais pessoas assalariadas, 16,1% passaram para faixa de 1 a 9 pessoas assalariadas e 5,2% reduziram ainda mais e passaram a atuar sem empregados. Portanto, de cada 10 empresas, oito tendem a permanecer no mesmo porte no ano seguinte e duas tendem a migrar. Análise regional A análise regional é realizada a partir das informações de unidades locais, que são os endereços de atuação das empresas.A Tabela 6 apresenta o número de unidades locais por tipo de evento demográfico e Regiões Geográficas.As 4,1 milhões de empresas ativas em 2008 tinham 4,4 milhões de unidades locais, das quais 51,7% localizadas na Região Sudeste, 22,4% na Região Sul, 15,0% na Região Nordeste, 7,5% na Região Centro-Oeste e 3,4% na Região Norte. Do total de 4,4 milhões de unidades locais, 3,4 milhões eram sobreviventes em relação a 2007 ( 78,1%), 960,6 mil foram entradas (21,9%), sendo 613,0 mil (13,9%) nascimentos e 347,6 mil (7,9%) reentradas. As saídas de empresas totalizaram 770,8 mil empresas (17,5%). Em todos os tipos de evento, a participação relativa segundo as Regiões Geográfi- cas segue o mesmo padrão observado na distribuição das unidades locais. As maiores participações foram, portanto, observadas na Região Sudeste em todos os eventos, destacadamente entre as empresas sobreviventes com 52,4%. Ressalta-se, contudo, que nas entradas e nas saídas, as participações relativas das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram superiores às suas participações relativas de unidades locais. Ou seja, nessas regiões existe um maior dinamismo de entrada e de saída de unidades locais das empresas do que nas demais regiões, ou seja, as empresas nascem, mas morrem em um ritmo elevado. 0 1 a 9 10 ou mais 0 77,9 17,9 5,2 1 a 9 20,7 75,4 16,1 10 ou mais 1,4 6,8 78,7 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2007-2008. de pessoal ocupado assalariado em 2008 - Brasil - 2007-2008 Tabela 5 - Mobilidade das empresas criadas em 2007 entre as faixas Faixas de pessoal ocupado assalariado em 2008 Mobilidade das empresas criadas, por faixas de pessoal assalariado em 2007
  • 30. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Para corroborar essas informações, aTabela 7 apresenta as taxas de unidades locais por tipo de evento demográfico. As Regiões Sudeste e Sul foram as que apre- sentaram as maiores taxas de sobreviventes, 79,1% e 79,8%, respectivamente, acima da média nacional (78,1%). Por outro lado, as maiores taxas de entrada e de saída foram observadas na Região Norte (28,9% e 22,0%), Centro-Oeste (25,1% e 18,4%) e Nordeste (24,5% e 20,1%), assim como as menores taxas de sobrevivência ,71,1%, 74,9% e 75,5%, respectivamente. Unidades da Federação As informações contidas naTabela 8 são referentes às taxas de sobreviventes, entradas e saídas do mercado segundo as Unidades da Federação. Os Estados de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram as maiores taxas de sobrevivência, 82,2%, 80,5% e 79,6%, respectivamente. Por outro lado, Amapá, Rorai- ma e Acre apresentaram as menores taxas, 66,0%, 66,2% e 66,9%, respectivamente. Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Ativas 4 394 182 147 440 660 416 2 272 884 984 565 328 877 Sobreviventes 3 433 597 104 788 498 649 1 798 577 785 252 246 331 Entradas 960 585 42 652 161 767 474 307 199 313 82 546 Nascimentos 612 954 26 735 100 195 303 016 127 137 55 871 Reentradas 347 631 15 917 61 572 171 291 72 176 26 675 Saídas 770 769 32 375 132 743 376 183 168 850 60 618 Ativas 100,0 3,4 15,0 51,7 22,4 7,5 Sobreviventes 100,0 3,1 14,5 52,4 22,9 7,2 Entradas Nascimentos 100,0 4,4 16,3 49,4 20,7 9,1 Reentradas 100,0 4,6 17,7 49,3 20,8 7,7 Saídas 100,0 4,2 17,2 48,8 21,9 7,9 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Distribuição percentual (%) Total Tabela 6 - Número de unidades locais, por Grandes Regiões, total e respectiva Tipo de evento demográfico Número de unidades locais, por Grandes Regiões distribuição percentual, segundo o tipo do evento demográfico - 2008 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Sobreviventes 78,1 71,1 75,5 79,1 79,8 74,9 Entradas 21,9 28,9 24,5 20,9 20,2 25,1 Nascimentos 13,9 18,1 15,2 13,3 12,9 17,0 Reentradas 7,9 10,8 9,3 7,5 7,3 8,1 Saídas 17,5 22,0 20,1 16,6 17,1 18,4 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Tipo de evento demográfico Taxas de unidades locais, por Grandes Regiões Tabela 7 - Taxas de unidades locais, por Grandes Regiões, segundo o tipo de evento demográfico - Brasil - 2008
  • 31. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 As maiores taxas de entrada e saída do mercado encontraram-se em quatro Unidades da Federação da Região Norte: Amapá, Roraima, Acre e Amazonas. Estas Unidades, naturalmente, apresentam baixos valores absolutos de unidades locais novas e extintas e também de unidades ativas, o que faz com pequenas variações ocasionem taxas de entrada e saída do mercado elevadas. Por outro lado, as Unidades da Federação das Regiões Sul e Sudeste apresen- taram elevadas variações absolutas no número de unidades locais, porém como elas concentram um elevado número de unidades locais, as taxas de entrada e saída do mercado são pequenas, relativamente às demais Unidades da Federação. São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul foram as Unidades da Federação que mais apre- sentaram o maior quantitativo de entradas de unidades locais no mercado (296 138, 97 460 e 84 133, respectivamente), porém com baixas taxas de entrada no mercado (21,3%, 20,4% e 20,6%), se comparadas comAmapá, por exemplo, onde 2 139 unidades entraram no mercado, mas cuja taxa de entrada foi de 34,0%. Total Taxa (%) Total Taxa (%) Total Taxa (%) Brasil 4 394 182 3 433 597 78,1 960 585 21,9 770 769 17,5 Rondônia 25 163 18 602 73,9 6 561 26,1 5 657 22,5 Acre 7 237 4 840 66,9 2 397 33,1 1 683 23,3 Amazonas 27 175 18 503 68,1 8 672 31,9 6 760 24,9 Roraima 6 070 4 016 66,2 2 054 33,8 1 224 20,2 Pará 55 525 40 053 72,1 15 472 27,9 11 340 20,4 Amapá 6 283 4 144 66,0 2 139 34,0 1 537 24,5 Tocantins 19 987 14 630 73,2 5 357 26,8 4 174 20,9 Maranhão 49 324 36 166 73,3 13 158 26,7 11 182 22,7 Piauí 33 060 25 162 76,1 7 898 23,9 6 218 18,8 Ceará 121 148 91 536 75,6 29 612 24,4 24 978 20,6 Rio Grande do Norte 45 036 33 660 74,7 11 376 25,3 8 353 18,5 Paraíba 44 859 35 591 79,3 9 268 20,7 7 873 17,6 Pernambuco 105 212 79 232 75,3 25 980 24,7 22 546 21,4 Alagoas 30 414 22 740 74,8 7 674 25,2 5 836 19,2 Sergipe 23 389 18 275 78,1 5 114 21,9 4 140 17,7 Bahia 207 974 156 287 75,1 51 687 24,9 41 617 20,0 Minas Gerais 477 797 380 337 79,6 97 460 20,4 81 864 17,1 Espírito Santo 85 246 66 602 78,1 18 644 21,9 14 621 17,2 Rio de Janeiro 318 698 256 633 80,5 62 065 19,5 52 836 16,6 São Paulo 1 391 143 1 095 005 78,7 296 138 21,3 226 862 16,3 Paraná 338 118 265 139 78,4 72 979 21,6 60 237 17,8 Santa Catarina 237 476 195 275 82,2 42 201 17,8 31 901 13,4 Rio Grande do Sul 408 971 324 838 79,4 84 133 20,6 76 712 18,8 Mato Grosso do Sul 51 662 39 686 76,8 11 976 23,2 9 121 17,7 Mato Grosso 70 048 51 076 72,9 18 972 27,1 14 164 20,2 Goiás 132 897 99 605 74,9 33 292 25,1 25 595 19,3 Distrito Federal 74 270 55 964 75,4 18 306 24,6 11 738 15,8 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Tabela 8 - Número de unidades locais, por tipo de evento demográfico, com indicação da respectiva taxa, segundo as Unidades da Federação - 2008 Sobreviventes Entradas Saídas de atividade Número de unidades locais Unidades da Federação Ativas Tipo de evento demográfico
  • 32. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Empresas de alto crescimento Na demografia das empresas, além dos movimentos de entrada, de saída, de sobrevivência e de mobilidade das empresas, outros eventos podem ser observados para analisar a dinâmica empresarial e seu impacto na geração de empregos. Neste estudo, trataremos das empresas de alto crescimento, conforme definição constante no EUROSTAT-OECD manual on business demography statistics, divulgado em 2007, as quais apresentam crescimento médio do pessoal ocupado assalariado maior que 20% ao ano, por um período de três anos9 , e têm pelo menos 10 pessoas assalariadas no ano inicial de observação. As empresas de alto crescimento com até cinco anos de idade no ano inicial são denominadas "gazelas". Essas empresas foram analisadas para o período 2005-2008. Ressalta-se que podem ser definidas, ainda, empresas de médio crescimento como aquelas que apresentaram crescimento de pessoal assalariado maior que 5% e até 20,0% ao ano e as empresas de baixo crescimento aquelas com crescimento maior que 1º até 5% ao ano10 . Os indicadores das empresas de alto crescimento são calculados com base no total de empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no ano de referência. Isto evita distorções nas taxas de crescimento, pois nas empresas com até 9 pessoas pequenas variações absolutas no pessoal assalariado podem ocasionar grandes variações em termos relativos. Em 2008, havia 371 610 empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas no País, sendo 8,3% (30 954) de alto crescimento, 18,8% (69 902) de médio crescimento e 8,6% (31 876) de baixo crescimento, como apresentado no Gráfico 4. Apesar de a participação das empresas de alto crescimento ter ficado bem abaixo do somatório das participações relativas das empresas de médio e baixo crescimento, este é o padrão observado internacionalmente e, no caso brasileiro, a participação de 8,3% pode ser considerada elevada para os padrões internacionais11 . Nesta análise, concentramos nosso foco nas informações das empresas de alto crescimento e nas empresas “gazelas”. O intuito é conhecer melhor este tipo de empresa, que foi responsável pela geração de 2,9 milhões dos 5,0 milhões de postos de trabalho assalariados formais criados entre 2005 e 2008. São apresentadas infor- mações segundo o porte, a atividade econômica e a localização geográfica. 9 Este cálculo pode ser realizado com pessoal ocupado assalariado (“employees”) ou com receita (turnover), segundo a OCDE. Como no CEMPRE não existe informação de receita para a totalidade das empresas, optamos por calcular a taxa de crescimento com base no número de pessoas ocupadas assalariadas na empresa entre 2005 e 2008. 10 Estas definições ainda não foram apropriadas pela OCDE, mas já estão em estudos de alguns países europeus como a Dinamarca, por exemplo. 11 Os dados internacionais apontam para participações de empresas de médio e de baixo crescimento acima das em- presas de alto crescimento. Em países selecionados apontados nos Indicadores de Empreendedorismo 2009 da OCDE, as empresas de alto crescimento estão na faixa de 3,0 a 6,0% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas. Nos Estados Unidos e na Espanha estaria próximo a 6,0%, enquanto na Áustria e no Canadá estaria pouco acima de 3,0%, para o período 2002-2005 (MEASURING..., 2009).
  • 33. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. % Gráfico 4 - Empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, segundo as faixas de crescimento - Brasil - 2008 8,3 18,8 8,6 Alto crescimento Médio crescimento Baixo crescimento 12 Esta definição não foi adotada em um momento anterior, pois estávamos trabalhando somente com três faixas de pes- soal assalariado. A partir deste ponto, as faixas serão desagregadas, permitindo uma compatibilidade com as definições de porte da OCDE. Empresas de alto crescimento - Porte Para a análise das informações segundo o porte, neste estudo adotamos a defini- ção da OCDE, segundo a qual empresas com 1 a 9 pessoas ocupadas são consideradas microempresas, empresas com 10 a 49 pessoas foram consideradas pequenas, com 50 a 249 pessoas, médias, e, por fim, com 250 ou mais pessoas, empresas grandes12 (SCHMIEMANN, 2008). As empresas de alto crescimento totalizaram 30 954 empresas, empregaram 4,5 milhões,oquerepresenta16,8%dototalde27,0milhõesdepessoasocupadasassalariadas das empresas. O salário médio mensal pago foi de 2,4 salários mínimos. Dentre as empresas de alto crescimento, 12 359 empresas eram “gazelas”, que empregaram 1,3 milhão de pessoas assalariadas. Nas“gazelas”, foram pagos, em média, 2,1 salários mínimos mensais. Em relação ao total de empresas de alto crescimento, as “gazelas”representaram,portanto,39,9%dasempresasdealtocrescimento,empregaram 28,0% do pessoal assalariado e 22,4% dos salários e outras remunerações das empresas de alto crescimento. Por porte, as pequenas empresas apresentaram as maiores participações em núme- ro de empresas, contudo as médias e as grandes empresas foram as que apresentaram as maiores participações no pessoal assalariado. Como pode ser observado no Gráfico 5, 51,6% das empresas de alto crescimento e 55,2% das empresas“gazelas” eram pequenas, 39,0% e 38,4% eram “médias” e 9,3% e 6,4% eram grandes, respectivamente. No pessoal assalariado, as grandes empresas apresentaram a maior participação nas empresas de alto crescimento, 61,6%. Nas“gazelas”, tanto as empresas médias como as grandes mostraram-se significativas com 37,0% e 45,9% do pessoal assalariado, res- pectivamente.
  • 34. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. 51,6 55,2 11,2 17,1 39,0 38,4 27,2 37,0 9,3 6,4 61,6 45,9 Empresas de alto crescimento Empresas gazelas Pessoal assalariado em empresas de alto crescimento Pessoal assalariado em empresas gazelas % 10 a 49 50 a 249 250 ou mais Gráfico 5 - Distribuição percentual das empresas de alto crescimento, das empresas gazelas e do pessoal ocupado assalariado, por faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 De cada dez empresas de alto crescimento, quatro eram “gazelas”. A sua parti- cipação foi mais expressiva entre as empresas pequenas, representando 42,7% das empresas de alto crescimento, 42,9% do pessoal assalariado e 40,5% dos salários e outras remunerações das empresas com este porte, como pode ser observado na Tabela 9. A participação das empresas médias também foi significativa com 39,2% das empresas, 38,0% do pessoal assalariado e 34,1% dos salários. Nas grandes empresas de alto crescimento, contudo, as “gazelas” corresponderam a somente 27,4% das empresas, 20,9% do pessoal assalariado e 16,1% dos salários e outras remunerações. Total Partici- pação relativa Total Partici- pação relativa Total Partici- pação relativa Total 30 954 12 359 39,9 4 505 237 1 260 658 28,0 69 488 876 15 539 906 22,4 10 a 49 15 978 6 827 42,7 502 549 215 648 42,9 5 485 425 2 222 559 40,5 50 a 249 12 084 4 740 39,2 1 226 732 466 078 38,0 16 656 591 5 681 688 34,1 250 ou mais 2 892 792 27,4 2 775 956 578 932 20,9 47 346 860 7 635 660 16,1 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Empresas gazelas Tabela 9 - Empresas de alto crescimento, pessoal ocupado assalariado, salários e Faixas de pessoal ocupado assalariado Empresas de alto crescimento Pessoal ocupado assalariado Salários e outras remunerações (1 000 R$ ) outras remunerações, total e participação relativa das empresas gazelas, segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 Total Empresas gazelas Total Total Empresas gazelas
  • 35. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 De acordo com as informações apresentadas no Gráfico 6, as empresas de alto crescimento pagaram, em média, 2,4 salários mínimos mensais. As “gazelas” pagaram 2,1 salários mínimos, que corresponde a 12,5% menos. Esses valores salariais são próxi- mos aos salários pagos pelas empresas com pessoal assalariado (2,5 salários mínimos), que considera empresas de todos os portes, inclusive as microempresas. Contudo, es- ses valores correspondem, respectivamente, a 72,7% e a 63,6% dos valores pagos pelas empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas (3,3 salários mínimos). Os salários pagos pelas empresas de alto crescimento apresentaram relação direta com o porte da empresa, como pode ser visto no Gráfico 7. As empresas pequenas pa- garam 2,1 salários mínimos, 12,5% abaixo da média. As empresas médias pagaram 2,6 salárioseasgrandes2,9saláriosmínimos,8,3%e20,8%acimadamédia,respectivamente. A diferença entre os valores pagos pelas empresas pequenas e as grandes foi de 38,1%. Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. salários mínimos Gráfico 7 - Salários médios mensais, em salários mínimos, nas empresas de alto crescimento, segundo as faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 2,1 2,6 2,9 2,4 Total 10 a 49 50 a 249 250 ou mais Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. salários mínimos 2,5 3,3 2,4 2,1 Empresas com pessoal assalariado Empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas Empresas de alto crescimento Empresas gazelas Gráfico 6 - Salários médios mensais, em salários mínimos, segundo o tipo de empresa - Brasil - 2008
  • 36. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Empresas de alto crescimento - Atividades econômicas Em número de empresas, as seções da CNAE 2.0 que apresentaram as maiores participações relativas nas empresas de alto crescimento foram Indústrias de transfor- mação, 27,4%, Comércio, 26,4%, Construção, 12,2% e Atividades administrativas e servi- ços complementares, 7,8%, como pode ser observado naTabela 10. Entre as empresas “gazelas”, essas atividades se repetem , porém com participações maiores nas duas pri- meiras atividades e com ordem inversa na terceira e na quarta colocações: Indústrias de transformação com 27,9%, Comércio com 27,3%, Atividades administrativas e serviços complementares com 10,3% e Construção com 9,2%. Em termos de pessoal assalariado, essas atividades econômicas também foram as que apresentaram as maiores participações relativas, tanto nas empresas de alto crescimento como nas empresas “gazelas”, porém, na seguinte ordem: Indústrias de transformação, 25,9% e 24,2%, Atividades administrativas e serviços complementares, 16,5% e 22,4%, Comércio, 16,1% e 19,2% e Construção, 15,7% e 10,7%, respectivamen- te. Em conjunto, essas atividades foram responsáveis por 73,8% das empresas de alto crescimento e por 74,7% das “gazelas”, correspondendo a 74,2% e 76,7% do pessoal assalariado, respectivamente. Total Distri- buição percen- tual (%) Total Distri- buição percen- tual (%) Total Distri- buição percen- tual (%) Total Distri- buição percen- tual (%) Total 30 954 100,0 4 505 237 100,0 12 359 100,0 1 260 658 100,0 Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 413 1,3 102 466 2,3 191 1,5 34 097 2,7 Indústrias extrativas 186 0,6 62 060 1,4 64 0,5 6 715 0,5 Indústrias de transformação 8 486 27,4 1 166 897 25,9 3 449 27,9 305 533 24,2 Eletricidade e gás 19 0,1 4 388 0,1 9 0,1 x x Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 153 0,5 37 484 0,8 81 0,7 10 589 0,8 Construção 3 770 12,2 707 339 15,7 1 136 9,2 134 627 10,7 Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 8 161 26,4 725 040 16,1 3 373 27,3 241 433 19,2 Transporte, armazenagem e correio 1 907 6,2 294 014 6,5 726 5,9 76 403 6,1 Alojamento e alimentação 1 428 4,6 124 775 2,8 686 5,6 41 721 3,3 Informação e comunicação 680 2,2 168 144 3,7 233 1,9 28 933 2,3 Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 377 1,2 82 362 1,8 86 0,7 7 256 0,6 Atividades imobiliárias 106 0,3 8 789 0,2 29 0,2 2 743 0,2 Atividades profissionais, científicas e técnicas 865 2,8 118 216 2,6 252 2,0 33 450 2,7 Atividades administrativas e serviços complementares 2 419 7,8 742 041 16,5 1 268 10,3 281 773 22,4 Administração pública, defesa e seguridade social 5 0,0 1 363 0,0 2 0,0 x x Educação 934 3,0 66 560 1,5 413 3,3 33 149 2,6 Saúde humana e serviços sociais 540 1,7 60 618 1,3 119 1,0 7 318 0,6 Artes, cultura, esporte e recreação 102 0,3 6 613 0,1 49 0,4 3 192 0,3 Outras atividades de serviços 403 1,3 26 068 0,6 193 1,6 10 912 0,9 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. pessoal assalariado, total e respectiva distribuição percentual, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008 Tabela 10 - Empresas de alto crescimento, empresas gazelas e Seções da CNAE 2.0 Empresas de alto crescimento Total Pessoal assalariado Empresas gazelas Total Pessoal assalariado
  • 37. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 As empresas “gazelas” representaram 39,9% das empresas de alto crescimen- to. Contudo, essa participação variou conforme a atividade econômica, oscilando de 22,0% em Saúde humana e serviços sociais, e a 52,9% em Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação, como apresentado no Gráfico 8. Nas atividades econômicas que se destacaram no número de empresas e no pessoal assalariado apontadas acima, as participações relativas das empresas “ga- zelas” nas empresas de alto crescimento foram de 30,1% na Construção, 40,6% nas Indústrias de transformação, 41,3% no Comércio e 52,4% nas Atividades administra- tivas e serviços complementares. Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. % Gráfico 8 - Participação relativa das empresas gazelas nas empresas de alto crescimento, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2008 39,9 52,9 52,4 48,0 48,0 47,9 47,4 46,2 44,2 41,3 40,6 40,0 38,1 34,4 34,3 30,1 29,1 27,4 22,8 22,0 Outras atividades de serviços Total Indústrias de transformação Indústrias extrativas Atividades imobiliárias Comércio Informação e comunicação Administração pública, defesa e seguridade social Transporte, armazenagem e correio Agricultura, pecuária Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados Atividades profissionais, científicas e técnicas Atividades administrativa e serviços complementares Saúde humana e serviços sociais Alojamento e alimentação Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação Construção Eletricidade e gás Artes, cultura, esporte e recreação Educação
  • 38. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Geração de postos de trabalho assalariados das empresas de alto crescimento Apesar de serem poucas em termos quantitativos, pois representam somente 1,7% do total de empresas com pessoal assalariado13 em 2008 e 8,3% das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas, as empresas de alto crescimento apresentam um papel relevante na estrutura empresarial brasileira, particularmente na geração de empregos formais. Para se ter uma ideia da importância dessas empresas no universo das empresas brasileiras, elas foram responsáveis pela geração de 2,9 milhões de postos de trabalho assalariados entre 2005 e 2008, o que corresponde a 57,4% do total de 5,0 milhões de postos assalariados formais gerados no período. Em 2005, as 30 954 empresas de alto crescimento empregaram 1,6 milhão de postos assalariados formais. Em 2008, este volume havia atingido 4,5 milhões, o que representou um crescimento de 173,7% no pessoal assalariado. No mesmo período, o pessoal ocupado assalariado em todas as empresas aumentou 22,2%, passando de 22,1 para 27,0 milhões de pessoas assalariadas. Como consequência, a participação relativa do pessoal assalariado das empresas de alto crescimento no total do pessoal assalariado das empresas passou de 7,5%, em 2005, para 16,7%, em 2008, o que re- presenta um acréscimo de 9,2 pontos percentuais. Em média, cada empresa de alto crescimento empregou mais 98,4 pessoas. Em termos de porte, observa-se a importância das grandes empresas na geração de total de postos de trabalho assalariados nas empresas de alto crescimento. Elas fo- ram responsáveis por 63,3% do acréscimo no pessoal assalariado, as empresas médias por 27,1%, enquanto as pequenas por somente 9,6%, como apresentado no Gráfico 9. 13 Em 2008, havia 1,9 milhão de empresas com pessoal assalariado do total de 4,1 milhões de empresas ativas. Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. Gráfico 9 - Distribuição percentual do saldo do pessoal ocupado assalariado das empresas de alto crescimento entre 2005 e 2008, por faixas de pessoal ocupado assalariado - Brasil - 2008 9,6% 27,1% 63,3% 10 a 49 50 a 249 250 ou mais
  • 39. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Considerando as atividades econômicas, segundo a seção da CNAE 2.0, observa- se que quatro atividades foram responsáveis por quase ¾ do acréscimo no pessoal assalariado (74,2%) entre 2005 e 2008. Essas atividades foram responsáveis, em termos absolutos, por mais 2,1 milhões de pessoas ocupadas assalariadas. As Indústrias de transformação responderam por 25,1% do acréscimo no pessoal assalariado, Atividades administrativas e serviços complementares por 17,3%, Construção por 16,1% e Comércio por 15,7%, como apresentado naTabela 11. As demais atividades econômicas responde- ram por 25,8% do acréscimo. Em temos salariais, as empresas de alto crescimento pagaram, em média, 2,4 sa- lários mínimos mensais. Contudo, nas quatro atividades econômicas que mais geraram postos de trabalho assalariados, as empresas pagaram salários abaixo da média (Tabela 11). Nas Indústrias de transformação foram pagos, em média, 2,3 salários mínimos, nas Atividades administrativas e serviços complementares, 1,9 salário, enquanto Construção e Comércio pagaram 2,1 salários mínimos. Os maiores salários, por outro lado, foram pagos em atividades que tiveram pe- quena participação na geração de pessoal assalariado. Na Administração pública, defesa e seguridade social foram pagos 8,9 salários, na Eletricidade e gás 8,7 salários e em Atividades financeiras, de seguros relacionados 8,3 salários. Essas atividades, porém, foram responsáveis por cerca de 2,0% do saldo de pessoal assalariado. 2005 2008 Variação absoluta Participação relativa (%) Total 1 653 762 4 505 237 2 851 475 100,0 2,4 Indústrias de transformação 445 702 1 166 897 721 195 25,3 2,3 Atividades administrativas e serviços complementares 244 301 742 041 497 740 17,5 1,9 Construção 245 491 707 339 461 848 16,2 2,1 Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas 295 337 725 040 429 703 15,1 2,1 Transporte, armazenagem e correio 110 124 294 014 183 890 6,4 2,5 Informação e comunicação 52 868 168 144 115 276 4,0 5,0 Atividades profissionais, científicas e técnicas 39 707 118 216 78 509 2,8 4,6 Alojamento e alimentação 47 459 124 775 77 316 2,7 1,5 Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura 31 110 102 466 71 356 2,5 1,9 Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados 29 545 82 362 52 817 1,9 8,3 Educação 27 455 66 560 39 105 1,4 1,9 Saúde humana e serviços sociais 25 782 60 618 34 836 1,2 2,5 Indústrias extrativas 30 013 62 060 32 047 1,1 3,6 Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação 11 894 37 484 25 590 0,9 2,2 Outras atividades de serviços 9 937 26 068 16 131 0,6 1,9 Atividades imobiliárias 3 228 8 789 5 561 0,2 3,9 Artes, cultura, esporte e recreação 2 528 6 613 4 085 0,1 1,7 Eletricidade e gás 1 063 4 388 3 325 0,1 8,7 Administração pública, defesa e seguridade social 218 1 363 1 145 0,0 8,9 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008. Nota: Valor médio anual do salário mínimo = R$ 409,62 em 2008. Tabela 11 - Pessoal ocupado assalariado nas empresas de alto crescimento, variação Seções da CNAE 2.0 Pessoal ocupado assalariado nas empresas de alto crescimento absoluta e participação relativa, com indicação dos salários médios mensais, segundo as seções da CNAE 2.0 - Brasil - 2005/2008 Salários médios mensais (salários mínimos)
  • 40. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ Para conhecer de forma mais detalhada as atividades econômicas que se destacam no acréscimo de pessoal assalariado, asTabelas 12 e 13 apresentam os rankings das 25 classes da CNAE 2.0, que é o nível mais detalhado da classificação econômica, segundo a participação relativa no saldo de pessoal ocupado assalariado. Nas empresas de alto crescimento, o ranking é liderado por Construção de edifícios com 198 246 novos postos, seguido de Limpeza em prédios e em domicílios com 117 283, seguida de Locação de mão de obra temporária com 114 975. As 25 principais atividades foram responsáveis por 44,7% do saldo de pessoal ocupado assalariado. Nas empresas“gazelas”, as mesmas atividades destacaram-se, porém, na seguinte ordem: Locação de mão de obra temporária com 57 882, Limpeza em prédios e em do- micílios com 45 554 e Construção de edifícios com 44 938 novos postos. Neste caso, as 25 principais atividades foram responsáveis por 47,5% do saldo. Observa-se que entre as empresas de alto crescimento 11 das 25 atividades estão relacionadas com atividades industriais. Entre as “gazelas”, por sua vez, 11 das 25 ativi- dades estão relacionadas com atividade de serviços. Variação absoluta Participação relativa (%) Total 2 851 475 100,0 Subtotal 1 273 562 44,7 1º Construção de edifícios 198 246 7,0 2º Limpeza em prédios e em domicílios 117 283 4,1 3º Locação de mão de obra temporária 114 975 4,0 4º Atividades de vigilância e segurança privada 106 628 3,7 5º Transporte rodoviário de carga 75 104 2,6 6º Fabricação de açúcar em bruto 56 039 2,0 7º Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 49 906 1,8 8º Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios hipermercados e supermercados 49 623 1,7 9º Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações 45 028 1,6 10º Construção de rodovias e ferrovias 44 798 1,6 11º Atividades de teleatendimento 44 668 1,6 12º Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas 40 352 1,4 13º Fabricação de álcool 37 533 1,3 14º Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores 29 043 1,0 15º Serviços de engenharia 27 321 1,0 16º Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda 26 646 0,9 17º Serviços de catering , bufê e outros serviços de comida preparada 25 214 0,9 18º Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 24 775 0,9 19º Construção de redes de transportes por dutos, exceto para água e esgoto 24 712 0,9 20º Bancos múltiplos, com carteira comercial 23 774 0,8 21º Fabricação de calçados de couro 23 296 0,8 22º Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal e em região metropolitana 22 703 0,8 23º Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos 22 068 0,8 24º Montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas 22 035 0,8 25º Abate de suínos, aves e outros pequenos animais 21 792 0,8 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008. Posição Classes da CNAE 2.0 Pessoal ocupado assalariado Tabela 12 - Empresas de alto crescimento, por saldo do pessoal ocupado assalariado, segundo as 25 principais classes da CNAE 2.0, em ordem crescente da posição - Brasil - período 2005/2008
  • 41. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Resultados regionais das empresas de alto crescimento Para conhecer a localização das empresas de alto crescimento no País, são apresentadas informações referentes às suas unidades locais. Em 2008, as 30 954 empresas de alto crescimento possuíam 67 561 unidades locais ativas. A distribuição das unidades locais das empresas de alto crescimento e das empresas com pessoal assalariado segundo a Região Geográfica é apresentada no Gráfico 10. Variação absoluta Participação relativa (%) Total 843 489 100,0 Subtotal 400 332 47,5 1º Locação de mão de obra temporária 57 882 6,9 2º Limpeza em prédios e em domicílios 45 554 5,4 3º Construção de edifícios 44 938 5,3 4º Atividades de vigilância e segurança privada 34 564 4,1 5º Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios hipermercados e supermercados 19 807 2,3 6º Confecção de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 17 821 2,1 7º Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas 17 510 2,1 8º Transporte rodoviário de carga 17 327 2,1 9º Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos 16 027 1,9 10º Atividades de teleatendimento 15 130 1,8 11º Abate de reses, exceto suínos 10 606 1,3 12º Comércio a varejo e por atacado de veículos automotores 10 365 1,2 13º Atividades de serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente 8 654 1,0 14º Transporte rodoviário coletivo de passageiros, com itinerário fixo, municipal e em região metropolitana 8 398 1,0 15º Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos da indústria mecânica 8 146 1,0 16º Educação superior - graduação e pós-graduação 7 793 0,9 17º Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações 7 771 0,9 18º Comércio atacadista de produtos alimentícios em geral 7 104 0,8 19º Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios 7 006 0,8 20º Comércio atacadista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios 6 815 0,8 21º Serviços combinados para apoio a edifícios, exceto condomínios prediais 6 663 0,8 22º Seleção e agenciamento de mão de obra 6 173 0,7 23º Obras de engenharia civil não especificadas anteriormente 6 169 0,7 24º Fabricação de artefatos de material plástico não especificados anteriormente 6 114 0,7 25º Fabricação de calçados de couro 5 995 0,7 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005/2008. Classes da CNAE 2.0 Pessoal ocupado assalariado Posição Tabela 13 - Empresas gazelas, por saldo do pessoal ocupado assalariado, segundo as 25 principais classes da CNAE 2.0, em ordem crescente da posição - Brasil - período 2005/2008
  • 42. Análise de resultados ___________________________________________________________________________ A Região Sudeste concentrava pouco mais da metade das unidades locais das empresas com pessoal ocupado assalariado, 50,6%, seguida da Região Sul com 22,2%, Nordeste com 15,4%, Centro-Oeste com 8,0% e Norte com 3,8%. Já as unidades locais das empresas de alto crescimento estão ainda mais fortemente concentradas na Região Sudeste, 53,6%, enquanto nas Regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste as participações são relativamente menores do que as apresentadas nas unidades locais das empresas com pessoal assalariado, 19,6%, 14,8% e 7,4%, respectivamente. Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. % Gráfico 10 - Distribuição percentual das unidades locais das empresas com pessoal assalariado, das empresas de alto crescimento e das empresas gazelas, segundo as Grandes Regiões - 2008 50,6 15,4 3,8 22,2 8,0 53,6 14,8 4,6 19,6 7,4 50,9 17,3 5,5 18,3 8,0 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Unidades locais das empresas com pessoal assalariado Unidades locais das empresas de alto crescimento Unidades locais de empresas gazelas As três Unidades da Federação com as maiores participações nas unidades locais das empresas de alto crescimento estavam na Região Sudeste: São Paulo, com mais de ⅓ das unidades locais das empresas de alto crescimento (33,8%), Minas Gerais com 9,7% e Rio de Janeiro, na terceira colocação com 7,9%, como pode ser observado naTabela 14.
  • 43. ____________________________________________________________________ Demografia das Empresas 2008 Total Distribuição percentual (%) Total Distribuição percentual (%) Brasil 67 561 100,0 15 694 100,0 23,2 São Paulo 22 863 33,8 4 909 31,3 21,5 Minas Gerais 6 531 9,7 1 545 9,8 23,7 Rio de Janeiro 5 369 7,9 1 401 8,9 26,1 Rio Grande do Sul 4 888 7,2 952 6,1 19,5 Paraná 4 661 6,9 1 102 7,0 23,6 Santa Catarina 3 682 5,4 885 5,6 24,0 Bahia 2 805 4,2 686 4,4 24,5 Pernambuco 1 932 2,9 494 3,1 25,6 Goiás 1 752 2,6 409 2,6 23,3 Ceará 1 678 2,5 475 3,0 28,3 Espírito Santo 1 426 2,1 332 2,1 23,3 Mato Grosso 1 262 1,9 340 2,2 26,9 Distrito Federal 1 251 1,9 276 1,8 22,1 Pará 1 160 1,7 330 2,1 28,4 Rio Grande do Norte 922 1,4 205 1,3 22,2 Amazonas 807 1,2 210 1,3 26,0 Mato Grosso do Sul 754 1,1 163 1,0 21,6 Maranhão 722 1,1 182 1,2 25,2 Paraíba 618 0,9 165 1,1 26,7 Rondônia 529 0,8 126 0,8 23,8 Alagoas 469 0,7 126 0,8 26,9 Sergipe 434 0,6 114 0,7 26,3 Piauí 432 0,6 99 0,6 22,9 Tocantins 261 0,4 61 0,4 23,4 Acre 145 0,2 52 0,3 35,9 Amapá 113 0,2 31 0,2 27,4 Roraima 95 0,1 24 0,2 25,3 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Cadastro Central de Empresas 2005-2008. total e respectiva distribuição percentual, com indicação da proporção de empresas gazelas no total das unidades locais de alto crescimento, segundo as Unidades da Federação - 2008 Tabela 14 - Unidades locais de empresas de alto crescimento e de empresas gazelas, Unidades da Federação Unidades locais Empresas de alto crescimento Empresas gazelas Proporção de empresas gazelas no total das unidade locais de alto crescimento