O documento descreve teorias sobre o ciclo de vida de destinos turísticos, tipologias de turistas e o índice de irritabilidade entre turistas e residentes. Butler propõe que destinos turísticos passam por estágios de exploração, envolvimento, desenvolvimento, consolidação, estagnação e declínio/rejuvenescimento. Cohen categoriza turistas em mochileiros, exploradores, turistas de massa individuais e organizados. Doxey analisa a irritabilidade crescente entre turistas e residentes nos estágios de euforia,
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Destino Turístico: Ciclo de Vida e Impactos
1. UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS - FACEM
DOCENTE: PEDRO ARTURO ROJAS ARENAS
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA DO TURISMO
CURSO: TURISMO
Destino Turístico:
Ciclo de Vida, Turista e Residentes
Camila Paula de Almeida
Leonardo Marcos de Menezes
Lucas de Oliveira Nunes
Maria Valdirene Santos Sousa
Samuel Matheus Silva do Nascimento
Mossoró/RN
2012
2. INTRODUÇÃO
Na análise do destino turístico, três autores –
Butler (1980), Cohen (1972) e Doxey (1972) –
destacam-se na história da teoria do turismo, por
terem apresentado tipologias que contribuem
para uma análise do desenvolvimento turístico do
lugar.
3. CICLO DE VIDA DO DESTINO TURÍSTICO
De acordo com o conceito de ciclo de vida do
destino turístico enunciado por Butler
(1980), todo destino turístico atravessa um ciclo
de vida.
O ciclo de vida turístico é composto por:
exploração, envolvimento, desenvolvimento, cons
olidação, estagnação e declínio.
Cada estágio pode ser associado com um
impacto específico, econômico, ecológico e
sociocultural.
4. 1. EXPLORAÇÃO
Durante a fase de exploração, mochileiros
descobrem o destino. Eles vêm em números
muito pequenos e aceitam as condições locais. O
contato entre os residentes e os mochileiros é
mutuamente satisfatório e não ocorre
perturbação na sociedade local.
Não estão disponíveis instalações e
acomodações turísticas.
O sistema econômico local não sofre alterações;
não há perda dos recursos econômicos; a
alimentação e os materiais utilizados na
construção, produzidos localmente, atendem às
necessidades.
5. 2. ENVOLVIMENTO
Nessa fase, a população local percebe que o
turismo pode ser benéfico, principalmente
financeiramente, e são aproveitadas as iniciativas
locais para construção de instalações e
acomodações.
Há um aumento do número de visitantes e os
mochileiros são substituídos pelos exploradores.
Os benefícios econômicos com o turismo podem
ser relativamente grandes, pois a saída de
recursos econômicos do local é pequena.
6. 3. DESENVOLVIMENTO
A fase de desenvolvimento é aquela em que o
local decola como destino turístico.
A população local percebe as oportunidades para
um avanço e crescimento da indústria turística.
Os investidores, de modo geral, têm interesse em
construir instalações próximas às atrações
turísticas, como os recursos naturais, o que de
modo geral não combina com uma política de
proteção ambiental.
O desenvolvimento causa uma taxa de
crescimento no turismo de massa no destino
turístico, assim, acarreta problemas de potência
de carga.
7. 4. CONSOLIDAÇÃO
Quando o destino atinge a fase de
consolidação, as instalações e acomodações são
satisfatórias e estão disponíveis para receber as
primeiras levas do turismo de massa, que chegam
num fluxo constante.
Nesta fase o destino torna-se um produto que é
divulgado pelos operadores nacionais e
internacionais de turismo.
Em termos econômicos, tanto a entrada como a
saída de dinheiro podem ser consideráveis.
No entanto, os interesses dos turistas podem
contribuir com a conservação natural e cultural;
manter os atrativos turísticos; retorno dos turistas
no local; fortalecimento à identidade social da
comunidade local.
8. Na fase de consolidação não é necessariamente
a taxa de crescimento que causa problemas, mas
o grande número de turistas. Eles podem causar
problemas de
congestionamento, saturação, infra-estrutura
(água, esgoto, energia), além de sufocarem
qualquer evento cultural local.
O grande número de turistas pode causar
grandes danos ao meio ambiente (emissão de
gases dos veículos e poluição sonora).
9. 5. ESTAGNAÇÃO
O número de turistas é alto na etapa de
estagnação, porém a taxa de crescimento seja
baixa.
Nessa etapa o número maciço de turistas chega
em pacotes padronizados lotados, e entre suas
principais expectativas estão em encontrar o
conforto que dispunham em seu local de origem.
Outra característica dessa fase é que há uma
separação entre os turistas e a população
receptora, podendo provocar uma imagem
estereotipada entre ambos.
10. Os benefícios econômicos podem decrescer
significativamente com o aumento do turismo de
massa, pois o dinheiro sai da localidade com
mais facilidade, pelo fato de o controle estar nas
mãos de pessoas de fora, que tendem a remeter
para seus locais de origem importantes parcelas
do arrecadado.
11. 6. DECLÍNIO E REJUVENESCIMENTO
No declínio, o destino não teve êxito em mudar
sua imagem.
O número de turistas decresce.
O investidores deslocam-se para outros locais,
usando apenar o lugar em declínio para retirada
de recursos financeiros e retiradas de dinheiro
sem investir no local.
Já no rejuvenescimento, o local de destino tentar
recolocar-se no mercado turístico.
Buscam novas alternativas, oferece novos
produtos que diferem da oferta anterior e obtêm
novo público alvo.
12. ELEMENTOS ESSENCIAIS DO MODELO DE BUTTLER
Butler (2001), indica oito elementos fundamentais
do modelo. São eles:
1. Dinamismo ou mudança;
2. Processo;
3. Capacidade ou limites de crescimento;
4. Gatilhos (Fatores que provocam mudanças no
destino);
5. Gerenciamento;
6. Visão de longo prazo no planejamento;
7. Componente espacial;
8. Aplicabilidade universal.
13. TIPOLOGIA DO TURISTA
Cohen (1972), estabeleceu uma tipologia de
turista, denominando-os de:
mochileiro, explorador, turista de massa individual e
o turista de massa organizada.
Mochileiro: é o que se aventura para regiões
distantes e pouco exploradas, fora dos caminhos
conhecidos e distante de sua própria cultura ou
local de origem. O mochileiro não se associa com a
indústria turística e tende a arrumar trabalho
quando necessita de dinheiro. Os Hippies dos anos
60 e 70 correspondem à essa descrição.
14. Explorador: é semelhante ao “mochileiros”, no
sentindo de que eles também organizam sua
própria viagem e busca caminhos menos
desconhecidos caminhos. No entanto, o
explorador gosta de ficar em acomodações mais
confortáveis e busca transportes melhores e
confiáveis. Eles tentam encontra-se com os
habitantes dos locais que visitam e se possível
tentam aprender sua
linguagem, gestos, costumes, formas de
comunicação.
15. Turista de massa individual: é um turista que
aceita algum tipo de organização, e não procura
organizar sua própria viagem, recorrendo às
agências de viagens. Preferem viajar dentro do
seu local de origem e se aventuram fora do seu
território familiar raramente. Não viajam em grupo
e seu roteiro turístico não é totalmente pré-
planejado.
16. Turista de massa organizada: este turista viaja
em grupo de pessoas que pertencem a sua
própria cultura e falam sua linguagem. Se
mantêm isolados da comunidade local. O
transporte é feito em ônibus ou barcos com ar-
condicionado. Se acomodam em hotéis com ar-
condicionado. Desfrutam de aviões e aeroportos.
São providenciados guias de turismo em todos
os roteiros. São conduzidos aos centros de
compras, onde suprem suas necessidades e
desejos.
17. ÍNDICE DE IRRITABILIDADE
A abordagem realizada por Doxey (1972), que
identifica a existência de impactos recíprocos
entre turistas e residentes, os quais podem ser
medidos em vários grau de “irritação”.
Doxey desenvolveu um índice de irritabilidade
constituído de quatro estágios:
euforia, apatia, irritação, antagonismo.
Doxey concluí, que esses quatro estágios são
causados pelas características particulares de
cada
raça, cultura, nacionalidade, crença, desejos e
afins.
18. Euforia: os visitantes e investidos são bem-
vindos pelos residentes locais.
Apatia: os visitantes e residentes matem uma
relação formal. Esse estágio é direcionado para o
marketing ou negociações.
Irritação: ocorre quando o local atingiu o ponto de
saturação. Os residentes passam a questionar a
presença dos turistas e a questionar a
necessidade de infra-estrutura no local.
Antagonismo: as manifestações dos residentes
são físicas e verbais, assim, afasta os visitantes
da localidade. As autoridades planejam
promoções para superar a imagem negativa da
localidade que foi causada pelo antagonismo.