A Coreia do Norte ameaçou realizar um terceiro teste nuclear em desafio às sanções da ONU e afirmou que seus mísseis têm capacidade de atingir os EUA. A comissão de defesa norte-coreana prometeu conduzir o teste nuclear como parte de uma "nova fase" contra os EUA. Especialistas dizem que a Coreia do Norte poderá atacar os EUA com mísseis nucleares dentro de 10 anos, a menos que abandone seu programa nuclear.
2. O principal órgão de governo da Coreia do
Norte advertiu que o regime realizará seu
terceiro teste nuclear em desafio à recente
punição imposta pelo Conselho de Segurança
da ONU e deixou claro que seus foguetes de
longo alcance não têm como objetivo carregar
apenas satélites, mas também ogivas com o
objetivo de atacar os EUA, que classificou de
"inimigo declarado".
3. A Comissão de Defesa Nacional, que é chefiada
pelo líder Kim Jong-un , criticou a resolução da
ONU patrocinada pelos EUA que condenou a
Coreia do Norte e reforçou as sanções contra o país
pelo lançamento de um foguete em dezembro . A
comissão reafirmou sua declaração de que o
lançamento tinha a intenção pacífica de pôr um
satélite em órbita, mas também claramente
indicou que os disparos de foguetes têm um
propósito militar: atacar e atingir os EUA.
A comissão prometeu manter as ações com
satélites e foguetes e conduzir um teste nuclear
como parte de uma "nova fase" do combate com os
EUA, que culpou por liderar a medida de punição
da ONU contra o regime de Pyongyang. Ela
indicou que o teste atômico está "próximo", mas
não especificou quando ou onde será realizado.
4. A Coreia do Norte alega o direito de construir
armas nucleares como uma defesa contra os
EUA, seu inimigo da Guerra da Coreia (1950-
1953). O amargo conflito de três anos terminou
com um cessar-fogo, e não um tratado de paz, e
deixou a Península da Coreia dividida pela zona
desmilitarizada mais fortemente armada do
mundo. Os EUA lideram o Comando da ONU que
governa o cessar-fogo e têm mais de 28 mil
soldados na aliada Coreia do Sul, presença que
Pyongyang aponta como uma razão-chave para
sua necessidade de construir armas atômicas.
5. Em resposta à ameaça contra os aliados e os interesses
dos EUA, o exército norte-americano está
constantemente aumentando suas forças no Pacífico.
Esse posicionamento estratégico ficou bem mais
complicado graças aos outros conflitos em que os EUA
já estão envolvidos (Afeganistão e Iraque), e construir
uma força para lidar com a ameaça da Coréia do Norte
pode se tornar uma tarefa digna . Tecnologias
essenciais como os sistemas aéreos não tripulados
Predator estão em falta e já estão sendo usadas em
outras partes do mundo, e os Estados Unidos não têm
muitas tropas para posicionar no Pacífico. Os militares
americanos já têm bombardeiros da Força Aérea, porta-
aviões, aviões de caça, instalações de mísseis Patriot
e submarinos nucleares posicionados na área, mas
fornecer tropas para um conflito de verdade pode
significar esgotar os recursos de outras frentes e mais
tempo de serviço para tropas que já estão atuando no
Iraque ou no Afeganistão.
6. Mesmo que existam dúvidas em relação aos
verdadeiros recursos nucleares da Coréia do Norte
e apesar do arsenal de armamentos de alta
tecnologia posicionado bem próximo dela, o
território dos EUA não está completamente
seguro. Especialistas dizem que, a menos que a
Coréia do Norte seja persuadida a se desfazer do
seu arsenal nuclear ou algum outro país o destrua,
ela será capaz de atacar os Estados Unidos com
um míssil nuclear dentro de 10 anos.