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Cultura e
Sociedade
            Sociologia II – Aula 1




                    Professora: Carmem
                           IFMS
Definição: Cultura é um conjunto de
saberes coletivos, compartilhados pelos
membros de uma sociedade.




   Os padrões culturais são
   aprendidos
   e, não, herdados!
A cultura de uma sociedade compreende tanto
aspectos intangíveis (cultura imaterial) - as crenças,
as ideias e os valores que formam o conteúdo da
cultura – como também aspectos tangíveis (cultura
material) – os objetos, os símbolos ou a tecnologia
que representam esse conteúdo.
Valores e Normas
O Curioso é perceber que
valores e normas para
qualquer cultura
representam saberes
coletivos ou, em outras
palavras, know-how,
conhecimento coletivo
adquirido, às vezes, ao
longo de séculos.


No caso de normas éticas ou morais, trata-se de know-
how de sobrevivência e convivência em comunidade.
Herança Social ou Legado Cultural:

são processos
de transmissão cultural,
que ocorrem ao longo
da história, nos quais as gerações
mais velhas transmitem
às gerações mais jovens
a cultura do grupo.
q  Para analisar uma sociedade
determinada, a antropologia, conforme
os antropólogos franceses Marcel Mauss
(1872-1950) e Claude Lévi-Strauss
(1908-2009), não pretende isolar e
analisar seus sistemas econômicos,
políticos ou ideológicos, para então
tentar compreendê-los.
Ø  A antropologia não diferencia realidade
social e universo simbólico e, por isso,
compreende as explicações míticas ou
religiosas que os homens dão à sua realidade
como elementos que interferem e explicam a
produção dessa realidade, e não como
distorções ou ideias falsas a seu respeito.
Ø  Como podemos ver, a
antropologia pressupõe a
existência de unidade
entre ação humana e
significação.

Ø  o objetivo da
investigação
antropológica é
exatamente buscar
analisar e compreender
essa unidade entre ação e
significação.
Diversidade Cultural
Não são apenas as crenças
culturais que diferem
através das culturas. A
diversidade das práticas e
do comportamento
humano é também notável!

        Formas aceitáveis de comportamento
        variam amplamente de cultura para
        cultura e, com frequência, contrastam
        drasticamente com o que as pessoas
        das sociedades ocidentais
        consideram “normal”.
v  Por exemplo, no Ocidente moderno
consideramos crianças com idades entre 12
ou 13 anos como sendo muito novas para o
casamento. Mas, em algumas culturas,
casamentos são arranjados entre crianças
dessa idade como algo natural.


v  No Ocidente, comemos ostras, mas não comemos gatinhos ou
cães de estimação, sendo que ambos são considerados
especiarias em algumas partes do mundo.



v  Os judeus não comem porco, enquanto
os indianos comem porco, mas evitam
carne de gado.
Os ocidentais consideram beijar como
uma parte normal do comportamento
sexual, mas em muitas outras culturas
essa prática é tanto desconhecida
como considerada repulsiva!
Etnocentrismo
Visão de mundo
característica de quem
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étnico, nação ou
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socialmente mais
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demais.
                   Xenofobia
desconfiança, temor ou antipatia por pessoas
estranhas ao meio daquele que as ajuíza, ou pelo
que é incomum ou vem de fora do país.
Afinal, qual é a diferença?!
§  Xenofobia, como o nome indica, é uma fobia. Neste caso consiste
numa aversão a estrangeiros ou estranhos.

Etnocentrismo resume-se nisto:
"Os meus costumes estão certos. Os teus não!"
Exemplos:
ü  Considerar os povos industrializados superiores aos
outros povos;
ü  Pensar que se na China comem cão, eles estão errados;
ü  Julgar um absurdo a adoração de vacas por parte dos
Hindus.
Ou seja: é tudo uma questão cultural.
E a cultura é relativa. Não há certo nem errado.
Exceto para um etnocêntrico que têm a sua cultura como A
VERDADEIRA!

          O  oposto  ao  etnocentrismo  é  
          o  “relativismo  cultural”.
Socialização
Os seres humanos aprendem as características da cultura através
do processo de socialização.
A família, a escola e a religião são exemplos de instituições socializadoras.
Identidade




q  A identidade refere-se ao entendimento que as pessoas têm sobre quem
são e o que é importante para elas.

q  A identidade social descreve as características que são atribuídas a um
indivíduo por outros. Essas atribuições são amiúde feitas com base nos
grupos sociais a que um indivíduo parece pertencer e marcam de que forma
um indivíduo é igual a outros.

q  A auto-identidade, ou a identidade pessoal, nos diferencia como
indivíduos distintos. Refere-se ao juízo singular de si mesmo que é
produzido pelo autodesenvolvimento e pela constante interação do indivíduo
com o mundo exterior.
8 fatos sobre o beijo




               Ana Carolina Prado 21 de julho de 2010
Só falar em amor que os mais piegas já pensam
naquelas cenas bonitas de beijos apaixonados.

Mas essa relação não é assim tão óbvia em todos os
lugares do mundo.

Para alguns povos, beijar é uma coisa um tanto
repulsiva. Já em outros lugares a coisa é tão intensa
que os casais chegam a arrancar sangue um do outro.
Há gosto pra tudo! Em algumas tribos da África, o
beijo é substituído por uma passada de mão na axila
do companheiro.

A gente reuniu isso tudo e outras coisas mais nessa
lista.
1.  Na Grécia Antiga, o nível social
    determinava onde seria o beijo:

Na Grécia dos anos 300 a.C., pessoas da
mesma classe podiam se beijar no rosto ou na
boca, mas se fosse alguém de status superior
era mais indicado um beijo na mão. Também
se beijava deuses gregos por meio de obras
de arte: as pessoas esfregavam as pontas dos
próprios dedos nos lábios e tocavam na
imagem. Esse tipo de beijo é uma
demonstração de amizade usada na Grécia
até hoje.
2. O beijo de noivado garantia direitos
   jurídicos:

O beijo que selava o compromisso de
noivado surgiu na Roma Antiga e garantia
à mulher os direitos jurídicos
determinados pelo Império. Além disso,
transferia legalmente a posse dos
presentes de casamento para o casal – se
a celebração transcorresse sem beijos
por algum motivo, eles teriam de ser
devolvidos.
3. Alguns povos morrem de nojo de beijar:

Beijar não é uma coisa que agrada a todo mundo. A
tribo dos thonga, na África do Sul, jamais beija na boca
e acha isso repulsivo. Outro povo de lá, os chewa, fica
enojado com a idéia de “engolir a saliva de outra
pessoa”. Muitos têm essa reação porque vêem a boca
como a fonte da vida, o local onde uma alma imortal
habita – e essa alma pode se contaminar facilmente se o
dono não for cuidadoso. Há tribos nômades da Etiópia
que, embora considerem os lábios uma parte sensual
do corpo, não sentem vontade de colá-los em outros –
até porque os adornos enormes que eles usam
dificultam isso.
4. Em certos lugares, o “beijo” consiste em passar a
mão nas axilas do companheiro:

Enquanto há culturas em que as pessoas não
economizam beijos, há os que nem sequer usam os
lábios nas suas interações pessoais. Os polinésios,
maoris e inuits preferem usar os narizes. Os índios de
uma tribo isolada no Equador, os cayapas,
simplesmente cheiram a mão dos amigos ao
cumprimentá-los. E pasme: o “beijo” de despedida de
uma tribo da Nova Guiné consiste em passar a mão na
axila do companheiro e em seguida esfregar o cheiro
dele por todo o seu.
5. Os namorados arrancam sangue um do outro
durante a prática em certas tribos:

Enquanto alguns povos não são nada beijoqueiros
blasé, os casais das Ilhas Trobriand, no Pacífico Sul,
manifestam uma paixão violenta. Antropólogos
observaram, em 1929, que eles passavam horas numa
espécie de jogo selvagem: mordiam os lábios um do
outro até que sangrassem, davam dentadas nas
bochechas e abocanhavam nariz e queixo. Nessa
hora, ouviam-se expressões como “beba meu
sangue” e “arranque meu cabelo”. Eles ainda
arrancavam os cílios dos parceiros a mordidas.
6. Onde beijar em público é crime:

Há regiões na Finlândia onde homens e
mulheres tomam banhos coletivos sem roupa,
mas ainda vêem o beijo como ato obsceno. No
Japão, só pode entre 4 paredes. Na Venezuela,
os casais que dão abraços muito apertados ou
beijos muito demorados em lugares públicos
podem ir para a prisão. E na Malásia existe lei
proibindo o beijo francês (esse normal, de
língua) no cinema – impondo uma multa enorme
para quem desobedecer.
7. O ritual da beijação:

Se existem aqueles que proíbem, há povos que
celebram a prática. Um povoado chamado Banjar Kaja
Sesetan, na Indonésia, faz um festival anual chamado
Med-medan. Ao som de um canto ritual, fileiras de
moços e moças ficam frente a frente, formando pares, e
o primeiro da fila beija quem estiver na sua frente até
um ancião jogar água para separar o casal. Calma, não
é todo mundo beijando todo mundo. Quem se beijou
primeiro vai para o fim da fila e o ritual se repete até que
todos os casais tenham ocupado a primeira posição. O
objetivo é proteger o lugar de perigos inesperados e só
os jovens podem participar.
8. No Brasil do século 18, a demonstração de afeto era
o beliscão:

No século 18, em Portugal e, muito provavelmente,
também no Brasil, uma expressão de amor bastante
difundida era o beliscão. Entre os recém-conhecidos,
era de bom tom beliscar “de pincho”, aplicando
levemente a torção sobre a pele. Para os mais íntimos
valia o beliscão “de estorcegão”, também conhecido
como “enérgico”. A moda era tão forte que houve quem
discutisse a necessidade de construir divisórias no
interior das igrejas para impedir beliscões durante a
missa. Os estudiosos desse gesto associam-no ao
“namoro camponês”. Beliscões, pisadas de pé e
mútuos estalos de dedos consistiam em rituais que
simbolizavam a dura vida rural.


                                        PARA SABER MAIS
                                        “História íntima do beijo”
                                        Julie Enfield (Editora Matrix,2008)
Além de aspectos culturais sobre o beijo, vimos os seguintes
       conceitos:

       •  IDENTIDADE
       • SOCIALIZAÇÃO
       • XENOFOBIA
       • ETNOCENTRISMO
       • RELATIVISMO CULTURAL
       • DIVERSIDADE CULTURAL
       • HERANÇA OU LEGADO CULTURAL
       • VALORES E NORMAS
       • CULTURA MATERIAL E IMATERIAL


Definição:

Cultura é um conjunto de saberes coletivos,
compartilhados pelos membros de uma sociedade.
Os padrões
culturais são
aprendidos
e, não,
herdados!

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Sociologia ii aula 1 - Cultura e Sociedade

  • 1. Cultura e Sociedade Sociologia II – Aula 1 Professora: Carmem IFMS
  • 2. Definição: Cultura é um conjunto de saberes coletivos, compartilhados pelos membros de uma sociedade. Os padrões culturais são aprendidos e, não, herdados!
  • 3. A cultura de uma sociedade compreende tanto aspectos intangíveis (cultura imaterial) - as crenças, as ideias e os valores que formam o conteúdo da cultura – como também aspectos tangíveis (cultura material) – os objetos, os símbolos ou a tecnologia que representam esse conteúdo.
  • 4. Valores e Normas O Curioso é perceber que valores e normas para qualquer cultura representam saberes coletivos ou, em outras palavras, know-how, conhecimento coletivo adquirido, às vezes, ao longo de séculos. No caso de normas éticas ou morais, trata-se de know- how de sobrevivência e convivência em comunidade.
  • 5. Herança Social ou Legado Cultural: são processos de transmissão cultural, que ocorrem ao longo da história, nos quais as gerações mais velhas transmitem às gerações mais jovens a cultura do grupo.
  • 6. q  Para analisar uma sociedade determinada, a antropologia, conforme os antropólogos franceses Marcel Mauss (1872-1950) e Claude Lévi-Strauss (1908-2009), não pretende isolar e analisar seus sistemas econômicos, políticos ou ideológicos, para então tentar compreendê-los.
  • 7. Ø  A antropologia não diferencia realidade social e universo simbólico e, por isso, compreende as explicações míticas ou religiosas que os homens dão à sua realidade como elementos que interferem e explicam a produção dessa realidade, e não como distorções ou ideias falsas a seu respeito.
  • 8. Ø  Como podemos ver, a antropologia pressupõe a existência de unidade entre ação humana e significação. Ø  o objetivo da investigação antropológica é exatamente buscar analisar e compreender essa unidade entre ação e significação.
  • 9. Diversidade Cultural Não são apenas as crenças culturais que diferem através das culturas. A diversidade das práticas e do comportamento humano é também notável! Formas aceitáveis de comportamento variam amplamente de cultura para cultura e, com frequência, contrastam drasticamente com o que as pessoas das sociedades ocidentais consideram “normal”.
  • 10. v  Por exemplo, no Ocidente moderno consideramos crianças com idades entre 12 ou 13 anos como sendo muito novas para o casamento. Mas, em algumas culturas, casamentos são arranjados entre crianças dessa idade como algo natural. v  No Ocidente, comemos ostras, mas não comemos gatinhos ou cães de estimação, sendo que ambos são considerados especiarias em algumas partes do mundo. v  Os judeus não comem porco, enquanto os indianos comem porco, mas evitam carne de gado.
  • 11. Os ocidentais consideram beijar como uma parte normal do comportamento sexual, mas em muitas outras culturas essa prática é tanto desconhecida como considerada repulsiva!
  • 12. Etnocentrismo Visão de mundo característica de quem considera o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente mais importante do que os demais. Xenofobia desconfiança, temor ou antipatia por pessoas estranhas ao meio daquele que as ajuíza, ou pelo que é incomum ou vem de fora do país.
  • 13. Afinal, qual é a diferença?! §  Xenofobia, como o nome indica, é uma fobia. Neste caso consiste numa aversão a estrangeiros ou estranhos. Etnocentrismo resume-se nisto: "Os meus costumes estão certos. Os teus não!" Exemplos: ü  Considerar os povos industrializados superiores aos outros povos; ü  Pensar que se na China comem cão, eles estão errados; ü  Julgar um absurdo a adoração de vacas por parte dos Hindus. Ou seja: é tudo uma questão cultural. E a cultura é relativa. Não há certo nem errado. Exceto para um etnocêntrico que têm a sua cultura como A VERDADEIRA! O  oposto  ao  etnocentrismo  é   o  “relativismo  cultural”.
  • 14. Socialização Os seres humanos aprendem as características da cultura através do processo de socialização. A família, a escola e a religião são exemplos de instituições socializadoras.
  • 15. Identidade q  A identidade refere-se ao entendimento que as pessoas têm sobre quem são e o que é importante para elas. q  A identidade social descreve as características que são atribuídas a um indivíduo por outros. Essas atribuições são amiúde feitas com base nos grupos sociais a que um indivíduo parece pertencer e marcam de que forma um indivíduo é igual a outros. q  A auto-identidade, ou a identidade pessoal, nos diferencia como indivíduos distintos. Refere-se ao juízo singular de si mesmo que é produzido pelo autodesenvolvimento e pela constante interação do indivíduo com o mundo exterior.
  • 16. 8 fatos sobre o beijo Ana Carolina Prado 21 de julho de 2010
  • 17. Só falar em amor que os mais piegas já pensam naquelas cenas bonitas de beijos apaixonados. Mas essa relação não é assim tão óbvia em todos os lugares do mundo. Para alguns povos, beijar é uma coisa um tanto repulsiva. Já em outros lugares a coisa é tão intensa que os casais chegam a arrancar sangue um do outro. Há gosto pra tudo! Em algumas tribos da África, o beijo é substituído por uma passada de mão na axila do companheiro. A gente reuniu isso tudo e outras coisas mais nessa lista.
  • 18. 1.  Na Grécia Antiga, o nível social determinava onde seria o beijo: Na Grécia dos anos 300 a.C., pessoas da mesma classe podiam se beijar no rosto ou na boca, mas se fosse alguém de status superior era mais indicado um beijo na mão. Também se beijava deuses gregos por meio de obras de arte: as pessoas esfregavam as pontas dos próprios dedos nos lábios e tocavam na imagem. Esse tipo de beijo é uma demonstração de amizade usada na Grécia até hoje.
  • 19. 2. O beijo de noivado garantia direitos jurídicos: O beijo que selava o compromisso de noivado surgiu na Roma Antiga e garantia à mulher os direitos jurídicos determinados pelo Império. Além disso, transferia legalmente a posse dos presentes de casamento para o casal – se a celebração transcorresse sem beijos por algum motivo, eles teriam de ser devolvidos.
  • 20. 3. Alguns povos morrem de nojo de beijar: Beijar não é uma coisa que agrada a todo mundo. A tribo dos thonga, na África do Sul, jamais beija na boca e acha isso repulsivo. Outro povo de lá, os chewa, fica enojado com a idéia de “engolir a saliva de outra pessoa”. Muitos têm essa reação porque vêem a boca como a fonte da vida, o local onde uma alma imortal habita – e essa alma pode se contaminar facilmente se o dono não for cuidadoso. Há tribos nômades da Etiópia que, embora considerem os lábios uma parte sensual do corpo, não sentem vontade de colá-los em outros – até porque os adornos enormes que eles usam dificultam isso.
  • 21. 4. Em certos lugares, o “beijo” consiste em passar a mão nas axilas do companheiro: Enquanto há culturas em que as pessoas não economizam beijos, há os que nem sequer usam os lábios nas suas interações pessoais. Os polinésios, maoris e inuits preferem usar os narizes. Os índios de uma tribo isolada no Equador, os cayapas, simplesmente cheiram a mão dos amigos ao cumprimentá-los. E pasme: o “beijo” de despedida de uma tribo da Nova Guiné consiste em passar a mão na axila do companheiro e em seguida esfregar o cheiro dele por todo o seu.
  • 22. 5. Os namorados arrancam sangue um do outro durante a prática em certas tribos: Enquanto alguns povos não são nada beijoqueiros blasé, os casais das Ilhas Trobriand, no Pacífico Sul, manifestam uma paixão violenta. Antropólogos observaram, em 1929, que eles passavam horas numa espécie de jogo selvagem: mordiam os lábios um do outro até que sangrassem, davam dentadas nas bochechas e abocanhavam nariz e queixo. Nessa hora, ouviam-se expressões como “beba meu sangue” e “arranque meu cabelo”. Eles ainda arrancavam os cílios dos parceiros a mordidas.
  • 23. 6. Onde beijar em público é crime: Há regiões na Finlândia onde homens e mulheres tomam banhos coletivos sem roupa, mas ainda vêem o beijo como ato obsceno. No Japão, só pode entre 4 paredes. Na Venezuela, os casais que dão abraços muito apertados ou beijos muito demorados em lugares públicos podem ir para a prisão. E na Malásia existe lei proibindo o beijo francês (esse normal, de língua) no cinema – impondo uma multa enorme para quem desobedecer.
  • 24. 7. O ritual da beijação: Se existem aqueles que proíbem, há povos que celebram a prática. Um povoado chamado Banjar Kaja Sesetan, na Indonésia, faz um festival anual chamado Med-medan. Ao som de um canto ritual, fileiras de moços e moças ficam frente a frente, formando pares, e o primeiro da fila beija quem estiver na sua frente até um ancião jogar água para separar o casal. Calma, não é todo mundo beijando todo mundo. Quem se beijou primeiro vai para o fim da fila e o ritual se repete até que todos os casais tenham ocupado a primeira posição. O objetivo é proteger o lugar de perigos inesperados e só os jovens podem participar.
  • 25. 8. No Brasil do século 18, a demonstração de afeto era o beliscão: No século 18, em Portugal e, muito provavelmente, também no Brasil, uma expressão de amor bastante difundida era o beliscão. Entre os recém-conhecidos, era de bom tom beliscar “de pincho”, aplicando levemente a torção sobre a pele. Para os mais íntimos valia o beliscão “de estorcegão”, também conhecido como “enérgico”. A moda era tão forte que houve quem discutisse a necessidade de construir divisórias no interior das igrejas para impedir beliscões durante a missa. Os estudiosos desse gesto associam-no ao “namoro camponês”. Beliscões, pisadas de pé e mútuos estalos de dedos consistiam em rituais que simbolizavam a dura vida rural. PARA SABER MAIS “História íntima do beijo” Julie Enfield (Editora Matrix,2008)
  • 26. Além de aspectos culturais sobre o beijo, vimos os seguintes conceitos: •  IDENTIDADE • SOCIALIZAÇÃO • XENOFOBIA • ETNOCENTRISMO • RELATIVISMO CULTURAL • DIVERSIDADE CULTURAL • HERANÇA OU LEGADO CULTURAL • VALORES E NORMAS • CULTURA MATERIAL E IMATERIAL Definição: Cultura é um conjunto de saberes coletivos, compartilhados pelos membros de uma sociedade.