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Fotografia - Parte Teórica
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02 principios da fotografia (2012)02 principios da fotografia (2012)
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Fotografia - Parte Teórica

  1. Fotografia Digital 1. A técnica fotográfica e o sentido A origem da palavra fotografia vem do grego (foto=luz/grafia=escrita) que significa escrever com a luz. Se ela é um tipo de escrita, então podemos pensar que isso demanda o conhecimento de um código para podermos entender a mensagem. Esse código é a linguagem fotográfica. Para Ivan Lima (1988, p. 19): “É um grande erro achar que a linguagem da fotografia é universal. Não existe nem uma foto que possa ser interpretada da mesma forma por um brasileiro, um francês e um chinês, por uma moça de 18 anos e um homem de 80”. A linguagem fotográfica pode ser compreendida através do estudo dos componentes de ordem material e imaterial que são utilizadas conforme a intencionalidade do autor da foto, na tentativa de alcançar um entendimento por parte do leitor. Os de ordem material são as escolhas técnicas como: câmeras, lentes, velocidade do obturador, abertura do diafragma, quantidade de luz, uso ou não do flash, etc. Já os de ordem imaterial ou mentais são as escolhas de ordem mais subjetiva como: contraste, foco, enquadramento, composição, etc. A soma de todos componentes escolhidos terá como produto final a fotografia com a subjetividade e ideologia do produtor, o que veremos a partir de agora. 1.1. Componentes de ordem material Desde o lançamento da Kodak e da Brownie, ainda no final do século XIX, o senso comum diz que qualquer um pode “tirar” uma foto. As grandes dificuldades técnicas, os pesados equipamentos, os processos de revelação química foram todos suplantados por George Eastmann com seu “You Press The Button and We Do The Rest". O que dizer então das minúsculas máquinas digitais de hoje, constantes inclusive em boa parte dos telefones celulares, nas quais é possível visualizar a imagem pronta no instante seguinte ao da captura da cena e permitem que se faça um milhão de tentativas “sem custo” se o sujeito tiver tempo e paciência? Todavia, a fotografia profissional exigem um pouco mais que “apontar para uma cena e apertar um botão”.
  2. Fotografia Digital Os fotojornalistas precisam conhecer a linguagem fotográfica e aplicá-la nas escolhas técnicas para chegar ao resultado almejado. Veremos a seguir os principais componentes materiais que interferem na produção de sentido. 1.1.1. Luz Ao nosso entendimento, a luz é a “matéria prima da fotografia” enquanto o objecto (referente) dá a sua forma. Para o fotógrafo, o domínio da luz, pode ser comparado ao domínio do barro ao oleiro. Segundo Weston (apud Busselle, 1977, p. 22): “Enquanto houver luz, o fotógrafo tem condições de trabalhar, pois seu ofício — sua aventura — é uma redescoberta do mundo em termos de luz.” Existem, na linguagem fotográfica, códigos razoavelmente convencionados para o uso da iluminação, conforme as intencionalidades do fotojornalista. A escolha de um tipo específico de luz para uma cena vai determinar a sensação que o fotógrafo quer transmitir. Há muitos conceitos e conhecimentos sobre luz que são úteis para a prática fotográfica, principalmente em estúdios. Todavia, para efeito de simplificação, abordaremos duas situações de luz com as quais se depara o fotógrafo e que farão a diferença no processo de significação: luz direta ou “dura” e luz difusa ou “suave”. A luz direta é aquela em que não há obstáculo entre a fonte de luz e o objecto fotografado, proporcionando sombras duras e contrastes altos, como nas fotografias tiradas ao ar livre, no sol do meio-dia ou sob lâmpadas sem difusor. Os manuais de fotografia consideram que esse tipo de luz traz sensação de desconforto e dramaticidade. “A luz dura, (...), cria sombras fortes que resultam em fotos nada bonitas (Guia Completo de Fotografia - National Geographic, 2008, p. 99).”
  3. Fotografia Digital Exemplo de luz direta Exemplo de luz difusa Já a luz difusa é conseguida, basicamente, de duas formas: (a) a luz passa por um meio translúcido antes de atingir o objeto, como uma cortina ou papel vegetal colocado em frente à uma lâmpada; (b) a luz é rebatida por uma superfície clara que reflete os raios luminosos, incidindo no objeto à sombra, como por exemplo, alguém perto de uma janela. Esse tipo de luz dispersa os raios luminosos, criando uma iluminação uniforme e suave. O efeito pretendido é uma luz diluída, criando sombras pouco pronunciadas e proporcionando sensação de conforto. 1.1.2. Obturador É um dispositivo localizado na câmera, responsável pelo tempo de exposição do material foto-sensível à luz (filme ou sensor nas câmeras digitais). Quanto maior for o tempo de abertura do obturador, maior será a quantidade de luz que atingi rá o material foto-sensível. A escolha da velocidade do obturador para a exposição desejada estará sujeita à combinação com a luz disponível no ambiente a ser fotografado e com a abertura do diafragma, que serão dadas pela leitura do fotômetro1. As velocidades mais comuns são: B, 1, 1/2, 1/4, 1/8, 1/15, 1/30, 1/60, 1/125, 1/250, 1/500, 1/1000, 1/2000, 1/4000, (...) 1/200002. _____________________ 1 Dispositivo destinado a medir a luz com exatidão, disponível na maioria das câmeras. 2 As velocidades do obturador são dadas em frações de segundo, sendo que o número 1 representa um segundo e o denominador representa o número de vezes em que este segundo foi dividido. Em algumas câmeras o numerador 1 não é representado para economia de espaço.
  4. Fotografia Digital Botão de regulagem do obturador de uma câmera analógica. Geralmente, em uma exposição considerada “correta”, o ajuste da velocidade normal do obturador serve como parâmetro para a escolha da abertura do diafragma, conforme a luz disponível como, por exemplo, em um retrato formal. Porém há dois efeitos interessantes que podem ser conseguidos alterando-se a velocidade do obturador: (a) o movimento borrado é conseguido quando um objeto ou pessoa passa em frente à câmera com o obturador de velocidade baixa, como um carro de corrida que deixa um rastro na foto, por exemplo; (b) o movimento congelado é obtido quando um objeto ou pessoa em movimento passa em frente à câmera com obturador de velocidade alta como, por exemplo, em fotos de esportes onde os atletas são congelados em plena ação. 1.1.3. Diafragma “Cortina do obturador”, visível quando o compartimento do filme está aberto. Movimento congelado, alta velocidade do obturador. Movimento congelado, baixa velocidade do obturador.
  5. Fotografia Digital É um dispositivo constituído de lâminas semicirculares justapostas que podem ser ajustadas alterando o diâmetro do orifício pelo qual passa a luz que atinge o material fotosensível. É localizado na objetiva, portanto sua escala vai depender da lente que o fotógrafo estiver usando. Quanto maior for o diâmetro da abertura, maior será a quantidade de luz que atinge o material foto-sensível. Quanto menor o diâmetro do diafragma, menor a quantidade de luz que atinge o material foto-sensível. A representação do diafragma é dada pela letra f seguida do número Há, contudo, uma consequência direta da abertura do diafragma com a profundidade de campo3 (extensão da zona nítida da foto), que é inversamente proporcional à entrada de luz, ou seja, quanto mais aberto o diafragma, menos profundidade de campo; quanto mais fechado o diafragma, maior será a profundidade de campo. Isso significa que o fotógrafo pode optar por menos profundidade de campo quando quer chamar atenção para uma área específica da fotografia, média profundidade _____________________ 3 A profundidade de campo na prática é a extensão da zona nítida disponível quando se tira uma fotografia e está subordinada à distância de focalização, ao tamanho da abertur a e à distância focal da objectiva utilizada.
  6. Fotografia Digital de campo quando quer alguns elementos na zona nítida da foto e maior profundidade de campo quando quer que todos os elementos apareçam nítidos na imagem. As escalas numerais dos diafragmas nas lentes são inversas, ou seja, quanto maior o número do diafragma menor será seu diâmetro e vice-versa. As escalas mais comuns de diafragmas são: 1.8, 2.0, 2.8, 3.5, 4.5, 5.6, 8.0 (menor profundidade de campo) e 11, 16, 22, 32, 64, (maior profundidade de campo). Menor profundidade de campo f/2 - somente b Posição do fotógrafo em relação a a, b e c. Profundidade de Campo está em foco. Maior profundidade de campo f/16 - a, b e c estão em foco
  7. Fotografia Digital O que é panning? Quem já viu aquelas fotos de corridas, onde somente o carro está em foco e o fundo parece estar em movimento, e ficou imaginando como a foto foi feita? A técnica é chamada Panning, é mais simples do que você imagina. Panning é a técnica mais usada quando falamos de fotografia em movimento. A ideia básica por trás da técnica é a de que o fotógrafo siga o objeto em movimento e ao disparar, no momento certo, o objeto ficará em foco e o fundo borrado, dando a sensação de movimento ao assunto da fotografia. Como fazer o panning?  Posicione-se em um local seguro, com uma boa visão da cena;  Coloque a câmera em prioridade de velocidade (modo Tv na Canon e S na Nikon) e selecione uma velocidade de disparo relativamente lenta, comece com 1/40 e vá experimentando até achar a velocidade ideal. Qualquer coisa entre 1/8 e 1/60 deve funcionar, mais lento que isso e a foto provavelmente ficará tremida demais, mais rápido e o fundo ficara muito nítido e sem o efeito de movimento.
  8. Fotografia Digital  Quando o objeto começar a se aproximar, siga-o na mesma velocidade com a sua câmera, mas evitando mover a câmera para cima ou para baixo. Dispare várias vezes, mesmo antes e depois que o objeto passe pelo local desejado, e continue seguindo-o do começo ao fim para garantir que ele fique em foco. Para facilitar, tente usar um tripé, monopé ou uma lente teleobjetiva.  Caso a sua câmera não consiga focar muito bem objetos em movimento ou se você estiver tendo dificuldades, tente prever onde o objeto estará no momento da foto e regule o foco manual para focar exatamente naquela área (lembre-se de não se deslocar muito após o foco estar regulado). Seja muito paciente e não desista! Se essa é a primeira vez que você esta tentado técnica de panning, não desista logo no começo. Essa é uma técnica relativamente fácil de se aprender mas leva um pouquinho de tempo e prática para começar a ter bons resultados. Um ótimo lugar para praticar é em frente à sua casa com os carros que passam, lembre-se de afastar-se um pouco do objeto a ser fotografado, quanto mais longe, mais lentamente você terá que acompanhar o objeto. Tire muitas fotos! Com essa técnica você vai perceber que serão poucas as fotografias que vão estar realmente em foco. Isso é normal até para fotógrafos mais experientes. Algumas vezes deixar o objeto um pouco borrado aumenta a sensação de movimento na foto.
  9. Fotografia Digital Mais alguns exemplos de panning:
  10. Fotografia Digital Modo de Prioridade à velocidade (S ou TV) Este modo de prioridade à velocidade é muito parecido com o modo de prioridade à abertura. Vamos controlar a velocidade do obturador e a máquina vai decidir automaticamente todas as outras variáveis. É uma boa opção para quando se está a fotografar objectos que estão em movimento rápido, tais como desportos, ou outros em que se quer ter uma velocidade elevada para congelar o motivo da nossa fotografia. Caso contrário se pretender fazer uma fotografia, por exemplo de uma cascata, com a água a ficar com um aspecto de névoa, ou aquela típica fotografia de uma estrada à noite em que não se vêm os carros mas apenas as suas luzes, ou se simplesmente estiver numa situação de pouca luz, poderá escolher uma velocidade baixa. Exemplos de Velocidade Velocidade Alta Velocidade lenta
  11. Fotografia Digital Velocidade Alta 1/1000 Velocidade Lenta 2”
  12. Fotografia Digital Regra dos terços Consiste em dividir mentalmente o quadro da fotografia em nove partes iguais como se fosse um “jogo da velha” e situar o objeto fotografado em uma das quatro interseções das linhas. Essas quatro interseções são conhecidas como seções áureas, consideradas regiões de maior dinamismo em uma imagem, nas quais o elemento vital é mais enfatizado e também onde existe a convergência natural dos olhos do observador para dar início ou finalizar a leitura. Essa regra de composição foi criada no Renascimento e utilizada por grandes mestres da pintura, como Da Vinci, Giotto e Michelângelo. Todavia, não existe técnica mais intuitiva que a regra dos terços quando se trata de contextualizar a informação ou de privilegiar algum elemento na imagem. Exemplo do uso da regra dos terços
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