O realismo foi um movimento artístico e cultural do século XIX que se caracterizou por abordar temas sociais e retratar a realidade de forma objetiva. Na literatura, pintura e teatro, os artistas realistas descreviam os problemas da época como a pobreza e exploração de forma clara e acessível, em contraste com o subjetivismo romântico. No Brasil, o realismo se manifestou principalmente na prosa criticando a sociedade, com Memórias Póstumas de Brás Cubas como marco inicial.
2. O realismo foi um movimento artístico e cultural que se desenvolveu na segunda metade do século XIX. A característica principal deste movimento foi a abordagem de temas sociais e um tratamento objetivo da realidade do ser humano.
3. Possuía um forte caráter ideológico, marcado por uma linguagem política e de denúncia dos problemas sociais como, por exemplo, miséria, pobreza, exploração, corrupção entre outros. Com uma linguagem clara, os artistas e escritores realistas iam diretamente ao foco da questão, reagindo, desta forma, ao subjetivismo do romantismo. Uma das correntes do realismo foi o naturalismo, onde a objetividade está presente, porém sem o conteúdo ideológico.
30. O realismo manifestou-se principalmente na pintura, onde as obras retratavam cenas do cotidiano das camadas mais pobres da sociedade. O sentimento de tristeza expressa-se claramente através das cores fortes. Também mostravam meretrizes, dançarinos, vagabundos, e mendigos.
32. “ Os jogadores de xadrez” Honoré Daumier Mascelha (1808-1879)
33. “ Os Carvalhos de Apremont” Théodore Rousseau Paris (1812-1867)
34. “ Pastora com seu rebanho” (1864) Jean-François Millet (1814-1875 )
35. O estúdio do Pintor Courbet foi uma figura poderosa em todos os sentidos. Homem de físico avantajado, pintou grandes quandros sobre grandes temas. Estava sempre no centro da polêmica. Este quadro embora pintado no início da sua cerreira, é uma obra prima. É como um manifesto em que ele declara suas crenças e opiniões básicas. O quadro mostra se estúdio em Paris. Há tês grupos: ao centro, o próprio artista, à direita seus amigos, e à esquerda, aqueles que segundo ele “florescem com a morte” – não só seus inimigos e as coisas que ele combatia, mas também os pobres, destruídos e perdedores na vida. Courbet registrou suas reflexões enquanto o pintava.
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37. Entre as pessoas agrupadas à esquerda há um chinês, um judeu, um veterano da Revolução Francesa, um operário, um Irlandês e eu caçador clandestino. São os perdedores, os explorados pelos inimigos de Courbet. Talvez também papéis alegóricos, mas Courbet não os definiu com precisão, preferindo manter uma certa ambigüidade e mistério.
38. Esse é o Napoleão III. Ditador do Segundo Império Francês, ele criou um regime duro, repressor e de uma avidez financeira que terminou em desastre e revolta popular. Courbet foi um militante ativo e opositor político.
39. Vemos também um grande chapeu de feltro com pena, uma capa com uma adaga e um violão. Objetos típicos do artista romântico. Como os românticos não viviam na realidade, mas sim no mundo dos sonhos e emoções, Courbet também os rejeita.
40. Atrás do cavalete, há uma figura na pose de crucifixão. É um boneco de madeira articulado, em tamanho natural, que os artistas convencionais costumavam copiar. Aqui ele simboliza a arte acadêmica, que o autor rejeitava; está na sombra projetada pelo novo tipo de arte, que vemos no cavalete ao centro do quadro.
41. No cavalete há uma grande paisagem representando a terra natal do artista. A corrente predominante ainda não considerava a paisagem um tema digno de um pintor sério. Ele está declarando guerra contra essa corrente principal, recusando-se a aceitar as opiniões estabelecidas.
42. A mulher postada atrás de Courbet representa a verdade nua conduzindo seu pincel, ele procura pintar quadros que copiem a vida real da época.
43. O garoto é inocente e sem instrução. O autor prefere a visão dessa criança fascinada, direta, honesta e de mente aberta.
44. O menino ajoelhado no cão faz um tosco esboço numa folha. Tal como o garoto na frente do cavalete, ele não foi acorrentado por uma rigidez de uma educação formal. Simplesmente registra da melhor maneira aquilo que vê, é um dos principais centrais do realismo.
45. A figura lendo um livro representa um grande poeta francês Charles Baudelaire, atrás dele está a figura de sua namorada, Jeanne Duval. Courbet tinha apagado essa figura, mas com o passar do tempo a tinta vai se tornando mais fina e ela está reaparecendo.
47. No teatro realista o herói romântico é trocado por pessoas comuns do cotidiano. Os problemas sociais transformam-se em temas para os dramaturgos realistas. A linguagem sofisticada do romantismo é deixada de lado e entra em cena as palavras comuns do povo.
54. Os arquitetos e engenheiros procuram responder adequadamente às novas necessidades urbanas, criadas pela industrialização. As cidades não exigem mais ricos palácios e templos. Elas precisam de fábricas, estações ferroviárias, armazéns, lojas, bibliotecas, escolas, hospitais e moradias, tanto para os operários quanto para a nova burguesia.
76. Tempos Modernos é um filme de 1936 do cineasta britânico Charles Chaplin, em que o seu famoso personagem "O Vagabundo“, tenta sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado. Nesse filme Chaplin quis passar uma mensagem social. Cada cena é trabalhada para que a mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja. E nada parece escapar: máquina tomando o lugar dos homens, as facilidades que levam a criminalidade, a escravidão. O amor também surge, mas surge quase paternal: o de um vagabundo por uma menina de rua .
78. Literatura Na literatura brasileira o realismo manifestou-se principalmente na prosa.Os romances realistas tornaram-se instrumentos de crítica ao comportamento burguês e às instituições sociais. Muitos escritores românticos começaram a entrar para a literatura realista. Os especialistas em literatura dizem que o marco inicial do movimento no Brasil é a publicação do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis. Nesta obra, o escritor fluminense faz duras críticas à sociedade da época.
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80. Teatro As peças retratam a realidade do povo brasileiro, dando destaque para os principais problemas sociais. Os personagens românticos dão espaço para trabalhadores e pessoas simples. Machado de Assis escreve Quase Ministro e José de Alencar destaca-se com O Demônio Familiar. Luxo e Vaidade de Joaquim Manuel de Macedo também merece destaque. Outros escritores e dramaturgos que podemos destacar: Artur de Azevedo, Quintino Bocaiúva e França Júnior.