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Convivências e despedidas: a experiência existencial




         Num piscar de olhos estamos nós a projetar novos afazeres. Quem
disse que o eterno é bom e que o bom tem que ser eterno? Ó espírito dos
tempos que me leva a deflagrar que até os deuses já não estão tão de
acordo com os tempos vindouros porque a disputa para ocupar vosso
majestoso assento é de difícil expressar o que faz muitos ali passar a
espreitar. Por que tantas lacunas ora deixaste a pensar pelos que aqui vão
permear? É o simples lugar ou o poder a se submeter que faz muitos se
afoitar?
        Para o mundo ditirâmbico, tanto na verve dionisíaca quanto na
pulsação apolínia teria sido mais fácil tal potência ser reconduzida a
quimera lugar de vossa majestade. Quisera o deus Apolo se projetar com
vossa dedicada razão e tudo num toque de maestria reduzido a conduta
racional. Mas se o mesmo não esforçar a afagar tais deleites produzidos,
chamaremos o deus Dionísio para fazer parte desse prelúdio irracional,
quer dizer, amargado pelo prazer da voluptuosidade, tragado pelo lado
obscuro, pudesse melhor contornos nos dar.
        O que suplanta em nosso meio passa a ser ao mesmo tempo trágico
quanto cômico, assemelhando-se ao tragicômico ou ao vício da tragédia
grega misturada com a comédia. Que espírito ditirâmbico estás a possuir os
seres que aqui habitais, ó deus das montanhas? Suplico por voz para afagar
meu ego e o que encontro é escuridão e trincheiras. Quanto ao vosso cavalo
alado, estais em repouso em meio aos vermes que conduzis a máxima da
sabedoria e representais o pleno conhecimento. Os deuses do Olimpo
devem estar dormindo, pois não escuto mais vozes, porém seu odor é de
putrefação. Se a esses suplícios não encontrar respostas, passamos a
evocar outros novos espíritos que nos conforta.
       O racional e o emotivo estão a se complementar, deflagramos na
construção do mundo pré-humano. Que tempo de explicações tão racional
que levariam o emocional a comungar sem se dar conta do tamanho mundo
sedutor que outrora vieste a provocar. Aqui podemos nos indagar: o poder
nos seduz ou estamos seduzidos por ele?
        Para clarear, o amor inconfundível platônico veio confrontar. Simples
sedução perfeita aqui estas a delirar. Ó ideais platônicos que não me deixas
voltar ao mundo real evocado no mundo das opiniões e quando puderes
passará ao mundo das ideias e repousar no racional. Porém, mais racional
torna seu discípulo a ali suplantar outros ideais. Que diga quão responsável
Aristóteles quisera se projetar mediante a racionalidade do mundo real.
Assim, entendas hoje que tanto o oculto quanto o científico ali vieram a se
projetar.
         Qual orifício viera destacar Bachelard quando entendido que o
período científico precisa se justificar por um anterior que deleita no pré-
científico para o presente
      cientificamente passar a dominar. Quantas máscaras vieram a se
desvendar quando alguns justificam a matematização do real para qualificar



                                                                           1
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a proposta física do universo quântico. Queria Bachelard e outros mais
encontram na “formação do espírito científico”1 as bases negadas que antes
fosse tamanha degustada.
        Parece que hoje pôs outro campo a degustar. E em meio a isso,
propôs alguns de nós à montanha nietzschiana a escalar ou simplesmente
as profundezas do inconsciente freudiano a degustar. Estranho mundo desse
nosso ser que ora está para outros virem a ocupar. Por isso
epistemologicamente não é estranho de fundamentar e justificar que
apenas estamos no cargo a ocupar, como muitos queiram que passamos a
internalizar e expressar. Por isso ao justificar que estamos, nunca podemos
o ser contemplar ou na essência se realizar. Assim, estamos não-sendo a
ocupar o que vieste ora a não mais estar. Se o estar é a proposta do fazer
num estremado cargo a transitar, quem vier a ocupar nunca será pois
estando não pode ser o ser para estar. É a confusão mental que ora
passamos a expressar quando outros buscam lá também estar. Seria a
ontogênese genética genuína do ser a questionar?
       Porém, podemos entender ao expressar, que Heidegger, no mundo
sempre se fez porque entendia o ser enquanto no mundo é, isto é, o ser é
para o mundo enquanto ser no mundo. Mas de tanto se importar, Sartre
um passo a mais veio dar ao desencadear que além de estar o ser se faz no
meio do mundo que estamos a habitar. Que mundo mundano é esse?
Estamos nele ou nos fazemos no meio e junto a ele?
        Mundo, porém, que levou Nietzsche ao topo da montanha sua
serpente lá deixar e por lá ficou a vaguear. Será o inconsciente a espreitar
ou nossa potência de ser deus e da altura querer dominar? Ditirâmbico
inconsciente está a expressar, pois na montanha o poder presente se faz a
totalizar que levou Freud ao posso (ou as profundezas) ir justificar. É como
se Bachelard nos anúncios dissesse que “os psicólogos tradicionais
tripudiam então sobre nossas ideias ousadas; lembram-nos, cheios de
amarga sabedoria, que é preciso mais que uma equação para mudar o
coração humano e que não é em algumas horas de deliciosos êxtases
intelectuais que se reduzem os instintos e se suscitam novas funções
orgânicas”2.
        Estamos a deflagrar uma reviravolta ontológica hermenêutica
principiada pela linguagem, ou simples carícia de estar no comando a
dominar? Vulnerável, pois está nossa forma de recolocar quem aqui vai nos
representar. Ou pela força de uns ou pela traição das leis justificado assim
ficará.
        Quimera vã filosofia estamos nós a pregar se o posto ali está e nem
se quer demos o trabalhos de nossas potências ali se espreitar. Quão
democrático quisera ser o eu para justificar o tu que ali preterido estais a
ocupar, porém formosa forma de externalizar que até nosso poder estais à
guilhotina transpassar. Se Alfredo Bosi3 encontrou argumento para a
dialética do poder se externar e diante da história do Brasil o domínio da
burguesia se confirmar, quanto mais o tempo presente está a preencher as
1 BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do
conhecimento. 9ª reimpressão. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contrapontos, 2001.

2 Ibidem, p.306.


3 BOSI, Alfredo. A dialética da colonização. 4ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.



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lacunas argumentativas da plena justiça a merecer quando questionado
argumento ter a tecer. Diuturnamente passamos a justificar que o poder não
se entende, apenas se aprende a conviver com o mesmo, ou faz-se
submisso, comprometendo-o.
        Se vieres para cá e agora está para volta, esse é nosso jeito de no
mundo transplantar a peregrinação dentro da eterna migração que o ser
gosta de confrontar. É o eterno retorno que as potencias propiciam a
transplantar. Se aqui está, lá será para depois poder estar se assim achar
c
conveniente justa medida tomar.


        Mas se evocarmos o propósito de Habermas, entendemos que os
enunciados e seus enunciadores estariam em pé de igualdade quando o
diálogo passa a externar. Proposta dialógica que evoca aos seres com
argumentos e posturas iguais, mas que no fundo a composição da
sociedade atual quisera argumentar, antes disso passara a negar.
Propositalmente deparamos com a falibilidade na propositura argumentativa
de Popper quando dimensionado sua sentença ao espírito cientificizante ao
qual se fazia presente, tendo o mesmo negado ou negociado.
        Deflagrando com o lugar que aqui estavas a ocupar, muitos estão a
reflexionar quem a ele poderá se assentar. Entendes a lacuna que ora foste
provocar para então deleitado outro poderá vir a substancializar. É a eterna
revolta da objetividade subjetiva que nem se quer possamos entender, mas
que outros virão a confirmar que agora passará a ser transubjetiva quando
vir a confirmar, ou se quiser possamos confrontar para depois transobjetiva
se tornar, conspirando pela intersubjetividade do querer fazer ou ser.
        Quisera eu entender o quão democrático nossas relações do eterno
poder contornam as justificativas para que ninguém possa dela se
desprender. Provêm tais anátemas sentenciadas e denunciadas do
personalismo buberiano ou da objetividade a qual se expressa nossa
atualidade? Se fosse de forma dialógica, teríamos a “prova que o
pensamento se desenvolve mais do eixo do eu-você do que do eixo do eu-
isso”, sentenciada no livro “A formação do Espírito Científico”4. Qual
propositura nos levou a pensar com Freire, no expressar de Martin Buber
que “O eu dialógico, pelo contrário, sabe que é exatamente o tu que o
constitui. Sabe também que, constituído por um tu – um não-eu –, esse tu
que o constitui se constitui, por sua vez, com eu, ao ter no ser eu um tu.
Desta forma, o eu e o tu passam a ser, na dialética destas relações
constitutivas, dois tu que se fazem dois eu”5.
        Se Maquiavel estivesse presente em nosso meio, teria sugerido a
força ou a sabedoria para estar à frente do poder? Como não podemos
voltar ao tempo e passar a justificar pelos deuses ou pelo poder totalizador
do imperador tais presenças no trono e nem pela infalibilidade, usamos da
justa medida jurídica salientada pelo aval democrático. E quando não
acontece, tal incumbência é justificada por si só.
       Assim quisera eu expor simples conjectura por ora refutável e ao
mesmo tempo irrefutável, mas que palpitam no verde ego que ignorando o
superego ou reafirmando o mesmo, faz presenciar as amarra do cotidiano,

4 BACHELARD, Gaston. Idem, p.238.

5 FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 36ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003; pp.165-166.



                                                                                                 3
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quando conscientes estamos e assim agimos sem malabarismo. Ou como
transpôs Albet Camus que “o homem é o único ser vivente que se recusa a
ser o que é”6.
        Externados podemos comungar com o desfecho que Adolfo Sánchez
Vázquez numa visão marxista quando propôs que “mesmo estando
alienado, o homem continua sendo um ser consciente, ativo; se bem que
consciente não no sentido humano – propriamente criador – de sua
atividade” tal qual que sentencia que “só o homem se aliena, e apenas ele,
porque é o produto de seu próprio fazer, de seu trabalho; justamente porque
ele faz o seu ser – em poucas palavras, por ser um ente histórico –, o
homem se encontra em um processo de produção de si mesmo, isto é, de
humanização, dentro do qual pode encontrar-se em níveis humanos tão
ínfimos como o homem alienado ou coisificado”7.
        Mas que amarras fazem nos perecer? Com Ademar Bogo “podemos
dizer que, juridicamente, a alienação acontece quando perdemos o controle
sobre as leis. Politicamente, quando criamos uma organização, deixamos de
participar e perdemos o controle sobre ela. Na comunicação, perdemos o
controle sobre os meios de comunicação e sobre nós mesmos, pois
       as propagandas viram vícios que nos tornam insensíveis com tudo
que nos rodeia. Na produção, perdemos o controle sobre os objetos
produzidos, pois não sabemos que destino tomam”8.
       Vais embora enaltecido ou simplesmente rejuvenescido? A resposta
só poderá estar com você. Mas uma coisa podemos entender, quando
evocado está pelo simples poder, observado logo será tal qual entoou
Foucault quando esbravejou contra a supressão de tal submissão a que os
seus nunca obtiverem poder de recusar. Que pêndulo é esse?
        Ao evocar a classe trabalhadora para estar em luta permanente,
Marx também descreveu sobre os perigos que ronda a ideologia num plano
um tanto obscuro. Certo pode estar Dussel ao dizer que atingimos um
patamar de miserabilidade e que temos que lutar contra as amarras que faz
muitos povos latinos, africanos e asiáticos ainda fome e sede passar,
quando a mídia deixa veicular que é na obesidade a hermenêutica se
ajustar e deleitar. Ressuscitado está o direto de classe e sua luta pelos
ideais, ao mesmo tempo em que a sedução do poder ameaça avanços e
conquista, dependendo de quem para posto a defender lá estais. Pois o
ideal é da classe trabalhadora ou é da burguesia, sentenciava Marx,
quando postos estamos a lutar e conquistar. Afinal, de quem acaba sendo a
conquista: da classe ou de quem ocupar o lugar a governar? Estamos aqui
contribuindo como revolucionários ou simples mercenários?
       De todo lapidar semântico evocamos sintomaticamente o marxismo
para sentenciar as ações, mas é a estrutura durkheiminiana que domina a
dinâmica do cotidiano. Divididos em classe trabalhadora e burguesias de um
lado e disfrutamos os estamentos, castas, clãs e outros mais de outro.
Sendo assim, é Marx ou é Durkheim que expelimos aos quatro cantos? É a
negação da essência humana ou a possibilidade de sua emancipação que

6 Citação feita em: BOGO, Ademar. O vigor da mística. São Paulo: Anca, 2002; p.23.

7 VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Filosofia da práxis. Trad. Maria Encarnación Moya. São Paulo: Expressão
Popular, 2007; pp.124-125.

8 BOGO, Ademar. Idem, p.33.



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estamos a lutar? Ó quimera juventude que só deu ao prazer de fazer
vendaval!
        Entendas que ao sair, muito deixaste no quesito de contribuir, pois
no cargo a ocupar, muito solene estava sempre a transitar para que ao
equilibrar fosse fiel ao que estavas a representar. Provocante é o silencio,
mais provocante ainda é pensar que existe algo além do mero silêncio
quando muitos bocejando passara tempo a conflitar. Mas é dentro do
silenciar que ao se expressar o porquê aqui sua presença se fazia equilibrar.
É dai que podemos entender que ao não ditar o não falado nada fosse
afetar, mas que na maturidade dos demais pudesse sozinho caminhar sem
nunca ter medo de esquivar. Porém quando força faltar, pudéssemos
entender que ali estavas a caminhada ajudar a reforçar cada um ou uma na
formação poder trilhar.
        E dentro desse eterno conflito existencial podemos nós degustar
daquilo que Wittgenstein propôs numa frase abalar e assim passou a
expressar: “Sobre aquilo que não se deve falar, deve-se calar”. Claro que
nessa sentença o mundo pós-metafísico Habermas queira projetar, como
tantos outros na propositura filosófica a desvendar. Que ao verificarmos
qualificamos como projeteis alienantes ou posto a alienar que na dialética
histórica possamos justificar se o homem foi feito apenas para trabalhar ou
só pelo trabalho possamos enxergar. Querendo assim passar a negar a
essência porque a existência já se encontra comprometida. Qual homem da
guerra queremos experienciar se a justa medida se dá na luta pela eterna
paz? Pois podemos abrilhantar que “o homem só existe como tal e se
autoproduz como ser que se objetiva e produz um mundo humano” 9 quando
entendido dentro do viés marxista as proposituras alienantes e os esforços
para o consciente entender e lutar para que não sejamos mero objetos que
outros podem usar tanto na condição ontológica quanto gnosiológica.
       Ao final de tudo não sei ao certo classificar o ser se é ético, estético,
antropológico ou antropoiético, conspirando para uma poiesis ou para uma
vertente cética, epicurista, dualista,
         positivista, quisera também ser dialética. Porém, o ser que existe
continua a persistir tanto personalista quanto holística que ao fim opta por
ser existencialista ou essencialista, mas que ao descrever não pode deixar
de ser teórico ou prático, como também justificado na práxis dialética seja
da vertente hegeliana ou queira marxista. Tantas decisões e classificações
que ao mesmo tempo será você qual quer que seja sendo ou estando,
sempre transmudando para que o essencial possa contemplar tanto no topo
da montanha quanto nas profundezas do mar. Vais embora a vaguear ou na
labuta espreitar quão outros te esperam por lá como aqui estamos a desejar
inteira gratidão a expressar.
        Ou como quisera argumentar Rubem Alves10 que “O aprendido é
aquilo que fica depois que o esquecido fez o seu trabalho” quando
enaltecido ao descrever sobre a educação do olhar, entendido que “há
certos olhares que são proibidos”, mesmo não estando comprometido com
outros que queiram esguichar seu ser reprimido a sonorizar.
        Assim, espero que tal discurso enunciado e sentenciado esteja à
altura de quem por ora está sendo homenageado. Por fim, que discurso
9 VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Idem, p.128.

10 Entrevista exibida no Programa do Jô da Rede Globo, em 01/06/2011.



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competente, olhando para Marilena Chauí11, podemos usar para afirmar o
que estamos vivenciando com a troca de formadores ao cargo de
coordenador? O que estamos a silenciar e ocultar? Acima de tudo, o que
está dessa nova tessitura a expressar? Que práxis revolucionária projetamos
nós para o fazer pedagógico de muitos que ainda não compreendem as
amarras     sequenciadas?      Somos     revolucionários     ou      simples
produtor/consumidor/mercenário? Antes de tudo, acabamos nos posicionado
como pensadores. Quem diria que pudéssemos pensar isso um dia!
        Para Ademar Bogo12, temos dois elementos em nossa cultura que
enfraquece a mística: a política de interesses e a alienação. E logo adiante
descreve que “a ‘perversidade dialética’, portanto, é esta em que a
solidariedade e o oportunismo andam juntos na mesma estrada” 13. Ou
estamos a serviço da solidariedade ou apenas satisfazemos caprichos
individuais, dependendo do comprometimento ético ou alienante que
atrelado estamos.
       Ainda cabe aqui ressaltar que se imputarmos ao conceito de
verdade veremos, conforme destaca William James que a verdade quando
posta em relação as nossas crenças, fica subordinada aos nossos interesses
ou ao “interesse de cada um de nós” porque é mais vantajoso. “Em
consequência, não se manifesta na concordância com uma realidade que
nosso conhecimento reproduz, mas corresponde a nossos interesses, àquilo
em que seria – para nós – melhor, mais vantajoso ou mais útil acreditar”14.
Pressupõe destacar que muitas vezes incutimos uma verdade com
características utilitarista e egoísta, pois está impregnada do pragmatismo,
tal que a verdade fica subordinada à utilidade, não se assemelhando ao
marxismo que a utilidade é consequência da verdade15 que comunga com a
revolução e se satisfaz na transformação dos que aqui estais a existir ou no
mundo a presença se concretizar.
       Quisera argumentar que a alétheia (verdade) grega nos primórdios
buscara explicar a arché (princípio) dentro de um prisma ontológico. Fez isso
Heráclito ao definir que “tudo flui”. E não ficando satisfeito, Parmênides
sentenciava que “o ser é e não pode não ser; o não ser não é e não pode
ser de modo algum” 16. Porém, essa argumentação foi possível pela
ascendência do logos (razão) justaposta ao pensar cosmológico ou ser da
physis (natureza) e posteriormente ao pensar antropológico. Antes disso,
entendas quem for investigar, que a moira encontrava-se atrelada a
conduta dos viventes sem nada poder fazer para mudar a conduta que o
destino havia traçado. Isto vem substancializar que toda princípio da
verdade
      comunga com o mundo que queremos desvendar ou pôr a justificar
toda medida tomada em qualquer instância da vida. Não é por mera

11 CHAUÍ, Marilena. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. 3ª ed. São Paulo:
Moderna, 1982.

12 BOGO, Ademar. Idem, p.31.

13 Ibidem, p.32.

14 Ver em: VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Idem, p.241

15 Ibidem, p.242.

16 Quanto a isso, ver em: ZILLES, Urbano. Teoria do conhecimento. Porto Alegre: Edipucrs, 1994.



                                                                                                  6
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coincidência que os sofistas propagavam que as opiniões ou convenções por
si só justificava a veracidade do assunto que estava a discorrer com retórica
aguçada, pois a eles interessava ter argumento para convencer. Pois para o
sofista Protágoras, “o home é a medida de todas as coisas”, se assim
quisermos entender e qualificar. Quisera ao final entender que
historicamente a filosofia passou por alguns enunciados gnosiológicos: no
período antigo e medieval a questão central era o Ser; já na moderna
passara a ser o Conhecimento e; na contemporânea algumas filosofias se
expressam na Linguagem17. Mas por ora vamos vaguear por outras veredas.
        Propagando um caráter antropológico numa vertente marxista
passamos a entende que a atividade revolucionária não precisa transformar
as ideias e sim a realidade18. Que opção temos nós dentro do referendado
fazer pedagógico cotidiano seja na base de escudeiro ou de revolucionários?
O certo é que o acontecido e o que virá são simples reformas para não o
todo sacrificar e nós no conforto sempre nos encontrar. Para problemas
práticos evocamos “tarefas teóricas” sem nos questionar se conseguimos
mesmo mudar, quando simples filosofia passamos a propagar. Porém agora
estamos posta a reflexionar, cada um uma sentença a carregar.
       É do olhar sisudo e talvez egocêntrico que passamos a defender
com convicção nossas razões dentro da esfera que passamos a habitar, ou
talvez alguns ideais que queiram se projetar quando por força ou ideais
queiramos defender e projetar dentro de uma identidade mítica de ser e
pensamento19, quando teoria e prática não aspiram ao procedimento real,
tangido por uma crítica surreal.

        Ao expressar, não queira sua pessoa isolada aqui estar, o que nos
rodeia faz parte da nossa presença sentenciar, queiramos ou não afirmar ou
dela se esquivar. Toda a simbologia acima representada faz parte de um
pequeno enunciado da rotina que aqui tens apreciado ou representado. Por
isso somos o poder ou passamos a defender quando presentes estamos ou
a transitar para outros horizontes almejamos. Acima de tudo queiramos
entender que a utopia estamos a representar.
        Sem mais delongas, obrigado pelo que aqui passou a representar.
São simples evocação desse eterno discípulo de muitos outros que aqui
virão. Porém peço compreensão se ao expressar, contemplado por completo
não estás.


Referência Bibliográfica:
BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico: contribuição para
uma psicanálise do conhecimento. 9ª reimpressão. Trad. Estela dos Santos
Abreu. Rio de Janeiro: Contrapontos, 2001.
BOGO, Ademar. O vigor da mística. São Paulo: Anca, 2002.
BOSI, Alfredo. A dialética da colonização. 4ª ed. São Paulo: Companhia das
Letras, 2009.


17 Ibidem, p.9

18 VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Idem, p p.132.

19 Identidade descrita por Marx quanto ataca o ideal crítico dos ideólogos neohegelianos em A sagrada
família. Ver. VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Idem, p.135.




                                                                                                   7
Fernando Rasnheski; e-mail: filfrk@hotmail.com


CHAUÍ, Marilena. Cultura e democracia: o discurso competente e outras
falas. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 1982.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 36ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2003.
VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Filosofia da práxis. Trad. Maria Encarnación
Moya. São Paulo: Expressão Popular, 2007.
ZILLES, Urbano. Teoria do conhecimento. Porto Alegre: Edipucrs, 1994.


      Fernando Rasnheski – Dezembro de 2011. - Cefapro de Matupá, MT.
                                                 e-mail: filfrk@hotmail.com.




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Convivências e despedidas: reflexões sobre poder e subjetividade

  • 1. Fernando Rasnheski; e-mail: filfrk@hotmail.com Convivências e despedidas: a experiência existencial Num piscar de olhos estamos nós a projetar novos afazeres. Quem disse que o eterno é bom e que o bom tem que ser eterno? Ó espírito dos tempos que me leva a deflagrar que até os deuses já não estão tão de acordo com os tempos vindouros porque a disputa para ocupar vosso majestoso assento é de difícil expressar o que faz muitos ali passar a espreitar. Por que tantas lacunas ora deixaste a pensar pelos que aqui vão permear? É o simples lugar ou o poder a se submeter que faz muitos se afoitar? Para o mundo ditirâmbico, tanto na verve dionisíaca quanto na pulsação apolínia teria sido mais fácil tal potência ser reconduzida a quimera lugar de vossa majestade. Quisera o deus Apolo se projetar com vossa dedicada razão e tudo num toque de maestria reduzido a conduta racional. Mas se o mesmo não esforçar a afagar tais deleites produzidos, chamaremos o deus Dionísio para fazer parte desse prelúdio irracional, quer dizer, amargado pelo prazer da voluptuosidade, tragado pelo lado obscuro, pudesse melhor contornos nos dar. O que suplanta em nosso meio passa a ser ao mesmo tempo trágico quanto cômico, assemelhando-se ao tragicômico ou ao vício da tragédia grega misturada com a comédia. Que espírito ditirâmbico estás a possuir os seres que aqui habitais, ó deus das montanhas? Suplico por voz para afagar meu ego e o que encontro é escuridão e trincheiras. Quanto ao vosso cavalo alado, estais em repouso em meio aos vermes que conduzis a máxima da sabedoria e representais o pleno conhecimento. Os deuses do Olimpo devem estar dormindo, pois não escuto mais vozes, porém seu odor é de putrefação. Se a esses suplícios não encontrar respostas, passamos a evocar outros novos espíritos que nos conforta. O racional e o emotivo estão a se complementar, deflagramos na construção do mundo pré-humano. Que tempo de explicações tão racional que levariam o emocional a comungar sem se dar conta do tamanho mundo sedutor que outrora vieste a provocar. Aqui podemos nos indagar: o poder nos seduz ou estamos seduzidos por ele? Para clarear, o amor inconfundível platônico veio confrontar. Simples sedução perfeita aqui estas a delirar. Ó ideais platônicos que não me deixas voltar ao mundo real evocado no mundo das opiniões e quando puderes passará ao mundo das ideias e repousar no racional. Porém, mais racional torna seu discípulo a ali suplantar outros ideais. Que diga quão responsável Aristóteles quisera se projetar mediante a racionalidade do mundo real. Assim, entendas hoje que tanto o oculto quanto o científico ali vieram a se projetar. Qual orifício viera destacar Bachelard quando entendido que o período científico precisa se justificar por um anterior que deleita no pré- científico para o presente cientificamente passar a dominar. Quantas máscaras vieram a se desvendar quando alguns justificam a matematização do real para qualificar 1
  • 2. Fernando Rasnheski; e-mail: filfrk@hotmail.com a proposta física do universo quântico. Queria Bachelard e outros mais encontram na “formação do espírito científico”1 as bases negadas que antes fosse tamanha degustada. Parece que hoje pôs outro campo a degustar. E em meio a isso, propôs alguns de nós à montanha nietzschiana a escalar ou simplesmente as profundezas do inconsciente freudiano a degustar. Estranho mundo desse nosso ser que ora está para outros virem a ocupar. Por isso epistemologicamente não é estranho de fundamentar e justificar que apenas estamos no cargo a ocupar, como muitos queiram que passamos a internalizar e expressar. Por isso ao justificar que estamos, nunca podemos o ser contemplar ou na essência se realizar. Assim, estamos não-sendo a ocupar o que vieste ora a não mais estar. Se o estar é a proposta do fazer num estremado cargo a transitar, quem vier a ocupar nunca será pois estando não pode ser o ser para estar. É a confusão mental que ora passamos a expressar quando outros buscam lá também estar. Seria a ontogênese genética genuína do ser a questionar? Porém, podemos entender ao expressar, que Heidegger, no mundo sempre se fez porque entendia o ser enquanto no mundo é, isto é, o ser é para o mundo enquanto ser no mundo. Mas de tanto se importar, Sartre um passo a mais veio dar ao desencadear que além de estar o ser se faz no meio do mundo que estamos a habitar. Que mundo mundano é esse? Estamos nele ou nos fazemos no meio e junto a ele? Mundo, porém, que levou Nietzsche ao topo da montanha sua serpente lá deixar e por lá ficou a vaguear. Será o inconsciente a espreitar ou nossa potência de ser deus e da altura querer dominar? Ditirâmbico inconsciente está a expressar, pois na montanha o poder presente se faz a totalizar que levou Freud ao posso (ou as profundezas) ir justificar. É como se Bachelard nos anúncios dissesse que “os psicólogos tradicionais tripudiam então sobre nossas ideias ousadas; lembram-nos, cheios de amarga sabedoria, que é preciso mais que uma equação para mudar o coração humano e que não é em algumas horas de deliciosos êxtases intelectuais que se reduzem os instintos e se suscitam novas funções orgânicas”2. Estamos a deflagrar uma reviravolta ontológica hermenêutica principiada pela linguagem, ou simples carícia de estar no comando a dominar? Vulnerável, pois está nossa forma de recolocar quem aqui vai nos representar. Ou pela força de uns ou pela traição das leis justificado assim ficará. Quimera vã filosofia estamos nós a pregar se o posto ali está e nem se quer demos o trabalhos de nossas potências ali se espreitar. Quão democrático quisera ser o eu para justificar o tu que ali preterido estais a ocupar, porém formosa forma de externalizar que até nosso poder estais à guilhotina transpassar. Se Alfredo Bosi3 encontrou argumento para a dialética do poder se externar e diante da história do Brasil o domínio da burguesia se confirmar, quanto mais o tempo presente está a preencher as 1 BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. 9ª reimpressão. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contrapontos, 2001. 2 Ibidem, p.306. 3 BOSI, Alfredo. A dialética da colonização. 4ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. 2
  • 3. Fernando Rasnheski; e-mail: filfrk@hotmail.com lacunas argumentativas da plena justiça a merecer quando questionado argumento ter a tecer. Diuturnamente passamos a justificar que o poder não se entende, apenas se aprende a conviver com o mesmo, ou faz-se submisso, comprometendo-o. Se vieres para cá e agora está para volta, esse é nosso jeito de no mundo transplantar a peregrinação dentro da eterna migração que o ser gosta de confrontar. É o eterno retorno que as potencias propiciam a transplantar. Se aqui está, lá será para depois poder estar se assim achar c conveniente justa medida tomar. Mas se evocarmos o propósito de Habermas, entendemos que os enunciados e seus enunciadores estariam em pé de igualdade quando o diálogo passa a externar. Proposta dialógica que evoca aos seres com argumentos e posturas iguais, mas que no fundo a composição da sociedade atual quisera argumentar, antes disso passara a negar. Propositalmente deparamos com a falibilidade na propositura argumentativa de Popper quando dimensionado sua sentença ao espírito cientificizante ao qual se fazia presente, tendo o mesmo negado ou negociado. Deflagrando com o lugar que aqui estavas a ocupar, muitos estão a reflexionar quem a ele poderá se assentar. Entendes a lacuna que ora foste provocar para então deleitado outro poderá vir a substancializar. É a eterna revolta da objetividade subjetiva que nem se quer possamos entender, mas que outros virão a confirmar que agora passará a ser transubjetiva quando vir a confirmar, ou se quiser possamos confrontar para depois transobjetiva se tornar, conspirando pela intersubjetividade do querer fazer ou ser. Quisera eu entender o quão democrático nossas relações do eterno poder contornam as justificativas para que ninguém possa dela se desprender. Provêm tais anátemas sentenciadas e denunciadas do personalismo buberiano ou da objetividade a qual se expressa nossa atualidade? Se fosse de forma dialógica, teríamos a “prova que o pensamento se desenvolve mais do eixo do eu-você do que do eixo do eu- isso”, sentenciada no livro “A formação do Espírito Científico”4. Qual propositura nos levou a pensar com Freire, no expressar de Martin Buber que “O eu dialógico, pelo contrário, sabe que é exatamente o tu que o constitui. Sabe também que, constituído por um tu – um não-eu –, esse tu que o constitui se constitui, por sua vez, com eu, ao ter no ser eu um tu. Desta forma, o eu e o tu passam a ser, na dialética destas relações constitutivas, dois tu que se fazem dois eu”5. Se Maquiavel estivesse presente em nosso meio, teria sugerido a força ou a sabedoria para estar à frente do poder? Como não podemos voltar ao tempo e passar a justificar pelos deuses ou pelo poder totalizador do imperador tais presenças no trono e nem pela infalibilidade, usamos da justa medida jurídica salientada pelo aval democrático. E quando não acontece, tal incumbência é justificada por si só. Assim quisera eu expor simples conjectura por ora refutável e ao mesmo tempo irrefutável, mas que palpitam no verde ego que ignorando o superego ou reafirmando o mesmo, faz presenciar as amarra do cotidiano, 4 BACHELARD, Gaston. Idem, p.238. 5 FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 36ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003; pp.165-166. 3
  • 4. Fernando Rasnheski; e-mail: filfrk@hotmail.com quando conscientes estamos e assim agimos sem malabarismo. Ou como transpôs Albet Camus que “o homem é o único ser vivente que se recusa a ser o que é”6. Externados podemos comungar com o desfecho que Adolfo Sánchez Vázquez numa visão marxista quando propôs que “mesmo estando alienado, o homem continua sendo um ser consciente, ativo; se bem que consciente não no sentido humano – propriamente criador – de sua atividade” tal qual que sentencia que “só o homem se aliena, e apenas ele, porque é o produto de seu próprio fazer, de seu trabalho; justamente porque ele faz o seu ser – em poucas palavras, por ser um ente histórico –, o homem se encontra em um processo de produção de si mesmo, isto é, de humanização, dentro do qual pode encontrar-se em níveis humanos tão ínfimos como o homem alienado ou coisificado”7. Mas que amarras fazem nos perecer? Com Ademar Bogo “podemos dizer que, juridicamente, a alienação acontece quando perdemos o controle sobre as leis. Politicamente, quando criamos uma organização, deixamos de participar e perdemos o controle sobre ela. Na comunicação, perdemos o controle sobre os meios de comunicação e sobre nós mesmos, pois as propagandas viram vícios que nos tornam insensíveis com tudo que nos rodeia. Na produção, perdemos o controle sobre os objetos produzidos, pois não sabemos que destino tomam”8. Vais embora enaltecido ou simplesmente rejuvenescido? A resposta só poderá estar com você. Mas uma coisa podemos entender, quando evocado está pelo simples poder, observado logo será tal qual entoou Foucault quando esbravejou contra a supressão de tal submissão a que os seus nunca obtiverem poder de recusar. Que pêndulo é esse? Ao evocar a classe trabalhadora para estar em luta permanente, Marx também descreveu sobre os perigos que ronda a ideologia num plano um tanto obscuro. Certo pode estar Dussel ao dizer que atingimos um patamar de miserabilidade e que temos que lutar contra as amarras que faz muitos povos latinos, africanos e asiáticos ainda fome e sede passar, quando a mídia deixa veicular que é na obesidade a hermenêutica se ajustar e deleitar. Ressuscitado está o direto de classe e sua luta pelos ideais, ao mesmo tempo em que a sedução do poder ameaça avanços e conquista, dependendo de quem para posto a defender lá estais. Pois o ideal é da classe trabalhadora ou é da burguesia, sentenciava Marx, quando postos estamos a lutar e conquistar. Afinal, de quem acaba sendo a conquista: da classe ou de quem ocupar o lugar a governar? Estamos aqui contribuindo como revolucionários ou simples mercenários? De todo lapidar semântico evocamos sintomaticamente o marxismo para sentenciar as ações, mas é a estrutura durkheiminiana que domina a dinâmica do cotidiano. Divididos em classe trabalhadora e burguesias de um lado e disfrutamos os estamentos, castas, clãs e outros mais de outro. Sendo assim, é Marx ou é Durkheim que expelimos aos quatro cantos? É a negação da essência humana ou a possibilidade de sua emancipação que 6 Citação feita em: BOGO, Ademar. O vigor da mística. São Paulo: Anca, 2002; p.23. 7 VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Filosofia da práxis. Trad. Maria Encarnación Moya. São Paulo: Expressão Popular, 2007; pp.124-125. 8 BOGO, Ademar. Idem, p.33. 4
  • 5. Fernando Rasnheski; e-mail: filfrk@hotmail.com estamos a lutar? Ó quimera juventude que só deu ao prazer de fazer vendaval! Entendas que ao sair, muito deixaste no quesito de contribuir, pois no cargo a ocupar, muito solene estava sempre a transitar para que ao equilibrar fosse fiel ao que estavas a representar. Provocante é o silencio, mais provocante ainda é pensar que existe algo além do mero silêncio quando muitos bocejando passara tempo a conflitar. Mas é dentro do silenciar que ao se expressar o porquê aqui sua presença se fazia equilibrar. É dai que podemos entender que ao não ditar o não falado nada fosse afetar, mas que na maturidade dos demais pudesse sozinho caminhar sem nunca ter medo de esquivar. Porém quando força faltar, pudéssemos entender que ali estavas a caminhada ajudar a reforçar cada um ou uma na formação poder trilhar. E dentro desse eterno conflito existencial podemos nós degustar daquilo que Wittgenstein propôs numa frase abalar e assim passou a expressar: “Sobre aquilo que não se deve falar, deve-se calar”. Claro que nessa sentença o mundo pós-metafísico Habermas queira projetar, como tantos outros na propositura filosófica a desvendar. Que ao verificarmos qualificamos como projeteis alienantes ou posto a alienar que na dialética histórica possamos justificar se o homem foi feito apenas para trabalhar ou só pelo trabalho possamos enxergar. Querendo assim passar a negar a essência porque a existência já se encontra comprometida. Qual homem da guerra queremos experienciar se a justa medida se dá na luta pela eterna paz? Pois podemos abrilhantar que “o homem só existe como tal e se autoproduz como ser que se objetiva e produz um mundo humano” 9 quando entendido dentro do viés marxista as proposituras alienantes e os esforços para o consciente entender e lutar para que não sejamos mero objetos que outros podem usar tanto na condição ontológica quanto gnosiológica. Ao final de tudo não sei ao certo classificar o ser se é ético, estético, antropológico ou antropoiético, conspirando para uma poiesis ou para uma vertente cética, epicurista, dualista, positivista, quisera também ser dialética. Porém, o ser que existe continua a persistir tanto personalista quanto holística que ao fim opta por ser existencialista ou essencialista, mas que ao descrever não pode deixar de ser teórico ou prático, como também justificado na práxis dialética seja da vertente hegeliana ou queira marxista. Tantas decisões e classificações que ao mesmo tempo será você qual quer que seja sendo ou estando, sempre transmudando para que o essencial possa contemplar tanto no topo da montanha quanto nas profundezas do mar. Vais embora a vaguear ou na labuta espreitar quão outros te esperam por lá como aqui estamos a desejar inteira gratidão a expressar. Ou como quisera argumentar Rubem Alves10 que “O aprendido é aquilo que fica depois que o esquecido fez o seu trabalho” quando enaltecido ao descrever sobre a educação do olhar, entendido que “há certos olhares que são proibidos”, mesmo não estando comprometido com outros que queiram esguichar seu ser reprimido a sonorizar. Assim, espero que tal discurso enunciado e sentenciado esteja à altura de quem por ora está sendo homenageado. Por fim, que discurso 9 VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Idem, p.128. 10 Entrevista exibida no Programa do Jô da Rede Globo, em 01/06/2011. 5
  • 6. Fernando Rasnheski; e-mail: filfrk@hotmail.com competente, olhando para Marilena Chauí11, podemos usar para afirmar o que estamos vivenciando com a troca de formadores ao cargo de coordenador? O que estamos a silenciar e ocultar? Acima de tudo, o que está dessa nova tessitura a expressar? Que práxis revolucionária projetamos nós para o fazer pedagógico de muitos que ainda não compreendem as amarras sequenciadas? Somos revolucionários ou simples produtor/consumidor/mercenário? Antes de tudo, acabamos nos posicionado como pensadores. Quem diria que pudéssemos pensar isso um dia! Para Ademar Bogo12, temos dois elementos em nossa cultura que enfraquece a mística: a política de interesses e a alienação. E logo adiante descreve que “a ‘perversidade dialética’, portanto, é esta em que a solidariedade e o oportunismo andam juntos na mesma estrada” 13. Ou estamos a serviço da solidariedade ou apenas satisfazemos caprichos individuais, dependendo do comprometimento ético ou alienante que atrelado estamos. Ainda cabe aqui ressaltar que se imputarmos ao conceito de verdade veremos, conforme destaca William James que a verdade quando posta em relação as nossas crenças, fica subordinada aos nossos interesses ou ao “interesse de cada um de nós” porque é mais vantajoso. “Em consequência, não se manifesta na concordância com uma realidade que nosso conhecimento reproduz, mas corresponde a nossos interesses, àquilo em que seria – para nós – melhor, mais vantajoso ou mais útil acreditar”14. Pressupõe destacar que muitas vezes incutimos uma verdade com características utilitarista e egoísta, pois está impregnada do pragmatismo, tal que a verdade fica subordinada à utilidade, não se assemelhando ao marxismo que a utilidade é consequência da verdade15 que comunga com a revolução e se satisfaz na transformação dos que aqui estais a existir ou no mundo a presença se concretizar. Quisera argumentar que a alétheia (verdade) grega nos primórdios buscara explicar a arché (princípio) dentro de um prisma ontológico. Fez isso Heráclito ao definir que “tudo flui”. E não ficando satisfeito, Parmênides sentenciava que “o ser é e não pode não ser; o não ser não é e não pode ser de modo algum” 16. Porém, essa argumentação foi possível pela ascendência do logos (razão) justaposta ao pensar cosmológico ou ser da physis (natureza) e posteriormente ao pensar antropológico. Antes disso, entendas quem for investigar, que a moira encontrava-se atrelada a conduta dos viventes sem nada poder fazer para mudar a conduta que o destino havia traçado. Isto vem substancializar que toda princípio da verdade comunga com o mundo que queremos desvendar ou pôr a justificar toda medida tomada em qualquer instância da vida. Não é por mera 11 CHAUÍ, Marilena. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 1982. 12 BOGO, Ademar. Idem, p.31. 13 Ibidem, p.32. 14 Ver em: VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Idem, p.241 15 Ibidem, p.242. 16 Quanto a isso, ver em: ZILLES, Urbano. Teoria do conhecimento. Porto Alegre: Edipucrs, 1994. 6
  • 7. Fernando Rasnheski; e-mail: filfrk@hotmail.com coincidência que os sofistas propagavam que as opiniões ou convenções por si só justificava a veracidade do assunto que estava a discorrer com retórica aguçada, pois a eles interessava ter argumento para convencer. Pois para o sofista Protágoras, “o home é a medida de todas as coisas”, se assim quisermos entender e qualificar. Quisera ao final entender que historicamente a filosofia passou por alguns enunciados gnosiológicos: no período antigo e medieval a questão central era o Ser; já na moderna passara a ser o Conhecimento e; na contemporânea algumas filosofias se expressam na Linguagem17. Mas por ora vamos vaguear por outras veredas. Propagando um caráter antropológico numa vertente marxista passamos a entende que a atividade revolucionária não precisa transformar as ideias e sim a realidade18. Que opção temos nós dentro do referendado fazer pedagógico cotidiano seja na base de escudeiro ou de revolucionários? O certo é que o acontecido e o que virá são simples reformas para não o todo sacrificar e nós no conforto sempre nos encontrar. Para problemas práticos evocamos “tarefas teóricas” sem nos questionar se conseguimos mesmo mudar, quando simples filosofia passamos a propagar. Porém agora estamos posta a reflexionar, cada um uma sentença a carregar. É do olhar sisudo e talvez egocêntrico que passamos a defender com convicção nossas razões dentro da esfera que passamos a habitar, ou talvez alguns ideais que queiram se projetar quando por força ou ideais queiramos defender e projetar dentro de uma identidade mítica de ser e pensamento19, quando teoria e prática não aspiram ao procedimento real, tangido por uma crítica surreal. Ao expressar, não queira sua pessoa isolada aqui estar, o que nos rodeia faz parte da nossa presença sentenciar, queiramos ou não afirmar ou dela se esquivar. Toda a simbologia acima representada faz parte de um pequeno enunciado da rotina que aqui tens apreciado ou representado. Por isso somos o poder ou passamos a defender quando presentes estamos ou a transitar para outros horizontes almejamos. Acima de tudo queiramos entender que a utopia estamos a representar. Sem mais delongas, obrigado pelo que aqui passou a representar. São simples evocação desse eterno discípulo de muitos outros que aqui virão. Porém peço compreensão se ao expressar, contemplado por completo não estás. Referência Bibliográfica: BACHELARD, Gaston. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. 9ª reimpressão. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contrapontos, 2001. BOGO, Ademar. O vigor da mística. São Paulo: Anca, 2002. BOSI, Alfredo. A dialética da colonização. 4ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. 17 Ibidem, p.9 18 VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Idem, p p.132. 19 Identidade descrita por Marx quanto ataca o ideal crítico dos ideólogos neohegelianos em A sagrada família. Ver. VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Idem, p.135. 7
  • 8. Fernando Rasnheski; e-mail: filfrk@hotmail.com CHAUÍ, Marilena. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 1982. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 36ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2003. VÁZQUES, Adolfo Sánchez. Filosofia da práxis. Trad. Maria Encarnación Moya. São Paulo: Expressão Popular, 2007. ZILLES, Urbano. Teoria do conhecimento. Porto Alegre: Edipucrs, 1994. Fernando Rasnheski – Dezembro de 2011. - Cefapro de Matupá, MT. e-mail: filfrk@hotmail.com. 8