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A importância da história para a formação do economista

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Introdução à história econômica para economistas (Parte 2)

O autor quer explicar a mudança tecnológica nas diversas sociedades, no começo já refuta a explicação em que a necessidade é a mãe da invenção. Segundo o autor, o processo de invenção exige características específicas dos indivíduos e a ciência encurta o caminho das tentativas, assim, defende a importância dos inventores fracassados do séc.XIX em que a grande invenção foi o fato de “aprender a inventar”, neste sentido, a invenção e a inovação são vistas como feito pessoal (leitura de Shumpeter), mas o ponto principal está sobre a luta das sociedades contra a natureza pelas quais se desenvolvem ferramentas para o desenvolvimento tecnológico. O autor vê correlações entre os fatores, mas entende que não indicam causalidade (presença do indivíduo). O autor explica que os recursos são os mecanismos de direção que levam a sociedade para inovação então, pensar em causas e motivos é diferente de se pensar nas direções que tomam o processo tecnológico das diversas sociedades.

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Mokyr.1990.the.lever.of.riches.technological.creativity.and.economic.progress...

A autora analisa como os cursos e as carreiras técnicas voltadas para a indústria se desenvolveram no final do século 19, relacionando o crescimento da importância das áreas técnicas e industriais das universidades dos países industrializados com o fim da 1ª Guerra Mundial, como a demanda pela industrialização cresceu com o advento da guerra o que culminou com o surgimento de diversas instituições que demandaram desenvolvimento tecnológico e carreiras técnicas para produzir tecnologias, as novas carreiras técnicas surgiam em institutos que não se ligavam aos sistemas universitários, neste sentido, as mudanças institucionais e as novas demandas pelo avanço tecnológico surgidos a partir das 1ª e 2ª Guerras Mundiais ocasionaram mudanças significativas nos padrões de ensino e de pesquisa que até então tinham prevalecido dentro do sistema das Universidades, ocorreu assim, mudanças nos currículos e na forma do ensino e da pesquisa que sofreram pressões pela constante especialização necessária ao desenvolvimento tecnológico.

Rüegg.2011.history.of.the.university.in.europe.vol.4.watson.ch.15.technology

Rüegg.2004.history.of.the.university.in.europe.vol.3.guagnini.ch.15.technology

O autor aborda o mercado no qual a competição mostra o caminho da Inovação (mudanças de setores), as idéias de igualdade competitiva e de equilíbrio são vistos como pressupostos equivocados a serem abandonados. A competição é usada para a busca de informações (sistema de preços) e para as tomadas de decisões. A ciência opera com escassez de informações e com formas diferentes de lidar com o futuro incerto, assim, entende-se a dificuldade de análise da inovação, na qual, o inovador teria informações precisas e destreza técnica, o que aumentaria suas chances de sucesso. A capacidade de sistematizar o conhecimento disperso é o fator explicativo.

Hayek.1968.competition.as.a.discovery.procedure.

A contribuição é a ideia de sistemas de inovação em que as novas tecnologias não seriam invenções isoladas, o autor chama a atenção ao comportamento de atores locais com relação a três elementos do processo de inovação: cooperação, capital e conhecimento. Estes elementos devem ser levados em consideração na elaboração de práticas internas nas empresas para conseguirem maior potencial inovador. As novas tecnologias envolvem uma gama de inovações tecnológicas e organizacionais inter-relacionados, pensando num contexto político nacional, ele propõe a ideia de “sistemas nacionais de inovação” para se referir às empresas, universidades e outros atores que juntamente com as tradições e conhecimentos acumulados acabam produzindo novas mudanças técnicas em cada economia nacional.

Freeman.2008.system.of.innovation.ch.6.innovation.systems.

Freeman.2008.system.of.innovation.ch.5.technical.change.and.inequality

Freeman.2008.system.of.innovation.ch.4.innovation.and.growth.

O autor mostra como que o sucesso técnico se relaciona com o desenvolvimento técnico e com o mercado, tentando identificar se a força impulsionadora é o avanço da ciência (inventor + inovador) ou se é o a concorrência do mercado (empreendedor), tentando resolver as teorias explicativas. Conclui-se que há evidências suficientes para dizer que os padrões de inovação do século XIX e XX estão perdendo lugar para os sistemas de inovação do século XXI, ou seja, se tornaram colaborativos em redes, para isso faz análise das pesquisas do projeto SAPPHO que busca evidenciar ou refutar generalização das inovações técnicas. O autor acaba mostrando como os dois fatores impulsionam os avanços; a mudança técnica e uma constante sistematização das inovações tecnológicas nas áreas de informação e comunicação.

Freeman.2008.a.economia.da.inovação.industrial.cap.08.sucessos.e.malogros.na....

Freeman.2008.a.economia.da.inovação.industrial.cap.08.sucessos.e.malogros.na....

O autor busca as explicações para a segunda revolução Industrial, década de 1850, se apóia em fatores internos e externos ao crescimento, conjuntura que só foi possível pela elaboração e difusão das tecnologias e inovações anteriores. Este cenário propiciou progresso contínuo do aumento da produção e de novas invenções. O ponto aqui são as implicações da conjuntura; fatores como o transporte, o mercado de concorrência, e mudanças institucionais que acarretaram mais racionalidade aos processos produtivos e mercadológicos; Assim, os países da Europa continental tiveram uma posição produtiva e concorrencial que pudesse se equiparar na competição tecnológica e industrial que a Inglaterra tinha alcançado inicialmente.

Landes.2005.prometeu.desacorrentado.cap.4.a.equiparação.tecnológica.e.industrial

A respeito dos países europeus em relação ao resto do mundo, procura saber “como justificar essa cultura da invenção, ‘a Invenção da invenção’.” E por que o fracasso das outras civilizações em suplantar a Europa. Respostas do autor baseadas na Europa: predominância das características judaico-cristãs sobre a valorização do trabalho manual, subordinação do homem pela natureza, a noção do tempo linear e principalmente a existência do mercado livre na Europa.

Landes.2003.a.riqueza.e.a.pobreza.das.nações.capítulo.04.a.invenção.da.invenção

O autor faz uma revisão histórica de cunho materialista, procurando as causas dos processos que estão por trás da abertura das sociedades juntamente com a inventividade. Para tanto levanta uma hipótese institucionalista do problema, eliminando a necessidade de um herói na explicação do problema, busca uma possibilidade institucional de mudanças numa relação de inventividade, interação de causa-ação, em que o compartilhamento entre diversas sociedades/povos se torna favorável ao desenvolvimento tecnológico que ocorre de forma incremental, encontro de pequenos inventos/idéias formam os ganhos da interação e das trocas. O autor defende causalidade dupla no aumento da riqueza; os meios influenciam as pequenas mudanças que culminam nos grandes avanços técnicos originando novas formas de produção.

Jones.1987.the.european.miracle.ch.8.beyond.europe

The.european.miracle.ch.3.technological.drift

O livro Armas, Germes e Aço: os destinos das sociedades humanas é um fenômeno editorial. Publicado em 1997, nos Estados Unidos, ganhou o prêmio Pulitzer de 1998, e já foi traduzido para vários idiomas, vendendo milhões de exemplares e inspirando, inclusive, programas para a TV. No Brasil foi publicado pela Editora Recod e já está na quinta edição. Tal sucesso editorial indica um desafio, a saber, a demanda por estudos históricos das relações entre os seres humanos e seus ambientes. Para os historiadores profissionais, o livro alerta, principalmente, para a necessidade de se incorporar os elementos naturais nas explicações dos processos históricos.

Diamond.2003.armas.germes.e.aço.prólogo.a.pergunta.de.yali

Diamond.2003.armas.germes.e.aço.cap.13.a.mãe.da.necessidade