Good Stuff Happens in 1:1 Meetings: Why you need them and how to do them well
Salmão: sua indústria e seus danos à saúde
1.
2. Já faz algum tempo que ando ensaiando escrever sobre o
salmão, tão aclamado por suas qualidades nutricionais,
combate ao colesterol ruim, anti-inflamatório e que traz
inúmeros benefícios para a saúde, inclusive altas doses
de ômega3. Tudo verdade,
dependendo do tipo de salmão que se consome.
Como assim, mas salmão não é tudo a mesma coisa?
3. Não, infelizmente o alto consumo criou moda e percebeu-se que
poderia haver muito lucro nessa fatia de mercado. Surgiu então o
salmão de cativeiro, que nada tem a ver com o salmão selvagem
encontrado na América do Norte, com sua carne rosa, que vive em
liberdade no oceano e que na época da reprodução sobe para os
rios. Esse é o verdadeiro salmão, raro, caro, colorido à base de uma
dieta composta entre outras coisas de camarão e Krill, e representa
“pasmem”, somente 5% de todo o salmão vendido nos Estados
Unidos e que chega ao Brasil em quantidades irrisórias
e claro, caríssimas.
4. Indústria do Salmão.
Mais da metade do consumo mundial de salmão atualmente, tem
como origem viveiros produtores do Chile, Canadá, Estados Unidos e
norte da Europa, com isso a iguaria acabou perdendo suas
importantes qualidades nutricionais. Ômega3, vitaminas A-D-E e do
complexo B, Magnésio, Ferro, que bom seria se isso fosse verdade
nos peixes vendidos “aos quilos” e em promoção nos supermercados
por preços tão acessíveis, não é?
Na realidade o peixe de cativeiro tem uma cor que vai do cinza ao
bege claro, talvez no máximo um rosinha pálido.
5. As astaxantina e cantaxantina são iguais as que, na Natureza, tingem
a carne do salmão, mas no cativeiro são substâncias sintéticas
derivadas do Petróleo.Também são usadas na ração de galinhas,
dando um tom mais alaranjado às gemas de algumas marcas de
ovos “tipo caipira”. Em grandes quantidades podem causar
problemas de visão e alergias. Estudos mais recentes apontam a
astaxantina como tóxica e carcinogênica. Uma informação
interessante é que 100g de salmão com corante equivale em toxinas
a 1 ano
consumindo enlatados.
6. Principais diferenças.
Salmão Selvagem:
Custa o dobro, mas suas principais diferenças estão na qualidade e
nos benefícios.
Come crustáceos coloridos, por isso
a cor rosa suave.
Possui grandes quantidades de Ômega3.
Sua textura é macia e aveludada como todo peixe gordo,
desmancha na boca.
7. Salmão de Cativeiro:
Come ração, os corantes sintéticos dão cor à carne, normalmente
uma forte cor alaranjada.
Menor quantidade de gorduras boas, grande quantidade
de gorduras saturadas.
Textura de peixe: normalmente muito macio à mordida.
8. Químicos e Transgênicos.
A vantagem do cativeiro é padronizar o produto,
garantindo assim a estabilidade da oferta.
Garantimos também a candidatura do salmão à
extinção. Daqui há alguns anos só teremos
fazendas de peixes, principalmente se for aprovado
o salmão transgênico, desenvolvido nos Estados
Unidos pela empresa de biotecnologia
Aqua Bounty Technologies.
Essa nova raça artificial pode atingir o tamanho
de mercado na metade do tempo que leva um
salmão selvagem para crescer (de 22 a 30 meses).
Claro que se por acaso um desses “espécimes”
escapar para o ambiente natural, a tragédia
genética e o impacto ambiental serão inevitáveis.
9. Os salmões são criados em tanques rede (cercos de tela de nylon)
com pouco espaço e regime de engorda intensiva. Muito parecido
com o que se faz nas granjas de frangos. À ração misturam-se altas
doses de antibióticos, fungicidas e vermicidas, para evitar doenças e
o rendimento da produção. Só para se ter uma idéia, a indústria
canadense gasta cerca de 7 toneladas de antibióticos em seus
cultivos todos os anos.
Salmão é um dos melhores indicadores de qualidade da água,
precisa dela extremamente limpa e gelada, condições ambientais que
se não forem satisfeitas provocam um decréscimo acentuado à
população. O uso de pesticidas na Agricultura e nas cidades
contamina as águas e compromete a vida do salmão selvagem há
algumas décadas já, alterando seus padrões de reprodução,
provocando doenças e morte.
10. Para nós que além de uma alimentação saudável procuramos
também atitudes sustentáveis e ecológicas, o texto do Dr. Alexandre
Feldman sobre o abate dos salmões é esclarecedor e definitivo para
nossas futuras escolhas.
O Abate do Salmão é o Mais Cruel Possível
como diz Alexandre Feldman.
(Veja links no último slide).
11. Em conversa ontem com fonte ligada à indústria de peixes, fui
informado que salmões criados em cativeiro, recebem corantes,
rações e antibióticos em quantidade impressionante. Além disso, o
método de abate desses peixes não poderia ser mais cruel:
simplesmente cortam-se as guelras e deixam-se os peixes morrendo
lentamente com muito sofrimento. Tudo pela preservação de cor e
outros “padrões de qualidade”.
Eu já não como salmão de cativeiro há muitos anos. Apenas salmão
selvagem quando em viagem por países que possuem acesso a
eles.
12. Ao contrário do que lemos e ouvimos o salmão cultivado em cativeiro,
(que perfaz 100% do salmão disponível no Brasil) não é boa fonte de
ômega3, devido justamente à sua ração, distante da alimentação
natural, que seria necessária para formar esse ácido graxo essencial.
De tão doente e deficiente em nutrientes, a carne do salmão cultivado
não é rosada, mas cinza. Apenas quando o distribuidor vai comprar o
salmão é que a tonalidade de rosa a lhe ser conferida será escolhida
numa tabela de cores.
13. E para terminar mais uma informação surpreendente: o salmão
selvagem traz em sua embalagem os dizeres “Made in China”, mas
na verdade ele não vem de lá, ele é pescado em algum mar gelado
do Atlântico, depois comprado por uma empresa chinesa que corta,
limpa, retira a cabeça, congela e distribui para o mundo todo. Ou
seja, compram matéria prima a baixo custo e pagam pouco pela mão
de obra. Você vai querer continuar alimentando esse processo?
Peixe faz muito bem à saúde, sem dúvida. Procure então aqueles
que são mais comuns à sua região e que foram pescados e não
cultivados como o linguado, a pescada, a sardinha (boa fonte de
ômega3), arenque, robalo. Seu peixeiro pode lhe dar mais opções.
14. Fontes pesquisadas:
· A Farsa do Salmão –
http://liasergia.wordpress.com/2011/03/15/a-farsa-do-salmao/
· Salmão selvagem x salmão de cativeiro –
http://gustavorios.wordpress.com/2009/07/01/salmao-selvagem-x-cativeiro/
· http://www.oeco.com.br/frederico-brandini/17089-oeco_12130
· O salmão no banco dos réus
· Salmão e truta –
http://www.julianaapolo.com/blog/2010/01/salmao-no-brasil-e-truta-2/
· Tierramérica
– http://www.tierramerica.net/2004/0119/pacentos.shtml
· Universidade Federal do Rio Grande do Sul
-http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/37210/000820556.pdf?
sequence=1
· Alexandre Feldman – https://www.facebook.com/notes/alexandre-
feldman/o-abate-do-salm%C3%A3o-%C3%A9-o-mais-cruel-poss
%C3%ADvel/257572254285355
· Pat Feldman – http://pat.feldman.com.br/2012/09/02/voce-gosta-de-
salmao-pense-duas-vezes-antes-de-consumi-lo/