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Disciplina “Educação e tecnologia”




Aprendizagem
   Viola Caipira




Gustavo H. Almeida
Introdução

        Nasci em Campinas, no interior de São Paulo. Minha mãe é da Capital paulista e
morou até a faculdade em Mogi das Cruzes. Meu pai é mineiro de Delfinópolis. Morou lá
na infância e depois em Franca-SP. Morei e estudei sempre em Campinas.
        Durante a minha infância – até uns 13 anos - gostava de ouvir música que tocava em
rádios como “Joven Pan”, “Educadora”. Músicas para adolescente, pop-rock nacional- por
exemplo, o “Skank”, “Jota Quest”. Enquanto isso, na família do meu pai – com que eu
tinha mais contato- só se ouvia música sertaneja, desde das chamadas “raízes”(Tião
Carreiro, “Zilo e Zalo”) até o sertanejo de “João Paulo e Daniel” e “Leandro e Leonardo”.
Eu não gostava. Mas de tanto ouvir nas viagens, nas festas em família, no dia-a-dia, me
acostumei à sonoridade da música sertaneja e ao seu ritmo. E comecei a escutar este estilo
aos poucos, sem que meus amigos soubessem. Isto porque, existe um grande preconceito
em torno desse estilo musical, que geralmente é denominado de caipira. Eu por ser muito
tímido na época, preferi esconder essa preferência. Mas aos poucos, dos 13 aos 17, substituí
o pop-rock – e até um heavy metal- que ouvia antes pelo sertanejo e também pelo samba.
Com 17, já quase não escutava outra coisa a não ser estes dois estilos.
         Quando entrei na Unicamp, minha visão de mundo mudou. Perdi boa parte da
minha timidez e despreocupei com que as pessoas pensam sobre mim. Não via mais
problema em falar que gostava de sertanejo ou de pagode. Eu tinha que ouvir o que eu
achava interessante e sertanejo não me faria inferior ou algo parecido. Hoje ouço este tipo
de música diariamente sem problema algum. E isto não me impediu de conhecer e apreciar
outros estilos, como jazz (apesar de eu gostar de músicas em português) e MPB.
        Sempre gostei de ouvir música, no entanto nunca havia despertado interesse em
tocar instrumento algum ou aprender sobre música. Minha mãe tocava piano -assim como a
minhas tias e tio- meu pai violão e viola, que ele aprendeu com seus irmãos e meu avô.
Minha irmã aprendeu a tocar piano.Mesmo com este histórico familiar, apenas eu não
tocava nada. Não possuía nenhuma noção do que é a música. Entretanto, gostava de cantar.
Não profissionalmente, mas junto com a música, no chuveiro, no carro.
        Na disciplina de “Educação e tecnologia”, do curso de Midialogia na Unicamp,
surgiu a oportunidade de aprender sobre alguma coisa. Poderia aprender qualquer coisa
desde que se usasse as “TIC” – tecnologias da informação e da comunicação. Portanto o
que eu escolhi como objetivo de aprendizagem foi: tocar viola caipira.
        O que pretendo aprender é o seguinte: tocar ao menos uma música na viola. A
canção escolhida foi “Os Três Boiadeiros”.
        No inicio da disciplina “Educação e Tecnologia” foram leituras, reflexões e testes
para identificar as preferências de aprendizagem de cada aluno. Estudei sobre as minhas
preferências de aprendizagem. Descobri por estes testes realizados e das reflexão sobre o
que já havia aprendido na vida-que sou uma pessoa balanceada, ou seja, consigo aprender
através de imagens (visual) tanto quanto de textos (verbal). E que aprendo independente da
dimensão que prevalecer ou da utilização de todas ao mesmo tempo- tanto com linguagem
visual, verbal ou baseado na experiência. As respostas dos testes em muito se pareceram
entre elas. Apesar disto, apresentei uma leve tendência ao lado verbal. Através da reflexão
sobre coisas que havia aprendido anteriormente, concluí que tenho uma aprendizagem mais
eficiente quando faço concomitantemente duas dimensões, por exemplo, ler um livro e
depois assistir um filme. Das dimensões, a que menos utilizo é a sonora. A dimensão
experiência seria junto a verbal a mais eficiente para eu aprender.
        Acredito que para aprender a tocar viola, o lado verbal não deva prevalecer, sendo a
parte visual e sonora mais importante.

Objetivo do estudo e metodologia utilizada.

        O objetivo que pretendo alcançar neste projeto de aprendizagem é o de tocar ao
menos uma música na viola caipira. Uma música simples, de fácil aprendizagem, que se
chama “Os três boiadeiros”. Digo ao menos uma, pois, caso a aprendizagem seja eficiente
serei capaz de tocar mais de uma canção.
        Além de tocar, há como objetivos específico: conhecer os nomes das cordas da
viola; aprender 3 acordes básicos; testar os métodos de ensino existentes que são
mediados pelas “TIC”, documentar as estruturas utilizadas para se concretizar o processo e
identificar as estratégias usadas para aprendizagem, isto é, as preferências de aprendizagem
usadas no desenvolvimento do projeto. .
        Para aprender a tocar a música descrita eu precisei utilizar um método para
iniciantes de como aprender a tocar viola. Este método eu encontrei na Internet no site do
violeiro “Junior da Violla”. Ele é um mini-curso que estava disponibilizado gratuitamente
em seu site. Além disso, precisei da intervenção de agentes de aprendizagem. Essa
intervenção se deu através do uso de uma TIC, a Internet. Foram feitas conversas através do
MSN com o meu tio para que eu conseguisse completar o objetivo. Utilizei também de
intervenção direta, sem mediação de nenhuma TIC, de um outro agente, em casos que as
outras maneiras não o funcionavam agente era o meu pai.
        Utilizei também a intervenção do meu pai. Ele fez a indicação de qual música eu
deveria tentar aprender. Isto porque, ele já tocava viola e sabia qual seria a mais fácil para o
meu início. E quando o meu tio não estava disponível para me ajudar, eu pedia ajuda a ele,
que fazia o mesmo só que não pela Internet. Além disso, foi ele quem afinou a viola para
mim.
        Para os objetivos específicos: aprendi os três acordes no próprio material que estava
no site do violeiro. Aprendi também através da apostila que estava no conjunto que
acompanhava um cd-audio, o “Manual do violeiro”. Os nomes das cordas havia nos dois
materiais. Estudei por eles.
        E durante o processo, enquanto completava os objetivos específicos e mesmo o
principal, pude testar os métodos de ensino que estavam disponíveis para mim.
        A identificação das estratégias de aprendizagem se deu através de uma reflexão,
durante a escrita do relatório, após a conclusão do projeto.
        Na documentação, aprendi sozinho - sem auxilio de agente de aprendizagem ou de
algum material - como fazer. Para documentar utilizei uma câmera fotográfica digital - que
também faz vídeos, emprestada de uma amiga. Ele serviu para fotografar algumas partes do
processo, como a parte teórica. A documentação em vídeo foi da parte prática do processo.

Resultado

        Iniciei o projeto, como foi descrito na proposta, com o material didático encontrado
na Internet. Utilizei o site do violeiro “Junior da Violla”, no qual havia um método para se
aprender viola. Portanto, o inicio do projeto se deu pela parte teórica, que incluía a
aprendizagem sobre o básico da música. Isto é, aprender as notações mínimas de música. O
site disponibilizava um mini curso para aprender a tocar viola, que inclui essa teoria, de
maneira bem simplificada, mas que me situou no contexto musical. Dessa forma, estudava
pela Internet, este material. A diferença desta apostila eletrônica para uma impressa é o
computador e que o da Internet é grátis.
        Além disto, utilizei um método que era composto de: um cd-audio e de uma apostila
impressa. Era um material que se completava. O autor é um violeiro chamado “Braz da
Viola” e o nome do material é “Manual do Violeiro”. Nele se encontram exercícios práticos
e um dicionário de acordes em duas afinações, sendo uma delas (“Cebolão”) a que eu usei
para tocar a música. Este conjunto eu possuía em casa previamente, pois meu pai havia
utilizado-o para começar a tocar viola. Ele é bem completo para o inicio teórico que eu
propunha. Há o nome das cordas, nomes das partes da viola, os sinais que são usados nas
cifras (que são as convenções musicais). Também contém as posições dos dedos e das casas
na viola. Tomei conhecimento de como afinar a viola, mesmo que isto não estava proposto.
Foi bom para ter uma noção, mas não aprendi como afinar, pois isto depende de um
conhecimento auditivo que ainda não possuo.
        Na parte prática, utilizei este mesmo cd-audio e apostila descritos acima, junto da
comunicação via Internet, com um tio meu que mora em Campinas. Ele possui uma web
cam e um microfone. Comecei a estudar a apostila e a ouvir o cd. O violeiro toca a viola e
eu acompanhava com a minha viola e com a apostila. Ele fazia os movimentos, eu ouvia e
visualizava como fazer pela apostila. Por este método comecei a parte pratica da
aprendizagem.
        A comunicação via Internet, foi usada como um “feedback” do que eu aprendia. Eu
mandava a gravação do que eu tocava e meu tio me retornava se estava bom, ruim e dava
alguma dica de como melhorar. Sem essa ajuda, não teria como eu saber se estava bom ou
ruim e se eu no rumo certo.
        Após essa introdução teórica e um pouco de treino prático - que consiste em pegar o
ritmo da batida da música e fazer as posições dos acordes- peguei na Internet a cifra dos
“Três Boiadeiros”. Copiei também da Internet a música cantada pelo “Sergio Reis” e pelo
“Pedro Bento e Zé da Estrada”. Dessa maneira eu conseguia ouvir qual era o ritmo da
música e os tempos – já que nenhum dos materiais didático possuía a cifra ou a música
tocada e cantada. Eu ouvia a música e olhava as cifras. Depois tentava tocar a viola com a
mesma batida, mas com os acordes que eu havia aprendido anteriormente. Após de
aprender o momento que se tinha que mudar a posição, pratiquei até que as mudanças
ocorressem de maneira natural e de forma rápida.

        O meu projeto tinha como objetivo aprender a tocar ao menos uma música na viola
caipira. O produto final da aprendizagem que consegui foi tocar duas músicas.
Fig.1 Site com Mini-curso


        Portanto, o inicio do projeto se deu pela parte teórica, que incluía a aprendizagem
sobre o básico da música. Isto é, aprender as notações mínimas de música. O site
disponibilizava um mini curso para aprender a tocar viola, que inclui essa teoria, de
maneira bem simplificada, mas que me situou no contexto musical. Dessa forma, estudava
pela Internet, este material. A diferença desta apostila eletrônica para uma impressa é o
computador e que o da Internet é grátis.
Durante dois dias estudei estas aulas, por cerca de duas horas por dia. Parece não ser muito,
mas, o material que tinha era pouco e o que eu pretendia aprender não tinha muita
complexidade.No site aprendi sobre as notações musicais – começando pelo sistema de
cifragem.




Fig.2 Notação Musical

        Na seqüência olhei como uma viola era afinada.
        Para isto, utilizei um método que era composto de: um cd-audio e de uma apostila
impressa. Era um material que se completava. O autor é um violeiro chamado “Braz da
Viola” e o nome do material é “Manual do Violeiro”. Nele se encontram exercícios práticos
e um dicionário de acordes em duas afinações, sendo uma delas (“Cebolão”) a que eu usei
para tocar a música. Este conjunto eu possuía em casa previamente, pois meu pai havia
utilizado-o para começar a tocar viola. Ele é bem completo para o inicio teórico que eu
propunha. Há o nome das cordas, nomes das partes da viola, os sinais que são usados nas
cifras (que são as convenções musicais). Também contém as posições dos dedos e das casas
na viola. Tomei conhecimento de como afinar a viola, mesmo que isto não estava proposto.
Foi bom para ter uma noção, mas não aprendi como afinar, pois isto depende de um
conhecimento auditivo que ainda não possuo. É preciso ter essa noção para saber as notas
das casas da viola e também qual é o nome que cada corda vai receber, que varia de
afinação para afinação.




Fig.3 Nome das nota em cada casa do instrumento.

       A afinação que eu utilizei – e que meu pai afinou para mim - foi a mais popular,
chamada de “cebolão.
       Na seqüência observei alguns ritmos que são apresentados no material, como o
Cateretê e o Cururu. A partir deste ponto, o site trazia algumas cifras de músicas. Não
estudei esta parte, pois, por ajuda do interventor – meu pai- descobri que elas são muito
complexas para o meu inicio. A intervenção foi essencial para que eu não desperdiçasse
tempo tentando aprender algo que não eu conseguiria. Portanto passei para o segundo
material que eu possuía que era o cd-audio com a apostila impressa.




Fig.4 “Manual do Violeiro”


       “O manual do violeiro”, se parece muito com o material do site, possuindo os
mesmos tópicos. Porém o “Manual” é mais completo e acompanha um cd. Assim eu
acompanhei o material impresso junto do cd. Revisei tudo que havia aprendido no site e
complementei minha aprendizagem. O cd ajudou muito, já que o som é uma parte
importante do processo. Ao escutar o que eu via no material, eu conseguia materializar a
aprendizagem. Dessa forma, eu misturei nesta parte, teoria e prática. Eu decorei alguns
acordes e depois fiz o mesmo ritmo que estava cd.
       Depois desse primeiro contato com a música teórica e com a viola, precisei
novamente de intervenção de um agente de aprendizagem. Meu pai indicou qual música eu
deveria aprender, qual seria a mais fácil para esse início. A escolhida foi “Os três
boiadeiros”. Novamente, a intervenção foi necessária e proveitosa, porque com ela
economizei tempo, indo direto à uma música que seria fácil de aprender. Ajudou pois, o
tempo para conclusão do projeto era curto.

Cifra da “Três Boiadeiros”

Os Três Boiadeiros

Sérgio Reis

Tom: G

    G
Viajando, nas estradas
               G7                                         C
Zé Rolha na frente tocando berrante chamando a boiada
      D7                  G       Em
O Chiquinho, sempre do lado
               Am                  D7                 G
Distraindo o gado tomando cuidado nas encruzilhada
               Am D7                  G   D7   G
E nós três vivia,     tocando a boiada
         G
Mas um dia, na invernada
              G7                                 C
Deu uma trovoada uma deslizada o gado estourou
       D7               G       Em
Nesse dia, morreu Zé Rolha
           Am                     D7             G
Caiu do cavalo foi dentro do valo e a boiada pisou
                   Am       D7               G     D7
Fiquei eu e o Chiquinho, tocando a boiada
       G
Num Domingo, de rodeio
               G7                                       C
Chiquinho bebeu, não me obedeceu pulou no picadeiro
      D7                  G     Em
Num relance, atirei na rês
            Am                        D7                    G
A vaca tremeu mas num pulo que deu matou meu companheiro
              Am   D7                   G D7
Eu fiquei sozinho, tocando a boiada
    G
Viajando, nas estradas
              G7                                              C
Não toco berrante nem vejo lá adiante meus dois companheiro
       D7               G      Em
Deste trio, ficou a saudade
              Am               D7                     G
E em toda cidade o povo pergunta dos três boiadeiros
              Am   D7                   G
Eu fiquei sozinho, tocando a boiada
              Am   D7                   G  D7  (G)
Eu fiquei sozinho, tocando a boiada
Fiz o download da música na Internet junto da sua cifra. Comecei a escutá-la e
acompanhar os acordes. Treinei as batidas sem os acordes. Isso ocorreu durante uma
semana, até que eu conseguisse fazer a batida naturalmente, sem ter que olhar para a viola.
Depois dessa semana, requisitei a ajuda do meu tio, para ele ver se as batidas estavam no
ritmo e no tempo certos. Utilizei o “MSN Mensenger”- comunicação via Internet- e uma
web cam para me comunicar com ele. Após sua aprovação, de que estava tudo correto segui
com minha aprendizagem, agora usando os acordes que havia aprendido.
        Nessa parte prática, utilizei este mesmo cd-audio e apostila descrito acima. Comecei
a estudar a apostila e a ouvir o cd. O violeiro toca a viola e eu acompanhava com a minha
viola e com a apostila. Ele fazia os movimentos, eu ouvia e visualizava como fazer pela
apostila. Por este método comecei a parte pratica da aprendizagem.




Fig.5 Conhecendo as cifras


        A comunicação via Internet, foi usada como um “feedback” do que eu aprendia. Eu
mandava a gravação do que eu tocava e meu tio me retornava se estava bom, ruim e dava
alguma dica de como melhorar. Sem essa ajuda, não teria como eu saber se estava bom ou
ruim e se eu estava no rumo certo.
        Segui as cifras da música e com a batida que tinha praticado. No começo foi difícil
para fazer os acordes, pois a cordas da viola são de aço e machucavam os dedos. Até
formar um calo demorou uma semana. E para conseguir mudar de um acorde para outro
com facilidade (entender facilidade dentro do contexto de um iniciante na viola). Da mesma
forma, me comuniquei com meu tio via Internet. Depois de algumas tentativas e de algumas
dicas consegui tocar a música inteira. As semanas seguintes foram para praticar a música,
da qual eu já havia decorado os acordes e a batida e sabia as seqüências desses acordes.
Pratiquei mais duas semanas esta música. E sempre em contato com meu tio para ver minha
evolução e se melhorava ou piorava. Felizmente, melhorei a ponto dele me indicar uma
outra música que eu conseguiria tocar. Ele me indicou “Chico Mineiro”.
        Os acordes são os mesmos de “Os três boiadeiros”, só muda a batida. Fiz o
download da música e da cifra. Despendi um tempo muito menor para conseguir fazer a
batida do que na música anterior. E também para fazer os acordes.
        Portanto ao final do processo de aprendizagem, tive como produto final a
aprendizagem de duas músicas tocadas na viola caipira.
Durante o processo de aprendizagem do projeto, identifiquei algumas das minhas
preferência que havia observado e citei na introdução. Usei bastante da dimensão verbal, na
parte teórica pelo menos. Na parte prática misturei o verbal com o auditivo, que eu não
costumo usar normalmente em outras atividades de aprendizagem. A dimensão auditiva foi
uma requisição do próprio objeto de estudo que é a viola e música, e não teria como não
utilizar esta dimensão. Ficar em uma das dimensões também não seria suficiente. Portanto a
mistura delas facilitou em muito o processo.

Conclusões

        Na proposta do projeto eu tinha os seguintes objetivos (entre eles o principal e os
específicos, nesta ordem): aprender a tocar ao menos uma música na viola caipira; 2)
Conhecer os nomes das cordas da viola; 3)Aprender três acordes básicos; 4) testar os
métodos de ensino existentes que são mediados pelas “TIC”; 5) Documentar o processo de
aprendizagem; e 6) Identificar as estratégias usadas para concluir o projeto.
        Consegui atingir todos os meus objetivos descritos acima. Aprendi a tocar duas
músicas- “Os três boiadeiros” e “Chico Mineiro”, pois minha aprendizagem foi suficiente
para cumprir o objetivo “básico”, que seria tocar uma música ao menos, e fazer a mais (a
possibilidade de tocar duas músicas existia desde a proposta). Os três acordes básicos
também aprendi e só assim foi possível tocar as músicas. Testei os métodos de ensino
mediados pelas “TIC”.
        Os métodos de ensino de viola que são mediados pelas “TIC”, os considerei não
satisfatórios e insuficientes. Só aprendi porque houve intervenção de agentes de
aprendizagem. O material é incompleto e complicado para a compreensão de iniciantes. O
cd-audio ajuda, mas também não é suficiente. Seria bom ter um vídeo para acompanhar o
material. Falta também um agente para dar o feedback da aprendizagem, que dá uma idéia
do que esta sendo aprendido, está certo ou não.
        Portanto para um material para se aprender a tocar viola funcionar, precisa de um
professor para que ele faça algumas indicações de como começar – como aconteceu
comigo. Também para dar resposta sobre o que se esta aprendendo
        A documentação da parte teórica ocorreu de forma satisfatória. As fotos tiradas
ilustram bem a aprendizagem da teoria. No entanto, a documentação da prática não ocorreu
como esperado. Assim, a qualidade dos vídeos ficou à quem de um nível de qualidade
mínimo. Perdeu-se muita qualidade no som, que era a parte mais importante para a
documentação.
        Identifiquei as estratégias usadas no processo. Concluí que as preferências
observadas no desenvolvimento do projeto foram as mesmas vistas na disciplina. Porém
não utilizei muito a dimensão visual, pois não consegui material que disponibilizasse
vídeos. Mas no material que encontrei havia uma parte visual que demonstrava como
deveria ser a posição dos dedos nas cordas e os movimentos das batidas. Esta parte foi
essencial para que eu conseguisse entrar no ritmo da música. Desta forma, usei tanto o
verbal quanto visual, que eu já havia identificado como preferência. O que foi diferente foi
a dimensão auditiva que não usava antes.


Referências
BRAZ DA VIOLA. Manual do Violeiro, Riccord, 1999.

Sites

JUNIOR DA VIOLLA Disponível em:< http://www.juniordaviolla.com.br>
CIFRA CLUB. Disponível em www.cifraclub.terra.com.br.

Agradecimentos:

Eros A. Almeida
José A. Almeida
Mariana P. Kinoshita

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Aprendendo a tocar viola caipira

  • 1. Disciplina “Educação e tecnologia” Aprendizagem Viola Caipira Gustavo H. Almeida
  • 2. Introdução Nasci em Campinas, no interior de São Paulo. Minha mãe é da Capital paulista e morou até a faculdade em Mogi das Cruzes. Meu pai é mineiro de Delfinópolis. Morou lá na infância e depois em Franca-SP. Morei e estudei sempre em Campinas. Durante a minha infância – até uns 13 anos - gostava de ouvir música que tocava em rádios como “Joven Pan”, “Educadora”. Músicas para adolescente, pop-rock nacional- por exemplo, o “Skank”, “Jota Quest”. Enquanto isso, na família do meu pai – com que eu tinha mais contato- só se ouvia música sertaneja, desde das chamadas “raízes”(Tião Carreiro, “Zilo e Zalo”) até o sertanejo de “João Paulo e Daniel” e “Leandro e Leonardo”. Eu não gostava. Mas de tanto ouvir nas viagens, nas festas em família, no dia-a-dia, me acostumei à sonoridade da música sertaneja e ao seu ritmo. E comecei a escutar este estilo aos poucos, sem que meus amigos soubessem. Isto porque, existe um grande preconceito em torno desse estilo musical, que geralmente é denominado de caipira. Eu por ser muito tímido na época, preferi esconder essa preferência. Mas aos poucos, dos 13 aos 17, substituí o pop-rock – e até um heavy metal- que ouvia antes pelo sertanejo e também pelo samba. Com 17, já quase não escutava outra coisa a não ser estes dois estilos. Quando entrei na Unicamp, minha visão de mundo mudou. Perdi boa parte da minha timidez e despreocupei com que as pessoas pensam sobre mim. Não via mais problema em falar que gostava de sertanejo ou de pagode. Eu tinha que ouvir o que eu achava interessante e sertanejo não me faria inferior ou algo parecido. Hoje ouço este tipo de música diariamente sem problema algum. E isto não me impediu de conhecer e apreciar outros estilos, como jazz (apesar de eu gostar de músicas em português) e MPB. Sempre gostei de ouvir música, no entanto nunca havia despertado interesse em tocar instrumento algum ou aprender sobre música. Minha mãe tocava piano -assim como a minhas tias e tio- meu pai violão e viola, que ele aprendeu com seus irmãos e meu avô. Minha irmã aprendeu a tocar piano.Mesmo com este histórico familiar, apenas eu não tocava nada. Não possuía nenhuma noção do que é a música. Entretanto, gostava de cantar. Não profissionalmente, mas junto com a música, no chuveiro, no carro. Na disciplina de “Educação e tecnologia”, do curso de Midialogia na Unicamp, surgiu a oportunidade de aprender sobre alguma coisa. Poderia aprender qualquer coisa desde que se usasse as “TIC” – tecnologias da informação e da comunicação. Portanto o que eu escolhi como objetivo de aprendizagem foi: tocar viola caipira. O que pretendo aprender é o seguinte: tocar ao menos uma música na viola. A canção escolhida foi “Os Três Boiadeiros”. No inicio da disciplina “Educação e Tecnologia” foram leituras, reflexões e testes para identificar as preferências de aprendizagem de cada aluno. Estudei sobre as minhas preferências de aprendizagem. Descobri por estes testes realizados e das reflexão sobre o que já havia aprendido na vida-que sou uma pessoa balanceada, ou seja, consigo aprender através de imagens (visual) tanto quanto de textos (verbal). E que aprendo independente da dimensão que prevalecer ou da utilização de todas ao mesmo tempo- tanto com linguagem visual, verbal ou baseado na experiência. As respostas dos testes em muito se pareceram entre elas. Apesar disto, apresentei uma leve tendência ao lado verbal. Através da reflexão sobre coisas que havia aprendido anteriormente, concluí que tenho uma aprendizagem mais eficiente quando faço concomitantemente duas dimensões, por exemplo, ler um livro e
  • 3. depois assistir um filme. Das dimensões, a que menos utilizo é a sonora. A dimensão experiência seria junto a verbal a mais eficiente para eu aprender. Acredito que para aprender a tocar viola, o lado verbal não deva prevalecer, sendo a parte visual e sonora mais importante. Objetivo do estudo e metodologia utilizada. O objetivo que pretendo alcançar neste projeto de aprendizagem é o de tocar ao menos uma música na viola caipira. Uma música simples, de fácil aprendizagem, que se chama “Os três boiadeiros”. Digo ao menos uma, pois, caso a aprendizagem seja eficiente serei capaz de tocar mais de uma canção. Além de tocar, há como objetivos específico: conhecer os nomes das cordas da viola; aprender 3 acordes básicos; testar os métodos de ensino existentes que são mediados pelas “TIC”, documentar as estruturas utilizadas para se concretizar o processo e identificar as estratégias usadas para aprendizagem, isto é, as preferências de aprendizagem usadas no desenvolvimento do projeto. . Para aprender a tocar a música descrita eu precisei utilizar um método para iniciantes de como aprender a tocar viola. Este método eu encontrei na Internet no site do violeiro “Junior da Violla”. Ele é um mini-curso que estava disponibilizado gratuitamente em seu site. Além disso, precisei da intervenção de agentes de aprendizagem. Essa intervenção se deu através do uso de uma TIC, a Internet. Foram feitas conversas através do MSN com o meu tio para que eu conseguisse completar o objetivo. Utilizei também de intervenção direta, sem mediação de nenhuma TIC, de um outro agente, em casos que as outras maneiras não o funcionavam agente era o meu pai. Utilizei também a intervenção do meu pai. Ele fez a indicação de qual música eu deveria tentar aprender. Isto porque, ele já tocava viola e sabia qual seria a mais fácil para o meu início. E quando o meu tio não estava disponível para me ajudar, eu pedia ajuda a ele, que fazia o mesmo só que não pela Internet. Além disso, foi ele quem afinou a viola para mim. Para os objetivos específicos: aprendi os três acordes no próprio material que estava no site do violeiro. Aprendi também através da apostila que estava no conjunto que acompanhava um cd-audio, o “Manual do violeiro”. Os nomes das cordas havia nos dois materiais. Estudei por eles. E durante o processo, enquanto completava os objetivos específicos e mesmo o principal, pude testar os métodos de ensino que estavam disponíveis para mim. A identificação das estratégias de aprendizagem se deu através de uma reflexão, durante a escrita do relatório, após a conclusão do projeto. Na documentação, aprendi sozinho - sem auxilio de agente de aprendizagem ou de algum material - como fazer. Para documentar utilizei uma câmera fotográfica digital - que também faz vídeos, emprestada de uma amiga. Ele serviu para fotografar algumas partes do processo, como a parte teórica. A documentação em vídeo foi da parte prática do processo. Resultado Iniciei o projeto, como foi descrito na proposta, com o material didático encontrado na Internet. Utilizei o site do violeiro “Junior da Violla”, no qual havia um método para se
  • 4. aprender viola. Portanto, o inicio do projeto se deu pela parte teórica, que incluía a aprendizagem sobre o básico da música. Isto é, aprender as notações mínimas de música. O site disponibilizava um mini curso para aprender a tocar viola, que inclui essa teoria, de maneira bem simplificada, mas que me situou no contexto musical. Dessa forma, estudava pela Internet, este material. A diferença desta apostila eletrônica para uma impressa é o computador e que o da Internet é grátis. Além disto, utilizei um método que era composto de: um cd-audio e de uma apostila impressa. Era um material que se completava. O autor é um violeiro chamado “Braz da Viola” e o nome do material é “Manual do Violeiro”. Nele se encontram exercícios práticos e um dicionário de acordes em duas afinações, sendo uma delas (“Cebolão”) a que eu usei para tocar a música. Este conjunto eu possuía em casa previamente, pois meu pai havia utilizado-o para começar a tocar viola. Ele é bem completo para o inicio teórico que eu propunha. Há o nome das cordas, nomes das partes da viola, os sinais que são usados nas cifras (que são as convenções musicais). Também contém as posições dos dedos e das casas na viola. Tomei conhecimento de como afinar a viola, mesmo que isto não estava proposto. Foi bom para ter uma noção, mas não aprendi como afinar, pois isto depende de um conhecimento auditivo que ainda não possuo. Na parte prática, utilizei este mesmo cd-audio e apostila descritos acima, junto da comunicação via Internet, com um tio meu que mora em Campinas. Ele possui uma web cam e um microfone. Comecei a estudar a apostila e a ouvir o cd. O violeiro toca a viola e eu acompanhava com a minha viola e com a apostila. Ele fazia os movimentos, eu ouvia e visualizava como fazer pela apostila. Por este método comecei a parte pratica da aprendizagem. A comunicação via Internet, foi usada como um “feedback” do que eu aprendia. Eu mandava a gravação do que eu tocava e meu tio me retornava se estava bom, ruim e dava alguma dica de como melhorar. Sem essa ajuda, não teria como eu saber se estava bom ou ruim e se eu no rumo certo. Após essa introdução teórica e um pouco de treino prático - que consiste em pegar o ritmo da batida da música e fazer as posições dos acordes- peguei na Internet a cifra dos “Três Boiadeiros”. Copiei também da Internet a música cantada pelo “Sergio Reis” e pelo “Pedro Bento e Zé da Estrada”. Dessa maneira eu conseguia ouvir qual era o ritmo da música e os tempos – já que nenhum dos materiais didático possuía a cifra ou a música tocada e cantada. Eu ouvia a música e olhava as cifras. Depois tentava tocar a viola com a mesma batida, mas com os acordes que eu havia aprendido anteriormente. Após de aprender o momento que se tinha que mudar a posição, pratiquei até que as mudanças ocorressem de maneira natural e de forma rápida. O meu projeto tinha como objetivo aprender a tocar ao menos uma música na viola caipira. O produto final da aprendizagem que consegui foi tocar duas músicas.
  • 5. Fig.1 Site com Mini-curso Portanto, o inicio do projeto se deu pela parte teórica, que incluía a aprendizagem sobre o básico da música. Isto é, aprender as notações mínimas de música. O site disponibilizava um mini curso para aprender a tocar viola, que inclui essa teoria, de maneira bem simplificada, mas que me situou no contexto musical. Dessa forma, estudava pela Internet, este material. A diferença desta apostila eletrônica para uma impressa é o computador e que o da Internet é grátis. Durante dois dias estudei estas aulas, por cerca de duas horas por dia. Parece não ser muito, mas, o material que tinha era pouco e o que eu pretendia aprender não tinha muita complexidade.No site aprendi sobre as notações musicais – começando pelo sistema de cifragem. Fig.2 Notação Musical Na seqüência olhei como uma viola era afinada. Para isto, utilizei um método que era composto de: um cd-audio e de uma apostila impressa. Era um material que se completava. O autor é um violeiro chamado “Braz da Viola” e o nome do material é “Manual do Violeiro”. Nele se encontram exercícios práticos e um dicionário de acordes em duas afinações, sendo uma delas (“Cebolão”) a que eu usei para tocar a música. Este conjunto eu possuía em casa previamente, pois meu pai havia utilizado-o para começar a tocar viola. Ele é bem completo para o inicio teórico que eu propunha. Há o nome das cordas, nomes das partes da viola, os sinais que são usados nas cifras (que são as convenções musicais). Também contém as posições dos dedos e das casas
  • 6. na viola. Tomei conhecimento de como afinar a viola, mesmo que isto não estava proposto. Foi bom para ter uma noção, mas não aprendi como afinar, pois isto depende de um conhecimento auditivo que ainda não possuo. É preciso ter essa noção para saber as notas das casas da viola e também qual é o nome que cada corda vai receber, que varia de afinação para afinação. Fig.3 Nome das nota em cada casa do instrumento. A afinação que eu utilizei – e que meu pai afinou para mim - foi a mais popular, chamada de “cebolão. Na seqüência observei alguns ritmos que são apresentados no material, como o Cateretê e o Cururu. A partir deste ponto, o site trazia algumas cifras de músicas. Não estudei esta parte, pois, por ajuda do interventor – meu pai- descobri que elas são muito complexas para o meu inicio. A intervenção foi essencial para que eu não desperdiçasse tempo tentando aprender algo que não eu conseguiria. Portanto passei para o segundo material que eu possuía que era o cd-audio com a apostila impressa. Fig.4 “Manual do Violeiro” “O manual do violeiro”, se parece muito com o material do site, possuindo os mesmos tópicos. Porém o “Manual” é mais completo e acompanha um cd. Assim eu acompanhei o material impresso junto do cd. Revisei tudo que havia aprendido no site e complementei minha aprendizagem. O cd ajudou muito, já que o som é uma parte importante do processo. Ao escutar o que eu via no material, eu conseguia materializar a aprendizagem. Dessa forma, eu misturei nesta parte, teoria e prática. Eu decorei alguns acordes e depois fiz o mesmo ritmo que estava cd. Depois desse primeiro contato com a música teórica e com a viola, precisei novamente de intervenção de um agente de aprendizagem. Meu pai indicou qual música eu deveria aprender, qual seria a mais fácil para esse início. A escolhida foi “Os três
  • 7. boiadeiros”. Novamente, a intervenção foi necessária e proveitosa, porque com ela economizei tempo, indo direto à uma música que seria fácil de aprender. Ajudou pois, o tempo para conclusão do projeto era curto. Cifra da “Três Boiadeiros” Os Três Boiadeiros Sérgio Reis Tom: G G Viajando, nas estradas G7 C Zé Rolha na frente tocando berrante chamando a boiada D7 G Em O Chiquinho, sempre do lado Am D7 G Distraindo o gado tomando cuidado nas encruzilhada Am D7 G D7 G E nós três vivia, tocando a boiada G Mas um dia, na invernada G7 C Deu uma trovoada uma deslizada o gado estourou D7 G Em Nesse dia, morreu Zé Rolha Am D7 G Caiu do cavalo foi dentro do valo e a boiada pisou Am D7 G D7 Fiquei eu e o Chiquinho, tocando a boiada G Num Domingo, de rodeio G7 C Chiquinho bebeu, não me obedeceu pulou no picadeiro D7 G Em Num relance, atirei na rês Am D7 G A vaca tremeu mas num pulo que deu matou meu companheiro Am D7 G D7 Eu fiquei sozinho, tocando a boiada G Viajando, nas estradas G7 C Não toco berrante nem vejo lá adiante meus dois companheiro D7 G Em Deste trio, ficou a saudade Am D7 G E em toda cidade o povo pergunta dos três boiadeiros Am D7 G Eu fiquei sozinho, tocando a boiada Am D7 G D7 (G) Eu fiquei sozinho, tocando a boiada
  • 8. Fiz o download da música na Internet junto da sua cifra. Comecei a escutá-la e acompanhar os acordes. Treinei as batidas sem os acordes. Isso ocorreu durante uma semana, até que eu conseguisse fazer a batida naturalmente, sem ter que olhar para a viola. Depois dessa semana, requisitei a ajuda do meu tio, para ele ver se as batidas estavam no ritmo e no tempo certos. Utilizei o “MSN Mensenger”- comunicação via Internet- e uma web cam para me comunicar com ele. Após sua aprovação, de que estava tudo correto segui com minha aprendizagem, agora usando os acordes que havia aprendido. Nessa parte prática, utilizei este mesmo cd-audio e apostila descrito acima. Comecei a estudar a apostila e a ouvir o cd. O violeiro toca a viola e eu acompanhava com a minha viola e com a apostila. Ele fazia os movimentos, eu ouvia e visualizava como fazer pela apostila. Por este método comecei a parte pratica da aprendizagem. Fig.5 Conhecendo as cifras A comunicação via Internet, foi usada como um “feedback” do que eu aprendia. Eu mandava a gravação do que eu tocava e meu tio me retornava se estava bom, ruim e dava alguma dica de como melhorar. Sem essa ajuda, não teria como eu saber se estava bom ou ruim e se eu estava no rumo certo. Segui as cifras da música e com a batida que tinha praticado. No começo foi difícil para fazer os acordes, pois a cordas da viola são de aço e machucavam os dedos. Até formar um calo demorou uma semana. E para conseguir mudar de um acorde para outro com facilidade (entender facilidade dentro do contexto de um iniciante na viola). Da mesma forma, me comuniquei com meu tio via Internet. Depois de algumas tentativas e de algumas dicas consegui tocar a música inteira. As semanas seguintes foram para praticar a música, da qual eu já havia decorado os acordes e a batida e sabia as seqüências desses acordes. Pratiquei mais duas semanas esta música. E sempre em contato com meu tio para ver minha evolução e se melhorava ou piorava. Felizmente, melhorei a ponto dele me indicar uma outra música que eu conseguiria tocar. Ele me indicou “Chico Mineiro”. Os acordes são os mesmos de “Os três boiadeiros”, só muda a batida. Fiz o download da música e da cifra. Despendi um tempo muito menor para conseguir fazer a batida do que na música anterior. E também para fazer os acordes. Portanto ao final do processo de aprendizagem, tive como produto final a aprendizagem de duas músicas tocadas na viola caipira.
  • 9. Durante o processo de aprendizagem do projeto, identifiquei algumas das minhas preferência que havia observado e citei na introdução. Usei bastante da dimensão verbal, na parte teórica pelo menos. Na parte prática misturei o verbal com o auditivo, que eu não costumo usar normalmente em outras atividades de aprendizagem. A dimensão auditiva foi uma requisição do próprio objeto de estudo que é a viola e música, e não teria como não utilizar esta dimensão. Ficar em uma das dimensões também não seria suficiente. Portanto a mistura delas facilitou em muito o processo. Conclusões Na proposta do projeto eu tinha os seguintes objetivos (entre eles o principal e os específicos, nesta ordem): aprender a tocar ao menos uma música na viola caipira; 2) Conhecer os nomes das cordas da viola; 3)Aprender três acordes básicos; 4) testar os métodos de ensino existentes que são mediados pelas “TIC”; 5) Documentar o processo de aprendizagem; e 6) Identificar as estratégias usadas para concluir o projeto. Consegui atingir todos os meus objetivos descritos acima. Aprendi a tocar duas músicas- “Os três boiadeiros” e “Chico Mineiro”, pois minha aprendizagem foi suficiente para cumprir o objetivo “básico”, que seria tocar uma música ao menos, e fazer a mais (a possibilidade de tocar duas músicas existia desde a proposta). Os três acordes básicos também aprendi e só assim foi possível tocar as músicas. Testei os métodos de ensino mediados pelas “TIC”. Os métodos de ensino de viola que são mediados pelas “TIC”, os considerei não satisfatórios e insuficientes. Só aprendi porque houve intervenção de agentes de aprendizagem. O material é incompleto e complicado para a compreensão de iniciantes. O cd-audio ajuda, mas também não é suficiente. Seria bom ter um vídeo para acompanhar o material. Falta também um agente para dar o feedback da aprendizagem, que dá uma idéia do que esta sendo aprendido, está certo ou não. Portanto para um material para se aprender a tocar viola funcionar, precisa de um professor para que ele faça algumas indicações de como começar – como aconteceu comigo. Também para dar resposta sobre o que se esta aprendendo A documentação da parte teórica ocorreu de forma satisfatória. As fotos tiradas ilustram bem a aprendizagem da teoria. No entanto, a documentação da prática não ocorreu como esperado. Assim, a qualidade dos vídeos ficou à quem de um nível de qualidade mínimo. Perdeu-se muita qualidade no som, que era a parte mais importante para a documentação. Identifiquei as estratégias usadas no processo. Concluí que as preferências observadas no desenvolvimento do projeto foram as mesmas vistas na disciplina. Porém não utilizei muito a dimensão visual, pois não consegui material que disponibilizasse vídeos. Mas no material que encontrei havia uma parte visual que demonstrava como deveria ser a posição dos dedos nas cordas e os movimentos das batidas. Esta parte foi essencial para que eu conseguisse entrar no ritmo da música. Desta forma, usei tanto o verbal quanto visual, que eu já havia identificado como preferência. O que foi diferente foi a dimensão auditiva que não usava antes. Referências
  • 10. BRAZ DA VIOLA. Manual do Violeiro, Riccord, 1999. Sites JUNIOR DA VIOLLA Disponível em:< http://www.juniordaviolla.com.br> CIFRA CLUB. Disponível em www.cifraclub.terra.com.br. Agradecimentos: Eros A. Almeida José A. Almeida Mariana P. Kinoshita