O documento discute incontinência urinária, definindo-a como perda involuntária de urina e classificando-a em três tipos: de esforço, urgência e mista. Aborda também os mecanismos de continência urinária, causas, diagnóstico e tratamento da incontinência urinária na mulher.
2. Conceito e Classificação
Perda involuntária de urina, causando
desconforto pessoal e social
Classificação:
1. Incontinência Urinária de Esforço
2. Incontinência Urinária de Urgência
3. Incontinência Urinária Mista
3. Conceito e Classificação
1.
Incontinência Urinária de Esforço
Perda involuntária de urina após esforço,
sem contração do músculo detrusor da
bexiga – alteração anatômica ou funcional
da uretra – pressão intra-vesical > intrauretral = perda ao esforço (tosse, espirro,
etc)
4. Conceito e Classificação
2.
Incontinência Urinária de Urgência
Secundária à instabilidade do detrusor –
disfunção do mesmo – falta controle
miccional quando bexiga cheia/urgência –
há início micção mas inabilidade de cessá-la
ou perda irregular de grande ou pequena
quantidade de urina – associação com
emoções ou dormindo
6. Epidemiologia
Mais freqüente 3ª idade e mulheres
57% mulheres entre 45 – 64 anos
45% população feminina algum tipo IU
50% IU Esforço
20% IU Urgência
30% IU Mista
8. Mecanismos de Continência
Urinária
4 fatores anatômicos/funcionais influem
na continência normal
1. Continuidade de superfície entre bexiga e uretra
2. Pressão intra-uretral > pressão intravesical
3. Integridade do músculo detrusor
4. Inervação da musculatura lisa da uretra e do
músculo esquelético do esfíncter externo
preservada
9. Mecanismos de Continência
Urinária
Anatomia
Diafragma urogenital
Superficial – M. transverso superficial do períneo,
bulbocavernoso e isquiocavernoso
Pedículo pudendo
Profundo – Aponeurose entre M. transverso
profundo do períneo e elevador do ânus
Bexiga
M. detrusor – principal, nervos pélvicos
parassimpáticos (SNA)
10.
11.
12.
13. Mecanismos de Continência
Urinária
Anatomia
Uretra
Continuação detrusor – 2,5 – 5,0 cm
Esfíncter uretral interno ou liso
Fibras longitudinais internas – contraem início micção –
encurtam uretra
Fibras semicirculares externas – mantém uretra e colo
vesical fechados no repouso
Controle autônomo – simpático e parassimpático
14. Mecanismos de Continência
Urinária
Anatomia
Uretra
Esfíncter uretral externo ou estriado
2 grupos de fibras musculares que circundam uretra no
1/3 médio
Fibras parauretrais – contração permanente =
tônus
Fibras M. elevador ânus – controle voluntário ao
esforço
Controle somático – n. pudendo
18. Causas IU na mulher
Anomalias congênitas ou adquiridas do
trato urinário
Ureter ectópico
Fístulas – uretrovaginal, vesicovaginal,
ureterovaginal
19. Causas IU na mulher
Disfunções neurológicas da bexiga
Hiper-reflexia (espástica) – micção
automática não inibida
Hiporreflexia (flácida) – capacidade
volumétrica aumentada (> 800 ml) com
esvaziamento incompleto
Combinada - ambas
20. Causas IU na mulher
Disfunção uretrovesical ou disfunção
urinária ginecológica
Incontinência de urgência – associada ao
afunilamento do colo vesical, infecção,
irritação e dist. psicossomáticos
Instabilidade do detrusor - associada ao
afunilamento do colo vesical, uso de
fármacos e dist. psicossomáticos
21. Causas IU na mulher
Disfunção uretrovesical ou disfunção
urinária ginecológica (cont.)
Incontinência de esforço – prolapso
uretrovesical
Combinada – esforço + urgência/
instabilidade do detrusor
27. Diagnóstico
Exames complementares (cont.)
Valores normais pressão intravesical:
Decúbito = 15 – 20 cm de H2O
Em pé = 20 – 30 cm de H2O
1º desejo miccional = 150 – 200 ml
Capacidade máxima = 250 – 700 ml
Urina residual = < 30 ml
Contrações não-inibidas = ausentes
Fluxo urinário = > 15 ml em 200 ml de volume
28. Diagnóstico
Exames complementares (cont.)
US – avaliação da mobilidade da junção
uretrovesical
Diário miccional – subjetivo, útil
Prova do absorvente
Teste do cotonete
Teste de Bonney
Uretrocistografia com corrente – desuso
Eletromiografia - videouretrocistografia