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O Sebastianismo e o V
      império




               Trabalho realizado por:

               - Ana Teresa Santos
               - Daniela Rosa
               - Francisco Nemésio
              - Vasco Cavalheiro
                  Profª Marcela Neves
                            Português
                            2010/2011

                                     1
Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”
                                        0


                              O Sebastianismo




O mito do Rei D. Sebastião

       O Sebastianismo, também conhecido por o mito Sebástico ou mito do
“Encoberto”, foi um movimento místico secular que ocorreu em Portugal na segunda
                              místico-secular
metade do século XVI como consequência da morte do rei D. Sebastião na Batalha de
Alcácer-Quibir, em 4 de Agosto de 1578. Por falta de herdeiros, o trono português
        Quibir,
terminou nas mãos do rei Filipe II da casa de Habsburgo. Basicamente é um
       u
messianismo adaptado às condições lusas. Traduz uma inconformidade com a situação
política vigente e uma expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através da
ressurreição de um morto ilustre.

       O mais popular divulgador foi o sapateiro de Trancoso, Bandarra, que previu
                      divulgador
nas suas trovas o regresso do Desejado (como era chamado D. Sebastião). Explorando
                                                            Sebastião).
Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”
                                          0

a crença popular, vários oportunistas apresentaram se como o rei oculto na tentativa
                                      apresentaram-se
de obter benefícios pessoais.

       O poeta português Fernando Pessoa, na Mensagem, faz uma interpretação
sebastianista da História de Portugal, em busca de um patriotismo perdido. O poema
reinterpreta a História de Portugal em função de uma ressurreição de um passado
heroico ("é a Hora!").




Luís de Camões

       Ao    analisarmos   o    Sebastianismo    é
fundamental não esquecer Luís de Camões, como
ponto de referência ao que se passa na época do
reinado da D.Sebastião, basicamente, como a
população via o seu rei e o que ele representava
naquele período.

       Apesar de o Sebastianismo não ser tema na obra de Camões, visto que este
viveu no período dos Descobrimento, em que Portugal apresentava novos nomes ao
              do
mundo, que se conhecia até então, Camões dedicou lhe o livro “Os Lusíadas”.
                                         dedicou-lhe

       Neste livro Luís de Camões apresenta nos “um” D.Sebastião que representa à
                                  apresenta-nos
época uma esperança “viva” de auge e conquista para o Império, ao contrário do que
acontece com outros autores, que se lhe seguiram séculos depois, como Fernando
Pessoa que já o veem como uma esperança “morta”, ou seja, apenas um mito, uma
                              esperança
sombra, no qual tanto eles como a população do seu tempo depositam o desejo de
salvação, o desejo que D.Sebastião volte de Alcácer Quibir, onde desapareceu, para
                                            Alcácer-Quibir,
conduzir Portugal ao destino divinamente traçado, a um período de felicidade, paz e
prosperidade. Este desejo reflecte basicamente a vontade dos defensores do
Sebastianismo de repor o patriotismo perdido.

       A esperança “viva” como é visto D.Sebastião por Camões, é observável pois
este na “Dedicatória” (Canto I) apresenta-nos um jovem rei, “Vós, tenro e novo ra
                                          nos                                  ramo
Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”
                                          0

florecente” (7ª estrofe, 1º verso, “Dedicatória”, Canto I), no qual se deposita toda a
confiança de levar o império à sua maior grandeza, incitando o rei a continuar o Brasão
e a glória dos portugueses, “E não sei por que influxo de Destino/Não tem um ledo
orgulho e geral gosto,/Que os ânimos levanta de contino/A ter pera trabalhos ledo o
rosto./Por isso vós, ó Rei, que por divino/Conselho estais no régio sólio posto,/Olhai
que sois (e vede as outras gentes)/Senhor só de vassalos excelentes.”(146ª estrofe,
Canto X).

       Como “Camões ainda conheceu o Império no concreto da sua grandeza e das
suas misérias, era-lhe fácil ainda ter esperança, o D.Sebastiao a quem de dirige é um
jovem de carne e osso, vale a pena mostrar-se, exibir os seus préstimos, para que o Rei
o distinga, confie nele, se lance na conquista do Norte de África levando-o consigo ”
(excerto de Camões e Pessoa, Poetas da Utopia, Jacinto do Prado Coelho, Pub. Europa-
América), que se revela oposta em certos aspectos à esperança que representa o
Sebastianismo.




Sebastianismo na literatura

       Sebastianismo não é só uma fonte de crenças, lendas e de teorias sobre o
modo de ser português, é também, um importante motivo de criação literária.

       Temos como exemplo o poema de D.Sebastião da Mensagem de Fernando
Pessoa, em que D. Sebastião é figurado de modo a simbolizar a loucura do ideal. Um
outro é em Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.
Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”
                                            0


                               O Quinto Império




       Portugal foi a nação construtora do império do passado que foi edificado pelos
heróis da nacionalidade e dos descobrimentos na conquista dos mares e do oriente
mas, que foi apenas terreno e material. E sendo ele material, degradou e acabou
                                                              degradou-se
por cair.

       Com isto nasce um novo império, um império espiritual mais forte e difícil de
                                                  espiritual
quebrar que se realiza através das artes e forças do espírito. E foi esta força que o povo
português demonstrou nos Descobrimentos e, que sendo ela espiritual, de força de
carácter surge do interior do homem e manifesta na terra.
                                      manifesta-se
Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”
                                              0

O Quinto Império de António Vieira

         Na época da Restauração da Independência, foi
Padre     António   Vieira   o   verdadeiro       reinventor   do
Sebastianismo, usando-o como uma nova visão profética do
mundo e da história. Na sua História do Futuro, expõe a
defesa da teoria do Quinto Império, de acordo com a qual o
reino messiânico1, anunciado pelos profetas no Livro de
Daniel da Bíblia, será obra do rei de Portugal. Assim, Cristo voltará em espírito à terra e
inspirará o rei de Portugal a presidir um novo reino em que toda a gente será
convertida à verdadeira fé, onde não haverá pecadores, nem miséria, nem guerra. A
construção deste reino utópico terá como ponto de partida a derrota dos turcos pelos
exércitos cristãos comandados pelo rei de Portugal.

1
    O messianismo é, em termos restritos, a crença divina - ou no retorno - de um
enviado divino libertador, um messias, com poderes e atribuições que aplicará ao
cumprimento da causa de um povo ou um grupo oprimido.

         António Vieira escreveu ainda outro livro sobre o V Império, em segredo,
inspirado pelas profecias bíblicas, chamado “Esperanças de Portugal, Quinto Império
do Mundo".

         Estudando profundamente as Escrituras e todos os Santos que falam do
imperador que Jesus prometera à Igreja, o jesuíta está firmemente convencido que o V
Império só pode ser português (os anteriores tinham sido o dos assírios, o dos persas,
o dos gregos e o dos romanos).

         Pode-se dizer que António Vieira, que profetizava quem iria salvar Portugal e
criar um Império português, foi o principal fundador da ideia do Quinto Império no
qual os posteriores poetas se basearam.

         Estudando as palavras de Jesus ao rei Afonso Henriques na batalha de Ourique,
em que Cristo dizia que pretendia um império feito para ele por D.Afonso Henriques,
António Vieira acredita que o rei escolhido para este império é o D. Sebastião. Mas
essa esperança foi perdida, pois este desapareceu, conclui então que esse rei é agora
Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”
                                             0

D. João IV. O Quinto Império seria de ordem temporal e espiritual. Portugal seria o guia
para que não houvesse pecadores, reformar a cristandade e estabelecer a paz em todo
o mundo.

       Esta construção ideal de António Vieira, imaginativo e delirante, começaria a
tornar-se realidade se o príncipe herdeiro português casasse com a herdeira do trono
       se
castelhano. Iniciar-se-ia o Império, com Castela e Portugal com o mesmo rei. Mas isso
                       ia
não aconteceu pois ambas as nações não estavam dispostas a unificarem
                                                           unificarem-se, e não
aderiram á profecia de António Vieira.




O Quinto Império de Fernando Pessoa

       Esta é, com certeza, uma pergunta cuja resposta não
será tão objectiva. Comecemos pelas palavras do próprio
Pessoa:

       "Todo o Império que não é baseado no Império
Espiritual é uma morte de pé, um Cadáver mandando.

       Só pode realizar utilmente o Império Espiritual a nação que for pequena, e em
quem, portanto, nenhuma tentativa de absorção territorial pode nascer. (...)
                        tentativa

       Criando uma civilização espiritual própria, subjugaremos todos os povos;
porque contra as artes e as forças do espírito não há resistência possível, sobretudo
quando elas sejam bem organizadas, fortificadas por almas de generais do Espírito."
Atlantismo, Fernando Pessoa

       Das palavras de Pessoa, podemos depreender que o Quinto Império não é, de
forma alguma, material mas sim espiritual, um império que se realiza através das artes
e forças do espírito, que são incorruptíveis. Pessoa sente que a única nação a realizar e
          o
conquistar este Quinto Império é a nação portuguesa, pois é a única que tem a força
espiritual para tal feito. Este, já revelada com os descobrimentos, deve ser agora
voltada para o plano cultural, espiritual.
         ara
Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”
                                            0

         Naufragado numa ilha distante, um marinheiro, sozinho e isolado, inventou
uma pátria nova, sonhada à sua imagem e grandeza. De tal modo ela se tornou real
que acabou por absorver as virtualidades da sua verdadeira pátria, acabando mesmo
por a substituir. Assim, a pátria sonhada se sobrepôs à pátria real.

         Talvez a «Mensagem» seja a pátria sonhada, tornada verdadeira para Pessoa.



         O único perfil coerente e viável do nebuloso Quinto Império cifra-se em desejar
que a decadente pátria portuguesa seja portuguesa com a mesma naturalidade com
que a Inglesa é Inglesa.

         Reduzindo a nossa cultura a tábua rasa – o Encoberto -, dissolvidos os pseudo-
universos dos outros, construiremos a nossa própria identidade cultural e espiritual,
anterior e mais autêntica, universal, capaz de fazer com que voltemos a ser grandiosos
no mundo porque seremos um exemplo de autenticidade e originalidade a seguir por
todas as outras nações.

         Pessoa reformularia a sua visão de uma Renascença portuguesa na doutrina do
Quinto Império, nova glosa de uma velha profecia do Livro de Daniel, capítulo 22. A
interpretação que o profeta dera ao sonho de Nabucodonosor, rei da Babilónia, fora
tradicionalmente entendida como uma história dos grandes impérios militares do
mundo ocidental: o babilónico, o persa, o grego e o romano, sendo o quinto império
por vezes entendido como o império britânico. Pessoa, partindo de uma perspectiva
espiritual ou cultural, entendia que os cinco impérios eram o da Grécia, o de Roma, o
da Cristandade, o da Europa pós-renascentista e – prestes a despontar – o império de
Portugal. Defendia a ideia de que Portugal, através da sua língua e da sua cultura e
sobretudo através da sua literatura, dominaria o resto da Europa. Um “imperialismo
de poetas”, como especifica um texto de Pessoa sobre o assunto. Richard Zenith,


 2
     Este capítulo narra a história do rei Nabucodonosor e do seu sonho, com
 uma estátua erguida com cinco tipos de materiais.
Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”
                                            0

Fernando Pessoa, A Máscara e o Espelho Instituto Camões
                               Espelho,



O Quinto Império de Agostin da Silva
                    Agostinho

          Agostinho da Silva é sem dúvida um dos nomes
incontornáveis da actualidade em relação ao Quinto
          veis
Império, que se intitulava ele próprio cavaleiro do Espirito
Santo. Segundo palavras do mesmo: “O Quinto Império será
o restaurar da criança em nós e em nós a coroarmos
imperador, eis aí o primeiro pas para a formação do
                             passo
império.” Segundo ele, esse império só poderia vir pelo poder da oração que se
estenderia “a todas as nações do mundo, a todas elas revelando o espírito, e a todas
elas, e a todos os homens nelas, mergulhando naquilo que será a solução da antinomia
vida-morte.”
          Para ele, “os Portugueses, com a coroação do menino imperador, queriam dizer
sobretudo que o homem é a coisa mais extraordinária que aparece no mundo, é o
inesperado feito pessoa.”
          Um crente indiscutível no Quinto Império perguntaram-lhe se ele acreditava no
mesmo, ao que ele respondeu: “É claro que acredito no Quinto Império, porque senão
o acto de viver era inútil.” No entanto refutava a ideia de que a teoria do Quinto
Império defende apenas que Portugal tem como destino o Quinto Império, ele próprio
     io
dizia que “Portugal inventou, imaginou isso do “Quinto Império” e nós temos que o
examinar e ver o que pensou Vieira e ver se isso não está dentro de nós e da nossa
capacidade.”
          Trazer por isso o mundo à Europa, como outrora levámos a Europa ao mundo,
tal a missão da cultura de língua portuguesa, construindo o seu domínio com uma base
espiritual e sem base em terra, porque a propriedade escraviza e só não ter nos torna
livres.
Agostinho fala também de outro autor, para defender o Quinto Império, Luis de
   stinho
Camões. Segundo este, a primeira ideia de Quinto Império apareceu com o Camões,
nos Lusíadas, na Ilha dos Amores, com aquilo a que Camões chama a “voz da Deusa”.
 os
Sebastianismo e V Império - “É a Hora!”
                                            0

         A “voz da Deusa”: ”Arranca aqueles marinheiros às limitações do Tempo e às
limitações do Espaço. Arranca-os às limitações do Tempo porque faz com que eles
saibam qual vai ser o futuro de Portugal e arranca-os às limitações do Espaço porque
eles vêm todo o Universo ao longe” (excerto de “Conversas Vadias”, Adelino Gomes)




Bibliografia
Sites
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebastianismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_de_Portugal

http://jbo.no.sapo.pt/pessoa/mensagem/isoterismo_main.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/Messianismo

Livros
Plural 12º, Lisboa Editora, Elisa Costa Pinto, Vera Saraiva Baptista, Paula Fonseca

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Sebastianismo e V Império

  • 1. O Sebastianismo e o V império Trabalho realizado por: - Ana Teresa Santos - Daniela Rosa - Francisco Nemésio - Vasco Cavalheiro Profª Marcela Neves Português 2010/2011 1
  • 2. Sebastianismo e V Império - “É a Hora!” 0 O Sebastianismo O mito do Rei D. Sebastião O Sebastianismo, também conhecido por o mito Sebástico ou mito do “Encoberto”, foi um movimento místico secular que ocorreu em Portugal na segunda místico-secular metade do século XVI como consequência da morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, em 4 de Agosto de 1578. Por falta de herdeiros, o trono português Quibir, terminou nas mãos do rei Filipe II da casa de Habsburgo. Basicamente é um u messianismo adaptado às condições lusas. Traduz uma inconformidade com a situação política vigente e uma expectativa de salvação, ainda que miraculosa, através da ressurreição de um morto ilustre. O mais popular divulgador foi o sapateiro de Trancoso, Bandarra, que previu divulgador nas suas trovas o regresso do Desejado (como era chamado D. Sebastião). Explorando Sebastião).
  • 3. Sebastianismo e V Império - “É a Hora!” 0 a crença popular, vários oportunistas apresentaram se como o rei oculto na tentativa apresentaram-se de obter benefícios pessoais. O poeta português Fernando Pessoa, na Mensagem, faz uma interpretação sebastianista da História de Portugal, em busca de um patriotismo perdido. O poema reinterpreta a História de Portugal em função de uma ressurreição de um passado heroico ("é a Hora!"). Luís de Camões Ao analisarmos o Sebastianismo é fundamental não esquecer Luís de Camões, como ponto de referência ao que se passa na época do reinado da D.Sebastião, basicamente, como a população via o seu rei e o que ele representava naquele período. Apesar de o Sebastianismo não ser tema na obra de Camões, visto que este viveu no período dos Descobrimento, em que Portugal apresentava novos nomes ao do mundo, que se conhecia até então, Camões dedicou lhe o livro “Os Lusíadas”. dedicou-lhe Neste livro Luís de Camões apresenta nos “um” D.Sebastião que representa à apresenta-nos época uma esperança “viva” de auge e conquista para o Império, ao contrário do que acontece com outros autores, que se lhe seguiram séculos depois, como Fernando Pessoa que já o veem como uma esperança “morta”, ou seja, apenas um mito, uma esperança sombra, no qual tanto eles como a população do seu tempo depositam o desejo de salvação, o desejo que D.Sebastião volte de Alcácer Quibir, onde desapareceu, para Alcácer-Quibir, conduzir Portugal ao destino divinamente traçado, a um período de felicidade, paz e prosperidade. Este desejo reflecte basicamente a vontade dos defensores do Sebastianismo de repor o patriotismo perdido. A esperança “viva” como é visto D.Sebastião por Camões, é observável pois este na “Dedicatória” (Canto I) apresenta-nos um jovem rei, “Vós, tenro e novo ra nos ramo
  • 4. Sebastianismo e V Império - “É a Hora!” 0 florecente” (7ª estrofe, 1º verso, “Dedicatória”, Canto I), no qual se deposita toda a confiança de levar o império à sua maior grandeza, incitando o rei a continuar o Brasão e a glória dos portugueses, “E não sei por que influxo de Destino/Não tem um ledo orgulho e geral gosto,/Que os ânimos levanta de contino/A ter pera trabalhos ledo o rosto./Por isso vós, ó Rei, que por divino/Conselho estais no régio sólio posto,/Olhai que sois (e vede as outras gentes)/Senhor só de vassalos excelentes.”(146ª estrofe, Canto X). Como “Camões ainda conheceu o Império no concreto da sua grandeza e das suas misérias, era-lhe fácil ainda ter esperança, o D.Sebastiao a quem de dirige é um jovem de carne e osso, vale a pena mostrar-se, exibir os seus préstimos, para que o Rei o distinga, confie nele, se lance na conquista do Norte de África levando-o consigo ” (excerto de Camões e Pessoa, Poetas da Utopia, Jacinto do Prado Coelho, Pub. Europa- América), que se revela oposta em certos aspectos à esperança que representa o Sebastianismo. Sebastianismo na literatura Sebastianismo não é só uma fonte de crenças, lendas e de teorias sobre o modo de ser português, é também, um importante motivo de criação literária. Temos como exemplo o poema de D.Sebastião da Mensagem de Fernando Pessoa, em que D. Sebastião é figurado de modo a simbolizar a loucura do ideal. Um outro é em Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett.
  • 5. Sebastianismo e V Império - “É a Hora!” 0 O Quinto Império Portugal foi a nação construtora do império do passado que foi edificado pelos heróis da nacionalidade e dos descobrimentos na conquista dos mares e do oriente mas, que foi apenas terreno e material. E sendo ele material, degradou e acabou degradou-se por cair. Com isto nasce um novo império, um império espiritual mais forte e difícil de espiritual quebrar que se realiza através das artes e forças do espírito. E foi esta força que o povo português demonstrou nos Descobrimentos e, que sendo ela espiritual, de força de carácter surge do interior do homem e manifesta na terra. manifesta-se
  • 6. Sebastianismo e V Império - “É a Hora!” 0 O Quinto Império de António Vieira Na época da Restauração da Independência, foi Padre António Vieira o verdadeiro reinventor do Sebastianismo, usando-o como uma nova visão profética do mundo e da história. Na sua História do Futuro, expõe a defesa da teoria do Quinto Império, de acordo com a qual o reino messiânico1, anunciado pelos profetas no Livro de Daniel da Bíblia, será obra do rei de Portugal. Assim, Cristo voltará em espírito à terra e inspirará o rei de Portugal a presidir um novo reino em que toda a gente será convertida à verdadeira fé, onde não haverá pecadores, nem miséria, nem guerra. A construção deste reino utópico terá como ponto de partida a derrota dos turcos pelos exércitos cristãos comandados pelo rei de Portugal. 1 O messianismo é, em termos restritos, a crença divina - ou no retorno - de um enviado divino libertador, um messias, com poderes e atribuições que aplicará ao cumprimento da causa de um povo ou um grupo oprimido. António Vieira escreveu ainda outro livro sobre o V Império, em segredo, inspirado pelas profecias bíblicas, chamado “Esperanças de Portugal, Quinto Império do Mundo". Estudando profundamente as Escrituras e todos os Santos que falam do imperador que Jesus prometera à Igreja, o jesuíta está firmemente convencido que o V Império só pode ser português (os anteriores tinham sido o dos assírios, o dos persas, o dos gregos e o dos romanos). Pode-se dizer que António Vieira, que profetizava quem iria salvar Portugal e criar um Império português, foi o principal fundador da ideia do Quinto Império no qual os posteriores poetas se basearam. Estudando as palavras de Jesus ao rei Afonso Henriques na batalha de Ourique, em que Cristo dizia que pretendia um império feito para ele por D.Afonso Henriques, António Vieira acredita que o rei escolhido para este império é o D. Sebastião. Mas essa esperança foi perdida, pois este desapareceu, conclui então que esse rei é agora
  • 7. Sebastianismo e V Império - “É a Hora!” 0 D. João IV. O Quinto Império seria de ordem temporal e espiritual. Portugal seria o guia para que não houvesse pecadores, reformar a cristandade e estabelecer a paz em todo o mundo. Esta construção ideal de António Vieira, imaginativo e delirante, começaria a tornar-se realidade se o príncipe herdeiro português casasse com a herdeira do trono se castelhano. Iniciar-se-ia o Império, com Castela e Portugal com o mesmo rei. Mas isso ia não aconteceu pois ambas as nações não estavam dispostas a unificarem unificarem-se, e não aderiram á profecia de António Vieira. O Quinto Império de Fernando Pessoa Esta é, com certeza, uma pergunta cuja resposta não será tão objectiva. Comecemos pelas palavras do próprio Pessoa: "Todo o Império que não é baseado no Império Espiritual é uma morte de pé, um Cadáver mandando. Só pode realizar utilmente o Império Espiritual a nação que for pequena, e em quem, portanto, nenhuma tentativa de absorção territorial pode nascer. (...) tentativa Criando uma civilização espiritual própria, subjugaremos todos os povos; porque contra as artes e as forças do espírito não há resistência possível, sobretudo quando elas sejam bem organizadas, fortificadas por almas de generais do Espírito." Atlantismo, Fernando Pessoa Das palavras de Pessoa, podemos depreender que o Quinto Império não é, de forma alguma, material mas sim espiritual, um império que se realiza através das artes e forças do espírito, que são incorruptíveis. Pessoa sente que a única nação a realizar e o conquistar este Quinto Império é a nação portuguesa, pois é a única que tem a força espiritual para tal feito. Este, já revelada com os descobrimentos, deve ser agora voltada para o plano cultural, espiritual. ara
  • 8. Sebastianismo e V Império - “É a Hora!” 0 Naufragado numa ilha distante, um marinheiro, sozinho e isolado, inventou uma pátria nova, sonhada à sua imagem e grandeza. De tal modo ela se tornou real que acabou por absorver as virtualidades da sua verdadeira pátria, acabando mesmo por a substituir. Assim, a pátria sonhada se sobrepôs à pátria real. Talvez a «Mensagem» seja a pátria sonhada, tornada verdadeira para Pessoa. O único perfil coerente e viável do nebuloso Quinto Império cifra-se em desejar que a decadente pátria portuguesa seja portuguesa com a mesma naturalidade com que a Inglesa é Inglesa. Reduzindo a nossa cultura a tábua rasa – o Encoberto -, dissolvidos os pseudo- universos dos outros, construiremos a nossa própria identidade cultural e espiritual, anterior e mais autêntica, universal, capaz de fazer com que voltemos a ser grandiosos no mundo porque seremos um exemplo de autenticidade e originalidade a seguir por todas as outras nações. Pessoa reformularia a sua visão de uma Renascença portuguesa na doutrina do Quinto Império, nova glosa de uma velha profecia do Livro de Daniel, capítulo 22. A interpretação que o profeta dera ao sonho de Nabucodonosor, rei da Babilónia, fora tradicionalmente entendida como uma história dos grandes impérios militares do mundo ocidental: o babilónico, o persa, o grego e o romano, sendo o quinto império por vezes entendido como o império britânico. Pessoa, partindo de uma perspectiva espiritual ou cultural, entendia que os cinco impérios eram o da Grécia, o de Roma, o da Cristandade, o da Europa pós-renascentista e – prestes a despontar – o império de Portugal. Defendia a ideia de que Portugal, através da sua língua e da sua cultura e sobretudo através da sua literatura, dominaria o resto da Europa. Um “imperialismo de poetas”, como especifica um texto de Pessoa sobre o assunto. Richard Zenith, 2 Este capítulo narra a história do rei Nabucodonosor e do seu sonho, com uma estátua erguida com cinco tipos de materiais.
  • 9. Sebastianismo e V Império - “É a Hora!” 0 Fernando Pessoa, A Máscara e o Espelho Instituto Camões Espelho, O Quinto Império de Agostin da Silva Agostinho Agostinho da Silva é sem dúvida um dos nomes incontornáveis da actualidade em relação ao Quinto veis Império, que se intitulava ele próprio cavaleiro do Espirito Santo. Segundo palavras do mesmo: “O Quinto Império será o restaurar da criança em nós e em nós a coroarmos imperador, eis aí o primeiro pas para a formação do passo império.” Segundo ele, esse império só poderia vir pelo poder da oração que se estenderia “a todas as nações do mundo, a todas elas revelando o espírito, e a todas elas, e a todos os homens nelas, mergulhando naquilo que será a solução da antinomia vida-morte.” Para ele, “os Portugueses, com a coroação do menino imperador, queriam dizer sobretudo que o homem é a coisa mais extraordinária que aparece no mundo, é o inesperado feito pessoa.” Um crente indiscutível no Quinto Império perguntaram-lhe se ele acreditava no mesmo, ao que ele respondeu: “É claro que acredito no Quinto Império, porque senão o acto de viver era inútil.” No entanto refutava a ideia de que a teoria do Quinto Império defende apenas que Portugal tem como destino o Quinto Império, ele próprio io dizia que “Portugal inventou, imaginou isso do “Quinto Império” e nós temos que o examinar e ver o que pensou Vieira e ver se isso não está dentro de nós e da nossa capacidade.” Trazer por isso o mundo à Europa, como outrora levámos a Europa ao mundo, tal a missão da cultura de língua portuguesa, construindo o seu domínio com uma base espiritual e sem base em terra, porque a propriedade escraviza e só não ter nos torna livres. Agostinho fala também de outro autor, para defender o Quinto Império, Luis de stinho Camões. Segundo este, a primeira ideia de Quinto Império apareceu com o Camões, nos Lusíadas, na Ilha dos Amores, com aquilo a que Camões chama a “voz da Deusa”. os
  • 10. Sebastianismo e V Império - “É a Hora!” 0 A “voz da Deusa”: ”Arranca aqueles marinheiros às limitações do Tempo e às limitações do Espaço. Arranca-os às limitações do Tempo porque faz com que eles saibam qual vai ser o futuro de Portugal e arranca-os às limitações do Espaço porque eles vêm todo o Universo ao longe” (excerto de “Conversas Vadias”, Adelino Gomes) Bibliografia Sites http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebastianismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Sebasti%C3%A3o_de_Portugal http://jbo.no.sapo.pt/pessoa/mensagem/isoterismo_main.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Messianismo Livros Plural 12º, Lisboa Editora, Elisa Costa Pinto, Vera Saraiva Baptista, Paula Fonseca