O documento discute o conceito e importância do acolhimento na Atenção Primária à Saúde. Apresenta o acolhimento como um processo que envolve escuta qualificada, classificação de risco e articulação com a rede de atenção, reconhecendo o usuário como sujeito ativo. Também descreve os componentes essenciais da Rede de Atenção às Urgências.
3. “O acolhimento é uma ação tecno-
assistencial que pressupõe a mudança da
relação profissional/usuário e sua rede
social através de parâmetros técnicos,
éticos, humanitários e de solidariedade,
reconhecendo o usuário como sujeito e
participante ativo no processo de
produção da saúde”
HumanizaSUS, 2004
ACOLHIMENTO
4. Processo constitutivo das práticas de produção e promoção
de saúde que implica responsabilização do
trabalhador/equipe pelo usuário, desde a sua chegada até a
sua saída. Ouvindo sua queixa, considerando suas
preocupações e angústias, fazendo uso de uma escuta
qualificada que possibilite analisar a demanda e, colocando
os limites necessários, garantir atenção integral, resolutiva e
responsável por meio do acionamento/articulação das redes
internas dos serviços (visando à horizontalidade do cuidado) e
redes externas, com outros serviços de saúde, para
continuidade da assistência quando necessário.
HumanizaSus, 2004
Acolhimento também é:
5. • Uma sala em que um profissional
(geralmente enfermeiro) atende a
demanda espontânea e encaminha para o
médico;
• Restrita a um profissional de saúde;
• Igual a atendimento clínico centrado na
doença.
LEIA AS PALAVRAS EM VERMELHO E REFLITA
SOBRE ESTA FRASE!!
Logo, acolhimento não é:
6. ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
ATRIBUTOS:
PRIMEIRO CONTATO
INTEGRALIDADE
LONGITUDINALIDADE
COORDENAÇÃO DO CUIDADO
7. Processo de Trabalho das equipes
de Saúde da Família. Dentre outras
ações...
Programação e implementação das atividades, com a
priorização de solução dos problemas de saúde mais
freqüentes, considerando a responsabilidade da assistência
resolutiva à demanda espontânea;
Realização de primeiro atendimento às urgências médicas e
odontológicas;
Trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando áreas
técnicas e profissionais de diferentes formações.
8. • Rede de Atenção às Urgências
• Identificação de vulnerabilidades
• Estrutura física, materiais, insumos e
medicamentos
• Organização da Demanda Espontânea
ACOLHIMENTO (Ferramentas: Escuta
qualificada e Classificação de risco)
A qualidade do atendimento à Demanda
Espontânea na AB depende de:
9. A organização da Rede de Atenção às
Urgências tem a finalidade de articular e
integrar no âmbito do SUS todos os
equipamentos de saúde, objetivando
ampliar e qualificar o acesso humanizado e
integral aos usuários em situação de
urgência nos serviços de saúde de forma
ágil e oportuna, e deve ser implementada
gradativamente, em todo o território
nacional, respeitando-se os critérios
epidemiológicos e de densidade
populacional.
REDE DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS
10. .
A Rede de Atenção as Urgências é composta pelos
seguintes componentes:
1. Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde:
objetiva estimular e fomentar o desenvolvimento
de ações de saúde e educação permanente
voltadas para a vigilância e prevenção das
violências e acidentes, das lesões e mortes no
trânsito e das doenças crônicas não transmissíveis,
além de ações intersetoriais, de participação e
mobilização da sociedade, visando à promoção da
saúde, prevenção de agravos e vigilância à saúde.
REDE DE ATENÇÃO AS URGÊNCIAS
11. 2. Atenção Básica em Saúde: objetiva a ampliação do
acesso, fortalecimento do vínculo e responsabilização
e o primeiro cuidado às urgências e emergências, em
ambiente adequado, até a
transferência/encaminhamento a outros pontos de
atenção, quando necessário, com a implantação de
acolhimento com avaliação de riscos e
vulnerabilidades.
3. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU
192) e suas Centrais de Regulação Médica das
Urgências: objetiva chegar precocemente à vítima
após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza
clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica,
psiquiátrica, entre outras) que possa levar a
sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo
necessário garantir atendimento e/ou transporte
adequado para um serviço de saúde devidamente
hierarquizado e integrado ao SUS.
12. 4. Sala de Estabilização: objetiva funcionar como local de
assistência temporária para estabilização de pacientes
críticos/graves, vinculado a um equipamento de saúde,
articulado e conectado aos outros níveis de atenção, para
posterior encaminhamento à Rede de Atenção à Saúde pela
Central de Regulação das Urgências.
5. Força Nacional de Saúde do SUS: objetiva aglutinar
esforços para garantir a integralidade na assistência em
situações de risco ou emergenciais para populações com
vulnerabilidades específicas e/ou em regiões de difícil acesso,
pautando-se pela equidade na atenção, considerando-se
seus riscos.
6. Unidades de Pronto-Atendimento (UPA 24h) e o Conjunto
de Serviços de Urgência 24 horas: objetiva prestar
atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes
acometidos por quadros agudos ou agudizados de natureza
clínica e prestar primeiro atendimento aos casos de natureza
cirúrgica ou de trauma, estabilizando os pacientes e
realizando a investigação diagnóstica inicial, definindo, em
todos os casos, a necessidade ou não de encaminhamento a
serviços hospitalares de maior complexidade.
13. 7. Atenção Hospitalar: objetiva organizar a atenção às urgências
nos hospitais, atendendo à demanda espontânea e/ou
referenciada, e funcionar como retaguarda para os outros pontos
de atenção às urgências de menor complexidade. É constituído
pelas Portas Hospitalares de Urgência, pelas enfermarias de
retaguarda clínicas e de longa permanência, pelos leitos de
cuidados intensivos e pela reorganização das linhas de cuidados
prioritárias: Cardiologia - Infarto Agudo do Miocardio - IAM,
Neurologia e Neurocirurgia - Acidente Vascular Cerebral - AVC e
Traumatologia.
8. Atenção Domiciliar: objetiva a reorganização do processo de
trabalho das equipes que prestam cuidado domiciliar na atenção
básica, ambulatorial e hospitalar, com vistas à redução da
demanda por atendimento hospitalar e/ou redução do período de
permanência de pacientes internados, a humanização da atenção,
a desinstitucionalização e a ampliação da autonomia dos usuários.
14.
15. • Rede de Atenção às Urgências
• Identificação de vulnerabilidades
• Estrutura física, materiais, insumos e
medicamentos
• Organização da Demanda Espontânea
ACOLHIMENTO (Ferramentas: Escuta
qualificada e Classificação de risco)
A qualidade do atendimento à Demanda
Espontânea na APS depende de:
16. • Racismo, estigma e
discriminação
• Violências de gênero e
idade – Maus tratos e
negligência
• Pobreza
Vulnerabilidades
17. • Rede de Atenção às Urgências
• Identificação de vulnerabilidades
• Estrutura física, materiais, insumos e
medicamentos
• Medicamentos e materiais utilizados no atendimento às
urgências/emergências
• Materiais para atendimento às ‘emergências’;
• Medicamentos que devem estar à disposição nas Unidades
Básicas de Saúde/Saúde da Família/Postos de Saúde
utilizados para o atendimento às emergências clínicas;
• Equipamento de proteção individual.
• Organização da Demanda Espontânea
ACOLHIMENTO (Ferramentas: Escuta qualificada
e Classificação de risco)
A qualidade do atendimento à Demanda
Espontânea na APS depende de:
18. A classificação de risco é uma forma dinâmica de
organizar a demanda espontânea com base na
necessidade de atendimento, sobretudo nos casos de
urgências e emergências. Através da classificação de
risco, o profissional de saúde avalia e direciona para a
forma de atendimento mais adequada e equânime aos
usuários que procuram atenção. De uma forma geral,
um método de triagem tenta fornecer, não um
diagnóstico, mas uma prioridade clínica o que facilita
a gestão da demanda espontânea e conseqüentemente
permite que haja impacto na história natural de
doenças agudas graves e potencialmente fatais que,
se não atendidas como prioridade, podem levar a
morte.
Classificação de risco
19. Aprofunde mais esse assunto lendo os
capítulos 2 e 3 do Caderno de Atenção
Básica: Acolhimento à demanda
espontânea (clique aqui).
Leitura complementar
20. • PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011. Aprova a Política Nacional de
Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a
organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o
Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).Pesquisado em:
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na
Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. (Cadernos de Atenção
Básica, n. 28, volume 2). Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_28.pdf
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea. Brasília: Ministério da
Saúde, 2011. (Cadernos de Atenção Básica n. 28, Volume I) Pesquisado em:
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/miolo_CAP_28.pdf
BIBLIOGRAFIA
21. • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política
Nacional de Humanização. HumanizaSUS: acolhimento com avaliação e
classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em saúde. Brasília:
Ministério da Saúde; 2004. Disponível em
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento.pdf
• PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010: Estabelece diretrizes para a
organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde
(SUS).Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.html
• PORTARIA Nº 1.600, DE 7 DE JULHO DE 2011: Reformula a Política Nacional de
Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema
Único de Saúde (SUS). Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1600_07_07_2011.html
• Brasil. ministério da saúde. secretaria de atenção à saúde. Departamento de
atenção Básica. Manual de estrutura física das unidades básicas de saúde :
saúde da família. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2008. Disponível em:
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_estrutura_ubs.pdf
BIBLIOGRAFIA