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2011


                     Instituto Politécnico de Santarém

                Escola Superior de Educação de Santarém

       Mestrado em Educação e Comunicação Multimédia – 1º Ano

                   Metodologia de Projeto Tecnológico



   Proposta de Intervenção Pedagógica
   Redes Sociais: Navegar em segurança

   O presente documento pretende ser uma proposta de implementação de
   um projeto que apoia jovens, professores e encarregados de educação no
   sentido de se defenderem contra os perigos da utilização da rede/Internet.
   Enquadra-se na unidade curricular de MPT da Escola Superior de Educação
   de Santarém.




                                                        David Pereira
                                                      Maria Valadares
                                                           1-03-2011
[Atividades    a desenvolver em
            função dos objetivos
                                                                      1 de março de 2011


    1. Identificação do Projeto

A escola como organização social que reflete a natureza da sociedade em que está
inserida. As funções que nela são desempenhadas estão relacionadas com as respetivas
finalidades da escola; ou seja a educação dos alunos.
No documento “Um tesouro a descobrir” da Comissão da UNESCO, datado de 1996 lê-se “para
poder responder ao que lhe é solicitado, a educação deve organizar-se em redor de quatro
tipos de aprendizagens fundamentais: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a
viver em comum e aprender a ser.” *1+ São estes os “quatro pilares da educação” e todos eles
devem ser objeto de igual atenção por parte do ensino estruturado, de modo a que a
educação seja uma experiência global.

Título: Redes Sociais: Navegar em Segurança

Área científica: Educação e Comunicação Multimédia

Palavras-chave: Segurança e perigos na internet, crianças nas Redes Sociais, Facebook;
                Internet security; Dangers; Young people; Facebook
Data de início: 1 de março de 2011 (1 de março a 13 de junho)

    2. Instituições Participantes

Instituição/ Participantes: Comunidade Educativa das escolas envolvidas

                              (pais, professores., alunos)

                              Escola Superior de Educação do IPS – MECM


Propõem-se dar início a este projeto, sob a coordenação da professora de Metodologia de
Trabalho Tecnológico: Maria Potes Barbas e supervisão da etutora Ana Loureiro, os
professores/mestrandos:

-David Alexandre Januário Pereira, licenciado em ensino na variante da Matemática e
Ciências da Natureza – 2º ciclo pela Escola Superior de Educação de Santarém, concluída
em 13 de junho de 2001. Atualmente a lecionar no 2º ciclo, na EB 2, 3 Dr. Anastácio
Gonçalves em Alcanena, como professor contratado e diretor de turma do 6ºD.

-Mestrando do Curso ECM a frequentar o 1º ano na Escola Superior de Educação de
Santarém.

-Maria Aurélia Rosália da Costa Valadares, licenciada em ensino na variante da
Matemática e das Ciências da Natureza pela Escola Superior de Educação de Lisboa,




                                                                                               2
[Atividades    a desenvolver em
            função dos objetivos
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concluída em 24 de junho de 1996.
Atualmente a lecionar o 2º ciclo na Escola E.B. 2/3 de Vialonga.
-Mestranda do Curso ECM a frequentar o 1º ano na Escola Superior de Educação de
Santarém.

3.1 Componente Científica
Este projeto enquadra-se na unidade curricular de MPT da Escola Superior de Educação de
Santarém.
Tem como principais objetivos:
- Averiguar como podemos proteger crianças e jovens na rede/Internet;
- Alertar os pais;
- Sensibilizar para os perigos da internet através de formações nas escolas;
- Fornecer alternativas de redes cuja utilização é apropriada à faixa etária das crianças;
- Prevenir situações de pedofilia, raptos, assaltos.
O Plano Tecnológico implementado pelo governo nos últimos anos permitiu um aumento
considerável da utilização da internet por parte da população portuguesa. No entanto
associado a este aumento da utilização da internet têm surgido muitas situações de
insegurança, maioritariamente por desconhecimento. Neste ponto, as crianças são as mais
desprotegidas e as mais vulneráveis. Como diretores de turma, constatamos que mais de
metade dos alunos têm perfis falsos no Facebook, pois a sua idade não permite a sua
utilização. Verificámos que partilham muitas informações que as podem colocar em
perigo, como por exemplo os seus dados pessoais e fotografias. O nosso projeto pretende
dar resposta a este problema, procurando também ir ao encontro de alguns objetivos da
Agenda Digital 2015 [2] nomeadamente os que se relacionam com a Educação de
Excelência: "Disponibilização de espaços pessoais (...) para alunos, docentes e
encarregados de educação" e "Disponibilização online de conteúdos educativos em todas
as áreas disciplinares (...)."

This project fits into the course of MTP, School of Education at Santarém.
Its main objetives are:
- Investigate how we can protect children and young people on the network / Internet;
- Alert parents;
- Raising awareness of the dangers of the Internet through training in schools;
- Provide alternative networks whose use is appropriate for the age group of children;
- To prevent situations of child abuse, abductions, assaults.
The Technology Plan implemented by the government in recent years has enabled a
considerable increase in Internet usage by the population. However associated with this
increased Internet usage have been many situations of insecurity, largely through ignorance.
At this point, children are the most unprotected and vulnerable. As directors of the class,
found that more than half of students have fake profiles on Facebook, as your age does not
allow its use. We found that many share information that may jeopardize such as personal




                                                                                               3
[Atividades    a desenvolver em
            função dos objetivos
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data and photographs. Our project aims to tackle this problem, trying also to meet some
objetives of the Digital Agenda 2015 [2] in particular those relating to Education Excellence:
"To make (...) personal spaces for students, teachers and carers "and" Available online
educational content”.

   3.2. Descrição Técnica:

Os intervenientes na dinamização do projeto são mestrandos de Educação e Comunicação
Multimédia, para além de docentes na área da Matemática e C.N. e que estão
interessados em sensibilizar toda a comunidade educativa para os perigos da utilização da
rede.
Atualmente serão poucas as casas portuguesas que não tenham um PC ligado à Internet. O
programa e-escolas facilitou este processo tal como vem referenciado no site da Microsoft
“A Microsoft associou-se ao Programa e-Iniciativas no quadro do seu compromisso de
apoio ao Governo no grande desígnio de inclusão e massificação da Sociedade de
Informação. Através dos Programas e-escola, e-professor e e-oportunidades mais de 600
mil alunos, professores e formandos incluídos nas Novas Oportunidades terão acesso, em
condições excecionais a um computador portátil com acesso Banda Larga”*3+. As redes
sociais tornaram-se parte do nosso quotidiano e, diariamente, surgem notícias
relacionadas com este fenómeno. Sabemos que as crianças, recorrendo a perfis falsos,
estão no Facebook ou outras redes sociais como o MSN, só para referir outro exemplo. Ao
longo da nossa vida de professor e mais nos últimos anos, temos acompanhado muitos
alunos, em diferentes turmas e contextos escolares diversos, tendo usado estas
plataformas como forma de aproximação e de contacto com os alunos pois sabíamos que
os mesmos lá se encontravam. O que fazer para contornar esta situação? Como educar as
crianças para a utilização segura deste meio de comunicação alertando-as para os perigos
que podem encontrar?
O propósito deste trabalho é o de fazer uma pesquisa sobre algumas redes sociais mais
diretamente vocacionadas para as crianças, nas quais estas possam interagir em
segurança. Para tal, pretendemos fazer junto das escolas algumas ações de sensibilização e
atividades lúdico-educativas que abranjam não só os jovens, como também os professores
e encarregados de educação.
As ferramentas necessárias para a concretização deste projeto passam pelo acesso a
computadores com ligação à Internet. A criação de um blog com informação detalhada,
bem como a criação de grupos no Facebook.
Como necessidade premente necessitamos da colaboração das Direções das escolas para
divulgação do projeto e respetiva implementação.




                                                                                                 4
[Atividades    a desenvolver em
            função dos objetivos
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   3.3. Revisão da literatura:

A sociedade moderna de hoje caracteriza-se pela sua dependência tecnológica, segundo
Castells “fala da nova ordem económica e social, cujo centro das transformações está na
revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação e comunicações”*4+.São
vários os serviços comerciais e diferentes fornecedores de Serviços de Internet (Internet
Service Provider - ISP), por vezes gratuitos, que nos permitem e facilitam estar “em linha”
ou conectados.

Para captarem a atenção e preferência dos seus clientes, estes serviços oferecem sempre
garantias de segurança e inigualáveis experiências de comunicação. Contudo, parece-nos
difícil estas empresas fornecerem e assegurarem a privacidade e segurança na Internet
dos seus clientes, ou dos comportamentos adequados destes nesse contexto. Por outro
lado, também não existe por parte do governo forma de controlar o comportamento dos
seus cidadãos numa correta utilização destes serviços.

“A Internet é uma vasta rede global que não é gerida por nenhum governo ou empresa.
Qualquer pessoa no mundo - empresa, governo, organização, indivíduo - pode livremente
publicar materiais na Internet. Um ISP liga-nos a estes locais, mas tem muita dificuldade
em controlar o que neles existe.” *5+

A utilização da internet tem aspetos positivos mas pode compreender riscos,
principalmente para as crianças e os jovens. Estas podem ser alvo de crimes e explorações.

No jornal Ionline, publicado a 19 de abril de 2011, a jornalista Sílvia Caneco afirmou: ” Um
quarto das crianças está nas redes sociais sem proteção”.
Ao definirem o perfil como público ficam mais vulneráveis a práticas de assédio e
aliciamento”. [6]
Este artigo refere ainda que, um quinto destas crianças, fornece dados pessoais como
moradas e números de telefone.
Também os responsáveis pela Agenda Digital reagiram perante o inquérito realizado pela
“Eu Kids Online Portugal” para a Comissão Europeia junto de 25 mil jovens europeus, e
exigiram que se tomassem medidas para que as redes sociais fossem mais seguras e
protegessem o perfil dos mais jovens.
Sobre o mesmo estudo, Neelie Kroes, vice-presidente da Comissão Europeia e
 também responsável pela Agenda Digital para a Europa referiu: "Todas as empresas de
redes sociais devem, de imediato, predefinir os perfis dos menores de modo a que fiquem
acessíveis apenas para uma lista aprovada de contactos e fora do alcance dos motores
de pesquisa. As empresas que ainda não assinaram os princípios para tornar as redes
sociais mais seguras na UE devem fazê-lo sem demora, a fim de garantir a segurança das
nossas crianças”. [6]


Neelie Kroes afirmou também que as empresas das redes sociais deveriam ser



                                                                                               5
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responsáveis pela ocultação dos perfis dos menores uma vez que cada vez mais novas,
estas crianças utilizam as redes: "muitas não tomam as precauções necessárias para se
protegerem em linha".[6]

A União Europeia tem assumido um papel cada vez mais incisivo na política de regulação
sobre as redes sociais, tendo pedido uma avaliação de todos os atuais acordos de
autorregulação das empresas de redes sociais.

É também interessante analisarmos os dados de um outro estudo: “Todos em (na) Rede”,
publicado pela rede EUKidsonline [7] referente a um inquérito financiado pelo Programa
“Safer Internet” da Comissão Europeia e realizado na primavera verão de 2010:
A população alvo em estudo foram crianças e respetivos pais/EE, dos 25 países da União
Europeia, com idades compreendidas entre os 9 e os 16 anos, utilizadoras da Internet.
Estiveram em estudo:



                             Riscos online
    *Pornografia            *Contato com
                                                *Encontros *Conteúdos
                               pessoas
   *Recebimento                                com pessoas   nocivos
                            desconhecidas
   de mensagens                                desconecidas *Abuso de *Bullying
   de caris sexual                              via Internet  dados
                                                                  pessoais




   •   Algumas conclusões do estudo: Usos e Atividades online




                                             60%
                 93%                                                Periodicidade
                                         Todos os dias               de acesso à
              Uma vez por
                                           ou quase                   Internet
               semana
                                         todos os dias




Portugal é um dos países em que as crianças e jovens afirmam ter utilizado excessivamente a
Internet (49%- acima da média Europeia).




                                                                                              6
[Atividadesa desenvolver em
    função dos objetivos
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     função dos objetivos
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     - 7 anos
                            - 8 anos
   (Dinamarca e
                        (Norte Europa)               A média de idades de acesso
      Suécia);
                                                     à Internet atinge os 78% em
                                                     Portugal, em crianças entre
 80% entre os 15       1/3 entre os 9 e
 e 16 anos acede           10 acede                  os 9 e os 16 anos.
   diariamente           diariamente                 A Dinamarca e a Suécia são
                                                     os países em que acedem
 - 78% entre os 9                                    crianças mais novas.
     e 16 anos         Média de idades
                         de Acesso
   (Portugal)




     49%            Acedem à Internet no
                    seu quarto
                                               33%     Acedem à Internet pelo
                    Portugal (67%)-diferença           telemóvel ou outro
                    mais acentuada do que              dispositivo móvel
                    a média europeia




                                                                                   8
[Atividades           a desenvolver em
                   função dos objetivos
                                                                                                          1 de março de 2011




                                                                 Trabalho escolar
                                                                 (85% das crianças
                                                               entre os 9 e 16 anos)


                            Usam blogues                                                                   Jogos
                               (11%)                                                                       (83%)




   Usam sites de partilha
                                                                                                                        Veêm clips de vídeo
       de ficheiros
                                                                                                                                (76%)
           (16%)
                                                                   Atividades
                                                                 potencialmente
                                                                 benéficas online




             Usam Webcam                                                                                           Trocam mensagens
                   (31%)                                                                                              instantaneas
                                                                                                                        (62%)




                                           Partilham imagens                           Publicam imagens
                                                (31%)                                       (39%)




Uma das vantagens desta utilização é o facto de a frequência facilitar a literacia digital e a
segurança.



                                                                                                                                              9
[Atividades        a desenvolver em
                função dos objetivos
                                                                                        1 de março de 2011

No entanto, em Portugal, 13% das crianças e jovens afirma já ter visto imagens sexuais em
sites (uma em cada quatro declarou ter ficado incomodada com o que viu). Só 4% dos pais é
que admitem que os seus filhos já as encontraram.




   9 ou 10 anos                        11 ou 12 anos                      13 ou 14 anos       15 ou 16 anos
      (26%)                                (49%)                              (73%)               (82%)



- No caso Português, 5% dos jovens inquiridos afirmou já ter ido a encontros com pessoas que
conheceu online e 16% desses continua a manter os referidos contactos (estes dados uma vez
mais estão abaixo da média europeia)


Popularidade                 das Redes                        Sociais
                                                                                  É na Holanda que as redes
                                                                                  sociais são mais
     Holanda                   Dinamarca                        Turquia           populares.
      (80%)                       (75%)                          (49%)
                                                                                  A Alemanha fica-se pelos
                                                                                  51% de popularidade.
     Lituânia
                                Roménia                       Alemanha
      (76%)
                                  (46%)                          (51%)




                   Hungria                       Roménia
                    (55%)                          (44%)
                                                                                    É na Hungria que se
                                                                                    observam mais
                                                                                    jovens com perfis
                   Turquia                29 % têm mais de 100                      públicos.
                    (46%)                       contactos

                                                                                    Em Portugal, apenas
                                                                                    25% dos jovens tem
                  Portugal                Perfis públicos entre os
                                          utilizadores-"qualquer
                                                                                    um perfil público.
                   (25%)*
                                             pessoa pode ver"
          *destes apenas 7% partilha
            morada ou nº telefone                  (26%)




                                                                                                              10
[Atividades   a desenvolver em
           função dos objetivos
                                                                1 de março de 2011


                                      • 43%
                   Perfis             • Só amigos podem ver
                  privados


                   Perfil             • 28%
               parcialmente           • Podem ver os "amigos dos
                                        amigos ou outras redes"
                 privado
“São as crianças dos 9 aos 12 os que menos têm preocupações de privacidade na rede: em
15 dos 25 países, a percentagem de crianças dessas idades com perfis públicos é superior à
dos jovens dos 13 aos 16 anos. E se mais de três quartos (78%) dos jovens dos 15 aos 16
dizem saber como mudar os parâmetros de privacidade, apenas 56% dos jovens com 11 e
12 anos sabem como alterar o seu perfil.
A média das crianças dos 9 nove aos 12 anos que têm mais de 100 amigos na rede social
situa-se nos 15%, mas a percentagem triplica entre as crianças húngaras: 47% afirmam ter
mais de 100 contactos no seu perfil. A percentagem dos 13 aos 16 anos belgas,
dinamarqueses, gregos, húngaros, italianos, neerlandeses, noruegueses, polacos, suecos e
britânicos com mais de 100 contactos é superior à dos jovens dos restantes países.” *7+

Como já referimos, existem alguns riscos para as crianças que usam a Internet. Contudo,
os jovens estão particularmente em risco uma vez que utilizam frequentemente o
computador sem supervisão familiar e por isso é mais provável que visualizem páginas ou
participem em conversas em linha relacionadas com atividades sexuais. Alguns dos riscos
são:




                                                                                             11
[Atividades   a desenvolver em
           função dos objetivos
                                                                1 de março de 2011




                                     Exposição a
                                      material
                                    inapropriado




                                       Riscos de
                                     utilização da
                                    Internet para
                                      as crianças


            Legal e
                                                                 Abuso físico
          financeiro



– Como podem atuar os pais?
Todos são unânimes em acordar que a participação e supervisionamento dos pais são de
suma importância. Estar alerta, conversar com os filhos, procurar orientações com
professores são alguns conselhos que podemos deixar. A internet tem as suas
potencialidades que podem e devem ser aproveitadas, desde que se mantenha e alerte
para os perigos da sua utilização. [8] [10]

   3.4. Plano de Investigação e Métodos:

Segundo Fortin (1999;51) “ uma questão de investigação é uma interrogação explícita
relativa a um domínio que se deve explorar com vista a obter novas informações.” *9+
Para este projeto de investigação foi formulada a seguinte questão:
Como educar as nossas crianças nas redes, alertando-as também para os perigos que
podem representar?

O tipo de estudo presente neste projeto de investigação é essencialmente exploratório
com uma componente prática, uma vez que existem, de acordo com a nossa revisão




                                                                                        12
[Atividades    a desenvolver em
            função dos objetivos
                                                                  1 de março de 2011

bibliográfica acerca do tema, conhecimentos prévios sobre o assunto.

Neste projeto de investigação realizar-se-á um estudo descritivo com análise de conteúdo
a qual será submetida a uma concretização efetiva em contexto sala de aula nas diferentes
escolas onde os mestrandos lecionam. Para isso foi concebido um plano de formação que
conduzirá a alguns seminários na sensibilização das comunidades educativas face aos
riscos de utilização da internet. Serão também dinamizados um blogue e constituir-se-á
um grupo fechado de alunos no facebook no sentido de se promoverem reflexões sobre as
temáticas.
 Segundo Fortin (1999:161) um estudo descritivo “visa obter mais informações, quer seja
sobre as características de uma população, quer seja sobre fenómenos em que existam
poucos trabalhos de investigação.” *9+
Para Fortin (1999:161) “ a investigação exploratória-descritiva consiste em descrever,
nomear ou caracterizar um fenómeno, uma situação ou um acontecimento, de modo a
torna-lo conhecido”. *9+
Uma vez que:
- O Plano Tecnológico é uma realidade, integrando a Agenda Digital 2015 a qual se propõe
utilizar e potenciar as Redes de Nova Geração;
-O Governo não tem legislação própria (e) nem consegue controlar as atitudes dos
cidadãos numa correta utilização da rede.
Pensámos poder ser uma mais-valia nesta caminhada da sociedade moderna tão
dependente da Tecnologia, sensibilizando e alertando as comunidades educativas em que
nos inserimos para os aspetos positivos e negativos da utilização das redes sociais pelos
nossos jovens.
As metodologias que iremos adotar passam essencialmente pelas seguintes tarefas:
- Pesquisa Bibliográfica; Elaboração da entrevista; Consulta de relatórios/registos; Recolha
de dados; Pesquisa de informações noutros países; Realização de entrevista; Dinamização
do Facebook (grupo restrito); Dinamização do Blogue; Realização dos Seminários/Cursos
de Formação; Interpretação resultados/conclusões.
Desta forma, e com as ações que pretendemos desenvolver, desejamos ser mais “um
agente” na ajuda e disseminação desta temática entre os jovens.
Como resultados expectáveis, esperamos apresentar um estudo cuja interpretação dos
resultados nos ajude a tirar conclusões que conduzam a uma prática da utilização das
redes sempre com maior segurança e privacidade.
Como apresentaremos na secção seguinte, a pesquisa bibliográfica que tomará os quatro
meses de elaboração e implementação do projeto caberá aos dois elementos do grupo e
as restantes tarefas serão subdivididas para uma maior rentabilização e gestão do tempo.




                                                                                               13
[Atividades         a desenvolver em
                função dos objetivos
                                                                             1 de março de 2011



 3.5. Tarefas:
 AV – Aurélia Valadares
 DP – David Pereira
  Tarefas        AV     DP
                                    Objetivos           Metodologias        Resultados        Articulação
                                                                            esperados         com outras
                                                                                                tarefas
  Pesquisa        X      X
                               *Descrever             *Pesquisar nos       *Recolher        *Esta será a
Bibliográfica
                               trabalhos              diferentes meios à   uma base         base para a
                               anteriores e           disposição           sólida de        elaboração de
                               recolher                                    informação       todo o
                                                      (b-on; recaap e
                               informação sobre                            que nos          trabalho.
                                                      Zapping)
                               a temática                                  permita
                               escolhida                                   elaborar o
                                                                           projeto e
                                                                           mostrar
                                                                           inovação na
                                                                           proposta
                                                                           apresentada.
Elaboração e      X      X
                               *Recolher algum        *Elaborar uma        *Recolher        *Permitirá tirar
realização da
                 (EE)   (Alu   feedback de            entrevista a ser     dados que        conclusões e
  entrevista
                        nos)   estudantes e EE        realizada a          possam ser       interpretar
 Recolha de                    sobre como atuam       estudantes e EE      uma mais-        resultados
   dados                       na rede                                     valia na
                                                                           apresentação
                                                                           de resultados
                                                                           e conclusões
                                                                           do projeto
Consulta de       X      X
                               *Descrever             *Pesquisar nos       *Recolher        *Esta será a
relatórios/
                               trabalhos              diferentes meios à   uma base         base para a
 Registos/                     anteriores e           disposição           sólida de        elaboração de
                               recolher                                    informação       todo o
  Estudos                                             (b-on; recaap e
                               informação sobre                            que nos          trabalho.
  recentes                                            Zapping)
                               a temática                                  permita
Pesquisa de                    escolhida                                   elaborar o
informações                                                                projeto e
   noutros                                                                 mostrar
    países                                                                 inovação nas
                                                                           proposta
                                                                           apresentada.

Dinamização                    *Alertar e             *Criar um grupo      *Sensibilizar    *Permitirá tirar
do Facebook              X     promover a             fechado no           para uma         conclusões e
   (grupo                      temática das redes     facebook             correta          interpretar
  restrito)                    sociais e potenciais                        utilização das   resultados
                               perigos na sua                              redes sociais
                               utilização.




                                                                                                               14
[Atividades         a desenvolver em
                 função dos objetivos
                                                                           1 de março de 2011


Dinamização                *Alertar e             *Promover o            *Sensibilizar    *Permitirá tirar
 do Blogue         X       promover a             diálogo e a            para uma         conclusões e
                           temática das redes     discussão nos          correta          interpretar
                           sociais e potenciais   blogues das            utilização das   resultados
                           perigos na sua         turmas com vista       redes sociais
                           utilização.            aos objetivos
                                                  pretendidos
                   X   X
 Participação              *Alertar e             *Promover o            *Sensibilizar    *Alertar para
 no concurso               promover a             diálogo e a            para uma         os perigos de
   de vídeo                temática das redes     discussão das          correta          utilização da
  Seguranet                sociais e potenciais   turmas com vista       utilização das   internet.
                           perigos na sua         aos objetivos          redes sociais
                           utilização.            pretendidos
                                                  através de um
                                                  meio audiovisual.
                           *Averiguar como
 Realização                                       *Estruturar um         *Alertar e       *Permitirá tirar
                           podemos proteger
    dos            X   X                          pequeno curso de       sensibilizar a   conclusões e
                           crianças e jovens
Seminários/C                                      Formação em            comunidade       interpretar
                           na rede/Internet;
  ursos de                                        forma de               educativa        resultados
 Formação                  *Alertar os pais;      seminário a ser
                                                  realizado nas
                           *Sensibilizar para
                                                  escolas envolvidas
                           os perigos da
                           internet através de
                           formações       nas
                           escolas;
                           *Fornecer
                           alternativas     de
                           redes           cuja
                           utilização         é
                           apropriada à faixa
                           etária das crianças;
                           *Prevenir
                           situações        de
                           pedofilia,   raptos,
                           assaltos.
 Interpretação     X   X
                           *Interpretar e tirar   *Interpretar e tirar   *Contribuir      *Permite fazer
 resultados/c
                           conclusões do          conclusões sobre o     para a           a súmula de
   onclusões
                           projeto                projeto                sensibilização   todo o
                           implementado que       implementado           da               trabalho
                           não termina com a                             comunidade
                           sua apresentação                              escolar
                           mas continuará ao
                           longo da vida.


4. Responsável e justificação dos recursos humanos




                                                                                                             15
[Atividades    a desenvolver em
            função dos objetivos
                                                                1 de março de 2011


  Os dois mestrandos, Aurélia Valadares e David Pereira.

  Os recursos humanos envolvidos nesta fase do projeto são: alunos de cada uma das
  nossas turmas e respetivos encarregados de educação.


5. Calendarização e Gestão do Trabalho
Cronograma
Apresenta-se um exemplo de calendarização:


             Tarefas             Março       Abril         Maio           Junho

      Pesquisa Bibliográfica       X           X            X               X

    Elaboração e realização da                 X            X
            entrevista
        Recolha de dados

      Consulta de relatórios/      X           X            X               X
            Registos/
        Estudos recentes
     Pesquisa de informações
         noutros países


    Dinamização do Facebook                                 X               X
        (grupo restrito)


      Dinamização do Blogue        X           X


     Participação no concurso                               X
        de vídeo Seguranet


         Realização dos                                     X               X
      Seminários/Cursos de
           Formação

           Interpretação
      resultados/conclusões
                                   X           X
                                                            X               X




                                                                                     16
[Atividades    a desenvolver em
            função dos objetivos
                                                                       1 de março de 2011


6. Referências Bibliográficas
[1] Educação, um tesouro a descobrir, Porto, Ed. Asa, Cap. 4 -Publicações da Unesco, 1996

[2] Agenda Digital 2015. Plano Tecnológico Portugal a Inovar. Ministério da Economia da
Inovação e do Desenvolvimento.

[3] Programa E-Escolas da Microsoft. Acedido em 14 de maio de 2011 em
http://www.minerva.uevora.pt/internet-segura/

[4] Castells, Manuel (2000) - A SOCIEDADE EM REDE. São Paulo: Paz e Terra

[5] Centro de Competência TIC da Universidade de Évora. Segurança das Crianças na
Internet   –   Publicações.   Acedido    em   20   de    abril  de    2011    em
http://www.minerva.uevora.pt/internet-segura/

[6] Caneco, Sílvia (2011, 19 de abril) Um quarto das crianças está nas redes sociais sem
proteção. Acedido a 20 de abril de 2011, em http://www.ionline.pt/conteudo/118134-um-
quarto-das-criancas-esta-nas-redes-sociais-sem-proteccao#enviar

[7] Eu Kids Online Portugal. Os resultados completos de uma investigação Europeia.
Acedido em 21 de abril de 2011, em http://www.fcsh.unl.pt/eukidsonline/

[8] Miúdos Seguros na NET. Minimizar Riscos, Maximizar Benefícios. Acedido em 20 de
abril de 2011, em http://miudossegurosnanet.blogs.sapo.pt/tag/redes+sociais

[9] - FORTIN, Marie-Fabienne (2000) – O Processo de investigação: da conceção à
realização. 2ª Edição. Loures: Lusociência.

[10] Hughes, Donna. Kids Online: Protecting Your Children in Cyberspace [Versão
electronica] . Acedido em 20 de abril de 2011, em
http://www.protectkids.com/kidsonline/index.htm
                                                                   Santarém, 1 de abril de 2011
                                                                                  Os professores:
                                                                          ____________________
                                                                               (Aurélia Valadares)
                                                                           ___________________
                                                                                   (David Pereira)



Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.




                                                                                                     17

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Redes Sociais: Navegar em Segurança

  • 1. 2011 Instituto Politécnico de Santarém Escola Superior de Educação de Santarém Mestrado em Educação e Comunicação Multimédia – 1º Ano Metodologia de Projeto Tecnológico Proposta de Intervenção Pedagógica Redes Sociais: Navegar em segurança O presente documento pretende ser uma proposta de implementação de um projeto que apoia jovens, professores e encarregados de educação no sentido de se defenderem contra os perigos da utilização da rede/Internet. Enquadra-se na unidade curricular de MPT da Escola Superior de Educação de Santarém. David Pereira Maria Valadares 1-03-2011
  • 2. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 1. Identificação do Projeto A escola como organização social que reflete a natureza da sociedade em que está inserida. As funções que nela são desempenhadas estão relacionadas com as respetivas finalidades da escola; ou seja a educação dos alunos. No documento “Um tesouro a descobrir” da Comissão da UNESCO, datado de 1996 lê-se “para poder responder ao que lhe é solicitado, a educação deve organizar-se em redor de quatro tipos de aprendizagens fundamentais: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver em comum e aprender a ser.” *1+ São estes os “quatro pilares da educação” e todos eles devem ser objeto de igual atenção por parte do ensino estruturado, de modo a que a educação seja uma experiência global. Título: Redes Sociais: Navegar em Segurança Área científica: Educação e Comunicação Multimédia Palavras-chave: Segurança e perigos na internet, crianças nas Redes Sociais, Facebook; Internet security; Dangers; Young people; Facebook Data de início: 1 de março de 2011 (1 de março a 13 de junho) 2. Instituições Participantes Instituição/ Participantes: Comunidade Educativa das escolas envolvidas (pais, professores., alunos) Escola Superior de Educação do IPS – MECM Propõem-se dar início a este projeto, sob a coordenação da professora de Metodologia de Trabalho Tecnológico: Maria Potes Barbas e supervisão da etutora Ana Loureiro, os professores/mestrandos: -David Alexandre Januário Pereira, licenciado em ensino na variante da Matemática e Ciências da Natureza – 2º ciclo pela Escola Superior de Educação de Santarém, concluída em 13 de junho de 2001. Atualmente a lecionar no 2º ciclo, na EB 2, 3 Dr. Anastácio Gonçalves em Alcanena, como professor contratado e diretor de turma do 6ºD. -Mestrando do Curso ECM a frequentar o 1º ano na Escola Superior de Educação de Santarém. -Maria Aurélia Rosália da Costa Valadares, licenciada em ensino na variante da Matemática e das Ciências da Natureza pela Escola Superior de Educação de Lisboa, 2
  • 3. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 concluída em 24 de junho de 1996. Atualmente a lecionar o 2º ciclo na Escola E.B. 2/3 de Vialonga. -Mestranda do Curso ECM a frequentar o 1º ano na Escola Superior de Educação de Santarém. 3.1 Componente Científica Este projeto enquadra-se na unidade curricular de MPT da Escola Superior de Educação de Santarém. Tem como principais objetivos: - Averiguar como podemos proteger crianças e jovens na rede/Internet; - Alertar os pais; - Sensibilizar para os perigos da internet através de formações nas escolas; - Fornecer alternativas de redes cuja utilização é apropriada à faixa etária das crianças; - Prevenir situações de pedofilia, raptos, assaltos. O Plano Tecnológico implementado pelo governo nos últimos anos permitiu um aumento considerável da utilização da internet por parte da população portuguesa. No entanto associado a este aumento da utilização da internet têm surgido muitas situações de insegurança, maioritariamente por desconhecimento. Neste ponto, as crianças são as mais desprotegidas e as mais vulneráveis. Como diretores de turma, constatamos que mais de metade dos alunos têm perfis falsos no Facebook, pois a sua idade não permite a sua utilização. Verificámos que partilham muitas informações que as podem colocar em perigo, como por exemplo os seus dados pessoais e fotografias. O nosso projeto pretende dar resposta a este problema, procurando também ir ao encontro de alguns objetivos da Agenda Digital 2015 [2] nomeadamente os que se relacionam com a Educação de Excelência: "Disponibilização de espaços pessoais (...) para alunos, docentes e encarregados de educação" e "Disponibilização online de conteúdos educativos em todas as áreas disciplinares (...)." This project fits into the course of MTP, School of Education at Santarém. Its main objetives are: - Investigate how we can protect children and young people on the network / Internet; - Alert parents; - Raising awareness of the dangers of the Internet through training in schools; - Provide alternative networks whose use is appropriate for the age group of children; - To prevent situations of child abuse, abductions, assaults. The Technology Plan implemented by the government in recent years has enabled a considerable increase in Internet usage by the population. However associated with this increased Internet usage have been many situations of insecurity, largely through ignorance. At this point, children are the most unprotected and vulnerable. As directors of the class, found that more than half of students have fake profiles on Facebook, as your age does not allow its use. We found that many share information that may jeopardize such as personal 3
  • 4. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 data and photographs. Our project aims to tackle this problem, trying also to meet some objetives of the Digital Agenda 2015 [2] in particular those relating to Education Excellence: "To make (...) personal spaces for students, teachers and carers "and" Available online educational content”. 3.2. Descrição Técnica: Os intervenientes na dinamização do projeto são mestrandos de Educação e Comunicação Multimédia, para além de docentes na área da Matemática e C.N. e que estão interessados em sensibilizar toda a comunidade educativa para os perigos da utilização da rede. Atualmente serão poucas as casas portuguesas que não tenham um PC ligado à Internet. O programa e-escolas facilitou este processo tal como vem referenciado no site da Microsoft “A Microsoft associou-se ao Programa e-Iniciativas no quadro do seu compromisso de apoio ao Governo no grande desígnio de inclusão e massificação da Sociedade de Informação. Através dos Programas e-escola, e-professor e e-oportunidades mais de 600 mil alunos, professores e formandos incluídos nas Novas Oportunidades terão acesso, em condições excecionais a um computador portátil com acesso Banda Larga”*3+. As redes sociais tornaram-se parte do nosso quotidiano e, diariamente, surgem notícias relacionadas com este fenómeno. Sabemos que as crianças, recorrendo a perfis falsos, estão no Facebook ou outras redes sociais como o MSN, só para referir outro exemplo. Ao longo da nossa vida de professor e mais nos últimos anos, temos acompanhado muitos alunos, em diferentes turmas e contextos escolares diversos, tendo usado estas plataformas como forma de aproximação e de contacto com os alunos pois sabíamos que os mesmos lá se encontravam. O que fazer para contornar esta situação? Como educar as crianças para a utilização segura deste meio de comunicação alertando-as para os perigos que podem encontrar? O propósito deste trabalho é o de fazer uma pesquisa sobre algumas redes sociais mais diretamente vocacionadas para as crianças, nas quais estas possam interagir em segurança. Para tal, pretendemos fazer junto das escolas algumas ações de sensibilização e atividades lúdico-educativas que abranjam não só os jovens, como também os professores e encarregados de educação. As ferramentas necessárias para a concretização deste projeto passam pelo acesso a computadores com ligação à Internet. A criação de um blog com informação detalhada, bem como a criação de grupos no Facebook. Como necessidade premente necessitamos da colaboração das Direções das escolas para divulgação do projeto e respetiva implementação. 4
  • 5. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 3.3. Revisão da literatura: A sociedade moderna de hoje caracteriza-se pela sua dependência tecnológica, segundo Castells “fala da nova ordem económica e social, cujo centro das transformações está na revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação e comunicações”*4+.São vários os serviços comerciais e diferentes fornecedores de Serviços de Internet (Internet Service Provider - ISP), por vezes gratuitos, que nos permitem e facilitam estar “em linha” ou conectados. Para captarem a atenção e preferência dos seus clientes, estes serviços oferecem sempre garantias de segurança e inigualáveis experiências de comunicação. Contudo, parece-nos difícil estas empresas fornecerem e assegurarem a privacidade e segurança na Internet dos seus clientes, ou dos comportamentos adequados destes nesse contexto. Por outro lado, também não existe por parte do governo forma de controlar o comportamento dos seus cidadãos numa correta utilização destes serviços. “A Internet é uma vasta rede global que não é gerida por nenhum governo ou empresa. Qualquer pessoa no mundo - empresa, governo, organização, indivíduo - pode livremente publicar materiais na Internet. Um ISP liga-nos a estes locais, mas tem muita dificuldade em controlar o que neles existe.” *5+ A utilização da internet tem aspetos positivos mas pode compreender riscos, principalmente para as crianças e os jovens. Estas podem ser alvo de crimes e explorações. No jornal Ionline, publicado a 19 de abril de 2011, a jornalista Sílvia Caneco afirmou: ” Um quarto das crianças está nas redes sociais sem proteção”. Ao definirem o perfil como público ficam mais vulneráveis a práticas de assédio e aliciamento”. [6] Este artigo refere ainda que, um quinto destas crianças, fornece dados pessoais como moradas e números de telefone. Também os responsáveis pela Agenda Digital reagiram perante o inquérito realizado pela “Eu Kids Online Portugal” para a Comissão Europeia junto de 25 mil jovens europeus, e exigiram que se tomassem medidas para que as redes sociais fossem mais seguras e protegessem o perfil dos mais jovens. Sobre o mesmo estudo, Neelie Kroes, vice-presidente da Comissão Europeia e também responsável pela Agenda Digital para a Europa referiu: "Todas as empresas de redes sociais devem, de imediato, predefinir os perfis dos menores de modo a que fiquem acessíveis apenas para uma lista aprovada de contactos e fora do alcance dos motores de pesquisa. As empresas que ainda não assinaram os princípios para tornar as redes sociais mais seguras na UE devem fazê-lo sem demora, a fim de garantir a segurança das nossas crianças”. [6] Neelie Kroes afirmou também que as empresas das redes sociais deveriam ser 5
  • 6. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 responsáveis pela ocultação dos perfis dos menores uma vez que cada vez mais novas, estas crianças utilizam as redes: "muitas não tomam as precauções necessárias para se protegerem em linha".[6] A União Europeia tem assumido um papel cada vez mais incisivo na política de regulação sobre as redes sociais, tendo pedido uma avaliação de todos os atuais acordos de autorregulação das empresas de redes sociais. É também interessante analisarmos os dados de um outro estudo: “Todos em (na) Rede”, publicado pela rede EUKidsonline [7] referente a um inquérito financiado pelo Programa “Safer Internet” da Comissão Europeia e realizado na primavera verão de 2010: A população alvo em estudo foram crianças e respetivos pais/EE, dos 25 países da União Europeia, com idades compreendidas entre os 9 e os 16 anos, utilizadoras da Internet. Estiveram em estudo: Riscos online *Pornografia *Contato com *Encontros *Conteúdos pessoas *Recebimento com pessoas nocivos desconhecidas de mensagens desconecidas *Abuso de *Bullying de caris sexual via Internet dados pessoais • Algumas conclusões do estudo: Usos e Atividades online 60% 93% Periodicidade Todos os dias de acesso à Uma vez por ou quase Internet semana todos os dias Portugal é um dos países em que as crianças e jovens afirmam ter utilizado excessivamente a Internet (49%- acima da média Europeia). 6
  • 7. [Atividadesa desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 7
  • 8. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 - 7 anos - 8 anos (Dinamarca e (Norte Europa) A média de idades de acesso Suécia); à Internet atinge os 78% em Portugal, em crianças entre 80% entre os 15 1/3 entre os 9 e e 16 anos acede 10 acede os 9 e os 16 anos. diariamente diariamente A Dinamarca e a Suécia são os países em que acedem - 78% entre os 9 crianças mais novas. e 16 anos Média de idades de Acesso (Portugal) 49% Acedem à Internet no seu quarto 33% Acedem à Internet pelo Portugal (67%)-diferença telemóvel ou outro mais acentuada do que dispositivo móvel a média europeia 8
  • 9. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 Trabalho escolar (85% das crianças entre os 9 e 16 anos) Usam blogues Jogos (11%) (83%) Usam sites de partilha Veêm clips de vídeo de ficheiros (76%) (16%) Atividades potencialmente benéficas online Usam Webcam Trocam mensagens (31%) instantaneas (62%) Partilham imagens Publicam imagens (31%) (39%) Uma das vantagens desta utilização é o facto de a frequência facilitar a literacia digital e a segurança. 9
  • 10. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 No entanto, em Portugal, 13% das crianças e jovens afirma já ter visto imagens sexuais em sites (uma em cada quatro declarou ter ficado incomodada com o que viu). Só 4% dos pais é que admitem que os seus filhos já as encontraram. 9 ou 10 anos 11 ou 12 anos 13 ou 14 anos 15 ou 16 anos (26%) (49%) (73%) (82%) - No caso Português, 5% dos jovens inquiridos afirmou já ter ido a encontros com pessoas que conheceu online e 16% desses continua a manter os referidos contactos (estes dados uma vez mais estão abaixo da média europeia) Popularidade das Redes Sociais É na Holanda que as redes sociais são mais Holanda Dinamarca Turquia populares. (80%) (75%) (49%) A Alemanha fica-se pelos 51% de popularidade. Lituânia Roménia Alemanha (76%) (46%) (51%) Hungria Roménia (55%) (44%) É na Hungria que se observam mais jovens com perfis Turquia 29 % têm mais de 100 públicos. (46%) contactos Em Portugal, apenas 25% dos jovens tem Portugal Perfis públicos entre os utilizadores-"qualquer um perfil público. (25%)* pessoa pode ver" *destes apenas 7% partilha morada ou nº telefone (26%) 10
  • 11. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 • 43% Perfis • Só amigos podem ver privados Perfil • 28% parcialmente • Podem ver os "amigos dos amigos ou outras redes" privado “São as crianças dos 9 aos 12 os que menos têm preocupações de privacidade na rede: em 15 dos 25 países, a percentagem de crianças dessas idades com perfis públicos é superior à dos jovens dos 13 aos 16 anos. E se mais de três quartos (78%) dos jovens dos 15 aos 16 dizem saber como mudar os parâmetros de privacidade, apenas 56% dos jovens com 11 e 12 anos sabem como alterar o seu perfil. A média das crianças dos 9 nove aos 12 anos que têm mais de 100 amigos na rede social situa-se nos 15%, mas a percentagem triplica entre as crianças húngaras: 47% afirmam ter mais de 100 contactos no seu perfil. A percentagem dos 13 aos 16 anos belgas, dinamarqueses, gregos, húngaros, italianos, neerlandeses, noruegueses, polacos, suecos e britânicos com mais de 100 contactos é superior à dos jovens dos restantes países.” *7+ Como já referimos, existem alguns riscos para as crianças que usam a Internet. Contudo, os jovens estão particularmente em risco uma vez que utilizam frequentemente o computador sem supervisão familiar e por isso é mais provável que visualizem páginas ou participem em conversas em linha relacionadas com atividades sexuais. Alguns dos riscos são: 11
  • 12. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 Exposição a material inapropriado Riscos de utilização da Internet para as crianças Legal e Abuso físico financeiro – Como podem atuar os pais? Todos são unânimes em acordar que a participação e supervisionamento dos pais são de suma importância. Estar alerta, conversar com os filhos, procurar orientações com professores são alguns conselhos que podemos deixar. A internet tem as suas potencialidades que podem e devem ser aproveitadas, desde que se mantenha e alerte para os perigos da sua utilização. [8] [10] 3.4. Plano de Investigação e Métodos: Segundo Fortin (1999;51) “ uma questão de investigação é uma interrogação explícita relativa a um domínio que se deve explorar com vista a obter novas informações.” *9+ Para este projeto de investigação foi formulada a seguinte questão: Como educar as nossas crianças nas redes, alertando-as também para os perigos que podem representar? O tipo de estudo presente neste projeto de investigação é essencialmente exploratório com uma componente prática, uma vez que existem, de acordo com a nossa revisão 12
  • 13. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 bibliográfica acerca do tema, conhecimentos prévios sobre o assunto. Neste projeto de investigação realizar-se-á um estudo descritivo com análise de conteúdo a qual será submetida a uma concretização efetiva em contexto sala de aula nas diferentes escolas onde os mestrandos lecionam. Para isso foi concebido um plano de formação que conduzirá a alguns seminários na sensibilização das comunidades educativas face aos riscos de utilização da internet. Serão também dinamizados um blogue e constituir-se-á um grupo fechado de alunos no facebook no sentido de se promoverem reflexões sobre as temáticas. Segundo Fortin (1999:161) um estudo descritivo “visa obter mais informações, quer seja sobre as características de uma população, quer seja sobre fenómenos em que existam poucos trabalhos de investigação.” *9+ Para Fortin (1999:161) “ a investigação exploratória-descritiva consiste em descrever, nomear ou caracterizar um fenómeno, uma situação ou um acontecimento, de modo a torna-lo conhecido”. *9+ Uma vez que: - O Plano Tecnológico é uma realidade, integrando a Agenda Digital 2015 a qual se propõe utilizar e potenciar as Redes de Nova Geração; -O Governo não tem legislação própria (e) nem consegue controlar as atitudes dos cidadãos numa correta utilização da rede. Pensámos poder ser uma mais-valia nesta caminhada da sociedade moderna tão dependente da Tecnologia, sensibilizando e alertando as comunidades educativas em que nos inserimos para os aspetos positivos e negativos da utilização das redes sociais pelos nossos jovens. As metodologias que iremos adotar passam essencialmente pelas seguintes tarefas: - Pesquisa Bibliográfica; Elaboração da entrevista; Consulta de relatórios/registos; Recolha de dados; Pesquisa de informações noutros países; Realização de entrevista; Dinamização do Facebook (grupo restrito); Dinamização do Blogue; Realização dos Seminários/Cursos de Formação; Interpretação resultados/conclusões. Desta forma, e com as ações que pretendemos desenvolver, desejamos ser mais “um agente” na ajuda e disseminação desta temática entre os jovens. Como resultados expectáveis, esperamos apresentar um estudo cuja interpretação dos resultados nos ajude a tirar conclusões que conduzam a uma prática da utilização das redes sempre com maior segurança e privacidade. Como apresentaremos na secção seguinte, a pesquisa bibliográfica que tomará os quatro meses de elaboração e implementação do projeto caberá aos dois elementos do grupo e as restantes tarefas serão subdivididas para uma maior rentabilização e gestão do tempo. 13
  • 14. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 3.5. Tarefas: AV – Aurélia Valadares DP – David Pereira Tarefas AV DP Objetivos Metodologias Resultados Articulação esperados com outras tarefas Pesquisa X X *Descrever *Pesquisar nos *Recolher *Esta será a Bibliográfica trabalhos diferentes meios à uma base base para a anteriores e disposição sólida de elaboração de recolher informação todo o (b-on; recaap e informação sobre que nos trabalho. Zapping) a temática permita escolhida elaborar o projeto e mostrar inovação na proposta apresentada. Elaboração e X X *Recolher algum *Elaborar uma *Recolher *Permitirá tirar realização da (EE) (Alu feedback de entrevista a ser dados que conclusões e entrevista nos) estudantes e EE realizada a possam ser interpretar Recolha de sobre como atuam estudantes e EE uma mais- resultados dados na rede valia na apresentação de resultados e conclusões do projeto Consulta de X X *Descrever *Pesquisar nos *Recolher *Esta será a relatórios/ trabalhos diferentes meios à uma base base para a Registos/ anteriores e disposição sólida de elaboração de recolher informação todo o Estudos (b-on; recaap e informação sobre que nos trabalho. recentes Zapping) a temática permita Pesquisa de escolhida elaborar o informações projeto e noutros mostrar países inovação nas proposta apresentada. Dinamização *Alertar e *Criar um grupo *Sensibilizar *Permitirá tirar do Facebook X promover a fechado no para uma conclusões e (grupo temática das redes facebook correta interpretar restrito) sociais e potenciais utilização das resultados perigos na sua redes sociais utilização. 14
  • 15. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 Dinamização *Alertar e *Promover o *Sensibilizar *Permitirá tirar do Blogue X promover a diálogo e a para uma conclusões e temática das redes discussão nos correta interpretar sociais e potenciais blogues das utilização das resultados perigos na sua turmas com vista redes sociais utilização. aos objetivos pretendidos X X Participação *Alertar e *Promover o *Sensibilizar *Alertar para no concurso promover a diálogo e a para uma os perigos de de vídeo temática das redes discussão das correta utilização da Seguranet sociais e potenciais turmas com vista utilização das internet. perigos na sua aos objetivos redes sociais utilização. pretendidos através de um meio audiovisual. *Averiguar como Realização *Estruturar um *Alertar e *Permitirá tirar podemos proteger dos X X pequeno curso de sensibilizar a conclusões e crianças e jovens Seminários/C Formação em comunidade interpretar na rede/Internet; ursos de forma de educativa resultados Formação *Alertar os pais; seminário a ser realizado nas *Sensibilizar para escolas envolvidas os perigos da internet através de formações nas escolas; *Fornecer alternativas de redes cuja utilização é apropriada à faixa etária das crianças; *Prevenir situações de pedofilia, raptos, assaltos. Interpretação X X *Interpretar e tirar *Interpretar e tirar *Contribuir *Permite fazer resultados/c conclusões do conclusões sobre o para a a súmula de onclusões projeto projeto sensibilização todo o implementado que implementado da trabalho não termina com a comunidade sua apresentação escolar mas continuará ao longo da vida. 4. Responsável e justificação dos recursos humanos 15
  • 16. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 Os dois mestrandos, Aurélia Valadares e David Pereira. Os recursos humanos envolvidos nesta fase do projeto são: alunos de cada uma das nossas turmas e respetivos encarregados de educação. 5. Calendarização e Gestão do Trabalho Cronograma Apresenta-se um exemplo de calendarização: Tarefas Março Abril Maio Junho Pesquisa Bibliográfica X X X X Elaboração e realização da X X entrevista Recolha de dados Consulta de relatórios/ X X X X Registos/ Estudos recentes Pesquisa de informações noutros países Dinamização do Facebook X X (grupo restrito) Dinamização do Blogue X X Participação no concurso X de vídeo Seguranet Realização dos X X Seminários/Cursos de Formação Interpretação resultados/conclusões X X X X 16
  • 17. [Atividades a desenvolver em função dos objetivos 1 de março de 2011 6. Referências Bibliográficas [1] Educação, um tesouro a descobrir, Porto, Ed. Asa, Cap. 4 -Publicações da Unesco, 1996 [2] Agenda Digital 2015. Plano Tecnológico Portugal a Inovar. Ministério da Economia da Inovação e do Desenvolvimento. [3] Programa E-Escolas da Microsoft. Acedido em 14 de maio de 2011 em http://www.minerva.uevora.pt/internet-segura/ [4] Castells, Manuel (2000) - A SOCIEDADE EM REDE. São Paulo: Paz e Terra [5] Centro de Competência TIC da Universidade de Évora. Segurança das Crianças na Internet – Publicações. Acedido em 20 de abril de 2011 em http://www.minerva.uevora.pt/internet-segura/ [6] Caneco, Sílvia (2011, 19 de abril) Um quarto das crianças está nas redes sociais sem proteção. Acedido a 20 de abril de 2011, em http://www.ionline.pt/conteudo/118134-um- quarto-das-criancas-esta-nas-redes-sociais-sem-proteccao#enviar [7] Eu Kids Online Portugal. Os resultados completos de uma investigação Europeia. Acedido em 21 de abril de 2011, em http://www.fcsh.unl.pt/eukidsonline/ [8] Miúdos Seguros na NET. Minimizar Riscos, Maximizar Benefícios. Acedido em 20 de abril de 2011, em http://miudossegurosnanet.blogs.sapo.pt/tag/redes+sociais [9] - FORTIN, Marie-Fabienne (2000) – O Processo de investigação: da conceção à realização. 2ª Edição. Loures: Lusociência. [10] Hughes, Donna. Kids Online: Protecting Your Children in Cyberspace [Versão electronica] . Acedido em 20 de abril de 2011, em http://www.protectkids.com/kidsonline/index.htm Santarém, 1 de abril de 2011 Os professores: ____________________ (Aurélia Valadares) ___________________ (David Pereira) Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince. 17