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CONFRARIA

DIVIÑOS
CATANDUVA-2012
   TANNAT - URUGUAI

   MALBEC - ARGENTINA

   CARMENÉRE - CHILE

   MERLOT - BRASIL
   A Tannat, como seu próprio nome indica,
    é uma uva com grande quantidade de
    taninos, que são os elementos que, além
    de dar cor, dão ao vinho tinto sua
    característica de maior ou menor
    adstringência. A variedade Tannat é rica
    em antioxidantes naturais, que ajudam a
    prevenir doenças.
   O Uruguai está na mesma latitude que as
    melhores regiões vitivinícolas da Argentina,
    Chile, África do Sul e Austrália. Localizado
    entre a Argentina e o Brasil e voltado para o
    Oceano Atlântico e o Rio de la Plata, possui
    um território de 177 mil km² . A produção de
    vinhos no Uruguai teve início no final do
    século XIX, com a imigração de bascos e
    franceses para a região. Um deles, Pascual
    Harriague, teria sido o introdutor da
    variedade Tannat na região, que até hoje se
    vê sendo produzida no país.
   Superior uva tinta, originalmente procedente
    de Bordeaux (França), similar a Merlot, mas
    com maior concentração de taninos e
    antocianos (cor). Os vinhos de uva Tannat são
    sempre de bom corpo e muita cor, tendo
    entretanto taninos macios. Hoje pouco -- ou
    nada -- utilizada na origem, é muito cultivada
    na América Latina (Chile, Argentina, Uruguai e
    Brasil).
   Saboroso, de cor rubi violáceo intensa,
    escura, com aromas de frutas maduras,
    ameixas, tâmaras e figos. O paladar
    inconfundível lembra um pouco a
    Merlot, mas com mais acidez (suave) e
    menos açucares, dando a nítida
    sensação     de    adstringência    dos
    supertaninos presentes em profusão.
* Costela no bafo ou um simples frango
 assado com polenta e agrião. Pato
 assado com purê de batatas e cubos de
 queijo amarelo (gruyère ou provolone),
 couve fresca refogada. Presunto cru ou
 cozido, e pizza marguerita ou calabresa.
   Uva tinta originária da região de Bordeaux (França).
    Trata-se de uma casta muito semelhante a Merlot, e
    com as mesmas características de cor rubi violácea,
    sabor maduro de frutas secas e especiarias; no
    paladar nota-se um leve adocicado, devido
    principalmente aos taninos redondos e elevada
    alcoolicidade que alcança. Capaz de produzir vinhos
    de guarda; sendo que em menos de 3 anos
    apresenta vinhos desequilibrados, onde álcool,
    acidez e taninos guerreiam contra o consumidor.
   Como outras uvas francesas, espalhou-se
    pelo mundo; é bastante utilizada em
    vinhos varietais, principalmente na
    Argentina e Califórnia. Na França ainda
    entra como corte nos vinhos Bordeaux,
    junto com Cabernet Sauvignon e
    Cabernet Franc. Mas sua terra hoje é
    Mendoza.
   O vinho Malbec varietal apresenta uma bela
    cor vermelho púrpura, intensa, e aroma
    frutado revelando vinho novo; no paladar
    apresenta-se saboroso e macio, indicando que
    os açúcares escondem bem os taninos. Os
    mais envelhecidos, se foram bem produzidos,
    apresentarão grande harmonia, bom corpo, e
    longo fim de boca (com leve amargor).
   Harmoniza-se com carnes vermelhas,
    churrasco, feijoada, e queijos fortes, pois tem
    taninos e antocianos (pigmentos da uva)
    fortes, mas não agressivos -- quando bem
    elaborados e envelhecidos 2 ou 3 anos,
    podendo ser até bem mais. Não combinará
    com defumados, nem com gorgonzola, nem
    com massas com tomates. Muito menos com
    saladas.
   Uva tinta de alta qualidade, variedade da uva cabernet,
    originária de Bordeaux (Fr.), mas hoje naturalizada
    chilena. Originalmente, era conhecida no séc. XVIII como
    "grand vidure" (e a cabernet franc como "vidure"), mas
    essa designação sumiu. Produz ótimos vinhos varietais,
    com muita estrutura e sabor marcante. Permite
    envelhecimento para os vinhos bem elaborados. Devido
    a sua potência, não deve ser utilizada em vinhos de
    consumo imediato, pois antes de 3-4 anos os vinhos
    estarão desequilibrados devido à acidez e aos taninos
    agressivos. Devido à sua recente redescorta (meados
    década de 90) no Chile, não há hoje vinhos Carmenère
    de mais de 8 anos, mas é uma uva com grande potencial
    para guarda de 10, 20 anos, ou até mais.
   Hoje, pode-se dizer que a Carmenère é uma
    uva chilena e lá encontra sua plena
    expressão, mas aparece também na
    Califórnia e na Argentina. Os vinhos são via-
    de-regra varietais, mas podem aparecer
    combinados com cabernet sauvignon, ou
    mesmo shiraz. Alguns Tops chilenos usam
    Carmenère em seu corte.
   O vinho carmenère é saboroso e encorpado, um
    pouco mais tânico que a cabernet sauvignon, e
    menos ácido que a cabernet franc, com um
    nítido e delicado amargor secundário. Tem
    coloração rubi violácea acentuada. Suas boas
    características só aparecem depois de alguns
    anos; sendo assim, vinhos carmenère de menos
    de 3 anos são completamente desequilibrados,
    com elevada acidez e taninos agressivos
    (adstringente).
Carnes vermelhas, feijoada (é isso
 mesmo) e assados. Não deve ser
 utilizada para acompanhar pratos com
 molho de tomate ou pratos leves e
 saladas. Uma boa pedida para o
 "fondue" bourguignone (carne).
   Uma das melhores uvas do mundo, original
    de Bordeaux (França). É hoje das mais
    cultivadas em todo mundo, produzindo
    excelentes varietais. Na sua origem, entra na
    composição      dos     grandes    bordeaux,
    habilmente combinada com cabernet
    sauvignon e cabernet franc ou verdot. Tem
    ampla capacidade de envelhecimento.
A região imbatível do Merlot é Saint-
Emilion, em Bordeaux. Ali são feitas peças
divinas como Chateau Cheval Blanc e
Chateau Petrus. Fora dali, espalha-se por
todo o mundo, sendo digno de nota os
Merlot chilenos californianos, e neo-
zelandeses. Na Itália tem feito boas
combinações com a SanGiovese.
   Novamente, os divinos são uma experiência à
    parte. Os bons varietais mortais têm
    características   semelhantes      á    Malbec,
    entretanto considera-se a Merlot via-de-regra
    superior a Malbec; sua cor rubi-violácea forte,
    densa, já revela no visual o vinho de aromas
    maduros que virá; no paladar, preenche a boca e
    mostra     frutas   maduras     e,   se    teve
    envelhecimento, um nítido tabaco, notas de
    baunilha e especiarias, e um toque de couro,
    com tato macio e final de boca longo e
    persistente.
Devido ao seu corpo pleno e taninos robustos e
equilibrados, será sempre boa companhia para
carnes, caças e aves mais consistentes (frango
não!). Com seu toque macio dos açucares
remanescentes, e o bom equilíbrio entre acidez e
álcool, e taninos e antocianos presentes, é bom
acompanhamento também para pratos de carne
de porco, pernil, lombinho grelhado, com
batatas, ou num toque mais brasileiro, aipim
(mandioca) frita, ervilhas. Não esquecer dos
queijos amarelos.
Vinhos varietais Tannat, Malbec, Carmenère e Merlot

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Vinhos varietais Tannat, Malbec, Carmenère e Merlot

  • 2. TANNAT - URUGUAI  MALBEC - ARGENTINA  CARMENÉRE - CHILE  MERLOT - BRASIL
  • 3. A Tannat, como seu próprio nome indica, é uma uva com grande quantidade de taninos, que são os elementos que, além de dar cor, dão ao vinho tinto sua característica de maior ou menor adstringência. A variedade Tannat é rica em antioxidantes naturais, que ajudam a prevenir doenças.
  • 4. O Uruguai está na mesma latitude que as melhores regiões vitivinícolas da Argentina, Chile, África do Sul e Austrália. Localizado entre a Argentina e o Brasil e voltado para o Oceano Atlântico e o Rio de la Plata, possui um território de 177 mil km² . A produção de vinhos no Uruguai teve início no final do século XIX, com a imigração de bascos e franceses para a região. Um deles, Pascual Harriague, teria sido o introdutor da variedade Tannat na região, que até hoje se vê sendo produzida no país.
  • 5. Superior uva tinta, originalmente procedente de Bordeaux (França), similar a Merlot, mas com maior concentração de taninos e antocianos (cor). Os vinhos de uva Tannat são sempre de bom corpo e muita cor, tendo entretanto taninos macios. Hoje pouco -- ou nada -- utilizada na origem, é muito cultivada na América Latina (Chile, Argentina, Uruguai e Brasil).
  • 6. Saboroso, de cor rubi violáceo intensa, escura, com aromas de frutas maduras, ameixas, tâmaras e figos. O paladar inconfundível lembra um pouco a Merlot, mas com mais acidez (suave) e menos açucares, dando a nítida sensação de adstringência dos supertaninos presentes em profusão.
  • 7. * Costela no bafo ou um simples frango assado com polenta e agrião. Pato assado com purê de batatas e cubos de queijo amarelo (gruyère ou provolone), couve fresca refogada. Presunto cru ou cozido, e pizza marguerita ou calabresa.
  • 8.
  • 9. Uva tinta originária da região de Bordeaux (França). Trata-se de uma casta muito semelhante a Merlot, e com as mesmas características de cor rubi violácea, sabor maduro de frutas secas e especiarias; no paladar nota-se um leve adocicado, devido principalmente aos taninos redondos e elevada alcoolicidade que alcança. Capaz de produzir vinhos de guarda; sendo que em menos de 3 anos apresenta vinhos desequilibrados, onde álcool, acidez e taninos guerreiam contra o consumidor.
  • 10. Como outras uvas francesas, espalhou-se pelo mundo; é bastante utilizada em vinhos varietais, principalmente na Argentina e Califórnia. Na França ainda entra como corte nos vinhos Bordeaux, junto com Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Mas sua terra hoje é Mendoza.
  • 11. O vinho Malbec varietal apresenta uma bela cor vermelho púrpura, intensa, e aroma frutado revelando vinho novo; no paladar apresenta-se saboroso e macio, indicando que os açúcares escondem bem os taninos. Os mais envelhecidos, se foram bem produzidos, apresentarão grande harmonia, bom corpo, e longo fim de boca (com leve amargor).
  • 12. Harmoniza-se com carnes vermelhas, churrasco, feijoada, e queijos fortes, pois tem taninos e antocianos (pigmentos da uva) fortes, mas não agressivos -- quando bem elaborados e envelhecidos 2 ou 3 anos, podendo ser até bem mais. Não combinará com defumados, nem com gorgonzola, nem com massas com tomates. Muito menos com saladas.
  • 13.
  • 14. Uva tinta de alta qualidade, variedade da uva cabernet, originária de Bordeaux (Fr.), mas hoje naturalizada chilena. Originalmente, era conhecida no séc. XVIII como "grand vidure" (e a cabernet franc como "vidure"), mas essa designação sumiu. Produz ótimos vinhos varietais, com muita estrutura e sabor marcante. Permite envelhecimento para os vinhos bem elaborados. Devido a sua potência, não deve ser utilizada em vinhos de consumo imediato, pois antes de 3-4 anos os vinhos estarão desequilibrados devido à acidez e aos taninos agressivos. Devido à sua recente redescorta (meados década de 90) no Chile, não há hoje vinhos Carmenère de mais de 8 anos, mas é uma uva com grande potencial para guarda de 10, 20 anos, ou até mais.
  • 15. Hoje, pode-se dizer que a Carmenère é uma uva chilena e lá encontra sua plena expressão, mas aparece também na Califórnia e na Argentina. Os vinhos são via- de-regra varietais, mas podem aparecer combinados com cabernet sauvignon, ou mesmo shiraz. Alguns Tops chilenos usam Carmenère em seu corte.
  • 16. O vinho carmenère é saboroso e encorpado, um pouco mais tânico que a cabernet sauvignon, e menos ácido que a cabernet franc, com um nítido e delicado amargor secundário. Tem coloração rubi violácea acentuada. Suas boas características só aparecem depois de alguns anos; sendo assim, vinhos carmenère de menos de 3 anos são completamente desequilibrados, com elevada acidez e taninos agressivos (adstringente).
  • 17. Carnes vermelhas, feijoada (é isso mesmo) e assados. Não deve ser utilizada para acompanhar pratos com molho de tomate ou pratos leves e saladas. Uma boa pedida para o "fondue" bourguignone (carne).
  • 18.
  • 19. Uma das melhores uvas do mundo, original de Bordeaux (França). É hoje das mais cultivadas em todo mundo, produzindo excelentes varietais. Na sua origem, entra na composição dos grandes bordeaux, habilmente combinada com cabernet sauvignon e cabernet franc ou verdot. Tem ampla capacidade de envelhecimento.
  • 20. A região imbatível do Merlot é Saint- Emilion, em Bordeaux. Ali são feitas peças divinas como Chateau Cheval Blanc e Chateau Petrus. Fora dali, espalha-se por todo o mundo, sendo digno de nota os Merlot chilenos californianos, e neo- zelandeses. Na Itália tem feito boas combinações com a SanGiovese.
  • 21. Novamente, os divinos são uma experiência à parte. Os bons varietais mortais têm características semelhantes á Malbec, entretanto considera-se a Merlot via-de-regra superior a Malbec; sua cor rubi-violácea forte, densa, já revela no visual o vinho de aromas maduros que virá; no paladar, preenche a boca e mostra frutas maduras e, se teve envelhecimento, um nítido tabaco, notas de baunilha e especiarias, e um toque de couro, com tato macio e final de boca longo e persistente.
  • 22. Devido ao seu corpo pleno e taninos robustos e equilibrados, será sempre boa companhia para carnes, caças e aves mais consistentes (frango não!). Com seu toque macio dos açucares remanescentes, e o bom equilíbrio entre acidez e álcool, e taninos e antocianos presentes, é bom acompanhamento também para pratos de carne de porco, pernil, lombinho grelhado, com batatas, ou num toque mais brasileiro, aipim (mandioca) frita, ervilhas. Não esquecer dos queijos amarelos.