1. O QUE É A ARTE? O que é estilo? Por que rotulamos os estilos de arte?
Criação humana com valores estéticos (beleza, Equilíbrio, harmonia, revolta) Estilo é como o trabalho se mostra, depois de o artista ter tomado suas
que sintetizam as suas emoções, sua história, seus sentimentos e a sua decisões. Cada artista possui um estilo único.
cultura. Imagine se todas as peças de arte feitas até hoje fossem expostas numa sala
É um conjunto de procedimentos que utilizados para realizar obras, e no qual gigantesca. Nunca conseguiríamos ver quem fez o que, quando e como. Os
aplicamos nossos conhecimentos. Se apresenta sob variadas formas como: a artistas e as pessoas que registram as mudanças na forma de se fazer arte, no
plástica, a música, a escultura, o cinema, o teatro, a dança, a arquitetura etc. caso os críticos e historiadores, costumam classificá-las por categorias e rotulá-
Pode ser vista ou percebida pelo homem de três maneiras: visualizadas, las. É um procedimento comum na arte ocidental.
ouvidas ou mistas (audiovisuais), hoje alguns tipos de arte permitem que o Ex.: Renascimento, Impressionismo, Cubismo, Surrealismo, etc.
apreciador participe da obra. O artista precisa da arte e da técnica para
comunicar-se.
Como conseguimos ver as transformações do mundo através da arte?
Quem faz arte?
Podemos verificar que tipo de arte foi feita, quando, onde o como, desta
O homem criou objetos para satisfazer as suas necessidades práticas, como as maneira estaremos dialogando com a obra de arte, e assim podemos entender
ferramentas para cavar a terra e os utensílios de cozinha. Outros objetos são as mudanças que o mundo tiveram.
criados por serem interessantes ou possuírem um caráter instrutivo. O homem
cria a arte como meio de vida, para que o mundo saiba o que pensa, para
divulgar as suas crenças (ou as de outros), para estimular e distrair a si mesmo Como as idéias se espalham pelo mundo?
e aos outros, para explorar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas.
Exploradores, comerciantes, vendedores e artistas costumam apresentar às
Por que o mundo necessita de arte? pessoas idéias de outras culturas. Os progresssos na tecnologia também
difundiram técnicas e teorias. Elas se espalham através da arqueologia ,
Porque fazemos arte e para que a usamos é aquilo que chamamos de função quando se descobrem objetos de outras civilizações; pela fotografia, a arte
da arte que pode ser ...feita para decorar o mundo... para espelhar o nosso passou a ser reproduzida e, nos anos 1890, muitas das revistas internacionais
mundo (naturalista)... para ajudar no dia-a-dia (utilitária)...para explicar e de arte já tinham fotos; pelo rádio e televisão, o rádio foi inventado em 1895 e a
descrever a história...para ser usada na cura doenças... para ajuda a explorar o televisão em 1926, permitindo que as idéias fossem transmitidas por todo o
mundo. mundo rapidamente, os estilos de arte podem ser observados, as teorias
debatidas e as técnicas compartilhadas; pela imprensa, que foi inventada por
Como entendemos a arte? Johann Guttenberg por volta de 1450, assim os livros e e arte podiam ser
impressos e distribuídos em grande quantidade; pela internet, alguns artistas
O que vemos quando admiramos uma arte depende da nossa experiência e colocam suas obras em exposição e podemos pesquisá-las, bem como saber
conhecimentos, da nossa disposição no momento, imaginação e daquilo que o sobre outros estilos.
artista pretendeu mostrar.
2. RENASCIMENTO * Realismo: o artistas do Renascimento não vê mais o homem como simples
observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais
O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser
desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, compreendida cientificamente, e não apenas admirada.
ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das * Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.
artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do * Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente
humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes.
Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição * Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período
consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração é marcado pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo.
e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a Os principais pintores foram:
valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao
sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média. Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que
Características gerais: lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava
* Racionalidade associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas
* Dignidade do Ser Humano porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem
* Rigor Científico que perderam esse dom de Deus.
* Ideal Humanista Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.
* Reutilização das artes greco-romana Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra,
gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do
ARQUITETURA observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e
Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.
relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.
a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque. Michelângelo - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no
“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo
espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura) Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma
Principais características: particularmente representativa é a criação do homem.
* Ordens Arquitetônicas Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família
* Arcos de Volta-Perfeita Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança,
* Simplicidade na construção pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo,
* A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de
* Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas “Madonas”.
(funções militares) Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.
O principal arquiteto renascentista:
Brunelleschi - é um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor ESCULTURA
e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, esta adquire
grande conhecedor da poesia de Dante. Foi como construtor, porém, que realizou o seu prestígio. Protetores das artes, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a
seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a residir no Vaticano. Ali, grandes escultores se revelam, o maior dos quais é
Capela Pazzi. Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras:
Moisés, Davi (4,10m) e Pietá.
PINTURA Outro grande escultor desse período foi Andrea del Verrochio. Trabalhou em
Principais características: ourivesaria e esse fato acabou influenciando sua escultura. Obra destacada: Davi
* Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e (1,26m) em bronze.
proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da Principais Características:
matemática e da geometria. * Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade
* Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo * Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade
de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.
3. * Profundidade e perspectiva
* Estudo do corpo e do caráter humano
O Renascimento Italiano se espalha pela Europa, trazendo novos artistas que
nacionalizaram as idéias italianas. São eles:
* Dürer * Hans Holbein
* Bosch * Bruegel
Para seu conhecimento
- A Capela Sistina foi construída por ordem de Sisto IV (retangular 40 x 13 x 20 altura).
E é na própria Capela que se faz o Conclave: reunião com os cardeais após a morte do
Papa para proceder a eleição do próximo. Lareira que produz fumaça negra - que o
Papa ainda não foi escolhido; fumaça branca - que o Papa acaba de ser escolhido,
avisa o povo na Praça de São Pedro, no Vaticano
- Michelângelo dominou a escultura e o desenho do corpo humano maravilhosamente
bem, pois tendo dissecado cadáveres por muito tempo, assim como Leonardo da Vinci,
sabia exatamente a posição de cada músculo, cada tendão, cada veia.
- Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções
estão: “Parafuso Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a ponte elevadiça, o
escafandro, um modelo de asa-delta, etc.
- Quando deparamos com o quadro da famosa MONALISA não conseguimos
desgrudar os olhos do seu olhar, parece que ele nos persegue. Por que acontece isso?
Será que seus olhos podem se mexer? Este quadro foi pintado, pelo famoso artista e
inventor italiano Leonardo da Vinci (1452-1519) e qual será o truque que ele usou para
dar esse efeito? Quando se pinta uma pessoa olhando para a frente (olhando
diretamente para o espectador) tem-se a impressão que o personagem do quadro fixa
seu olhar em todos. Isso acontece porque os quadros são lisos. Se olharmos para a
Monalisa de um ou de outro lado estaremos vendo-a sempre com os olhos e a ponta
do nariz para a frente e não poderemos ver o lado do seu rosto. Aí está o truque em
qualquer ângulo que se olhe a Monalisa a veremos sempre de frente.
4. As origens do Art Nouveau esperada pela Revolução Industrial viria a determinar um sério atentado contra
as formas livres e originais que guiaram o fazer artístico ao longo dos séculos.
Com isso, podemos ver que as origens do Art Noveau se impõem como uma
reação aos ditames da emergente sociedade industrial.
John Ruskin (1819 – 1900), um dos mais influentes críticos de arte da Inglaterra,
sai nessa época em defesa de uma arte inspirada no feito dos artesãos do período
medieval. Ele combate fortemente os padrões arquitetônicos da época e destaca
que a manutenção de uma arte genuina e verdadeira, só poderia acontecer em
função da liberdade criativa. Sem dúvida, podemos assinalar claramente que as
reflexões de Ruskin teriam enorme peso para que o Art Nouveau se firmasse
entre as décadas de 1890 e 1910.
Influenciado pelos ideais de Ruskin, o jovem arquiteto e sociólogo William
Morris (1834 – 1896) tenta repensar os limites entre a arte e o trabalho artesanal,
visando ao combate da vulgarização dos conteúdos artísticos realizado pela
Revolução Industrial. No tempo em que trabalhou na firma de George Edmund
Street, o jovem William viu que a negação da demanda industrial era impossível.
William Morris e John Ruskin: dois grandes precursores do Art Nouveau. Desse modo, ele abria caminho para a síntese entre arte e indústria que marcou a
era do Art Noveau.
No século XVIII, o processo de industrialização provocou um grande número de
transformações na Europa. Em pouco tempo, os centros urbanos eram tomados Com o passar do tempo, uma nova geração de decoradores e artesãos se
por trabalhadores que assumiriam os seus postos de trabalho nas fábricas. A apropriaram dos materiais popularizados graças à industrialização para delinear
rotina de milhares de pessoas era agora determinada por uma jornada de trabalho um novo tipo de concepção de desenho. Influenciados pelo movimento das Artes
e subordinada à eficiência das máquinas. Ao mesmo tempo, a tecnologia e dos Ofícios (iniciado por William Morris), pelas artes decorativas, as
possibilitava a produção em massa de mercadorias a serem consumidas em iluminuras medievais e a arte oriental, esses artistas do final do século XIX
diferentes lugares do mundo. organizaram novas concepções entre os ornamentos e formas arquitetônicas de
definir o que viria a ser o Art Nouveau.
Ao longo desse processo, observamos o nascimento de um forte interesse em
conciliar a demanda acelerada por manufaturas das indústrias e as limitações
impostas pelo trabalho artesanal. A fabricação em grandes escalas podia, cada
vez menos, se sujeitar ao detalhismo e à demora do artesanato. Por volta de
1830, o governo britânico incentivou a criação de escolas de desenho que
preparassem profissionais comprometidos com o desenvolvimento de um desing
aliado à produção industrial.
Na medida em que essas situações ganhavam público, observamos a
manifestação de vários críticos avessos a esse processo de interferência do
capitalismo industrial no mundo das artes. Para muitos desses, a padronização
5. Arte cristã primitiva – A fase catacumbária pelos seus mártires, os cristãos passaram a enterrá-los nas chamadas
catacumbas. Estas funcionavam como túmulos subterrâneos onde os cristãos
poderiam entoar canções e pintar imagens que manifestavam sua confissão
religiosa.
Esses cantos funcionavam como orações pronunciadas em ritmo prosódico e
sem nenhum tipo de instrumento musical acompanhante. Segundo alguns
pesquisadores, esse tipo de canto, mais comumente conhecido como
“salmodia” (em referência ao livro dos Salmos) fora trazida por São Pedro,
ainda nos primeiros anos da Era Cristã. Posteriormente, a música cristã seria
conhecida como cantochão ou cantus planus, tendo como marca principal sua
leve variação melódica.
A pintura elaborada no interior das catacumbas era rodeada de uma simbologia
que indicava a forte discrição do culto cristão naquele momento. O mais
recorrente símbolo era o crucifixo, que rememorava a disposição que Jesus
teve de morrer pela salvação dos homens. A âncora significava o ideal de
salvação. O peixe era bastante comum, pois a variação grega do termo
Cristo na figura do “O Bom Pastor”: imagem comum em várias catacumbas cristãs.
(“ichtys”) era a mesma das iniciais da frase “Jesus Cristo, Filho de Deus,
Após a morte de Jesus Cristo, a pregação do ideário cristão recaiu sobre os Salvador”.
ombros dos discípulos do Primeiro Século. Em sua fase inicial, essa ação
evangelizadora se restringiu ao perímetro da região da Judeia, local onde o O desenvolvimento desse tipo de expressão artística acabou permitindo a
próprio Jesus teria realizado a grande maioria de suas pregações. Contudo, comexecução de cenas cada vez mais complexas. Algumas cenas do texto bíblico
o passar do tempo, a ação dos discípulos se mostrou eficaz e determinou a começaram a tomar conta da parede das catacumbas. Entretanto, a imagem
divulgação dos valores cristãos para outras partes do Império Romano. mais representada era a do próprio Jesus Cristo. Na maioria das vezes, o
exemplo maior do cristianismo era simbolizado como um pastor entre as
Para os dirigentes romanos, a divulgação do cristianismo era uma séria ameaça ovelhas. Tal alegoria fazia menção à constante importância que a ação
aos valores e interesses do império. A crença monoteísta era contrária ao evangelizadora tinha entre os cristãos.
panteão de divindades romanas, entre as quais se destacava o próprio culto ao
imperador de Roma. Ao mesmo tempo, o conceito de liberdade fazia com que Essa fase inicial da arte primitiva não foi dominada por algum artista específico.
vários escravos não se submetessem à imposição governamental que A maioria das representações encontradas foi executada por anônimos que
legitimava a posição subalterna dos mesmos. desejavam expressar suas crenças. A falta de um saber técnico anterior à
concepção de tais obras marcou essa fase inicial da arte cristã com formas
Dessa forma, os cristãos passaram a ser perseguidos das mais variadas formas. simples e bastante grosseiras.
Eram torturados publicamente, lançados ao furor de animais violentos,
empalados, crucificados e, até mesmo, queimados em vida. Para redimir e orar
6. Op-art Grafite
“Movement in Squares” de Bridget Riley.
A Op-art (abreviação de optical art) foi um movimento artístico que surgiu ao
mesmo tempo no início da década de 60 nos Estados Unidos e Europa. O termo
foi empregado pela primeira vez pela revista Time em 1965, se revelando
inicialmente como uma variação do expressionismo abstrato. A primeira obra Grafite: manifestação artística muitas vezes considerada como vandalismo.
que se enquadra neste movimento foi “Zebra”, feita por Victor Vasarely nos
anos 30. Tal obra era composta por listras diagonais pretas, brancas e curvadas, Grafite é um tipo de manifestação artística surgida em Nova York, nos Estados
passando ao observador, a impressão de uma visão tridimensional. Unidos, na década de 1970. Consiste em um movimento organizado nas artes
plásticas, em que o artista cria uma linguagem intencional para interferir na
Na Op-art, as cores têm a finalidade de passar ilusões ópticas ao observador. cidade, aproveitando os espaços públicos da mesma para a crítica social.
Visando atingir o dinamismo, os artistas usam tons vibrantes e círculos
No Brasil, o grafite chegou ao final dos anos de 1970, em São Paulo. Hoje o
concêntricos, dando a idéia de movimento e interação entre os objetos e o fundo.
estilo desenvolvido pelos brasileiros é reconhecido entre os melhores do
No ano de 1965, foi organizada a primeira exposição da Op-art no Museu de mundo.
Arte Moderna de Nova York: The Responsive Eye (O Olho que Responde). O movimento apareceu quando um grupo de jovens começou a fazer desenhos
Além de Victor Vasarely, expuseram suas obras: Richard Anusziewicz, Bridget nas paredes da cidade, ao invés de apenas escrever. É considerado por muitos
Riley, Ad Reinhardt, Kenneth Noland e Larry Poons. Mesmo assim, a Op Art
não é considerada um movimento genuíno, mas sim, uma vertente de outras como um ato de vandalismo, por sujar as paredes. Nesse caso são chamados de
linhas artísticas. pichação, vistas apenas como diversão para provocar as pessoas.
As primeiras expressões apareceram nos muros de Paris em maio de 1968, com
São utilizadas cores que provocam grandes contrastes, além de diferentes níveis a revolução contracultural. O grafite está ligado a movimentos como o hip hop.
de iluminação, explorando a criação de formas virtuais e efeitos ópticos. Após
A tinta mais usada pelos grafiteiros é o spray em lata. O látex é aplicado sobre
ter ganhado significativo destaque nos anos 60, a Op-art quase caiu no
esquecimento. Um dos motivos para isso talvez seja o fato dela não despertar máscaras vazadas, para demarcar a região a ser pintada.
sentimentos nas pessoas, estando mais próxima da ciência do que do homem em
si.
7. Origami livro Kan no mado, em 1845, esse continha uma coleção de aproximadamente
150 modelos de origami que estabeleceu o modelo do sapo, muito conhecido
atualmente.
Os estudiosos acreditam que a arte do origami tenha originado junto com o
papel. Os primeiros registros do surgimento do papel vêm da China, no ano de
105 d.C.
Em 1950, ocorreu a grande divisão entre a antiga e a nova dobragem do papel,
período que o trabalho de Akira Yoshizaka tornou-se conhecido. Yoshizaka foi
responsável pela criação da idéia da dobragem criativa e pela invenção de todo
um conjunto de métodos que permitia dobrar uma série de animais e pássaros
que em nada tinha haver com o origami do passado.
Cavalo feito com a arte da dobradura de papel
Origami é a arte da dobradura de papel. A palavra é oriunda do japonês ori, que
significa dobrar, e kami, que significa papel. A arte milenar consiste na criação
de objetos e formas a partir de um pedaço de papel quadrado, sem cortá-lo,
onde as faces podem ser de cores diferentes.
Muito praticada no Japão, a cultura do Origami japonês, que se desenvolveu
desde o período Edo, diferencia-se das outras por cortar o papel durante a
criação do modelo ou iniciar com outras formas de papel que não a quadrada,
podendo ser retangular, circular, etc.
De acordo com a cultura japonesa a pessoa que fizer mil origamis pode ter um
pedido realizado.
O origami popularizou-se na proporção em que o papel tornou-se menos caro,
com o desenvolvimento de métodos mais simples para sua criação.
O origami difundiu-se como atividade recreativa no Japão com a publicação do
8. Artesanato rendas, a cestaria, a tecelagem e os trabalhos em madeira, pedra e couro. A
cerâmica utiliza dois ingredientes básicos: argila e água. A partir disso se fabrica
vasos, louças, imagens de santos, bonecas e figuras de bichos.
A cestaria é feita com fibras vegetais, como o buriti, a carnaúba, a piaçava e o
babaçu. As técnicas do artesanato que receberam forte influência indígena são
comumente encontradas nos estados do Ceará, Piauí, Maranhão, Bahia, Rio
Grande do Norte, Tocantins, Roraima e Amazonas.
O trabalho com a madeira é muito empregado pelos santeiros de Ibimirim (PE)
Peças de artesanato e de várias cidades do Piauí que aplicaram um estilo próprio para representar
cenas religiosas.
O artesanato consiste no próprio trabalho manual ou criação de um artesão.
Com a mecanização da indústria, o artesão é visto como aquele que produz
objetos que fazem parte da cultura popular. Geralmente os objetos utilitários
ou decorativos que são feitos, possuem em sua estética características da
cultura da comunidade ou da região onde são criados.
Por tradição, o artesanato é a produção de especificidade familiar, onde o
artesão é o proprietário dos meios de produção e trabalha em conjunto com a
família em sua própria casa.
Os primeiros objetos feitos pelo homem eram artesanais. No período neolítico
(6.000 a.C.) o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica como
utensílio para armazenar e cozer alimentos, e descobriu a técnica de tecelagem
das fibras animais e vegetais.
Historicamente o artesão é responsável pela seleção da matéria-prima a ser
usada, pelo projeto do produto a ser executado, transformação da matéria-
prima em produto acabado.
As técnicas do artesanato brasileiro que se sobressaem são a cerâmica, as
9. substituída por símbolos matemáticos e musicais. A linguagem é espontânea e
as frases são fragmentadas para expressar velocidade. Os autores abolem os
temas líricos e incorporam à poesia palavras ligadas à tecnologia. As idéias de
Marinetti, mais atuante como teórico do que como poeta, influenciam o poeta
cubista francês Guillaume Apollinaire (1880-1918).
Na Rússia, o futurismo expressa-se principalmente na literatura. Mas, enquanto
os autores italianos se identificam com o fascismo, os russos aliam-se à
esquerda. Vladímir Maiakóvski (1893-1930), o poeta da Revolução Russa,
Futurismo aproxima a poesia do povo. Outro poeta de destaque é Viktor Khlébnikov
(1885-1922).
Movimento artístico e literário iniciado oficialmente em 1909 com a publicação Teatro –Introduz a tecnologia nos espetáculos e tenta interagir com o público.
do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti (1876-1944), no jornal O manifesto de Marinetti sobre teatro, de 1915, defende representações de
francês Le Figaro. O texto rejeita o moralismo e o passado, exalta a violência e apenas 2 ou 3 minutos, com pequeno ou nenhum texto, poucos atores e vários
propõe novo tipo de beleza, baseada na velocidade. O apego do futurismo ao objetos em cena.
novo é tão grande que chega a defender a destruição de museus e cidades As experiências na Itália concentram-se no teatro experimental fundado em
antigas. Agressivo e extravagante, encara a guerra como forma de "higienizar" 1922 pelo italiano Anton Giulio Bragaglia (1890-1960). Marinetti também
o mundo. publica uma obra dramática em 1920, Elettricità Sensuale, mesmo título de
O futurismo produz mais manifestos - cerca de 30, de 1909 a 1916 - do que uma peça sua escrita em 1909.
obras, embora esses textos também sejam considerados manifestações FUTURISMO NO BRASIL –O movimento colabora para desencadear o
artísticas. Há grande repercussão principalmente na França e na Itália, onde modernismo, que dominou as artes a partir da Semana de Arte Moderna de
muitos artistas, entre eles Marinetti, se identificam com o fascismo nascente. 1922. Os modernistas usam algumas das técnicas e discutem as idéias do
Após a I Guerra Mundial, o movimento entra em decadência, mas seu espírito futurismo, mas rejeitam o rótulo, identificado com o fascista Marinetti.
influencia o dadá.
Artes plásticas –Tem o objetivo de criar obras com o mesmo ritmo e espírito da
sociedade industrial. Para refletir a velocidade na pintura, os artistas recorrem à
repetição dos traços das figuras. Se querem mostrar vários acontecimentos ao
mesmo tempo adaptam técnicas do cubismo. Na escultura, os futuristas fazem
trabalhos experimentais com vidro e papel. O grande expoente é o pintor e
escultor italiano Umberto Boccioni (1882-1916). Sua escultura Formas Únicas
na Continuidade do Espaço (1913) - interseção de vários volumes distorcidos -
é uma das obras emblemáticas do futurismo. Nela se percebe a idéia de
movimento e força.
Preocupados com a interação entre as artes, alguns pintores e escultores se
aproximam da música e do teatro. O pintor italiano Luigi Russolo (1885-1947),
por exemplo, cria instrumentos musicais e os utiliza em apresentações
públicas.
Na Rússia, o futurismo tem papel importante na preparação da Revolução
Russa (1917) e caracteriza as pinturas de Lariónov (1881-1964) e Gontcharova
(1881-1962).
Literatura –As principais manifestações ocorrem na poesia italiana. Sempre a
serviço de causas políticas, a primeira antologia sai em 1912. O texto é
marcado pela destruição da sintaxe, dos conectivos e da pontuação,