1. Universidade Estadual do Ceará - UECE
Centro de Educação - CED
Curso de Pedagogia
Disciplina: Estágio Supervisionado nos anos iniciais do Ensino
Fundamental - Profa. Ms. Larissa Santana
Discussão:
INFORMÁTICA EDUCATIVA E A
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO
Prof. Ms. Dennys Leite Maia
Fortaleza - CE
Março/2012
2. QUAL O PORQUÊ DESSA
“PALESTRA” NUMA DISCIPLINA DE
ESTÁGIO???
Vejamos...
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3. E você, quando chegar na escola...
O QUE ESTARÁ APTO A PROPOR?
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4. OBJETIVOS:
Geral:
● As tecnologias digitais na formação e prática docente de
pedagogos.
Específicos:
● Conceitos básicos da Informática Educativa;
● Inserção das tecnologias digitais em espaços escolares e a
formação docente para o uso;
● Ferramentas disponíveis para o trabalho pedagógico.
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5. DÚVIDAS E QUESTIONAMENTOS:
Como é o acesso e uso de tecnologias digitais nas escolas?
Quem faz uso desses recursos?
Quais recursos estão disponíveis?
Qual o papel de professores e alunos?
Como se planeja uma aula que explore a característica única dos
recursos digitais?
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6. PRA INÍCIO DE CONVERSA:
Informática Educativa (IE) → recursos computacionais com
vistas à aprendizagem discente;
● Dois modelos:
– Laboratório: de Informática Educativa (LIE) / Escolar de
Informática (LEI).
– 1:1 → um computador por aluno / LIE itinerante
Pedagogia tecnicista ≠ Tecnologia Educacional
● Técnica ≠ Tecnologia
● Técnica → Forma de uso de ferramentas
● Tecnologias (Ferramentas):
– Tecnologia “analógica”→ Material dourado, giz/pincel, livro...
– Tecnologia digital (TD) → PC (personal computer),
netbooks, tablets, celulares... ≃ Tecnologia de Informação e
Comunicação (TIC). 6
8. CONTEXTUALIZAÇÃO:
O uso de recursos digitais nas práticas educativas contribui para o
processo de ensino e de aprendizagem:
● Abordagens Instrucionista (Skinner) x Construcionista (Papert).
Desde meados dos anos 1990, políticas públicas são executadas
visando a inclusão digital escolar.
● PROINFO → 1 computador para cada 25 alunos (1997);
● PROUCA → 1 computador por aluno (1:1) (2010/2012)
● A ênfase se deu na inserção das máquinas nas escolas e na
formação de professores em serviço.
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9. COMO AS TECNOLOGIAS DIGITAIS ESTÃO CHEGANDO ÀS
ESCOLAS
Laboratórios de Informática Educativa (LIE):
● Computadores providos de software livre, com conexão a internet;
● “Sala de aula” em que os alunos acessam os recursos digitais;
● Não deve fazer parte do currículo escolar como disciplina, mas
como extensão da sala de aula;
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10. COMO AS TECNOLOGIAS DIGITAIS ESTÃO CHEGANDO ÀS
ESCOLAS
Programa Um Computador Por Aluno (PROUCA)
● Ideia da ONG One Laptop Per Child (OLPC)
● Um laptop educacional (uquinha) para cada aluno
● Projeto piloto → 300 escolas no País, sendo 10* no Ceará
– 2 na capital e 8 no interior (Barreira, Crato, Iguatu, Jijoca,
Quixadá, São Gonçalo do Amarante, Sobral e Maracanaú*).
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11. DIFERENÇAS:
LIE: UCA:
1 para muitos; 1:1
Imobilidade; Mobilidade;
Uso esporádico; Uso intensivo;
Conectabilidade; Conectividade;
Pouca integração de Integração de recursos;
recursos; Implantação sistêmica.
Implantação isolada.
CASTRO FILHO, 2011: Palestra InfoBrasil.
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12. ENQUANTO ISSSO...
O poder público iniciou a regulamentação da formação inicial docente
tardiamente.
● Parecer do CNE de 2001 → formação inicial em tecnologias
digitais para licenciados;
● Resolução do CNE de 2006 → domínio pedagógico das tecnologias
digitais para pedagogos.
Estudo de Gatti e Barreto (2009) → baixo percentual de disciplinas
tecnologias digitais nos currículos de pedagogia.
Formação defendida por Cysneiros (2000) → 2 etapas: uso geral das
tecnologias em educação e, depois, nas especifidades de cada área.
● Tecnologias Digitais em Educação (Informática Educativa)
● Ensino da Matemática; Português; História e Geografia...
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13. A FORMAÇÃO DO PEDAGOGO PARA O USO PEDAGÓGICO
DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS – O CASO DA UECE:
Eixo 8 – Tecnologias Digitais e Educação a Distância
● Tecnologias Digitais em Educação (optativa) → principal
disciplina (requisito para as demais)
– Apenas 11% dos estudantes chegam a cursá-la.
Tecnologia digital aplicada aos ensinos:
● As ementas das disciplinas reservam espaço para este trabalho →
pouco efetivado;
– Alunos revelam ter contato com tecnologias digitais em
disciplinas: EaD; Arte-Educação e ensinos de Matemática.
– O uso sem propósitos claros e bem definidos.
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14. RESULTADOS DA MINHA PESQUISA:
O curso de Licenciatura em Pedagogia não tem cumprido, em parte, a
função de proporcionar saberes necessários a docência (Informática
Educativa) → Influência da mídia se faz mais presente;
● Estudantes possuem uma visão limitada do ensino de Matemática
com uso de tecnologias digitais
– Colocam foco no recurso (inovação, criatividade, computador e
jogo);
– Destacaram necessidade de formação.
A destinação de espaço curricular é um avanço → mas há que se
garantir a efetivação dessa formação;
Sem formação inicial a escola continuará a fazer “mais do mesmo”.
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15. Vejamos o que dizem as professoras
Beth Almeida e Vani Kenski a
respeito.
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29:30min
17. ALGUNS INDÍCIOS:
Mesmo modelo de escola do séc. XVIII (Seymour Papert, 1994;
Armando Valente, 2000);
Inovação conservadora (Seymour Papert, 1994; Paulo Cysneiros,
1999)
Nativos e imigrantes digitais → Alunos e professores (Marc
Prensky, 2001)
Não é pra aprender sobre, mas através das TD (Armando Valente,
1999)
Existe função social → Aprendizagem e a inclusão digital.
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18. POSSIBILIDADES:
Vantagens tanto para o ensino (professor) quanto para a
aprendizagem (aluno);
Complementar situações de ensino:
● fonte de informação;
● Interação com outras pessoas
– Amplia e ressignifica o “espaço de aula”,
● Integração de mídias → Tablet substitui livros???
● Auxílio no processo de construção do conhecimento;
● Desenvolver autonomia (pensar, refletir, criar soluções)
– Conteúdos atitudinais (PCN).
Exemplo: Projeto “Me perdi e me achei no Brasil” - PROATIVA
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19. É RECOMENDÁVEL QUE AS TECNOLOGIAS DIGITAIS NA
EDUCAÇÃO...
Estejam sempre a serviço do processo educativo;
Sejam escolhidas levando em conta sua adequação ao plano de aula e
não o contrário;
Sejam destinadas ao ensino de um conteúdo/conceito específico;
Sejam capazes de criar situações favoráveis à aprendizagem e a
superação de dificuldades;
Estejam adequadas aos parâmetros de qualidade pré-definidos e ao
objetivos previstos.
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20. E QUAIS SÃO E ONDE CONSEGUIR
ESTES RECURSOS?
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21. OBJETOS DE APRENDIZAGEM:
Recursos digitais, disponíveis na internet, de fácil acesso;
Utilizado para a aprendizagem
Tipos de OA:
● Animação/Simulação
● Áudio
● Experimento prático
● Hipertexto
● Imagem
● Mapa
● Software educativo
● Vídeo
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23. PORTAL DO PROFESSOR
Portal do Professor (MEC)
Endereço: <portaldoprofessor.mec.gov.br/>
Repositório de recursos educacionais digitais; planos de aula,
ferramentas para interação com outros professores etc.
Foco na Educação Básica e Profissional.
RIVED
Rede Interativa Virtual de Educação (SEED/MEC)
Endereço: <rived.mec.gov.br/>
Repositório de OA para o Ensino Fundamental, Médio,
Profissionalizante e Superior.
Os OA da RIVED acompanham um Guia para o Professor.
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24. BIOE
Banco Internacional de Objetos Educacionais (MEC e Ministério da
Ciência e Tecnologia - MCT)
Endereço: <objetoseducacionais2.mec.gov.br/>
Repositório com OA da Educação Infantil ao Ensino Superior e outras
modalidades de ensino.
PROATIVA
Grupo de Pesquisa e Produção de Ambientes Interativos e Objetos de
Aprendizagem (Universidade Federal do Ceará)
Endereço: <proativa.vdl.ufc.br/oa.php?id=0>
MDMAT
Mídias Digitais para a Matemática (Universidade Federal do Rio
Grande do Sul – UFRGS / Laboratório de Estudos Cognitivos - LEC)
Endereço: <mdmat.mat.ufrgs.br/anos_iniciais/>
Foco em atividades de Matemática para os anos iniciais. 24
26. WEB CURRÍCULO
76 mi de brasileira tem acesso a internet;
● 97% desses usuários estão nas comunidades virtuais;
– 51% do usuários do Orkut são brasileiros;
– 4º maior número em usuários do Facebook (em 2011 cresceu
300%);
Alunos são Nativos e professores Imigrantes Digitais (Prensky,
2001);
Web na educação ou educação na web?
Almeida (2010): É o currículo que se desenvolve por meio das
ferramentas da internet, integrando as tecnologias com o
currículo.
27. FERRAMENTAS DA WEB 2.0
Não é “outra” internet, mas uma forma diferente de relacionar-se
com e através dela;
Web 2.0 → maior interatividade, colaboração e (co)autoria na rede.
Surge um novo tipo de mídia → Mídias Sociais.
Espaço prolífero para boas práticas educativas na modalidade
presencial e a distância.
Serviços da Web 2.0: Edição colaborativa de conteúdo;
Ferramentas de comunicação; Redes sociais;
Compartilhamento de arquivos; Vídeos; Imagens etc.
28. EDIÇÃO COLABORATIVA DE CONTEÚDO
Blogue (blog)
● Blogger <blogger.com>
– Facilidade de criação e manuseio;
– Inserção de comentários;
Wiki:
● PbWiki <my.pbworks.com>
– Está deixando de ser gratuito
● Wikipedia <pt.wikipedia.org>
– Produção colaborativa de conteúdo;
● Wikimapia <wikimapia.org>
– Mapa colaborativo e interativo.
29. COMPARTILHAMENTO DE ARQUIVOS:
GoogleDocs <docs.google.com>:
● Inclusive, criados de forma colaborativa;
● Textos; Planilhas Eletrônicas; Formulários.
Scribd <scribd.com>:
● Maior parte documentos;
SlideShrare <slideshare.net>:
● Apresentação de slides;
– Tanto o Scribd quanto o SlideShare permitem integração com
Facebook e Twitter;
– Podem ser incorporado à blogues, sites e baixados (download).
30. FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO:
Mensageiros Instantâneos
● E-buddy <ebuddy.com>
– Contato síncrono (chat) através de serviços como Messenger
(MSN), Gtalk etc.
Microblogue:
● Twitter <twitter.com>
– Divulgação de informações de forma rápida e interativa;
– “Msgs c/ até 140 caracteres”;
◦ Twitpic (imagens) <twitpic.com>
◦ Twitcam (vídeos) <twitcam.com>
31. REDES SOCIAIS:
Facebook <facebook.com>:
● Integração com uma diversidade de mídias sociais;
● Inclusive com possibilidade compartilhar e indicar (curtir)
links;
Orkut <orkut.com>:
● Criação de comunidades para fins específicos;
Socrates <virtual.ufc.br/socrates>:
● Ambiente para criação e gerenciamento de projetos colaborativos
e comunidades virtuais de aprendizagem
32. VÍDEOS
YouTube <youtube.com>:
● Os vídeos podem ser, facilmente, incorporados (embed/share) em
AVAs, blogues, sites etc;
TeacherTube <teachertube.com>:
● Vídeos “com foco” na educação.
TV Escola <tvescola.mec.gov.br>:
● Vídeos e programas educativos mantido pelo MEC.
33. IMAGENS
Picasa <picasa.google.com>:
● Basta ter uma conta Google.
● Integração com o Orkut, por exemplo.
Flickr <flikr.com>:
● Bastante popular, por ser um serviço Yahoo!
34. COMPARTILHAMENTO DE DIVERSAS MÍDIAS
4Shared <4shared.com>:
● Hospeda quase todo tipo de mídia;
● No caso de áudio é possível, inclusive, fazer incorporação a
blogues, sites etc;
DropBox <dropbox.com>:
● Compartilhamento de arquivos “nas nuvens”;
● Maior privacidade.
36. SOFTWARES EDUCATIVOS LIVRES:
Software livre é um programa de computador com código-fonte
aberto. Proporcionam maior segurança e economia, além de, na maior
parte das vezes, ser isento de taxas.
Os laboratórios de informática educativa, bem como os “uquinhas”
têm utilizado esse modelo de software.
Software educativo ≠ Software educacional.
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37. Pra concluir...
Portanto, o que se requer é uma mudança profunda sobre como pensar
educação. Assim, tecnologia não é a solução, é somente um instrumento. Mas
embora tecnologia não produza automaticamente uma boa educação, a falta
de tecnologia garante automaticamente uma má educação.
Seymour Papert
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38. FECHAMENTO DA DISCUSSÃO
A formação docente deve acontecer como uma espiral que passe pela
(Castro Filho, 2012):
● Familiarização;
● Vivência como aprendiz;
● Pesquisa e planejamento de atividades;
● Realização das atividades; e
● Reflexão compartilhada.
Pesando nisso e no que foi discutido, registre como você pensa a
efetivação desse trabalho em sua prática pedagógica. Destaque
possibilidades e limitações relacionando-as com a docência nos anos
iniciais do Ensino Fundamental.
● Uma a duas laudas para ser entregue no próximo encontro.
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