2. ÍNDICE:
1. Abordagem Geral;
2. Respostas que visam escapar ao conflito;
3. Respostas que visam dar luta ao conflito;
4. Processos de resolução de conflitos;
5. Prevenção de conflitos.
Formador: Dércio Martins 2
4. Actualmente vivemos numa sociedade em constante
mudança, com avanços tecnológicos intensos e com uma
grande mobilidade de valores na sociedade estas
mudanças criam conflitos.
Conflito
Entendido como É uma expressão Não é bom, nem
algo negativo e de insatisfação Está presente em mau:
vivido com com uma todos os aspectos simplesmente
desconforto, mas interacção, com da nossa vida. existe.
inevitável. um procedimento.
As pessoas, as famílias, as empresas, as sociedades
precisam de um nível adequado de conflito para crescer e
prosperar. Não podemos eliminá-lo, mas podemos
solucionar maneiras de modera-lo ou de preveni-lo.
Formador: Dércio Martins 4
5. Causas da insatisfação, geradora de conflito:
Expectativas divergentes;
Objectivos contraditórios;
Interesses em conflito;
Comunicações confusas;
Relações interpessoais insatisfatórias.
Formador: Dércio Martins 5
6. Quando os projectos pessoais, de grupo ou institucionais colidem, está
instalado um conflito.
É importante clarificar que o conflito não é um mero desacordo. Desacordos
existem em todos os relacionamentos interpessoais, grupos, familiares ou
institucionais: passa-se para uma situação conflituosa quando os
interesses, os projectos, as expectativas das partes colidem.
Podendo os conflitos ser de várias naturezas e ordens, limita-se aqui o conflito ao nível
interpessoal (incluindo a família e instituição).
A este nível salientam-se 3 tipos de conflitos:
Colisão de culturas (ex: relações conflituosas entre vizinhos de culturas
diferentes)
Dois ou mais indivíduos do mesmo grupo colidem (ex: dois
funcionários que independentemente dos objectivos da instituição, têm
relações pessoais conflituosas).
Um indivíduo colide com o grupo (ex: numa família, um dos seus
elementos sistematicamente não cumpre as regras familiares.)
Formador: Dércio Martins 6
8. A atitude de cada indivíduo/grupo
face à gestão do conflito, depende
Deste desconforto face
de: ao conflito surgem
basicamente dois tipos
A sua visão acerca de como a
mudança acontece de resposta, que não
procuram geri-lo, nem
resolvê-lo, mas antes
O seu estilo de comunicação fugir.
A resolução do
Os seus valores
conflito implica
mudança.
O estatuto que detém e da
importância que os outros revêem em si
(os indivíduos aceitam mais facilmente o
conhecido do que um desconhecido)
Formador: Dércio Martins 8
9.
- EVITAMENTO - -ACOMODAÇÃO-
- NEGAÇÃO -
Vão-se fazendo A pessoa/grupo
A pessoa/grupo nega cedências e alterações habitua-se ,ou não
a existência de sem nunca ir às razões quer que a mudança
conflitos: “Somos uma reais do conflito, ou a aconteça, por não
grande família feliz”. classificá-lo: “O meu conhecer o caminho:
marido bateu-me, mas “Isto é mesmo assim, vai-
arrependeu-se, em seguida se resolvendo. Já estou
pediu-me perdão”. habituado a ser tratado
assim pelo meu pai”.
Formador: Dércio Martins 9
11.
• Observação, comentário de um
dos lados em conflito, que
ARROGÂNCIA desmerecem a outra parte, em
vez de procurar identificar as
reais causas.
• Manifestação de atitudes
opressoras, em que não
ENTRADA EM reconhece quaisquer razões à
LUTA ABERTA outra parte.
Formador: Dércio Martins 11
13. Trabalhar o conflito implica conhecer a sua
natureza, as suas causas e construir a sua
resolução. Nem todos os conflitos requerem
os mesmos mecanismos para a sua resolução.
São 3 os procedimentos habitualmente
utilizados para a resolução de conflitos:
A negociação;
A mediação;
A arbitragem.
Formador: Dércio Martins 13
14. Negociação
Baseia-se nos interesses das partes em conflito. Objetivo: que encontram as suas próprias
soluções sem a ajuda de terceiros. O resultado pode ser um benefício mútuo, com ganhos e
cedências de ambos os lados. É o procedimento mais usado pelas famílias.
Mediação
Pressupõe a existência de um terceiro elemento, de função neutra, que é apenas um
facilitador, ajuda as partes em conflito a encontrar uma solução satisfatória. É um processo
que começa a ser muito utilizado em processos de divórcio (ex: chegar a acordo relação à
partilha de bens e à custódia dos filhos).
Arbitragem
Pressupõe a existência de um terceiro elemento, de função vinculatória, as suas decisões
obrigam ao seu cumprimento pelas partes em conflito (ex: as decisões tomadas pelo
juiz, num processo de divórcio litigioso).
Muitas vezes não basta um procedimento único, é
necessário um conjunto mais vasto de procedimentos.
Formador: Dércio Martins 14
16. É muitas vezes difícil identificar as causas que
produzem o conflito e qual o seu efeito. Embora
como já mencionado, o conflito exista e seja
proveitoso até certo nível, será com certeza
prejudicial se se verificar uma escalada ou se houver
incapacidade de lidar com a situação.
O esquema seguinte, exemplifica elementos
facilitadores de relações interpessoais mais
satisfatórias e de diminuição de situações
conflituosas:
Formador: Dércio Martins 16
17.
Conhecimento da existência de
desacordos e conflitos
Utilização de habilidades ou
mecanismos por
Compromisso, reconhecimento antecipação, evitando assim as
e abordagens à diferença
Prevenção roturas, a escalada do conflito
ou as consequências de conflitos
não resolvidos
Abertura e tolerância à
diversidade
Formador: Dércio Martins 17
18. Estratégias preventivas do conflito:
1. Identificação de soluções de problemas com suficiente
antecipação, para se estar em condições de evitar uma
escalada que leve ao surgimento do conflito;
2. Estabelecimento de relações (ex: associar-se a
alguém, criar consensos, criar regras através da
negociação, e o estudo de métodos de solução
conjunta de problemas);
3. Reconhecimento do conflito como inevitável;
4. Definição, em grupo e por antecipação, de
mecanismos acordados, para canalizar os conflitos
quando estes surgem.
Formador: Dércio Martins 18