e do Panamá
Sua Excia. o Sr. José A. de la Puente
Embaixador do Peru
Sua Excia. o Sr. Mieczyslaw Lednicki
Embaixador da Polônia
Sua Excia. o Sr. João de Matos
Embaixador de Portugal
Sua Excia. o Sr. Nicolae Caranfil
Embaixador da Romênia
Sua Excia. o Sr. Nicolai M. Petrov
Embaixador da União Soviética
Sua Excia. o Sr. Milos Vukcevich
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com um número reduzido de elementos padronizados compondo sua estrutura,
estrutura esta perfeitamen1e visível e devassável.
O sistema de fixação das peças componentes é simples e seguro.
Destaque-se tambem a propriedade da utilização do fio de "nylon" como sustentação
e molejo do assento e do encôsto, cujas almofadas iguais,
de espuma de borracha revestida de plástico (e fixadas por dois cintos de couro),
podem, por essa razão, ser bastante reduzidas em sua espessura.
Isto quanto ao aspecto construtivo. Quanto aos aspectos funcionais,
caracterizam-na o confôrto, a leveza e a facilidade de limpeza e conservação.
Seu valor estético advem principalmente da estrutura aberta, clara,
da unidade entre o externo e o interno,
da fidelidade à natureza dos materiais e de sua adequada coordenação."
Laudo Crítico da Comissão Julgadora do
Prêmio Roberto Simonsen, para Desenho Industrial, 1964.
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18.
19.
20.
21. VIII BIENAL
DE SÃO PAULO
FUNDAÇÃO BIENAL DE S. PAULO
CATÁLOGO
SOB O PATROC1NIO DO GOVIllRNO D9 ESTADO DE S. PAULO E
SOB OS AUSPiCIOS DA PREFEITURA DO MUNICiPIO DE S. PAULO,
Secretaria da Educação e Cultura. (Lei N.O 4.818, de 21·11·1955)
L ..
23. FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO
PRESIDENTES DE HONRA
Sua Excelência o Senhor Marechal Humberto de Alencar Castello
Branco
Presidente da República
Sua Excelência o Senhor Adhemar Pereira de Barros
Governador do Estado de São Paulo
Sua Excelência o Senhor José Vicente de Faria Lima
Prefeito Municipal de São Paulo
COMISSÃO DE HONRA
Sua Excia. o Sr. José Maria Alkimin
Vice-Presidente da República
Sua Excia. o Sr. Auro Soares de Moura Andrade
Presidente do Congresso Nacional
Sua Excia. o Sr. Bilac Pinto
Presidente da Câmara dos Deputados
Sua Excia. o Sr. Milton Campos
Ministro da Justiça
Sua Excia. o Sr. Vasco T. Leitão da Cunha
Ministro das Relações Exteriores
Sua Excia. o Sr. Octávio Gouvêa de Bulhões
Ministro da Fazenda
Sua Excia. o Sr. Flávio Suplicy de Lacerda
Ministro da Educação
24. Sua Excia. o Sr. Marechal Juarez Távora
Ministro da Viação e Obras Públicas
Sua Excia. o Sr. Theodore Hewitson
Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário da África
do Sul
Sua Excia. a Sr. Gebhard Seelas
Embaixador da Alemanha
Sua Excia. a Sr. Carlos Alberto Fernandez
Embaixador da Argentina
Sua Excia. a Sr. R. B. Hadgsan
Encarregado de Negócios da Austrália
Sua Excia. a Sr. Albin Lennkh
Embaixador da Áustria
Sua Excia. a Sr. Paul Bihin
Embaixador da Bélgica
Sua Excia. a Sr. W álter Galinda
Embaixador da Bolívia
Sua Excia. o Sr. Jordan Stefanov
Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário da Bulgária
Sua Excia. o Sr. Paul Beaulieu
Embaixador do Canadá
Sua Excia. o Sr. Hector Carrea L.
Embaixador do Chile
6
25. Sua Excía. a Sr. Shao-Chang Hsu
Embaixador da China
Sua Excia. o Sr. Enrique Cahallero
Embaixador da Colômbia
Sua Excia. o Sr. Tong Jin Park
Embaixador da Coréia
Sua Excia. a Sr. Helmuth Móller
Embaixador da Dinamarca
Sua Excia. o Sr. Jaime Alha
Embaixador da Espanha
Sua Excia. o Sr. Lincoln Gordon
Embaixador dos Estados Unidos da América
Sua Excia. o Sr. Heikki Leppa
Embaixador da Finlândia
Sua Excia. a Sr. Pierre Sehilleau
Embaixador da França
Sua Excia. Sir Leslie Fry
Embaixador da Grã-Bretanha
Sua Excia. o Sr. Marias Zafiriou
Embaixador da Grécia
Sua Excia. o Sr. Coronel José Arturo Gonzáles Estrada
Embaixador da Guatemala
Sua Excia. o Sr. Edner Brutus
Embaixador do Haiti
26. Sua Excia. o Sr. Gusztáv Droppa
Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário da Hungria
Sua Excia. o Sr. Vicente Herbert Coelho
Embaixador da lndia
Sua Excia. o Sr. Yossef Nahmias
Embaixador de Israel
Sua Excia. o Sr. Eug~nio Prato
Embaixador da Itália
Sua Excia. o Sr. Ranko Zec
Embaixador da Iugoslávia
Sua Excia. o Sr. Keiichi Tatsuke
Embaixador do Japão
Sua Excia. o Sr. Afonso Toledo Bandeira de Mello
Cônsul Geral do GrãO"Ducado do Luxemburgo
Sua Excia. o Sr. Vicente Sanchez Gavito
Embaixador do México
Sua Excia. o Sr. ]ustino Sans6n Balladares
Embaixador da Nicarágua
Sua Excia. o Sr. Knut Thommessen
Embaixador da Noruega
Sua Excia. E. J.o Barão Lewe van Aduard
Embaixador dos Países BaiX~s-
Sua Excia. o Sr. Gustavo A. Mendez V.
Embaixador do Panamá
8
27. Sua Excia. o Sr. Syed Maqbul Murshed
Embaixador do Paquistão
Sua Excia. o Sr. Raul Pena
Embaixador do Paraguai
Sua Excia. o Sr. César Elejalde-Chopitea
Embaixador do Peru
Sua Excia. o Sr. Aleksander Kraiewski
Embaixador da Polônia
Sua Excia. o Sr. 10ão de Deus Ramos
Embaixador de Portugal
Sua Excia. o Sr. lihad Haouache
Embaixador da República Árabe da Síria
Sua Excia. o Sr. Henri Plerte Arphang Senghor
Embaixador do Senegal
Sua Excia. o Sr. lens Malling
Embaixador da Suécia
Sua Excia. o Sr. André Dominicé
Embaixador da Suíça
Sua Excia. o Sr. Ladislav Kocman
Embaixador da Tchecoslováquia
Sua Excia. o Sr. Andrei A. Fomin
Embaixador da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
Sua Excia. o Sr. Felipe Amorim Sánchez
Embaixador do Uruguai
28. Sua Excia. o Sr. Laudo Natel
Vice-Governador do Estado de São Paulo
Sua Excia. o Sr. Francisco Franco
Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo
Sua Excia. o Sr. Euclides Cust6dio de Lima
Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo
Sua Excia. o Sr. José Romeu Ferraz
Presidente do Tribunal de Contas de São Paulo
Sua Magcia. o Sr. Pedro Calmon
Reitor da Universidade do Brasil
Sua Magcia. o Sr. Luís Ant6nio da Gama e Silva
Reitor da Universidade de São Paulo
Sua Excia. o Sr. Paulo Estêvão Berredo Carneiro
Chefe da Delegação do Brasil junto à UNESCO
Sua Excia. o Sr. Everaldo Dayrell de Lima
Chefe do Departamento Cultural e de Informações do Ministério
das Relações Exteriores
Sua Excia~ o Sr. Ernesto Leme
Secretário de Estado dos Negócios da Justiça
Sua Excia. o Sr. José Adolpho da Silva Gordo
~ecretário de Estado dos Negócios da Fazenda
Sua Excia. o Sr. Arnaldo dos Santos Cerdeira
Secretário de Estado dos Negócios da Agricultura
10
29. Sua Excia. o Sr. Pelerson Soares Penído
Secretário de Estado dos Negócios dos Serviços e Obras Públicas
Sua Excía. o Sr. José Carlos de Ataliba Nogueira
Secretário de Estado dos Negócios da Educação
Sua Excía. o Sr. Cantídio Nogueira Sampaio
Secretário de Estado dos Negócios da Segurança Pública
Sua Excia. o Sr. Juvenal Rodrigues de Moraes
Secretário de Estado dos Negócios do Govêmo
Sua Excia. o Sr. Benedito Matarazo
Secretário de Estado dos Negócios do Trabalho, Indústria e
Comércio .
Sua Excia. o Sr. José Francisco Archimedes Lamoglia
Secretário de Estado dos Negócios da Saúde
Sua Excia. o Sr. Dagoberto Salles Filho
Secretário de Estado dos Negócios de Transportes
Sua Excia. o Sr. Humberto Reis Costa
Secretário de Estado dos Negócios de Economia e Planejamento
Sua Excia. o Sr. José Blota Júnior
Secretário de Estado dos Negócios de Turismo
Sua Excia. o Sr. Coronel Delfin Cerqueira Neves
Chefe da Casa Militar do Govêmo do Estado de São Paulo
Sua Excia. o Sr. Adelávio S. de Azevedo
Chefe da Casa Civil do Govêmo do Estado de São Paulo
30. Sua Excia. o Sr. Luís de Moraes Barros
Presidente do Banco do Brasil
Sua Excia. o Sr. Luís Augusto de Mattos
Presidente do Banco do Estado de São Paulo
Sua Excia. o Sr. Leôncio Ferraz }tínior
Vice-Prefeito Municipal de São Paulo
Sua Excia. o Sr. Manoel de Figueredo Ferraz
Presidente da Câmara Municipal de São Paulo
Sua Excia. o Sr. Salim Sedek
Secretário de Negócios Internos e Jurídicos da Prefeitura Muni-
cipal de São Paulo
Sua Excia. o Sr. Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro
Secretário de Finanças da Prefeitura Municipal de São Paulo
Sua Excia. o Sr. José Meiches
Secretário de Obras da Prefeitura Municipal de São Paulo
Sua Excia. o Sr. Valéria Giuli
Secretário de Educação e Cultura da Prefeitura Municipal de
São Paulo
Sua Excia. o Sr. Fauze Carlos
Secretário de Higiene e Saúde da Prefeitura Municipal de São
Paulo
Sua Excia. o Sr. Elias COTT~a de Camargo
Secretário de Abastecimento da Prefeitura Municipal de São
Paulo
12
31. Sua Excia. o Sr. Paulo Fradique Santana
Diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal
de São Paulo
Sr. Geraldo 08Waldo Quinsan
Diretor Geral da Fazenda Nacional
Sr. Euclides Parente de Miranda
Gerente da Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil
Sr. Rossini Gonçalves Maranhão
Diretor da Diretoria de Rendas Aduaneiras
Sr. Aimone Summa
Gerente Adjunto da Carteira de Comércio Exterior do Banco
do Brasil em São Paulo
Sr. Epaminondas Moreira do Valle
Inspetor da Alfândega do Rio de Janeiro
Sr. Euclides Velasco Rondán
Inspetor da. Alfândega de Santos
Sr. Luís Osório Anchieta
Chefe da Estação Aduaneira de Importação Aérea de São Paulo
Sr. Plínio Colás
Chefe do Cerimonial do Govêrno do Estado de São Paulo
Sr. Austregésilo de Athayde
Presidente da Academia Brasileira de Letras
Sr. Arilteu Seixas
Presidente da Academia Paulista de Letras
32. Sr. Gustavo Capanema
Presidente do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Sr. Rodrigo de Mello Franco
Diretor do Patrimônio Histórico li Artístico Nacional
Sra. Barbosa lIeliodora Carneiro de Mendonça
Diretora do Serviço Nacional do Teatro
Sr. Simeão Leal
Diretor do Serviço de Documentação do Ministério de Educa-
ção e Cultura
Sr. Adonias Aguiar Filho
Diretor da Biblioteca Nacional
Sra. lIeloísa Alberto Tôrres
Presidente da Organização Nacional do Conselho. Internacional
de Museus
Sr. lcaro de Castro Mello
Presidente do Instituto do.S Arquitetõs~~do Brasil.
Sr. Alberto Rubens Botti
Presidente do. Instituto do.S Arquitestos do Brasil - Secção. de
São. Paulo
Sra. Lúcia Comenale Pinto de Souza
Presidente da Fundação Annando Alvares Penteado
14
33. FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO
DIRETORIA EXECUTIVA
Francisco Matarazzo Sobrinho - Presidente
Luís Lopes Coelho - Vice-Presidente
João Leite Sobrinho - Secretário
Ruy Lapetina - Tesoureiro
Vasco Mariz, diretor representante do Govêrno Federal
Pedro de Alcântara Marcondes Machado, diretor repre-
sentante do Govêrno do Estado de São Paulo
Mário Edgar Puci, diretor representante do Município de
São Paulo
CONSELHO CONSULTIVO
Aldo Magnelli
Antônio Sylvio Cunha Bueno
Benedito José Soares de Melo Patti
Erich Humberg
Fernando Muniz· de - .Souza
.
- ,
Francisco Luís de Almeira Salles
Hélio Rodrigues
J. A. Cunha Lima
João Fernando de Almeida Prado
José de Aguiar Pupo
José Humberto Aftonseca
Justo Pinheiro da Fonseca
Márcio Ribeiro Pôrlo
Mário Dias Costa
Oscar Landmann
Oswaldo Arthur Bratke
Oswaldo Silva
Paulo Motta
34. Saboto Magaldi
Sebastião Almeida Prado Sampaio
CONSELHO FISCAL
Hércules Augusto Masson
Mário Cappanari
SUPLENTES DO CONSELHO FISCAL
Edgar Lopes Pinto
tlio Cippolina
José Vasques Bemardes
SECRETÁRIA GERAL
Diná Lopes Coelho
VIII BIENAL DE SÃO PAULO
ASSESSORIAS
Artes Plásticas: Geraldo Ferraz
Sérgio MiUiet
Walter Zaninl
Teatro: Aldo Calvo
Saboto Magaldi
Arquitetura: Oswaldo Corr8a Gonçalves
Artes Gráficas: Jannar Maninho Ribeiro
BIENAL DO TEATRO
Organização do Serviço Nacional do Teatro
Orientação de Agostinho Olavo
16
35. BIENAL DO LIVRO
Organização da Câmara Brasileira do Livro
Orientação de Jannar Murtinho Ribeiro
FESTIVAL DE CINEMA
Organização da Fundação Cinemateca Brasileira
Orientação de Paulo Emílio Salles Gomes e de Rudá de Andrade
SERVIÇOS
Secretaria Geral Viná Lopes Coelho
Expediente . Irene Eunice Sabatini
Instalação e Montagem D.C.
Montagem do Brasil Danilo Di Prete
Assistente de Arquitetura, Tea-
tro e Artes Gráficas Estela Ferraz
Pessoal e Prédio José Pim<3ntel Júnior
Contabilidade Aurélio Villanova Corraz
Arquivos Ernestina Cintra
36. REGULAMENTO DA VIII BIENAL DE SÃO PAULO
Para o B R A SI D
CAPITULO I
Denominação e Finalidades
Art. 1 - A VIII Bienal de São Paulo, exposição interna-
cional de arte organizada e dirigida pela Fundação Bienal de
São Paulo, realizar-se-á de 4 de setembro a 28 de novembro
de 1965, destinando-se a reunir trabalhos representativos da
arte moderna.
Art. 2 - O programa da VIII Bienal compreenderá:
- Exposição de Artes Plásticas
- Exposição de Artes Plásticas do Teatro
- Exposição .Internacional de Arquitetura
- Concurso de Escolas de Arquitetura
- Exposição do Livro e das Artes Gráficas
Exposição de Jóias Artísticas Brasileiras
e quaisquer outras manifestações artísticas que a Bienal
resolva promover.
CAPtTULO 11
Exposição de Artes Plásticas
Art. 3 - A Exposição de Artes Plásticas (pintura, desenho,
gravura e escultura) compor-se-á de:
a) representação brasileira;
b) representação estrangeira;
c) salas especiais;
d) salas "hors concurs".
18
37. DA REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA
Art. 4 - Para participar da representação brasileira, deve-
rá o artista cumprir as seguintes formalidades:
I) Provar ser brasileiro ou residir no País há dois anos, no
mínimo, no momento da inscrição.
11) Apresentar à Secretaria da Bienal, até o dia 5 de abril
de 1965, ficha de inscrição, integralmente preenchida.
a) O número de obras não poderá exceder a cinco, na~
secções de pintura e escultura, e a oito, nas de dese-
nho e gravura.
b) No ato da inscrição, receberão os artistas papeletas
correspondentes aos trabalhos inscritos que, pre-
enchidas com as mesmas informações constantes da
ficha de inscrição, devem colar às costas dos tra-
balhos.
c) As declarações consiguadas nas papeletas não poderão
ser posteriormente modificadas.
d) As .inscrições poderão ser feitas pelo correio, em carta
registrada, valendo a data do carimbo.
111) Fazer chegar até o dia 30 de abril de 1965, à sede da
Bienal, os trabalhos inscritos, em perfeito estado de con-
servação, convenientemente preparados para exposição
(pintura com moldura, desenhos e gravuras com moldura
e vidro). Artistas residentes no Rio de Janeiro enviarão
suas obras, nas mesmas condições, ao Museu de Arte
Moderna. Artistas brasileiros residentes no Exterior de-
vem enviar seus trabalhos até 30 de março, devendo antes
pedir instruções à Secretaria.
38. IV) Encarregar-se das despesas de embalagem e do trans-
porte, na entrega e na devolução dos trabalhos. A cargo
da Bienal ficará a reembalagem para a devolução das
obras.
V) Retirar os trabalhos expostos até 30 dias após o encer-
ramento da mostra. (Se os artistas o desejarem, a Secre-
taria da Bienal providenciará a devolução, com frete a
pagar, dos trabalhos pertencentes aos expositores não resi-
dentes em São Paulo.) A Bienal não se responsabilizará
pelos trabalhos não procurados no prazo assinalado, nem
pelos que se extraviarem em trânsito.
Art. 5. - Os trabalhos inscritos serão submetidos ao jul-
gamento de Comissão de Seleção, composta de cinco membros,
eleitos pelos artistas inscritos que tiverem trabalho aceito em,
pelo menos, uma das bienais anteriores. Ao fazer sua inscrição,
o artista com direito a voto indicará cinco nomes, de críticos de
arte ou artistas, em impresso adequado fornecido pela Secretaria
da Bienal, colocando-o depois em urna fechada, que será aberta
no dia da apuração.
§ 1.0 - O artista eleito para a Comissão de Seleção, com
trabalhos inscritos, optará pela sua participação na Comissão
ou na Bienal. Se se resolver pela Comissão, seus trabalhos
aceitos serão considerados "hors concours".
§ 2.° - Nos casos de vaga, renúncia ou impedimento, será
'convocado para a Comissão, sucessivamente, o mais votado.
§ 3.° - Os artistas que tiverem obtido prêmios regula-
mentares em qualquer bienal estão isentos da apresentação de
seus trabalhos à Comissão de Seleção, devendo entregá-los à
Secretaria até 1.0 de junho de 1965.
20
39. DAS SALAS ESPECIAIS
E "HORS CONCOURS"
Art. 6 - As salas especiais e "hors concours" destinam-se
a documentar as atividades artísticas de importância histórica
ou atual, no País e no Exterior.
Parágrafo único - A Bienal pode sugerir, e o País par-
ticipante pode propor, nomes de artistas vivos que mereçam
ser destacados em salas especiais, ou, quando falecidos, _em
salas "hors concours".
DOS PRE~MIOS E DO JÚRI INTERNACIONAL
DE PREMIAÇÃO
Art. 7 - São os seguintes os prêmios instituídos para a
Exposição de Artes Plásticas:
I) "Prêmio Bienal de São Paulo", constituído por grande
medalha de ouro, ao artista nacional ou estrangeiro, ins-
crito em qualquer categoria, que obtiver pelo menos 9/10
dos votos do Júri Internacional.
11) Medalhas de ouro serão outorgadas:
- ao melhor pintor estrangeiro
- ao melhor pintor nacional
- ao m~lhor escultor estrangeiro
- ao melhor escultor nacional
- ao melhor gravador estrangeiro
- ao melhor gravador nacional
- ao melhor desenhista estrangeiro
ao melhor desenhista nacional
- à melhor pesquisa de arte
("Prêmio Prefeitura de São Paulo")
- à melhor obra de arte aplicada
40. ("Prêmio Prefeitura de São Paulo")
Art. 8 - Dotações governamentais e particulares consti-
tuirão fundo para aquisição de obras de arte, que devem ser
escolhidas pelo Júri Internacional de Premiação. A Diretoria
Executiva da Fundação indicará as importâncias destinadas às
aquisições de obras nacionais e de estrangeiras, que integrarão
o acervo de instituições culturais de fins não lucrativos, ou da
própria Fundação.
Art. 9 - A Diretoria Executiva determinará a forma da
composição do Júri Internacional de Premiação, devendo inte-
grá-lo críticos de arte estrangeiros e nacionais.
Art. 10 - O Júri Internacional de Premiação deverá reunir-
-se cinco dias antes da abertura do certame.
Art. 11 - A artistas premiados na VII Bienal não podem
ser atribuídas láureas· iguais; suas obras, porém, podem ser
indicadas para aquisição.
CAPíTULO III
Exposição de Artes Plá~icas do Teatro
Art. 12 - A Exposição de Artes Plásticas do Teatro com-
preenderá as seguintes secções:
a) de Arquitetura, que constará especialmente de dese-
nhos, fotografias ou maquetas de casas de espetáculos
construídas ou em construção, ressaltando-se os· teatroS·
e auditórios mais recentes (entre os quais os de tele-
visão) , os teatros universitários e as reformas de
teatros;
22
41. b) de Cenografia e Indumentária, que constará especial-
mente de "croquis" originais, gravuras, quadros (e,
eventualmente, maquetas) e trajes originais, sendo
admitidas somente as obras já realizadas;
c) de Técnica Teatral, que constará especialmente de
desenhos de máquinas teatrais, aparelhos, fotografias,
projetos de palcos, estudos de acústica e iluminação,
televisão, etc.
Art. 13 - A Exposição de Artes Plásticas do Teatro cons-
tituir-se-á de:
a) representação estrangeira, espontâneamente oferecida
pelos países participantes;
b) representação brasileira, constando de obras ou de
movimentos de arte brasileiros;
c) salas especiais, com exposições de interêsse didático,
solicitadas pela Bienal;
d) salas "hors concours" de artistas nacionais e estran-
geiros convidados pela Bienal.
DA REPRESENTAÇÃO BRASILEIRA
Art. 14 - A representação brasileira será organizada pelo
Serviço Nacional de Teatro. A participação dos artistas nacio-
nais, ou de estrangeiros residentes no Brasil no mínimo há dQis
anos, será solicitada; poderá, entretanto, o artista não convidado
inscrever-se, até o dia 5 de abril de 1965, entregando seus tra-
balhos até 30 de abril, para submetê-los à apreciação dos orga-
nizadores, da qual dependerá a sua exibição.
42. DOS ARTISTAS CONVIDADOS
Art. 15 - Os artistas convidados deverão:
a) enviar a primeira via da ficha de inscrição à Secretaria
da Bienal, até 20 de abril de 1965;
b) remeter os trabalhos, prontos para exibição,,, à sede da
Bienal, até o dia 1.0 de junho de 1965, fazendo acom-
panhar cada obra da outra via da ficha de inscrição.
pMMIOS E JÚRI DE PREMIAÇÃO
Art. 16 - Serão conferidos prêmios, constituídos por me-
dalhas de ouro, aos artistas nacionais e estrangeiros. O Serviço
Nacional do Teatro poderá iÍlstituir outros prêmios, divulgados
oportunamente.
Art. 17 - Prêmios e. distinções serão outorgados por um
Júri Internacional especial, composto de -representantes oficiais
das delegações estrangeiras e de .especialistas nacionais, con-
vidados pela Diretoria da Bienal.
CAPITULO IV
Exposição Internacional de Arquitetura
Art. 18 - A Exposição Internacional de Arquitetura apre-
sentará:
I) trabalhos de arquitetos, ou de equipe de arquitetos, rela-
tivos a obras já conculidas;
11) trabalhos de alunos, ou de equipe de alunos de escolas
de Arquitetura, oficiais ou oficialmente reconhecidas;
24
43. IH) exposlçao, em salas especiais e "hors concours", de tra-
balhos de arquiteto ou de arquitetos de reputação inter-
nacional, especialmente convidados.
Art. 19 - A seleção dos trabalhos de arquitetos será feita,
em cada país, pelos Institutos de Arquitetos ou organizações
similares, permitindo-se o máximo de três trabalhos por arqui-
teto ou equipe.
Art. 20 - A Fundação Bienal de São Paulo sugere que á
seleção dos trabalhos de alunos de Escolas de Arquitetura seja
feita por voto de estudantes e professôres, podendo cada escola
apresentar um s6 trabalho.
Art. 21 - Os arquitetos poderão enviar trabalhos visando
à solução dos seguintes problemas:
I) habitação individual
lI) habitação coletiva
111) edifício para fins comerciais
IV) edifício para fins industriais
V) edifício para fins de ensino
VI) edifício para fins de saúde (hospitais, casas maternais,
centros de puericultura, etc.)
VII) edifício para fins de recreação
VIII) edifício para fins religiosos
IX) planejamento para concentrações humanas determinadas
X) problemas vários (inscrever-se-ão nesta categoria os tra-
balhos que não se enquadrem nas anteriores).
Art. 22 - O tema para alunos de escolas de Arquitetura
é o seguinte:
Projetar "centro esportivo" pata a realização de esportes
usuais no país, permitindo a prática simultânea de quatro dêles,
44. no mínimo; a capacidade será de 10.000 espectadores, aproxima-
damente, para pelo menos um dos quatro esportes programados.
A solução adotada deve ser justificada e determinada para um
terreno existente, fisicamente localizado.
Art. 23 - As organizações encarregadas da seleção dos tra-
ballios de arquitetos e os responsáveis pela dos trabalhos de
alunos deverão enviar à Secretaria da Bienal, até 20 de abril
de 1965, a primeira via das fichas de inscrição, devidamente
preenchidas. A segunda via acompanhará os traballios, que de-
verão ser remetidos até 1.0 de junho de 1965 à Secretaria da
Fundação.
Art. 24 - Os traballios serão apresentados em um, dois
ou no máximo três painéis de 2,40 m de largura por 1,20 m de
altura. O traballio - constante de fotografias em branco e prêto,
ou coloridas, ou de fotocópias de desenhos - deverá ser remetido
já montado em chapas (papelão, metal, compensado leve ou
material equivalente) de 0,80 m de largura por 0,6Ô m de altura
cada uma, podendo assim atingir o máximo de dezoito chapas.
60 em
60 CID,
1-:-1:----11 • .
~-.8~O-e~m~~--~8nO~e~m~~--~8"0~em~~
60 em
60 em
Deverão constar das chapas os textos explicativos. No tra-
ballio da escola, a primeira chapa, à esquerda e acima, deverá
contei o nome da escola e do Estado a que pertence.
DOS PR1!:MIOS E DO JÚRI DE PREMIAÇÃO
Art. 25 - Serão atribuídos um diploma e até duas menções
honrosas aos melliores traballios de arquitetos, ou de equipe, em
26
45. cada categoria de problemas propostos. Os distinguidos com
diploma concorrerão aos prêmios "Presidente da República",
e "Bienal de São Paulo", constituídos, respectivamente, por
medalh<.l de ouro e medalha de prata.
Art. 26 - Os trabalhos de alunos, ou de equipe, concor-
rerão aos prêmios "Governador do Estado· de São Paulo" e "Pre-
feito do Município de São Paulo", constituídos, respectivamente,
por medalha de ouro e medalha de prata.
Art. 27 - Se fôr vencedora uma equipe, conferir-se-ão,
além do prêmio, diplomas a cada um dos seus componentes.
Art. 28 - Para atribuir os prêmios constituir-se-á um júri
composto por cinco arquitetos, dois indicados pelo Instituto de
Arquitetos do Brasil e três - um dos quais poderá ser estrangeiro
- pela Fundação Bienal de São Paulo.
Art. 29 - Os trabalhos expostos serão considerados doa-
dos ao Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de São
Paulo, que poderá utilizá-los em exposições e publicações.
CAPíTULO V
Exposição do Livro e das Artes Gráficas
Art. 30 - A Exposição do Livro e das Artes Gráficas reu-
nirá as obras representativas da produção industrial livreira,
nacional e estrangeira, atentando especialmente para os seguintes
aspectos: apresentação gráfica, capas, ilustrações, desenhos, pa-
ginação, encadernação, e outros elementos técnicos.
Art. 31 - A exposição compor-se-á de:
46. a) representação brasileira, com obras produzidas no pe-
riodo de 30 de julho de 1963 a 31 de dezembro de 1964;
b) representação estrangeira, com obras produzidas nos
anos de 1963 e 1964.
c) Em ambas as representações, serão admitidas obras
completas de um ou mais autores, se concluídas até
31 de dezembro de 1964, mesmo quando iniciadas
antes de 1963.
Art. 32 - Poderão ser inscritos livros de tadas as catego-
rias, sempre que não ofendam a moral pública, excluídas as pu-
blicações de caráter meramente administrativo.
Art. 33 - Para participar da representação brasileira, as
firmas expositoras deverão cumprir as seguintes formalidades:
a) fazer chegar suas inscrições à sede da Câmara Brasi-
leira do Livro, à avo Ipiranga, 1.267, 10.0 andar, São
Paulo, até o dia 15 de abril de 1965;
b) enviar as obras à sede da Bienal até o dia 2 de julho
de 1965, acompanhadas da segunda via do recibo de
inscrição, fornecido p<'lla Câmara Brasileira do Livro;
c) encarregar-se das despesas de transporte;
d) remeter o material destinado à exposição, em perfeito
estado e acompanhado de fichas, de 7 em de altura por
10,5 cm de largura, que relacionem as obras apre-
sentadas.
/
Art. 34 - As fichas, leglvehnente preenchidas, devem con-
ter as seguintes informações:
28
47. - nome da obra
- autoria
- data de publicação
- casa editôra
Art. 35 - Não se permitem inscrições condicionais.
Art. 36 - As obras inscritas serão objeto de seleção a ser
feita por comissão constituída de dois membros designados.-pela
Diretoria Executiva da Bienal e de três membros indicados pela
Câmara Brasileira do Livro.
Art. 37 - Serão concedidos prêmios honoríficos aos expo-
sitores nacionais e estrangeiros.
Art. 38 - Os prêmios serão outorgados por um Júri de
Premiação, composto de dois membros indicados pela Câmara
Brasileira do Livro e de três membros indicados pela Diretoria
.. Executiva da Bienal, que poderá também convidar representantes
estrangeiros..
Art. 39 - A Fundação Bienal de São Paulo sugere sejam
doados pelos expositores, à sua biblioteca, os livros nacionais
expoStos, cujo teor se relacione com as suas atividades artísticas.
CAPITULO VI
Exposição de Jóias Arttsticl18
Art. 40 - A Exposição de J6ias destina-se exclusivamente
à artistas brasileiros, e a estrangeiros residentes no País no mí-
nimo há dois anos.
Art. 41 - Devem os artistas inscrever-se até 5 de abril
de 1965, juntando à ficha de inscrição lista das peças a ser
48. apresentadas, de número não superior a vinte, suas caracterís-
ticas e preço.
Art. 42 - Os trabalhos serão entregues à Secretaria nos
dias 14, 15 e 16 de junho de 1965, para serem submetidos à
Comissão de Seleção, escolhida pela Diretoria da Fundação
Bienal de São Paulo.
Art. 43 - Premiar-se-á o melhor conjunto de peças apre-
sentado com medalha de ouro, conferida por Júri Internacional,
de livre escolha da Diretoria da Fundação Bienal de São Paulo.
CAPITULO VII
Da Secção de Vendas
Art. 44 - Tôda a aquisição de obras de arte expostas na
VIII Bienal será realizada através de sua Secção de Vendas.
Art. 45 - A Fundação Bienal de São Paulo cobrará a co-
missão de 15%, deduzindo-a do preço marcado em cada obra
de arte adquirida.. Listas de preço e Regulamento da Secção de
Vendas estarão ao dispor do públicó.
Art. 46 - B vedado ao expositor retirar da venda obra ins-
crita para ser vendida, ou alterar seu preço.
Art. 47 - Do pagamento das obras adquiridas serão dedu-
zidas as taxas legais vigentes.
CAPITULO VIII
Disposições ~erais
Art. 48 - As decisões das Comissões de Seleção e as dos
vários Júris de Premiação são irrevogáveis, sendo a êstes facul-
30
49. tado deixar de conferir prêmios, conceder ou deixar de conceder
distinções honoríficas.
Art. 49 - Embora tomando as cautelas necessárias, a
Bienal não se responsabiliza por eventuais danos sofridos relos
trabalhos enviados. Caberá ao artista segurar as obras contra
quaisquer riscos, se o desejar.
Art. 50 - A Fundação Bienal de São Paulo s6 aceitará
trabalhos datados do ano de 1961 para diante, que não hajam
sido apresentados em exposições públicas, organizadas no Brasil.
Art. 51 - Se houver divergências de grafia nos nomes dos
artistas, prevalecerá a constante da ficha de inscrição.
Art. 52 - 11: vedado retirar quaisquer trabalhos antes do
encerramento da exposição.
Art. 53 - A montagem dos trabalhos da secção nacional
fica a cargo exclusivo da Secretaria da Bienal, sendo proibida a
entrada no recinto da exposição de quaisquer pessoas estranhas
aos serviços de desembalagem, montagem e reembalagem. -
Art. 54 - A assinatura da ficha de inscrição implica na
aceitação das normas dêste Regulamento.
Art. 55 - Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria
Executiva da Bienal de São Paulo.
São Paulo. 21 de setembro de 1964
Francisco Matarazzo Sobrinho
Presidente
L
50. Sob o patrocínio do GOVERNO DO ESTADO DE
S. PAULO e sob os auspícios da PREFEITURA DO
MUNICIPIO DE SÃO PAULO, Secretaria da Edu-
cação e Cultura.
(Lei D.o 4818, de 21-11-55)
/
32
51. REGULAMENTO DA VIII BIENAL DE SÃO PAULO
PARA O EXTERIOR
CAPíTULO I
Denominação e Finalidades
Art. 1 - A VIII Bienal de São Paulo, exposição interna-
cional de arte organizada e dirigida pela Fundação Bienal de
São Paulo, realizar-se-á de 4 de setembro a 28 de novembro de
1965, destinando-se a reunir trabalhos representantivos da arte
moderna.
Art. 2 - O programa da VIII Bienal compreenderá:
- Exposição de Artes Plásticas
- Exposição de Artes Plásticas do Teatro
- Exposição Internacional de Arquitetura
- Conçurso de Escolas de Arquitetura
- Exposição do Livro e das Artes Gráficas
- Exposição de J6ias de Artistas Brasileiros
- e quaisquer outras manifestações artísticas que a Bienal
" resolva promover.
CAPITULO 11
Exposição de Artes Plásticas
Art. 3 - A Exposição de Artes Plásticas (pintura, desenho,
gravura e escultura) compor-se-á q~:
a) representação brasileira;
b) representação estrangeira;
52. c) salas especiais;
d) salas "hors concours".
DA REPRESENTAÇÃO ESTRANGEIRA
Art. 4 - A representação estrangeira será constituída pelas
exposições dos países convidados e por exposições que a Bienal
solicitar.
~ ParágrafoÍínico -:". Cada~aj~ é1esp()~sáv-elpor su~seleçíiÇl.
Art. 5 - O Govêrno de cada país participante nomeará um
Comissário, que será o único e exclusivo responsável perante
a Bienal e a quem compete:
a) Enviar à Secretaria da Bienal, até o dia 20 de abril de
1965, as fichas de inscrição dos -artistas;suás· notas
biográficas;' -unia seleção· de fotografias,!U.lotadas no
verso nome· dopaís,- autor:, título e data, dé~obras que
serão expostas,para:docúmentação:e'própagáDda; lista
de preÇos;:ê um· breve prefáció para: âpresentfl-Ias no
catálogoc.geral d,o: êerta~. ,- - --
b) Enviar instruções minuciosas, se nãoqclser -conJiãi-o
trabalho à Secretaria, sÔbre a realização técnica da
exposição.
c) Fornecer à Secretariada Biénal, até 15 dias antes do
encerramento da exposição, instruções relativas ao re-
émbarque: das obras.-Afalta de-inStruções; ate-o fe-
chamento da VIII Bienal, para- o- reémbarque 'dásobras
significa que elas retomarão ao país de origem, na
sua totalidade, pelomesmó --pÔrto -por:q~e: entraram
no Brasil. A devoluçãoparaoutrÓ _ destino-.ou por dife-
34
53. rente pÔrto, e o desmembramento da exposição, devem
ser previamente combinados com a Secretaria, não se
responsabilizando a Bienal por despesas extraordiná-
rias decorrentes de transporte e de providências ,aHan-
degárias.
Art. 6 - Os trabalhos devem 'estar convenientemente" con-
dicionados para serem expostOs'( pinturascom~ 'nioldura;"dese-
nhos e gravuras com moldUra; e' vidro). ,'QiIaíSqúer' despesas
decorrentes do condicionamento' dos tràbalhos; fêitas'fip6sa sua
chegada, serão atribuídas ao país' expositor." , "
DAS SALAS ESPECIAIS E "HORS CONCOURS"
Art. 7 - As salas especiais e "hors cOlicours" destinam-se
a documentar as atividades artísticas de importância' histórica
Ou atual, no país ou nO exterior.
Parágrafo único - A Bienal podé sugerir; e o' pa~parti~
clpante pode "'propor, nomes de altistasvivos que ~eieçajn :set
destacados em salas especiais, ou, quando falecidos; 'em ~ sâ1as
"hors concours".
DOS, PMMIOS E DO JÚRI INTERNACIONAL
DE PREMIAÇÃO
Art. 8 - São os seguintes os prêmios instituídos para a
Exposição de Artes Plásticas:
I. "Prêmio Prefeitura de São Paulo", constituído por
grande medalha de oUro, ao artista,nacional ouestrailgefro, ins-
crito em q!lalquer categoria, que obtiver, pelo menos 9110 dos
votos do Júri Internacional.
54. 11. Meda1has de ouro serão outorgadas:
- ao melho pintor estrangeiro
- ao melhor pintor nacional
- ao melhor escultor estrangeiro
- ao melhor escultor nacional
- ao melhor gravador estrangeiro
- áo melhor gravador nacional
- ao melhor desenhista estrangeiro
- ao melhor deSenhista nacional
- à melhor pesquisa de arte
("Prêmio Prefeitura de São Paulo")
à melhor obra de arte aplicada
("Prêmio Prefeitura de São Paulo")
Art. 9 - Dotações governamentais e particulares consti-
tuirão fundo para aquisição de obras de arte, que devem ser·
escolhidas pelo Júri Internacional de Premiação. A Diretoria
Executiva da Fundação indicará as importâncias destinadas às
aquisições de obras nacionais e de estrangeiras, que integrarão o
acervo de instituições culturais de fins não lucrativos; ou da pr6-
pria Fundação.
Art. 10 - A Diretoria Executiva determinará a forma da
composição do Júri Internacional de Premiação, devendo integrá-
-Ia críticos de arte presentes, credenciados pelos países partici-
pantes, e representantes brasileiros.
Art. 11 - O Júri Internacional de Premiação dev~á reu-
nir-se cinco dias antes da abertura do certame.
Art. 12 - A artistas premiados na VII Bienal não podem
ser atribuídas láureas iguais; suas obras concorrem, porém, aos
prêmios de aquisição. .
55. CAP1TULO III
Exposição de Artes Plásticas do Teatro
Art. 13 - A Exposição de Artes Plásticas do Teatro com-
preenderá as seguintes secções.
a) de Arquitetura, que constará especialmente de dese-
nhos, fotografias ou maquetas de casas de espetáculos
construídas ou em construção, ressaltando-se os teatros
e auditórios mais recentes (entre os quais os de tele-
visão), os teatros universitários e as reformas de teatros;
b) de Cenografia e Indumentária, que constará especial-
mente de "croquis" originais, gravuras, quadros (e, -'
eventualmente, maqueta e trajes originais), sendo ad-
mitidas somente as obras já realizadas;
c) de Técnica Teatral, que constará especialmente de de-
senhos de máquinas teatrais, aparelhos, fotografias, pro-
jetos de palcos, estudos de acústica e iluminação, tele-
visão, etc.
, Art. 14 - A Exposição de Artes Plásticas do Teatro cons-
tituir-se-á de:
a) representação estrangeira, espontâneamente oferecida
pelos países participantes;
b) representação brasileira, constando de obras ou de
movimentos de arte brasileiros;
c) salas especiais, com exposições de intcrêsse didático,
solicitadas pela Bienal;
d) salas "hors concours" de artistas nacionais e estran-
geiros convidados pela Bienal.
56. Art. 15 - Poderá o Govêrno do país participante nomear
comissário especial para a Exposição de Artes Plásticas do Teatro,
ou incumbir dêsse trabalho o comissário designado para a secção
de Artes Plásticas.
Art. 16 - Devem chegar à Secretaria da Bienal, até o dia
20 de abril de 1965, as fichas de inscrição da delegação, os nomes
dos artistas participantes e suas notas biográficas, uma seleção
de fotografias das obras que serão expostas (para documentação
e propaganda), e um breve prefácio para apresentá-las no catá-
logo geral do certame.
ARTISTAS CONVIDADOS
Art. 17 - Os artistas convidados deverão:
a) enviar a primiera via da ficha de inscrição à Secre-
taria da Bienal, até 20 de abril de 1965;
. b) remeter· os trabalhos, prontos para ser apresentados,
à sede da Bienal, até o dia 1.0 de junho de ·1965;
fazendo acompanhar cada obra da .outra via da ficha
de inscrição.
PMMIOS E JÚRI DE PREMIAÇÃO
Art. 18 - Serão conferidos prêmios, constituídos por me-
dalhas de ouro, aos artistas nacionais e estrangeiros. O Serviço
Nacional do Teatro poderá instituir outros prêmios, que serão
divulgados oportunamente.
Art. 19 - Prêmios e distinções serão outorgados por um
Júri Internacional especial, composto de representantes oficiais
das delegações estrangeiras e de especialistas nacionais, convi-
dados pela Diretoria da Bienal.
38
57. CAPíTULO IV
Exposição InterlUlcional de Arquitetura
Art. 20. - A Exposição Internacional de Arquitetura apre-
sentará:
I -'- trabálhós de arquitetos ou de equipe de arquitetos, com
o máximo de três, relativos a obras já concluídas;
11 - trabalhos de alunos ou de equipe de alunos de Escolas de
Arquitetura, oficiais ou oficialmente reconhecidas;
111 - exposição, em salas especiais e "hors concours", de tra-
balhos de arquiteto ou de arquitetos de reputação inter-
nacional, especialmente convidados.
Art. 21 - A seleção dos trabalhos de arquitetos será feita,
em cada país, pelos Institutos de Arquitetos ou organizações
similares, I?ermitindo-se o máximo de três trabalhos por arquiteto
ou equipe.
Art. 22 .".. A Fundação Bienal de São Paulo sugere que. a
seleção dos. trabalhos de alunos de Escolas de Arquitetura seja
feita, em cada escola, por voto de estudantes e. professôres,
podendo cada escola apresentar um só trabalho.
Art. 23 - Os arquitetos poderão enviar trabalhos visando
à solução dos seguintes problemas:
I - habitação individual
11 - habitação coletiva
IH - edifício para fins comerciais
IV - edifício para fin{ industriais
V - edifício para fins de ensino
VI - edifício para fins de saúde (hospitais, casas maternais,
centros de puericultura, etc.)
58. VII - edifício para fins de recreação
VIII - edifício para fins religiosos
IX - planejamento para concentrações humanas determinadas
X - problemas vários (inscrever-se-ão nesta categoria os tra-
balhos que não se enquadrem nas anteriores).
Art. 24 - O tema para alunos de Escolas de Arquitetura
é o seguinte:
Projetar "centro esportivo" para a realização de esportes
usuais no país de onde provém o trabalho, permitindo a
prática simultânea de pelo menos quatro dêles; a capaci-
dade será de 10.000 espectadores, aproximadamente, para
pelo menos um dos quatro esportes programados. A solução
adotada deve ser justificada e determinada para um ter-
reno existente, fisicamente localizado.
Art. 25 - As organizações encarregadas da seleção dos tra-
balhos de arquitetos e os responsáveis pelos trabalhos de alunos
deverão enviar à Secretaria da Bienal, até 20 de abril de 1965,
a primeira via das fichas de inscrição, devidamente preenchidas.
A segunda via acompanhará os trabalhos, que deverão ser reme-
tidos até 1.° de junho de 1965, devendo constar dos volumes os
dizeres: Exposição Internacional de Arquitetura - Fundação
Bienal de São Paulo - SÃO PAULO - BRASIL.
Art. 26 - Os trabalhos serão apresentados em um, dois ou
no máximo três painéis de 2,40 m de largura por 1,20 m de
altura. O trabalho - constante de fotografias em branco e prêto,
ou coloridas ou de fotocópias de desenhos - deverá ser remetido
já montado em chapas (papelão, metal, compensado leve ou
material equivalente) de 0,80 m de largura por 0,60 mde altura
cada uma, podendo assim atingir o máximo de dezoito (18 )
chapas, seis em cada painel.
40
59. 60 m 60 m
60 m 60 m
80 em 80 em 80 em
Deverão constar das chapas textos explicativos, em portu-
guês, ou espanhol, ou francês, ou inglês". Cada escola apre-
sentará um s6 trabalho, podendo dispor de três painéis; a pri-
meira chapa (60 x 80), à esquerda e em cima, deverá conter
o nome da escola e do país a que pertence.
DOS P~MIOS E DO JÚRI DE PREMIAÇÃO
Art. 27 - Serão atribuídos um diploma e até duas men"
ções honrosas aos melhores trabalhos de arquitetos, ou de equipe,
em cada categoria de problemas propostos. Os distinguidos com
diploma concorrerão aos prêmios "Presidente da República" e
"Bienal de São Paulo", constituídos, respectivamente, por me-
dalha de ouro e medalha de prata.
Art. 28 - Os trabalhos de alunos, ou de equipe, concor-
rerão aos prêmios "Governador do Estado de .São Paulo" e
"Prefeito do Município de São Paulo", constituídos, respecti-
vamente, por medalhas de ouro e medalha de prata.
Art. 29 - Se fôr vencedora uma equipe, conferir-se-ão,
além do prêmio, diplomas a cada um dos seus componentes.
Art. 30 - Para atribuir os prêmios, constituir-se-á um júri
composto por cinco arquitetos, dois indicados pelo Instituto de
Arquitetos do Brasil e três - um dos quais poderá ser estran-
geiro - pela Fundação Bienal de São Paulo.
Art. 31 - Os trabalhos expostos serão considerados doados
ao Instituto dos Arquitetos, Departamento de São Paulo, que
poderá utilizá-los em exposições e publicações.
60. CAPITULO V
Exposição do Livro e das Artes Gráficas
Art. 32 - A Exposição do Livro e das Artes Gráficas reu-
nirá as obras representativas de produção industrial livreira, na-
cional e estrangeira, atentando especialmente aos seguintes aspec-
tos: apresentação gráfica, càpas, ilustraçÕes,· desenhos, pagina"
ção, encadernação, e outros elementos técnicos.
Art. 33 - A exposição compor-se-á de:
a) representação brasileira, com obras produzidas no pe-
ríodo de 30 de julho de 1963 a 31 de dezembro de 1964;
b) representação estrangeira, com obras produzidas nos
anos de 1963 e 1964; se concluídas até 31 de dezem-
bro de 1964; serão admitidas obras completas ou em
coleção de um ou mais autores, mesmo quando inicia-
das antes de 1963.
Art. 34 ..:.. São normas gerais para a representaçãoestran"
geira:
a) as obras que a integram serão selecionadas por enti-
dades oficiais dos países participantes;
b) as exposições enviadas oficialmente pelos países par-
ticipantes poderão totalizar de 1 até 150 títulos; ex~
cluídas publicações de caráter meramente administra-
tivo, e as ofensivas à moral pública.
c) as inscrições de representações estrangeiras deverão
chegar à Secretaria da Bienal até 20 de abril de 1965;
42
61. Art. 35 - Serão concedidos prêmios honoríficos aos expo-
sitores nacionais e estrangeiros.
Art. 36 - Os prêmios serão outorgados por um Júri de
Premiação composto de dois membros indicados pela Câmara
Brasileira do Livro e de três membros indicados pela Diretoria
Executiva da Bienal, que poderá também convidar represen-
tantes estrangeiros para o integrarem.
Art. 37 - A Fundação Biénal de São _ Paulo aceitaria fôs-
sem doadas à sua Biblioteca as obras expostas, cujo teor se
relacione com suas atividades artísticas. Se isso convier aos
expositores, serão elas devolvidas pela Fundação, ou - ~e tive-
rem sido entregues à Câmara Brasileira do Livro - deverão ser
retiradas até 30 dias depois do encerramento do certame.
CAPíTULO VI
- Normas Gerais para T6das as Exposições
Art.38 - Os trabalhos deverão chegar aos portos de San-
tos ouà Estação Aérea de São Paulo até o dia 1.0 de junho, a
fim de haver tempo suficiente para as operações alfandegárias;
poderão ser enviados ao pôrto do Rio de Janeiro, se isso fôr
imprescindível à participação do país convidado; devem ser
remetidos todos de uma só vez, (inclusive catálogos especiais
preparados pelos países), constituindo um único processo, des-
tinados à "VIII Bienal de São Paulo", Fundação Bienal de São
Paulo, Parque Ibirapuera, São Paulo, Brasil.
Art. 39 - São de responsabilidade da Bienal as despesas
de _transporte no Brasil; da- desembalagem e reembalagem das
obras.
•
62. Art. 40 - Se as exposlçoes eXIgrrem instalações eSpeCIaIS,
que deverão ser previamente combinadas com a Secretaria, as
despesas suplementares correrão por conta do país expositor.
Art. 41 - Não respeitadas as datas de chegada das infor-
mações e dos trabalhos, a Bienal se exime da culpa de omissões
no catálogo geral e na montagem.
Art. 42 - Embora tomando as cautelas necess~ias, a
Bienal não se responsabiliza por eventuais danos sofridos pelos
trabalhos enviados. Caberá ao artista ou às delegações segurar
as obras ocntra quaisquer riscos, se o desejarem.
CAPíTULO VII
Da Secção de Vendas
Art. 43 - Tôda a aquisição de obras de arte expostas na
VIII Bienal seráá realizada através de sua Secção de Vendas.
Art. 44 - A Fundação Bienal de São Paulo cobrará a
comissão de 15%, deduzindo-a do preço marcado em cada obra
de arte adquirida. Listas de preço e Regulamento da Secção de
Vendas estarão ao dispor do público.
Art. 45 - O preço de obras de arte estrangeiras deve ser
declarado em dólares.
Art. 46 - J;: vedado ao expositor retirar da venda obra
inscrita para ser vendida, ou alterar seu preço.
Art. 47 - Do pagamento das obras adquiridas serão de-
duzidas as taxas legais vigentes.
44
63. CAPITULO VIII
Disposições Gerais
Art. 48 - As decisões dos vários Júris de Premiação são
irrevogáveis, sendo-lhes facultado deixar de conferir prêmios,
conceder ou deixar de conceder distinções honorificas.
Art. 49 - Se houver divergências de grafia nos nomes dos
artistas, prevalecerá a constante da ficha de inscrição.
Art. 50 - ~ vedado retirar quaisquer trabalhos antes do
encerramento do certame.
Art. 51 - A Fundação Bienal de São Paulo, s6 aceitará
trabalhos datados do ano de 1961 para diante, que não hajam
sido apresentados em exposições públicas, organizadas no Brasil.
Art. 52 - A assinatura da ficha de inscrição implica na
aceitação de tôdas as disposições dêste Regulamento.
Art. 53 -- Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria
Executiva da Bienal de São Paulo.
São Paulo, 21 de setembro de 1964
Ff'ancisco Mataf'azzo Sobrino
Presidente
Sob o patrocínio do Govêrno do Estado de São Paulo
e sob os auspícios da PREFEITURA DO MUNICI-
PIO DE SÃO PAULO, Secretaria da Educação e Cul-
tura (Lei 4818, de 21 de novembro de 1955).
64. De saudação aos participantes das bienais, têm sido sempre
as palavras inscritas, bienalmente, neste pórtico. E é com a
maior alegria que sempre as inscrevemos, pois verificamos au-
mentar, internacionalmente, a cada bienal, a compreensão solidá-
ria dos que se dedicam às artes; verificamos ser êssetestemunho
concreto e construtivo. A grande aventura que constituiu neste
século a renovação das artes visuais, através· das modificações
iniciadas há quase cem anos pelo Impressionismo, encontra, nas
paginas· vivas desta Bienal, por via. daquela· cooperação artística
e intelectual do mundo todo, um desdobramento: hist6rico~ tima
saudável reafimlação de incentivo e de responsabilidade.
A VIII Bienal de São Paulo reune-se como-se indiferente
fôsse aos problemas da coletividade em que emerge, mas o faz
consciente das dificuldades do momento, no cumprimento do
dever inlpostO como alta diretiva, pois· êste setor compreende
também área importante de esclarecimento ede· alargamento
de horizontes. E se no País crescemos tanto, para fora do País;
em trechos, vizinhos, da América Latina, o exemplo frutificou.
As bienais de arte - em Córdoba, primeiro, e êste-.ariO em.Punta
deI Este,perseguindo emboraobjetivo~ mais restritos -'dão o
"tonus" da evolução vivida, e, servindo de etapas, animam-nos
a . prosséguir. .:€ ·na América Latina .que ,estamos pensandQ. ·.neste
trecho do hemisfério onde há de caracterizm'"se: .ó· progresso e ã:
civilização, em moldes próprios, não obstante a secular lição
recebida do Ocidente.
Estendemos as mãos aos artistas aqui chegados, para parti-
cipar desta assembléia dedicada a motivos de harmonia, de fé
e de esperança entre os povos, que a Bienal de São Paulo encama
em suas salas.
Francisco Matarazzo Sobrinho
46
65. HOMENAGEM
A Fundação Bienal de São Paulo
presta homenagem
ao que foi seu grande amigo,
o ENGENHEIRO
FRAN CISCO PRES'TES MAIA
L.
66.
67. ADVERT~NCIA
Na relação das obras usou-se, quando possível, a ordem
cronológica.
O ano da execução do trabalho segue-se ao título. As
dimensões são dadas em centímetros e seguem-se à data de
execução ou à técnica usada.
A ausência de esclarecímentos indica que as pinturas são
a óleo sôbre tela. Os desenhos, a lápis sôbre papel.
A não indicação do proprietário aponta a obra de proprie-
dade do artista.
A data depois do nome do artista refere-se ao ano do seu
nascimento; se houver uma segunda, indicará a de sua morte.
68. GRANDE SALA "HORS CONCOURS":
"SURREALISMO E ARTE FANTASTICA"
Participarão desta mostra especial mais de sessenta artistas
de todo o mUndo, apresentando cêrca de duzentas obras.
Catálogo em separado.
69. ÁFRICA DO SUL
Exposição organizada pela SOUTHAFRICAN
ASSOCIATION OF ARTS, Cidade do Cabo.
L
70. ÃFRICA DO SUL
A representação sul-africana foi organizada pela South
African Association of Arts, sob os auspícios do Govêrno, con-
quanto a seleção das obras de arte tenha sido feita por uma
comissão designada pelo Ministro da Educação, Arte e Ciência.
No interêsse dos artistas participantes, assim como no de
todos os relacionados com a organização de nossa representação,
tenho grande prazer em expressar nossa profunda gratidão às
autoridades encarregadas da Fundação Bienal de São Paulo, por
terem quase duplicado o espaço previamente destinado à Mrica
do Sul.
Isso nos permite, antes de tudo, realçar o trabalho de três
artistas de alta categoria: Walter BATIlss, cujo gênio galho-
feiro cria obras não apenas grandemente decorativas pelo uso de
símbolos e sinais quase caligráficos, mas também muito afri-
canas pelo espírito; Maurice VAN ESSCHE, que transportou o
expressionismo europeu para as dlres e os padrões das cenas
africanas; e Lippy LIPSHITZ, cujo expressionismo igualmente
europeu, esculpindo as mais belas madeiras e pedras africanas,
gradualmente desenvolveu-se em ascendente e superior abstração
de formas humanas, ou outras em crescimento.
Ao mesmo tempo, o espaço aumentado da exposição nos
permite mostrar o trabalho de 10 artistas mais jovens, represen-
tantes das tendências contemporâneas da arte na Mrica do Sul.
Stanley P1NxER desenvolve uma espécie de neo-fovismo em
direção ao nÔvo-realismo. Nel ERASMUS, profundamente in-
fluenciado pelo espírito da música, usa cÔres africanas tipicas
em suas abstrações vigorosas. Eben VAN DER MERWE e Lionel
ABRAMS são expressionistas abstratos, mas com impacto cres-
cente do cenário africano: Giuseppe CATANEO é um mestre
da textura de superfície, muitas vêzes em relêvo, e suas cÔres
brilhantes lembram o velho couro florentino. George BoYS e
Gunther VAN DER REIS sã~-os mais não figurativos dêste grupo;
o último muita vez utiliza o acrílico em sua pintura, influen-
ciado pelo macro e micro espaço.
52
71. ÁFRICA DO SUL
Dos jovens escultores, selecionamos, desta vez, Rhona
STERN, para quem Giacometti não passou desapercebido; Bill
DAVIS que mistura certa tendência clássica, com as influências
modernas italianas; e Richard W AKE, que é, mais do que os
outros, consciente da beleza puramente formal.
Que nossa participação possa mostrar que a arte sul-afri-
cana, em sua variedade de inclinações, depende grandemente
de interações férteis, entre tendências indígenas, assuntos e
materiais, e os problemas que preocupam o mundo artístico,
como um todo.
Matthis Bokhorst
PINTURA
ABRAMS, Lionel (1931)
1. Que Nuvem Caiu? 76,2 x 60,9.
2. A Nuvem. 69,6 x 76,2.
8. Natureza Morta Exterior. 69,6 " 91,4.
4. Clareira. 76,2 " 60,8.
BATTISS, Walter (1906)
5. Sêca de Limpopo. Areia sôbre plástico, 48,2 x 68,5.
6. Duas Formas Contemplando-se. "Assemblalte", 54,6 x 62,2.
7. Pássaro Umpudulu. 60,9 x 74,9.
8. Caligrafia Limpopo. 36.5 x 40,6.
9. Formas em Vôo. 40,6 x 50,8.
10. Palimpsesto n." 1. Acrllico pintado Bôbre tela, 91 x 120,6.
11. Palimpsesto n.o 2. 91 x 120,6.
12. Palimpsesto n." 3. 91 x 120,6.
13. Caligrafia Limpopo. 69,6 x 74,9.
14. Deuses Africanos. 69,6 x 74,9.
16. Rulnas Lotsani, Limpopo. 60,9 " 76,2.
BOYS, George (1930)
6leo .6bre pa,pelão
~ ..
72. AFRICA DO SUL
16. Sob o Céu Noturno. 97,7 x 9I.
17. Sementes. 73,6 x 113.
CATTANEO, Giuseppe (1926)
Técnica mista
18 Sacrificio. óleo sôbre papel, 69,8 x 68. Col. Sr. e Sra. E. Tonderlnl.
19. Mundos Contrastantes 78 x 68,4. Col. Sra. Cattaneo.
20. Elo Vermelbo. Papel sôbre papelão, 60,9 x 89. Col. Sr. V. Me-
neghelli;
21. Mormaço. Papel sôbre papelão, 60,9 x 76,2. Colo Sr. V. Meneghelli.
22. Angústia. Papel sôbre papelão, 71,7 x 63,3. Col. Sr. e Sra. E.
Tonderini.
ERASMUS, Nel (1928)
óleo sóbre prvpelão
23. Lâ1llpadas. 63,5 x 49. Col. Dr. e Sra. A. Rupert.
24. Violino. 65,8 x 43,1.
25. Violoncelista. 83,8 x 99. Col. National Gallery of South Africa.
PINKER, Stanley (1924)
26. Nu em um Cobertor Mapoga. 91,4 x 152,4. Col. National Gallery of
South Africa.
27. À Música. 92 x 152,4.
28. Noite. 162,1 x 41,4.
VAN DER MERWE, Eben (1932)
29. Reflexões. 69,6 x 74,9.
30. Paisagem n.0I. 44,4 x 74,9.
31. Paisagem n.' 2. 59,6 x 74,9.
32. Composição Abstrata n.' 1. 74,9 x 69,6.
33. Composição Abstrata n. o 2. 60,9 x 69,6.
VAN DER REIS, Gunther (1927)
Acrílico .óbre papelão
73. AFRICA DO SUL
34. Região lnconquistável. 121,9 x 121,9.
3ó. Enchente Terminada. 62 x 62,2.
36. Extremidade das Terras. 121 x 43,1.
VAN ESSCHE, Maurice (1906)
37. Mulher de Côr. 59,6 x 74,9.
38. "Watusi". 68,4 x 48,2. Col. Sr. E. Solomon.
39. Natureza Morta com Peixe. óleo sôhre papelão, 63,5 x 76,2. Col.
National Gallery of South Africa.
40. Casal na Praia. óleo sôhre papelão, 88,9 x 68,6. Col. Dr... Sra. A.
Rupert.
41. "Karoo". óleo .ôhre papelão, 76,2 x 104,1.
42. Nu. óleo sôhre papelão, 91,4 x 69,6.
43. Natureza Morta com Peras. 53,3 x 63,5. Col. Dr. e Sra. A. Rupert.
44. A Nuvem. óleo sôhre papelão, 48,2 x 38,1.
45. Tarde de "Karoo". óleo sôhre papelão, 36,5 x 54,6. Col. Sra. S.
Marks.
46. África. óleo sôhre papelão, 88,9 x 68,4.
DESENHO
VAN ESSCHE, Maurice (1906)
1. Duas Figuras em Pé. Lápis e tinta, 39,S x 30,6.
2. Figura Deitada. Lápis e tinta, 28 x 28.
3. Figura Deitada. Carvão e tinta, 38,5 x 53,7.
4. Nu Deitado. Lápis e tinta, 30,4 x 38,5.
5. Eshôço de uma Figura Nua. Lápis e tinta, 38,5 x 30,4.
GRAVURA
LIPSHITZ, Lippy (1903)
1. Famflia. Litografía, 44,4 x 34,2.
2. Três Nus. Água-forte, 31,7 x 17,7.
3. Caheça de Nativo. Monotipia, 36,8 x 26,6.
4. Palhaço (Desenho). 50 x 33,2.
6. Lenhador. Litoa-rafia, 44,4 x 33.
74. ÁFRICA DO SUL
ESCULTURA
DAVIS, Bill (1933)
1. África Desacordada. "Kirksite", 38,1.
2. .o Grande Dançarino. Bronze, 107,9.
LIPSHITZ, Lippy (1903)
3. Mãe e Filho. Madeira amarela, 190,5.
4. Nu Eterno. Teca, 287.
5. Árvore da Vida. Teca, 124,4. Col. National Gallery of South Africa.
6. Tronco. Goma azul, 50,8.
7. A Cabeça do Poeta. Madeira petrificada, 21,5. Co!. King George
VI Art Gallery, Port Elizabeth.
8. Cabeça em Osso de Fóssil. Osso de Fóssil, 17,7. Col. Dr. E. Rackoff.
9. Ressurreição. Madeira de caixa, 129,5.
10. Pescadora. Madeira de aluvião, 76. Col. Dr. e Sra. A. Rupert.
11. Anunciação. Mármore, 38,3. Col. Lady Daphine Moore.
12. Forma "Upcurling". Pinho e metal, 95,2. Col. Srta. M • .orpen.
13. Chama Ideal. Teca, 90,1. Col. Sr. F. Haengl.
14. Famllia. Cimento fundido, 66.
15. "Lock". Mármore verde alpis, 10,1.
16. Profetiza. Marfim, 35,6.
17. "Gazer". Ardósia e pedra calcárea. 20,8.
STERN, Rhona (1915)
Brtmz8
18. Torso do Mar. 53,3.
19. Madona das Rocha., 87,6.
W AKE, Richard (1935)
Br071ZfI
20. .objeto. 10,1.
21. Forma em Vôo. 88,1.
22. Grupo Coral. 27,9.
56
75. ALEMANHA
Exposição organizada pelo KUNSTSAMMLUNG
NORDRHEIN-WESTFALEN, DiíBseldorf
Comissário: WERNER SCHMALENBACH
76. ALEMANHA
Nas grandes bienais - em Veneza e São Paulo -, um pano-
rama da arte dos diferentes países nunca ressalta simultânea-
mente, mas sim no decorrer sucessivo de uma bienal para outra;
somente a visão de conjunto de uma série completa de bienais
proporciona - além do conhecimento dos diferentes artistas -
um retrato da situação artística de um país. Isso permite relem-
brar quais os artistas representados na secção alemã das duas
passadas bienais de São Paulo. Foram êles:em 1961, o pintor
Julius Bissier (nascido em 1893), e em 1963, os pintores Emil
Schumacher (nascido em 1912) e K R. H. Sonderborg (nascido
em 1923).
Os dois pintores dêste ano nada têm em comum sob o ponto
de vista artístico. O mais môço dêles, Hann TRIER, é interna-
cionalmente o mais conhecido. Pertence àqueles que desde há
mais de 10 anos representam a arte contemporânea nas mani-
festações de dentro e de fora da República Federal da Alemanha.
Bruno GOLLER, o mais idoso, foi durante tôda a sua vida um
fenômeno à margem da arte, e, s6 hoje, surpreendentemente,
capta a geral atenção com seus quadros estranhos. O que os
dois pintores têm em comum é tão só o fato, relativamente pouco
importante, de serem ambos catedráticos de academias de belas
artes: Trier em Berlim e Goller - até a sua renúncia há alguns
meses atrás, por causa da idade - em Dusseldorf. Por paradoxal
que seja, Trier com a sua pintura anti-acadêmica, no sentido
tradicional, se enquadra bem, contudo, nas academias atuais
da Alemanha, onde já há muito se designam artistas "modernos"
para docentes; enquanto Goller constitui um caso especial: na
sua arte existe um evidente e forte elemento acadêmico, per-
turbado até ao âmago, entretanto, pela ação de fôrças contrárias.
Hann TRIER - para tratar primeiro do mais moço - nasceu
em 1915, nas proximidades de Dusseldorf. Tendo vivido de
1919 até 1934 em Colônia, cursou de 1934 até 1938 a Academia
de Belas Artes de Dusseldorf, e tornou a residir, ap6s a guerra,
na região de Bonn-Colônia; êle se filia à arte rhenana, embora
58
77. ALEMANHA
há quase 10 anos viva e ensine em Berlim. Começou após a
guerra com um "expressionismo abstracto" de cunho próprio,
que pouco a pouco abandonou, devido ao seu poder específico
de pintor e a seu notório sentido da qualidade pura da pintura.
Já nas primeiras obras acentuava o processo da pintura, a ação
de pintar, o "fazer" do quadro com a mão e o pincel: o nascer
do quadro era ao mesmo tempo o seu conteúdo que êle contava.
O impetuoso, o violento, o intensamente expressivo dêsses anos
passados - não exibido nesta exposição - perdeu-se pouco a
pouco. A linha, que era a portadora do gesto expressivo, libe-
rou-se de tôdas as dificuldades de expressão e entrelaçou-se
em forma de rêde, com texturas autônomas. Quando se disse,
por vêzes, que Trier fazia seus quadros como quem faz "tra-
balho de malha", o artista aceitou o reparo com elegância e a
êle respondeu dando a algumas de suas obras o nome de "fazer
malhas". Gostava de escolher verbos no infinitivo para títulos
dos quadros: indicava, assim que o tema do quadro, propria-
mente, era o trabalhar mesmo do pintor, a ação de pintar. Sempre
com mais liberdade - e por isso na aparência, mas só na apa-
rência,com menos expressão - Trier deixou-se levar pela fôrça
motriz do escrever, da "écriture automatique", como tinha sido
expresso o tópico surrealista; mas isso acontecia sob o contrôle
mais alerta e com a mais alta inteligência pictórica. Era um
método de exercício dos dedos aplicado à pintura que, por seu
livre e espirituoso brincar, reduzia o plano da pintura a finíssima
vibração. Desde 1955, mais ou menos, Trier pintava muitos
de seus quadros simultâneamente com as duas mãos, com dois
pincéis, e conseguia, dessa maneira, um particular e dialético
ritmo "staccato". Não é por acaso que veio à mente do pintor
êste título para quadro: "Prestidigitation", que traduz o sen-
tido de. rapidez de manuseio, destreza, escamoteação, magia:
isso era -a sua sumamente pessoal forma de "action painting" ..
Nisto era completo "pintor", na interpretação fr.~ncesa do têrmo.
L
A sua originária expressiva "anti-peinture" transformou-se em
78. ALEMANHA
pronunciada "peinture", se bem que nunca no sentido do sim-
ples cultivo dos meios de pintura, mas na plena acentuação do
processo de pintura. Unia cada vez mais o gráfico e o pictórico,
procedia à integração do dizer gráfico na pintura. A teia gráfica
identificava-se com a pintura, com a côr, quando outrora ex-
pandira-se sôbre fundo mais ou menos neutro; êsse dualismo
foi sobrepujado, a própria pintura pôs-se à testa, mas o ritmo
do quadro, característico de Trier, em nada perdeu da sua
vivacidade e de seu "esprit". Trler harmonizava e cultivava
a sua pintura, êle a afinava e refinava - já na escolha das côres
- até ao "decadente" ... porém que importa issol Seus grandes
mestres foram e são até hoje pintores como Tintoretto e, sobre-
tudo, Bonnard, que venera muitíssimo: dois grandes "tardios"
pintores de sua época, como também Trier sempre sente o "tar-
dio" de sua própria arte. O "artificial" se assim se entender, de
suas côres e gestos, aliás, não impede que seja também captada
a natureza; até nos títulos dos quadros, por exemplo, as estações
primavera, verão, outono têm importância, tal como a água, o
ar. O mundo pictorial de Trier, porém, é primeiramente artÍs-
tico e, para provar o seu conteúdo de realidade, não necessita
referir-se à natureza. Em todo caso, arte, como Trier produz,
é uma "natura naturans".
Bruno GoLLER nasceu em 1901 e depois de 1920 passou
tôda a sua vida em Dusseldorf . No terceiro decênio, pertencia
ao grupo de artistas da "avant-garde", muito ativo na Renânia,
ao qual também pertenciam pintores como Max Emst e Otto
Dix. Dadá, "arte metafísica", o surrealismo, a "Neue Sachli-
chkeit" tocaram-no e o influenciaram de maneira mais Ou menos
eficaz. Mas Goller desenvolveu seu inteiramente próprio, quase
teimoso, estilo, que compreendia elementos da "avant-garde"
daquela época, transformados, entretanto, assimilados e absor-
vidos de modo absolutamente pessoal. Quando, depois de 1945,
a arte abstrata quase se tomou o estilo oficial, ou pelo menos
se verificou em seu favor uma tendência de geral aceitação,
60
79. .ALEMANHA
Goller conservou sempre, sem preocupar~se com a aprovação
pública, a sua arte figurativa e a sua sumamente abstrusa icono-
grafia de figuras de meninas e gatos, moinhos de café, espelhos,
sombrinhas, orelhas e números mágicos, e; sobretudo, chapéusl
Chapéus de damas e cavalheiros, como os tinha visto na loja
de seus pais e que agora - reminiscência dos anos de criança -,
transladava para o seu mundo pictórico de adulto. Não eram,
pois, êsses chapéus quaisquer objetos incorporados aos quadros,
motivos dadaístas estimulantes, mas motivos de seu ambiente
particular. Se no movimento da "avant-garde" era essencial
tomar o familiar avêsso, o quotidiano mágico, para Goller todos
êsses objectos quotidianos e banais permaneciam o que eram:
objetos familiares, que não deixam esquecer um mundo abrigado
e susceptível de abrigar,_ quando êle os retirava de sua atmosfera
protetora e de seu "milieu" e os colocava isolados no quadro.
Viviam de sua, por assim dizer "abstrata", não relacionada objec-
tividade, e também da inclinação amistosa que o artista sentia
por êles. Certamente, não são objetos convencionais. Não são
representados naturallsticamente, porém nascem no quadro, pelo
quadro. Um moinho de café aí é menos um dos petrechos de
cozinha para moer café do que um requisito do quadro. E isso
vale igualmente para todos os outros objectos e figuras de sua
arte. Sua substância de vida é idêntica à do quadro. Têm por
isso a tendência de tomar um caráter de vinheta e são enquadra-
dos por tiras em forma de ornamento - mas em essência de
todo não ornamentais. As pessoas, nesses "ícones", aparecem
como figurinos imóveis, portanto, totalmente elevados ao plano
do quadro e privados de vida; são, porém, animados por uma
inquietação secreta e afeiados aberta ou secretamente; essa in-
quietação não é mais que a inquietação do artista, que misses
quadros se expressa e domina. Assim aqui se reúne algo em
graus variados: o subjectivo e o objectivo, solenidade e alegria,
severidade e ebriedade, o acadêmico e a "pintura"· de leigo", o
I decorativo e o expressivo, classicismo e banalidade,. conduta
L
80. ALEMANHA
obsoleta e modemidàde, estilo e "hobby". Todos êsses con-
trastes não se compensam na arte de Goller, mas são mantidos
em .sua contraposição. Por longo tempo não se teve olhos para
uma tal arte, porque a geral direção visual era outra. Desde o
fim da guerra, os quadros de Goller apareciam com regularidade
nas exposições, mas, na maioria das vêzes, o público não repa-
rava nêles, pois não pertenciam ao capítulo que estava sendo
tratado. O próprio artista não fazia nada para obter publici-
dade; ao contrário, tudo fazia para evitá-la. Só agora e repen-
tinamente a situação se modificou, e não porque se tenha modi-
ficado a maneira de ver, devido à "pop-art". De súbito a atua-
lidade foi levada noutra direção, onde se defrontou inopinada-
mente com o embaraçante fenômeno Bruno Goller. Galerias,
inclusive de fora da Alemanha, expõem os seus quadros; nota-
damente galerias, cujas atividades são devotadas aos artistas
maIS Jovens. Goller está longe de ser um "pop-artist"; mas a
nova maneira de ver obriga-o a aparecer repentinamente à luz
da ribalta, de que se afastara tôda a sua vida.
Werner Schmalenbach
PINTURA
GOLLER, Bruno (1901)
·1. Armário de Roupas, 1947. 85 x 65. CoI. Sra. Schmitz-Boklenberg,
Dusseldorf.
2. O Relojoeiro, 1949. 110 x 110. Col. Director Nakatemus e Sra.,
Dusseldorf.
3. Moinho de Café, 1949. 75 x 60. Col. Dr. O. H. Muller, Oberkassel
Bonn.
4. Rapariga com Cabelo Vermelho, 1951. 100 x 70. Col. Sra. T.
Schuster, Dusseldorf.
5. Grande Vitrina, 1953. 160 x 116. Colo Schwabenbrau, Dusseldorf.
6. Chapéu e Gato, 1953. 110 x 110. Col. Engenheiro Joseph Ringel,
Lank
7. Duas Mulheres, 1953. 160 x 116.
62
81. I
ALEMANHA
8. Natureza Morta com Rosa, 1954. 90 x 90. Museu de Arte, Dus-
seldorf.
10. Duas Mulheres, 1955. 170 x 140. Colo particular.
11. O Número 4,1956. 80 x 80.
12. A Orelha Grande, 1956. 160 x 105. Col. particular.
13. Quatro Mulheres, 1956. 200 x 115. Col. particular.
14. Rapariga Deitada, 1957. 100 x 100.
15. Quatro Formas Brancas, 1957. 145 x 135. Col. particular.
16. Madeiras, 1957. 120 x 55.
17. Cabeças de Mulher, 1957. 100 x 100.
18. Natureza Morta, 1957. 80 x 80.
19. Duas Cabeças de Mulher, 1958. 55 x 120.
20. O Espelho, 1961. 150 x 80. Colo Rudolf Zwirner, Colônia.
21. Tira Branca, 1961. 120 x 80 Colo particular.
22. Mulher de Pé, 1961. 200 x 125. Colo particular.
23. Nu de Mulher, 1961. 160 x 105.
23. a Duas Taças Brancas, 1961. 150 x 80.
24. Retrato de Mulher, 1962. 110 x 135.
25. O Gato, 1962. 190 x 120.
26. Mulher no Espelho, 1962. 60 x 80. Col. particular.
27 . Natureza Morta com Frutas, 1962. 120 x 60.
28. Natureza Morta com o Quatro, 1962. 120 x 65.
29. Retrato de Mulher, 1962. 100 x 100. Colo particular.
30. Nu, busto, 1962. 150 x 80.
31. Duas Mulheres sob Fundo Prêto, 1963. 160 x 130. Col. partieular.
32. Nu de Mulher, 1963. 170 x 140. Colo particular.
33. Chapéu com Véu, 1964. 170 x 140. Col. particular
34. Retrato de Mulher, 1964. 180 x 130.
35. Mulher com Laço, 1965. 130 x 110. Col. particular.
TRIER, Hann (1915)
36. Vibração I, 1956. Têmpera sôbre tela, 130 x 81. Museu Hamburgo.
37. Separação, 1956. Têmpera sôbre tela, 97 x 146. Museu Wallraf-
Richartz, Colônia.
38. "Seguirya", 1957. 97 x 116. Col. Eberhard Seel, Be11im.
39. "Soledad", 1958. 130 x 81. Col. Chrlstoph Scheibler, Colônia.
40. Pombal lI, 1959. 162 x 130. Galeria "Dar Spiegel", Colônia.
·U. Para dois Pincéis sôbre Verde, 1959. 130 x 114.
42. Soleares, 1959. 114 x 130. Col. Bernhard Minetti, Berlim..
43. Ambidestro i, 1959. 195 x 114. Galeria "Der Spiegel", Úolônia.
v
r '4. Andante, 1959. 130 x 146. Museu Estadual, Hannover.
L
82. ALEMANHA
45. O Outono, 1960. 130 x 162. Galeria "Der Spiegel", Colônia.
46. Noturno. 1960. 116 x 81. Ministério da Cultura, Dusseldorf.
47. Correnteza, 1960. 97 x 146. Colo Eberbal'd Seel, Berlim.
48. Dança Macabra, 1961. Têmpera sôbre tela, 130 x 162. Galeria "Der
Spiegel", Colônia.
49. A Queda, 1961. Têmpera sôbre tela, 130 x 97.
50. O Dia Quieto, 1961. 130 x 97. Galeria Otto Stangl, Munique.
61. Vento Noturno, 1961. 130 x 114. Galeria Otto Stangl, Munique.
62. "Saeta", 1962. 195 x 130. Galeria "Der Spiegel", Colônia.
63. Para Berninl, ] 962. 13J1 x 162. Galeria "Der Spiegel", Colônia.'
54. "Funfter Tatort" (quinto lugar do crime), 1963. 114 x 130. CoI.
particular.
55. De Comum Ação com Vermelho, 1963. 130 x 195.
66. Monumento de Pássaro para Max Ernst, 1963. 130 x 162. Galeria
"Der Spiegel".. Colônia.
67. Caranguejo, 1963. 130 x 97. Galeria "Der Spiegel", Colônia.
68. Caminho de Fuga, 1963. Técnica mista, 195 x 295. Galeria "Der
Spiege!", Colônia.
59. De Maneira Veneziana, 1964. Têmpera sôbre tela. 130 x 162. Ga-
leria Otto Stangl, Munique.
60. ldolo, 1964. 130 x 114. Co1. particular.
61. Falena, 1964. 97 x 130.
62. "Mihrab", 1965. Têmpera sôbre tela, 195 x 130.
63. "RocaiIIe", 1965. Têmpera sôbre tela, 130 x 162. Galeria Otto
Stangl, Munique.
64. "Chinoiserie", 1965. Têmpera sôbre tela, 130 x 162. Galeria Otto
Stangl, Munique.
65. Malik, 1965. 130 x 97.
66. Malik 1965. 130 x 97.
GRAVURA
TRIER, Hann (1915)
1. Fazer Malha, 1955. 5 fôlhas. 19,3 x 12,5.
2. Ampliamento, 1957. 25 x 49,5.
3. Veneziana, 1957. 31,5 x 15,5.
4. Com Dois Pincéis, 1957. 29,5 x 89.
5. "Sôbre o gradual conceber de idéias durante o discurso" (Heinricb
Kleist), 1958. 6 fôlhas. 23,5 x 23,5.
64
83. ALEMANHA
6. Ascendendo, 1959. 68,5 x 39,5.
7. Redemoinho, 1959. 58,5 x 39,5.
8. Correndo, 1959. 53,5 x 37,5.
9. "Passe pelo Espelho", 1959. 23,6 x 23,5.
10. "Passe peJo Espelho", 1959. 23,5 x 23,5.
11. Escorpião, 1961. 50,5 x 31,5.
12. Vespa, 1961. 50,5 x 31,5.
13. "Água-forte Dusseldorf", 1962. 29,6 x 39.
14. "Água-forte Colônia", 1963. 37,5 x 25,5.
15. "Elogio à mão" (Henri Focillon), 1963. 4 fôlhas, 31,5 x 15,5 e
37,5 x 24,5.
16. Eixo, 1964. 53,5 x 37,S.
17. "Água-forte Documenta", 1964. 58,5 x 39,5.
l
84. ANTILHAS HOLANDESAS
,
Exposição organizada pelo BUREAU CULTUUR
EN OPVOEDING. NEDERLANDSE ANTILLEN,
Willemstad.
85. ANTILHAS HOLANDESAS
PINTURA
ENGELS, Christiaan Joseph Hendrikus (1907)
Guache
1. .o Metal Terrestre. 70 x 90.
2. A Forma é uma Terra. 70 x 90.
3. Crânio Al'tificial. 70 x 90.
4. Animal Deitado sôbre a Terra. 70 x 90.
5. Animal no Ar. 70 x 90.
6. Cavalo de Tiro. 70 x 90.
7. Animal em Linhas. 70 x 90.
8. A Superfície do Homem. 70 x 90.
9. Amedrontar. 70 x 90.
10. O Grupo Dançante. 70 x 90.
11. Deus dos Bosques. 70 x 90.
12. O Rei. 70 x 90.
13. Perto do Rei. 70 x 90.
14. Máscara das Senhoras. 70 x 90.
15. ídolo. 70 x 90.
16. Do Pássaro e do Rosto. 70 x 90.
17. Animsl na Borda da Floresta. 70 x 90.
18. Sem Corpo. 70 x 90.
19. O Mascarado Aparece. 70 x 90.
20. Homem com Plumas. 70 x 90.
HENDERIKSE, Jan (1937)
21. Mostruário I, 1965. 61 x 61 x 61.
22. Mostruário 11, 1965. 61 x 61 x 61.
23. 4 x •. 122 x 122.
DESENHO
DIELEMAN, Wim C. (1927)
1 - 20. Desenhos.
!
I
L
86. ARGENTINA
Exposição organjzada pela DIRECCIÓN GENERAL DE
RELACIONES CULTURALES;""MINISTERIO DE
RELACIONES EXTERIORES Y CULTO,
Buenos Aires
87. ARGENTINA
PINTURA
MAC ENTYRE, Eduardo A. (1929)
1. Pintura Geradora, 1964. 160 lt 77.
2. Pintura Geradora, 1965. 100 x 100.
3. Pintura Geradora, 1965. 140 x 170.
4. Pintura Geradora, 1965. 120 x 120.
5. Pintura Geradora, 1965. 110 x 1$0.
MAZA, Fernando (1936)
Técnica. mista
6. São Genaro I, 1963. 2U x 176.
7. São Genaro lI, 1963. 274 x 176.
8. Quadro Gato, 1963. 228 x 152.
9. Estrada de Ferro I, 1965. 180 x 285.
10. Estrada de Ferro lI, 1965. 200 x 140.
POLESELLO, Rogelio (1939)
Técnica. mista
11. Lado A, 1965. 195 x 260.
12. Caleidosc6pio, 1965. 195 x 260.
13. Vasilha Imperfeita, 1965. 195 x 260.
14. Caixa tl'nica, 1965. 162 x 172.
15. Empacotando, 1965. 162 X 172.
SILVA, Carlos (1930)
16. "Tholus", 1964. 160 x 160.
17. "Percussio", 1964. 160 x 160.
18. "Rei Natura", 1964. 160 x 210.
19. "Dyktion", 1964. 160 x 80.
20. "Hannos", 1964. 160 x 31.
88. ÁRGENTINA
VIDAL, Miguel Àngei (i928)
21. Pintura Geradora, 1964. 120 x 12d.
22. Pintura Geradora, 1964. 100 x 100.
23. Pintura Geradora, 1965. 115 x 115.
24. Pintura Geradora, 1965. 100 x 100.
25. Pintura Geradora, 1966. 200 x 200.
ESCULTURA
BRIZZI, Ary (1930)
1. Construção a Partir de Dois Arcos de Circunferência, 1963. Alumínio
anodizado, 70 x 70 x 60 •
• 2. Coluna n.o 3. Bronze, 100 x 30.
3. Coluna n.O 4. Bronze e acrilico, 92 x 29 x 29.
4. Núcleo. Acrilico, 60 x 60 x 30.
6. Expansão. Acrflico, 60 x 60.
70
90. AUSTRÁLIA
SALA ESPECIAL
MAXIMILIANO FEUERRING
Feuerring é muito disciplinado como homem e artista.
Produto de nosso tempo, está imbuído no interêsse urgente pelo
nôvo, novas f6rmulas, novas soluções, novas técnicas, novas
aplicações de materiais de tôda espécie - para exprimir emoções
jamais expressadas.
A ordem e o senso da tradição de um lado, e a curiosidade
do intelectual de outro, podem ser encarados como fatôres deter-
minantes do desenvolvimento artístico de Feuerring. Seu aper-
feiçoamento é gradativo e o progresso, certo; poucas vêzes sente-se
perdido, excitado, ou sofrendo recuos. Os surpreendentes e fas-
cinantes climax estão ainda cheios de calma dignidade.
Seria errado, entretanto, presumir que a arte de Feuerring,
tecnicamente brilhante e nobre, seja puramente intelectual. Ao
contrário, suas pinturas expressam bem uma indestrutível vita-
lidade e otimismo que floresce, apesar de um background de
humilhação, tragédia e desilusão, sofridas no ano passado. l!: a
conquista do passado e presente que o mantém jovem e enérgico.
A côr foi o elemento dominante das pinturas de Feuerring.
Seu forte sentido de côr foi notado em Paris, em 1928, por crí-
ticos como M. Vanderpyl, que diz "usa a paleta como um vir-
tuoso ... ". O colorido permite acompanhar seu progresso e suas
modulações. Tomando em consideração apenas a última década
da criação, desde 1956, Feuerring mudou de brilhante espectro
de côres primárias a um completo monocromatismo violeta, tra-
zendo essa difícil côr aos pináculos de uma exploração versátil.
Mais tarde começou a pintar "alla prima", comprimindo linhas
de tinta, terminando a saturação da côr, que não é pintura, pois
toma-se luz encandecente. Do violeta e laranja, passou para a
tríade dos azuis frios, cromo-6xido e verde Windser, visando
a obter resultados cálidos. Tenta, depois, combinar valores de
escultura e pintura na mesma superfície, usando concreto e
72
91. I AUSTRÁLIA
I faixas de masonite, conseguindo assim, a mais forte textura pos-
sível e formações de superfície. Em 1962 renunciou às alusões
e processos esculturais e retornou à superfície plana, tendo feito
descobertas interessantes ao misturar sua pr6pria côr prêta: des-
cobriu poder construir espaço na pintura por diferentes aplica-
ções de prêto, criando o prêto que é espaço. Para seu nôvo tra-
balho, voltou a confiar inteiramente em sua paleta de rica tex- .
tura, tal como nos trabalhos apresentados nesta coleção. Usando
formas e côres definidas e acidentais, atingiu outra vez nova
espécie de mistério.
Até agora não há melhor modo de exprimir o que Feuerring
representa do que suas pr6prias palavras: "Meus quadros refletem
uma busca contínua de problemas a resolver, de conflitos a com-
bater problemas de origem espiritual ou emocional". Uma vez
solucionados, Feuerring "inclina-se a voltar a nôvo problema,
o que explica suas várias mutações". Mas há um encadeamento
comum: a luta contínua para integrar· o conhecido e o desco-
I'Ihecido, o incompleto e o completo em unidade orgânica ..
A procura da sobrevivência éo tema principal e Feuerring
aborda-o sob vários ângulos. Encontramo-las nos arquétipos de
"Procriadores" e "Figura na Paisagem". SãIP'<colocados como
se o tempo não existisse para êles, como se não os afetasse. Á
mesma categoria pertencem "Barbaresque", "Três Figuras",
"Voodoo" e "Progenitor". No último, nôvo elemento é intro-
duzido: planos que avançam e recuam da mesma faixa preta;
dando a ilusão de tornar-se pr6xima uma distância infinita. Isto
estará mais acentuado em "Conflito". Uma forma orgânica,
quase cancerosa, simbolizando desordem, é interceptada pela
ordem estabelecida dos planos, que ainda é tênue e não se pode
ter certeza de que os níveis pertençam ao primeiro ou ao segundo
plano - um contínuo movimento do espaço. Nos "Nus", o
problema vai tão longe que a forma concreta do nu será subs-
tituída pela mesma figuração em vazio negro. Da combinação
de distância e proximidade, de passado e presente, surge um