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1. Niterói
13/04 a 27/04/18
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Zona Sul, Oceânica e Centro de Niterói
1ª Quinzena
Nº 196
de Abril
Ano 10
de 2018
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Edição Online Para Um Milhão e Oitocentos Mil Leitores
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Diz: A Verdade Escrita
Diretor Responsável: Edgard Fonseca
O Maldito
Página 03
Privilegiado
Foro
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2
Informes
Expediente
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Registro Profíssional MT 29931/RJ
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Impressão: Tribuna | Tiragem 16.000 exemplares
Redação do Diz
R. Cônsul Francisco Cruz, nº 3 Centro - Niterói,
RJ - Tel: 3628-0552 |9613-8634
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DG
Posse
na Academia
Maçônica
P
or iniciativa do vereador Bruno Lessa, será realizada
Sessão Solene para entrega de título de Cidadão Ni-
teroiense ao advogado Eliano Enzo da Silva, presi-
dente da OAB de São Gonçalo, e uma Moção de Aplausos
à Academia Maçônica de Letras, no dia 17 de abril, às
20h, no plenário Brígido Tinoco da Câmara Municipal de
Niterói, Avenida Amaral Peixoto, 625, Centro de Niterói.
Nessa oportunidade a Academia Maçônica de Letras dará
posse aos novos acadêmicos, Claudio Vianna, Bruno Paura
e Vitor Marcelo Aranha Afonso Rodrigues.
Comte Cobra
Nomeações
O
presiden-
te da Co-
missão de
Educação da Alerj,
deputado Estadual
Comte Bittencourt,
oficiou o Conselho
Supervisor do Regi-
me de Recuperação
Fiscal do Estado do
Rio de Janeiro ques-
tionando os motivos
do órgão para proibir a nomeação de 158 concursados da
6ª turma do Novo Degase - Departamento Geral de Ações
Socioeducativas. Os agentes já se submeteram a curso de
formação e esperam o chamamento desde dezembro de
2015.
Comte Bittencourt explica que a lei que regula o Regime de
Recuperação Fiscal (RRF) não permite, em nenhuma hipó-
tese, dificultar a implementação de ações nas áreas da saú-
de, educação e segurança pública do estado. O parlamen-
tar também ressalta que os novos servidores substituirão
os que hoje atuam por meio de contrato temporário; assim
não haverá nova despesa com pessoal. Os contratados
temporariamente contribuem para o regime geral de pre-
vidência, enquanto que os concursados contribuem para a
previdência estadual. O chamamento será benéfico para o
Rio de Janeiro, do ponto de vista econômico.
Petição Inicial na
Reforma Trabalhista
AComissão de Relações de Trabalho da OAB Niterói,
presidida por Maria Aparecida Nazaro, promoverá a
palestra “Petição Inicial Diante da Reforma Trabalhista” no
dia 25 de abril, às 18h, no auditório do 11° andar da sede
da entidade.
O expositor será o advogado Luciano Rodrigues da Silva,
pós-graduado em Direito Processual Civil, Direito e Pro-
cesso do Trabalho e em Direito Imobiliário.
Será concedida carga horária para estudantes de Direito.
Contas da Fundação
Municipal de Saúde
ACâmara de Vereadores de Niterói realiza no dia
16/04, às 11horas, audiência pública, organizada pe-
las comissões de Saúde e Bem-Estar Social e Fiscalização
Financeira, Controle e Orçamento, que servirá para discu-
tir a prestação de contas da Fundação Municipal de Saúde
referente ao ano de 2017.
As duas comissões são presididas pelos vereadores Paulo
Eduardo Gomes (PSOL) e Carlos Macedo (PRP) que se
revezarão nos trabalhos dessa audiência.
Claudio Vianna, Bruno Paura
Comte Bittencourt
Ulisses Franceschi
Dilvulgação
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3
Documento
O Maldito Foro Privilegiado
A pergunta que comumente se faz é: por que alguns políticos e outras
autoridades não estão presos, ou pelo menos, processados criminalmen-
te, se outras pessoas, que já estiveram em cargos eletivos ou de caráter
ministerial, encontram-se devidamente presas; - algumas já sentenciadas
e outras aguardando em liberdade - ou ainda em prisão domiciliar?
A resposta é simples: existe um instrumento chamado Foro por Prerro-
gativa de Função, ou como é mais conhecido, Foro Privilegiado. Aquelas
pessoas que na data vigente ao delito ocupam cargos eletivos ou mi-
nisteriais, ou ainda no Ministério Público ou no Tribunal de Contas da
União, ficam sujeitas a serem processadas nos Tribunais Superiores; que
são mais lentos e despreparados para instrução processual e julgamento.
A 1ª Instância é exatamente o inverso, mas este juízo fica sujeito a reformas
de sentenças pela 2ª Instância, STJ e em última análise, ao STF. Normalmente
a primeira fase judicial é mais objetiva e as condenações são mais freqüentes.
Temos o caso recente da prisão de um ex presidente da República, que só foi
possível na medida em que no momento ele por não ocupa nenhum desses
cargos citados. Assim ficou afeto ao juízo da 1ª Instância.
Os demais políticos, ministros e conselheiros por terem esta prerrogativa da
função, se remetem aos tribunais superiores e consequentemente podem adiar
decisões e dificultar a instrução do processo. No STJ e STF estas ações são
mais lentas e a inexperiência nesta prática e diferentes estruturas permitem
manobras jurídicas protelatórias, que se arrastam por anos. Algumas ações
demoram tanto tempo que ficam prescritas por decurso de prazo.
D
e acordo com o artigo 5º
Constituição Brasileira todos
os brasileiros e estrangeiros
residentes no país são iguais
perante a lei. Entretanto, o “foro por prer-
rogativa de função”, mais conhecido como
Foro Privilegiado, é uma exceção a essa re-
gra.
O foro privilegiado não é um "privilégio"
pessoal, mas do cargo de quem o ocupa.
É um mecanismo que é garantido a deter-
minadas autoridades por haver a necessida-
de de proteção do exercício de função ou
mandato.
No Brasil, entre as autoridades que têm o
foro por prerrogativa de função, estão o
presidente da República, os ministros (civis
e militares), senadores e deputados, gover-
nadores, prefeitos, integrantes do Poder
Judiciário, do Tribunal de Contas da União
(TCU) e todos os membros do Ministério
Público.
A apreciação de processos envolvendo
pessoas com foro privilegiado é destinada a
órgãos superiores, como o STF, Senado ou
as Câmaras Legislativas.
O foro privilegiado garante tratamentos
diferentes a réus, diferenciando-os pela
importância do cargo que é alvo de inves-
tigação e do tipo de crime a ser julgado.
Isso vale também para crimes comuns ou
de responsabilidade, que têm procedimen-
tos diferentes.
Nos dias atuais no país 22 mil autoridades
têm o direito a foro privilegiado.
O Senado aprovou no ano passado, a PEC
10/2013, que acaba com o foro especial
por prerrogativa de função, conhecido po-
pularmente como foro privilegiado. O texto
foi aprovado por unanimidade e mantém o
foro especial apenas para o presidente da
República e para os presidentes do Supre-
mo Tribunal Federal (STF), da Câmara dos
Deputados e do Senado Federal. O tex-
to aprovado é o substitutivo apresentado
pelo relator, o senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), que consolidou o texto original,
de autoria do senador Álvaro Dias (PODE-
-PR), com outra proposta, a PEC 18/2014,
de autoria do senador Acir Gurgacz (PDT-
-RO) e emendas sugeridas.
Curiosamente o senador Acir Gurgacz
(PDT-RO) foi acusado de se apropriar de
R$ 525 mil. Conforme a denúncia da Pro-
curadoria-Geral da República (PGR), no
período de 2003 a 2004, o senador teria
obtido, mediante fraude, financiamento jun-
to ao Banco da Amazônia com a finalidade
de renovar a frota de ônibus da Eucatur,
empresa de transporte gerida por ele, mas,
comprou veículos usados, se apropriando
da diferença do dinheiro. Ele foi condena-
do em fevereiro deste ano. Como tem Foro
Privilegiado o processo se arrastou todos
estes anos. A Primeira Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF) decidiu
condená-lo por crimes contra
o sistema financeiro à pena de
4 anos e 6 meses de prisão no
regime semi-aberto. Ele foi ab-
solvido da acusação de crime
de estelionato, prestando con-
tas com notas fiscais falsas.
Em tese, há uma necessidade
de um “foro privilegiado” para
típicas ações parlamentares,
como exemplo: uma declara-
ção ou denúncia feita em plenário que a
parte atingida reaja ou defenda-se dizendo
tratar-se de injúria. Um parlamentar deve
ter algum tipo de proteção para situações
como esta, pois se corre o risco de enco-
lhimento do parlamentar por temer proces-
sos judiciais, comprometendo a atuação do
mandato. Para estes casos, é preferível que
sejam julgados por uma Corte Superior.
Entretanto, atuações particulares no exer-
cício cotidiano, tais como uma briga entre
vizinhos e resulte numa ação, é lógico que
deverá receber tratamento idêntico a qual-
quer cidadão. A primeira instância é ideal
e justa para estes casos. Hoje, com o foro
privilegiado, desencoraja a maioria a litigar
com um parlamentar pelas dificuldades de
manter uma ação em Tribunais Superiores.
Crimes comuns, incluindo desvio de verbas,
por exemplo, devem ser tratadas como cri-
mes comuns, embora tenha acontecido em
função da facilidade oferecida pelo man-
dato. Mas, crimes desta espécie não são
diferentes e nem devem oferecer qualquer
proteção a quem os comete. É injustificá-
vel a proteção do parlamentar em situações
como de um atropelamento, um caso de
delito contra a honra, contra o cônjuge ou
ainda fraudes de qualquer espécie, estelio-
nato, falsificações, contrabando, porte de
drogas ilícitas, etc.
Pela própria fidelidade a constituição, onde
todos são iguais perante a lei, o correto é
a extinção desta prerrogativa. Que exista
isonomia social garantida de acordo com o
“Princípio da Igualdade na Lei das XII Tá-
buas”, que dizia: “Que não se estabeleçam
privilégios em leis.”
É necessária a existência de pressões da
sociedade, dos eleitores, como fator de co-
brança, uma força que venha de fora para
dentro para que estas mudanças se efetuem.
Caso contrário, ainda que alguns parla-
mentares desejem esta mudança, a maioria
acomodada nos privilégios vai votar contra.
Somente uma grande pressão externa, com
ameaças dos eleitores de não mais eleger
os parlamentares pro Foro Privilegiado, os
obrigará a desistir deste principio desigual e
fomentador de transgressões e crimes.
Alvaro Dias
Rundolfe Rodrigues
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Cultura
Paulo Roberto Cecchetti cecchettipaulo@gmail.com
annaperet@gmail.com
DIZ pra mim... (que eu conto)
Anna Carolina Peret
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Um Sonho
E
stou bastante feliz com a farta onda
de bons filmes que tenho tido o pra-
zer de ver. Nem sempre dou a sor-
te de conseguir escolher bons títulos com
tanta frequência. Tenho me perguntado se
é apenas uma questão de sorte cinemato-
gráfica ou, se, na verdade, trata-se de uma
safra de títulos fantásticos. Nacionais e in-
ternacionais.
Quero começar meu texto falando do ex-
celente "Aos Teus Olhos". O protagonista,
pra mim, é um dos principais atores brasi-
leiros em atividade: Daniel de Oliveira. Foi
ele quem incorporou Cazuza, em 2004, e,
com esse papel arrebatou a minha atenção
e toda a minha reverência! Neste seu mais
novo trabalho, Daniel está na pele de um
professor de natação super bacana, adora-
do por seus alunos. A questão é que um dos
meninos para o qual ele leciona conta para
sua mãe que o professor lhe deu um beijo
dentro do vestiário. Enfim, a partir deste
momento, trava-se uma verdadeira guerra...
E, como saber quem é culpado e inocente?
Como ter certeza se os fatos estão sendo
narrados de forma correta ou não? É impos-
sível desgrudar os olhos da telona durante
toda a projeção. A fascinação que a película
provoca é total. Eu, particularmente, amei.
E recomendo a todos aque-
les que têm fôlego e gostem
de tramas instigantes!
Também gostei bastante de
"Uma temporada na França".
Drama que não pede licença
para destroçar nossos cora-
ções. Eu, realmente, gos-
to muito quando a arte se
presta a buscar o âmago dos
sentimentos. E eu creio que
seja isso que este filme se
propõea fazer quando abor-
da o tema dos refugiados. É importante,
muitas vezes, perder um pouco a delicade-
za, permitindo-se ser até mesmo agressivo,
a fim de mostrar a verdade nua e crua na
telona. Desta vez, o espectador acompanha
uma família africana que foge da guerra civil
do seu país de origem. A questão é que
eles tentam fugir para Paris, onde, em geral,
os refugiados arrumam empregos precários
enquanto aguardam o julgamento dos pe-
didos de asilo. Porém, muitas vezes, esse
pedido é negado – fato que ocorre justa-
mente com o protagonista, que havia tenta-
do a sorte junto com seus dois filhos, ainda
crianças. A essa altura da história, meus
olhos já se encontravam marejados d’água.
Mas valeu a pena cada suspiro. O filme é
arrebatador!
E pode parecer um filme leve e light, mas,
não se enganem meus amigos, pois, "Com
Amor, Simon", não é apenas isso! Muito
pelo contrário. É fantástico conseguir falar
sobre temas tão polêmicos e pesados sem
ser agressivo. E é isso que este longa faz.
Imagine como é difícil abrir o jogo sobre
a sexualidade em uma família tradicional...
E em uma sociedade também bastante fe-
chada em suas referências? E é exatamente
esta dificuldade que o protagonista vive. A
película, obviamente, tenta dar tons mais
coloridos e felizes a uma história que,
como sabemos, nem sempre tem um final
feliz. Por outro lado, achei bastante válida
a forma com que o diretor e a produção
conseguiram orquestrar questões tão sin-
gulares de forma bastante segura, sem de-
bandar para uma comédia pastelão – e sem
também perder os valores mais importantes
que uma família precisa ter: amor e união.
O filme é assinado por Greg Berlanti, que já
tem alguns trabalhos no cinema, mas que,
na verdade, vem de mais de duas décadas
de ininterruptos trabalhos para a TV. Talvez,
seja esse o motivo do filme ter uma pega-
da "Sessão da Tarde". Mesmo assim, essa
característica não diminui o brilho e o va-
lor desta produção. Eu, de coração, gostei
bastante!
Enfim, espero continuar me surpreendendo
positivamente nas minhas próximas idas ao
cinema. Não que eu fique com raiva ao me
"decepcionar". Até gosto. Afinal, só senti-
mos o doce porque conhecemos o sabor do
amargo. Porém, nada melhor do que bons
títulos para inebriarmos nossas mentes em
dias de realidade tão sombria. E, por esse
motivo, faço das palavras de Orson Welles
as minhas palavras, repetindo: "O cinema
não tem fronteiras nem limites. É um fluxo
constante de sonho". E meu maior desejo
é poder ficar para sempre dentro deste so-
nho. Amém!
- A Academia Niteroiense de Letras/ANL
realiza eleição dia 25/04, em sua sede, para
ocupação da Cadeira nº 13, patronímica de
João Caetano, vaga pelo falecimento do his-
toriador Emmanuel de Macedo Soares.
- Na Sala de Cultura Leila Diniz o público
tem até o dia 27 de abril para ver - gratuita-
mente - a exposição "NITERÓI - imagens e
haicais (um passeio entre lentes e palavras)",
do fotógrafo Roberto Pinheiro e do haicaís-
ta PRCecchetti. Visitação de 2ª a 6ª, das 10
às 17 horas.
- A artista plástica Aline Miguel expõe no
Centro Cultural Paschoal Carlos Magno,
até 30 de abril, das 07 às 19 horas, 'Beleza
Negra'. Vale conferir!
- A Associação ASPI-UFF divulga suas
entrevistas no www.aspiuff.org.br ou pelo
http://ufftube.uff.br para você ficar bem in-
formado. Faça uma visita!
- Nossa singela homenagem ao mestre Luís
Antônio Pimentel pela passagem do seu
aniversário, quando completaria 106 anos.
- A Sala José Cândido de Carvalho (Rua
Presidente Pedreira, nº 98 - Ingá) apresen-
ta, até 07 de maio, com visitação gratuita
das 09 às 17 horas, a exposição 'Jardim dos
sonhos drásticos', de Ana Clara Guinle.
- Renato Neves apresenta foto-pinturas em
forma de 'Prismas', de 2ª a 6ª, das 09 às
21 horas, com entrada franca, na Galeria
de Arte La Salle (Rua Gastão Gonçalves, nº
79 - Santa Rosa).
- A peça infantil “As Três Princesas” será
encenada dia 14 de abril, sábado, às 12 ho-
ras, dentro da programação do Giro Cultu-
ral da Sala de Cultura Leila Diniz (Rua Profº
Heitor Carrilho, nº 81 - Centro). Entrada
gratuita.
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Edgard Fonsecaedgardfonseca22@hotmail.com
Abriram as Comportas
Finalmente abriram as comportas para
investigações e punições nos desvios e
desfalques nos Fundos de Pensão. Agora
começa uma nova etapa e aparecerão novos
atores. O destaque maior é a prisão de Mar-
celo Sereno, que com toda autoridade petista
era o grande representante (quase encarnado)
do José Dirceu. Ocupou cargos importantes,
especialmente durante a permanência de José
Dirceu no Ministério do Lula. Mesmo após
a queda do Dirceu ele continuou mandan-
do muito. Nessa época, os petistas faziam o
“beija a mão” do todo poderoso Marcelo Se-
reno. Se alguém desejava algo, tinha que pe-
dir para o Sereno, que todos diziam que era
o homem forte no Estado do Rio de Janeiro.
Com a seguida decadência do esquema pe-
tista ele foi ocupando cargos de menor proje-
ção, o que não quer dizer que tivesse menos
poder e numerário bastante para usar. Aliou-
-se ao então prefeito de Maricá, Washington
Quaquá, tornando-se secretário da prefeitura
e passou a “reinar” deste lugar tenente. To-
das as decisões estaduais foram para a então
“República de Maricá”. Sereno foi chancela-
do e dava sugestões ao também prepotente
Quaquá. Desse reduto a Polícia Federal tem
muito a tirar e revelar. Existe muito dinheiro
nessas transações.
Agora, as investigações vão apurar profunda-
mente os Fundos Postalis (Correios) e Serpros
Se o Passado Voltasse
Acorrupção e as safadezas no Brasil
não foram inventadas pelo PT e seus
aliados. Todas as práticas sempre exis-
tiram, mas em proporções menores e pratica-
das por pequenos grupos, na base de cada um
por si. Algumas vezes faziam os acordos entre
os deputados estaduais; loteavam as institui-
ções e repartiam as inspetorias fiscais, como
uma espécie de feudos. A diferença da prati-
ca corrupta está no corporativismo petista e
dos comparsas. Eles passaram a não aceitar
o fatiamento para a dilapidação do dinheiro
público. Na ganância quiseram o bolo intei-
ro e rateavam de cima para baixo, como uma
espécie de controle central, como manda a
cartilha comunista.
Mas, apenas para exemplificar, se voltássemos
ao tempo do governo do Chagas Freitas, verí-
amos que tudo se equivale do ponto de vista
do dolo, da ética e da falta de valores republi-
canos. Sempre, roubaram muito e insistente-
mente. Agora, passado o tempo e com estes
crimes prescritos, nada adiantaria persegui-
-los, a não ser para revelar quem são estas
figuras travestidas de “homens de bem” que
circulam livremente entre nós.
Em Niterói encontramos muitos deles que
hoje, já mais envelhecidos e ricos, pousam de
vestais, falam grosso e apontam as mazelas
dos criminosos atuais. São todos iguais! No
tempo do Chagas tinha deputado repartindo
dinheiro de salários de cargos sem nenhuma
produção, desvios e propinas na área dos
transportes, “chefiavam” chantagens às em-
presas pelos fiscais que faziam “fiscalizações
prévias”. Ou seja: descobriam os podes das
empresas, ameaçavam com multas milioná-
rias, faziam um acordo mediante a uma gorda
propina (parte do dinheiro ia para deputados
e secretários estaduais), faziam uma “maquia-
gem” na escrita contábil das empresas, que
tinham assim um “salvo conduto” para os
próximos cinco anos de exercício fiscal. Livros
rubricados por um auditor fiscal ficavam livres
de qualquer fiscalização no período.
Tem muita gente engravatada nessa cidade,
falando grosso e arrogantemente, e que se
na época existisse uma Lavajato, estariam to-
dos presos e desmoralizados. Esta é a prática
brasileira, onde canalhas envelhecem “tirando
onda” e apontando os erros alheios como se
fossem as mais puras almas honestas, tanto
quanto a do Lula.
(Serpro – empresa pública de tecnologia da
informação). Também são alvos da operação
o empresário Arthur Machado, o sindicalis-
ta Carlos Alberto Valadares, o lobista Milton
Lyra, ligado ao MDB, e o ex-chefe de gabinete
da presidência dos Correios Adeilson Telles.
Os demais alvos são operadores financeiros
que enviaram recursos para o exterior.
A expectativa agora é que se revelem os ato-
res da “República de Maricá”, que abrigou
inúmeros petistas e adeptos de Niterói, que
tiveram alguma projeção por aqui, mas, com
a retração pela repressão, se “refugiaram” em
Maricá para continuarem com suas práticas
deletérias. Em pouco tempo, muita gente,
aparentemente impune vai ser visitada pelo
carro preto de letras douradas. Vai ser uma
nova e surpreendente festa, especialmente
num momento eleitoral.
Tem candidatos niteroienses tomando remé-
dios para diarréia.
Washington Quaqua e Marcelo Sereno
Chagas Freitas
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6
Fernando Mello - fmelloadv@gmail.com
Fernando de Farias Mello
Imunidade X Impunidade
D
epois da derrocada inicial de
Lula, a pauta agora é quem vai se
livrar do “monstro”, que os polí-
ticos chamam de justiça.
Muitos não conseguem esconder o pavor,
mas não abrem mão da ambição pelos ci-
frões e os meandros, lícitos ou não para
escalar cargos mais altos. “O poder é
afrodisíaco”, dizia Ulisses Guimarães.
Niterói é um exemplo disso. Praticamente
a metade dos vereadores vai tentar uma
vaga para deputado estadual. Também
por isso a nossa cidade está abandonada.
Enquanto o prefeito Rodrigo Neves en-
frenta os seus conhecidos problemas com
o Ministério Público Federal, os vereado-
res fazem suas contas de quanto gastarão
para concorrer a deputado estadual. Não
sei de onde eles irão encontrar verbas
para uma cara campanha já que de acor-
do com o TSE o candidato poderá usar
recursos próprios em sua campanha até o
limite de gastos estabelecido para o car-
go ao qual concorre. O limite para quem
concorre a deputado estadual é de R$ 1
milhão e para federal R$ 2,5 milhões.
Muitos são totalmente desqualificados.
Mas, a gente sabe que a qualidade dos
nossos eleitores é muito rasa, o que expli-
ca, mas não justifica. Outra questão fácil
de entender é que os vereadores se tor-
nam candidatos e, quando perdem a elei-
ção, voltam para os seus empregos, digo,
cargos. Uma manobra 100% segura, risco
zero.
No âmbito federal, assistimos cenas dig-
nas dos maiores mafiosos da história
mundial. Outros são dignos de ser ben-
tos em óleo de peroba, tamanha cara de
pau e desfaçatez. Um exemplo disso foi
a nomeação de Moreira Franco para o
Ministério das Minas e Energia. Moreira
está enroladíssimo com vários processos,
mas em Brasília ele é conhecido como o
homem que só cai para cima, tanto que
ganhou de presente o poderoso Ministé-
rio das Minas e Energia que,
entre outros bilhões, vai ven-
der a Eletrobrás, com Moreira
à frente.
Temer pode não terminar o
governo. A coisa está preta e
ficará mais ainda em poucos
meses. Um escândalo aqui e
outro ali e ele vai se enrolan-
do. Temer praticamente está
nas mãos da Procuradora Ge-
ral da República, Raquel Dod-
ge, vamos assim dizer, porque
é ela quem pode disparar de-
núncias contra o Presidente
da República. E Temer está
muito mal. Malas de dinhei-
ro e seus amigos ligados aos
Portos do Brasil estão sendo
presos, ouvidos e devolvidos.
Uma vergonha.
Com 2% dos escândalos, po-
líticos americanos ou ingleses
abandonam o cargo. Aqui,
reina a cara de pau! Tanto que
os diretores da série “House
of Cards” da Netflix, que mos-
tra corrupção e poder na Casa
Branca, disseram que o Brasil
vence a ficção. Como se diz
popularmente, a batata está
assando, a chapa está quente
e Temer vive dias de angús-
tia depois do certo alívio na
questão da gravação do Joesley Batista.
Mas Temer tem o Rodrigo Rocha Loures
como seu fantasma nº 1, o maleiro com
R$ 500.000,00, filmado pela Polícia Fe-
deral em plena atividade corrupta.
Para o nosso conforto, o Ministro Rober-
to Barroso já afirmou com todas as letras:
“Eu vi a mala”, quando bateu boca e des-
moralizou o Gilmar Mendes.
Em busca da tranqüilidade da imunidade
parlamentar que existe para os manda-
tos federais de deputados e senadores,
o desespero e o gasto de dinheiro estão
fazendo com que muitos políticos percam
o sono.
O que deveria mudar?
Claro que acabar com a reeleição seria
uma ferramenta que aumentaria a digni-
dade. Acabar com o foro privilegiado é
outra questão que precisa ser adotada já.
Reduzir em 70% os ganhos de políticos
em geral. Sejam do executivo ou legis-
lativo. Acabar com a pouca vergonha da
aposentadoria especial. Nem trabalham
para isso. Fim do Plano de Saúde de pri-
meiro mundo para o pessoal federal.
Nesse nosso vergonhoso Congresso cada
deputado custa R$ 2 milhões por ano
aos cofres públicos. Junta com senador,
e a conta anual de tudo, senado e câma-
ra dos deputados, o resultado é de R$ 2
bilhões.
Definitivamente, não merecemos.
HCQuer
Sair?
Quebra
M
A
T
A
WC
Soltinho
7. Niterói
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7
Conexões erialencar.arte@gmail.com
E! Games
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Vida Longa a DC
H
á anos que a Warner Bros tenta,
sem sucesso, construir seu univer-
so cinematográfico de super-heróis
para rivalizar com a Marvel; e talvez te-
nha encontrado a solução no mundo dos
games: Entregar a franquia a Ed Boon e à
equipe da Nether Realm Studios, responsá-
veis mais uma vez por desenvolver o ótimo
“Injustice 2”, novo jogo de luta estrelado
pela trindade Superman, Batman e Mulher
Maravilha.
A continuação de “Injustice:
Godsamongus” (2013) conse-
guiu aperfeiçoar o que já fun-
cionava e consertar os erros,
além de adicionarem uma vida
nova ao game. A única coisa
que fica um pouco abaixo é o
enredo, uma sequência direta
do original, mas ainda muito
superior que a trama apresen-
tada por qualquer filme até
aqui.
O modo campanha continua
o enredo de “Godsamongus”
cinco anos após a prisão do
Superman (que se tornou um
ditador assassino), Batman
tenta reconstruir o mundo.
Até que a chegada de um po-
deroso inimigo obriga as forças opostas for-
madas por antigos super-heróis e vilões a se
unirem. E a história ainda traz a recruta Su-
pergirl, recém-chegada a Terra, serve como
“olhos frescos” para esse estranho novo
mundo, além de ser uma nova representan-
te dos ideais que já foram tão defendidos
por seu primo.
Ao longo da campanha, o jogador controla
grande parte dos 28 personagens dispo-
níveis. Apesar de serem obrigados a usar
alguns heróis durante a maior parte do tem-
po, alguns capítulos oferecem a possibilida-
de da escolha entre duplas, que interagem
de maneiras únicas com seus adversários e
criam uma leve ilusão de influência na his-
tória.
O sistema de luta recebeu novidades que
ampliam as possibilidades, e ainda mistura
simplicidade com opções para quem gosta
de se dedicar mais a combos. Isso porque a
barra de especiais pode ser consumida para
melhorar os poderes, aumentar o desloca-
mento ou bloquear com mais eficiência.
Quem sabe um dia o universo cinemato-
gráfico da DC atinja o nível de qualidade
da realidade paralela construída nos games
da Nether Realm — parece que “Mulher-
-Maravilha” pode finalmente dar o pontapé
inicial a uma reação. Até lá, a Warner pode-
ria aprender algumas coisas com Ed Boon.
Equivocada Boa Intenção (foto)
Aintenção certamente foi a
melhor. Dar alimentos para
cães e gatos de rua é iniciativa de
quem gosta e valoriza os animais.
Mas, existe um problema associa-
do: o mesmo alimento que resolve
a fome dos animais abandonados
atrai ratos e baratas, pondo em ris-
co a saúde de muita gente, incluin-
do idosos e crianças. O ambiente
urbano é complicado do pondo
de vista de saúde pública. Infeliz-
mente a prefeitura deverá intervir e
retirar este “artefato caridoso” que
se encontra na Rua Noronha Torrezão, logo no início, subindo, do lado direito, tomando-
-se por referência o Largo do Marrão. Atenção pessoal da Zoonoses. Vamos trabalhar em
prol da população humana.
Região Oceânica em Guerra (Foto)
Quem paga o IPTU
mais caro do mun-
do, como nós, devería-
mos ter, ao menos, mais
segurança em nossas ca-
sas e no município. A Re-
gião Oceânica de Niterói
tornou-se Zona Franca
para assaltantes, pivetes
e ladrões. Você sai para
trabalhar, os ladrões inva-
dem a sua casa e levam
de tudo. Você sai na rua
é assaltado por bandidos
armados com armas pe-
sadas. Não podemos ir às
praias, pois os moleques de rua fazem arrastões, batem carteiras, arrancam correntes e
cordões, ferindo nossas gargantas e pescoços.
O comércio está fechando mais cedo e quem fica aberto é assaltado. Lojas grandes como
a Americanas e supermercados já foram assaltadas.
A prefeitura fala desse aumento de PMs através de um programa pago pela prefeitura.
Dizem que iam comprar mais viaturas. Até agora não apareceram e acho que há falta de
policiais nesse Batalhão de Niterói. Estamos vivendo um inferno, pagando caro por tudo,
e não temos a quem reclamar. Triste história dessa cidade que já foi pacata e ordeira.
Estamos vivenciando a violência nos níveis do Rio de Janeiro ou São Gonçalo, inclusive
no transporte coletivo. De carro não dá para andar, de ônibus somos assaltados... O que
fazer? Estamos no fogo cruzado.
Já pensamos em vender tudo e ir embora daqui, O problema é que não tem quem queira
comprar. Os imóveis caem de preço todo dia, enquanto o IPTU sobe todo ano. É tudo
uma terrível contradição.
8. Niterói
13/04 a 27/04/18
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8
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Aniversariantes da Edição
Vigilância e Controle Digital
Gabriela Ikeda Claudio Ludovico Tania Nunes Felipe Peixoto Lenita Pacheco Lemos Duarte Humberto Innecco
N
a última segunda feira, várias associações de defesa dos direitos
digitais (EUA) acusaram o Youtube e o Google de coletar dados
pessoais de crianças e utilizá-los para fins publicitários, prática
muito criticada, além de ilegal. Ao todo 23 organizações denunciaram
as empresas à Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês)
e pediram uma investigação sobre tais práticas.
As associações alegam que o Google coleta informações pessoais de
menores de idade no Youtube, num site proibido para menores de 13
anos, obtendo: localização; aparelho usado para conexão e números de
telefones celulares.
Essa prática é velha e todos sabem; basta pesquisar algum produto no
Google ou vídeo no Youtube e o “consumidor” será bombardeado com
conteúdo semelhante. Se isso não é coleta ilegal de informações, não
sei o que é!
O principal problema alegado pela organização trata-se da falta de res-
peito com as crianças, que de maneira engenhosa inunda
de desenhos, brinquedos e canções infantis, um site que
deveria ser proibido para menores de 13 anos.
Segundo as associações, as práticas do Google violam
a lei que “proíbe um site destinado a crianças coletem
informações sem o acordo prévio dos pais”.
Um porta-voz do Google alegou que a empresa ainda
não teve acesso à denúncia, mas, que “proteger as crian-
ças e suas famílias é uma prioridade” do grupo. Além
de afirmar: “Como o Youtube não é voltado para crian-
ças, fizemos grandes investimentos para criar o aplicativo
Youtube Kids, uma alternativa especialmente destinada às
crianças.”
Será que ele sabe que ninguém acessa isso?
Até a próxima!
Dom Luiz Ricci, dom José Francisco Dias, Bruno Lessa e Eliezer Staulber Roberto Pinheiro, Renata Palmier e Paulo Roberto Cecchetti
Expo Imagens e HaicaisHolocausto Nunca MaisSergio Gomes