Fisio linfático

Ana Beatriz Souza
Ana Beatriz SouzaProfessor à Federal University of Mato Grosso do Sul
SISTEMA LINFÁTICO

Profa. Dra . Ana Beatriz G. de Souza
Pegorare
Sistema Linfático
• DEFINIÇÃO:
– Via acessória onde o líquido flui dos
espaços intersticiais de volta ao
sangue.
• Estreita relação com sistema
sanguíneo
Fisio linfático
Sistema Linfático
• Funções:
– Transporte do líquido intersticial
(proteínas e material com grande peso
molecular) para fora do espaço
tecidual pois os capilares sanguíneos
não absorvem macromoléculas
Interstício
• Espaço entre as células
• Representa 1/6 do corpo
• Líquido intersticial: formado por
filtração e difusão
• Constituição muito semelhante à do
plasma sanguíneo (concentrações
muito menores)
Interstício
• Constituição:
– feixes de fibras colágenas
– filamentos de proteoglicanos (ác.
hialurônico + proteínas)
– gel tecidual: entre os filamentos de
proteoglicanos
Sistema Linfático
Funções:
– Defesa organismo
– Absorção nutrientes (gordura)
– Manutenção homeostase dos fluidos
corporais
Sistema linfático
• Localização:

– Todo o corpo, acompanhando o trajeto dos
vasos sanguíneos, exceto,
• SNC
• Partes profundas dos nervos periféricos
• Cartilagem
• Medula óssea
• Placenta
• Globo ocular
ANATOMIA / HISTOLOGIA
• Componentes:
– Capilares (vasos) linfáticos
– Pré-coletores
– Coletores menores
– Coletores principais
– Linfonodos
– Linfa
Fisio linfático
ANATOMIA / HISTOLOGIA
• Capilares linfáticos: Cilindro de células
epiteliais; finos, porém altamente
permeáveis; possuem microválvulas

• Vasos pré-coletores: fibras colágenas,
elementos elásticos e musculares =
contratilidade
ANATOMIA / HISTOLOGIA
• Vasos coletores: maior calibre, três camadas
– fibras elásticas, colágenas e musculatura lisa

• Válvulas: limitam refluxo
• Coletores linfáticos principais: devolvem a
linfa ao sistema venoso
Coletores principais
• Canal linfático direito:
– Porção D cabeça, face e pescoço
– Membro Superior D
– Hemitórax D
– Veias: Subclávia D / Jugular interna D
Coletores principais
• Ducto torácico:
– Início cisterna quilo
– Porção E cabeça, face e pescoço
– Hemitórax E
– Membros Inferiores
– Veias: Subclávia E / Jugular interna E
Linfonodos
• Aglomerado de tecido retículo-endotelial
revestido por cápsula de tecido conjuntivo
• Ponto de passagem da linfa
Linfonodos
• Funções:
– Parte integrante do sistema imunológico –
produz células linfóides (linfócitos e
plasmócitos)
– Defesa (retém microorganismos – destruição
por fagocitose e pinocitose)
– Resgata substâncias úteis extravasadas do
sangue para o interstício
Fisio linfático
Linfa
• Líquido intersticial quando entra nos vasos
linfáticos
• Desprovida de glóbulos vermelhos, carregando
consigo moléculas de alto peso molecular.
• É praticamente incolor (aspecto acastanhado)
Linfa
• Composição semelhante ao plasma sanguíneo
– 96% de água, representando cerca de 15%
do peso corporal.
– Contém um número muito grande de
linfócitos, poucas hemácias e todos os fatores
de coagulação.
Formação Linfa
• Diferença de pressão (P)

– P capilar:direciona o líquido e suas
substâncias a passar pelos poros dos
capilares sanguíneos para o interstício
– P osmótica/coloidosmótica: pressão contrária
– pressiona o líquido que tende a sair dos
capilares sanguíneos de volta
PROTEÍNAS
Formação Linfa
• Proteínas:

– Substâncias de alto peso molecular
(macromoléculas)
– Extravasam dos capilares sanguíneos
– Não voltam para a corrente sanguínea
pelos mesmos capilares (devido à
pressão no capilar ser maior)
– Pressão capilar linfático menor que
capilar venoso – macromoléculas entram
no sistema linfático
Formação Linfa
• Mecanismos:
– Ultrafiltração: saída do líquido dos capilares
arteriais para o interstício (H2O, O2,
nutrientes) = plasma
Pressão Hidrostática positiva (capilar) –
sístole / Pressão Intersticial negativa
Formação Linfa
• Mecanismos:
– Absorção venosa: entrada do líquido
intersticial para os capilares venosos
(H2O, CO2, catabólitos) por difusão,
• Lei de Starling: estado de quase equilíbrio na
membrana capilar, onde:
• Quantidade de líquido que é filtrado para fora
é quase idêntica à quantidade de líquido que
retorna à circulação
Formação Linfa
• Difusão: movimento espontâneo de moléculas

em uma solução, devido ao seu movimento
térmico aleatório para atingir uma concentração
uniforme, sendo um processo que não requer
nenhuma adição de energia
Formação Linfa
– Absorção linfática: início circulação linfática
– entrada líquido com proteínas de alto
peso molecular no capilar linfático.
• 90% líquido intersticial – reabsorvido
pelo sistema venoso
• 10% líquido intersticial – absorvido pelos
capilares linfáticos (altamente
permeáveis)
Trajeto da Linfa
Capilares

pré-coletores

coletores menores
coletores principais
(ducto torácico / canal linfático direito)
cava inferior
junção subclávia e jugular interna
Localização Sistema Linfático
• Todo o corpo
• Fluxo linfático: 80% superficial / 20%
profundo
• Fluxo sanguíneo: 80% profundo / 20%
superficial
SISTEMA LINFÁTICO
• Diferença entre gradientes de pressão
intravascular:
– Contração muscular
– Respiração
– Movimentos articulares
– Peristaltismo intestinal
– Movimento dos vasos sangüíneos
– Compressão externa
SISTEMA LINFÁTICO
• Anastomoses:
– Linfo-linfáticas, ao nível da pele
– interaxilares
– Axilo-inguinais
– Inguino-inguinais
LINFANGION
• Verdadeira unidade funcional do sistema
linfático = espaço entre as válvulas
• Função independente
• Enchimento: contração (seqüência)
VOLUME LINFÁTICO
•
•
•
•

Fisiológico = 2-5 litros/dia
Situações patológicas = até 20 litros/dia
15% peso corporal = linfa
Esvaziamento capilar: compressão
tecidos que o circunda
FISIOPATOLOGIA DA FORMAÇÃO
DO EDEMA
• Desequilíbrio entre o aporte de líquido
retirado dos capilares sanguíneos
pela
ultrafiltração e a drenagem deste líquido pelo
sistema linfático.
Edema vascular
• Excesso de aporte de líquido
• Pressão hidrostática elevada (no repouso
zero)
• Sinal de godet
• Geralmente desaparece após repouso
• É possível deslocar o edema do espaço
intersticial a espaço intersticial até chegar a
uma região linfática será capaz de reabsorver.
Varizes
•
•
•
•

Perda de eficácia das válvulas venosas
Dilatações dos vasos
Impõem resistência à circulação venosa
Ocorre refluxo e estase, e por sua vez
proteínas atravessam a parece do vaso e se
acumulam no interstício.
Flebites
• Criam um obstáculo para o retorno venoso.
Ocorre refluxo a aumento da pressão
hidrostática local.
• O vaso se dilata, as válvulas perdem eficácia
• Aumenta a permeabilidade vascular.
Insuficiência Cardíaca
• Eleva a pressão venosa por insuficiência do
coração direito.
• A pressão venosa aumenta nos grandes vasos
enfraquecendo a corrente de retorno,
tornando mais difícil o retorno da linfa à
corrente venosa.
Diminuição da Pressão oncótica
•
•
•
•

Ligada a presença de proteínas plasmáticas
Aumenta a filtragem e diminui a reabsorção.
Desequilíbio se instala progressivamente
Edema carencial
Edema linfático
•
•
•
•
•

Aporte de líquido é normal
Insuficiência da rede de evacuação
Edema produzido por defeito de drenagem
Edema se instala, se torna fibroso e difícil evacuação
Ex: Agenesia ou hipoplasia linfática, obstrução
linfática neoplásica, pós cirúrgica, pós irradiação de
raios X, Gama.
DRENAGEM LINFÁTICA
• Princípios
– Direção: seguir trajeto dos gânglios /
movimento centrípeto
– Velocidade: constante / não há regra!
DRENAGEM LINFÁTICA
• Princípios
– Intensidade / pressão: suficiente para
movimentar a linfa do tecido intersticial para
os grandes coletores
– Tempo: 4mm/s (fisiológico)
• De 30-50 minutos
DRENAGEM LINFÁTICA
• Indicações
– Patologias venosas (varizes, úlceras
varicosas)
– Patologias linfáticas (elefantíase, erisipela,
celulite)
– Linfedema excisão linfonodal
– Edema por excesso proteínas (DHEG)
– Estética (celulite, retenção hídrica)
DRENAGEM LINFÁTICA
• Contra-indicações
– Patologias oncológicas não tratadas ou em
tratamento
– Patologias cardíacas descompensadas
(aumento débito cardíaco)
– Processos infecciosos ativos
Fisio linfático
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Fisio linfático

  • 1. SISTEMA LINFÁTICO Profa. Dra . Ana Beatriz G. de Souza Pegorare
  • 2. Sistema Linfático • DEFINIÇÃO: – Via acessória onde o líquido flui dos espaços intersticiais de volta ao sangue. • Estreita relação com sistema sanguíneo
  • 4. Sistema Linfático • Funções: – Transporte do líquido intersticial (proteínas e material com grande peso molecular) para fora do espaço tecidual pois os capilares sanguíneos não absorvem macromoléculas
  • 5. Interstício • Espaço entre as células • Representa 1/6 do corpo • Líquido intersticial: formado por filtração e difusão • Constituição muito semelhante à do plasma sanguíneo (concentrações muito menores)
  • 6. Interstício • Constituição: – feixes de fibras colágenas – filamentos de proteoglicanos (ác. hialurônico + proteínas) – gel tecidual: entre os filamentos de proteoglicanos
  • 7. Sistema Linfático Funções: – Defesa organismo – Absorção nutrientes (gordura) – Manutenção homeostase dos fluidos corporais
  • 8. Sistema linfático • Localização: – Todo o corpo, acompanhando o trajeto dos vasos sanguíneos, exceto, • SNC • Partes profundas dos nervos periféricos • Cartilagem • Medula óssea • Placenta • Globo ocular
  • 9. ANATOMIA / HISTOLOGIA • Componentes: – Capilares (vasos) linfáticos – Pré-coletores – Coletores menores – Coletores principais – Linfonodos – Linfa
  • 11. ANATOMIA / HISTOLOGIA • Capilares linfáticos: Cilindro de células epiteliais; finos, porém altamente permeáveis; possuem microválvulas • Vasos pré-coletores: fibras colágenas, elementos elásticos e musculares = contratilidade
  • 12. ANATOMIA / HISTOLOGIA • Vasos coletores: maior calibre, três camadas – fibras elásticas, colágenas e musculatura lisa • Válvulas: limitam refluxo • Coletores linfáticos principais: devolvem a linfa ao sistema venoso
  • 13. Coletores principais • Canal linfático direito: – Porção D cabeça, face e pescoço – Membro Superior D – Hemitórax D – Veias: Subclávia D / Jugular interna D
  • 14. Coletores principais • Ducto torácico: – Início cisterna quilo – Porção E cabeça, face e pescoço – Hemitórax E – Membros Inferiores – Veias: Subclávia E / Jugular interna E
  • 15. Linfonodos • Aglomerado de tecido retículo-endotelial revestido por cápsula de tecido conjuntivo • Ponto de passagem da linfa
  • 16. Linfonodos • Funções: – Parte integrante do sistema imunológico – produz células linfóides (linfócitos e plasmócitos) – Defesa (retém microorganismos – destruição por fagocitose e pinocitose) – Resgata substâncias úteis extravasadas do sangue para o interstício
  • 18. Linfa • Líquido intersticial quando entra nos vasos linfáticos • Desprovida de glóbulos vermelhos, carregando consigo moléculas de alto peso molecular. • É praticamente incolor (aspecto acastanhado)
  • 19. Linfa • Composição semelhante ao plasma sanguíneo – 96% de água, representando cerca de 15% do peso corporal. – Contém um número muito grande de linfócitos, poucas hemácias e todos os fatores de coagulação.
  • 20. Formação Linfa • Diferença de pressão (P) – P capilar:direciona o líquido e suas substâncias a passar pelos poros dos capilares sanguíneos para o interstício – P osmótica/coloidosmótica: pressão contrária – pressiona o líquido que tende a sair dos capilares sanguíneos de volta PROTEÍNAS
  • 21. Formação Linfa • Proteínas: – Substâncias de alto peso molecular (macromoléculas) – Extravasam dos capilares sanguíneos – Não voltam para a corrente sanguínea pelos mesmos capilares (devido à pressão no capilar ser maior) – Pressão capilar linfático menor que capilar venoso – macromoléculas entram no sistema linfático
  • 22. Formação Linfa • Mecanismos: – Ultrafiltração: saída do líquido dos capilares arteriais para o interstício (H2O, O2, nutrientes) = plasma Pressão Hidrostática positiva (capilar) – sístole / Pressão Intersticial negativa
  • 23. Formação Linfa • Mecanismos: – Absorção venosa: entrada do líquido intersticial para os capilares venosos (H2O, CO2, catabólitos) por difusão, • Lei de Starling: estado de quase equilíbrio na membrana capilar, onde: • Quantidade de líquido que é filtrado para fora é quase idêntica à quantidade de líquido que retorna à circulação
  • 24. Formação Linfa • Difusão: movimento espontâneo de moléculas em uma solução, devido ao seu movimento térmico aleatório para atingir uma concentração uniforme, sendo um processo que não requer nenhuma adição de energia
  • 25. Formação Linfa – Absorção linfática: início circulação linfática – entrada líquido com proteínas de alto peso molecular no capilar linfático. • 90% líquido intersticial – reabsorvido pelo sistema venoso • 10% líquido intersticial – absorvido pelos capilares linfáticos (altamente permeáveis)
  • 26. Trajeto da Linfa Capilares pré-coletores coletores menores coletores principais (ducto torácico / canal linfático direito) cava inferior junção subclávia e jugular interna
  • 27. Localização Sistema Linfático • Todo o corpo • Fluxo linfático: 80% superficial / 20% profundo • Fluxo sanguíneo: 80% profundo / 20% superficial
  • 28. SISTEMA LINFÁTICO • Diferença entre gradientes de pressão intravascular: – Contração muscular – Respiração – Movimentos articulares – Peristaltismo intestinal – Movimento dos vasos sangüíneos – Compressão externa
  • 29. SISTEMA LINFÁTICO • Anastomoses: – Linfo-linfáticas, ao nível da pele – interaxilares – Axilo-inguinais – Inguino-inguinais
  • 30. LINFANGION • Verdadeira unidade funcional do sistema linfático = espaço entre as válvulas • Função independente • Enchimento: contração (seqüência)
  • 31. VOLUME LINFÁTICO • • • • Fisiológico = 2-5 litros/dia Situações patológicas = até 20 litros/dia 15% peso corporal = linfa Esvaziamento capilar: compressão tecidos que o circunda
  • 32. FISIOPATOLOGIA DA FORMAÇÃO DO EDEMA • Desequilíbrio entre o aporte de líquido retirado dos capilares sanguíneos pela ultrafiltração e a drenagem deste líquido pelo sistema linfático.
  • 33. Edema vascular • Excesso de aporte de líquido • Pressão hidrostática elevada (no repouso zero) • Sinal de godet • Geralmente desaparece após repouso • É possível deslocar o edema do espaço intersticial a espaço intersticial até chegar a uma região linfática será capaz de reabsorver.
  • 34. Varizes • • • • Perda de eficácia das válvulas venosas Dilatações dos vasos Impõem resistência à circulação venosa Ocorre refluxo e estase, e por sua vez proteínas atravessam a parece do vaso e se acumulam no interstício.
  • 35. Flebites • Criam um obstáculo para o retorno venoso. Ocorre refluxo a aumento da pressão hidrostática local. • O vaso se dilata, as válvulas perdem eficácia • Aumenta a permeabilidade vascular.
  • 36. Insuficiência Cardíaca • Eleva a pressão venosa por insuficiência do coração direito. • A pressão venosa aumenta nos grandes vasos enfraquecendo a corrente de retorno, tornando mais difícil o retorno da linfa à corrente venosa.
  • 37. Diminuição da Pressão oncótica • • • • Ligada a presença de proteínas plasmáticas Aumenta a filtragem e diminui a reabsorção. Desequilíbio se instala progressivamente Edema carencial
  • 38. Edema linfático • • • • • Aporte de líquido é normal Insuficiência da rede de evacuação Edema produzido por defeito de drenagem Edema se instala, se torna fibroso e difícil evacuação Ex: Agenesia ou hipoplasia linfática, obstrução linfática neoplásica, pós cirúrgica, pós irradiação de raios X, Gama.
  • 39. DRENAGEM LINFÁTICA • Princípios – Direção: seguir trajeto dos gânglios / movimento centrípeto – Velocidade: constante / não há regra!
  • 40. DRENAGEM LINFÁTICA • Princípios – Intensidade / pressão: suficiente para movimentar a linfa do tecido intersticial para os grandes coletores – Tempo: 4mm/s (fisiológico) • De 30-50 minutos
  • 41. DRENAGEM LINFÁTICA • Indicações – Patologias venosas (varizes, úlceras varicosas) – Patologias linfáticas (elefantíase, erisipela, celulite) – Linfedema excisão linfonodal – Edema por excesso proteínas (DHEG) – Estética (celulite, retenção hídrica)
  • 42. DRENAGEM LINFÁTICA • Contra-indicações – Patologias oncológicas não tratadas ou em tratamento – Patologias cardíacas descompensadas (aumento débito cardíaco) – Processos infecciosos ativos