Este documento discute os conceitos de segurança e defesa, explorando a diferença entre segurança nacional e internacional. Também aborda a história da internet e do ciberespaço, convenções internacionais sobre crimes cibernéticos, e o papel crescente da defesa cibernética nos assuntos estratégicos de vários países.
3. A COMPONENTE SEGURANÇA
• "[…]segurança é um tipo particular de política
aplicável a uma gama de questões” (BUZAN et al.,
1998, p. 239, tradução nossa)
• ”Como obter segurança, ou mesmo defini-la,
também depende do participante” (BEJTLICH,
2013, tradução nossa)
• ”Segurança é uma função distrubuída, ao invés de
centralizada” (KARAS et al., 2008, p. 8, tradução
nossa)
4. SEGURANÇA DEFESA
• “de um modo geral, pode-se dizer que o conceito de
segurança tem uma referência defensiva[...]” (VILLA;
REIS, 2006, p. 20)
• “*…]o Estado é uma comunidade humana que
pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da
força física dentro de um determinado território”
(WEBER,1967, p. 56, grifo do autor).
7. DEFESA NACIONAL (SOBERANIA) x SEGURANÇA
INTERNACIONAL (ANARQUIA)
• "O provimento soberano da defesa é um requisito
para a sobrevivência e ascensão de todo
Estado[…]” (DUARTE, 2012, p. 7)
8. DEFESA NACIONAL (SOBERANIA) x SEGURANÇA
INTERNACIONAL (ANARQUIA)
• "A sociedade internacional, ao contrário do que
sucede com as comunidades nacionais
organizadas sob a forma de Estados, é ainda hoje
descentralizada[…]. No plano internacional não
existe autoridade superior nem milícia
permanente” (REZEK, 2013, p. 23, grifo do autor)
9. DEFESA NACIONAL (SOBERANIA) x SEGURANÇA
INTERNACIONAL (ANARQUIA)
• “Nenhuma lei os[Estados] protege, nenhuma
autoridade os controla. Quando os Estados
discordam, está sempre presente a possibilidade do
recurso às armas” (PROENÇA JR; DINIZ, 1998, p. 8).
• “O poder militar desempenha um papel crucial na
política internacional por que os Estados coexistem
em uma condição de anarquia” (ART; WALTZ, 2009,
p. 1).
11. INTRODUÇÃO
• ECONOMIA
• DIPLOMACIA
• HISTÓRIA
• DIREITO
• SEGURANÇA
• etc.
INTERNACIONAL
• BOLHA DA INTERNET (“.COM”) – 1999
• GOVERNANÇA DA INTERNET + EMBAIX
RI CIBERNÉTICAS
14. INTRODUÇÃO
RI CIBERNÉTICAS NA ÁSIA
• ECONOMIA
• DIPLOMACIA
• HISTÓRIA
• DIREITO
• SEGURANÇA
• etc.
INTERNACIONAL
RI CIBERNÉTICAS
• BOLHA DA INTERNET (“.COM”) – 1999
• GOVERNANÇA DA INTERNET + EMBAIX
• HISTÓRIA DA INTERNET
17. O CIBERESPAÇO E A INTERNET
INTERNET:
1950’s Advanced Research Projects Agency (ARPA)
ARPA Network (ARPANET) Kleinrock (packet switching)
“Nem nós nem a ARPA concebiam a ARPANET
para ser um projeto militar. O objetivo era
prover um projeto entre nossos muitos
computadores de pesquisas. [...] não
esperávamos que a ARPANET crescesse tão
drasticamente como de fato ocorreu, mas
conseguíamos ver seu enorme valor desde
aqueles primeiros dias.”
Dr. Leonard Kleinrock (prof. UCLA)
18. O CIBERESPAÇO E A INTERNET
INTERNET:
1980’s ARPANET: Militar Network (MILNET) + TCP/IP
1980’s/1990 Tim Berners-Lee (CERN) WWW =
HTTP + HTML
1990’s globalização + microcomputadores + Internet
INTERNET = anárquica e autoexpansível
“[...]uma rede sem centro, sem dono, cuja inteligência
encontra-se nas máquinas dos usuários” (MERCADANTE,
2011).
19. INTRODUÇÃO
“No conflito convencional, as
fronteiras estão bem definidas. No
espaço cibernético, essa fronteira não
existe, uma vez que a arquitetura da
internet é livre.”
Gal. José Carlos dos Santos (Com. CDCiber)
21. INTRODUÇÃO
RI CIBERNÉTICAS NA ÁSIA
• ECONOMIA
• DIPLOMACIA
• HISTÓRIA
• DIREITO
• SEGURANÇA
• etc.
INTERNACIONAL
RI CIBERNÉTICAS
• BOLHA DA INTERNET (“.COM”) – 1999
• GOVERNANÇA DA INTERNET + EMBAIX
• HISTÓRIA DA INTERNET
• CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
23. INTRODUÇÃO
RI CIBERNÉTICAS NA ÁSIA
• ECONOMIA
• DIPLOMACIA
• HISTÓRIA
• DIREITO
• SEGURANÇA
• etc.
INTERNACIONAL
RI CIBERNÉTICAS
• BOLHA DA INTERNET (“.COM”) – 1999
• GOVERNANÇA DA INTERNET + EMBAIX
• HISTÓRIA DA INTERNET
• CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
• SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
24. INTRODUÇÃO
RI CIBERNÉTICAS NA ÁSIA
• ECONOMIA
• DIPLOMACIA
• HISTÓRIA
• DIREITO
• SEGURANÇA
• etc.
INTERNACIONAL
RI CIBERNÉTICAS
• BOLHA DA INTERNET (“.COM”) – 1999
• GOVERNANÇA DA INTERNET + EMBAIX
• HISTÓRIA DA INTERNET
• CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
• SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO
25. INTRODUÇÃO
• Confidencialidade (3ºs não autorizados)
• Integridade (sei que ñ há modificações)
• Disponibilidade (está disponível quando eu
precisar)
• Autenticidade (sei quem enviou)
Segurança da Informação
http://www.aqueous-seo.co.uk/wp-content/uploads/2013/02/Cyber-Criminal.jpg
40. A EMERGÊNCIA DO TEMA GUERRA CIBENRÉTICA
2006: U.S. Air Force Cyber Command (AFCYBER)
2007: Rússia x Estônia “Primeira Guerra Virtual” (NYE,
2008)
2008: Rússia x Geórgia + OTAN Cooperative Cyber
Defence Centre of Excellence (NATO CCD COE)
2008: END Brasil
2009: U.S. Cyber Command (USCYBERCOM)
2010: StuxNet
EUA, ING, FRA, CorNO, ALE, CHINA, HOL, JAP (2014)
41. O BRASIL E O SETOR ESTRATÉGICO
CIBERNÉTICO
“Não é independente quem não tem o
domínio das tecnologias sensíveis,
tanto para a defesa como para o
desenvolvimento.”
Estratégia Nacional de Defesa (2008)
42. PORTARIA COM
EXÉR Nº 03-RES
(2009)
“No setor
cibernético,
será
constituída
organização
encarregada
de desenvolver
a capacitação
cibernética nos
campos
industrial e
militar” (END,
2008)
Fonte: LOPES, 2011
43. O BRASIL E O SETOR ESTRATÉGICO
CIBERNÉTICO
Centro de Comunicações e Guerra
Eletrônica do Exército (CCOMGEX)
-50 anos
-Reativado em 2009
-Guerra eletrônica vs. Guerra
cibernética
Centro de Defesa Cibernética (CDCiber)
-Previsto na END (2008)
-Criado em 2010
-Funciona em 2010/2011
-2010 R$ 10 mi
44. A OTAN ENVEREDA PELO CIBERESPAÇO
• “[...]há uma assimetria
muito grande. Quanto
mais um país se
sofistica
tecnologicamente, mais
vulnerável ele fica.”
(Cel. Luis Cláudio,
NCDCiber).
• 2007: Estônia x Rússia
• Primeira Guerra Virtual
(Web War One)
45. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
DEFESA CIBERNÉTICA:
•Debate crescendo na Academia e nas FAs
•EUA virtual e real
•BRASIL “guerra cibernética” na Academia Militar
das Agulhas Negras + I Jornada de Trabalho de
Defesa Cibernética
•OTAN CCD COE = treinamentos + eventos
(monitoramento?)
•UE ALE, ING, HOL, FRA
46. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
“Se você não dominar no
ciberespaço, você não pode
dominar em outros domínios.”
Gal. Robert Elder
(Dir. Cyberspace Operations Task Force)
51. • 1940: anexada à URSS
• 1942: ALE invade
• 1944: URSS RSS da
Estônia
• 1947: URSS Estátua
• 1991: Fim da URSS
• 1992: Independência
• 1994: RÚS sai
• 2004: OTAN e UE
• 2007:
• 1,3 milhão
• 25% origem russa
• Melhores infraestruturas de TIC
• Remoção Estátua
ESTÔNIA
52. • O Caso Rússia x Estônia (2007)
• CONFLITO ÉTNICO:
• Depredação patrimônio
• Protestos na Embaixada na RÚS
• Confronto com policiais
• 1.000 pessoas presas
• 1 morta
• CIBERCONFLITO ÉTNICO
• Sites do parlamento, da presidência da
República, dos ministérios e dos serviços
de saúde e tecnologia são atacados
• Chats = bunkers p/ os ataques reais e virtuais
53. • O Caso Rússia x Estônia (2007)
• RESULTADO
• Infraestrutura das TIC EST severamente abalada pede
apoio à OTAN e à UE.
• Especialistas: ataques virtuais máquinas do governo russo
• EST RÚS cometeu “cyber terrorismo”.
• Acesso à Internet: direito fundamental
54. • 1924: URSS anexa
• Divide povos ossetas (RÚS e GEO)
• 1989: Fim da URSS
• 1989: OdS independente da GEO
• 1990: OdS x GEO
• 1991: Independência da GEO
• 1992: RÚS: trégua tripartite
GEÓRGIA
55. • O Caso Rússia x Geórgia (2008)
• CONFLITO INTERNACIONAL:
• GEO OdS (OTAN?)
• RUS entra na OdS GEO
• GEO: EUA (CS-ONU)
• 1ª CIBERWAR
• Semanas antes: ciberataques à infraestrutura TIC
(semelhantes aos da Estônia)
• Ataques virtuais + bélicos = “dificultou a comunicação entre o
governo e a população, impedindo o fluxo de informações
sobre a guerra” (GEEK, 2009)
56. • O Caso Rússia x Geórgia (2008)
• 1ª CIBERWAR
“A história real não é sobre a Geórgia. É sobre as várias
cibercampanhas que nós podemos esperar de agora em diante na
maioria dos futuros conflitos internacionais” (John Bumgarner apud
GEEK, 2009)
HOJE:
• RUS, VEN, HON: OdS independente
69. ART, Robert J.; WALTZ, Kenneth N. The Use of Force: Military Power and International
Politics. 7. ed. Boulder: Rowman & Littlefield Publishers, 2009.
BEJTLICH, Richard. Don't underestimate cyber spies: how virtual espionage can lead to
actual destruction. Foreign Affairs, 2 maio 2013. Disponível em:
<http://www.foreignaffairs.com/articles/139357/richard-bejtlich/dont-underestimate-
cyber-spies?cid=nlc-this_week_on_foreignaffairs_co-050913-
dont_underestimate_cyber_spies_4-050913>. Acesso em: 19 mar. 2014.
BUZAN, Barry; WÆVER, Ole; WILDE, Jaap de. Security: a new framework for analysis.
Boulder: Lynne Rienner, 1998.
CLARKE, Richard A.; KNAKE, Robert K. Cyber War: the next threat to national security
and what to do about it. 2. ed. New York: HarperCollins, 2012.
70. DUARTE, Érico. Conduta da guerra na era digital e suas implicações para o Brasil: uma
análise de conceitos, políticas e práticas de defesa. Texto para discussão, Rio de
Janeiro, n. 1760, IPEA, ago. 2012.
GEEK. Ciberataques contra a Geórgia em 2008 foram orquestrados por civis não
ligados ao governo russo. Disponível em: <http://www.geek.com.br/posts/10744-
ciberataques-contra-a-georgia-em-2008-foram-orquestrados-por-civis-nao-ligados-ao-
governo-russo>. Acesso em: 6 nov. 2010.
KARAS, T. H.; MOORE, J. H.; PARROTT, L. K. Metaphors for cyber security. Sandia
Report, SAND2008-5381. New Mexico, EUA: Sandia National Laboratories, 2008.
Disponível em: <http://prod.sandia.gov/techlib/access-control.cgi/2008/085381.pdf>.
Acesso em: 21 mar. 2014.
71. LOPES, Gills. A emergência do tema ciberguerra: contextualizando a criação do Centro
de Defesa Cibernética à luz da Estratégia Nacional de Defesa. In: SEMINÁRIO DO LIVRO
BRANCO DE DEFESA NACIONAL, 6., 2011, São Paulo. Concurso de Artigos sobre o Livro
Branco de Defesa Nacional. Brasília: Ministério da Defesa, 2011a. Disponível em:
<http://defesa.gov.br/projetosweb/livrobranco/arquivos/apresentacao-
trabalhos/artigo-gills-lopes.pdf>. Acesso em: 19 mar. 2014.
NYE, Joseph S. Cyber Insecurity. Daily News Egypt, Cambridge, 14 dez. 2008.
Disponível em:
<http://belfercenter.ksg.harvard.edu/publication/18727/cyber_insecurity.html>.
Acesso em: 19 mar. 2014.
PROENÇA JR, Domício; DINIZ, Eugenio. Política de defesa no Brasil: uma análise crítica.
Brasília: UnB, 1998.
72. REZEK, Francisco. Direito Internacional Público: curso elementar. 14. ed. rev., aumen. e
atual. São Paulo: Saraiva, 2013.
VILLA, Rafael D.; REIS, Rossana R. A segurança internacional no pós-Guerra Fria: um
balanço da teoria tradicional e das novas agendas de pesquisa. R. bras. de Informação
Bibliográfica em Ciências Sociais (BIB), São Paulo, n. 62, 2º semest., 2006, p. 19-51.
WEBER, Max. A política como vocação. In: GERTH, H. H.; WRIGHT MILLS, C. (Org). Max
Weber: Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1967. p. 55-
89. Disponível em:
<http://www.bresserpereira.org.br/Terceiros/Cursos/09.08.Weber,A_politica.pdf>.
Acesso em: 11 mar 2014.