Evocação de Michael, 11/01
por Frater Osiris, 2002
Evocação de Michael, 23/07/2001
Templo do Sol, 8:30-9:00 p.m.
[S. era o Vidente. Ritual Menor do Pentagrama. Evocação Padrão. Identificado e saudado.]
F.O.: Hoje tenho algumas perguntas para ti. Minha primeira pergunta é: Fiz
recentemente este Triângulo Goético, e quando intencionei consagrá-lo, percebi que não
há rituais de consagração concernentes ao Triângulo da Arte, seja nas Chaves Menores
ou Maiores. Poderia me dizer por qual razão?
M.: A informação que tu tens não está completa. Há muito mais que nunca ti
foram mostradas.
F.O.: Eu compreendo. Ainda assim, eu teria imaginado que algo assim seria incluído
nas Chaves Maiores ― há encantamentos e purificações para seus sapatos!
M.: Não foi incluso porque eles não sabiam disso. Outros encontram isso, porém se
recusaram a publicar, querendo somente para suas coleções pessoais.
F.O.: Eu gravei um para mim, parece-me que funciona de modo satisfatório. Este
Triângulo faz com que eu me sinta muito poderoso.
M.: Ele está muito bem feito. Tu deves ser elogiado por isso.
F.O.: Já era hora de ter, pelo o menos, uma parte dos acessórios “formais”. Mais alguma
coisa relativa ao Triângulo da Arte?
M.: (Pausa). É uma ferramenta importante que muitas vezes é esquecida.
F.O.: De que maneira?
M.: É um portal que tu abres. Uma vez aberto, ele muda continuamente. Quanto
mais você abri-lo, mais poderoso ele se torna. As conexões com diferentes locais
aumentam.
F.O.: Eu não entendo o que você quer dizer por portal. Por favor, aperfeiçoe.
M.: O Triângulo se torna um elo com outros mundos. É o seu próprio portal para
estes outros mundos. Um dia tu serás capaz de buscar outros mundos através do
triângulo. Tu ainda não estás pronto para isso.
F.O.: Deixe-me saber quando chegar a hora. Estaria muito interessado nisso.
M.: Ainda falta muito.
F.O.: Então é algo que exige esforço. Algo mais sobre isso?
M.: O Triângulo cria vida própria. Uma vez que você cria seu próprio Triângulo,
ele é ligado a ti e ao teu mundo. Tu deves ser cuidadoso com o aquilo que se
aproxima ou passa próximo dele.
F.O.: Poderia explicar mais?
M.: Tudo o que eu posso dizer... Quem quiser pode extrair energia dele. Essa não é
a finalidade dele, e o enfraquecerá.
F.O.: Como eu posso protegê-lo contra esse fenômeno?
M.: Não permitas que nenhuma pessoa que deseja interromper (entre) neste
templo, dentro desta sala.
F.O.: Eu não pretendo. Eu também solicitei que me ajudes e proteja, pois sei que és bom
e útil.
M.: Enquanto tu não convidares aqueles que possam vir a interromper, eu te
protegerei.
F.O.: Sei que isso é até uma imprudência minha. Serei mais cuidadoso com o triângulo.
Prosseguindo... Outra pergunta para ti. Este livro (Armadel) ― você está familiarizado
com ele?
M.: Sim.
F.O.: Eu não entendi a natureza dele. Além disso, você está nele, ou pelo o menos, o seu
nome está.
M.: Muitas coisas são atribuídas a mim.
F.O.: Eu tenho uma pergunta sobre este grimório. (Aberto no registro/selo de Michael
no Armadel.] O que aconteceria se eu fosse utilizar este selo, mesmo eu não tendo tanta
familiaridade com ele, e te evocar?
M.: Tu poderias obter aquilo que tu solicitaste.
F.O.: Seria tu de fato, ou uma ligeira versão sua?
M.: Eu sou do tom de todas as cores.
F.O.: Tens algum conselho adicional quanto aos experimentos com este livro?
M.: Os resultados que tu conseguires, podem ser diferentes daquilo que tu estás
acostumado a obter.
F.O.: Diferente em qual aspecto?
M.: A natureza dessas energias é diferente dos outros livros.
F.O.: Compreendido. Eu tenho dois outros grimórios para questionar sobre eles: o
Grimorium Verum e o Grimório de Honorius. Esses são trabalhos no mesmo estilo que
os da Goetia, não são?
M.: (Pausa.) (Ele estava olhando para cima.) Muitos mais trabalhos devem lhe ser
postos dentro (dos grimórios) antes de tu fazê-los.
F.O.: Então talvez eu ti consulte sobre isso em outra oportunidade.
M.: Eles podem ser feitos agora, mas tu deves está preparado para saber com o
que tu estarás se envolvendo.
F.O.: Então, com o que eu estarei me envolvendo?
M.: Tu aprenderás lições das quais poderá não ser capaz de lidar. Tu deves ter
certeza que podes lidar com o que receber ou vir deles.
F.O.: Entendo.
M.: Eu não creio que tu terias uma enorme quantidade de problemas com eles,
porém, eu aguardaria até que tu vida esteja mais estável do que agora.
F.O.: Certo. Obrigado. Eu irei buscar informações contigo em uma data posterior,
porém, eu fiquei curioso. Mais duas questões. Voltando a Goetia. Os espíritos da Goetia
possuem graus: Condes, Duques, etc. Esses são realmente necessários na questão da
evocação?
M.: Se tu tentares usar mais que um em um mesmo momento, eles são. A
hierarquia está lá por um motivo, porém raramente é utilizada. Pode haver
terríveis conseqüências por isso.
F.O.: Eu nunca chamei alguém do topo da hierarquia. Eu teria algum problema com
isso?
M.: Não é difícil.
F.O.: Eu não imaginava que poderia ser.
M.: Muitas guerras foram combatidas com eles, e eles gostam disso.
F.O.: Eu não desejo batalhar guerras com eles. Eu só desejo fazê-los trabalharem para
mim, como um apoio, como as outras pessoas fazem.
M.: Lembra-te que o maior deles és tu.
F.O.: Isso é verdade. O Demônio. Um outro questionamento. Há um par de anos atrás,
havia um homem que me ensinou algumas das técnicas básicas (da Evocação da Goetia)
que eu tenho aperfeiçoado ao longo dos últimos dois anos. Ele falou sobre nomear o
melhor e mais fiel dos Espíritos Goéticos para utilizá-lo como um superintendente ou
mestre dos outros espíritos. Poderia falar a ele e descobrir quem o enviou para
determinada tarefa, e também poderia conduzi-lo, caso
contraproducentes ou estivessem interferindo uns com os outros.
eles
não
fossem
M.: É isso que significa a hierarquia.
F.O.: Então eu deveria utilizar a hierarquia existente em vez criar uma hierarquia
minha?
M.: Tu podes promover ou rebaixar como desejar. Os espíritos trabalham melhor
com a ordem original, a menos que tu possas convencê-los de outra forma.
F.O.: Eu pensarei a respeito disso. Tu sugeres, então, que eu chame um dos quatro
espíritos dos Grandes Reis da Goetia? Eu devo chamar um deles, fazer vir sob o meu
comando, e dirigi-lo a fazer esta função, a de orientar meus espíritos?
M.: Se tu fizeres isso, sejas cuidadoso com quem escolher. Escolha um que se sinta
bem e seja honesto contigo.
F.O.: Tu estás falando sobre os Reis?
M.: Sim.
F.O.: Não são quatro deles que governam acima e além dos outros?
M.: Os poderes deles são iguais para todos eles. Não existe um espírito maior que o
resto. Alguns podem gerir melhor do que outros.
F.O.: Considerarei isso. Eu já tenho um dos Reis a minha disposição. Alguma outra
recomendação sobre essa questão, no que diz respeito à Goetia ou ao meu trabalho com
ela?
M.: Tenha cuidado e tu poderás ser informado por eles todos. Não os deixe
escapar.
F.O.: Isto me leva a uma questão interessante. O que eu faço com eles quando eu não
tiver nada pra eles fazerem?
M.: Libere-os para seus afazeres.
F.O.: Eu apenas peço para eles irem, é isso?
M.: É melhor agradecê-los, e recompensa-los, se assim desejares.
F.O.: Meu objetivo é que eu não precise manter cada um deles ocupados o tempo todo.
M.: Não.
F.O.: Bom saber. Existe algo mais que eu deveria fazer além de agradecê-los,
recompensa-los e ordená-los a irem embora até que eu os chame novamente?
M.: Eles trabalharão melhor, caso você faça isso.
F.O.: Eles não irão interferir de qualquer maneira, aspecto ou forma?
M.: Não.
F.O.: Ok. Antes de finalizar, tens qualquer outra coisa que desejas falar?
M.: Nós já falamos mais que o suficiente.
F.O.: Então eu lhe agradeço Michael, por vir aqui diante de nós. Assim eu te despeço.
(Ele se vai)
Tradução: Grupo de Traduções Ocultas — GtoBr.org
Tradutor: Leonardo M. (LVX NOX).
www.gtobr.org — Grupo de Traduções Ocultas