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Crateús/CE
Figuras de Sintaxe
Disciplina: Português
Educador: Edson Alves
definição
As figuras de construção ocorrem quando
desejamos atribuir maior expressividade ao
significado. Assim, a lógica da frase é substituída
pela maior expressividade que se dá ao sentido.
Elipse
Consiste na omissão de um ou mais termos
numa oração que podem ser facilmente
identificados, tanto por elementos gramaticais
presentes na própria oração, quanto pelo
contexto
Exemplos:
1) A cada um o que é seu. (Deve se dar a cada um o que é
seu.)
2)Tenho duas filhas, um filho e amo todos da mesma
maneira.
Nesse exemplo, as desinências verbais
de tenho e amo permitem-nos a identificação do sujeito em
elipse "eu".
3)Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho.
(Ela, Regina, preferiu ir direto para o trabalho, pois estava
atrasada.)
4) As rosas florescem em maio, as margaridas em agosto. (As
margaridas florescem em agosto.)
Zeugma
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre
quando é feita a omissão de um termo
já mencionado anteriormente.
Exemplos:
Ele gosta de geografia; eu, de português.
Na casa dela só havia móveis antigos; na
minha, só móveis modernos.
Ela gosta de natação; eu, de vôlei.
No céu há estrelas; na terra, você.
Silepse
A silepse é a concordância que se faz com o
termo que não está expresso no texto, mas sim
com a ideia que ele representa. É uma
concordância anormal, psicológica, espiritual,
latente, porque se faz com um termo oculto,
facilmente subentendido. Há três tipos de
silepse: de gênero, número e pessoa.
Silepse de Gênero
Os gêneros são masculino e feminino. Ocorre a silepse de
gênero quando a concordância se faz com aideia que o termo
comporta.
Exemplos:
1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor
intenso.
Nesse caso, o adjetivo bonita não está concordando com o
termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence ao gênero
masculino, mas com a ideia contida no termo (a cidade de Porto
Velho).
2) Vossa excelência está preocupado.
Nesse exemplo, o adjetivo preocupado concorda com o sexo da
pessoa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa
excelência.
Silepse de Número
Os números são singular e plural. A silepse de número ocorre
quando o verbo da oração não concorda gramaticalmente com o
sujeito da oração, mas com a ideia que nele está contida.
Exemplos:
A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade de Salvador.
Como vai a turma? Estão bem?
O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto.
Note que nos exemplos acima, os
verbos andaram, estão e gritavam não concordam gramaticalmente
com os sujeitos das orações (que se encontram no
singular, procissão, turma e povo, respectivamente), mas com
a ideia de pluralidade que neles está contida. Procissão, turma e
povo dão a ideia de muita gente, por isso que os verbos estão no
plural.
Silepse de Pessoa
Três são as pessoas gramaticais: a primeira, a segunda e a terceira. A
silepse de pessoa ocorre quando há um desvio de concordância. O
verbo, mais uma vez, não concorda com o sujeito da oração, mas sim
com a pessoa que está inscrita no sujeito.
Exemplos:
O que não compreendo é como os brasileiros persistamos em
aceitar essa situação.
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
"Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins públicos."
(Machado de Assis)
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não concordam
gramaticalmente com os seus sujeitos
(brasileiros, agricultores e cariocas que estão na terceira pessoa),
mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, os
agricultores e os cariocas).
Polissíndeto / Assíndeto
Para estudarmos essas duas figuras de construção, é
necessário recordar um conceito estudado em sintaxe
sobre período composto. No período composto por
coordenação, podemos ter orações sindéticas ou
assindéticas. A oração coordenada ligada por uma
conjunção (conectivo) é sindética; a oração que não
apresenta conectivo é assindética.
Recordado esse conceito, podemos definir as duas
figuras de construção:
1) Polissíndeto
É uma figura caracterizada pela repetição enfática dos
conectivos. Observe o exemplo:
"Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e grita,
luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e se
espedaça,e morre." (Olavo Bilac)
"Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o
homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.
2) Assíndeto
É uma figura caracterizada pela ausência,
pela omissão das conjunções coordenativas,
resultando no uso de orações coordenadas
assindéticas. Exemplos:
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família.
"Vim, vi, venci." (Júlio César)
Pleonasmo
Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as
mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é
realçar a ideia, torná-la mais expressiva. Veja este
exemplo:
O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo.
Nesta oração, os termos "o problema da
violência" e "lo" exercem a mesma função sintática:
objeto direto. Assim, temos um pleonasmo do objeto
direto, sendo o pronome "lo" classsificado como
objeto direto pleonástico.
Exemplos:
"Vi, claramente visto, o lumo vivo." (Luís de Camões)
"Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal."
(Fernando Pessoa)
"E rir meu riso." (Vinícius de Moraes)
"O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem." (Manuel Bandeira)
Observação: o pleonasmo só tem razão
de ser quando confere mais vigor à
frase; caso contrário, torna-se um
pleonasmo vicioso. Exemplos:
Vi aquela cena com meus próprios
olhos.
Vamos subir para cima.
Anáfora
É a repetição de uma ou mais palavras no início de
várias frases, criando assim, um efeito de reforço e
de coerência. Pela repetição, a palavra ou expressão
em causa é posta em destaque, permitindo ao
escritor valorizar determinado elemento textual. Os
termos anafóricos podem muitas vezes ser
substituídos por pronomes relativos. Assim, observe
o exemplo abaixo:
Encontrei um amigo ontem. Ele disse-me que te
conhecia. O termo ele é um termo anafórico, já que
se refere a um amigo anteriormente referido
Observe outro exemplo:
"Se você gritasse
Se você gemesse,
Se você tocasse
a valsa vienense
Se você dormisse,
Se você cansasse,
Se você morresse...
Mas você não morre,
Você é duro José!" (Carlos Drummond de Andrade)
Anacoluto
Consiste na mudança da construção sintática no meio
da frase, ficando alguns termos desligados do resto do
período. Veja o exemplo:
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
A expressão "esses alunos da escola" deveria exercer a
função de sujeito. No entanto, há uma interrupção da
frase e essa expressão fica à parte, não exercendo
nenhuma função sintática. O anacoluto também é
chamado de "frase quebrada", pois corresponde a uma
interrupção na sequência lógica do pensamento.
Exemplos:
O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito
bem.
A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha.
(Camilo Castelo Branco)
Obs.: o anacoluto deve ser usado com finalidade
expressiva em casos muito especiais. Em geral,
deve-se evitá-lo.
Hipérbato / Inversão
É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão
da ordem direta dos termos da oração. Exemplos:
Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O
amor venceu ao ódio.)
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seria: Eu cuido dos meus problemas.)

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Figuras de sintaxe

  • 1. Crateús/CE Figuras de Sintaxe Disciplina: Português Educador: Edson Alves
  • 2. definição As figuras de construção ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expressividade que se dá ao sentido.
  • 3. Elipse Consiste na omissão de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente identificados, tanto por elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto pelo contexto
  • 4. Exemplos: 1) A cada um o que é seu. (Deve se dar a cada um o que é seu.) 2)Tenho duas filhas, um filho e amo todos da mesma maneira. Nesse exemplo, as desinências verbais de tenho e amo permitem-nos a identificação do sujeito em elipse "eu". 3)Regina estava atrasada. Preferiu ir direto para o trabalho. (Ela, Regina, preferiu ir direto para o trabalho, pois estava atrasada.) 4) As rosas florescem em maio, as margaridas em agosto. (As margaridas florescem em agosto.)
  • 5. Zeugma Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
  • 6. Exemplos: Ele gosta de geografia; eu, de português. Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só móveis modernos. Ela gosta de natação; eu, de vôlei. No céu há estrelas; na terra, você.
  • 7. Silepse A silepse é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no texto, mas sim com a ideia que ele representa. É uma concordância anormal, psicológica, espiritual, latente, porque se faz com um termo oculto, facilmente subentendido. Há três tipos de silepse: de gênero, número e pessoa.
  • 8. Silepse de Gênero Os gêneros são masculino e feminino. Ocorre a silepse de gênero quando a concordância se faz com aideia que o termo comporta. Exemplos: 1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor intenso. Nesse caso, o adjetivo bonita não está concordando com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a cidade de Porto Velho). 2) Vossa excelência está preocupado. Nesse exemplo, o adjetivo preocupado concorda com o sexo da pessoa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa excelência.
  • 9. Silepse de Número Os números são singular e plural. A silepse de número ocorre quando o verbo da oração não concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas com a ideia que nele está contida. Exemplos: A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade de Salvador. Como vai a turma? Estão bem? O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto. Note que nos exemplos acima, os verbos andaram, estão e gritavam não concordam gramaticalmente com os sujeitos das orações (que se encontram no singular, procissão, turma e povo, respectivamente), mas com a ideia de pluralidade que neles está contida. Procissão, turma e povo dão a ideia de muita gente, por isso que os verbos estão no plural.
  • 10. Silepse de Pessoa Três são as pessoas gramaticais: a primeira, a segunda e a terceira. A silepse de pessoa ocorre quando há um desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não concorda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que está inscrita no sujeito. Exemplos: O que não compreendo é como os brasileiros persistamos em aceitar essa situação. Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho. "Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins públicos." (Machado de Assis) Observe que os verbos persistamos, temos e somos não concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasileiros, agricultores e cariocas que estão na terceira pessoa), mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, os agricultores e os cariocas).
  • 11. Polissíndeto / Assíndeto Para estudarmos essas duas figuras de construção, é necessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre período composto. No período composto por coordenação, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo) é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assindética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas figuras de construção:
  • 12. 1) Polissíndeto É uma figura caracterizada pela repetição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: "Falta-lhe o solo aos pés: recua e corre, vacila e grita, luta e ensanguenta, e rola, e tomba, e se espedaça,e morre." (Olavo Bilac) "Deus criou o sol e a lua e as estrelas. E fez o homem e deu-lhe inteligência e fê-lo chefe da natureza.
  • 13. 2) Assíndeto É uma figura caracterizada pela ausência, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. "Vim, vi, venci." (Júlio César)
  • 14. Pleonasmo Consiste na repetição de um termo ou ideia, com as mesmas palavras ou não. A finalidade do pleonasmo é realçar a ideia, torná-la mais expressiva. Veja este exemplo: O problema da violência, é necessário resolvê-lo logo. Nesta oração, os termos "o problema da violência" e "lo" exercem a mesma função sintática: objeto direto. Assim, temos um pleonasmo do objeto direto, sendo o pronome "lo" classsificado como objeto direto pleonástico.
  • 15. Exemplos: "Vi, claramente visto, o lumo vivo." (Luís de Camões) "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal." (Fernando Pessoa) "E rir meu riso." (Vinícius de Moraes) "O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem." (Manuel Bandeira)
  • 16. Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quando confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um pleonasmo vicioso. Exemplos: Vi aquela cena com meus próprios olhos. Vamos subir para cima.
  • 17. Anáfora É a repetição de uma ou mais palavras no início de várias frases, criando assim, um efeito de reforço e de coerência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar determinado elemento textual. Os termos anafóricos podem muitas vezes ser substituídos por pronomes relativos. Assim, observe o exemplo abaixo: Encontrei um amigo ontem. Ele disse-me que te conhecia. O termo ele é um termo anafórico, já que se refere a um amigo anteriormente referido
  • 18. Observe outro exemplo: "Se você gritasse Se você gemesse, Se você tocasse a valsa vienense Se você dormisse, Se você cansasse, Se você morresse... Mas você não morre, Você é duro José!" (Carlos Drummond de Andrade)
  • 19. Anacoluto Consiste na mudança da construção sintática no meio da frase, ficando alguns termos desligados do resto do período. Veja o exemplo: Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles. A expressão "esses alunos da escola" deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma interrupção da frase e essa expressão fica à parte, não exercendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é chamado de "frase quebrada", pois corresponde a uma interrupção na sequência lógica do pensamento.
  • 20. Exemplos: O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem. A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Castelo Branco) Obs.: o anacoluto deve ser usado com finalidade expressiva em casos muito especiais. Em geral, deve-se evitá-lo.
  • 21. Hipérbato / Inversão É a inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da ordem direta dos termos da oração. Exemplos: Ao ódio venceu o amor. (Na ordem direta seria: O amor venceu ao ódio.) Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta seria: Eu cuido dos meus problemas.)