SlideShare une entreprise Scribd logo
1  sur  31
Télécharger pour lire hors ligne
! 
PATERNIDADE E CORPO 
Maria Luiza de Carvalho 
Psicóloga / Professora 
Terapia Ocupacional 
FM UFRJ 
VI Simpósio Paternidades, 
Singularidades 
e Políticas Públicas: 
Paternidade e Cuidado
Corpo de pai acolhedor nutrindo 
emocionalmente os filhos 
Foto: Ana Paula Cazeiro 
Formação do apego 
Segurança emocional
Encouraçamento psicocorporal 
da masculinidade 
Força física, trabalho remunerado e dominação 
sobre as mulheres. Negação das fragilidades e grande 
vulnerabilidade a doenças, violência e morte. 
Ausentes no cuidado em geral. 
! 
Relações trabalhistas alienadoras (Marx) 
Homens e mulheres esquecemos e nos distanciamos 
de nós e dos outros, num encouraçamento emocional 
que se propaga nas relações (Reich)
Paternidade cuidadora 
na construção social dos corpos 
Registro do afeto e da presença do pai 
no corpo da criança 
! 
Masculinidade cuidadora gravada na 
memória corporal de meninos e 
meninas 
! 
Construção social de corpos 
masculinos cuidadores 
! 
Identificação dos meninos com 
homens e pais cuidadores 
Foto: José Inácio Parente
O corpo dos homens 
na gestação de seus filhos 
Os homens vivem a intensidade emocional das novas 
responsabilidades 
Síndrome de couvade? Comportamento patológico? 
Desvalorização da experiência masculina? 
! 
Variações hormonais no período 
em torno do parto 
!! 
Pesquisa com pais no parto em 2001: 
! 
“É uma coisa que nasceu de mim. 
Pode ter nascido dela, mas é uma coisa minha. 
É produto meu”. 
Foto: José Inácio Parente
Foto Paulo Batistuta O corpo do pai no parto 
Mãe: Eu me senti muito feliz, muito segura porque ele ‘tava ao meu lado. E aí 
foi muito mais fácil porque ele nasceu logo, porque ele ‘tava ao meu lado. 
! 
Pais: ... Para dar uma força, mais tranquilidade a ela. 
... Eu sou um antes e outro depois de ver meu filho nascer. 
Carvalho, 2001,2003 
Sensibilidade Sexualidade Amor
Pesquisa com pais no parto em 2001: 
! 
! 
Já teve época em que o pai participava do pré-natal, 
fazia massagem, ajudava. Os pais que colaboram de 
verdade, são os que participam, 
que atuam. Ele sabe o que é para fazer. 
Já vi cada coisa linda: homem ajoelhado com a mulher 
no parto.
Com a participação paterna, recuperação de recém-nascidos é mais rápida. 
#métodocanguru:http://elosdasaude.wordpress.com/2013/11/26/biblioteca-metodo- 
canguru-para-recem-nascidos-de-baixo-peso/
Pais que cuidam sozinhos 
! 
Pais sem experiência podem cuidar dos 
filhos com quem já tinham vínculos, sem a presença das mães, 
motivados por amor e responsabilidade, em situações de 
crise provocadas por ausência ou falha materna no cuidado. 
O trabalho de cuidar faz o cuidador. 
! 
Desempenho de todas as funções de cuidado 
! 
Acolhimento amoroso 
Educação de limites 
Higiene, vestir, alimentação, 
Instrução, saúde e educação 
de valores. 
Diferentes estilos de cuidar 
Vínculo intenso/simbiose? 
Filho como prioridade 
Valorização do trabalho doméstico
Corpos de pais 
sobrecarregados 
! 
Sobrecarga da dupla-jornada 
! 
Falta de cuidado de si mesmo 
Necessidade de apoio 
! 
Dilemas entre trabalho e 
cuidado dos filhos 
Empobrecimento 
! 
Dificuldade para vida social e relações 
amorosas
ENFRENTAMENTO DE PRECONCEITOS 
! 
Outros pais e mães 
Meio social 
Conselho tutelar e na justiça 
Psicologia jurídica 
Trabalho 
Banheiro de shopping 
Rua 
Instituições de saúde 
Reunião de mães e professoras
Desafios enfrentados 
! 
Foram duas psicólogas da guarda da minha filha. Tem uma que eu 
achei que ela não foi nem profissional na parte dela, né? Porque ela 
pendeu pelo lado da mãe. Eu como homem, né cara, eu sou visto, 
visto como que uma pessoa que não é adequada 
pra criar, ainda mais uma filha menina. 
Aí, quer dizer, eu sentia aquilo ali. 
Eu pressenti isso, porque eu fui chamado de alcoólatra, 
foi falado no processo todo que ... que eu não queria pagar a pensão, 
que eu tinha ciúmes. Foram várias coisas a meu respeito. Foi falado 
bastante coisa, né cara. 
Um processo árduo, né cara, prá mim.. 
! 
Clóvis, 40, separado, Bombeiro, filhos de 16 e 14, filha de 5 anos
! 
! 
Prazer, 
desencouraçamento de gênero 
e autorregulação 
! 
Grandes alegrias por cuidarem. 
Seus olhos brilhavam ao falarem 
emocionados, felizes e satisfeitos 
com as tarefas cuidadoras e com o contato 
amoroso diário com seus filhos. 
! 
Nas entrevistas, suas emoções fluíam com facilidade, 
profundas e conscientes. Suas falas eram calorosas 
sobre a intensidade afetiva que experimentavam 
com seus filhos.
! 
Prazer com tarefas e sensibilidades 
ditas “femininas” 
! 
Aí de lá para cá, meu mundo mudou mesmo. Mudou, eu 
tive que aprender tudo, eu tive que descobrir tudo. E aí eu 
entrei no mundo feminino, por causa das minhas duas 
filhas. Esse mundo feminino, esse mundo me fez ver a 
mulher, o outro lado da mulher. Me fez ver a paciência, o 
amor que triplicou, me fez ver como a mulher se sente do 
outro lado e eu sinto como uma mulher se sente, eu 
homem, eu tive que aprender isto. (...) 
Você conhece seu filho só no olhar e esse olhar eu tive 
que descobrir, porque eu era só pai dela, não era pai e mãe, 
pai e mãe é diferente...É esse amor que eu te falei, é esse 
mundo feminino, o mundo da mulher; e o homem não, o 
homem se exclui desse mundo...Aí então eu tive que 
descobrir esse mundo feminino, a sensibilidade, né? 
Isaías, 50, desempregado, filhas de 18 e 20 a.
! 
LIBERTAÇÃO DAS EXPECTATIVAS DA 
MASCULINIDADE 
! 
! 
É uma coisa ímpar, é uma coisa que não tem 
como descrever assim... Foram vários momentos. 
Eu acho uma coisa, como posso dizer? Muito 
emocionante, é uma coisa muito legal. Eu nunca 
imaginei, quando eu era adolescente, ou início da 
minha fase adulta, de eu passar por uma situação 
dessas, né? Aí, de repente, a coisa acontece e eu 
vi que não tem nenhum bicho de sete cabeças. É 
bom, é legal, eu estou gostando. 
Alfredo, 39, oficial PM, divorciado, filha de 14 anos
Desencouraçamento da masculinidade 
!! 
Eu tinha que ganhar dinheiro pra 
botar essas coisas e eu trabalhava 
e ganhava comissão. Então eu não 
podia parar, porque era uma dificuldade 
muito grande. (...) Eu tenho aprendido com 
ela muitas coisas o que eu não aprendia, 
porque não tinha tempo pra ficar com ela e 
hoje eu aprendo muitas coisas com ela. 
! 
Jonathan, 37, desempregado, filha de 5 anos
! 
! 
Então eu virei pai e mãe, e para você ver que eu tenho tanta 
facilidade de exercer esse papel de mãe que é uma coisa 
incrível. Eu falei: ‘meu, como Deus é perfeito’! Porque arrumo, 
eu faço trancinha no cabelo dela igual mulher faz, essas coisas 
toda, eu nunca imaginava. [...] Então isso é papel de mãe e 
Deus me concedeu esses dons, que nem eu sabia que eu tinha 
esse dote de cuidar. Quando a minha filha sai e vai para escola 
muita gente: “Oh! quem te arrumou, porque muita gente sabe 
que eu sou viúvo pensa que outra pessoa que arrumou, mais eu 
que arrumei, Eu sei colocar as roupas certinho, eu sei combinar 
as roupas, então ela fica uma boneca, entendeu? 
! 
Jonathan, 37, desempregado, filha de 5 anos
Amadurecimento psicológico 
! 
Cerveja, mais cerveja, e álcool assim [antes da viuvez]. Mas 
isso me trouxe muita desilusão, muita falsidade de amizade, 
só quando eu tinha dinheiro. 
[...] Por todas as coisas que eu passei né, e a Ingrid [filha], 
Deus me colocou me confiou, porque Deus me confiou, 
[...]Então é um amor incondicional né, e isso está mudando a 
minha vida [...] Eu comecei a mudar e eu virei um homem 
muito assim ... Então isso fez com que a minha personalidade, 
o respeito voltasse das outras pessoas que me rodeiam, da 
minha própria família e até por eu ter mudado tanto para 
melhor, causou até algum espanto nas pessoas. Às vezes, da 
minha própria família por não acreditarem o quanto eu mudei 
para melhor, o quanto a minha filha me ama, o quanto ela [a 
filha] é apegada a mim [...] 
Jonathan, 37, desempregado, filha de 5 anos
! 
Aumento da auto-estima 
Gratificados e orgulhosos com eles 
mesmos 
! 
E por isso que eu acho que a minha luta 
foi gratificante. [...] A Patrícia fazia desenho 
todo dia: “Pai eu te amo”, um coração assim 
pai eu te amo, todo dia, todo dia. Agora ela 
parou um pouco, mas todo dia um desenho: pai eu te 
amo, pai eu te adoro, pai não sei o que. No Dia dos Pais 
eles encheram a geladeira de tanto desenho disso e 
coisa e tal. Então eu me sinto bem com isso, me sinto 
que a minha missão não está sendo em vão. 
! 
Jerônimo, 50, divorciado,peixeiro, filhas de 12 e 11, filho de 8 anos
Eu [aprendi] sozinho (...) Até então, nem 
macarrão eu sabia fazer, só fritar ovo e fazia 
miojo. (...) Apanhei muito pra fazer macarrão. 
Que coisa mais fácil, depois que eu vi que coisa 
mais fácil, né? 
Como é que a gente é homem, né? 
É porque, trabalhava, mamãe fazia tudo, já 
chegava com comida pronta já no prato né. [...] 
Quando eu juntei com ela [a esposa], (...) deixei 
tudo por conta dela, fiquei dependente, fiquei 
dependente. 
Hoje eu já me sinto mais capaz você não viu? 
[...] Hoje eu faço um feijão, um macarrão, faço 
uma carne. 
Jerônimo, 50, divorciado, comerciante, 
filhas de 12 e 11, filho de 8 anos
FORTALECIMENTO DA PERCEPÇÃO DE SI MESMO 
! 
AUTONOMIA COM RELAÇÃO ÀS MULHERES 
! 
! 
Eu não quero mais ninguém mandando, finalmente! Eu digo: Olha, até os 
dezoito anos, eu fiz o que o meu pai e a mãe quiseram. De dezoito até... 
depois eu fiz o que tinha que fazer, porque tinha que me posicionar 
profissionalmente. Depois eu me formei, eu [fui] lá pra São Paulo. Eu disse: 
“Agora chegou a minha vez, agora eu mando ni mim, agora eu conduzo a 
minha vida”. Porque o homem quando casa, a mulher mais uma vez, acho 
que vou virar viado, a mulher vem e surrupia da gente. A mulher passa a 
ser a dona da casa. A gente sai da casa da mamãe e vai pra casa da mulher. 
Então, finalmente eu estou tendo a minha casa, eu decido. Envernizo aqui, 
o bar ali, deixo ali assim... 
(cont)
(cont) 
! 
Eu mando na minha casa! Eu estou curtindo 
isso assim ao extremo. Eu não quero 
ninguém. Eu tive uma namorada, ela veio e 
eu: “Olha, vou colocar uma coisinha pra 
você bem clara, número um: meus filhos, 
número dois: meus filhos, número três: 
meus filhos. Em quarto lugar venho eu, em 
quinto vem você. Gostou ou não, essa é a 
minha regra. Não vou mentir mais pra 
ninguém. 
! 
Filipe, 43, divorciado, advogado, filhos de 7 e 5 anos
! 
As pessoas não acreditam que eu tomo conta dos 
meus filhos. Eu fico p... da minha vida. “Como você 
toma conta?” Eu digo : “Filho, quem toma conta não é o 
piru, nem a xoxota ... (risos)... Quem toma conta sou 
eu, pô! Piru não toma conta de filho, nem xoxota toma 
conta de filho!” (risos)... Mas é verdade, as pessoas 
acham que é a xoxota que toma conta, p...! Caramba! 
Sou eu que tomo conta, sou eu o pai, né? Aí eu digo, 
mas isso é assim uma... . Vai se resumir sempre nisso: 
qual é a diferença minha pra você [dirigindo-se à 
pesquisadora]? Qual é a diferença? Só são os órgãos 
sexuais, o resto é tudo igual. 
! 
Filipe, 43, divorciado, advogado, filhos de 7 e 5 anos
AUMENTO DA AUTO-ESTIMA 
! 
! 
E por isso que eu acho que a minha luta foi 
gratificante. [...] A Patrícia fazia desenho todo dia: “Pai 
eu te amo”, um coração assim pai eu te amo, todo dia, 
todo dia. Agora ela parou um pouco, mas todo dia um 
desenho: pai eu te amo, pai eu te adoro, pai não sei o 
que. No Dia dos Pais eles encheram a geladeira de 
tanto desenho disso e coisa e tal. Então eu me sinto 
bem com isso, me sinto que a minha missão não está 
sendo em vão. 
Jerônimo, 50, divorciado,peixeiro, filhas de 12 e 11, filho de 8 anos
! 
Gratificados com a experiência 
! 
Pra mim é ótimo, que dá mais grandeza, me projeta 
mais. Me dá mais responsabilidade. Me segura mais. 
É, buscar outras coisas pra eles, vamos dizer, melhorar 
(...) Você sente que o amor que você tem pelos seus 
filhos ajuda a você se projetar. É em tudo, tudo, tudo. 
Nas dificuldades deles. Por exemplo, assim, é, passar 
uma necessidade, meu filho quer isso, isso, isso, isso e 
eu não posso dar. É porque eu quero dar pra eles o 
que eu não tive. 
Clóvis, 40, separado, Bombeiro, filhos de 16 e 14, filha de 5 anos
Orgulhosos com eles mesmos 
O cara passou com maior notão e eu fui chamado no colégio 
(...). Conversou a Madre, a diretora, a professora, a 
orientadora educacional: ‘A gente está aqui para te dar os 
parabéns. Você mudou a situação, a gente não acreditava, 
achava que teu filho ia repetir. Você chegou aqui falou tudo 
que tinha acontecido, mostrou documento, a gente meio que 
ficou assim de receber o teu filho, você pediu para que isso 
acontecesse...’ (...) eu estava num desespero total [no 
momento da matrícula]. Mas [depois] elas me chamaram 
para me dar os parabéns, porque elas viram que tinha o meu 
dedo ali. 
Roberto, 37, solteiro, gerente financeiro, filho de 12 anos
Campanha do Cuidado Paterno 
www.aleitamento.com 
! 
Obrigada, 
Maria Luiza 
luiza.carvalho@globo.com
Onde está o corpo do pai no pré-natal? 
Acompanhou (o parceiro acompanhou) 
a parceira ao pré-natal? 
CP 
(H) 
CP 
(M) 
Eu não sei se ela fez/faz pré-natal 0.6 1.2 
Eu vou/fui em algumas visitas 33.9 38.1 
Eu vou/fui em todas as visitas 42.4 16.5 
Eu não vou/fui em nenhuma visita 23.2 41.0 
PESQUISA INTERNACIONAL DE HO MENS E EQÜIDADE DE GÊNERO Dados preliminares da Pesquis a IMAGES 2010 PROMUNDO 
Pais no parto em 2001: 
! 
Eles [no pré-natal] falavam mais com ela. E às vezes eu até me recolhia um 
pouco, afastado. 
! 
A médica geralmente não está acostumada. Muitas até estranham. E 
esperam até pra você se retirar. Ela pediu pra mim: ‘O senhor poderia 
aguardar lá fora? 
! 
Homem não entra [em hospital de emergência]. Eu fico bobo é de ver chegar 
com um filho no colo e você não poder entrar. Você ter que dar o filho nos 
braços de outro.
Onde está o corpo do pai no parto? 
Onde você estava (o pai do seu 
CP 
filho estava) durante o nascimento 
(H) 
do último filho? 
PESQUISA INTERNACIONAL DE HO MENS E EQÜIDADE DE GÊNERO Dados preliminares da Pesquisa IMAGES 2010 PROMUNDO 
CP 
(M) 
Na sala de parto 5.3 5.4 
Na sala de espera 35.0 37.3 
Em casa 20.5 11.4 
Trabalhando 32.6 27.1 
Pesquisa com pais no parto em 2001: 
! 
“Tem pai que desmaia, não está preparado”. 
“Tem pai bêbado, agressivo, que não respeita. 
Nós trabalhamos com uma classe social com valores muito diferentes”.
Onde está o corpo do pai 
no cuidado com os filhos? 
! 
Quem fica em casa com a criança 
quando ela está doente? 
CP 
(H) 
CP 
Sempre você 5.8 5(9M.)4 
Geralmente você 5.0 6.5 
Igualmente ou fazemos juntos 29.0 8.1 
Geralmente a (o) parceira (o) 29.3 0.3 
PESQUISA INTERNACIONAL DE HO MENS E EQÜIDADE DE GÊNERO Dados preliminares da Pesquisa IMAGES 2010 PROMUNDO

Contenu connexe

Tendances

Diálogo com os filhos
Diálogo com os filhosDiálogo com os filhos
Diálogo com os filhosdajudaviana
 
O relacionamento dos pais cristãos com os filhos
O relacionamento dos pais cristãos com os filhosO relacionamento dos pais cristãos com os filhos
O relacionamento dos pais cristãos com os filhosMaria Da Penha Pereira
 
Hora de aproveitar melhor o potencial das crianças
Hora de aproveitar melhor o potencial das criançasHora de aproveitar melhor o potencial das crianças
Hora de aproveitar melhor o potencial das criançasJéssica Rozaes
 
Encontro de outono pais e filhos
Encontro de outono pais e filhosEncontro de outono pais e filhos
Encontro de outono pais e filhosAlex Santos
 
Missão dos pais
Missão dos paisMissão dos pais
Missão dos paisLisete B.
 
Folder smj encontro dia 29 11 Família e juventude
Folder smj encontro dia 29 11 Família e juventudeFolder smj encontro dia 29 11 Família e juventude
Folder smj encontro dia 29 11 Família e juventudeManoel Nerys de Almeida
 
Lições de Vida - Mudando seus pensamentos
Lições de Vida - Mudando seus pensamentosLições de Vida - Mudando seus pensamentos
Lições de Vida - Mudando seus pensamentosCleia Irene da Silva
 
Quem ama, educa! Formando cidadãos éticos
Quem ama, educa! Formando cidadãos éticosQuem ama, educa! Formando cidadãos éticos
Quem ama, educa! Formando cidadãos éticosEmmanuelle Samara Both
 
12 erros que os pais cometem
12 erros que os pais cometem12 erros que os pais cometem
12 erros que os pais cometemmarileneaamaral
 

Tendances (11)

Palestra 2
Palestra 2Palestra 2
Palestra 2
 
Diálogo com os filhos
Diálogo com os filhosDiálogo com os filhos
Diálogo com os filhos
 
O relacionamento dos pais cristãos com os filhos
O relacionamento dos pais cristãos com os filhosO relacionamento dos pais cristãos com os filhos
O relacionamento dos pais cristãos com os filhos
 
Hora de aproveitar melhor o potencial das crianças
Hora de aproveitar melhor o potencial das criançasHora de aproveitar melhor o potencial das crianças
Hora de aproveitar melhor o potencial das crianças
 
Encontro de outono pais e filhos
Encontro de outono pais e filhosEncontro de outono pais e filhos
Encontro de outono pais e filhos
 
Missão dos pais
Missão dos paisMissão dos pais
Missão dos pais
 
Folder smj encontro dia 29 11 Família e juventude
Folder smj encontro dia 29 11 Família e juventudeFolder smj encontro dia 29 11 Família e juventude
Folder smj encontro dia 29 11 Família e juventude
 
Pais educadores, filhos vencedores!
Pais educadores, filhos vencedores!Pais educadores, filhos vencedores!
Pais educadores, filhos vencedores!
 
Lições de Vida - Mudando seus pensamentos
Lições de Vida - Mudando seus pensamentosLições de Vida - Mudando seus pensamentos
Lições de Vida - Mudando seus pensamentos
 
Quem ama, educa! Formando cidadãos éticos
Quem ama, educa! Formando cidadãos éticosQuem ama, educa! Formando cidadãos éticos
Quem ama, educa! Formando cidadãos éticos
 
12 erros que os pais cometem
12 erros que os pais cometem12 erros que os pais cometem
12 erros que os pais cometem
 

Similaire à Paternidade cuidadora e transformação da masculinidade

Gravidez na adolescência Gravidez e agora!
Gravidez na adolescência   Gravidez e agora!Gravidez na adolescência   Gravidez e agora!
Gravidez na adolescência Gravidez e agora!Teresa Monteiro
 
E book crescerparaviver
E book crescerparaviverE book crescerparaviver
E book crescerparaviversonia diemer
 
Boletim 21 de setembro de 2014
Boletim 21 de setembro de 2014Boletim 21 de setembro de 2014
Boletim 21 de setembro de 2014Ronny Clayton
 
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA - um tema pouco abordado
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA - um tema pouco abordadoSEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA - um tema pouco abordado
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA - um tema pouco abordadoDboraSilva685094
 
Palestra Super Ação e Projeto Voluntário de Sorrisos
Palestra Super Ação e Projeto Voluntário de SorrisosPalestra Super Ação e Projeto Voluntário de Sorrisos
Palestra Super Ação e Projeto Voluntário de SorrisosIgor Tibuski
 
E book crescerparaviver
E book crescerparaviverE book crescerparaviver
E book crescerparaviverCélia Pereira
 
No te metas na minha vida
No te metas na minha vidaNo te metas na minha vida
No te metas na minha vidaNaigella R,
 
NãO Se Meta Na Minha Vida
NãO Se Meta Na Minha VidaNãO Se Meta Na Minha Vida
NãO Se Meta Na Minha VidaMaquinista
 
NãO Te Metas Na Minha Vida2
NãO Te Metas Na Minha Vida2NãO Te Metas Na Minha Vida2
NãO Te Metas Na Minha Vida2site curiosidades
 
NãO+Te+Metas Na Minha Vida
NãO+Te+Metas Na Minha VidaNãO+Te+Metas Na Minha Vida
NãO+Te+Metas Na Minha VidaIvone Lage
 
_trashed-1686257405-Festa Junina_Tia Quelly.pdf
_trashed-1686257405-Festa Junina_Tia Quelly.pdf_trashed-1686257405-Festa Junina_Tia Quelly.pdf
_trashed-1686257405-Festa Junina_Tia Quelly.pdfMikaelyCordeiroBerna
 
Livro Porque existimos II.pdf
Livro Porque existimos II.pdfLivro Porque existimos II.pdf
Livro Porque existimos II.pdfRafaelHorie
 
“(Re)significando o memorial 2ª escrita”.
“(Re)significando o memorial   2ª escrita”.“(Re)significando o memorial   2ª escrita”.
“(Re)significando o memorial 2ª escrita”.Maria Conceição Melo
 
O pedido de uma criança
O pedido de uma criançaO pedido de uma criança
O pedido de uma criançaMyzer
 
Igor cristiano de lima tibuski
Igor cristiano de lima tibuskiIgor cristiano de lima tibuski
Igor cristiano de lima tibuskiIgor Tibuski
 
Eu sempre fui uma pessoa diferente
Eu sempre fui uma pessoa diferenteEu sempre fui uma pessoa diferente
Eu sempre fui uma pessoa diferentePatricia de Portugal
 

Similaire à Paternidade cuidadora e transformação da masculinidade (20)

Gravidez na adolescência Gravidez e agora!
Gravidez na adolescência   Gravidez e agora!Gravidez na adolescência   Gravidez e agora!
Gravidez na adolescência Gravidez e agora!
 
E book crescerparaviver
E book crescerparaviverE book crescerparaviver
E book crescerparaviver
 
Boletim 21 de setembro de 2014
Boletim 21 de setembro de 2014Boletim 21 de setembro de 2014
Boletim 21 de setembro de 2014
 
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA - um tema pouco abordado
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA - um tema pouco abordadoSEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA - um tema pouco abordado
SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA - um tema pouco abordado
 
Palestra Super Ação e Projeto Voluntário de Sorrisos
Palestra Super Ação e Projeto Voluntário de SorrisosPalestra Super Ação e Projeto Voluntário de Sorrisos
Palestra Super Ação e Projeto Voluntário de Sorrisos
 
E book crescerparaviver
E book crescerparaviverE book crescerparaviver
E book crescerparaviver
 
No te metas na minha vida
No te metas na minha vidaNo te metas na minha vida
No te metas na minha vida
 
Auto biografia
Auto biografiaAuto biografia
Auto biografia
 
Quando um filho(a) diz
Quando um filho(a) dizQuando um filho(a) diz
Quando um filho(a) diz
 
NãO Se Meta Na Minha Vida
NãO Se Meta Na Minha VidaNãO Se Meta Na Minha Vida
NãO Se Meta Na Minha Vida
 
NãO Te Metas Na Minha Vida2
NãO Te Metas Na Minha Vida2NãO Te Metas Na Minha Vida2
NãO Te Metas Na Minha Vida2
 
Edição n. 50 do CH Noticias - Agosto/2019
Edição n. 50 do CH Noticias - Agosto/2019Edição n. 50 do CH Noticias - Agosto/2019
Edição n. 50 do CH Noticias - Agosto/2019
 
NãO+Te+Metas Na Minha Vida
NãO+Te+Metas Na Minha VidaNãO+Te+Metas Na Minha Vida
NãO+Te+Metas Na Minha Vida
 
Pai adotivo
Pai adotivoPai adotivo
Pai adotivo
 
_trashed-1686257405-Festa Junina_Tia Quelly.pdf
_trashed-1686257405-Festa Junina_Tia Quelly.pdf_trashed-1686257405-Festa Junina_Tia Quelly.pdf
_trashed-1686257405-Festa Junina_Tia Quelly.pdf
 
Livro Porque existimos II.pdf
Livro Porque existimos II.pdfLivro Porque existimos II.pdf
Livro Porque existimos II.pdf
 
“(Re)significando o memorial 2ª escrita”.
“(Re)significando o memorial   2ª escrita”.“(Re)significando o memorial   2ª escrita”.
“(Re)significando o memorial 2ª escrita”.
 
O pedido de uma criança
O pedido de uma criançaO pedido de uma criança
O pedido de uma criança
 
Igor cristiano de lima tibuski
Igor cristiano de lima tibuskiIgor cristiano de lima tibuski
Igor cristiano de lima tibuski
 
Eu sempre fui uma pessoa diferente
Eu sempre fui uma pessoa diferenteEu sempre fui uma pessoa diferente
Eu sempre fui uma pessoa diferente
 

Plus de Elos da Saúde

Escola municipal josué de castro paternidade na escola
Escola municipal josué de castro   paternidade na escolaEscola municipal josué de castro   paternidade na escola
Escola municipal josué de castro paternidade na escolaElos da Saúde
 
Instituto Promundo: Você É Meu Pai
Instituto Promundo: Você É Meu Pai Instituto Promundo: Você É Meu Pai
Instituto Promundo: Você É Meu Pai Elos da Saúde
 
Sancler Correa: Boas Práticas de Valorização da Paternidade
Sancler Correa: Boas Práticas de Valorização da PaternidadeSancler Correa: Boas Práticas de Valorização da Paternidade
Sancler Correa: Boas Práticas de Valorização da PaternidadeElos da Saúde
 
Cláudia Regina Ribeiro: Masculinidades, Paternidades e Formação
Cláudia Regina Ribeiro: Masculinidades, Paternidades e FormaçãoCláudia Regina Ribeiro: Masculinidades, Paternidades e Formação
Cláudia Regina Ribeiro: Masculinidades, Paternidades e FormaçãoElos da Saúde
 
Eduardo Chakora: Paternidades, Singularidades e Políticas Públicas
Eduardo Chakora:  Paternidades, Singularidades e Políticas PúblicasEduardo Chakora:  Paternidades, Singularidades e Políticas Públicas
Eduardo Chakora: Paternidades, Singularidades e Políticas PúblicasElos da Saúde
 
Rachel Sarmento Reis: Paternidade na Atenção Primária
Rachel Sarmento Reis:  Paternidade na Atenção PrimáriaRachel Sarmento Reis:  Paternidade na Atenção Primária
Rachel Sarmento Reis: Paternidade na Atenção PrimáriaElos da Saúde
 
Viviane Manso Castello Branco: Valorização da Paternidade
Viviane Manso Castello Branco: Valorização da PaternidadeViviane Manso Castello Branco: Valorização da Paternidade
Viviane Manso Castello Branco: Valorização da PaternidadeElos da Saúde
 
33 surpresas saudáveis
33 surpresas saudáveis33 surpresas saudáveis
33 surpresas saudáveisElos da Saúde
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Prevenção de DST/Aids
Saúde e Prevenção nas Escolas: Prevenção de DST/AidsSaúde e Prevenção nas Escolas: Prevenção de DST/Aids
Saúde e Prevenção nas Escolas: Prevenção de DST/AidsElos da Saúde
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Adolescências, Juventudes e Participação
Saúde e Prevenção nas Escolas: Adolescências, Juventudes e ParticipaçãoSaúde e Prevenção nas Escolas: Adolescências, Juventudes e Participação
Saúde e Prevenção nas Escolas: Adolescências, Juventudes e ParticipaçãoElos da Saúde
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Sexualidades e Saúde Reprodutiva
Saúde e Prevenção nas Escolas: Sexualidades e Saúde ReprodutivaSaúde e Prevenção nas Escolas: Sexualidades e Saúde Reprodutiva
Saúde e Prevenção nas Escolas: Sexualidades e Saúde ReprodutivaElos da Saúde
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Metodologia de Educação entre Pares
Saúde e Prevenção nas Escolas: Metodologia de Educação entre ParesSaúde e Prevenção nas Escolas: Metodologia de Educação entre Pares
Saúde e Prevenção nas Escolas: Metodologia de Educação entre ParesElos da Saúde
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Gêneros
Saúde e Prevenção nas Escolas: GênerosSaúde e Prevenção nas Escolas: Gêneros
Saúde e Prevenção nas Escolas: GênerosElos da Saúde
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Diversidades Sexuais
Saúde e Prevenção nas Escolas: Diversidades SexuaisSaúde e Prevenção nas Escolas: Diversidades Sexuais
Saúde e Prevenção nas Escolas: Diversidades SexuaisElos da Saúde
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Ácool e Outras Drogas
Saúde e Prevenção nas Escolas: Ácool e Outras DrogasSaúde e Prevenção nas Escolas: Ácool e Outras Drogas
Saúde e Prevenção nas Escolas: Ácool e Outras DrogasElos da Saúde
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Raça e Etnia
Saúde e Prevenção nas Escolas: Raça e EtniaSaúde e Prevenção nas Escolas: Raça e Etnia
Saúde e Prevenção nas Escolas: Raça e EtniaElos da Saúde
 
Mortes no Trânsito – O Crescimento da Mortalidade de Motociclistas - Contrib...
Mortes no Trânsito – O  Crescimento da Mortalidade de Motociclistas - Contrib...Mortes no Trânsito – O  Crescimento da Mortalidade de Motociclistas - Contrib...
Mortes no Trânsito – O Crescimento da Mortalidade de Motociclistas - Contrib...Elos da Saúde
 
O que faz as cidades seguras para pedestres e ciclistas? - Contribuições da C...
O que faz as cidades seguras para pedestres e ciclistas? - Contribuições da C...O que faz as cidades seguras para pedestres e ciclistas? - Contribuições da C...
O que faz as cidades seguras para pedestres e ciclistas? - Contribuições da C...Elos da Saúde
 

Plus de Elos da Saúde (20)

Diretrizes Nacionais
Diretrizes NacionaisDiretrizes Nacionais
Diretrizes Nacionais
 
Escola municipal josué de castro paternidade na escola
Escola municipal josué de castro   paternidade na escolaEscola municipal josué de castro   paternidade na escola
Escola municipal josué de castro paternidade na escola
 
Instituto Promundo: Você É Meu Pai
Instituto Promundo: Você É Meu Pai Instituto Promundo: Você É Meu Pai
Instituto Promundo: Você É Meu Pai
 
Sancler Correa: Boas Práticas de Valorização da Paternidade
Sancler Correa: Boas Práticas de Valorização da PaternidadeSancler Correa: Boas Práticas de Valorização da Paternidade
Sancler Correa: Boas Práticas de Valorização da Paternidade
 
Cláudia Regina Ribeiro: Masculinidades, Paternidades e Formação
Cláudia Regina Ribeiro: Masculinidades, Paternidades e FormaçãoCláudia Regina Ribeiro: Masculinidades, Paternidades e Formação
Cláudia Regina Ribeiro: Masculinidades, Paternidades e Formação
 
Eduardo Chakora: Paternidades, Singularidades e Políticas Públicas
Eduardo Chakora:  Paternidades, Singularidades e Políticas PúblicasEduardo Chakora:  Paternidades, Singularidades e Políticas Públicas
Eduardo Chakora: Paternidades, Singularidades e Políticas Públicas
 
Rachel Sarmento Reis: Paternidade na Atenção Primária
Rachel Sarmento Reis:  Paternidade na Atenção PrimáriaRachel Sarmento Reis:  Paternidade na Atenção Primária
Rachel Sarmento Reis: Paternidade na Atenção Primária
 
Viviane Manso Castello Branco: Valorização da Paternidade
Viviane Manso Castello Branco: Valorização da PaternidadeViviane Manso Castello Branco: Valorização da Paternidade
Viviane Manso Castello Branco: Valorização da Paternidade
 
33 surpresas saudáveis
33 surpresas saudáveis33 surpresas saudáveis
33 surpresas saudáveis
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Prevenção de DST/Aids
Saúde e Prevenção nas Escolas: Prevenção de DST/AidsSaúde e Prevenção nas Escolas: Prevenção de DST/Aids
Saúde e Prevenção nas Escolas: Prevenção de DST/Aids
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Adolescências, Juventudes e Participação
Saúde e Prevenção nas Escolas: Adolescências, Juventudes e ParticipaçãoSaúde e Prevenção nas Escolas: Adolescências, Juventudes e Participação
Saúde e Prevenção nas Escolas: Adolescências, Juventudes e Participação
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Sexualidades e Saúde Reprodutiva
Saúde e Prevenção nas Escolas: Sexualidades e Saúde ReprodutivaSaúde e Prevenção nas Escolas: Sexualidades e Saúde Reprodutiva
Saúde e Prevenção nas Escolas: Sexualidades e Saúde Reprodutiva
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Metodologia de Educação entre Pares
Saúde e Prevenção nas Escolas: Metodologia de Educação entre ParesSaúde e Prevenção nas Escolas: Metodologia de Educação entre Pares
Saúde e Prevenção nas Escolas: Metodologia de Educação entre Pares
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Gêneros
Saúde e Prevenção nas Escolas: GênerosSaúde e Prevenção nas Escolas: Gêneros
Saúde e Prevenção nas Escolas: Gêneros
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Diversidades Sexuais
Saúde e Prevenção nas Escolas: Diversidades SexuaisSaúde e Prevenção nas Escolas: Diversidades Sexuais
Saúde e Prevenção nas Escolas: Diversidades Sexuais
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Ácool e Outras Drogas
Saúde e Prevenção nas Escolas: Ácool e Outras DrogasSaúde e Prevenção nas Escolas: Ácool e Outras Drogas
Saúde e Prevenção nas Escolas: Ácool e Outras Drogas
 
Saúde e Prevenção nas Escolas: Raça e Etnia
Saúde e Prevenção nas Escolas: Raça e EtniaSaúde e Prevenção nas Escolas: Raça e Etnia
Saúde e Prevenção nas Escolas: Raça e Etnia
 
Mortes no Trânsito – O Crescimento da Mortalidade de Motociclistas - Contrib...
Mortes no Trânsito – O  Crescimento da Mortalidade de Motociclistas - Contrib...Mortes no Trânsito – O  Crescimento da Mortalidade de Motociclistas - Contrib...
Mortes no Trânsito – O Crescimento da Mortalidade de Motociclistas - Contrib...
 
O que faz as cidades seguras para pedestres e ciclistas? - Contribuições da C...
O que faz as cidades seguras para pedestres e ciclistas? - Contribuições da C...O que faz as cidades seguras para pedestres e ciclistas? - Contribuições da C...
O que faz as cidades seguras para pedestres e ciclistas? - Contribuições da C...
 
Operação Lei Seca
Operação Lei SecaOperação Lei Seca
Operação Lei Seca
 

Dernier

PLANO DE ENSINO Disciplina Projeto Integrado I GESTaO.pdf
PLANO DE ENSINO Disciplina Projeto Integrado I  GESTaO.pdfPLANO DE ENSINO Disciplina Projeto Integrado I  GESTaO.pdf
PLANO DE ENSINO Disciplina Projeto Integrado I GESTaO.pdfHELLEN CRISTINA
 
DEPRESSÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM - SAÚDE MENTAL
DEPRESSÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM - SAÚDE MENTALDEPRESSÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM - SAÚDE MENTAL
DEPRESSÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM - SAÚDE MENTALCarlosLinsJr
 
aula 7. proteínas.ppt. conceitos de proteina
aula 7. proteínas.ppt. conceitos de proteinaaula 7. proteínas.ppt. conceitos de proteina
aula 7. proteínas.ppt. conceitos de proteinajarlianezootecnista
 
Aula sobre ANSIEDADE & Cuidados de Enfermagem
Aula sobre ANSIEDADE & Cuidados de EnfermagemAula sobre ANSIEDADE & Cuidados de Enfermagem
Aula sobre ANSIEDADE & Cuidados de EnfermagemCarlosLinsJr
 
Dengue aspectos clinicos sintomas e forma de prevenir.pdf
Dengue aspectos clinicos sintomas e forma de prevenir.pdfDengue aspectos clinicos sintomas e forma de prevenir.pdf
Dengue aspectos clinicos sintomas e forma de prevenir.pdfEduardoSilva185439
 
Técnica Shantala para bebês: relaxamento
Técnica Shantala para bebês: relaxamentoTécnica Shantala para bebês: relaxamento
Técnica Shantala para bebês: relaxamentoPamelaMariaMoreiraFo
 
AULA 12 DESENVOLVIMENTO FETAL E MUDANÇAS NO CORPO DA MULHER.pptx
AULA 12 DESENVOLVIMENTO FETAL E MUDANÇAS NO CORPO DA MULHER.pptxAULA 12 DESENVOLVIMENTO FETAL E MUDANÇAS NO CORPO DA MULHER.pptx
AULA 12 DESENVOLVIMENTO FETAL E MUDANÇAS NO CORPO DA MULHER.pptxEnfaVivianeCampos
 
AULA_08 SAÚDE E ALIMENTAÇÃO DO IDOSO.pdf
AULA_08 SAÚDE E ALIMENTAÇÃO DO IDOSO.pdfAULA_08 SAÚDE E ALIMENTAÇÃO DO IDOSO.pdf
AULA_08 SAÚDE E ALIMENTAÇÃO DO IDOSO.pdfLviaParanaguNevesdeL
 
avaliação pratica. pdf
avaliação pratica.                           pdfavaliação pratica.                           pdf
avaliação pratica. pdfHELLEN CRISTINA
 
A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA..pdf
A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA..pdfA HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA..pdf
A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA..pdfMarceloMonteiro213738
 
AULA 12 Sistema urinário.pptx9999999999999
AULA 12 Sistema urinário.pptx9999999999999AULA 12 Sistema urinário.pptx9999999999999
AULA 12 Sistema urinário.pptx9999999999999vanessa270433
 
AULA_11 PRINCIPAIS DOENÇAS DO ENVELHECIMENTO.pdf
AULA_11 PRINCIPAIS DOENÇAS DO ENVELHECIMENTO.pdfAULA_11 PRINCIPAIS DOENÇAS DO ENVELHECIMENTO.pdf
AULA_11 PRINCIPAIS DOENÇAS DO ENVELHECIMENTO.pdfLviaParanaguNevesdeL
 
PROCESSOS PSICOLOGICOS LINGUAGEM E PENSAMENTO
PROCESSOS PSICOLOGICOS LINGUAGEM E PENSAMENTOPROCESSOS PSICOLOGICOS LINGUAGEM E PENSAMENTO
PROCESSOS PSICOLOGICOS LINGUAGEM E PENSAMENTOvilcielepazebem
 
1. 2 PLACAS DE SINALIAÇÃO - (1).pptx Material de obras
1. 2 PLACAS DE SINALIAÇÃO - (1).pptx Material de obras1. 2 PLACAS DE SINALIAÇÃO - (1).pptx Material de obras
1. 2 PLACAS DE SINALIAÇÃO - (1).pptx Material de obrasosnikobus1
 

Dernier (14)

PLANO DE ENSINO Disciplina Projeto Integrado I GESTaO.pdf
PLANO DE ENSINO Disciplina Projeto Integrado I  GESTaO.pdfPLANO DE ENSINO Disciplina Projeto Integrado I  GESTaO.pdf
PLANO DE ENSINO Disciplina Projeto Integrado I GESTaO.pdf
 
DEPRESSÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM - SAÚDE MENTAL
DEPRESSÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM - SAÚDE MENTALDEPRESSÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM - SAÚDE MENTAL
DEPRESSÃO E CUIDADOS DE ENFERMAGEM - SAÚDE MENTAL
 
aula 7. proteínas.ppt. conceitos de proteina
aula 7. proteínas.ppt. conceitos de proteinaaula 7. proteínas.ppt. conceitos de proteina
aula 7. proteínas.ppt. conceitos de proteina
 
Aula sobre ANSIEDADE & Cuidados de Enfermagem
Aula sobre ANSIEDADE & Cuidados de EnfermagemAula sobre ANSIEDADE & Cuidados de Enfermagem
Aula sobre ANSIEDADE & Cuidados de Enfermagem
 
Dengue aspectos clinicos sintomas e forma de prevenir.pdf
Dengue aspectos clinicos sintomas e forma de prevenir.pdfDengue aspectos clinicos sintomas e forma de prevenir.pdf
Dengue aspectos clinicos sintomas e forma de prevenir.pdf
 
Técnica Shantala para bebês: relaxamento
Técnica Shantala para bebês: relaxamentoTécnica Shantala para bebês: relaxamento
Técnica Shantala para bebês: relaxamento
 
AULA 12 DESENVOLVIMENTO FETAL E MUDANÇAS NO CORPO DA MULHER.pptx
AULA 12 DESENVOLVIMENTO FETAL E MUDANÇAS NO CORPO DA MULHER.pptxAULA 12 DESENVOLVIMENTO FETAL E MUDANÇAS NO CORPO DA MULHER.pptx
AULA 12 DESENVOLVIMENTO FETAL E MUDANÇAS NO CORPO DA MULHER.pptx
 
AULA_08 SAÚDE E ALIMENTAÇÃO DO IDOSO.pdf
AULA_08 SAÚDE E ALIMENTAÇÃO DO IDOSO.pdfAULA_08 SAÚDE E ALIMENTAÇÃO DO IDOSO.pdf
AULA_08 SAÚDE E ALIMENTAÇÃO DO IDOSO.pdf
 
avaliação pratica. pdf
avaliação pratica.                           pdfavaliação pratica.                           pdf
avaliação pratica. pdf
 
A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA..pdf
A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA..pdfA HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA..pdf
A HISTÓRIA DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA..pdf
 
AULA 12 Sistema urinário.pptx9999999999999
AULA 12 Sistema urinário.pptx9999999999999AULA 12 Sistema urinário.pptx9999999999999
AULA 12 Sistema urinário.pptx9999999999999
 
AULA_11 PRINCIPAIS DOENÇAS DO ENVELHECIMENTO.pdf
AULA_11 PRINCIPAIS DOENÇAS DO ENVELHECIMENTO.pdfAULA_11 PRINCIPAIS DOENÇAS DO ENVELHECIMENTO.pdf
AULA_11 PRINCIPAIS DOENÇAS DO ENVELHECIMENTO.pdf
 
PROCESSOS PSICOLOGICOS LINGUAGEM E PENSAMENTO
PROCESSOS PSICOLOGICOS LINGUAGEM E PENSAMENTOPROCESSOS PSICOLOGICOS LINGUAGEM E PENSAMENTO
PROCESSOS PSICOLOGICOS LINGUAGEM E PENSAMENTO
 
1. 2 PLACAS DE SINALIAÇÃO - (1).pptx Material de obras
1. 2 PLACAS DE SINALIAÇÃO - (1).pptx Material de obras1. 2 PLACAS DE SINALIAÇÃO - (1).pptx Material de obras
1. 2 PLACAS DE SINALIAÇÃO - (1).pptx Material de obras
 

Paternidade cuidadora e transformação da masculinidade

  • 1. ! PATERNIDADE E CORPO Maria Luiza de Carvalho Psicóloga / Professora Terapia Ocupacional FM UFRJ VI Simpósio Paternidades, Singularidades e Políticas Públicas: Paternidade e Cuidado
  • 2. Corpo de pai acolhedor nutrindo emocionalmente os filhos Foto: Ana Paula Cazeiro Formação do apego Segurança emocional
  • 3. Encouraçamento psicocorporal da masculinidade Força física, trabalho remunerado e dominação sobre as mulheres. Negação das fragilidades e grande vulnerabilidade a doenças, violência e morte. Ausentes no cuidado em geral. ! Relações trabalhistas alienadoras (Marx) Homens e mulheres esquecemos e nos distanciamos de nós e dos outros, num encouraçamento emocional que se propaga nas relações (Reich)
  • 4. Paternidade cuidadora na construção social dos corpos Registro do afeto e da presença do pai no corpo da criança ! Masculinidade cuidadora gravada na memória corporal de meninos e meninas ! Construção social de corpos masculinos cuidadores ! Identificação dos meninos com homens e pais cuidadores Foto: José Inácio Parente
  • 5. O corpo dos homens na gestação de seus filhos Os homens vivem a intensidade emocional das novas responsabilidades Síndrome de couvade? Comportamento patológico? Desvalorização da experiência masculina? ! Variações hormonais no período em torno do parto !! Pesquisa com pais no parto em 2001: ! “É uma coisa que nasceu de mim. Pode ter nascido dela, mas é uma coisa minha. É produto meu”. Foto: José Inácio Parente
  • 6. Foto Paulo Batistuta O corpo do pai no parto Mãe: Eu me senti muito feliz, muito segura porque ele ‘tava ao meu lado. E aí foi muito mais fácil porque ele nasceu logo, porque ele ‘tava ao meu lado. ! Pais: ... Para dar uma força, mais tranquilidade a ela. ... Eu sou um antes e outro depois de ver meu filho nascer. Carvalho, 2001,2003 Sensibilidade Sexualidade Amor
  • 7. Pesquisa com pais no parto em 2001: ! ! Já teve época em que o pai participava do pré-natal, fazia massagem, ajudava. Os pais que colaboram de verdade, são os que participam, que atuam. Ele sabe o que é para fazer. Já vi cada coisa linda: homem ajoelhado com a mulher no parto.
  • 8. Com a participação paterna, recuperação de recém-nascidos é mais rápida. #métodocanguru:http://elosdasaude.wordpress.com/2013/11/26/biblioteca-metodo- canguru-para-recem-nascidos-de-baixo-peso/
  • 9. Pais que cuidam sozinhos ! Pais sem experiência podem cuidar dos filhos com quem já tinham vínculos, sem a presença das mães, motivados por amor e responsabilidade, em situações de crise provocadas por ausência ou falha materna no cuidado. O trabalho de cuidar faz o cuidador. ! Desempenho de todas as funções de cuidado ! Acolhimento amoroso Educação de limites Higiene, vestir, alimentação, Instrução, saúde e educação de valores. Diferentes estilos de cuidar Vínculo intenso/simbiose? Filho como prioridade Valorização do trabalho doméstico
  • 10. Corpos de pais sobrecarregados ! Sobrecarga da dupla-jornada ! Falta de cuidado de si mesmo Necessidade de apoio ! Dilemas entre trabalho e cuidado dos filhos Empobrecimento ! Dificuldade para vida social e relações amorosas
  • 11. ENFRENTAMENTO DE PRECONCEITOS ! Outros pais e mães Meio social Conselho tutelar e na justiça Psicologia jurídica Trabalho Banheiro de shopping Rua Instituições de saúde Reunião de mães e professoras
  • 12. Desafios enfrentados ! Foram duas psicólogas da guarda da minha filha. Tem uma que eu achei que ela não foi nem profissional na parte dela, né? Porque ela pendeu pelo lado da mãe. Eu como homem, né cara, eu sou visto, visto como que uma pessoa que não é adequada pra criar, ainda mais uma filha menina. Aí, quer dizer, eu sentia aquilo ali. Eu pressenti isso, porque eu fui chamado de alcoólatra, foi falado no processo todo que ... que eu não queria pagar a pensão, que eu tinha ciúmes. Foram várias coisas a meu respeito. Foi falado bastante coisa, né cara. Um processo árduo, né cara, prá mim.. ! Clóvis, 40, separado, Bombeiro, filhos de 16 e 14, filha de 5 anos
  • 13. ! ! Prazer, desencouraçamento de gênero e autorregulação ! Grandes alegrias por cuidarem. Seus olhos brilhavam ao falarem emocionados, felizes e satisfeitos com as tarefas cuidadoras e com o contato amoroso diário com seus filhos. ! Nas entrevistas, suas emoções fluíam com facilidade, profundas e conscientes. Suas falas eram calorosas sobre a intensidade afetiva que experimentavam com seus filhos.
  • 14. ! Prazer com tarefas e sensibilidades ditas “femininas” ! Aí de lá para cá, meu mundo mudou mesmo. Mudou, eu tive que aprender tudo, eu tive que descobrir tudo. E aí eu entrei no mundo feminino, por causa das minhas duas filhas. Esse mundo feminino, esse mundo me fez ver a mulher, o outro lado da mulher. Me fez ver a paciência, o amor que triplicou, me fez ver como a mulher se sente do outro lado e eu sinto como uma mulher se sente, eu homem, eu tive que aprender isto. (...) Você conhece seu filho só no olhar e esse olhar eu tive que descobrir, porque eu era só pai dela, não era pai e mãe, pai e mãe é diferente...É esse amor que eu te falei, é esse mundo feminino, o mundo da mulher; e o homem não, o homem se exclui desse mundo...Aí então eu tive que descobrir esse mundo feminino, a sensibilidade, né? Isaías, 50, desempregado, filhas de 18 e 20 a.
  • 15. ! LIBERTAÇÃO DAS EXPECTATIVAS DA MASCULINIDADE ! ! É uma coisa ímpar, é uma coisa que não tem como descrever assim... Foram vários momentos. Eu acho uma coisa, como posso dizer? Muito emocionante, é uma coisa muito legal. Eu nunca imaginei, quando eu era adolescente, ou início da minha fase adulta, de eu passar por uma situação dessas, né? Aí, de repente, a coisa acontece e eu vi que não tem nenhum bicho de sete cabeças. É bom, é legal, eu estou gostando. Alfredo, 39, oficial PM, divorciado, filha de 14 anos
  • 16. Desencouraçamento da masculinidade !! Eu tinha que ganhar dinheiro pra botar essas coisas e eu trabalhava e ganhava comissão. Então eu não podia parar, porque era uma dificuldade muito grande. (...) Eu tenho aprendido com ela muitas coisas o que eu não aprendia, porque não tinha tempo pra ficar com ela e hoje eu aprendo muitas coisas com ela. ! Jonathan, 37, desempregado, filha de 5 anos
  • 17. ! ! Então eu virei pai e mãe, e para você ver que eu tenho tanta facilidade de exercer esse papel de mãe que é uma coisa incrível. Eu falei: ‘meu, como Deus é perfeito’! Porque arrumo, eu faço trancinha no cabelo dela igual mulher faz, essas coisas toda, eu nunca imaginava. [...] Então isso é papel de mãe e Deus me concedeu esses dons, que nem eu sabia que eu tinha esse dote de cuidar. Quando a minha filha sai e vai para escola muita gente: “Oh! quem te arrumou, porque muita gente sabe que eu sou viúvo pensa que outra pessoa que arrumou, mais eu que arrumei, Eu sei colocar as roupas certinho, eu sei combinar as roupas, então ela fica uma boneca, entendeu? ! Jonathan, 37, desempregado, filha de 5 anos
  • 18. Amadurecimento psicológico ! Cerveja, mais cerveja, e álcool assim [antes da viuvez]. Mas isso me trouxe muita desilusão, muita falsidade de amizade, só quando eu tinha dinheiro. [...] Por todas as coisas que eu passei né, e a Ingrid [filha], Deus me colocou me confiou, porque Deus me confiou, [...]Então é um amor incondicional né, e isso está mudando a minha vida [...] Eu comecei a mudar e eu virei um homem muito assim ... Então isso fez com que a minha personalidade, o respeito voltasse das outras pessoas que me rodeiam, da minha própria família e até por eu ter mudado tanto para melhor, causou até algum espanto nas pessoas. Às vezes, da minha própria família por não acreditarem o quanto eu mudei para melhor, o quanto a minha filha me ama, o quanto ela [a filha] é apegada a mim [...] Jonathan, 37, desempregado, filha de 5 anos
  • 19. ! Aumento da auto-estima Gratificados e orgulhosos com eles mesmos ! E por isso que eu acho que a minha luta foi gratificante. [...] A Patrícia fazia desenho todo dia: “Pai eu te amo”, um coração assim pai eu te amo, todo dia, todo dia. Agora ela parou um pouco, mas todo dia um desenho: pai eu te amo, pai eu te adoro, pai não sei o que. No Dia dos Pais eles encheram a geladeira de tanto desenho disso e coisa e tal. Então eu me sinto bem com isso, me sinto que a minha missão não está sendo em vão. ! Jerônimo, 50, divorciado,peixeiro, filhas de 12 e 11, filho de 8 anos
  • 20. Eu [aprendi] sozinho (...) Até então, nem macarrão eu sabia fazer, só fritar ovo e fazia miojo. (...) Apanhei muito pra fazer macarrão. Que coisa mais fácil, depois que eu vi que coisa mais fácil, né? Como é que a gente é homem, né? É porque, trabalhava, mamãe fazia tudo, já chegava com comida pronta já no prato né. [...] Quando eu juntei com ela [a esposa], (...) deixei tudo por conta dela, fiquei dependente, fiquei dependente. Hoje eu já me sinto mais capaz você não viu? [...] Hoje eu faço um feijão, um macarrão, faço uma carne. Jerônimo, 50, divorciado, comerciante, filhas de 12 e 11, filho de 8 anos
  • 21. FORTALECIMENTO DA PERCEPÇÃO DE SI MESMO ! AUTONOMIA COM RELAÇÃO ÀS MULHERES ! ! Eu não quero mais ninguém mandando, finalmente! Eu digo: Olha, até os dezoito anos, eu fiz o que o meu pai e a mãe quiseram. De dezoito até... depois eu fiz o que tinha que fazer, porque tinha que me posicionar profissionalmente. Depois eu me formei, eu [fui] lá pra São Paulo. Eu disse: “Agora chegou a minha vez, agora eu mando ni mim, agora eu conduzo a minha vida”. Porque o homem quando casa, a mulher mais uma vez, acho que vou virar viado, a mulher vem e surrupia da gente. A mulher passa a ser a dona da casa. A gente sai da casa da mamãe e vai pra casa da mulher. Então, finalmente eu estou tendo a minha casa, eu decido. Envernizo aqui, o bar ali, deixo ali assim... (cont)
  • 22. (cont) ! Eu mando na minha casa! Eu estou curtindo isso assim ao extremo. Eu não quero ninguém. Eu tive uma namorada, ela veio e eu: “Olha, vou colocar uma coisinha pra você bem clara, número um: meus filhos, número dois: meus filhos, número três: meus filhos. Em quarto lugar venho eu, em quinto vem você. Gostou ou não, essa é a minha regra. Não vou mentir mais pra ninguém. ! Filipe, 43, divorciado, advogado, filhos de 7 e 5 anos
  • 23. ! As pessoas não acreditam que eu tomo conta dos meus filhos. Eu fico p... da minha vida. “Como você toma conta?” Eu digo : “Filho, quem toma conta não é o piru, nem a xoxota ... (risos)... Quem toma conta sou eu, pô! Piru não toma conta de filho, nem xoxota toma conta de filho!” (risos)... Mas é verdade, as pessoas acham que é a xoxota que toma conta, p...! Caramba! Sou eu que tomo conta, sou eu o pai, né? Aí eu digo, mas isso é assim uma... . Vai se resumir sempre nisso: qual é a diferença minha pra você [dirigindo-se à pesquisadora]? Qual é a diferença? Só são os órgãos sexuais, o resto é tudo igual. ! Filipe, 43, divorciado, advogado, filhos de 7 e 5 anos
  • 24. AUMENTO DA AUTO-ESTIMA ! ! E por isso que eu acho que a minha luta foi gratificante. [...] A Patrícia fazia desenho todo dia: “Pai eu te amo”, um coração assim pai eu te amo, todo dia, todo dia. Agora ela parou um pouco, mas todo dia um desenho: pai eu te amo, pai eu te adoro, pai não sei o que. No Dia dos Pais eles encheram a geladeira de tanto desenho disso e coisa e tal. Então eu me sinto bem com isso, me sinto que a minha missão não está sendo em vão. Jerônimo, 50, divorciado,peixeiro, filhas de 12 e 11, filho de 8 anos
  • 25. ! Gratificados com a experiência ! Pra mim é ótimo, que dá mais grandeza, me projeta mais. Me dá mais responsabilidade. Me segura mais. É, buscar outras coisas pra eles, vamos dizer, melhorar (...) Você sente que o amor que você tem pelos seus filhos ajuda a você se projetar. É em tudo, tudo, tudo. Nas dificuldades deles. Por exemplo, assim, é, passar uma necessidade, meu filho quer isso, isso, isso, isso e eu não posso dar. É porque eu quero dar pra eles o que eu não tive. Clóvis, 40, separado, Bombeiro, filhos de 16 e 14, filha de 5 anos
  • 26. Orgulhosos com eles mesmos O cara passou com maior notão e eu fui chamado no colégio (...). Conversou a Madre, a diretora, a professora, a orientadora educacional: ‘A gente está aqui para te dar os parabéns. Você mudou a situação, a gente não acreditava, achava que teu filho ia repetir. Você chegou aqui falou tudo que tinha acontecido, mostrou documento, a gente meio que ficou assim de receber o teu filho, você pediu para que isso acontecesse...’ (...) eu estava num desespero total [no momento da matrícula]. Mas [depois] elas me chamaram para me dar os parabéns, porque elas viram que tinha o meu dedo ali. Roberto, 37, solteiro, gerente financeiro, filho de 12 anos
  • 27. Campanha do Cuidado Paterno www.aleitamento.com ! Obrigada, Maria Luiza luiza.carvalho@globo.com
  • 28.
  • 29. Onde está o corpo do pai no pré-natal? Acompanhou (o parceiro acompanhou) a parceira ao pré-natal? CP (H) CP (M) Eu não sei se ela fez/faz pré-natal 0.6 1.2 Eu vou/fui em algumas visitas 33.9 38.1 Eu vou/fui em todas as visitas 42.4 16.5 Eu não vou/fui em nenhuma visita 23.2 41.0 PESQUISA INTERNACIONAL DE HO MENS E EQÜIDADE DE GÊNERO Dados preliminares da Pesquis a IMAGES 2010 PROMUNDO Pais no parto em 2001: ! Eles [no pré-natal] falavam mais com ela. E às vezes eu até me recolhia um pouco, afastado. ! A médica geralmente não está acostumada. Muitas até estranham. E esperam até pra você se retirar. Ela pediu pra mim: ‘O senhor poderia aguardar lá fora? ! Homem não entra [em hospital de emergência]. Eu fico bobo é de ver chegar com um filho no colo e você não poder entrar. Você ter que dar o filho nos braços de outro.
  • 30. Onde está o corpo do pai no parto? Onde você estava (o pai do seu CP filho estava) durante o nascimento (H) do último filho? PESQUISA INTERNACIONAL DE HO MENS E EQÜIDADE DE GÊNERO Dados preliminares da Pesquisa IMAGES 2010 PROMUNDO CP (M) Na sala de parto 5.3 5.4 Na sala de espera 35.0 37.3 Em casa 20.5 11.4 Trabalhando 32.6 27.1 Pesquisa com pais no parto em 2001: ! “Tem pai que desmaia, não está preparado”. “Tem pai bêbado, agressivo, que não respeita. Nós trabalhamos com uma classe social com valores muito diferentes”.
  • 31. Onde está o corpo do pai no cuidado com os filhos? ! Quem fica em casa com a criança quando ela está doente? CP (H) CP Sempre você 5.8 5(9M.)4 Geralmente você 5.0 6.5 Igualmente ou fazemos juntos 29.0 8.1 Geralmente a (o) parceira (o) 29.3 0.3 PESQUISA INTERNACIONAL DE HO MENS E EQÜIDADE DE GÊNERO Dados preliminares da Pesquisa IMAGES 2010 PROMUNDO