Inquietações de professores sobre projetos de aprendizagem
1. INQUIETAÇÕES PRESENTES NAS
VOZES DOS PROFESSORES ACERCA
DOS PROJETOS DE
APRENDIZAGEM
2. A partir das ações do projeto de pesquisa
desenvolvidas nas escolas, partilhamos as
narrativas de uma professora
formadora/pesquisadora no fórum do
ambiente colaborativo de aprendizagem
eproinfo6
que evidencia as inquietações dos professores
no que se refere à metodologia de Projetos de
Aprendizagem:
3. [...] mesmo tendo entrado recentemente no
projeto, observo as inquietações dos professores nas
escolas, parece-me que as inquietações deles estão além
dos estudos teóricos sobre a metodologia, mas sim em
como colocar em prática essa metodologia de
aprendizagem, seja pela falta de hábito do trabalho
coletivo e mais ainda nas questões práticas que
envolvem o trabalho na escola (espaço físico, tempo
para esse planejamento coletivo), sei que com o avanço
dos estudos muitas perguntas serão respondidas, mas
essas inquietações já estão nas falas dos envolvidos no
projeto.
5. No que se refere aos Projetos de
Aprendizagem, Magdalena e Costa (2003, p. 17)
destacam que:
[...] cada grupo, cada escola terá que criar seus
modelos metodológicos. E é nessa criação que a
nossa proposta terá relevância, na medida em
que poderá oferecer alguns processos já
desenvolvidos e analisados, alguns papéis já
desempenhados e algumas generalizações já
possíveis de ser colocadas em ação.
6. Realizada a escolha do tema do Projeto de Aprendizagem, é
importante que o professor ouça os argumentos dos estudantes
sobre o que já sabem sobre o tema selecionado. Por que isso é
necessário? Fagundes, Sato e Maçada (1999) apontam que os
aprendizes não são tábuas rasas, ou seja, eles possuem
conhecimentos prévios, já pensam antes de desenvolver
qualquer projeto. Assim, é de fundamental importância que os
aprendizes, em grupo ou individualmente, registrem suas
certezas provisórias7 acerca do tema do Projeto de
Aprendizagem. Do mesmo modo que os aprendizes possuem
certezas provisórias,
eles devem, também, ser desafiados a registrar suas dúvidas
temporárias, ou seja, suas questões de pesquisa.
7. O que querem saber? Pois são as dúvidas temporárias que
vão orientar o processo de busca das informações pelos
aprendizes e professores, bem como o planejamento das
propostas educativas. E as tecnologias digitais e
telemáticas, quando são úteis nesse processo? Como podem
ser feitos os registros das certezas provisórias e dúvidas
temporárias? Será que os aprendizes podem fazer o
registro das certezas e dúvidas no Editor de Texto? Será
que podem ser materializados em formato de mapas
conceituais? Podem ser representados em forma de
desenhos no Paint?
8. PERCEBEMOS QUE A MAIOR ANGUSTIA DOS PROFESSORES EM
TRABALHAR PROJETOS DE APRENDIZAGEM E POR ACHAR DIFÍCIL
A INSERÇÃO DOS CONTEÚDOS PRÉ-ESTABELECIDOS NOS PROJETOS
DE APRENDIZAGEM. PORÉM, O CONCEITO DE ENSINO-
APRENDIZAGEM DE PAULO FREIRE: É LEVAR O ALUNO A BUSCAR
OS CONHECIMENTOS NA PRÁTICA DO COTIDIANO.
PARA LEV VYGOTSKY
9. Um dos conceitos mais importantes é o de Zona de
desenvolvimento proximal, que se relaciona com a
diferença entre o que a criança consegue realizar
sozinha e aquilo que, embora não consiga realizar
sozinha, é capaz de aprender e fazer com a ajuda de uma
pessoa mais experiente (adulto, criança mais velha ou
com maior facilidade de aprendizado, etc.). A Zona de
Desenvolvimento Proximal é, portanto, tudo o que a
criança pode adquirir em termos intelectuais quando lhe
é dado o suporte educacional devido. Este conceito
será, posteriormente desenvolvido por Jerome
Bruner, sendo hoje vulgarmente designado por etapa de
desenvolvimento.
10.
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12. Esta proposta pedagógica em sala de aula é baseado no conceito de
aprender a aprender e não o de ensinar. Segundo MAGDALENA E COSTA
(2003, P. 16-17), o objetivo é de construir e não o de instruir. Tendo como
idéias centrais:
conhecimento/construção;
processo interativo;
prática como suporte da reflexão;
interdisciplinaridade;
* cooperação/reflexão/tomada de consciência;
* autonomia.
13. São processos que:
*partem das indagações dos alunos e do conhecimento que eles
já têm;
*desenvolvem-se com a colaboração/cooperação interna e
externa (diversidade);
*rompem com horários, disciplinas, seqüências, pré-
requisitos, hierarquias, espaço...;
*fazem dos alunos e dos professores aprendizes, construindo
conhecimento interdisciplinar, em ambientes informatizados.
14. Nesse ambiente os alunos podem:
• levantar hipóteses;
• analisar, organizar e selecionar informações
para tomada de decisões conscientes;
• desenvolver novas formas autônomas de
criação, comunicação e expressão nas
Ciências, Artes e Técnicas;
• intuir, refletir e imaginar;
• ser solidário e cooperativo.
15. O professor passa a ser:
• orientador, desafiador;
• aprendiz;
• pesquisador;
• inovador;
• autônomo.
16. MAPEANDO A REALIDADE
LÍNGUA PORTUGUESA 3ª Fase do 3° ciclo
• leitura;
• interpretação;
• Produção textual tipologias textuais;
gêneros textuais;
concordâncias nominais e verbais ;
conjugação verbal;
pontuação;
coesão e coerência;
conjunção;
orações coordenadas e subordinadas
ortografia e acentuação que serão trabalhadas no cotidiano
Podendo aparecer a necessidade de trabalhar outros conteúdos no decorrer do ano letivo