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CAPÍTULO 11. ESTUÁRIOS Objetivos I ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
CAPÍTULO 11. ESTUÁRIOS Objetivos II 5. Comparar um recife natural de ostras com um recife comercial. 6. Desenhar um diagrama de energia de um ecossistema de recife natural de ostras. 7. Desenhar um diagrama de energia de um típico sistema de cultivo de ostras. 8. Comparar diversidade versus produtividade nas planícies de algas de fundo.
CAPÍTULO 11. ESTUÁRIOS Um  estuário  é uma área ao longo da costa onde um rio se junta ao mar.  Os estuários estão sempre rodeados de  terras úmidas :  marismas  ou  terrenos alagadiços  com pastos halo- tolerantes ou  pântanos  com árvores de raízes aéreas que permanecem fora da água a maior parte do tempo.  O estuário é rico em energia e nutrientes, possui um grande número de plantas e animais. Esta riqueza se deve em parte às correntes de água doce e água salgada.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  As fontes de energia externa de um sistema de estuário são: a água doce dos rios e a água salgada do oceano que vem com a maré.  O estuário recebe energia cinética (movimento) da água; a maré entra, se mistura com a água do rio, e vai embora. As ondas formadas pelo vento ajudam na mistura de água doce com água salgada, e assim à energia cinética do estuário.  A energia cinética aumenta a produtividade do estuário por causa da circulação de nutrientes, comida, plâncton e larvas.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  Os estuários tem uma 'explosão' de produtividade na primavera e uma alta taxa de crescimento no verão.  As espécies de ostras e caranguejos comerciais são principalmente de estuários.  Muitos tipos de camarões comercialmente importantes, em suas etapas adultas vivem e procriam próximos aos estuários, e entram nestes quando são larvas.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  O sável (peixe marinho da família dos clupeídeos) procria na nascente dos riachos e enquanto é jovem passa pelo estuário em seu caminho ao mar, crescendo rapidamente no tempo que passa por ali.  Devido à grande quantidade de larvas de espécies marinhas que crescem nos estuários, são considerados usualmente como uma 'maternidade'.  Muitos  invertebrados  vivem no lodo das marismas. A marisma oferece excelente proteção para as larvas e os pequenos peixes que vão e vem com as marés.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  A Figura 11.1 é o diagrama de energia de um estuário, nele se mostra o papel da energia cinética.  As células de fitoplâncton se mantém suspendidas pelo movimento. O movimento ajuda na fotossíntese das plantas trazendo nutrientes, como dióxido de carbono (CO2 ), nitrogênio (N), e fósforo (P). Assim, a energia cinética ajuda ao processo de reciclagem.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  A agitação também mantém as partículas de matéria orgânica em suspensão e em movimento, de forma que os animais do fundo podem capturá-las e se alimentar delas atuando como filtros naturais.
Figura 11.1 Diagrama de energia de um estuário. M, microorganismos; N, nitrogênio; P, fósforo; Dejetos: matéria orgânica morta e micróbios; bentos, animais do fundo: certo tipo de ostras, caranguejos de rio e minhocas. Combustíveis.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  A maré e o rio também trazem ao ecossistema nutrientes, dióxido de carbono, dejetos, zooplâncton, peixes, ovos e larvas de vários animais.  A proliferação de mais espécies é a maneira para que o ecossistema desenvolva maior complexidade.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  Os pequenos animais do tamanho de uma cabeça de alfinete, que estão suspendidos na água, constituem o zooplâncton; presente na água durante a noite, tende a se esconder nas partes baixas e escuras do ecossistema durante o dia.  O zooplâncton come fitoplâncton e matéria orgânica em suspensão, servindo por sua vez de alimento a pequenos peixes. Principalmente peixes do grupo do arenque, incluindo sardinhas, anchovas, sáveis, etc, comem o zooplâncton e também, em menor proporção, fitoplâncton.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  Outro ramo da rede alimentar se encontra no fundo.  Cai matéria orgânica do plâncton, e especialmente do bolo fecal do trato digestivo dos animais, também de plantas mortas do fundo. Os microorganismos consomem esta matéria orgânica.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  Os rios trazem no sedimento que arrastam, areia e barro que formarão o lodo no qual muitas das comunidades ecológicas do fundo ( bentos ) vivem.  A mistura de matéria orgânica e de micróbios que a decompõem se denomina  dejetos . Os  dejetos  são uma rica fonte de alimento para outros organismos do fundo.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  Os grandes carnívoros (caranguejos, camarões e peixes), são capturados e vendidos pelos pescadores. Como exemplos de peixes do fundo podemos citar o linguado e o bacalhau pequeno.  O papel do governo é controlar a pesca por regulamentos e permissões. Estas regras determinam quando ela está permitida.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  Muitas espécies de pássaros fazem parte do ecossistema do estuário, voando para dentro e para fora dele.  As gaivotas se alimentam de animais que vivem no lodo do estuário e da praia durante a maré baixa.  Aves, como a garça, se alimentam nos pântanos, e os pássaros mergulhadores, como pelicanos e cormoranes, se alimentam na água.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  Alguns organismos do estuário estão especialmente adaptados para resistir às constantes variações de salinidade.  Devem sobreviver a níveis de salinidade de 0 ppt (partes por mil) na água doce a 36 ppt na água tropical dos oceanos.  Como a energia deve ser usada principalmente para a adaptação às variações de salinidade, se dá menos importância à produção de biodiversidade, existem menos espécies nos estuários que nos rios ou no mar aberto.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  À direita da Figura 11.1 está representada a pesca. Os barcos recebem divisas da economia, combustíveis e bens e serviços para sua manutenção.  Utilizam-se também recursos humanos nos processos de pesca. O dinheiro é parte deste sistema ecológico-econômico, ingressa pela venda do pescado e é utilizado na compra de combustível, bens e serviços.
11.2 RECIFES DE OSTRAS.  As ostras se fixam umas às outras, construindo montes de conchas.  Quando as ostras do fundo morrem, as larvas se fixam às conchas velhas, aumentando o tamanho do recife.  Com a construção dos montículos, as ostras têm um melhor acesso às correntes que trazem comida e levam os resíduos.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  As indústrias que coletam ostras ajudam a manter o tamanho do recife colocando novamente as conchas vazias. Este é um exemplo de retroalimentação de um sistema natural realizado por uma parte da indústria pesqueira.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  A Figura 11.2 mostra como as marés e os rios causam correntes e trazem nutrientes inorgânicos e matéria orgânica.  A interação das correntes e da matéria orgânica produz um fluxo de comida para as ostras adultas.  As ostras adultas fazem o recife de conchas onde as larvas que crescem se fixam e se fazem adultas.
11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO.  A população de ostras se mantém baixa devido à predação natural, enfermidades e colheitas. O drill é um caracol que perfura a concha das ostras comendo a parte interna.  Ele aumenta de número quando a salinidade do recife é moderadamente constante; quando o fluxo de água doce causa grandes variações de salinidade, a população diminui.
Figura 11.2 Ecossistema de um recife de ostras.  L, larvas; C, taladros carnívoros; E, enfermidades; M, microorganismos.
11.2 RECIFES DE OSTRAS.   Os recifes de ostras de estuários comerciais têm uma alta produtividade. A diversidade e competitividade se mantém baixas devido à constante flutuação da salinidade.  Outro habitat comercial está na  zona de entremarés , onde a exposição alternada ao ar mantem outras espécies à margem. Todavia, os recifes de ostras na zona de entremaré não podem filtro-alimentar-se quando a maré está baixa, o que impede que estes tipos de recife cresçam tão rápido quanto os recifes de estuário em águas profundas.
11.2 RECIFES DE OSTRAS.   As ostras também vivem e crescem em plataformas de perfuração e próximos a recifes, mas a diversidade de espécies é alta e a produção é pouco comercial.  Um novo método de cultivo consiste em colocar uma balsa com uma estante por baixo, onde as ostras crescem.
11.2 RECIFES DE OSTRAS.   Alguns recifes de ostras se contaminam com bactérias e vírus que foram filtrados da água contaminada do estuário.  Estas ostras podem ser úteis porque abastecem ao estuário de larvas e se limparão novamente se colocadas em águas não contaminadas.
11.3 PLANÍCIE DE ALGAS.  Os estuários rasos, de um ou dois metros de profundidade, recebem luz suficiente para produzir um denso leito de plantas de fundo, chamado  planície de algas .  Estas podem ser espécies de água doce, na zona superior; outras espécies em zonas de baixa salinidade; e espécies halo-tolerantes adaptadas a zonas de alta salinidade.
11.3 PLANÍCIE DE ALGAS. Em algumas baías onde o índice pluviométrico é baixo, a salinidade pode alcançar valores maiores à media da água do mar, que é de 3,5%.  Poucas espécies estão adaptadas a salinidades de 4,5% e 5,0%, mas sua produtividade pode ser muito alta.
Questões 1.  Defina os seguintes termos:  a. estuário  b. maternidade  c. invertebrados escavadores  d. filtro-alimentação  e. sedimento  f. salinidade  g. partes por mil
Questões h. fertilidade  i. recife  j. zona de entre maré  k. dejetos  2. Dê exemplos de tipos de plantas e animais encontrados no estuário.  3. Discuta as características físicas do estuário.
Questões 4. Desenhe um diagrama de energia de um ecossistema de estuário.  5. Como se forma um recife de ostras?  6. Dê duas razões para a alta produtividade das planícies de algas.

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Cap11

  • 1.
  • 2. CAPÍTULO 11. ESTUÁRIOS Objetivos II 5. Comparar um recife natural de ostras com um recife comercial. 6. Desenhar um diagrama de energia de um ecossistema de recife natural de ostras. 7. Desenhar um diagrama de energia de um típico sistema de cultivo de ostras. 8. Comparar diversidade versus produtividade nas planícies de algas de fundo.
  • 3. CAPÍTULO 11. ESTUÁRIOS Um estuário é uma área ao longo da costa onde um rio se junta ao mar. Os estuários estão sempre rodeados de terras úmidas : marismas ou terrenos alagadiços com pastos halo- tolerantes ou pântanos com árvores de raízes aéreas que permanecem fora da água a maior parte do tempo. O estuário é rico em energia e nutrientes, possui um grande número de plantas e animais. Esta riqueza se deve em parte às correntes de água doce e água salgada.
  • 4. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. As fontes de energia externa de um sistema de estuário são: a água doce dos rios e a água salgada do oceano que vem com a maré. O estuário recebe energia cinética (movimento) da água; a maré entra, se mistura com a água do rio, e vai embora. As ondas formadas pelo vento ajudam na mistura de água doce com água salgada, e assim à energia cinética do estuário. A energia cinética aumenta a produtividade do estuário por causa da circulação de nutrientes, comida, plâncton e larvas.
  • 5. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. Os estuários tem uma 'explosão' de produtividade na primavera e uma alta taxa de crescimento no verão. As espécies de ostras e caranguejos comerciais são principalmente de estuários. Muitos tipos de camarões comercialmente importantes, em suas etapas adultas vivem e procriam próximos aos estuários, e entram nestes quando são larvas.
  • 6. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. O sável (peixe marinho da família dos clupeídeos) procria na nascente dos riachos e enquanto é jovem passa pelo estuário em seu caminho ao mar, crescendo rapidamente no tempo que passa por ali. Devido à grande quantidade de larvas de espécies marinhas que crescem nos estuários, são considerados usualmente como uma 'maternidade'. Muitos invertebrados vivem no lodo das marismas. A marisma oferece excelente proteção para as larvas e os pequenos peixes que vão e vem com as marés.
  • 7. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. A Figura 11.1 é o diagrama de energia de um estuário, nele se mostra o papel da energia cinética. As células de fitoplâncton se mantém suspendidas pelo movimento. O movimento ajuda na fotossíntese das plantas trazendo nutrientes, como dióxido de carbono (CO2 ), nitrogênio (N), e fósforo (P). Assim, a energia cinética ajuda ao processo de reciclagem.
  • 8. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. A agitação também mantém as partículas de matéria orgânica em suspensão e em movimento, de forma que os animais do fundo podem capturá-las e se alimentar delas atuando como filtros naturais.
  • 9. Figura 11.1 Diagrama de energia de um estuário. M, microorganismos; N, nitrogênio; P, fósforo; Dejetos: matéria orgânica morta e micróbios; bentos, animais do fundo: certo tipo de ostras, caranguejos de rio e minhocas. Combustíveis.
  • 10. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. A maré e o rio também trazem ao ecossistema nutrientes, dióxido de carbono, dejetos, zooplâncton, peixes, ovos e larvas de vários animais. A proliferação de mais espécies é a maneira para que o ecossistema desenvolva maior complexidade.
  • 11. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. Os pequenos animais do tamanho de uma cabeça de alfinete, que estão suspendidos na água, constituem o zooplâncton; presente na água durante a noite, tende a se esconder nas partes baixas e escuras do ecossistema durante o dia. O zooplâncton come fitoplâncton e matéria orgânica em suspensão, servindo por sua vez de alimento a pequenos peixes. Principalmente peixes do grupo do arenque, incluindo sardinhas, anchovas, sáveis, etc, comem o zooplâncton e também, em menor proporção, fitoplâncton.
  • 12. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. Outro ramo da rede alimentar se encontra no fundo. Cai matéria orgânica do plâncton, e especialmente do bolo fecal do trato digestivo dos animais, também de plantas mortas do fundo. Os microorganismos consomem esta matéria orgânica.
  • 13. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. Os rios trazem no sedimento que arrastam, areia e barro que formarão o lodo no qual muitas das comunidades ecológicas do fundo ( bentos ) vivem. A mistura de matéria orgânica e de micróbios que a decompõem se denomina dejetos . Os dejetos são uma rica fonte de alimento para outros organismos do fundo.
  • 14. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. Os grandes carnívoros (caranguejos, camarões e peixes), são capturados e vendidos pelos pescadores. Como exemplos de peixes do fundo podemos citar o linguado e o bacalhau pequeno. O papel do governo é controlar a pesca por regulamentos e permissões. Estas regras determinam quando ela está permitida.
  • 15. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. Muitas espécies de pássaros fazem parte do ecossistema do estuário, voando para dentro e para fora dele. As gaivotas se alimentam de animais que vivem no lodo do estuário e da praia durante a maré baixa. Aves, como a garça, se alimentam nos pântanos, e os pássaros mergulhadores, como pelicanos e cormoranes, se alimentam na água.
  • 16. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. Alguns organismos do estuário estão especialmente adaptados para resistir às constantes variações de salinidade. Devem sobreviver a níveis de salinidade de 0 ppt (partes por mil) na água doce a 36 ppt na água tropical dos oceanos. Como a energia deve ser usada principalmente para a adaptação às variações de salinidade, se dá menos importância à produção de biodiversidade, existem menos espécies nos estuários que nos rios ou no mar aberto.
  • 17. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. À direita da Figura 11.1 está representada a pesca. Os barcos recebem divisas da economia, combustíveis e bens e serviços para sua manutenção. Utilizam-se também recursos humanos nos processos de pesca. O dinheiro é parte deste sistema ecológico-econômico, ingressa pela venda do pescado e é utilizado na compra de combustível, bens e serviços.
  • 18. 11.2 RECIFES DE OSTRAS. As ostras se fixam umas às outras, construindo montes de conchas. Quando as ostras do fundo morrem, as larvas se fixam às conchas velhas, aumentando o tamanho do recife. Com a construção dos montículos, as ostras têm um melhor acesso às correntes que trazem comida e levam os resíduos.
  • 19. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. As indústrias que coletam ostras ajudam a manter o tamanho do recife colocando novamente as conchas vazias. Este é um exemplo de retroalimentação de um sistema natural realizado por uma parte da indústria pesqueira.
  • 20. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. A Figura 11.2 mostra como as marés e os rios causam correntes e trazem nutrientes inorgânicos e matéria orgânica. A interação das correntes e da matéria orgânica produz um fluxo de comida para as ostras adultas. As ostras adultas fazem o recife de conchas onde as larvas que crescem se fixam e se fazem adultas.
  • 21. 11.1 TÍPICO SISTEMA ESTUÁRIO. A população de ostras se mantém baixa devido à predação natural, enfermidades e colheitas. O drill é um caracol que perfura a concha das ostras comendo a parte interna. Ele aumenta de número quando a salinidade do recife é moderadamente constante; quando o fluxo de água doce causa grandes variações de salinidade, a população diminui.
  • 22. Figura 11.2 Ecossistema de um recife de ostras. L, larvas; C, taladros carnívoros; E, enfermidades; M, microorganismos.
  • 23. 11.2 RECIFES DE OSTRAS. Os recifes de ostras de estuários comerciais têm uma alta produtividade. A diversidade e competitividade se mantém baixas devido à constante flutuação da salinidade. Outro habitat comercial está na zona de entremarés , onde a exposição alternada ao ar mantem outras espécies à margem. Todavia, os recifes de ostras na zona de entremaré não podem filtro-alimentar-se quando a maré está baixa, o que impede que estes tipos de recife cresçam tão rápido quanto os recifes de estuário em águas profundas.
  • 24. 11.2 RECIFES DE OSTRAS. As ostras também vivem e crescem em plataformas de perfuração e próximos a recifes, mas a diversidade de espécies é alta e a produção é pouco comercial. Um novo método de cultivo consiste em colocar uma balsa com uma estante por baixo, onde as ostras crescem.
  • 25. 11.2 RECIFES DE OSTRAS. Alguns recifes de ostras se contaminam com bactérias e vírus que foram filtrados da água contaminada do estuário. Estas ostras podem ser úteis porque abastecem ao estuário de larvas e se limparão novamente se colocadas em águas não contaminadas.
  • 26. 11.3 PLANÍCIE DE ALGAS. Os estuários rasos, de um ou dois metros de profundidade, recebem luz suficiente para produzir um denso leito de plantas de fundo, chamado planície de algas . Estas podem ser espécies de água doce, na zona superior; outras espécies em zonas de baixa salinidade; e espécies halo-tolerantes adaptadas a zonas de alta salinidade.
  • 27. 11.3 PLANÍCIE DE ALGAS. Em algumas baías onde o índice pluviométrico é baixo, a salinidade pode alcançar valores maiores à media da água do mar, que é de 3,5%. Poucas espécies estão adaptadas a salinidades de 4,5% e 5,0%, mas sua produtividade pode ser muito alta.
  • 28. Questões 1. Defina os seguintes termos: a. estuário b. maternidade c. invertebrados escavadores d. filtro-alimentação e. sedimento f. salinidade g. partes por mil
  • 29. Questões h. fertilidade i. recife j. zona de entre maré k. dejetos 2. Dê exemplos de tipos de plantas e animais encontrados no estuário. 3. Discuta as características físicas do estuário.
  • 30. Questões 4. Desenhe um diagrama de energia de um ecossistema de estuário. 5. Como se forma um recife de ostras? 6. Dê duas razões para a alta produtividade das planícies de algas.