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“O meu nome é Severino       se ao menos mais cinco havia
não tenho outro de pia.      com nome de Severino
Como há muitos Severinos,    filhos de tantas Marias
que é santo de romaria,      mulheres de outros tantos,
deram então de me chamar     já finados, Zacarias,
Severino de Maria;           vivendo na mesma serra
como há muitos Severinos     magra e ossuda em que eu vivia.
com mães chamadas Maria,     Somos muitos Severinos
fiquei sendo o da Maria      iguais em tudo na vida:
do finado Zacarias.          na mesma cabeça grande
Mas isso ainda diz pouco:    que a custo é que se equilibra,
há muito na freguesia,       no mesmo ventre crescido
por causa de um coronel      sobre as mesmas pernas finas,
que se chamou Zacarias       e iguais também porque o sangue
e que foi o mais antigo      que usamos tem pouca tinta.
senhor desta sesmaria.       E se somos Severinos
Como então dizer quem fala   iguais em tudo na vida,
ora a Vossas Senhorias?      morremos de morte igual,
Vejamos: é o Severino        mesma morte severina:
da Maria do Zacarias,        que é a morte de que se morre
lá da Serra da Costela,      de velhice antes dos trinta,
limites da Paraíba.          de emboscada antes dos vinte,
Mas isso ainda diz pouco:    de fome um pouco por dia”...

                             (João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina)
Construindo nossa identidade
Desde 2003, quando o CEU CEI ARICANDUVA foi
inaugurado, o trabalho aqui realizado fora estruturado
sob os alicerces de qualidade e de parceria para com
as crianças e a comunidade. Em 2009, após
levantamento das conquistas firmadas decorrentes ao
relacionamento escola-comunidade, o Conselho de
Pais e Funcionários avaliou que é chegada a hora de
formalizarmos a construção da identidade desta
unidade educacional, para tanto, foi cogitado que uma
boa maneira dar continuidade ao processo de
construção de NOSSA identidade é alteração do
nome de nossa escola, e definimos esta alteração
como uma das metas de 2009.
Por que mudar o nome do CEI?
• Existem alguns CEI próximos que possuem nomes
  muito parecidos com o CEU CEI ARICANDUVA,
  causando confusões de endereços, documentos de
  funcionários e cadastros.
• Nosso CEI tem o nome da avenida de referencial ao
  local a nossa localização geográfica.
• A construção da identidade de um indivíduo se dá a
  partir da escolha de seu nome, ou seja, a criança
  começa a se descobrir como ser único quando
  deixamos de chamá-la por seu referencial “bebê,
  nenê, cuti-cuti e etc” e começamos a chamá-la pelo
  nome com a qual ela fora registrada. Assim também
  são as empresas e os órgãos públicos, que são
  reconhecidas a partir de seus nomes.
Escolhendo um nome...
• Os nomes dados a escolas e outros órgão
  públicos são geralmente homenagens
  póstumas à personalidades que deixaram
  alguma marca na história.
• Muitas vezes a escolha destes nomes é
  realizada sem a participação da
  comunidade escolar, quando os órgãos
  públicos ficam sabendo da homenagem
  realizada ela já foi publicada no Diário
  Oficial da Cidade e nada se pode fazer
  para contestá-la.
Processo para mudança...
• Desde o inicio de 2009, quando a alteração
  do nome da unidade educacional foi
  determinada meta para este ano, deu-se
  inicio o processo para essa alteração.
  Primeiramente, em reunião com os
  funcionários do CEU CEI ARICANDUVA, foi
  definido que gostaríamos de ter como
  patrona uma mulher, uma brasileira que
  representasse a força da mulher no Brasil e,
  se possível, na educação.
• Gostaríamos ainda de envolver a comunidade
  neste processo, abrindo espaço para que a
  comunidade sugerisse candidatas para patrona do
  CEI, o que foi feito em agosto/ 09 através de
  comunicado impresso enviado aos pais de alunos.
• Em outubro/09 finalizamos o processo de inscrição
  de candidatas e divulgamos os nomes e biografias
  para conhecimento dos pais através de
  comunicados impressos e no mural de
  informações.
• Em novembro/09 pretendemos realizar a eleição
  do nome da Mulher Brasileira que carregará nossa
  identidade e, para tanto, foi convocada esta
  reunião de apresentação das canditadas...
Zélia Gattai
  Amado
Zélia Gattai a escritora, politizada, acadêmica,
mãe, mulher que andou a frente do seu tempo...

                     • É nas mulheres que se
                       concentra o olhar de Zélia
                       Gattai seduzida pela ação
                       daquelas que caminhavam
                       rompendo com os padrões
                       ideais de "esposa-mãe, dona
                       do lar".
                     • A emancipação da mulher, a
                       luta contra a desigualdade
                       social, o direito ao voto eram
                       alguns dos temas defendidos.
Durante 56 anos Zélia Gattai foi casada
com o também escritor Jorge Amado, que
conheceu em 1945 quando ambos
trabalhavam pela anistia de presos políticos.
A partir de então, Zélia auxiliou o processo
de preparação e revisão dos livros do
marido. Com o escritor, Zélia teve dois
filhos: João Jorge, nascido em 1947, e
Paloma, em 1952
Sua estréia na literatura deu-se em 1979,
quando começou a escrever suas
memórias. Seu primeiro livro, "Anarquistas,
Graças a Deus", recebeu o Prêmio Paulista
de Revelação Literária. Antes disso, em
1963, ela organizou fotobiografia de Amado,
intitulada "Reportagem Incompleta".
A escritora Zélia Gattai, 85, foi eleita para a cadeira
                     nº 23 da ABL

  A escritora Zélia Gattai está comemorando a eleição à
  cadeira na ABL (Academia Brasileira de Letras), que em
  07/12/2001.
• Zélia foi eleita para a cadeira nº 23 da academia. Ela
  teve 32 votos, de 36 imortais que votaram.
  Além de Zélia, concorreram à vaga Joel da Silveira, Ieda
  Otaviano, Waldemar Claudio dos Santos, Marcelo
  Henrique, Diógenes Magalhães, Rachel da Gama
  Sampaio, Eliane Ganem, Elias Antunes, Cid Paulo
  Ferreira e Fernão Avelino.
• A escritora tem 13 livros publicados entre memórias,
  romances e infanto-juvenis.
Veja a bibliografia completa da escritora Zélia Gattai:

•   1979: "Anarquistas Graças a Deus"
    (memórias)
•   1982: "Um Chapéu para Viagem" (memórias)
•   1984:"Senhora Dona do Baile" (memórias)
•   1987: "Reportagem Incompleta" (fotobiografia)
•   1988: "Jardim de Inverno" (memórias)
•   1989: "Pipistrelo das Mil Cores" (literatura
    infantil)
•   1991: "O Segredo da Rua 18" (literatura
    infantil)
•   1992: "Chão de Meninos" (memórias)
•   1995: "Crônica de uma Namorada" (romance)
•   1999: "A Casa do Rio Vermelho" (memórias)
•   2000: "Cittá Di Roma" (memórias)
•   2000: "Jonas e a Sereia" (literatura infanto-
    juvenil)
•   2001: "Códigos de Família" (memórias)




Fonte: Fundação Casa de Jorge Amado
Carolina Maria de
      Jesus
Mulher, Brasileira, Negra, Pobre
           e Guerreira
Carolina Maria de Jesus nasceu em Minas
Gerais e migrou-se para São Paulo,
especificamente para a favela do Canindé,
com seus três filhos, trabalhava como
catadora de papelão.
Um dia, Carolina achou no lixo uma
caderneta e começou a escrever nela suas
reflexões sobre a vida e a favela onde vivia.
Esta poderia ser a história de qualquer
mulher brasileira, pobre, mãe e arrima de
família, e só não é por conta de um
jornalista que fora fazer uma reportagem na
favela onde morava Carolina, ficou sabendo
de uma mulher que escrevia sobre si e
sobre aquela lugar e a procurou. Carolina,
lhe entregou alguns manuscritos de seu
diário que foram, inicialmente, publicados
em um jornal impresso e posteriormente
deram origem ao primeiro livro da heroína
desta história, “Quarto de Despejo”.
Carolina revela através
    de sua escritura a
       importância do
 testemunho como meio
    de denúncia sócio-
  política de uma cultura
 hegemônica que exclui
   aqueles que lhe são
         alteridade.
http://www.amulhernaliteratura.ufsc.br/catalogo/carolina_
                       vida.html
Sua primeira obra foi um sucesso
absoluto de vendas, Carolina ganhou
notoriedade, ficou conhecida como “A
Cinderela Negra”. Deixou seu barraco de
madeira na favela do Canindé e mudou-se
para uma casa de alvenaria em um bairro
“melhor”, mas lá não foi feliz. Ela foi vista
pelos novos vizinhos além de negra, como
uma “pobre", recém chegada da favela. Em
pouco tempo, cansada de ver seus filhos
perseguidos e agredidos pelas crianças do
novo bairro, Carolina comprou uma chácara e
se mudou para lá, definitivamente.
Além de Quarto de despejo, Carolina também
publicou Casa de alvenaria (1961), Provérbios e
Pedaços da fome (1963) e Diário de Bitita (publicação
póstuma, realizada em 1982, pela editora francesa A.
M. Métailié).
     Apesar de todo o sucesso de seu primeiro livro,
as publicações seguintes da autora não tiveram êxito,
e Carolina caiu no esquecimento. Pobre, morreu na
casa em que morava com o filho mais velho, no bairro
de Parelheiros, em São Paulo, no dia 13 de fevereiro
de 1977. Além dos já citados, deixou os livros Maria,
Ra-re-ri-ro-rua, A vedete da favela, Pinguço, Marcha,
Acende o fogão, O pobre e o rico, Simplício, O
malandro, Moamba, As granfinas, A Maria Veio, Quem
assim mê vê cantando e Macumba
Por que Carolina é quase que
      ignorada no Brasil?
    Talvez por ser mulher, se ela fosse
homem, seu relato teria sido considerado
muito mais “forte”, afinal Carolina fala do
ponto de vista da mulher, num país
tradicionalmente machista.
Ela era, ainda, mãe
solteira de três filhos, cada um
de um homem diferente.


                Ela conta a periferia. Não
                somente da periferia da
                cidade, ela morava na favela
                do Canindé quando Quarto
                de despejo foi publicado,
                mas da periferia do poder...
Enfim, quem era esta mulher negra, mãe solteira,
semi-alfabetizada (cursou apenas até a 2ª série do
ensino fundamental), que tinha por profissão retirar do
lixo papéis e outros materiais para vender? Ela não era
nada, e isto lhe foi feito muito claro várias vezes,
inclusive quando tomou um elevador com um político e
ele lhe disse que o elevador de serviço era outro, e ela
não deveria estar ali...
      Talvez por tudo isso ou por ser “só isso” acabou
caindo na desconhecimento dos da maioria dos
brasileiros.
Dirce Migliaccio
De atriz a boneca tagarela...
Dirce Migliaccio estreou no teatro em 1958,
trabalhou em seu primeiro filme em 1962 e
no mesmo ano atuou no clássico de
Roberto Farias "O Assalto ao Trem
Pagador".
A partir de 1965 atuou em diversas novelas da
extinta TV Tupi:

"Paixão de Outono”
"Nino, o Italianinho”
"Toninho on the Rocks”
"A Selvagem“
"A Fábrica”


Em 1973 integrou o elenco de um grande clássico
da televisão brasileira, a telenovela "O Bem
Amado", escrita por Dias Gomes.
Em 1975, a Globo e a TVE do Rio de
Janeiro fizeram em parceria o seriado
"Pluft, o Fantasminha" - com Dirce
Migliaccio no papel de Pluft -, obra de Maria
Clara Machado.
Em seguida voltou ao
cinema para atuar em "Nem
os     Bruxos     Escapam"
(1975),    "O Caçador de
Fantasma" (1975), "Guerra
Conjugal" (1975), "O Roubo
das Calcinhas" (1975) e
"Padre Cícero" (1976). Em
1977, retornou à televisão
para marcar época como a
primeira Emília do seriado
"Sítio      do     Picapau
Amarelo" da TV Globo.
De 1980 a 1985 voltou a viver Judicéia
Cajazeira no seriado "O Bem Amado".
Depois do fim da série, Dirce atuou no
cinema, em filmes como "Baixo Gávea"
(1986); "Simão, o Fantasma Trapalhão"
(1988), "Buffo e Spallanzani" (2001). No
longa 'Sem Controle' (2007), Dirce fez o
papel de Dona Iolanda, funcionária de um
hospício. Em 22 de setembro de 2009
morre, aos 76 anos, no Rio de Janeiro.

         Fontes: Wikipédia, Site Mulheres do Cinema Brasileiro.
AS ELEIÇÕES
Votação para a escolha do nome do CEI
    aberta para Pais e Funcionários

            QUANDO???
   Em 25/11/2009, das 7 as 17 horas

               ONDE???
A urna estará disposta na Secretaria do
 CEI, ao lado do refeitório das crianças.

            PARTICIPEM!!!

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Apresentação Eleição Patrona

  • 1. “O meu nome é Severino se ao menos mais cinco havia não tenho outro de pia. com nome de Severino Como há muitos Severinos, filhos de tantas Marias que é santo de romaria, mulheres de outros tantos, deram então de me chamar já finados, Zacarias, Severino de Maria; vivendo na mesma serra como há muitos Severinos magra e ossuda em que eu vivia. com mães chamadas Maria, Somos muitos Severinos fiquei sendo o da Maria iguais em tudo na vida: do finado Zacarias. na mesma cabeça grande Mas isso ainda diz pouco: que a custo é que se equilibra, há muito na freguesia, no mesmo ventre crescido por causa de um coronel sobre as mesmas pernas finas, que se chamou Zacarias e iguais também porque o sangue e que foi o mais antigo que usamos tem pouca tinta. senhor desta sesmaria. E se somos Severinos Como então dizer quem fala iguais em tudo na vida, ora a Vossas Senhorias? morremos de morte igual, Vejamos: é o Severino mesma morte severina: da Maria do Zacarias, que é a morte de que se morre lá da Serra da Costela, de velhice antes dos trinta, limites da Paraíba. de emboscada antes dos vinte, Mas isso ainda diz pouco: de fome um pouco por dia”... (João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina)
  • 2. Construindo nossa identidade Desde 2003, quando o CEU CEI ARICANDUVA foi inaugurado, o trabalho aqui realizado fora estruturado sob os alicerces de qualidade e de parceria para com as crianças e a comunidade. Em 2009, após levantamento das conquistas firmadas decorrentes ao relacionamento escola-comunidade, o Conselho de Pais e Funcionários avaliou que é chegada a hora de formalizarmos a construção da identidade desta unidade educacional, para tanto, foi cogitado que uma boa maneira dar continuidade ao processo de construção de NOSSA identidade é alteração do nome de nossa escola, e definimos esta alteração como uma das metas de 2009.
  • 3. Por que mudar o nome do CEI? • Existem alguns CEI próximos que possuem nomes muito parecidos com o CEU CEI ARICANDUVA, causando confusões de endereços, documentos de funcionários e cadastros. • Nosso CEI tem o nome da avenida de referencial ao local a nossa localização geográfica. • A construção da identidade de um indivíduo se dá a partir da escolha de seu nome, ou seja, a criança começa a se descobrir como ser único quando deixamos de chamá-la por seu referencial “bebê, nenê, cuti-cuti e etc” e começamos a chamá-la pelo nome com a qual ela fora registrada. Assim também são as empresas e os órgãos públicos, que são reconhecidas a partir de seus nomes.
  • 4. Escolhendo um nome... • Os nomes dados a escolas e outros órgão públicos são geralmente homenagens póstumas à personalidades que deixaram alguma marca na história. • Muitas vezes a escolha destes nomes é realizada sem a participação da comunidade escolar, quando os órgãos públicos ficam sabendo da homenagem realizada ela já foi publicada no Diário Oficial da Cidade e nada se pode fazer para contestá-la.
  • 5. Processo para mudança... • Desde o inicio de 2009, quando a alteração do nome da unidade educacional foi determinada meta para este ano, deu-se inicio o processo para essa alteração. Primeiramente, em reunião com os funcionários do CEU CEI ARICANDUVA, foi definido que gostaríamos de ter como patrona uma mulher, uma brasileira que representasse a força da mulher no Brasil e, se possível, na educação.
  • 6. • Gostaríamos ainda de envolver a comunidade neste processo, abrindo espaço para que a comunidade sugerisse candidatas para patrona do CEI, o que foi feito em agosto/ 09 através de comunicado impresso enviado aos pais de alunos. • Em outubro/09 finalizamos o processo de inscrição de candidatas e divulgamos os nomes e biografias para conhecimento dos pais através de comunicados impressos e no mural de informações. • Em novembro/09 pretendemos realizar a eleição do nome da Mulher Brasileira que carregará nossa identidade e, para tanto, foi convocada esta reunião de apresentação das canditadas...
  • 8. Zélia Gattai a escritora, politizada, acadêmica, mãe, mulher que andou a frente do seu tempo... • É nas mulheres que se concentra o olhar de Zélia Gattai seduzida pela ação daquelas que caminhavam rompendo com os padrões ideais de "esposa-mãe, dona do lar". • A emancipação da mulher, a luta contra a desigualdade social, o direito ao voto eram alguns dos temas defendidos.
  • 9. Durante 56 anos Zélia Gattai foi casada com o também escritor Jorge Amado, que conheceu em 1945 quando ambos trabalhavam pela anistia de presos políticos.
  • 10. A partir de então, Zélia auxiliou o processo de preparação e revisão dos livros do marido. Com o escritor, Zélia teve dois filhos: João Jorge, nascido em 1947, e Paloma, em 1952
  • 11. Sua estréia na literatura deu-se em 1979, quando começou a escrever suas memórias. Seu primeiro livro, "Anarquistas, Graças a Deus", recebeu o Prêmio Paulista de Revelação Literária. Antes disso, em 1963, ela organizou fotobiografia de Amado, intitulada "Reportagem Incompleta".
  • 12. A escritora Zélia Gattai, 85, foi eleita para a cadeira nº 23 da ABL A escritora Zélia Gattai está comemorando a eleição à cadeira na ABL (Academia Brasileira de Letras), que em 07/12/2001. • Zélia foi eleita para a cadeira nº 23 da academia. Ela teve 32 votos, de 36 imortais que votaram. Além de Zélia, concorreram à vaga Joel da Silveira, Ieda Otaviano, Waldemar Claudio dos Santos, Marcelo Henrique, Diógenes Magalhães, Rachel da Gama Sampaio, Eliane Ganem, Elias Antunes, Cid Paulo Ferreira e Fernão Avelino. • A escritora tem 13 livros publicados entre memórias, romances e infanto-juvenis.
  • 13. Veja a bibliografia completa da escritora Zélia Gattai: • 1979: "Anarquistas Graças a Deus" (memórias) • 1982: "Um Chapéu para Viagem" (memórias) • 1984:"Senhora Dona do Baile" (memórias) • 1987: "Reportagem Incompleta" (fotobiografia) • 1988: "Jardim de Inverno" (memórias) • 1989: "Pipistrelo das Mil Cores" (literatura infantil) • 1991: "O Segredo da Rua 18" (literatura infantil) • 1992: "Chão de Meninos" (memórias) • 1995: "Crônica de uma Namorada" (romance) • 1999: "A Casa do Rio Vermelho" (memórias) • 2000: "Cittá Di Roma" (memórias) • 2000: "Jonas e a Sereia" (literatura infanto- juvenil) • 2001: "Códigos de Família" (memórias) Fonte: Fundação Casa de Jorge Amado
  • 15. Mulher, Brasileira, Negra, Pobre e Guerreira Carolina Maria de Jesus nasceu em Minas Gerais e migrou-se para São Paulo, especificamente para a favela do Canindé, com seus três filhos, trabalhava como catadora de papelão.
  • 16. Um dia, Carolina achou no lixo uma caderneta e começou a escrever nela suas reflexões sobre a vida e a favela onde vivia.
  • 17. Esta poderia ser a história de qualquer mulher brasileira, pobre, mãe e arrima de família, e só não é por conta de um jornalista que fora fazer uma reportagem na favela onde morava Carolina, ficou sabendo de uma mulher que escrevia sobre si e sobre aquela lugar e a procurou. Carolina, lhe entregou alguns manuscritos de seu diário que foram, inicialmente, publicados em um jornal impresso e posteriormente deram origem ao primeiro livro da heroína desta história, “Quarto de Despejo”.
  • 18. Carolina revela através de sua escritura a importância do testemunho como meio de denúncia sócio- política de uma cultura hegemônica que exclui aqueles que lhe são alteridade. http://www.amulhernaliteratura.ufsc.br/catalogo/carolina_ vida.html
  • 19. Sua primeira obra foi um sucesso absoluto de vendas, Carolina ganhou notoriedade, ficou conhecida como “A Cinderela Negra”. Deixou seu barraco de madeira na favela do Canindé e mudou-se para uma casa de alvenaria em um bairro “melhor”, mas lá não foi feliz. Ela foi vista pelos novos vizinhos além de negra, como uma “pobre", recém chegada da favela. Em pouco tempo, cansada de ver seus filhos perseguidos e agredidos pelas crianças do novo bairro, Carolina comprou uma chácara e se mudou para lá, definitivamente.
  • 20. Além de Quarto de despejo, Carolina também publicou Casa de alvenaria (1961), Provérbios e Pedaços da fome (1963) e Diário de Bitita (publicação póstuma, realizada em 1982, pela editora francesa A. M. Métailié). Apesar de todo o sucesso de seu primeiro livro, as publicações seguintes da autora não tiveram êxito, e Carolina caiu no esquecimento. Pobre, morreu na casa em que morava com o filho mais velho, no bairro de Parelheiros, em São Paulo, no dia 13 de fevereiro de 1977. Além dos já citados, deixou os livros Maria, Ra-re-ri-ro-rua, A vedete da favela, Pinguço, Marcha, Acende o fogão, O pobre e o rico, Simplício, O malandro, Moamba, As granfinas, A Maria Veio, Quem assim mê vê cantando e Macumba
  • 21. Por que Carolina é quase que ignorada no Brasil? Talvez por ser mulher, se ela fosse homem, seu relato teria sido considerado muito mais “forte”, afinal Carolina fala do ponto de vista da mulher, num país tradicionalmente machista.
  • 22. Ela era, ainda, mãe solteira de três filhos, cada um de um homem diferente. Ela conta a periferia. Não somente da periferia da cidade, ela morava na favela do Canindé quando Quarto de despejo foi publicado, mas da periferia do poder...
  • 23. Enfim, quem era esta mulher negra, mãe solteira, semi-alfabetizada (cursou apenas até a 2ª série do ensino fundamental), que tinha por profissão retirar do lixo papéis e outros materiais para vender? Ela não era nada, e isto lhe foi feito muito claro várias vezes, inclusive quando tomou um elevador com um político e ele lhe disse que o elevador de serviço era outro, e ela não deveria estar ali... Talvez por tudo isso ou por ser “só isso” acabou caindo na desconhecimento dos da maioria dos brasileiros.
  • 25. De atriz a boneca tagarela... Dirce Migliaccio estreou no teatro em 1958, trabalhou em seu primeiro filme em 1962 e no mesmo ano atuou no clássico de Roberto Farias "O Assalto ao Trem Pagador".
  • 26. A partir de 1965 atuou em diversas novelas da extinta TV Tupi: "Paixão de Outono” "Nino, o Italianinho” "Toninho on the Rocks” "A Selvagem“ "A Fábrica” Em 1973 integrou o elenco de um grande clássico da televisão brasileira, a telenovela "O Bem Amado", escrita por Dias Gomes.
  • 27. Em 1975, a Globo e a TVE do Rio de Janeiro fizeram em parceria o seriado "Pluft, o Fantasminha" - com Dirce Migliaccio no papel de Pluft -, obra de Maria Clara Machado.
  • 28. Em seguida voltou ao cinema para atuar em "Nem os Bruxos Escapam" (1975), "O Caçador de Fantasma" (1975), "Guerra Conjugal" (1975), "O Roubo das Calcinhas" (1975) e "Padre Cícero" (1976). Em 1977, retornou à televisão para marcar época como a primeira Emília do seriado "Sítio do Picapau Amarelo" da TV Globo.
  • 29. De 1980 a 1985 voltou a viver Judicéia Cajazeira no seriado "O Bem Amado". Depois do fim da série, Dirce atuou no cinema, em filmes como "Baixo Gávea" (1986); "Simão, o Fantasma Trapalhão" (1988), "Buffo e Spallanzani" (2001). No longa 'Sem Controle' (2007), Dirce fez o papel de Dona Iolanda, funcionária de um hospício. Em 22 de setembro de 2009 morre, aos 76 anos, no Rio de Janeiro. Fontes: Wikipédia, Site Mulheres do Cinema Brasileiro.
  • 30. AS ELEIÇÕES Votação para a escolha do nome do CEI aberta para Pais e Funcionários QUANDO??? Em 25/11/2009, das 7 as 17 horas ONDE??? A urna estará disposta na Secretaria do CEI, ao lado do refeitório das crianças. PARTICIPEM!!!