Este relatório analisa a presença das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no currículo da disciplina "Aplicações Informáticas B - 12o ano". As TIC estão implicitamente referidas nos objetivos do programa para complementar a formação dos alunos e desenvolver a literacia digital. A autora reflete como tem diversificado as suas metodologias de ensino para aproveitar as ferramentas TIC e melhor equipar os alunos para o mundo moderno.
1. Universidade de LisboaInstituto de educaçãoIntegração curricular das TIC<br />Relatório sobre a presença das TIC no currículo da disciplina:“Aplicações Informáticas B – 12º ano”18700755537200<br />AutoraFlorbela Ribeiro Carriço nº 9723<br />Mestrado em Educação, área de especialização em TIC e Educação, tema: E-learning<br />2010/2011<br />INTRODUÇÃO<br /> “ (…) parece importante lembrar que a tecnologia só faz sentido se usada com intencionalidade, ou seja, se correctamente integrada na concepção e desenvolvimento de todo um projecto curricular”<br />(Coutinho, 2006, p.1)<br />Este relatório visa analisar a presença das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no programa/currículo de uma das disciplinas que actualmente lecciono: Aplicações Informáticas B, 12º ano.<br />Esta análise suscitou-me bastante interesse pois, como actualmente lecciono esta disciplina, permitiu-me reflectir se a metodologia por mim aplicada é, de alguma forma sustentada pela presença das TIC no currículo.<br />Com o presente trabalho, inicialmente, apresentarei a minha breve análise sobre o modo como as TIC estão referenciadas no programa. De seguida, apresentarei uma reflexão acerca das implicações dessa quot;
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nas minhas práticas lectivas.<br />ANÁLISE DO PROGRAMA<br />As TIC estão implicitamente descritas na “Introdução”, nas “Finalidades” e nos “Objectivos”, do programa de Aplicações Informáticas B, respectivamente, ao serem consideradas como complemento de formação, ao permitirem uma crescente literacia digital e em proceder à sua utilização alargada.<br />Nas sugestões metodológicas gerais, as TIC apenas estão explícitas para as unidades curriculares 2,3 e 4, nomeadamente, por exemplo, no uso da Internet para trabalhos de pesquisa, consolidação de conhecimentos com a modelagem e experimentação de software, participação dos alunos em pequenos projectos parcelares, orientados para uma das componentes multimédia estudadas (tratamento do som, do vídeo, etc.). A unidade 1, referente à “Introdução à programação”, tem definido implicitamente as TIC, pois, para o desenvolvimento do pensamento lógico e para a visualização operativa do resultado desse pensamento, poderá ser útil abordar uma linguagem de programação com o respectivo compilador.<br />REFLEXÃO<br />De acordo com a “presença” substancial das TIC no programa de Aplicações Informáticas B, tenho vindo a diversificar as minhas metodologias enquanto professora, por, além de poder ajustá-las ao tipo de alunos, poder também usufruir de uma grande diversidade de ferramentas.<br />Neste âmbito, concordo que, se no currículo se “(…) desenvolver uma proposta que equacionasse e trabalhasse as competências em TIC enquanto estratégia de desenvolvimento dos indivíduos, quer numa perspectiva instrumental ‒ indivíduos mais bem equipados para as exigências do mundo do trabalho e da vida em sociedade ‒, quer sobretudo numa perspectiva de desenvolvimento pessoal e social ‒ indivíduos intelectualmente mais fortes e socialmente mais autónomos e participativos (Costa, F., 2010, p.933), o professor terá, sem dúvida alguma, ser possuidor de literacia digital, o que para mim me fascina pois, além de oferecer uma grande diversidade de metodologias a aplicar, proporciona também a avidez por novas descobertas tecnológicas.<br />CONCLUSÃO<br />Como o currículo deve apresentar uma consistência interna, ou seja, deve existir compatibilidade entre os elementos curriculares e as fontes de informação (Klein, 1985), actualmente é de igual modo importante que nela estejam explanadas as TIC, de modo a potenciarem as aprendizagens dos alunos.<br />Penso que, em complemento do que referi anteriormente, “…poderia ser útil se associado à experiência e sabedoria de alguns colegas para quem as TIC são, de facto, a alavanca para a tão necessária mudança da escola, isto é, a mudança dos modos como se ensina e como se organiza e estimula a aprendizagem.” (Costa, F., 2010, p.932)<br />Em conclusão, com a análise aprofundada deste currículo/programa proporcionou-me um momento de reflexão muito importante, que contribuiu para mais um passo marcante no meu percurso de vida como mestranda e como professora.<br />REFERÊNCIAS<br />Pinto, Manuel L.S., Dias, Paulo M., João, Sónia Mildred (Coordenadora) (2009). Programas de Aplicações Informáticas B – 12º ano. ME/DGIDC.<br />Klein, M. F. (1985). Curriculum Design. In T. Husen e T. Postlethwaite, (Ed), The International Encyclopedia of Education. Oxford: Pergamon.<br />Cruz, Elisabete (2009). Análise da Integração das TIC no Currículo Nacional do Ensino Básico. Dissertação de Mestrado, Universidade de Lisboa, Lisboa.<br />Coutinho, Clara P. (2006). Tecnologia educativa e currículo : caminhos que se cruzam ou se bifurcam? VII Colóquio sobre questões curriculares. Instituto de Educação e Psicologia – Universidade do Minho.<br />Costa, Fernando A. (2010). Metas de aprendizagem na área das TIC: Aprender com tecnologias. I Encontro Internacional TIC e Educação. Instituto de Educação da Universidade de Lisboa<br />