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APOSTILA DO TREINANDO
OPERADOR DE GUINCHO MUNCK
Confederação Nacional do Transporte - CNT
Administração: Clésio Andrade
Diretoria Executiva Geral
Área Técnica - Núcleo de Educação Presencial
Elaboração
Núcleo Pedagógico – CRSC
Responsável Técnico - Luiz Gonzaga Fidélix
OPERADOR DE GUINCHO MUNCK
Modalidade Presencial
Apostila do Treinando
Fale com o Sistema CNT
0800.782891
ÍNDICE
Apresentação.....................................................................................................................................5
Grade de Conteúdo ..........................................................................................................................6
1. LEGISLAÇÃO ............................................................................................................................7
2. SISTEMAS E DISPOSITIVOS BÁSICOS DO GUINCHO MUNCK ..................................9
2.1. Sistemas Hidráulicos ................................................................................................................9
2.2. Sistemas a Fluídos..................................................................................................................11
2.3 Equipamentos Hidráulicos .....................................................................................................13
2.4. Componentes do Sistema Hidráulico:..................................................................................13
2.5. Princípios Gerais de Funcionamento do Sistema Hidráulico..........................................16
3. EQUIPAMENTO GUINDAUTO ................................................................................................17
3.1. Guindauto .................................................................................................................................17
3.2. Características construtivas...................................................................................................18
3.3. Operação ..................................................................................................................................25
4. MANUTENÇÃO DE GUINCHO MUNCK ................................................................................31
4.1. Introdução.................................................................................................................................31
4.2.Tipos de Manutenção ..............................................................................................................31
4.3. Instruções para Manutenção do Guincho Munck...............................................................33
5. SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE GUINCHO MUNCK.....................................................34
Bibliografia........................................................................................................................................40
Operador de Guincho Munck - 5 -
Apresentação
Esta apostila tem por finalidade apresentar de forma objetiva e didática os
conteúdos a serem desenvolvidos no curso de Operador Guincho Munck, sendo
desenvolvido, competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) inerentes a referida
ocupação.
O referido curso possui carga horária de 16 horas e foi estruturado com o objetivo
de oferecer ao profissional oportunidade de aperfeiçoamento no exercício de atividades
profissionais da área de movimentação, armazenagem e deslocamento de produtos e
materiais.
A metodologia de ensino foi definida com base nos pressupostos da educação
presencial. A avaliação final consistirá na realização de prova escrita, e o critério para
aprovação será de 70% de acertos, no mínimo, além do cumprimento das tarefas
solicitadas pelo instrutor durante o desenvolvimento de cada disciplina.
O número mínimo de alunos para formação de turmas é de 10 e o máximo de 16
alunos, sendo que os mesmos deverão cumprir uma freqüência mínima de 75% sobre o
total de horas letivas do curso e será considerado aprovado o aluno que tiver média 7,0
(sete) na avaliação final.
- 6 – Operador de Guincho Munck
Grade de Conteúdo
Curso: Operador de Guincho Munck
Carga Horária: 16 horas
Módulos Carga Horária
Legislação 2:00
Sistemas e dispositivos básicos do guincho munck 4:00
Equipamento guindauto 4:00
Manutenção de Guincho Munck 3:00
Segurança na operação de guincho munck 3:00
Operador de guincho Munck -7-
1. LEGISLAÇÃO
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
(111.000-4)
 (Alterada pela Portaria n.º 56, de 17/09/03)
 (Alterada pela Portaria n.º 82, de 1º/06/04)
11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes,
transportadores industriais e máquinas transportadoras.
11.1.1. Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em
toda sua altura, exceto as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos. (111.001-2 /
I2)
11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá
estar protegida por corrimão ou outros dispositivos convenientes. (111.002-0 / I2)
11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores,
elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras,
guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e
construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e
segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho. (111.003-9 / I2)
11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e
ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas
partes defeituosas. (111.004-7 / I2)
11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de
trabalho permitida. (111.005-5 / I1)
11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas
condições especiais de segurança. (111.006-3 / I1)
11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos. (111.007-
1 / I1)
- 8 – Operador de Guincho Munck
11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá
receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função.
(111.008-0 / I1)
11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados
e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação,
com o nome e fotografia, em lugar visível. (111.009-8 / I1)
11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o
empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador.
(111.010-1 / I1)
11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência
sonora (buzina). (111.011-0 / I1)
11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as
peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente
substituídas. (111.012-8 / I1)
11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por
máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente
de trabalho, acima dos limites permissíveis. (111.013-6 / I2)
11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas
transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de
dispositivos neutralizadores adequados. (111.014-4 / I3)
11.3. Armazenamento de materiais.
11.3.1. O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga
calculada para o piso. (111.031-4 / I1)
11.3.2. O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de
portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc. (111.032-2 / I1)
11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma
distância de pelo menos 0,50m (cinqüenta centímetros). (111.033-0 / I1)
11.3.4. A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às
saídas de emergência. (111.034-9 / I1)
Operador de guincho Munck -9-
11.3.5. O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada
tipo de material.
11.4. Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras
rochas.
11.4.1. A movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármore, granito e
outras rochas deve obedecer ao disposto no Regulamento Técnico de Procedimentos
constante no Anexo I desta NR.”
Observação: O item 11.2 da NR 11, refere-se a normas de segurança do trabalho em
atividades de transporte de sacas.
2. SISTEMAS E DISPOSITIVOS BÁSICOS DO GUINCHO MUNCK
Muitas máquinas e processo diferentes utilizam um fluído para desenvolver uma
força para mover ou sujeitar um objeto, ou para controlar uma ação. Nos automóveis, por
exemplo, são utilizados freios hidráulicos para freá-los. Na construção e reparos de
estradas, o ar comprimido é utilizado para operar martelos desincrustadores. Muitas
unidades a fluídos são empregados pela indústria moderna. Podem ser citadas inúmeras
aplicações. As máquinas e os processos estão tornando-se mais e mais automatizados
para fazer frente à competição e reduzir a possibilidade do erro humano.
2.1. Sistemas Hidráulicos
Vários fluídos podem ser usados em dispositivos e sistemas.
O termo hidráulico relaciona-se a um líquido. Em um sistema hidráulico, podem
ser utilizados óleo, água ou outro líquido. Na prática, são utilizados comumente dois
fluídos: óleo e ar comprimido. Assim, quando a palavra fluído for usada em nossa
- 10 – Operador de Guincho Munck
apostila, entenda-se óleo. Um sistema a fluído que utiliza óleo é chamado “Sistema
hidráulico”.
A figura acima, mostra um sistema hidráulico típico. O óleo de um tanque ou de
um reservatório flui, através de um tubo ou cano, para uma bomba. A bomba pode ser
acionada por um motor elétrico, a ar, turbina a gás, ou por um motor de combustão
interna.
O óleo submetido a uma alta pressão flui por um tubo ou cano através de uma
válvula de controle; esta válvula pode ser utilizada para mudar o fluxo do óleo. Uma
válvula de alívio é utilizada para proteger o sistema que poderá ser ajustada a uma
pressão máxima de segurança desejada. Se a pressão do óleo no sistema começar a
elevar-se acima da pressão máxima de segurança, a válvula de alívio abrirá para diminuir
a pressão e evitar danos ao sistema e ao que o circunda.
Operador de guincho Munck -11-
O óleo que entra cilindro atua sobre o pistão, e esta ação sobre a área do pistão
pode ser utilizada para mover uma carga ou um dispositivo. O óleo retorna ao
reservatório. Quando o óleo passa através do filtro, a sujeira e os corpos estranhos lhe
são removidos.
Cada unidade em separado, como a bomba, a válvula, o cilindro, ou o filtro é
chamada de um “componente” do sistema.
Existem algumas vantagens na utilização do óleo com o fluído de operação. O
óleo ajuda lubrificar as diversas peças deslizantes do equipamento ou sistema hidráulico.
O óleo evita a oxidação e é facilmente encontrado. Para propósitos práticos, o óleo é um
líquido que não sofre variação em seu volume no sistema hidráulico quando a pressão for
variada , durante o movimento do óleo de uma parte do sistema para outra. Se o óleo
abastecer totalmente o sistema, o movimento do pistão poderá ser corretamente
controlado pelo fluxo de óleo.
No sistema hidráulico mostrado na figura 1, pode-se supor que a pressão do óleo
na entrada do cilindro seja de 1.500 libras por polegada quadrada, e que a área do pistão
na qual a pressão do óleo atua seja de 2 polegadas quadradas. Assim, a força do óleo
sobre o pistão é de (2x1.500), o 3.000 libras. Isto indica que uma força relativamente
grande pode atuar numa determinada carga para um cilindro de dimensões relativamente
pequenas. Essa é uma das vantagens do dispositivos hidráulicos.
2.2. Sistemas a Fluídos
Um grande número de sistemas ou circuitos podem ser projetados, e um grande
número de diferentes componentes podem ser utilizados.
Existem, essencialmente, três características principais ou básicas no sistema
simples a fluído comum: Uma bomba de óleo, um dispositivo com um pistão ou elemento
rotativo movido pelo fluído e tubulação e dispositivos de válvulas para controlar o fluxo do
fluído.
Os fluídos dividem-se em duas classes:
a) Líquidos
- 12 – Operador de Guincho Munck
Exemplo: água e óleos.
b) Aeriformes
Exemplo: gases e vapores
Portanto, a Hidráulica estuda o comportamento dos óleos, da água dos gases e dos
vapores, estejam eles em repouso ou em movimento.
A hidráulica divide-se em: Hidrodinâmica e Hidrostática
A Hidrodinâmica estuda os líquidos em movimento. Uma roda d’água ou uma
turbina representa um dispositivo hidrodinâmico
A transmissão da energia se dá pelo impacto da água contra as paletas. Nesta
situação é usada a energia do movimento que o líquido contem.
A hidrostática estuda os líquidos sob pressão.
A maioria das máquinas utilizadas atualmente, funcionam hidrostaticamente, ou
seja, por meio de pressão.
Operador de guincho Munck -13-
2.3 Equipamentos Hidráulicos
Os equipamentos hidráulicos, são equipamentos que se utilizam dos princípios da
hidráulica para transmissão e multiplicação de forças.
Os equipamentos hidráulicos utilizam-se de “fluídos hidráulicos” que são, na
maioria das vezes óleos refinados de petróleo, contendo alguns aditivos.
Os óleos hidráulicos além de transmitir força e movimentos, servem também para
lubrificar o sistema hidráulico.
Resumindo:
Princípio básico do sistema Hidráulico
 Aplica-se uma força sobre o óleo, através de uma bomba.
 A força aplicada gera uma pressão que faz o óleo fluir (movimentar-se)
levando a pressão a todo o sistema.
 A saída de energia do sistema hidráulico se dá pelo cilindro.
 Além da bomba e do cilindro, é necessário colocar válvulas no sistema para
controlar o fluxo de óleo.
 É também necessário ter um tanque para conter o óleo e tubulações de alta
pressão para levar o óleo.
2.4. Componentes do Sistema Hidráulico:
a. Tanque (ou reservatório de óleo) – É utilizado para armazenar e condicionar o fluído
e deve ser capaz de:
 Dissipar o calor do óleo;
 Separar o óleo do ar;
 Separar as impurezas do óleo (descontaminação).
Em muitos tanques existem orifícios de respiro, que permitem a entrada ou saída
de ar acima do nível de óleo dentro do tanque.
Os tanques são providos de filtros, peneiras e bujões magnéticos que condicionam
o fluído pela retirada de impurezas.
- 14 – Operador de Guincho Munck
Os componentes dos equipamentos hidráulicos movem-se sobre uma fina camada
de óleo. Quanto mais alta for a pressão mais fina será esta camada. Por isso mesmo,
mais sensível à contaminação pela sujeira, água, abrasivos, e subprodutos resultantes da
deterioração do óleo.
A contaminação do óleo compromete o desempenho do equipamento hidráulico
podendo provocar o movimento irregular, perda de controle e vazamentos.
Daí a grande importância que se deve dar às condições do tanque e das peças que
mantém o óleo limpo e em condições de uso.
b. Bomba – tem como função, empurrar continuamente o fluído hidráulico (óleo).
A bomba converte a energia mecânica do motor, em energia de pressão no fluído.
A energia de pressão é usada para acionar o cilindro. Ela é o coração do sistema, pois se
não funcionar, o sistema todo também não funcionará.
A bomba tem muita probabilidade de avariar devido a problemas como:
 Porque pode ficar funcionando por muito tempo;
 É a primeira parte do sistema que sofre qualquer contaminação que sair do tanque.
Com uma manutenção e operação adequadas, a bomba certamente apresentará
uma grande confiabilidade.
Tem-se o hábito de acreditar que a queda de pressão do sistema hidráulico é
devido a bomba (movimento).
A bomba, tão somente existe para causar o fluxo de óleo. Se houver queda de
pressão, é mais provável que seja por vazamento em outra parte do sistema hidráulico.
RECOMENDAÇÕES:
Não deixe o reservatório sem o nível completo de óleo. Se faltar óleo, a bomba
funciona mal e pode se desgastar com menor tempo de uso.
Qualquer ruído anormal é motivo para parar a bomba imediatamente. O ruído
anormal pode ser causado por:
 Entrada de ar no sistema, o que pode ser provocado pelo nível de óleo baixo no
tanque ou por falta de óleo na bomba, antes da partida.
Operador de guincho Munck -15-
 Peças gastas ou quebradas. Se operar a bomba nestas condições, espalhará
partículas abrasivas no sistema todo, gerando sérios danos.
c. Cilindros
Os cilindros, podem ser comparados aos músculos do nosso corpo, de ação
linear, porque fornecem força e movimento em linha reta.
Existem atuadores rotativos, como exemplo podemos citar os motores, que
produzem torque e movimento rotativo.
Os cilindros são considerados a saída do
sistema hidráulica. Eles recebem energia em forma
de pressão e convertem a pressão em energia
mecânica, ou seja, em força e movimento.
O cilindro é um atuador hidráulico
composto por um pistão que se move dentro de
uma carcaça cilíndrica provido pela ação de um
líquido sob pressão.
Os cilindros podem ser:
 Cilindro de Pistão Liso - Atua diretamente sobre a carga
 Cilindro com Haste - A Haste conecta o Pistão na carga
Os cilindros podem ter acionamento hidráulico em uma só direção e acionamento
hidráulico em duas direções.
- 16 – Operador de Guincho Munck
d. Válvulas
As válvulas têm a função de controlar o funcionamento dos cilindros, sendo
também conhecidas por “Controladores” ou “Comando”, especialmente, se tiver várias
delas montadas em um único conjunto.
As válvulas servem para:
 controlar pressão;
 controlar a vazão de óleo;
 controlar a direção do óleo (válvula direcional) .
Existem ainda, as válvulas de segurança, também chamadas de válvulas de
alívio, cuja função é proteger o sistema de sobre-pressão. Seu acionamento se dá em
duas situações:
 quando a força exercida pela pressão sobre o êmbolo for igual ao peso da
carga ou;
 quando o êmbolo estiver no final de curso.
2.5. Princípios Gerais de Funcionamento do Sistema Hidráulico
A bomba, quando estiver em funcionamento, suga o óleo do tanque e manda
através das mangueiras de alta pressão para o comando. Caso o comando não esteja
sendo operado, a passagem de óleo será livre e ele retornará ao tanque.
Colocando em ação umas das alavancas do comando, o óleo será enviado
através de mangueiras ou tubulações de alta pressão para os cilindros referentes a cada
alavanca do comando acionado.
Operador de guincho Munck -17-
O cilindro é composto por uma camisa cilíndrica, um êmbolo, vedações de
borracha, haste, entrada e saída de óleo superior e inferior, ( a entrada e saída das hastes
variam dependendo da direção do fluxo de óleo).
O óleo, chegando no cilindro vai ocupar o espaço na camisa do cilindro e empurra
o êmbolo, o que faz com que a haste do êmbolo saia para fora.
A haste do êmbolo, encontrando resistência externa através da haste, cria uma
força contrária a do fluxo do óleo originando uma pressão.
A pressão varia de acordo com a resistência encontrada na haste. Quando a força
da haste e a força do fluxo do óleo estão em equilíbrio, a válvula de alívio começa a
funcionar. Ela segura a pressão contida no cilindro e segura o óleo mandado pelo bomba,
desviando o excesso para o tanque, desde que a alavanca permaneça acionada. (circuito
básico).
3. EQUIPAMENTO GUINDAUTO
3.1. Guindauto
O guindauto é um conjunto mecânico movido por um circuito hidráulico, cujo
acionamento é obtido através de um sistema formado por tomada de força, cardam e
bomba hidráulica. Ele é operado através de um comando direcional constituído por
alavancas.
- 18 – Operador de Guincho Munck
É instalado em caminhões, sendo utilizado para carga, descarga e movimentação
materiais e equipamentos pesados.
Basicamente o Guindauto é composto de:
 Parte mecânica - Quadro de fixação, sistema de giro, coluna giratória, braço e
lança articulados, e tomada de força.
 Parte hidráulica - Reservatório de óleo, filtro, bomba hidráulica, mangueira,
tubos, cilindros hidráulicos, comando de alavancas e válvulas de alívio
(segurança).
Para melhor desempenho, o Guindauto tem alguns acessórios opcionais,
dependendo do modelo considerado. Esses acessórios podem ser; caçamba isolada,
lança suplementar metálica ( pode ser hidráulica telescópica ), saca postes e perfuratriz..
3.2. Características construtivas
a. Horímetros
Sua função é registrar o tempo de operação do sistema hidráulico, principalmente
para controle das horas de trabalho do equipamento.
O horímetro deve ser instalado no painel do veiculo e acionado quando ligado a
tomada de força . Deverá ser usado para cálculo as horas registradas no horímetro e para
o controle da troca de óleo e manutenção do veículo.
Para cada hora marcada no horímetro deve-se calcular 60 km e somar a
quilometragem do odômetro do veículo.
Ex.: Horímetro = 20 horas (20 X 60) = 1.200 km
Odômetro = = 2.000 km
Total = 3200 km
b. Tomada de Força
Dispositivo acoplado ao cambio do veículo, que tem como finalidade acionar,
através do eixo cardam, a bomba hidráulica.
c. Eixo Cardam
Operador de guincho Munck -19-
Sua função é transmitir o movimento rotativo da tomada de força para a bomba
hidráulica.
d. Bomba hidráulica
Sua função é operar o sistema hidráulico do equipamento, acionado pelo motor
do veiculo. Um dispositivo de aceleração ligado ao motor aumenta a rotação da bomba
hidráulica para atender as solicitações do sistema hidráulico.
e. Filtro
Sua finalidade é proteger o sistema hidráulico ( bomba, cilindros, válvulas,
circuitos, etc.. ) retendo as impurezas captadas pelo óleo.
f. Reservatório de óleo
Sua função é abastecer e resfriar o óleo de todo o sistema hidráulico do
equipamento. Sua capacidade varia de acordo com o equipamento.
- 20 – Operador de Guincho Munck
ACIONAMENTO
N° Descrição Quant.
01 Bomba Hidráulica Albarus/Hydraquip PFH 1910 PR 01
02 O’ring 2-213 01
03 O’ring 2-221 01
04 Adaptador de Sucção  1.5/8” UNF 01
05 Cabo para Tomada 01
06 Macho O’ring 1.5/8” UNF x JIC 1.1/16” UNF 01
07 Suporte de Bomba (ver observações abaixo) 01
08 Tomada de Potência (item opcional) 01
09 Porca Sextavada  3/8” NC 04
10 Porca Sextavada  1/ 2” NC 04
11 Arruela Lisa  1/ 2” 02
12 Parafuso Sextavado  1/ 2” NC x 1.3/4” 04
13 Eixo Carda AEMCO CAG 00-26-650 01
14 Parafuso Allen sem Cabeça  3/8” NC x 1 04
g. Comando do equipamento.
Sua finalidade é direcionar o óleo para movimentar os cilindros hidráulicos. As alavancas
de comando devem estar localizadas em ambos os lados do veiculo, porém, em alguns
modelos apenas de um lado.
h. Mangueiras
São confeccionadas com borracha sintética com malhas de aço, resistente a alta
pressão.Tem a finalidade de conduzir o óleo hidráulico para os diversos componentes do
Guindauto.
i. Cilindro
Tem a finalidade de transformar a energia hidráulica em energia mecânica. Um Guindauto
é composto basicamente pelos seguintes cilindros:
 cilindro do sistema de giro;
Operador de guincho Munck -21-
 cilindro de movimentação de braço;
 cilindro de movimentação da lança telescópica;
 cilindro de acionamento da lança;
 cilindros das sapatas.
j. Sistema de Giro
É composto de um eixo e através de um cilindro hidráulico, provoca
movimentação de giro, que é transmitido para o conjunto do braço e lança,
proporcionando um ângulo de trabalho de 180º a 360º em alguns modelos.
k. Sistema de Elevação
É composto de braços e lanças. Sua finalidade é deslocar cargas através da
movimentação do conjunto braço e lança.
O braço é acoplado a coluna através de uma articulação e é dotado de um
cilindro, responsável pelo seu movimento.
A lança externa esta acoplada ao braço através de uma articulação e é dotada de
um cilindro que permite sua movimentação. Esta lança tem dentro dela outra lança que
pode ser estendida manualmente em dois estágios, sendo sua fixação feita através de
pinos de travamento.
l. Berço
Faz parte do sistema de recolhimento do equipamento e é para apoio da lança no
transporte. Está instalado no quadro do Guindauto.
m. Sistema de Apoio
A estabilidade da unidade em operação é proporcionada por dois pés hidráulicos
(sapatas de apoio) que estão dispostas a uma distancia variável entre si dependendo do
modelo do equipamento. Sua função é aliviar a suspensão do veiculo. Além dos pés
hidráulicos é utilizada uma sapata com haste prolongada, cuja finalidade é aumentar a
estabilidade do veículo.
n. Plataforma Móvel
- 22 – Operador de Guincho Munck
É um dispositivo mecânico (acionamento manual), instalado no caminhão do lado
dos comandos, cuja finalidade é servir de apoio ao operador.
o. Acessórios
 Lança Metálica Suplementar - Sua finalidade é permitir um alcance maior
de raio de ação em até 3 metros, porém com uma conseqüente redução
de capacidade de carga. É instalada manualmente na lança extensível e
fixada através de pino trava. A sua extremidade é dotada de gancho
próprio, é utilizada quando o serviço a ser realizado requer um aumento no
alcance vertical ou horizontal.
p. Guincho
É composto de um motor hidráulico de velocidade variável e duplo sentido de
rotação, fixado na parte superior do braço do Guindauto, e possui na extremidade do
braço e da lança uma roldana que serve de guia para o cabo.
Sua finalidade é diminuir o esforço (atrito) nos cilindros do braço e da lança
durante a elevação de carga.
Montagem
Operador de guincho Munck -23-
Nº Descrição
01 Base / Reservatório hidráulico
02 Torre
03 Braço
04 Primeira lança
05 Segunda lança
06 Terceira lança
07 Quarta lança
08 Quinta Lança
09 Lança da Patola
10 Cilindro hidráulico do giro
11 Cilindro hidráulico do torre
12 Cilindro hidráulico do braço
13 Cilindro hidráulico da 1ª lança telescópica
14 Cilindro hidráulico da 2ª lança telescópica
15 Cilindro hidráulico da patola direita
16 Cilindro hidráulico da patola esquerda
17 Comando hidráulico
- 24 – Operador de Guincho Munck
1 - Cesto para inspeção de linhas (simples ou duplo)
2 - Malhal metálico
3 - Extensão de lança
4 - Saca - postes
5 - Garfo para tubos
6 - Broca perfuratriz
7 - Guincho de cabo
Operador de guincho Munck -25-
3.3. Operação
Para operar com segurança o guindauto, devemos tomar algumas providências,
como:
a. Colocar o veículo em ponto morto
b. Freia-lo convenientemente
c. Acionar a embreagem e engatar a alavanca da tomada de força
d. Colocar-se em posição operacional e verificar o nível de óleo do equipamento
e. Acionar as alavancas das sapatas de tal maneira a apoiá-las sobre o solo, até
livrar o veiculo de qualquer esforço resultante do trabalho.
f. Não esquecer que a lança está no apoio. Jamais deverá ser movimentado o
giro em 1º lugar.
g. Utilizar alternadamente as alavancas do braço lança e giro, possibilitando ao
equipamento efetuar os mais variados tipos de movimentação de carga.
h. Depois de terminados os serviços com o Guindauto, devemos colocá-lo na
posição de transporte.
i. Cuidados devem ser tomados na colocação da lança do Guindauto no seu
apoio, vagarosamente e na posição correta.
j. Acionar as alavancas das sapatas de tal forma a recolhê-las inteiramente.
k. Precaução: Verificar sempre antes de mover o veiculo se as sapatas estão
totalmente recolhidas.
l. Pisar na embreagem, desengatar a alavanca de tomada de força
Precaução: Atenção especial deve ser tomada para não se movimentar o veiculo com a
alavanca da tomada de força engatada.
Guindauto em si é de fácil operação e depois de poucas horas de treino, uma
pessoa estará habilitada a manuseá-lo convenientemente. Entretanto, um tempo maior é
necessário para educar o operador de maneira a torná-lo apto a usá-lo nas necessidades
mais particulares de seu trabalho.
Cada operador tem que saber exatamente o que fazer e o que não fazer, num
caso de emergência.
- 26 – Operador de Guincho Munck
Limitações no Levantamento de Cargas do Guindauto
O guindauto foi projetado para suportar determinados esforços que não devem
ser ultrapassados de maneira nenhuma.
Cuidados especiais devem ser tomados pelos operadores nas execuções dos
diversos tipos de trabalho, de maneira a preservar a integridade física e do equipamento.
Fatores importantes na movimentação de cargas
1. Centro de gravidade
2. Estabilidade de um guindaste
3. Estabilidade x instabilidade
4. Variação de capacidade durante a rotação da superestrutura
5. Influência da posição do eixo de tombamento
6. Estabilidade traseira
7. Falhas estruturais por sobrecarga
8. Tabelas de cargas
9. Configuração do guindaste
10. Quadrante da operação
11. Raio da operação
12. Limitação da capacidade, resistência e estabilidade
13. Fatores que reduzem a capacidade de carga
14. Cabo de elevação fora de centro
15. Uso incorreto das patolas
16. Nivelamento
17. Carga lateral
Exemplo:
Qual das figuras abaixo sofre o maior esforço?
Operador de guincho Munck -27-
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Resposta: Quanto mais longe o peso estiver da coluna, maior será o esforço que
ela estará sofrendo. (No caso é a figura 3).
Devemos também, observar a existência de uma placa indicativa bem a vista do
operador, a qual deve ser seguida.
Afim de oferecer segurança, o comando do equipamento é dotado de uma válvula
limitadora de pressão, que entra em funcionamento quando se pretende elevar cargas
superiores as indicadas, desde que a pressão do equipamento esteja devidamente
regulada dentro das relações especificadas nas instruções de manutenção.
- 28 – Operador de Guincho Munck
Operações que não devem ser executadas pelo Guindauto
 Arrastar ou deslocar cargas, utilizando o sistema de giro.
 Girar o equipamento em grande velocidade.
 Movimentar o veiculo com carga suspensa pelo Guindauto
 Efetuar o levantamento de pesos acima da especificação com a lança
estendida.
Conseqüências da desobediência aos itens acima
 Danos gerais no sistema de giro do Guindauto com reflexos ao chassis do
veiculo e torção da coluna.
 Abalos gerais tanto no sistema de ligação, braço e lança do Guindauto ,
como também no braço especificamente.
 Estragos mecânicos no conjunto coluna, braço e lança.
 Torção da coluna e abalos generalizados no sistema de giro e possível
torção do chassis do veículo.
 Estragos generalizados dos componentes hidráulicos.
 Possibilidade de torção e ruptura do sistema de lança e extensão de lança
Recomendações
 É recomendável a colocação do veículo em posição favorável a carga e
descarga, evitando-se desta maneira o arrasto da mesma.
 Em casos em que isso é impossível, operações simultâneas de
levantamento e aproximação devem ser efetuadas, ate que a carga esteja
próxima ao veiculo, podendo-se, então, efetuar definitivamente o
carregamento do veiculo.
 No levantamento de cargas elevadas, recomenda-se a utilização do
Guindauto com lança recolhida, mesmo que esta carga esteja bem próxima
da coluna.
Gráfico de capacidade de levantamento – relação peso x distância
Operador de guincho Munck -29-
- 30 – Operador de Guincho Munck
Operador de guincho Munck -31-
4. MANUTENÇÃO DE GUINCHO MUNCK
4.1. Introdução
Nos últimos anos a atividade de manutenção tem passado por grandes
mudanças. Estas alterações são conseqüências de:
 Aumento, bastante rápido, do número de diversidade da tecnologia;
 Projetos de equipamentos muito mais complexos;
 Novas técnicas de manutenção;
 Novos enfoques sobre a organização da manutenção e suas responsabilidades.
Nas empresas vencedoras o profissional tem reagido rápido a estas mudanças,
incorporando ao seu trabalho uma postura de conscientização e responsabilidade, pois
sabe quanto uma falha do equipamento afeta a segurança e o meio ambiente. Estas
alterações estão exigindo novas atitudes e habilidades dos profissionais tanto da
manutenção quanto do operador do equipamento, pois este último é responsável direto
pelo bom funcionamento do equipamento que opera.
4.2.Tipos de Manutenção
A maneira pela qual é feita a intervenção nos equipamentos, caracteriza os vários
tipos de manutenção existentes. Existe uma variedade muito grande de denominações
para classificar a atuação da manutenção, e algumas práticas básicas definem os tipos
principais de manutenção, como:
 Manutenção Corretiva;
 Manutenção Preventiva;
 Manutenção Preditiva.
Manutenção Corretiva
É a atuação para a correção da falha ou desempenho menor que o esperado.
Convém observar que existem duas condições específicas que levam a manutenção
corretiva:
 Desempenho deficiente apontado pelo mau funcionamento do equipamento;
 Ocorrência da falha, isto é, quebra do veículo.
- 32 – Operador de Guincho Munck
Desse modo, a ação principal na manutenção corretiva é corrigir ou restaurar as
condições de funcionamento do equipamento. A manutenção corretiva pode ser dividida
em manutenção corretiva não-planejada e manutenção corretiva planejada
 Manutenção Corretiva Não-Planejada: é a correção da “falha” de
maneira “aleatória” caracteriza-se pela atuação da manutenção em fato já
ocorrido, seja este uma falha ou um desempenho menor que o esperado.
Não há tempo para preparação do serviço. Infelizmente ainda é mais
praticado do que deveria. Normalmente implica altos custos devido às
conseqüências graves para o equipamento.
 Manutenção Corretiva Planejada: é a correção do desempenho menor
que o esperado ou da falha por decisão gerencial, isto é, pela atuação em
função do acompanhamento preditivo ou pela decisão de operar até a
quebra. A característica principal é função da qualidade da informação
fornecida pelo acompanhamento do veículo. Mesmo que a decisão
gerencial seja de deixar o veículo funcionar até a quebra, essa é uma
decisão conhecida e algum planejamento pode ser feito quando a falha
e/ou quebra ocorrer.
“Um trabalho planejado é sempre mais barato, mais rápido e mais seguro do que
um trabalho não planejado. E será sempre de melhor qualidade”.
Manutenção Preventiva
É a atuação realizada de forma a reduzir ou evitar a falha ou queda no
desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado, com base em “intervalos”
definido “de tempo”. Este tipo de manutenção procura obstinadamente evitar a ocorrência
de falhas, ou seja, procura “prevenir”. Em determinados sistemas do equipamento a
manutenção preventiva é imperativa, pois o fator segurança e custos elevados em caso
de quebra se sobrepõe aos demais.
Na grande maioria das vezes os fabricantes do equipamento apresentam planos
de manutenção preventiva a ser aplicado.
Manutenção Preditiva:
Operador de guincho Munck -33-
É a atuação realizada com base na modificação de parâmetros de “condição” ou
“desempenho” do equipamento, cujo acompanhamento obedece uma sistemática. Seu
objetivo é prevenir falhas nos veículos através de acompanhamento de parâmetros
diversos (compressão dos cilindros, desgaste do componentes do sistema de elevação,
rompimento de mangueiras, temperatura, vibração), permitindo a operação/funcionamento
do equipamento pelo maior tempo possível.
4.3. Instruções para Manutenção do Guincho Munck
Para se obter uma operação eficiente e melhor rendimento do Guindauto
(Guincho Munck), é necessário se fazer uma manutenção preventiva racional.
Responsabilidades da manutenção preventiva
É fundamental que o responsável pela manutenção do veiculo proceda uma
manutenção preventiva, tendo em vista a preservação de seu equipamento. Essa
manutenção preventiva consiste em operações básicas especificas que devem ser
efetuadas ao fim de cada intervalo de trabalho.
Programa de manutenção preventiva
Afim de obtermos resultados concretos na manutenção da eficiência do
equipamento, este programa de manutenção preventiva devera ser seguido de acordo
com a tabela abaixo:
Cuidados diários:
 Verificação do nível de óleo no visor do reservatório;
 Verificação das condições de conservação das mangueiras e terminais do
sistema hidráulico.
 Verificação geral de todas as partes mecânicas que compõem o Guindauto.
Cuidados semanais:
 Limpeza geral de todo o equipamento.
 Limpeza do respiro do reservatório de óleo.
 Engraxar todos os pontos de lubrificação.
Cuidados mensais:
- 34 – Operador de Guincho Munck
 Verificação da pressão de trabalho.
 Reaperto geral dos parafusos.
 Dar atenção aos parafusos que compõem o cardam que liga a tomada de força à
bomba, as porcas dos grampos de fixação do Guindauto e as próximas ao cilindro
de giro.
Cuidados semestrais:
 Verificação da viscosidade do óleo; estando esta fora de sua especificação normal,
trocá-lo.
 Limpeza do reservatório de óleo e do filtro.
5. SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE GUINCHO MUNCK
Trabalhar com segurança é um direito, necessidade e obrigação. O trabalhador
responsável, observa as normas de segurança e avalia constantemente o seu
procedimento durante a realização de suas atividades.
Atitude no trabalho
A máxima atenção e cuidados devem ser observados por todos que executarem
atividades perigosas, sendo indesejável e consideradas perigosas conversas
desnecessárias e brincadeiras que possam desviar a atenção dos empregados envolvidos
na execução do serviço.
Transporte
Transportar pessoas e cargas, exige cuidados especiais visando a prevenção de
acidentes do trabalho. O motorista deve dirigir com a devida cautela, mantendo
velocidades compatíveis com a situação, observar a sinalização de transito e evitar
freadas bruscas e desnecessárias
Transporte de ferramentas, equipamentos e materiais
Operador de guincho Munck -35-
Cuidados especiais deverão ser tomados em relação ao transporte de
ferramentas, equipamentos e materiais, para evitar que se danifiquem ou provoquem
lesões.
Equipamentos de segurança devem ser armazenados separados de outros
materiais que possam comprometer suas especificações e reduzir sua vida útil.
Estacionamento
Sempre que possível o veículo deve ser estacionado junto ao meio fio, com as
rodas dianteiras de encontro com o meio fio, do lado da rua em que se executará o
serviço.
Quando houver a necessidade de estacionar em aclives ou declives, onde houver
meio fio ou calçada, o veículo deverá ser estacionado com as rodas dianteiras de
encontro com o meio fio, no sentido que impeça o deslocamento acidental do veículo.
Onde não houver meio fio, o veículo deverá ser estacionado com as rodas
voltadas para o lado contrário do meio da rua.
O veículo deverá estar sempre freado e, no caso de veículos dotados de
equipamentos hidráulicos, a trava auxiliar também deverá estar acionada e em ladeiras é
recomendado o uso de calços adequados nas rodas traseiras.
Sinalização para proteção de terceiros e dos empregados:
Quando a atividade a ser executada oferecer riscos a terceiros ou ao tráfego,
medidas de segurança para salvaguardar a integridade física dos empregados, de
terceiros e de propriedades deverão ser tomadas.
A área de trabalho deverá ser isolada e sinalizada adequadamente através de
cones, faixas, cavaletes, cordões de isolamento e outros, cabendo ao encarregado, ou a
empregado por ele designado, advertir de forma educada, aos que adentrarem a área de
risco delimitada.
Quando houver necessidade de interdição do fluxo de veículos, deverá ser
solicitado o apoio dos órgãos oficiais.
- 36 – Operador de Guincho Munck
Equipamentos de segurança
Todo dispositivo destinado a preservação da integridade física do trabalhador e
de terceiros, contra agentes agressivos do meio ambiente é chamado de Equipamento
de Segurança, e são divididos em Equipamentos de Proteção Coletivo – EPC e
Equipamento de Proteção Individual – EPI.
Equipamentos de Proteção Coletivo – EPC
Sua finalidade é a proteção de toda a equipe de trabalho bem como de terceiros
dos riscos de acidentes.
Exemplos:
 Cones
Utilizados na sinalização da área de trabalho em vias públicas, para a proteção
dos empregados e do público. Deve-se evitar que entre em contato com graxas,
solventes, ácidos e outras substâncias corrosivas, e ser lavado apenas com água e sabão
e secados á sombra. Quando perder suas características devem ser substituídos.
 Grades e Faixas de Sinalização
Destinam-se à demarcação da área de trabalho, especialmente nas vias públicas
e tem a finalidade de impedir a aproximação de terceiros.
 Placas de advertência
Devem ser usadas para sinalização em vias públicas e instaladas a uma distância
adequada, que possibilite aos motoristas observarem-nas a uma distância que permita a
tomada de uma postura segura no tráfego.
 Bandeirola de Sinalização
Devem ser usadas para sinalizar as cargas que excedem os limites do veículo, e
as normas do Código Nacional de Transito deverão ser observadas.
Equipamentos de Proteção Individual – EPI
EPI é o conjunto de equipamentos que têm a finalidade de proteger somente o
usuário. Seu uso é individual e intransferível, sua guarda e conservação é de
responsabilidade do empregado.
Exemplos:
Operador de guincho Munck -37-
 Capacete de Segurança
Finalidade – Proteção da cabeça contra impacto de objetos, batidas, chuvas e
raios solares. Deve ser usado com a alça jugular passada sob o queixo para evitar que se
solte em função dos movimentos do usuário.
 Óculos de Segurança
Finalidade – Proteção dos olhos contra a projeção de partículas ou objetos e
radiações luminosas.
 Calçado de segurança
Finalidade – Proteção dos pés contra a perfuração por objetos pontiagudos.
 Luvas de serviços gerais
Finalidade – Proteção das mãos quando do manuseio de materiais com partes
cortantes
Cuidados que deverão ser tomados antes da operação do Guindaste .
 Estudo de “Rigging
 Verificação das tabelas de cargas
 Verificação dos raios solicitados no estudo
 Ângulo de trabalho dos cabos “Lingada”
 Acesso para o guindaste auxiliar (quando necessário)
 Certificado de inspeção das soldas dos olhais do equipamento
 Certificado de manutenção do Guindaste
 Capacidade de resistência do solo
 Acessórios,( cabos, manilha, balancin etc.)
 Interferência na área
 Proximidades de redes elétricas aéreas
 Verificar profundidade de tubulações subterrâneas
 Reunir a equipe para entrosamento da operação
 Sinalizar a área da operação
 Sinalizar o isolamento da área da operação
 Sinalizar o isolamento da área com cartazes apropriados
- 38 – Operador de Guincho Munck
 Verificar a limpeza da área de manobra
 Identificar os elementos envolvidos com a operação
 Iniciar a operação de preferência nas primeiras horas do dia
 É recomendável as operações “NOTÁVEIS” serem executadas em dias feriados,
sábados ou domingos.
Cuidados que devemos tomar durante a operação.
 Manter um preposto de segurança durante a operação
 Não permitir o acesso de o pessoas não ligadas não ligadas à operação na área
isolada
 Não conversar com o operador
 Não desviar a atenção do sinalizador (RIGGER)
 Não iniciar a operação com chuva
 Amarrar com cordas a carga para não permitir a sua movimentação pelos ventos.
 Manter no mínimo dois auxiliares segurando cada corda.
 Desligar todas as redes elétricas próxima ao local de operação
 Não deve haver gritos nem assobios durante a operação
 Nao se deve correr na área durante a operação
 Qualquer detalhe da operação só deverá ser comunicado ao sinaleiro (RIGGER)
 O sinaleiro deve acompanhar a trajetória da peça quando estar girando, e o
operador acompanhando os movimentos do sinaleiro.
 Observar durante giro do Guindaste os possíveis obstáculos para que não bata a
lança.
Cuidados com ferramentas e equipamentos
Antes de sair a campo, para a execução de qualquer atividade, deverá ser feita
uma inspeção nos materiais que serão utilizados, principalmente naqueles de maior
periculosidade, tais como: escadas, ferramentas, equipamentos de proteção, estropos,
talhas, guinchos, etc... .
Equipamentos Hidráulicos e Mecânicos
Operador de guincho Munck -39-
Guinchos e guindastes hidráulicos e mecânicos deverão ser inspecionados antes
de serem colocados em operação para verificar o perfeito funcionamento das travas dos
guinchos mecânicos, a existência de tentos partidos em cabos de aço, condição da
lubrificação dos mecanismos, etc... .
Ao ser constatada qualquer anomalia, o equipamento deverá ser enviado a
manutenção.
“Os operadores desses equipamentos devem ser capacitados para operá-los, devendo
ser orientados somente pelo encarregado ou responsável pelo serviço das manobras a
serem executadas, tomando cuidado para que a lança não se aproxime demasiadamente
de outras estruturas”.
Estropos, Cabos de Aço, e Ganchos
O dimensionamento de estropos, cabos de aço e ganchos deverá ser de acordo
com o esforço a que serão submetidos, É RECOMENDÁVEL QUE SE CONSULTE A
TABELA DO FORNECEDOR, e sempre que apresentarem avarias, tais como, tentos
rompidos (+ ou – 5%), fissuras, entortamentos, deverão ser substituídos
O uso de correntes em substituição ao cabo de aço, deve ser evitado, pois estas
se partem instantaneamente, desta forma tornam-se extremamente perigosas.
Os ganchos devem ter travas de segurança para evitar que as cargas suspensas
se soltem nunca devem sofrer reparos (soldas) e serem colocados novamente em uso.
Cuidados Gerais
Se o veículo tiver que ser estacionado transversalmente em vias que apresentem
desnível no leito carroçável, a lança deverá trabalhar do lado mais elevado da rua.
Em terrenos em que o solo ofereça pouca firmeza, locais em que os pneus e
sapatas tendem a afundar, devem ser utilizados calços ou tábuas para aumentar a área
de contato com o terreno, eliminando-se assim o risco de tombamento do veículo ou
oscilação da carga.
A carga deve estar sempre do lados extensor mecânico.
- 40 – Operador de Guincho Munck
Bibliografia
SENAI – SP . Manual de segurança para operador de ponte rolante.
Internet Site www.mtb.gov.br – Ministério do Trabalho e Emprego.

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Apostila do Treinando - MUNCK nova-1.doc

  • 2. Confederação Nacional do Transporte - CNT Administração: Clésio Andrade Diretoria Executiva Geral Área Técnica - Núcleo de Educação Presencial Elaboração Núcleo Pedagógico – CRSC Responsável Técnico - Luiz Gonzaga Fidélix OPERADOR DE GUINCHO MUNCK Modalidade Presencial Apostila do Treinando Fale com o Sistema CNT 0800.782891
  • 3. ÍNDICE Apresentação.....................................................................................................................................5 Grade de Conteúdo ..........................................................................................................................6 1. LEGISLAÇÃO ............................................................................................................................7 2. SISTEMAS E DISPOSITIVOS BÁSICOS DO GUINCHO MUNCK ..................................9 2.1. Sistemas Hidráulicos ................................................................................................................9 2.2. Sistemas a Fluídos..................................................................................................................11 2.3 Equipamentos Hidráulicos .....................................................................................................13 2.4. Componentes do Sistema Hidráulico:..................................................................................13 2.5. Princípios Gerais de Funcionamento do Sistema Hidráulico..........................................16 3. EQUIPAMENTO GUINDAUTO ................................................................................................17 3.1. Guindauto .................................................................................................................................17 3.2. Características construtivas...................................................................................................18 3.3. Operação ..................................................................................................................................25 4. MANUTENÇÃO DE GUINCHO MUNCK ................................................................................31 4.1. Introdução.................................................................................................................................31 4.2.Tipos de Manutenção ..............................................................................................................31 4.3. Instruções para Manutenção do Guincho Munck...............................................................33 5. SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE GUINCHO MUNCK.....................................................34 Bibliografia........................................................................................................................................40
  • 4.
  • 5. Operador de Guincho Munck - 5 - Apresentação Esta apostila tem por finalidade apresentar de forma objetiva e didática os conteúdos a serem desenvolvidos no curso de Operador Guincho Munck, sendo desenvolvido, competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) inerentes a referida ocupação. O referido curso possui carga horária de 16 horas e foi estruturado com o objetivo de oferecer ao profissional oportunidade de aperfeiçoamento no exercício de atividades profissionais da área de movimentação, armazenagem e deslocamento de produtos e materiais. A metodologia de ensino foi definida com base nos pressupostos da educação presencial. A avaliação final consistirá na realização de prova escrita, e o critério para aprovação será de 70% de acertos, no mínimo, além do cumprimento das tarefas solicitadas pelo instrutor durante o desenvolvimento de cada disciplina. O número mínimo de alunos para formação de turmas é de 10 e o máximo de 16 alunos, sendo que os mesmos deverão cumprir uma freqüência mínima de 75% sobre o total de horas letivas do curso e será considerado aprovado o aluno que tiver média 7,0 (sete) na avaliação final.
  • 6. - 6 – Operador de Guincho Munck Grade de Conteúdo Curso: Operador de Guincho Munck Carga Horária: 16 horas Módulos Carga Horária Legislação 2:00 Sistemas e dispositivos básicos do guincho munck 4:00 Equipamento guindauto 4:00 Manutenção de Guincho Munck 3:00 Segurança na operação de guincho munck 3:00
  • 7. Operador de guincho Munck -7- 1. LEGISLAÇÃO NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais (111.000-4)  (Alterada pela Portaria n.º 56, de 17/09/03)  (Alterada pela Portaria n.º 82, de 1º/06/04) 11.1. Normas de segurança para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. 11.1.1. Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em toda sua altura, exceto as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos. (111.001-2 / I2) 11.1.2. Quando a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar protegida por corrimão ou outros dispositivos convenientes. (111.002-0 / I2) 11.1.3. Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-carga, pontes-rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e conservados em perfeitas condições de trabalho. (111.003-9 / I2) 11.1.3.1. Especial atenção será dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas. (111.004-7 / I2) 11.1.3.2. Em todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho permitida. (111.005-5 / I1) 11.1.3.3. Para os equipamentos destinados à movimentação do pessoal serão exigidas condições especiais de segurança. (111.006-3 / I1) 11.1.4. Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos. (111.007- 1 / I1)
  • 8. - 8 – Operador de Guincho Munck 11.1.5. Nos equipamentos de transporte, com força motriz própria, o operador deverá receber treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa função. (111.008-0 / I1) 11.1.6. Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível. (111.009-8 / I1) 11.1.6.1. O cartão terá a validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do empregador. (111.010-1 / I1) 11.1.7. Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de advertência sonora (buzina). (111.011-0 / I1) 11.1.8. Todos os transportadores industriais serão permanentemente inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser imediatamente substituídas. (111.012-8 / I1) 11.1.9. Nos locais fechados ou pouco ventilados, a emissão de gases tóxicos, por máquinas transportadoras, deverá ser controlada para evitar concentrações, no ambiente de trabalho, acima dos limites permissíveis. (111.013-6 / I2) 11.1.10. Em locais fechados e sem ventilação, é proibida a utilização de máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se providas de dispositivos neutralizadores adequados. (111.014-4 / I3) 11.3. Armazenamento de materiais. 11.3.1. O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga calculada para o piso. (111.031-4 / I1) 11.3.2. O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc. (111.032-2 / I1) 11.3.3. Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a uma distância de pelo menos 0,50m (cinqüenta centímetros). (111.033-0 / I1) 11.3.4. A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o acesso às saídas de emergência. (111.034-9 / I1)
  • 9. Operador de guincho Munck -9- 11.3.5. O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a cada tipo de material. 11.4. Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Chapas de Mármore, Granito e outras rochas. 11.4.1. A movimentação, armazenagem e manuseio de chapas de mármore, granito e outras rochas deve obedecer ao disposto no Regulamento Técnico de Procedimentos constante no Anexo I desta NR.” Observação: O item 11.2 da NR 11, refere-se a normas de segurança do trabalho em atividades de transporte de sacas. 2. SISTEMAS E DISPOSITIVOS BÁSICOS DO GUINCHO MUNCK Muitas máquinas e processo diferentes utilizam um fluído para desenvolver uma força para mover ou sujeitar um objeto, ou para controlar uma ação. Nos automóveis, por exemplo, são utilizados freios hidráulicos para freá-los. Na construção e reparos de estradas, o ar comprimido é utilizado para operar martelos desincrustadores. Muitas unidades a fluídos são empregados pela indústria moderna. Podem ser citadas inúmeras aplicações. As máquinas e os processos estão tornando-se mais e mais automatizados para fazer frente à competição e reduzir a possibilidade do erro humano. 2.1. Sistemas Hidráulicos Vários fluídos podem ser usados em dispositivos e sistemas. O termo hidráulico relaciona-se a um líquido. Em um sistema hidráulico, podem ser utilizados óleo, água ou outro líquido. Na prática, são utilizados comumente dois fluídos: óleo e ar comprimido. Assim, quando a palavra fluído for usada em nossa
  • 10. - 10 – Operador de Guincho Munck apostila, entenda-se óleo. Um sistema a fluído que utiliza óleo é chamado “Sistema hidráulico”. A figura acima, mostra um sistema hidráulico típico. O óleo de um tanque ou de um reservatório flui, através de um tubo ou cano, para uma bomba. A bomba pode ser acionada por um motor elétrico, a ar, turbina a gás, ou por um motor de combustão interna. O óleo submetido a uma alta pressão flui por um tubo ou cano através de uma válvula de controle; esta válvula pode ser utilizada para mudar o fluxo do óleo. Uma válvula de alívio é utilizada para proteger o sistema que poderá ser ajustada a uma pressão máxima de segurança desejada. Se a pressão do óleo no sistema começar a elevar-se acima da pressão máxima de segurança, a válvula de alívio abrirá para diminuir a pressão e evitar danos ao sistema e ao que o circunda.
  • 11. Operador de guincho Munck -11- O óleo que entra cilindro atua sobre o pistão, e esta ação sobre a área do pistão pode ser utilizada para mover uma carga ou um dispositivo. O óleo retorna ao reservatório. Quando o óleo passa através do filtro, a sujeira e os corpos estranhos lhe são removidos. Cada unidade em separado, como a bomba, a válvula, o cilindro, ou o filtro é chamada de um “componente” do sistema. Existem algumas vantagens na utilização do óleo com o fluído de operação. O óleo ajuda lubrificar as diversas peças deslizantes do equipamento ou sistema hidráulico. O óleo evita a oxidação e é facilmente encontrado. Para propósitos práticos, o óleo é um líquido que não sofre variação em seu volume no sistema hidráulico quando a pressão for variada , durante o movimento do óleo de uma parte do sistema para outra. Se o óleo abastecer totalmente o sistema, o movimento do pistão poderá ser corretamente controlado pelo fluxo de óleo. No sistema hidráulico mostrado na figura 1, pode-se supor que a pressão do óleo na entrada do cilindro seja de 1.500 libras por polegada quadrada, e que a área do pistão na qual a pressão do óleo atua seja de 2 polegadas quadradas. Assim, a força do óleo sobre o pistão é de (2x1.500), o 3.000 libras. Isto indica que uma força relativamente grande pode atuar numa determinada carga para um cilindro de dimensões relativamente pequenas. Essa é uma das vantagens do dispositivos hidráulicos. 2.2. Sistemas a Fluídos Um grande número de sistemas ou circuitos podem ser projetados, e um grande número de diferentes componentes podem ser utilizados. Existem, essencialmente, três características principais ou básicas no sistema simples a fluído comum: Uma bomba de óleo, um dispositivo com um pistão ou elemento rotativo movido pelo fluído e tubulação e dispositivos de válvulas para controlar o fluxo do fluído. Os fluídos dividem-se em duas classes: a) Líquidos
  • 12. - 12 – Operador de Guincho Munck Exemplo: água e óleos. b) Aeriformes Exemplo: gases e vapores Portanto, a Hidráulica estuda o comportamento dos óleos, da água dos gases e dos vapores, estejam eles em repouso ou em movimento. A hidráulica divide-se em: Hidrodinâmica e Hidrostática A Hidrodinâmica estuda os líquidos em movimento. Uma roda d’água ou uma turbina representa um dispositivo hidrodinâmico A transmissão da energia se dá pelo impacto da água contra as paletas. Nesta situação é usada a energia do movimento que o líquido contem. A hidrostática estuda os líquidos sob pressão. A maioria das máquinas utilizadas atualmente, funcionam hidrostaticamente, ou seja, por meio de pressão.
  • 13. Operador de guincho Munck -13- 2.3 Equipamentos Hidráulicos Os equipamentos hidráulicos, são equipamentos que se utilizam dos princípios da hidráulica para transmissão e multiplicação de forças. Os equipamentos hidráulicos utilizam-se de “fluídos hidráulicos” que são, na maioria das vezes óleos refinados de petróleo, contendo alguns aditivos. Os óleos hidráulicos além de transmitir força e movimentos, servem também para lubrificar o sistema hidráulico. Resumindo: Princípio básico do sistema Hidráulico  Aplica-se uma força sobre o óleo, através de uma bomba.  A força aplicada gera uma pressão que faz o óleo fluir (movimentar-se) levando a pressão a todo o sistema.  A saída de energia do sistema hidráulico se dá pelo cilindro.  Além da bomba e do cilindro, é necessário colocar válvulas no sistema para controlar o fluxo de óleo.  É também necessário ter um tanque para conter o óleo e tubulações de alta pressão para levar o óleo. 2.4. Componentes do Sistema Hidráulico: a. Tanque (ou reservatório de óleo) – É utilizado para armazenar e condicionar o fluído e deve ser capaz de:  Dissipar o calor do óleo;  Separar o óleo do ar;  Separar as impurezas do óleo (descontaminação). Em muitos tanques existem orifícios de respiro, que permitem a entrada ou saída de ar acima do nível de óleo dentro do tanque. Os tanques são providos de filtros, peneiras e bujões magnéticos que condicionam o fluído pela retirada de impurezas.
  • 14. - 14 – Operador de Guincho Munck Os componentes dos equipamentos hidráulicos movem-se sobre uma fina camada de óleo. Quanto mais alta for a pressão mais fina será esta camada. Por isso mesmo, mais sensível à contaminação pela sujeira, água, abrasivos, e subprodutos resultantes da deterioração do óleo. A contaminação do óleo compromete o desempenho do equipamento hidráulico podendo provocar o movimento irregular, perda de controle e vazamentos. Daí a grande importância que se deve dar às condições do tanque e das peças que mantém o óleo limpo e em condições de uso. b. Bomba – tem como função, empurrar continuamente o fluído hidráulico (óleo). A bomba converte a energia mecânica do motor, em energia de pressão no fluído. A energia de pressão é usada para acionar o cilindro. Ela é o coração do sistema, pois se não funcionar, o sistema todo também não funcionará. A bomba tem muita probabilidade de avariar devido a problemas como:  Porque pode ficar funcionando por muito tempo;  É a primeira parte do sistema que sofre qualquer contaminação que sair do tanque. Com uma manutenção e operação adequadas, a bomba certamente apresentará uma grande confiabilidade. Tem-se o hábito de acreditar que a queda de pressão do sistema hidráulico é devido a bomba (movimento). A bomba, tão somente existe para causar o fluxo de óleo. Se houver queda de pressão, é mais provável que seja por vazamento em outra parte do sistema hidráulico. RECOMENDAÇÕES: Não deixe o reservatório sem o nível completo de óleo. Se faltar óleo, a bomba funciona mal e pode se desgastar com menor tempo de uso. Qualquer ruído anormal é motivo para parar a bomba imediatamente. O ruído anormal pode ser causado por:  Entrada de ar no sistema, o que pode ser provocado pelo nível de óleo baixo no tanque ou por falta de óleo na bomba, antes da partida.
  • 15. Operador de guincho Munck -15-  Peças gastas ou quebradas. Se operar a bomba nestas condições, espalhará partículas abrasivas no sistema todo, gerando sérios danos. c. Cilindros Os cilindros, podem ser comparados aos músculos do nosso corpo, de ação linear, porque fornecem força e movimento em linha reta. Existem atuadores rotativos, como exemplo podemos citar os motores, que produzem torque e movimento rotativo. Os cilindros são considerados a saída do sistema hidráulica. Eles recebem energia em forma de pressão e convertem a pressão em energia mecânica, ou seja, em força e movimento. O cilindro é um atuador hidráulico composto por um pistão que se move dentro de uma carcaça cilíndrica provido pela ação de um líquido sob pressão. Os cilindros podem ser:  Cilindro de Pistão Liso - Atua diretamente sobre a carga  Cilindro com Haste - A Haste conecta o Pistão na carga Os cilindros podem ter acionamento hidráulico em uma só direção e acionamento hidráulico em duas direções.
  • 16. - 16 – Operador de Guincho Munck d. Válvulas As válvulas têm a função de controlar o funcionamento dos cilindros, sendo também conhecidas por “Controladores” ou “Comando”, especialmente, se tiver várias delas montadas em um único conjunto. As válvulas servem para:  controlar pressão;  controlar a vazão de óleo;  controlar a direção do óleo (válvula direcional) . Existem ainda, as válvulas de segurança, também chamadas de válvulas de alívio, cuja função é proteger o sistema de sobre-pressão. Seu acionamento se dá em duas situações:  quando a força exercida pela pressão sobre o êmbolo for igual ao peso da carga ou;  quando o êmbolo estiver no final de curso. 2.5. Princípios Gerais de Funcionamento do Sistema Hidráulico A bomba, quando estiver em funcionamento, suga o óleo do tanque e manda através das mangueiras de alta pressão para o comando. Caso o comando não esteja sendo operado, a passagem de óleo será livre e ele retornará ao tanque. Colocando em ação umas das alavancas do comando, o óleo será enviado através de mangueiras ou tubulações de alta pressão para os cilindros referentes a cada alavanca do comando acionado.
  • 17. Operador de guincho Munck -17- O cilindro é composto por uma camisa cilíndrica, um êmbolo, vedações de borracha, haste, entrada e saída de óleo superior e inferior, ( a entrada e saída das hastes variam dependendo da direção do fluxo de óleo). O óleo, chegando no cilindro vai ocupar o espaço na camisa do cilindro e empurra o êmbolo, o que faz com que a haste do êmbolo saia para fora. A haste do êmbolo, encontrando resistência externa através da haste, cria uma força contrária a do fluxo do óleo originando uma pressão. A pressão varia de acordo com a resistência encontrada na haste. Quando a força da haste e a força do fluxo do óleo estão em equilíbrio, a válvula de alívio começa a funcionar. Ela segura a pressão contida no cilindro e segura o óleo mandado pelo bomba, desviando o excesso para o tanque, desde que a alavanca permaneça acionada. (circuito básico). 3. EQUIPAMENTO GUINDAUTO 3.1. Guindauto O guindauto é um conjunto mecânico movido por um circuito hidráulico, cujo acionamento é obtido através de um sistema formado por tomada de força, cardam e bomba hidráulica. Ele é operado através de um comando direcional constituído por alavancas.
  • 18. - 18 – Operador de Guincho Munck É instalado em caminhões, sendo utilizado para carga, descarga e movimentação materiais e equipamentos pesados. Basicamente o Guindauto é composto de:  Parte mecânica - Quadro de fixação, sistema de giro, coluna giratória, braço e lança articulados, e tomada de força.  Parte hidráulica - Reservatório de óleo, filtro, bomba hidráulica, mangueira, tubos, cilindros hidráulicos, comando de alavancas e válvulas de alívio (segurança). Para melhor desempenho, o Guindauto tem alguns acessórios opcionais, dependendo do modelo considerado. Esses acessórios podem ser; caçamba isolada, lança suplementar metálica ( pode ser hidráulica telescópica ), saca postes e perfuratriz.. 3.2. Características construtivas a. Horímetros Sua função é registrar o tempo de operação do sistema hidráulico, principalmente para controle das horas de trabalho do equipamento. O horímetro deve ser instalado no painel do veiculo e acionado quando ligado a tomada de força . Deverá ser usado para cálculo as horas registradas no horímetro e para o controle da troca de óleo e manutenção do veículo. Para cada hora marcada no horímetro deve-se calcular 60 km e somar a quilometragem do odômetro do veículo. Ex.: Horímetro = 20 horas (20 X 60) = 1.200 km Odômetro = = 2.000 km Total = 3200 km b. Tomada de Força Dispositivo acoplado ao cambio do veículo, que tem como finalidade acionar, através do eixo cardam, a bomba hidráulica. c. Eixo Cardam
  • 19. Operador de guincho Munck -19- Sua função é transmitir o movimento rotativo da tomada de força para a bomba hidráulica. d. Bomba hidráulica Sua função é operar o sistema hidráulico do equipamento, acionado pelo motor do veiculo. Um dispositivo de aceleração ligado ao motor aumenta a rotação da bomba hidráulica para atender as solicitações do sistema hidráulico. e. Filtro Sua finalidade é proteger o sistema hidráulico ( bomba, cilindros, válvulas, circuitos, etc.. ) retendo as impurezas captadas pelo óleo. f. Reservatório de óleo Sua função é abastecer e resfriar o óleo de todo o sistema hidráulico do equipamento. Sua capacidade varia de acordo com o equipamento.
  • 20. - 20 – Operador de Guincho Munck ACIONAMENTO N° Descrição Quant. 01 Bomba Hidráulica Albarus/Hydraquip PFH 1910 PR 01 02 O’ring 2-213 01 03 O’ring 2-221 01 04 Adaptador de Sucção  1.5/8” UNF 01 05 Cabo para Tomada 01 06 Macho O’ring 1.5/8” UNF x JIC 1.1/16” UNF 01 07 Suporte de Bomba (ver observações abaixo) 01 08 Tomada de Potência (item opcional) 01 09 Porca Sextavada  3/8” NC 04 10 Porca Sextavada  1/ 2” NC 04 11 Arruela Lisa  1/ 2” 02 12 Parafuso Sextavado  1/ 2” NC x 1.3/4” 04 13 Eixo Carda AEMCO CAG 00-26-650 01 14 Parafuso Allen sem Cabeça  3/8” NC x 1 04 g. Comando do equipamento. Sua finalidade é direcionar o óleo para movimentar os cilindros hidráulicos. As alavancas de comando devem estar localizadas em ambos os lados do veiculo, porém, em alguns modelos apenas de um lado. h. Mangueiras São confeccionadas com borracha sintética com malhas de aço, resistente a alta pressão.Tem a finalidade de conduzir o óleo hidráulico para os diversos componentes do Guindauto. i. Cilindro Tem a finalidade de transformar a energia hidráulica em energia mecânica. Um Guindauto é composto basicamente pelos seguintes cilindros:  cilindro do sistema de giro;
  • 21. Operador de guincho Munck -21-  cilindro de movimentação de braço;  cilindro de movimentação da lança telescópica;  cilindro de acionamento da lança;  cilindros das sapatas. j. Sistema de Giro É composto de um eixo e através de um cilindro hidráulico, provoca movimentação de giro, que é transmitido para o conjunto do braço e lança, proporcionando um ângulo de trabalho de 180º a 360º em alguns modelos. k. Sistema de Elevação É composto de braços e lanças. Sua finalidade é deslocar cargas através da movimentação do conjunto braço e lança. O braço é acoplado a coluna através de uma articulação e é dotado de um cilindro, responsável pelo seu movimento. A lança externa esta acoplada ao braço através de uma articulação e é dotada de um cilindro que permite sua movimentação. Esta lança tem dentro dela outra lança que pode ser estendida manualmente em dois estágios, sendo sua fixação feita através de pinos de travamento. l. Berço Faz parte do sistema de recolhimento do equipamento e é para apoio da lança no transporte. Está instalado no quadro do Guindauto. m. Sistema de Apoio A estabilidade da unidade em operação é proporcionada por dois pés hidráulicos (sapatas de apoio) que estão dispostas a uma distancia variável entre si dependendo do modelo do equipamento. Sua função é aliviar a suspensão do veiculo. Além dos pés hidráulicos é utilizada uma sapata com haste prolongada, cuja finalidade é aumentar a estabilidade do veículo. n. Plataforma Móvel
  • 22. - 22 – Operador de Guincho Munck É um dispositivo mecânico (acionamento manual), instalado no caminhão do lado dos comandos, cuja finalidade é servir de apoio ao operador. o. Acessórios  Lança Metálica Suplementar - Sua finalidade é permitir um alcance maior de raio de ação em até 3 metros, porém com uma conseqüente redução de capacidade de carga. É instalada manualmente na lança extensível e fixada através de pino trava. A sua extremidade é dotada de gancho próprio, é utilizada quando o serviço a ser realizado requer um aumento no alcance vertical ou horizontal. p. Guincho É composto de um motor hidráulico de velocidade variável e duplo sentido de rotação, fixado na parte superior do braço do Guindauto, e possui na extremidade do braço e da lança uma roldana que serve de guia para o cabo. Sua finalidade é diminuir o esforço (atrito) nos cilindros do braço e da lança durante a elevação de carga. Montagem
  • 23. Operador de guincho Munck -23- Nº Descrição 01 Base / Reservatório hidráulico 02 Torre 03 Braço 04 Primeira lança 05 Segunda lança 06 Terceira lança 07 Quarta lança 08 Quinta Lança 09 Lança da Patola 10 Cilindro hidráulico do giro 11 Cilindro hidráulico do torre 12 Cilindro hidráulico do braço 13 Cilindro hidráulico da 1ª lança telescópica 14 Cilindro hidráulico da 2ª lança telescópica 15 Cilindro hidráulico da patola direita 16 Cilindro hidráulico da patola esquerda 17 Comando hidráulico
  • 24. - 24 – Operador de Guincho Munck 1 - Cesto para inspeção de linhas (simples ou duplo) 2 - Malhal metálico 3 - Extensão de lança 4 - Saca - postes 5 - Garfo para tubos 6 - Broca perfuratriz 7 - Guincho de cabo
  • 25. Operador de guincho Munck -25- 3.3. Operação Para operar com segurança o guindauto, devemos tomar algumas providências, como: a. Colocar o veículo em ponto morto b. Freia-lo convenientemente c. Acionar a embreagem e engatar a alavanca da tomada de força d. Colocar-se em posição operacional e verificar o nível de óleo do equipamento e. Acionar as alavancas das sapatas de tal maneira a apoiá-las sobre o solo, até livrar o veiculo de qualquer esforço resultante do trabalho. f. Não esquecer que a lança está no apoio. Jamais deverá ser movimentado o giro em 1º lugar. g. Utilizar alternadamente as alavancas do braço lança e giro, possibilitando ao equipamento efetuar os mais variados tipos de movimentação de carga. h. Depois de terminados os serviços com o Guindauto, devemos colocá-lo na posição de transporte. i. Cuidados devem ser tomados na colocação da lança do Guindauto no seu apoio, vagarosamente e na posição correta. j. Acionar as alavancas das sapatas de tal forma a recolhê-las inteiramente. k. Precaução: Verificar sempre antes de mover o veiculo se as sapatas estão totalmente recolhidas. l. Pisar na embreagem, desengatar a alavanca de tomada de força Precaução: Atenção especial deve ser tomada para não se movimentar o veiculo com a alavanca da tomada de força engatada. Guindauto em si é de fácil operação e depois de poucas horas de treino, uma pessoa estará habilitada a manuseá-lo convenientemente. Entretanto, um tempo maior é necessário para educar o operador de maneira a torná-lo apto a usá-lo nas necessidades mais particulares de seu trabalho. Cada operador tem que saber exatamente o que fazer e o que não fazer, num caso de emergência.
  • 26. - 26 – Operador de Guincho Munck Limitações no Levantamento de Cargas do Guindauto O guindauto foi projetado para suportar determinados esforços que não devem ser ultrapassados de maneira nenhuma. Cuidados especiais devem ser tomados pelos operadores nas execuções dos diversos tipos de trabalho, de maneira a preservar a integridade física e do equipamento. Fatores importantes na movimentação de cargas 1. Centro de gravidade 2. Estabilidade de um guindaste 3. Estabilidade x instabilidade 4. Variação de capacidade durante a rotação da superestrutura 5. Influência da posição do eixo de tombamento 6. Estabilidade traseira 7. Falhas estruturais por sobrecarga 8. Tabelas de cargas 9. Configuração do guindaste 10. Quadrante da operação 11. Raio da operação 12. Limitação da capacidade, resistência e estabilidade 13. Fatores que reduzem a capacidade de carga 14. Cabo de elevação fora de centro 15. Uso incorreto das patolas 16. Nivelamento 17. Carga lateral Exemplo: Qual das figuras abaixo sofre o maior esforço?
  • 27. Operador de guincho Munck -27- Figura 1 Figura 2 Figura 3 Resposta: Quanto mais longe o peso estiver da coluna, maior será o esforço que ela estará sofrendo. (No caso é a figura 3). Devemos também, observar a existência de uma placa indicativa bem a vista do operador, a qual deve ser seguida. Afim de oferecer segurança, o comando do equipamento é dotado de uma válvula limitadora de pressão, que entra em funcionamento quando se pretende elevar cargas superiores as indicadas, desde que a pressão do equipamento esteja devidamente regulada dentro das relações especificadas nas instruções de manutenção.
  • 28. - 28 – Operador de Guincho Munck Operações que não devem ser executadas pelo Guindauto  Arrastar ou deslocar cargas, utilizando o sistema de giro.  Girar o equipamento em grande velocidade.  Movimentar o veiculo com carga suspensa pelo Guindauto  Efetuar o levantamento de pesos acima da especificação com a lança estendida. Conseqüências da desobediência aos itens acima  Danos gerais no sistema de giro do Guindauto com reflexos ao chassis do veiculo e torção da coluna.  Abalos gerais tanto no sistema de ligação, braço e lança do Guindauto , como também no braço especificamente.  Estragos mecânicos no conjunto coluna, braço e lança.  Torção da coluna e abalos generalizados no sistema de giro e possível torção do chassis do veículo.  Estragos generalizados dos componentes hidráulicos.  Possibilidade de torção e ruptura do sistema de lança e extensão de lança Recomendações  É recomendável a colocação do veículo em posição favorável a carga e descarga, evitando-se desta maneira o arrasto da mesma.  Em casos em que isso é impossível, operações simultâneas de levantamento e aproximação devem ser efetuadas, ate que a carga esteja próxima ao veiculo, podendo-se, então, efetuar definitivamente o carregamento do veiculo.  No levantamento de cargas elevadas, recomenda-se a utilização do Guindauto com lança recolhida, mesmo que esta carga esteja bem próxima da coluna. Gráfico de capacidade de levantamento – relação peso x distância
  • 29. Operador de guincho Munck -29-
  • 30. - 30 – Operador de Guincho Munck
  • 31. Operador de guincho Munck -31- 4. MANUTENÇÃO DE GUINCHO MUNCK 4.1. Introdução Nos últimos anos a atividade de manutenção tem passado por grandes mudanças. Estas alterações são conseqüências de:  Aumento, bastante rápido, do número de diversidade da tecnologia;  Projetos de equipamentos muito mais complexos;  Novas técnicas de manutenção;  Novos enfoques sobre a organização da manutenção e suas responsabilidades. Nas empresas vencedoras o profissional tem reagido rápido a estas mudanças, incorporando ao seu trabalho uma postura de conscientização e responsabilidade, pois sabe quanto uma falha do equipamento afeta a segurança e o meio ambiente. Estas alterações estão exigindo novas atitudes e habilidades dos profissionais tanto da manutenção quanto do operador do equipamento, pois este último é responsável direto pelo bom funcionamento do equipamento que opera. 4.2.Tipos de Manutenção A maneira pela qual é feita a intervenção nos equipamentos, caracteriza os vários tipos de manutenção existentes. Existe uma variedade muito grande de denominações para classificar a atuação da manutenção, e algumas práticas básicas definem os tipos principais de manutenção, como:  Manutenção Corretiva;  Manutenção Preventiva;  Manutenção Preditiva. Manutenção Corretiva É a atuação para a correção da falha ou desempenho menor que o esperado. Convém observar que existem duas condições específicas que levam a manutenção corretiva:  Desempenho deficiente apontado pelo mau funcionamento do equipamento;  Ocorrência da falha, isto é, quebra do veículo.
  • 32. - 32 – Operador de Guincho Munck Desse modo, a ação principal na manutenção corretiva é corrigir ou restaurar as condições de funcionamento do equipamento. A manutenção corretiva pode ser dividida em manutenção corretiva não-planejada e manutenção corretiva planejada  Manutenção Corretiva Não-Planejada: é a correção da “falha” de maneira “aleatória” caracteriza-se pela atuação da manutenção em fato já ocorrido, seja este uma falha ou um desempenho menor que o esperado. Não há tempo para preparação do serviço. Infelizmente ainda é mais praticado do que deveria. Normalmente implica altos custos devido às conseqüências graves para o equipamento.  Manutenção Corretiva Planejada: é a correção do desempenho menor que o esperado ou da falha por decisão gerencial, isto é, pela atuação em função do acompanhamento preditivo ou pela decisão de operar até a quebra. A característica principal é função da qualidade da informação fornecida pelo acompanhamento do veículo. Mesmo que a decisão gerencial seja de deixar o veículo funcionar até a quebra, essa é uma decisão conhecida e algum planejamento pode ser feito quando a falha e/ou quebra ocorrer. “Um trabalho planejado é sempre mais barato, mais rápido e mais seguro do que um trabalho não planejado. E será sempre de melhor qualidade”. Manutenção Preventiva É a atuação realizada de forma a reduzir ou evitar a falha ou queda no desempenho, obedecendo a um plano previamente elaborado, com base em “intervalos” definido “de tempo”. Este tipo de manutenção procura obstinadamente evitar a ocorrência de falhas, ou seja, procura “prevenir”. Em determinados sistemas do equipamento a manutenção preventiva é imperativa, pois o fator segurança e custos elevados em caso de quebra se sobrepõe aos demais. Na grande maioria das vezes os fabricantes do equipamento apresentam planos de manutenção preventiva a ser aplicado. Manutenção Preditiva:
  • 33. Operador de guincho Munck -33- É a atuação realizada com base na modificação de parâmetros de “condição” ou “desempenho” do equipamento, cujo acompanhamento obedece uma sistemática. Seu objetivo é prevenir falhas nos veículos através de acompanhamento de parâmetros diversos (compressão dos cilindros, desgaste do componentes do sistema de elevação, rompimento de mangueiras, temperatura, vibração), permitindo a operação/funcionamento do equipamento pelo maior tempo possível. 4.3. Instruções para Manutenção do Guincho Munck Para se obter uma operação eficiente e melhor rendimento do Guindauto (Guincho Munck), é necessário se fazer uma manutenção preventiva racional. Responsabilidades da manutenção preventiva É fundamental que o responsável pela manutenção do veiculo proceda uma manutenção preventiva, tendo em vista a preservação de seu equipamento. Essa manutenção preventiva consiste em operações básicas especificas que devem ser efetuadas ao fim de cada intervalo de trabalho. Programa de manutenção preventiva Afim de obtermos resultados concretos na manutenção da eficiência do equipamento, este programa de manutenção preventiva devera ser seguido de acordo com a tabela abaixo: Cuidados diários:  Verificação do nível de óleo no visor do reservatório;  Verificação das condições de conservação das mangueiras e terminais do sistema hidráulico.  Verificação geral de todas as partes mecânicas que compõem o Guindauto. Cuidados semanais:  Limpeza geral de todo o equipamento.  Limpeza do respiro do reservatório de óleo.  Engraxar todos os pontos de lubrificação. Cuidados mensais:
  • 34. - 34 – Operador de Guincho Munck  Verificação da pressão de trabalho.  Reaperto geral dos parafusos.  Dar atenção aos parafusos que compõem o cardam que liga a tomada de força à bomba, as porcas dos grampos de fixação do Guindauto e as próximas ao cilindro de giro. Cuidados semestrais:  Verificação da viscosidade do óleo; estando esta fora de sua especificação normal, trocá-lo.  Limpeza do reservatório de óleo e do filtro. 5. SEGURANÇA NA OPERAÇÃO DE GUINCHO MUNCK Trabalhar com segurança é um direito, necessidade e obrigação. O trabalhador responsável, observa as normas de segurança e avalia constantemente o seu procedimento durante a realização de suas atividades. Atitude no trabalho A máxima atenção e cuidados devem ser observados por todos que executarem atividades perigosas, sendo indesejável e consideradas perigosas conversas desnecessárias e brincadeiras que possam desviar a atenção dos empregados envolvidos na execução do serviço. Transporte Transportar pessoas e cargas, exige cuidados especiais visando a prevenção de acidentes do trabalho. O motorista deve dirigir com a devida cautela, mantendo velocidades compatíveis com a situação, observar a sinalização de transito e evitar freadas bruscas e desnecessárias Transporte de ferramentas, equipamentos e materiais
  • 35. Operador de guincho Munck -35- Cuidados especiais deverão ser tomados em relação ao transporte de ferramentas, equipamentos e materiais, para evitar que se danifiquem ou provoquem lesões. Equipamentos de segurança devem ser armazenados separados de outros materiais que possam comprometer suas especificações e reduzir sua vida útil. Estacionamento Sempre que possível o veículo deve ser estacionado junto ao meio fio, com as rodas dianteiras de encontro com o meio fio, do lado da rua em que se executará o serviço. Quando houver a necessidade de estacionar em aclives ou declives, onde houver meio fio ou calçada, o veículo deverá ser estacionado com as rodas dianteiras de encontro com o meio fio, no sentido que impeça o deslocamento acidental do veículo. Onde não houver meio fio, o veículo deverá ser estacionado com as rodas voltadas para o lado contrário do meio da rua. O veículo deverá estar sempre freado e, no caso de veículos dotados de equipamentos hidráulicos, a trava auxiliar também deverá estar acionada e em ladeiras é recomendado o uso de calços adequados nas rodas traseiras. Sinalização para proteção de terceiros e dos empregados: Quando a atividade a ser executada oferecer riscos a terceiros ou ao tráfego, medidas de segurança para salvaguardar a integridade física dos empregados, de terceiros e de propriedades deverão ser tomadas. A área de trabalho deverá ser isolada e sinalizada adequadamente através de cones, faixas, cavaletes, cordões de isolamento e outros, cabendo ao encarregado, ou a empregado por ele designado, advertir de forma educada, aos que adentrarem a área de risco delimitada. Quando houver necessidade de interdição do fluxo de veículos, deverá ser solicitado o apoio dos órgãos oficiais.
  • 36. - 36 – Operador de Guincho Munck Equipamentos de segurança Todo dispositivo destinado a preservação da integridade física do trabalhador e de terceiros, contra agentes agressivos do meio ambiente é chamado de Equipamento de Segurança, e são divididos em Equipamentos de Proteção Coletivo – EPC e Equipamento de Proteção Individual – EPI. Equipamentos de Proteção Coletivo – EPC Sua finalidade é a proteção de toda a equipe de trabalho bem como de terceiros dos riscos de acidentes. Exemplos:  Cones Utilizados na sinalização da área de trabalho em vias públicas, para a proteção dos empregados e do público. Deve-se evitar que entre em contato com graxas, solventes, ácidos e outras substâncias corrosivas, e ser lavado apenas com água e sabão e secados á sombra. Quando perder suas características devem ser substituídos.  Grades e Faixas de Sinalização Destinam-se à demarcação da área de trabalho, especialmente nas vias públicas e tem a finalidade de impedir a aproximação de terceiros.  Placas de advertência Devem ser usadas para sinalização em vias públicas e instaladas a uma distância adequada, que possibilite aos motoristas observarem-nas a uma distância que permita a tomada de uma postura segura no tráfego.  Bandeirola de Sinalização Devem ser usadas para sinalizar as cargas que excedem os limites do veículo, e as normas do Código Nacional de Transito deverão ser observadas. Equipamentos de Proteção Individual – EPI EPI é o conjunto de equipamentos que têm a finalidade de proteger somente o usuário. Seu uso é individual e intransferível, sua guarda e conservação é de responsabilidade do empregado. Exemplos:
  • 37. Operador de guincho Munck -37-  Capacete de Segurança Finalidade – Proteção da cabeça contra impacto de objetos, batidas, chuvas e raios solares. Deve ser usado com a alça jugular passada sob o queixo para evitar que se solte em função dos movimentos do usuário.  Óculos de Segurança Finalidade – Proteção dos olhos contra a projeção de partículas ou objetos e radiações luminosas.  Calçado de segurança Finalidade – Proteção dos pés contra a perfuração por objetos pontiagudos.  Luvas de serviços gerais Finalidade – Proteção das mãos quando do manuseio de materiais com partes cortantes Cuidados que deverão ser tomados antes da operação do Guindaste .  Estudo de “Rigging  Verificação das tabelas de cargas  Verificação dos raios solicitados no estudo  Ângulo de trabalho dos cabos “Lingada”  Acesso para o guindaste auxiliar (quando necessário)  Certificado de inspeção das soldas dos olhais do equipamento  Certificado de manutenção do Guindaste  Capacidade de resistência do solo  Acessórios,( cabos, manilha, balancin etc.)  Interferência na área  Proximidades de redes elétricas aéreas  Verificar profundidade de tubulações subterrâneas  Reunir a equipe para entrosamento da operação  Sinalizar a área da operação  Sinalizar o isolamento da área da operação  Sinalizar o isolamento da área com cartazes apropriados
  • 38. - 38 – Operador de Guincho Munck  Verificar a limpeza da área de manobra  Identificar os elementos envolvidos com a operação  Iniciar a operação de preferência nas primeiras horas do dia  É recomendável as operações “NOTÁVEIS” serem executadas em dias feriados, sábados ou domingos. Cuidados que devemos tomar durante a operação.  Manter um preposto de segurança durante a operação  Não permitir o acesso de o pessoas não ligadas não ligadas à operação na área isolada  Não conversar com o operador  Não desviar a atenção do sinalizador (RIGGER)  Não iniciar a operação com chuva  Amarrar com cordas a carga para não permitir a sua movimentação pelos ventos.  Manter no mínimo dois auxiliares segurando cada corda.  Desligar todas as redes elétricas próxima ao local de operação  Não deve haver gritos nem assobios durante a operação  Nao se deve correr na área durante a operação  Qualquer detalhe da operação só deverá ser comunicado ao sinaleiro (RIGGER)  O sinaleiro deve acompanhar a trajetória da peça quando estar girando, e o operador acompanhando os movimentos do sinaleiro.  Observar durante giro do Guindaste os possíveis obstáculos para que não bata a lança. Cuidados com ferramentas e equipamentos Antes de sair a campo, para a execução de qualquer atividade, deverá ser feita uma inspeção nos materiais que serão utilizados, principalmente naqueles de maior periculosidade, tais como: escadas, ferramentas, equipamentos de proteção, estropos, talhas, guinchos, etc... . Equipamentos Hidráulicos e Mecânicos
  • 39. Operador de guincho Munck -39- Guinchos e guindastes hidráulicos e mecânicos deverão ser inspecionados antes de serem colocados em operação para verificar o perfeito funcionamento das travas dos guinchos mecânicos, a existência de tentos partidos em cabos de aço, condição da lubrificação dos mecanismos, etc... . Ao ser constatada qualquer anomalia, o equipamento deverá ser enviado a manutenção. “Os operadores desses equipamentos devem ser capacitados para operá-los, devendo ser orientados somente pelo encarregado ou responsável pelo serviço das manobras a serem executadas, tomando cuidado para que a lança não se aproxime demasiadamente de outras estruturas”. Estropos, Cabos de Aço, e Ganchos O dimensionamento de estropos, cabos de aço e ganchos deverá ser de acordo com o esforço a que serão submetidos, É RECOMENDÁVEL QUE SE CONSULTE A TABELA DO FORNECEDOR, e sempre que apresentarem avarias, tais como, tentos rompidos (+ ou – 5%), fissuras, entortamentos, deverão ser substituídos O uso de correntes em substituição ao cabo de aço, deve ser evitado, pois estas se partem instantaneamente, desta forma tornam-se extremamente perigosas. Os ganchos devem ter travas de segurança para evitar que as cargas suspensas se soltem nunca devem sofrer reparos (soldas) e serem colocados novamente em uso. Cuidados Gerais Se o veículo tiver que ser estacionado transversalmente em vias que apresentem desnível no leito carroçável, a lança deverá trabalhar do lado mais elevado da rua. Em terrenos em que o solo ofereça pouca firmeza, locais em que os pneus e sapatas tendem a afundar, devem ser utilizados calços ou tábuas para aumentar a área de contato com o terreno, eliminando-se assim o risco de tombamento do veículo ou oscilação da carga. A carga deve estar sempre do lados extensor mecânico.
  • 40. - 40 – Operador de Guincho Munck Bibliografia SENAI – SP . Manual de segurança para operador de ponte rolante. Internet Site www.mtb.gov.br – Ministério do Trabalho e Emprego.