1. 1 Abril | 2020 O jornal que tem o que falar...
PONTOS E ESTAÇÕES-TUBO DE
TRANSPORTE COLETIVO SÃO
HIGIENIZADOS
O jornal que tem o que falar
Gas
Abril de 2020 - Edição 219 - Curitiba
Página 3
Foto: Daniel Castellano
LINHA VERDE NO
ATUBA TEM NOVA
ETAPA DE OBRAS,
COM ALTERAÇÕES
NO TRÂNSITO
NESTE TRECHO
PÁGINA 5
2. 2 Abril | 2020 O jornal que tem o que falar...
Diretor: Adilson da Costa Moreira
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EXPEDIENTE
SETH, O MITO, A IMAGEM DO CAOS E DA DESORDEM
SETH ou SET: É o deus maléfico
do antigo Egito. Inicialmente era
visto como um deus bom, mas
passou a ser considerado um deus
mal quando o mito de Osíris e Ísis
começou a se difundir por todo o
antigo Egito. Foi retratado tam-
bém ajudando Rá na luta contra a
serpente Apep.
Em mitos, Seth é o deus da con-
fusão, da desordem e da pertur-
bação, que é enfatizada pela es-
crita hieroglífica em que o animal
de Seth serve como determinante
para conceitos negativos (autor-
itarismo, fúria, crueldade, crise,
tumulto, desastre, sofrimento,
doença, tempestade). Mestre de
trovões e relâmpagos, exerce seu
poder nas margens do Egito, que
são terras do deserto, áreas áridas
e países fora da planície do Nilo.
Seth é um deus complexo.
Ele geralmente é mostrado como
um animal desconhecido, uma
espécie de burro ou cachorro e
com um longo nariz lembrando
o de um tamanduá. Seth também
teve um associação com Sobek
(deus crocodilo), que tinha um
lado feroz em sua natureza.
No período de declínio e instab-
ilidade política(1077 da a.C até
664 a.C) do Egito, a imagem de
Seti mancha permanentemente,
talvez em resposta às sucessi-
vas aquisições de vários povos
estrangeiros sobre o Reino do
Egito. Set, associado a potências
estrangeiras, torna-se o agente
maligno da perda do país. Os mi-
tos sobre Seti o retratam como
ambicioso, intrigante, manipula-
dor, com foco no assassinato de
seu irmão Osiris. Ele é grad-
ualmente confundido com
Apófis, a serpente do caos,
apesar da antiga tradição que
ele lutou contra ele em nome
de Rá. O mundo grego identif-
icou-o com o Tifão, o monstro
primordial do caos e uma enti-
dade do mal comparável.
No Livro dos Mortos, Seti é
chamado “O Senhor dos Céus
do Norte” e é considerado re-
sponsável pelas tempestades
e o mau tempo. A história
do longo conflito entre Seti e
Hórus é vista por alguns como
uma representação de uma
grande batalha entre cultos no
Egito cujo culto vencedor pode
ter transformado o deus do
culto inimigo em deus do mal.
O PENSAMENTO COMO FERRAMENTA DE PREVENÇÃO E SAÚDE
Claudia Honorato
Você dá muita atenção ao que es-
cuta? Acredita que a opinião alheia
tem alguma influência sobre a sua
saúde?
“Enfrenta as fases iniciais da
doença com oposição mental tão
poderosa como a que um legis-
lador empregaria para impedir a
aprovação de uma lei desumana”,
escreveu Mary Baker Eddy, uma
pensadora metafísica americana,
em sua obra Ciência e Saúde.
Lembro-me de ter ouvido esta
fábula: “Era uma vez, duas rãs que,
por terem passado muito tempo
na floresta, ao anoitecer, tiveram
de buscar abrigo em uma pequena
casa de madeira, em cujo interior
encontraram um balde com leite.
Subiram até a borda do balde, mas
ao tentarem beber o leite, caíram
dentro dele. Após se fartarem,
tentaram sair, saltando, mas sem
êxito.
Chamaram as outras rãs para so-
corrê-las. As rãs chegaram e, na
borda do balde, gritavam, incen-
tivando-as: ‘Vocês conseguem!
Força! Vamos!’ Apesar disso, as
horas se passaram e não houve re-
sultados.
Então, as rãs começaram a dizer:
‘Agora é tarde, vocês não têm mais
forças, é melhor que se entreguem
à morte´. Uma das rãzinhas mor-
reu, porém a outra persistiu, até
conseguir sair.
“Por que essa rã conseguiu sair e
salvar-se?” “Porque era surda!”
Na vida cotidiana, assim como
a rãzinha que estava no bal-
de, você ouve frases negativas,
pensamentos deprimentes, te-
mores de outras pessoas, inclu-
sive sobre os perigos em relação
à saúde.
É possível manter-se perfeito,
bem e saudável, não dando
atenção às informações sobre os
riscos à saúde? O Departamento
de Psiquiatria e Ciência Com-
portamental de Nova Iorque
realizou um interessante experi-
mento,noqualfoisimuladauma
ameaça biológica a três grupos
de pessoas. Ao primeiro grupo,
denominado de controle, não
foram dadas informações. Ao
segundo, sugeriram tratar-se de
uma doença psicogênica (não
orgânica) e ao terceiro, além da
sugestão psicogênica, forneceram maior
quantidade de informações a respeito da
enfermidade. O resultado mostrou que os
dois grupos induzidos psicologicamente
apresentaram 11 vezes mais sintomas da
enfermidade do que o grupo de controle.
Isso mostra como, algumas vezes, há in-
formações que colocam em risco a saúde,
a menos que se coloque um filtro no pens-
amento.
Estar atento, observar uma paisagem men-
tal focada na saúde e harmonia ajuda a
manter-se saudável. Existem pessoas que
conseguiram detectar um problema e pre-
venir-se, tal qual fez Aurora Acebedo Ruiz,
uma química da Colômbia, que, começan-
do a ter os sintomas de câncer, orou,
opondo-se mentalmente a essa doença,
rebatendo-a e agarrando-se ao reconheci-
mento consciente de sua natureza espiritu-
al saudável.
Para mim, essa experiência encorajadora
comprova que é possível livrar-se de en-
fermidades. Ao desejar o bem tanto para
si próprio como para o próximo, o pensa-
mento é conectado a uma fonte espiritual
superior e saudável, o qual, unido ao senti-
mento de gratidão, pode ajudar a prevenir
ou superar anomalias, abolir pensamentos
de deterioração, substituindo-os por ideias
renovadoras que trazem a saúde.
Claudia Honorato é Comitê de Publi-
cação da Ciência Cristã para o Chile.
3. 3 Abril | 2020 O jornal que tem o que falar...
PONTOS E ESTAÇÕES-TUBO DO TRANSPORTE
COLETIVO PASSAM POR AÇÃO DE ASSEPSIA
O trabalho de assepsia nos pontos
de ônibus e estações-tubo de Curi-
tiba continua. Em dois dias, foram
higienizados, com peróxido de hi-
drogênio, 73 estações-tubo do eixo
Leste/Oeste, 30 estações do Eixo
Circular Sul e 58 pontos de ônibus
no Cajuru e no Capão da Imbuia.
O objetivo da Urbanização de Curi-
tiba (Urbs) desinfectar 2.640 pontos
de ônibus com cobertura metálica
e 271 estações-tubo. O serviço nos
pontos de ônibus e estações-tubos
começou na terça-feira (31/3). Além
disso, no último fim de semana foi
feita a limpeza dos 22 terminais e as
estações-tubo anexas e a Rodofer-
roviária.
O reforço na higienização é para
evitar a propagação do novo coro-
navírus em locais de grande cir-
culação, como espaços ligados ao
transporte público da capital.
Como é feita
Os profissionais de limpeza usam
pulverizadores costais com hipoclo-
rito de sódio e peróxido de hidrogê-
nio para lavar pontos de contato, co-
bertura e apoios e, com isso, ajudar a
reduzir a velocidade de circulação de
agentes infecciosos.
Nos pontos, a limpeza está sendo re-
alizada de dia e a aplicação dura cerca
de 15 minutos. Os passageiros podem
utilizar o espaço normalmente após a
desinfecção.
Nas estações-tubo, o trabalho é feito
de madrugada, para evitar interromp-
er o funcionamento durante o dia.
Como as estações são maiores e reú-
nem mais passageiros, o trabalho pre-
cisa ser conduzido no período em que
não há movimento.
Parceria voluntária
O peróxido de hidrogênio, doado pela
Peróxidos do Brasil, é conhecido pelo
poder desinfetante e de desinfecção.
A aplicação do produto nos pontos de
ônibus é feita pela Climax 8 Prestação
de Serviços. Nos tubos, o serviço é da
Abaiti Limpeza Industrial. Ambas as
empresas são voluntárias no projeto.
A higienização faz parte de uma
ampla ação de assepsia lançada pela
Prefeitura de Curitiba para cont-
er o avanço do novo coronavírus.
Além dos terminais e dos pontos
de ônibus, já foi feito o reforço de
limpeza com peróxido nos acessos a
Unidades de Pronto Atendimen-
to (UPAs) e hospitais públicos
de Curitiba. Os primeiros pon-
tos atendidos foram a UPA Pin-
heirinho, a UPA Sítio Cercado, o
Hospital Municipal do Idoso e o
Hospital do Trabalhador.
Foto: Daniel Castellano
Foto: Pedro Ribas
4. 4 Abril | 2020 O jornal que tem o que falar...
Em 2018, especialistas em doenças
infecciosas da Universidade de
Hong Kong (HKU) se deparam com
um paciente incomum. O homem
de 56 anos, que havia passado por
um transplante de fígado, estava
apresentando funções hepáticas
anormais sem qualquer causa óbvia.
Exames revelaram que seu sistema
imunológico estava reagindo à hep-
atite E, mas não eram capazes de en-
contrar a cepa humana do vírus da
hepatite E ( VHE) em seu sangue.
A hepatite E é uma doença hepáti-
ca que também pode causar febre,
icterícia e aumento do fígado.
O vírus vem em quatro tipos, que
circulam em diferentes animais;
naquele momento, apenas um dess-
es quatro era conhecido por ser ca-
paz de infectar humanos.
Com os exames para essa cepa hu-
mana de VHE dando negativos, os
pesquisadores reformularam o teste
diagnóstico,fizeram-no de novo e
encontraram, pela primeira vez na
história, hepatite E de rato em um
humano. Quando achavam que era
“ um incidente isolado, e que o paci-
ente estava no lugar errado, na hora
errada’’, ocorriam 10 novos casos,
e podendo haver centenas de pes-
soas infectadas não diagnosticadas
naquele momento, dizia o especial-
ista Sridhar
A cepa humana da hepatite E é tipi-
camente transmitida através de con-
taminação fecal da água potável, de
acordo com a Organização Mundial
de Saúde.Mas a cepa de rato impõe
um novo mistério:ninguém sabe ex-
atamente como essas pessoas estão
sendo infectadas.
Mas a cepa de rato impõe um novo
mistério: ninguém sabe exatamente
como essas pessoas estão sendo
infectadas. Nos dois anos desde a
descoberta, pesquisadores ainda
têm que identificar a rota exata da
transmissão de ratos para humanos.
Eles têm teorias – talvez os pacien-
tes tenham bebido água contamina-
da com a cepa humana comum, ou
manuseando objetos contaminados
– mas nada foi provado definitiv-
amente. Um recente paciente de 61
anos deixou as autoridades particu-
larmente perplexas, não havia ratos
ou excrementos de rato em sua casa,
ninguém mais na casa apresentou
sintomas, e ele não tem histórico de
viagens recentes.
“Com base nas informações epide-
miológicas disponíveis, a fonte e a
rota de infecção não puderam ser
determinadas”, disse o Centro de
Proteção à Saúde de Hong Kong (
CHP) em uma declaração em 30 de
abril. O homem está no hospital, e a
investigação do CHP segue em curso
O vírus trás sérias consequências
para a saúde, especialmente para pa-
cientes com a imunidade enfraquec-
ida. Pessoas jovens e saudáveis sem
condições pré-existentes podem se
recuperar sozinhas mas, em popu-
lações vulneráveis, ele pode causar
uma hepatite crônica que os pacien-
tes não conseguem eliminar, assim
como danos ao fígado no longo pra-
zo e escarificação de tecidos.
A maior dúvida que continua a inco-
modar os cientistas é não saber como
o vírus pula de ratos para humanos
complicando a forma de prevenir
infeccões futuras e como entend-
er todos os dados coletados pelos
pesquisadores, exemplo; pessoas que
vivem em em área infestadas por ra-
tos deveriam, teoricamente, estar em
maior risco, mas alguns pacientes
infectados vêm de bairros com
baixa incidência de ratos.
Uma solução poderia ser simples-
mente eliminar todos os ratos em
Hong Kong, mas erradicar ratos
é uma operação longa e compli-
cada não exatamente viável. Seria
necessário reduzir os lugares nos
quais eles podem se abrigar, bem
como seu acesso à comida, com
medidas como impedir o descarte
de comida em becos.
Até agora, tudo o que as autori-
dades podem fazer é orientarem
as pessoas a tomarem medidas
preventivas,como lavar as mãos
antes de comer, estocar comida de
forma apropriada ou na geladeira,
e manter a casa limpa e desinfe-
tada com um mínimo de lugares
que possam servir de ninhos para
roedores.
Na Europa, uma “falta de consci-
entização por parte dos clínicos
e diagnósticos pobremente pa-
dronizados levaram à subnotifi-
cação” de casos de hepatite E, diz a
especialista Cornelia Adlhoch do
Centro Europeu para Prevenção
e Controle de Doenças (European
Centre for Disease Prevention and
Control - ECDC), e Sally Baylis,
do Paul-Ehrlich-Institut, da Ale-
manha, em carta publicada em
NOVO VÍRUS TRANSMITIDO POR RATOS TEM
GERADO PREOCUPAÇÃO EM CIENTISTAS
março último no jornal Hepa-
tology.
Apenas no ano passado o ECDC
finalmente desenvolveu dire-
trizes para a coleta de dados e
relatório de informações sobre
esta hepatite, diz a carta, mas,
estas novas diretrizes concen-
tram-se na variante humana e
não inclui a HEV de rato, deix-
ando o que o o pesquisador, Sri-
dhar chama de “um ponto cego
em nossos diagnósticos”
Este ponto cego, e a possibili-
dade de que o vírus esteja in-
fectando pessoas globalmente
sem quaisquer medidass de con-
trole colocam algumas pessoas
mais vulneráveis da sociedade
em risco – os idosos, comuni-
dades afetadas pelo HIV, aqueles
com condições pré-existentes,
e outros. “ Isto não deveria es-
tar acontecendo,” diz Sridhar. “
Precisamos de vigilância con-
tínua do público para controlar
esta infecção incomum. Eu real-
mente espero que as autoridades
da saúde deem o primeiro pas-
so e vejam o quanto suas pop-
ulações estão, de fato sendo ex-
postas à hepatite E de rato.
CNN
5. 5 Abril | 2020 O jornal que tem o que falar...
LINHA VERDE NO ATUBA TEM NOVA ETAPA DE OBRAS,
COM ALTERAÇÕES NO TRÂNSITO NESTE TRECHO
No Trevo do Atuba a obras avançam
e o trânsito tem desvio a partir de
quarta-feira, dia 22.
A alteração no trânsito será
necessária para a continuidade da
implantação da trincheira e início
da construção dos viadutos que irão
favorecer o trânsito de chegada em
Curitiba de motoristas vindos de
Colombo, Campina Grande do Sul,
Quatro Barras e do estado de São
Paulo.
Serão 300 metros de desvio,
começando antes do cruzamento da
Linha Verde com a Estrada da Ri-
beira no sentido norte-sul. Os mo-
toristas terão que entrar à direita na
Estrada da Ribeira para, em seguida,
realizarem o retorno à esquerda e
voltarem para a Linha Verde ou para
acessar a Avenida Marechal Mascar-
enhas de Moraes e seguir caminho
para o Boa Vista e Bacacheri.
A previsão da Secretaria Municipal
de Obras Públicas (SMOP), que co-
ordena a execução do trabalho na
Linha Verde, é de que o desvio per-
maneça no local durante dez meses.
Mesmo prazo aplicado ao desvio im-
plantado em 3 de março, no sentido
Pinheirinho-Atuba, logo após o via-
duto da Rua Alberico Flores Bueno,
que serve de rota para Bairro Alto e
Bacacheri.
Obras do Lote 4.1
Onde havia o antigo trevo do Atuba,
926 estacas estão sendo edificadas em
concreto e ferragem para sustentar
as novas estruturas viárias do Lote
4.1 da Linha Verde. Um conjunto de
trincheira e viadutos que eliminará
os semáforos e dará mais fluidez ao
trânsito de motoristas que se deslo-
cam no eixo norte-sul de Curitiba.
Também estão em andamento outras
frentes de trabalho. Está sendo feito
o aterro nas imediações do Conjun-
to Solar – onde serão instaladas es-
tações-tudo do sistema de transporte
coletivo, a preparação da base para a
nova pista da Rua Rua Maria Petros-
ki, marginal da Linha Verde,
e a implantação da galeria
celular antes da entrada para
a Rua Fagundes Varela.
O Lote 4.1 da Linha Verde
tem 2,84 quilômetros e com-
preende o trecho entre as
estações Solar e Atuba. Suas
obras foram retomadas em
dezembro do ano passado,
após a rescisão contratual
com a empresa que estava
executando os serviços.
6. 6 Abril | 2020 O jornal que tem o que falar...
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7. 7 Abril | 2020 O jornal que tem o que falar...
PREFEITO VISTORIA OBRAS NO RIO BACACHERI
E NO TREVO DO ATUBA
Seguindo todos os protocolos de
cuidado para barrar o avanço do
novo coronavírus, o prefeito Rafael
Greca vistoriou no dia 22 de abril,
as obras em andamento no Rio Ba-
cacheri e na porção norte da Linha
Verde, no Atuba.
O prefeito foi acompanhado pelo
secretário municipal de Obras
Públicas, Rodrigo Rodrigues, usou
máscara e álcool em gel para man-
ter as mãos limpas.
O Rio Bacacheri está passando por
intervenção em dois pontos do seu
leito. Um deles é no trecho de 125
metros entre as ruas João Gbur e
Canadá, no Boa Vista, e o outro é
no interior do Parque Bacacheri.
O trabalho tem o objetivo de prote-
ger o talude de possíveis erosões e,
ainda, conter a vazão do rio e mini-
mizar seu potencial destrutivo.
“Estamos fazendo uma importante
obra de contenção de cheias, que
terá impacto em toda a bacia hi-
drográfica em que o Rio Bacacheri
está inserido. As inundações que
muito infelicitam os moradores da
região do Boa Vista terão fim”, disse
Greca.
O prefeito explicou que os muros
de contenção que estão sendo con-
struídos são em forma de gabião.
“A muralha de contenção das cheias
é feita com gabiões, que são como
grandes gaiolas recheadas com pe-
dras. Fico feliz não só pelo benefício
que será gerado por esta obra, mas
também pelos empregos que estão
sendo mantidos pelo setor da nossa
construção civil”, avaliou Greca.
Dentro do parque
No interior do Parque Bacacheri,os
trabalhadores estão concluindo a
detenção do rio com a implantação
de duas estruturas de controle tam-
bém em forma de gabião. Cada um
dos dois muros tem cerca de 20
metros de comprimento, com 63
metros cúbicos de pedras envol-
tas por uma manta metálica.
As barreiras de pedra e manta
metálica terão a finalidade de in-
terromper o escoamento normal
das águas do rio, diminuindo a
velocidade da vazão e atenuando
a capacidade de provocar estra-
gos com inundações e alagamen-
tos.
A previsão do Departamento de
Pontes e Drenagem da Secretar-
ia Municipal de Obras Públicas
é que o trabalho no Rio Bacach-
eri esteja concluído até o final do
mês de maio.
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8. 8 Abril | 2020 O jornal que tem o que falar...
RUA AMÁCIO MAZZAROPI, BAIRRO SANTA CÂNDIDA
EM HOMENAGEM AO MAIOR CÔMICO
DO CINEMA BRASILEIRO
(rua nos fundos da Polícia Federal;
inicia na rua Mariano Fardolinski,
finalizando na rua Catarina Ferra-
rini.)
O pequeno Amácio passava longas
temporadas no município vizin-
ho de Tremembé, na casa do avô
materno, o português João José
Ferreira, exímio tocador de viola e
dançarino de cana verde. Seu avô
também era animador das festas
do bairro onde morava, às quais
levava seus netos que, desde cedo,
entram em contato com a vida cul-
tural do caipira, que tanto inspirou
Mazzaropi. Em 1919, sua família
volta à capital e Mazzaropi ingres-
sa no curso primário do Colégio
Amadeu Amaral, no bairro do
Belém. Bom aluno, era reconheci-
do por sua facilidade em decorar
poesias e declamá-las, tornando-se
o centro das atenções nas festas
escolares. Em 1922, morre o avô
paterno e a família muda-se nova-
mente para Taubaté, onde abrem
um pequeno bar. Mazzaropi con-
tinua a interpretar tipos nas ativi-
dades escolares e começa a frequen-
tar o mundo circense. Preocupados
com o envolvimento do filho com o
circo, os pais mandam Amácio aos
cuidados do tio Domenico Mazza-
roppi, em Curitiba, onde trabalhou
na loja de tecidos da família.
Aos quatorze anos, em 1926, re-
gressa à capital paulista ainda
com o sonho de participar em es-
petáculos circenses. Finalmente
entra para a caravana do Circo La
Paz. Nos intervalos do número do
faquir, Mazzaropi conta anedotas
e causos, ganhando uma pequena
gratificação. Sem poder se man-
ter sozinho, em 1929 Mazzaropi
volta a Taubaté com os pais, onde
começa a trabalhar como tecelão,
mas não consegue se manter longe
dos palcos e atua numa escola do
bairro. Quando ele fez o primeiro
filme, já tinha passado por todos
os outros segmentos. Já tinha tra-
balhado com circo, teatro, rádio e TV.
Seu biografo, Paulo Duarte disse que
Mazzaropi não ficou apenas rico, mas
bilionário, fazendo cinema no Brasil.
Ele negava, mas provavelmente por
medo que roubassem, medo que fiz-
essem algum tipo de maldade com
ele. Todas as pessoas que eu entrev-
istei disseram que ele tinha muito
medo de ser uma figura pública. Era
um pânico que ele tinha. Mas Mazz-
aropi morava numa casa com lareira,
tinha amigos na Academia Brasile-
ira de Letras, frequentava teatros,
gostava de ópera, de música clássica,
então era o falso caipira. Na verdade,
o personagem era um caipirão, mas
ele mesmo não. Vestia-se bem, era
vaidoso, estava sempre de terno e
gravata, usava até smoking. Estava
sempre bem colocado.
Eu costumo dizer que o Mazzaropi
era o cara certo no lugar certo em
todos os momentos. Quando aconte-
ceu a Revolução Constitucionalista,
ele morava em Taubaté, que era onde
as tropas descansavam. Então,
para animá-las, tinha que ter te-
atro, circo, música. Naquela épo-
ca, na década de 1930, Taubaté
acabou virando um pólo muito
efervescente de cultura. E ele viu
muitos artistas importantes do
Brasil passarem pela cidade. Já
de primeira, ele estava no lugar
certo. Depois, começou no te-
atro porque o Oscarito teve um
problema com uma das peças,
precisaram de alguém e colo-
caram Mazzaropi. No dia da es-
treia da televisão, ele estava lá.
Outros cômicos não puderam ir,
então também tem aquela coisa
da sorte. Foi ele o cara que con-
seguiu mostrar a cara primeiro
na televisão. Qual era a relação
de Mazzaropi com o cinema
norte-americano? Ele tinha meio
raiva de Hollywood. O que ele fa-
zia era um pouco tirar uma onda
do que fazia sucesso. O Exorcista
fez muito sucesso, aí ele foi lá e
fez o Jeca contra o Capeta