O documento discute equipamentos de proteção individual e coletiva e sinalização de segurança no ambiente de trabalho. Ele descreve os objetivos da proteção e controle de riscos, as quatro abordagens para lidar com perigos (limitar/eliminar, envolver, afastar ou proteger o homem) e vários tipos de equipamentos como capacetes, óculos, máscaras respiratórias e outros. O documento também explica os requisitos e classificações dos equipamentos de proteção individual e fornece exemplos de sinais de emergência, equipamentos contra inc
3. Os perigos são fontes potenciais de acidentes.
O controlo do risco dentro de limites
aceitaveis é o objectivo a atingir, já que a sua
eliminação só muito raramente é possivel!
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1 P ----> H 2 P ----> H
3 P ----> H 4 P ----> H
Limitar/Eliminar o perigo Envolver o perigo
Afastar o Homem Proteger o Homem
4. 1º e 2º caso envolvem medidas construtivas ou de
engenharia, que actuam sobre os meios de trabalho
(máquinas)
Ex: supressão de uma fuga de ar comprimido com vista à
redução do nivel de ruido produzido.
3º caso, medidas organizacionais, actuam no sistema
Homem-Máquina-Ambiente
Ex: rotação periodica de trabalhadores expostos ao risco de
trauma acustico.
4º caso, medidas individuais ou de protecção individual,
actuam no Homem
Ex: protectores auditivos
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5. A adopção de medidas construtivas constitui
o método mais desejavel e eficaz de
protecção.
Devem ser encaradas na fase de concepção
ou de projecto (maior racionalização e menor
custo).
Segurança aditiva é mais cara, e em geral,
menos eficaz que a primeira
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6. Os equipamentos de protecção individual
(EPI) são dispositivos e/ou acessórios
destinados a serem utilizados pelo
trabalhador para o proteger dos riscos
quando estes não puderem ser evitados ou
limitados, dentro de limites aceitáveis, por
meios técnicos de protecção colectiva ou por
processos de organização do trabalho.
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7. Os EPI’s exigem do trabalhador um sobre
esforço no desempenho das suas funções
devendo, também por esta razão, ser usados
quando as medidas de protecção integrada e
de protecção colectiva não são suficientes
para garantir a segurança e a saúde do
trabalhador.
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8. Um equipamento de protecção individual
deve ser:
- Eficaz (adequado aos riscos a proteger);
- Robusto;
- Prático;
- Cómodo;
- De fácil limpeza e conservação.
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9. Os EPI’s devem:
1. respeitar as disposições comunitárias referentes à
sua concepção e construção em matéria de
segurança e saúde,
2. Ser adequados relativamente aos riscos a prevenir,
sem que eles próprios induzam a um incremento do
risco
3. Ser adequados às características do portador.
Todo o EPI é de uso pessoal pelo que na realização de
qualquer trabalho deva estar à disposição dos
trabalhadores, o equipamento mais adequado para
o trabalho a efectuar.
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10. A selecção dos EPI’s deverá ter em conta:
os riscos a que o trabalhador está exposto;
as condições em que trabalha;
a parte do corpo a proteger;
as características do próprio trabalhador.
Consideram-se 3 categorias de risco para os EPI’s:
Categoria I – desenho ou concepção simples, risco baixo –
marcaCE, autocertificavel pelo fabricante
Categoria II – desenho intermedio, risco medio – marca CE
certificada por laboratorio intermedio
Categoria III – desenho complexo, risco elevado – marca CE +
codigo de 4 digitos do organismo de certificação.
MarcaCE – directiva nº 89/686/CEE
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11. Os EPI’s podem ser usados em três situações distintas
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12. Ensaio de Dispositivos de Protecção Individual na
Empresa
Para testar um novo EPI, devem tanto quanto possível,
escolher-se trabalhadores com um critério objectivo de
apreciação.
É indispensável a sua elucidação quanto aos riscos a
controlar, bem como o ensaio de mais de um tipo de
protecção.
O registo de elementos como: durabilidade, efeito de
protecção, comodidade, possibilidade de limpeza, entre
outros, é extremamente importante para uma solução
definitiva. 12
13. A decisão final sobre a utilização do EPI deve ser
tomada com base numa análise cuidada do posto de
trabalho, análise essa em que devem participar
chefias e trabalhadores.
A co-decisão conduz a uma maior motivação para o
seu uso.
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14. FORMAÇÃO DO UTILIZADOR
Os EPI's são simples?
É fácil a utilização correcta de um dado EPI?
Para muitos EPI's é necessária uma acção de
demonstração, quando são utilizados pela
primeira vez.
A transferência de informação deve estar
associada à motivação.
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15. Os pontos fundamentais na formação do
utilizador são os seguintes:
1. Porquê utilizar um determinado EPI e qual o
tipo de protecção que ele garante?
2. Qual o tipo de protecção que ele NÃO
garante?
3. Como utilizar o EPI e ficar seguro de que o
EPI garante a protecção esperada?
4. Quando se devem substituir as peças de um
dado EPI?
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18. Protecção da Cabeça
A cabeça deve ser
adequadamente protegida
perante o risco de queda de
objectos pesados, pancadas
violentas ou projecção de
partículas.
A protecção da cabeça obtém-se
mediante uso de capacete de
protecção, o qual deve
apresentar elevada resistência
ao impacto e à penetração.
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19. O capacete é composto por duas partes, o casco ou carcaça e pelo arnês
(armação interior de apoio) que deve adaptar-se à forma da cabeça.
O casco é a parte exterior resistente do capacete e é constituído por:
- Calote: elemento resistente e que dá a forma ao casco;
- Aba: parte que circunda a calote;
- Pala: parte frontal da aba.
O arnês é o conjunto de elementos que têm a dupla função de absorver a
energia transmitida pelo impacto e a manterem uma correcta posição do
capacete sobra a cabeça do utilizador. O arnês é constituído por:
- Suspensor: conjunto de fitas resistentes que ligam o casco à banda e
que se destinam a absorver e a distribuir a energia cinética resultante do
impacto sobre o capacete;
- Banda: cinta flexível que envolve e que se ajusta ao perímetro do crânio
e que está ligada ao suspensor.
- Cerra-nuca: apêndice da banda que se pode ajustar e que permite
manter o capacete na posição correcta.
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21. Protecção dos Olhos e do Rosto
Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do
corpo onde os acidentes podem atingir a maior
gravidade.
As lesões nos olhos, ocasionadas por acidentes de
trabalho, podem ser devidas a diferentes causas:
Acções mecânicas, através de poeiras, partículas ou
aparas;
Acções ópticas, através de luz visível (natural ou
artificial), invisível (radiação ultravioleta ou
infravermelha) ou ainda raios laser;
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23. Acções ópticas : Os olhos e também o rosto
protegem-se com óculos e viseiras
apropriados, cujos vidros deverão resistir ao
choque, à corrosão e às radiações, conforme
os casos.
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24. Acções térmicas, devidas a
temperaturas extremas.
Acções químicas, através de
produtos corrosivos (sobretudo
ácidos e bases) no estado
sólido líquido ou gasoso;
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25. Protecção dasVias
Respiratórias
A atmosfera dos locais de trabalho
encontra-se, muitas vezes,
contaminada em virtude da
existência de agentes químicos
agressivos, tais como gases,
vapores, neblinas, fibras, poeiras.
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26. A protecção das vias respiratórias é feita
através dos chamados dispositivos de
protecção respiratória - aparelhos filtrantes
(máscaras).
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27. Protecção Auditiva
Norma NP EN 458:2006
Há fundamentalmente, dois tipos
de protectores de ouvidos: os
auriculares (ou tampões) e os
auscultadores (ou protectores de
tipo abafador).
Os auriculares são introduzidos no
canal auditivo externo e visam
diminuir a intensidade das
variações de pressão que
alcançam o tímpano.
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29. Protecção doTronco
O tronco é protegido através
do vestuário, que pode ser
confeccionado em diferentes
tecidos.
O vestuário de trabalho deve
ser cingido ao corpo para se
evitar a sua prisão pelos
órgãos em movimento. A
gravata ou cachecol
constituem, geralmente, um
risco.
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30. Protecção dos Pés e dos
Membros Inferiores
A protecção dos pés deve ser
considerada quando há
possibilidade de lesões a partir de
efeitos mecânicos, térmicos,
químicos ou eléctricos.
Quando há possibilidade de
queda de materiais, deverão ser
usados sapatos ou botas
revestidos interiormente com
biqueiras de aço, eventualmente
com reforço no artelho e no peito
do pé.
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31. Protecção dos Pés e dos
Membros Inferiores
Em certos casos verifica-se o risco
de perfuração da planta dos pés
(ex: trabalhos de construção civil)
devendo, então, ser incorporada
uma palmilha de aço no
respectivo calçado.
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32. Protecção das Mãos e dos MembrosSuperiores
Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais
frequente que ocorre na indústria. Daí a necessidade da sua
protecção.
O braço e o antebraço estão, geralmente menos expostos do
que as mãos, não sendo contudo de subestimar a sua
protecção.
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33. Protecção contra Quedas
Em todos os trabalhos que
apresentam risco de queda
livre deve utilizar-se o cinto
de segurança, que poderá
ser reforçado com
suspensórios fortes e, em
certos casos associado a
dispositivos mecânicos
amortecedores de quedas.
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34. O cinto deve ser ligado a
um cabo de boa
resistência, que pela
outra extremidade se
fixará num ponto
conveniente.
O comprimento do cabo
deve ser regulado
segundo as
circunstâncias, não
devendo exceder 1,4
metros de comprimento.
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36. No interior e exterior das instalações da
empresa, devem existir formas de aviso e
informação rápida, que possam auxiliar os
elementos da empresa a actuar em
conformidade com os procedimentos de
segurança.
Com este objectivo, existem conjuntos de
símbolos e sinais especificamente criados para
garantir a fácil compreensão dos riscos ou dos
procedimentos a cumprir nas diversas situações
laborais que podem ocorrer no interior de uma
Empresa ou em lugares públicos.
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37. EXEMPLOS DE SINAIS DE EMERGÊNCIA
Fornecem informações de salvamento de
acordo com o pictograma inserido no sinal.
São utilizados em instalação, acessos e
equipamentos, etc.
Têm forma rectangular, fundo verde e
pictograma a branco.
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39. EXEMPLOS DE SINAIS DE EQUIPAMENTOS DE COMBATE A
INCÊNDIOS
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EXTINTOR
BOCA DE
INCÊNDIO
TELEFONE DE
EMERGÊNCIA
AVISADOR
SONORO
BOTÃO DE
ALARME
ESCADA DE
INCÊNDIOS
40. EXEMPLOS DE SINAIS DE OBRIGAÇÃO
Indicam comportamentos obrigatórios de
acordo com o pictograma inserido no sinal.
São utilizados em instalação, acessos,
aparelhos, instruções e procedimentos, etc.
Têm forma circular, fundo azul e pictograma a
branco.
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41. EXEMPLOS DE SINAIS DE OBRIGAÇÃO
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OBRIGATÓRIO
USAR ÓCULOS
DE PROTECÇÃO
OBRIGATÓRIO
USAR CAPACETE
DE PROTECÇÃO
OBRIGATÓRIO
USAR AURICULARES
DE PROTECÇÃO
OBRIGATÓRIO
USAR MÁSCARA
DE PROTECÇÃO
OBRIGATÓRIO
USAR BOTAS DE
PROTECÇÃO
42. EXEMPLOS DE SINAIS DE PROIBIÇÃO
Indicam comportamentos proibidos de acordo com o
pictograma inserido no sinal.
São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções
e procedimentos, etc.
Têm forma circular, o contorno vermelho, pictograma a
preto e o fundo branco.
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43. EXEMPLOS DE SINAIS DE PROIBIÇÃO
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PROIBIDO
FUMAR
PROIBIDO
FUMAR E
FOGUEAR
PROIBIDA A
ENTRADA A PESSOAS
NÃO AUTORIZADAS
PASSAGEM PROIBIDA
A VEÍCULOS DE
MOVIMENTO
DE CARGAS
ÁGUA
IMPRÓPRIA
PARACONSUMO
NÃO
OBSTRUIR
44. SIANIS DE PERIGO
Indicam situações de risco potencial de
acordo com o pictograma inserido no sinal.
São utilizados em instalação, acessos,
aparelhos, instruções e procedimentos, etc.
Têm forma triangular, o contorno e
pictograma a preto e o fundo amarelo.
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45. EXEMPLOS DE SINAIS DE ADVERTÊNCIA
DE PERIGO
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PERIGO
SUBSTÂNCIAS
INFLAMÁVEIS
PERIGO
SUBSTÂNCIAS
PERIGOSAS
PERIGO
SUBSTÂNCIAS
TÓXICAS
PERIGO
SUBSTÂNCIAS
CORROSIVAS
PERIGO
SUBSTÂNCIAS
RADIOACTIVAS
PERIGO
DE
ELECTROCUSSÃO
48. SEGURANÇA DE MÁQUINAS
Muitos processos produtivos dependem da
utilização de máquinas, pelo que é importante a
existência e o cumprimento dos requisitos de
segurança em máquinas industriais ou a sua
implementação no terreno de modo a garantir a
maior segurança aos operadores.
Uma máquina é todo o equipamento, (inclusivé
acessórios e equipamentos de segurança), com
movimento, (engrenagens), e com fonte de
energia que não a humana.
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49. SEGURANÇA DE MÁQUINAS
Os requisitos de segurança de uma máquina:
Devem estar visíveis e acessíveis partir do posto de
trabalho normal
Devem estar devidamente identificados em português,
ou então por símbolos
O comando de arranque: a máquina só entra em
funcionamento quando se acciona este comando, não
devendo arrancar sozinha quando volta a corrente
O comando de paragem: deve sempre sobrepor-se ao
comando de arranque STOP DE EMERGÊNCIA: corta a
energia, pode ter um aspecto de barra, botão, ou cabo.
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PERIGOS ASSOCIADOS ÀS MÁQUINAS
Mecânicos
Lesões ocasionadas por elementos móveis
Lesões ocasionadas por elementos de transmissão
Lesões ocasionadas pela projecção de elementos da máquina
Lesões ocasionadas pela projecção de partículas do material de trabalho
Eléctricos
Electrocussão
Queimaduras
Outros perigos
Origem térmica
Exposição ao ruído
Exposição à vibração
Não aplicação das regras de segurança
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DISPOSITIVOS DE PROTECÇÃO
Protectores fixos: os mais vulgarmente utilizados são as
guardas. São estruturas metálicas aparafusadas à
estrutura da máquina e devem impedir o acesso aos
órgãos de transmissão. O acesso será restrito e só para
acções de manutenção.
Protectores móveis: neste caso as guardas são fixadas à
estrutura por dobradiças ou calhas o que as torna
amovíveis. A abertura da protecção deve levar à
paragem automática do “movimento perigoso”, (pode-
se recorrer a um sistema de encravamento eléctrico).
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DISPOSITIVOS DE PROTECÇÃO
Comando bi-manual: para uma determinada operação, em vez de
uma só botoneira existem duas que devem ser pressionadas em
simultâneo. Isto obriga a que o trabalhador mantenha as duas
mãos ocupadas evitando cortes e esmagamentos (guilhotinas,
prensas).
Barreiras ópticas: dispositivo constituído por duas “colunas”, uma
emissora e a outra receptora, entre elas existe uma “cortina” de
raios infra-vermelhos.Quando alguém ou algum objecto atravessa
esta “cortina” surge uma interrupção de sinal o que leva á
paragem de movimentos mecânicos perigosos.
Distâncias de segurança: define-se distância de segurança, a
distância necessária que impeça que os membros superiores
alcancem zonas perigosas do equipamento.