1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS PARA O ESTUDO DAS LETRAS
M€DULO DA DISCIPLINA
LET A 14 – T‚CNICAS DE PESQUISA
PROFA ALÍCIA DUHÁ LOSE
PROFA ITATISMARA VALVERDE
PROFA MARLA OLIVEIRA ANDRADE
ELABORADO PELA PROFA. DRA. ALÍCIA DUHÁ LOSE
SEMESTRE 2010.1
2. SUMÁRIO
1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL
1.1 POPULAR OU EMPÍRICO
1.2 FILOSÓFICO
1.3 ARTE
1.4 RELIGIOSO
1.5 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
1.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência
1.5.1.1 A natureza metodológica da ciência compreende dois aspectos
2 PESQUISA
2.1 DEFINIÇÃO
2.2 NÍVEIS DE PESQUISA
2.2.1 Pesquisas exploratórias
2.2.2 Pesquisas descritivas
2.2.3 Pesquisas explicativas
2.3 CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
UTILIZADOS
2.3.1 Pesquisa bibliográfica
2.3.2 Pesquisa documental
2.3.3 Pesquisa experimental
2.3.4 Pesquisa ex-post facto
2.3.5 Estudo de coorte
2.3.6 Levantamento
2.3.7 Estudo de campo
2.3.8 Estudo de caso
2.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO O ENVOLVIMENTO DO PESQUISADOR
2.4.1 Pesquisa-ação
2.4.2 Pesquisa participante
3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
3.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR
3.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE
3.3 LIVROS DE REFERÊNCIA INFORMATIVA
3.4 LIVROS DE REFERÊNCIA REMISSIVA
3.5 PERIÓDICOS
3.6 IMPRESSOS DIVERSOS
3.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
3.7.1 Identificação das fontes
3.7.2 Localização das fontes e obtenção do material
3.7.3 Leitura para pesquisa
3.7.4 O que ler
3.7.5 Fichamento
4 O TRABALHO COM O TEXTO
4.1 ANÁLISE INTERNA
4.2 ANÁLISE EXTERNA
4.3 É PRECISO
4.4 LOCALIZAÇÃO E OBTENÇÃO DO MATERIAL
6
6
6
6
6
6
6
7
8
8
8
8
8
9
9
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9
9
9
10
10
10
11
11
11
11
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12
12
12
12
13
13
13
13
13
13
13
14
17
17
17
17
17
3. 4.4.1 Aquisição
4.4.2 Bibliotecas
.4.3 Localização através do catálogo
4.4.3.1 Número de chamada
4.5 LEITURA DO MATERIAL
4.5.1 Recepção sensitiva
4.5.2 Leitura significativa
4.5.2.1 Finalidades da leitura significativa
4.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA
4.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia
4.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura
4.7 LEITURA SELETIVA
4.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura
4.8 LEITURA CRÍTICA
5 COLETA DOS DADOS TEXTUAIS
5.1 TÉCNICAS DE ANOTAÇÃO
5.1.1 Notas
5.1.1.1 Exposições orais
5.1.1.2 Textos escritos
5.1.1.3 Tipos
5.2 TÉCNICAS DE SUBLINHA
5.2.1 Como fazer
5.3 EXERCÍCIO
6 FICHAMENTO
6.1 ESTRUTURA DA FICHA
6.2 CONFECÇÃO DA FICHA
6.2.1 Fichas de leitura
6.2.2 Fichas de indicação bibliográfica
6.2.3 Ficha de resumo
6.2.4 Ficha de transcrição
6.2.5 Ficha de comentário
7 CITAÇÃO
7.1 SISTEMAS DE REFERÊNCIA DAS CITAÇÕES
7.1.1 Sistema autor-data
7.1.2 Sistema numérico
7.2 EXPRESSÕES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIAÇÕES DE
TEXTOS CIENTÍFICOS
7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações
7.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico
7.3 EXERCÍCIO SOBRE CITAÇÃO EM DOCUMENTO (NBR 10520)
8 REFERÊNCIAS
8.1 ABREVIATURAS
8.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFERÊNCIA
8.3 DATA (ELEMENTO OBRIGATÓRIO)
8.4 SISTEMA AUTOR-DATA
8.5 EXERCÍCIO
9 SEMINÁRIO (TÉCNICA DE ESTUDO)
9.1 INCLUI
9.2 ENVOLVE
9.3 POSSIBILITA
9.4 FONTES QUE ORIGINAM UM ASSUNTO PARA O SEMINÁRIO
9.5 COMPONENTES
9.6 ETAPAS
9.7 FASES DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL
9.8 A EXPOSIÇÃO
17
17
17
17
18
18
18
18
18
18
18
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21
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23
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27
27
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29
29
29
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31
32
32
33
33
34
34
34
34
34
34
34
35
35
4. 10 RESUMO
10.1 FUNÇÃO
10.2 ESTRUTURA
10.3 DICAS PARA REDAÇÃO
10.4 TIPOS
10.5 TAMANHO
10.6 PALAVRAS-CHAVE
10.6 IMPORTANTE!
10.7 EXEMPLO DE RESUMO
11 RESENHA
11.1 CONCEITO
11.2 PÚBLICO
11.3 OBJETIVOS GERAIS DA RESENHA
11.4 LINGUAGEM UTILIZADA NA RESENHA
11.5 TIPOS DE MENSAGENS REFERENCIAIS
11.6 RESUMO CRÍTICO ou RECENSÃO CRÍTICA
11.7 NA FASE DE LEITURA
11.8 ANÁLISE TEMÁTICA
11.9 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA RESENHA
11.10 EXERCÍCIO
12 PROJETO DE PESQUISA (NBR 15287)
12.1 MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
12.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
12.3 ELEMENTOS TEXTUAIS
12.4 TEMA
12.4.1 Delimitação do tema
12.5 DELIMITAÇÃO DO CORPUS
12.6 PROBLEMA
12.7 HIPÓTESE(S) DA PESQUISA
12.8 OBJETIVOS
12.8.1 Objetivo geral
12.8.2 Objetivos específicos
12.9 JUSTIFICATIVA
12.10 REFERENCIAL TEÓRICO
12.11 MÉTODO
12.12 ORÇAMENTO
12.13 CRONOGRAMA
12.14 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
12.15 FORMATAÇÃO
13 RELATÓRIO (NBR 10719: 1989)
13.1 RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO
13.1.1 Elementos constituintes
13.1.1.1 Pré-textuais
13.1.1.2 Texto
13.1.1.3 Pós-textuais
13.1.2 Numeração dos volumes
13.1.2.1UMERAÇÃO DAS SEÇÕES
13.1.2.2 NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS
13.1.2.3 ESTRUTURA DO RELATÓRIO
13.2 RELATÓRIO DE ANDAMENTO DE PESQUISAS
13.2.1 Elementos pré-textuais
13.2.2 Elementos textuais
13.2.3 Elementos pós-textuais
13.2.4 Formatação
36
36
36
37
37
37
37
37
38
40
40
40
40
40
41
41
41
41
42
42
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43
43
43
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45
45
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47
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50
50
50
50
50
50
51
51
51
53
53
54
54
54
55
5. 14 A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
14.1 FINALIDADE
14.2 LINGUAGEM
14.3 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO
14.3.1 Elementos temáticos e estruturais
14.3.2 Estrutura lógica
14.3.3 Estrutura técnica
14.4 ESTILO
14.5 EXERCÍCIO
15 ESTRUTURA INTERNA DO TEXTO ACADÊMICO
15.1 INTRODUÇÃO
15.2 DESENVOLVIMENTO
15.2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
15.2.2 MATERIAIS E MÉTODOS (ou METODOLOGIA)
15.2.3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
15.2.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
15.2.5 CONCLUSÃO (ou CONSIDERAÇÕES FINAIS)
16 ARTIGO (NBR 6022:2003)
16.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
16.2 ELEMENTOS TEXTUAIS
16.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
16.4 PECULIARIDADE DA FORMATAÇÃO DOS ARTIGOS
17 APRESENTAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS
17.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS (EXEMPLOS)
17.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
17.3 ELEMENTOS TEXTUAIS
17.4 ILUSTRAÇÕES
17.5 TABELAS
17.6 EQUAÇÕES e FÓRMULAS
17.7 SIGLAS
17.8 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
17.9 DISPOSIÇÃO GRÁFICA E FORMATO
55
55
56
56
56
60
60
60
61
62
62
62
63
63
63
63
63
65
65
65
66
67
70
70
74
74
74
75
75
75
75
75
6. 6
1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL
O conhecimento cient‚fico ƒ uma cria„…o humana e ƒ apenas mais uma forma de apreens…o da
realidade que nos cerca. Assim, para ser bem compreendido, ele precisa ser contraposto †s outras
formas de conhecer o mundo que s…o:
a) Popular (comum ou emp‚rico)
b) Filos‡fico
c) Art‚stico
d) Religioso (m‚tico ou teol‡gico)
1.1 POPULAR OU EMPˆRICO
‰ aquele que se obtƒm na vida cotidiana, independentemente de estudo. Decorre de
experiŠncias †s vezes casuais, vivenciadas ou transmitidas de gera„…o em gera„…o. A forma de
obten„…o do conhecimento ƒ o conhecido processo de “tentativa e erro”, n…o havendo interpreta„•es
nem estabelecimento de rela„•es causais precisas: as informa„•es s…o superficiais e vagas. A vis…o da
realidade ƒ, portanto, fragment•ria, presa a convic„•es pessoais e da‚ decorre seu car•ter incoerente e
impreciso. O processo de transmiss…o termina por fazer dele um elemento da cultura dos povos,
fazendo parte de suas tradi„•es.
1.2 FILOSŽFICO
Decorre da auto-reflex…o do esp‚rito do homem para atingir uma vis…o global do mundo: ele
aspira conhecer a inteligŠncia (i. ƒ conhecer e explicar) a conex…o •ltima das coisas exclusivamente
atravƒs da raz…o, procurando refletir sobre suas fun„•es valorativas, te‡ricas e pr•ticas.
1.3 ARTE
‰ tambƒm uma interpreta„…o do mundo, mas n…o deriva da raz…o, do pensamento. Ela deve
sua origem † vivŠncia e † intui„…o, portanto ƒ tradu„…o de uma subjetividade. Trata-se de uma
interpreta„…o da realidade que ƒ representada nos aspectos que tocam a intui„…o do artista. Trata-se de
um ser e de um acontecer concretos que se representam no n‚vel do irreal, embora a partir do real
(mimese).
1.4 RELIGIOSO
Brota da fƒ. Deriva da vivŠncia religiosa, da experiŠncia de Deus. A vis…o religiosa de mundo
depende decisivamente de valores subjetivos, visto que diferentes cren„as determinam diferentes
formas de vŠ-lo.
1.5 O CONHECIMENTO CIENTˆFICO
CiŠncia: “conjunto de conhecimentos em torno de um determinado objeto, obtidos com
determinados critƒrios met‡dicos e sistem•ticos, [acumulados] num organismo logicamente
constitu‚do.” (VITA, 1999, p. 115)
1.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência
Sua dimens…o compreensiva (contextual ou de conte•do) e sua dimens…o operacional
(metodol‡gica). Esses dois elementos s…o insepar•veis, embora, por motivos pedag‡gicos sejam
tratados separadamente. ‰ a dimens…o metodol‡gica que ƒ objeto de cursos e livros de metodologia
cient‚fica.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
12. 12
3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA2
Os “dados de gente” s…o obtidos em campo, no local onde os fen•menos ocorrem,
espontaneamente ou de forma controlada.
Os “dados de papel” podem ser obtidos nos mais diversos locais, sendo os principais deles,
bibliotecas e internet.
Em qualquer pesquisa ƒ necess•rio consultar material publicado.
3.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR
Definir o material adequado ao sistema conceitual da pesquisa e † sua fundamenta„…o te‡rica.
Verificar o material j• publicado para identificar o est•gio em que se encontram os
conhecimentos acerca do tema. Analisar e cotejar dos dados coletados durante a pesquisa e
aqueles j• dispon‚veis.
No momento da reda„…o, consultar modelos de relat‡rios e normas de apresenta„…o de
trabalhos cient‚ficos.
3.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE
Obras de divulga„…o.
Objetivo: transmitir informa„…o sobre determinado assunto.
Finalidade: comunicar aos especialistas das •reas o resultado de estudos e pesquisas.
Esclarecem acerca dos procedimentos a serem observados no desenvolvimento das pesquisas.
Em pesquisa social, os mais utilizados s…o os de divulga„…o tƒcnica e cient‚fica.
3.3 LIVROS DE REFER‘NCIA INFORMATIVA
Vocabul•rios: obra que apresenta de forma sistem•tica o conjunto de termos especializados no
campo do conhecimento. Define os termos utilizados na pesquisa.
Dicion•rios (especializados): obras que alƒm de explicar os termos tƒcnicos e cient‚ficos,
aprofundam a an•lise cr‚tica do significado. Fornecem elementos para an•lise do significado
mais amplo dos termos, relaciona-os com autores e teorias.
Anu•rios: publica„•es anuais que contŠm informa„•es sobre determinada •rea. ’teis para o
fornecimento de dados precisos e atualizados. Ex. para obten„…o de dados referentes †
realidade econ•mica e social brasileira, Anu•rio estat‚stico do Brasil (IBGE).
Enciclopƒdias: guias gerais de referŠncia. Muito importantes na vida escolar. Na pesquisa
cient‚fica, que tem prop‡sito mais espec‚fico, sua utiliza„…o ƒ menor.
3.4 LIVROS DE REFER‘NCIA REMISSIVA
Os mais •teis para pesquisa social s…o os ‚ndices de livros e peri‡dicos e os cat•logos de
bibliotecas.
Permitem localizar publica„•es de acordo com assunto, local, data de publica„…o.
Possibilitam identificar pesquisas significativas j• desenvolvidas sobre determinado assunto.
Muitos apresentados em forma de CD.
No BR: Bibliografia brasileira de ciŠncias sociais, da Revista brasileira de informa„…o em
ciŠncias sociais; Sum•rios correntes brasileiros (CiŠncias humanas e sociais).
As grandes bibliotecas publicam cat•logos de seu acervo, por autor ou por assunto.
Bibliografia brasileira, da Biblioteca Nacional. Desde 1907, as editoras s…o obrigadas a
depositar l• um exemplar de todas as suas publica„•es.
2
Adaptado de GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. S…o Paulo: Atlas, 1999. p. 7588.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
13. 13
3.5 PERIŽDICOS
Jornais: proporcionam informa„•es atualizadas. Informa„•es r•pidas, menos profundas.
Revistas especializadas: geralmente mais importantes. Matƒrias com mais profundidade e
melhor elabora„…o. Principal fonte de divulga„…o de pesquisas cient‚ficas. Fornecem
informa„•es sobre o est•gio atual de conhecimentos sobre determinado assunto.
3.6 IMPRESSOS DIVERSOS
Outras publica„•es de interesse para pesquisas em ciŠncias sociais.
S…o: publica„•es governamentais, boletins informativos de empresas ou de institutos de
pesquisa, estatutos de entidades diversas, folhetos, etc.
Conforme o objetivo da pesquisa, publica„•es desse tipo podem atƒ mesmo constituir a
principal fonte de dados.
3.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGR“FICA
Primeiro procedimento para pesquisa: formula„…o do problema a ser investigado.
O assunto deve ser colocado em n‚veis de problema a ser selecionado.
‰ preciso definir o que se quer saber acerca do tema: “como ocorre?”, “quais as causas?” ou
“e as conseq”Šncias?”
Delimitar o problema numa dimens…o vi•vel, caso contr•rio, a pesquisa bibliogr•fica se torna
imposs‚vel.
Para a adequada formula„…o do problema, ƒ necess•rio haver uma revis…o bibliogr•fica
preliminar.
Pode ocorrer que o pesquisador tenha que passar por sucessivas reformula„•es e revis•es
bibliogr•ficas para formular um problema adequado.
3.7.1 Identificação das fontes
Consulta a cat•logos de publica„•es.
Consulta a especialistas e pessoas que realizem pesquisas na mesma •rea.
Consulta a internet, pelo tema da pesquisa.
3.7.2 Localização das fontes e obtenção do material
Fich•rios das bibliotecas.
Bibliotecas inter-relacionadas possibilitam a localiza„…o ou a permuta (COMUT).
T‚tulos que podem ser retirados.
T‚tulos para consulta local.
Sistema de c‡pias.
3.7.3 Leitura para pesquisa
Identificar as informa„•es e os dados constantes nos materiais.
Estabelecer rela„•es entre essas informa„•es e dados e o problema proposto.
Analisar a consistŠncia das informa„•es e dados apresentados pelos autores.
3.7.4 O que ler
Leitura explanat‡ria do material selecionado.
Nem tudo precisa ser lido, nem tudo ser• importante para pesquisa.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
14. 14
Ler a obra na sua totalidade: sum•rio, pref•cio, introdu„…o, “orelhas”, algumas passagens
esparsas do texto.
Leitura seletiva: mais aprofundada das partes que realmente interessam.
Leitura anal‚tica: tem por finalidade ordenar e sumariar as informa„•es contidas nas fontes.
Leitura interpretativa: procura estabelecer rela„…o entre o conte•do das fontes pesquisadas e
outros conhecimentos.
3.7.5 Fichamento
Fichas bibliogr•ficas: anotar as referŠncias bibliogr•ficas, sum•rio e aprecia„…o cr‚tica da
obra.
Fichas de apontamentos: anotar as idƒias obtidas a partir da leitura de determinado texto.
Partes da ficha: cabe„alho, referŠncias bibliogr•ficas e texto.
Cabe„alho: t‚tulo e subt‚tulo referentes aos itens definidos no plano de trabalho.
ReferŠncias bibliogr•ficas: informa„•es necess•rias para identificar a fonte pesquisada.
Texto p/ bibliogr•ficas: sum•rio e aprecia„…o cr‚tica da obra.
Texto p/ de apontamentos: transcri„…o fiel de trechos da obra, de esquemas, resumos e de
anota„•es pessoais.
3.8 PESQUISAS NA INTERNET
Muitas informa„•es podem ser encontradas em bases digitais: nos cat•logos das bibliotecas,
das funda„•es, das universidades, dos arquivos p•blicos e em muitas outras bases de dados. A Internet
ƒ uma ferramenta bastante valiosa para in•meros tipos de pesquisa, no entanto, todas as informa„•es
localizadas atravƒs dela, assim como todas as demais informa„•es localizadas em qualquer fonte,
devem ser trabalhadas com muita ƒtica e cautela, verificando a validade e pertinŠncia das informa„•es,
fazendo uso das v•lidas atravƒs do sistema de cita„•es com as suas respectivas referŠncias.
Para o uso de informa„•es via internet, de antem…o, aconselha-se a busca atravƒs de sites
confi•veis. Isso pode ser feito, grosso moto, restringindo-se as buscas a sites cujos endere„os tenham
as seguintes finaliza„•es:
.org
.edu
.gov
.ba (ou qualquer outra Unidade da Federa„…o = .rs; .rj; .sp, etc.)
.br (apenas .br; n…o .com.br, pois todos os sites comercias tŠm esse finaliza„…o)
3.8.1 Onde encontrar informações seguras via Internet
ABNT – http://www.abnt.org.br
Anais – telnet:cnen.lncc.Br (login:cin)
Annual Review Inc – http://www.AnnualReviews.org
Base de Dados de Eventos – http://www.ibict.br/~ibict/pap00138.htm
Base de Teses CAPES – http://www.capes.gov.br/servicos/bancoteses.html
Biblioteca Nacional de Portugal – http://bnd.bn.pt
Bibioteca Nacional do Rio de Janeiro – http://www.bn.br/site/default.htm
BioTech; life science dictionary – http://biotech.chem.indiana.edu/search/dict-search.Phtml
CadŠ? – http://cade.com.br/
CAD Document Detective Service – http://info.cas.org/cgi-bin/AT-www_cas_orgsearch.cgi
ComitŠ Gestor da Internet – Br. – http://www.cg.org.br
COMUT – http://www.ct.ibict.br:8000/comut/html/
CRC Encyclopedia of Mathematics – http://www.astro.virginia.edu/~/math/
Dialog Web – http://www.dialogweb.com
Dialog – http://dialog.com
Dicion•rio Hist‡rico-Bibliogr•fico Brasileiro – http://www.fgv.br/cpdoc/dic/
Directories of Scientists on the www from Micro World –http://www.mwm.com/feature/people.htm
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
15. 15
Directory of Electronic Journals, newsletters and Academic Discussion Lists, Association of Research Libraries,
office of Research Libraries, Office of Scholarly Communication – http://www.arl.org/scomm/edir/pr97.html.
Diret‡rio dos Grupos de Pesquisa no Brasil – http://www.prossiga.cnpq.br
Enciclopƒdias e Dicion•rios, Prossiga – http://www.prossiga.br/referencia/dic.html
English Language Translations: a guide to selected resources in the Duke University Libraries –
http://www.lib.duke.edu/reference/translations.html
Europa Publications – http://europapublications.co.uk/index.htm
FindArticles – http://www.findarticles.com/
Funda„…o Get•lio Vargas – http://www.fgv.br/
Glossary, Department of Chemistry, University of Wisconsin (EUA) –
http://genchem.chem.wisc.edu
Google AcadŠmico – http://scholar.google.com.br/
GPO – http://www.gpo.gov
IBICT – http://www.ibict.br
ICSU – http://www.lmcp.jussieu.fr/icsu/
IEC – http://www.iec.ch/
IFLA – http://www.ifla.org/
IHS – http://www.ihs.com
INMETRO – http://inmetro.gov.br/
INPI – http://www.inpi.gov.br
InterDok Corp. – http://www.interdok.com
Internet Cataloging Project – http://www.oclc.org/oclc/man/catproj/
Iternet Tools Summary – http://www.december.com/net/tools/
IPT – http://www.ipt.br
ISI – http://www.isinet.com/
ISO – http://www.iso.ch/
ITC – http://www.wtm.net/itc/index.htm
Langley Technical Report Server – http://techreports.larc.nasa.gov/ltrs/ltrs.html
LANL Preprint Archive – http://xxx.lanl.gov.
Nasa/Ksc Acronym List – http://zeno.ksc.nasa.gov/facts/acronyms.html
NEI – http://www.nei.com.br/nei/index.htm
NetFirst – http://medusa.prod.oclc.org:3054/html/fs_pswd.htm
NEXOR.COM – http://www.nexor.com/archie.html/
NTIS – http://www.ntis.gov.
OCARA – www.ocara.org.br/
OMPI – http://www.wipo.org/
ONU – http://www.unsystem.org/
Portal de Peri‡dicos CAPES – http://www.periodicos.capes.gov.br
Prossiga – http://www.prossiga.cnpq.br
PTI – http://wwwpti.com.br/
Questel-Orbit – http://www.questel.orbit.com/
RADAR UOL – http://www.radaruol.com.br/
Res-Links: Search Tools – Ver•nica/Jughead/Wais – http://www.cam.org/~tsci/infoser3.html
RNP – http://www.rnp.br
Scholarly Electronic Publishing Bibliography – http://info.lib.uh.edu/sepb/sepb.html
SciELO – http://www.scielo.br
Scientific Organizations and Associations –
http://alice.ibpm.serpukhov.su/friends/science/organizations.htmlopt-unix-english
Scientific Societies – http://www.edoc.com/sources/soc.html
Scout Reports – http://scout.cs.wisc.edu/
SEPIN – http://www.mct.gov.br/sepin/
TechEncyclopedia – http://www.Techweb.com/encyclopedia/defineterm.cgi
The Complete Search Engine Index – http://members.aol.com/PRHopper/Search.htm
Thomas Publishing Company – http://www.thomaspublishing.com/
TMS World Meetings Calendar – http://www.tms.org/Meetings/Meetings.html
TUCOWS – http://www3.bhnet.com.br/tucows/
UFRGS, Lista de Tradutores – http://www.sabi.ufrgs.br/trad/
UIA – http://www.uia.org
UnCover – http://www.carl.org/uncover/unchome.html
UncoverWeb – http://encweb.carl.org/
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
16. 16
Universities.com – http://www.universities.com/
University Microfilms International – http://umi.com/
University of Nevada – gopher://veronica.scs.unr.edu/11/veronica
Web of Science (ISI) – http://isinet.com/prodserv/citation/websci.html
WEBRA – ˆndice do Mercosul – http://www.webra.com.br/
Wikipedia – http://pt.wikipedia.org
Yahoo Brazil – http://www.yahoo.com/Regional_Information/Countries/Brazil/
Yahoo! – http://www.yahoo.com
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
18. 18
4.5 LEITURA DO MATERIAL
4.5.1 Recepção sensitiva
Corresponde a PODER LER e consiste na capacidade de movimenta„…o dos olhos e de
decifra„…o material dos s‚mbolos escritos.
4.5.2 Leitura significativa
Corresponde a SABER LER e consiste na interpreta„…o dos significados dos s‚mbolos
impressos, i. ƒ., captar o sentido das frases, atribuindo aos termos o valor que o autor lhes deu ao
escrever, e captar sua intencionalidade, separando, imediatamente, os conceitos fundamentais dos que
s…o acess‡rios.
4.5.2.1 Finalidades da leitura significativa
Leitura formativa ƒ ler para se formar, ou seja, para adquirir conhecimentos gerais ou, como
no processo de aprendizagem ocorre com freq”Šncia, para se ter uma vis…o mais ampla de
determinado assunto dado em sala de aula.
Leitura de distra„…o ƒ aquela que se faz por diletantismo, para se divertir.
Leitura informativa ƒ a que se utiliza do texto como fonte de informa„…o sobre a qual se
basear…o conclus•es, teorias, estudos, etc.
Cada tipo de leitura exige processos e atitudes diferentes. Para a investiga„…o e coleta de
dados fazemos leitura informativa que tem trŠs objetivos dominantes:
constatar o que o autor do texto realmente afirma, os dados que oferece, as informa„•es que
d•;
relacionar informa„•es do autor com o problema que se est• estudando;
analisar os fundamentos de verdade das afirmativas do autor.
4.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA
Para se fazer uma boa leitura informativa, ƒ preciso ler com mƒtodo. Um modo poss‚vel de
fazŠ-lo ƒ seguir as seguintes etapas.
4.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia
A que certifica a existŠncia de informa„•es. ‰ uma “leitura por alto”, feita apenas olhando-se,
no sum•rio, os t‚tulos dos cap‚tulos e, nos ‚ndices (se houver), o detalhamento da matƒria do livro.
4.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura
‰ a leitura de localiza„…o, no livro, dos tipos de informa„…o existentes para verificar se
correspondem a nossa expectativa: uma referŠncia pode tratar de um assunto, mas omitir o que nos
interessa.
A leitura explanat‡ria ƒ feita a partir dos elementos prƒ- e p‡s- textuais e de alguns cap‚tulos
ou partes:
no livro: subt‚tulos, ‚ndices, bibliografias, cita„•es, pref•cio, introdu„…o, orelha inicial e final;
em um cap‚tulo de livro, os par•grafos inicial e final;
em um artigo de peri‡dico, cuja tƒcnica de composi„…o ƒ j• conhecida, a idƒia principal est•
no t‚tulo e os par•grafos contŠm, sucessivamente:
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
19. 19
1–) o conjunto de dados mais importantes;
2–) maiores detalhes sobre os dados e a pesquisa;
3–) especifica„•es mais particularizadas.
4.7 LEITURA SELETIVA
A que seleciona o melhor material relativo ao problema. ‰ dessa leitura que devem ser feitas
FICHAS DE INDEXA—˜O – aquelas que relacionam as referŠncias que tratam de cada parte do
assunto. ‰ o •ltimo passo da localiza„…o do material e o primeiro de uma leitura mais sƒria, mas que
pressup•e que se tenham presentes os objetivos do trabalho, pois n…o h• sele„…o sem critƒrio.
4.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura
Determina„…o dos limites da disciplina de estudo e leitura: uma unidade de leitura ƒ o setor do
texto que forma uma totalidade de sentido, como um cap‚tulo, se„…o ou qualquer outra subdivis…o. A
extens…o da unidade ƒ determinada por dois fatores: a acessibilidade do texto e a familiaridade do
leitor com o assunto.
4.8 LEITURA CRˆTICA
‰ aquela pela qual se adquirem as informa„•es realmente pertinentes ao tratamento da quest…o
proposta no trabalho. S…o fundamentais a compreens…o e a interpreta„…o correta da mensagem do
texto. Para fazŠ-lo ƒ preciso seguir alguns passos. Terminado o processo de leitura cr‚tica, chega-se a
ter condi„•es de REFAZER O RACIOCˆNIO GLOBAL DO QUE FOI LIDO. Pela leitura cr‚tica ƒ
que se faz a apreens…o, a compreens…o e a interpreta„…o do texto.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
21. 21
atentar para os elementos de coes…o que criam idƒia de oposi„…o (mas, embora), eles
devem ser destacados;
descartar artigos e adjetivos, advƒrbios, preposi„•es, conjun„•es, desde que n…o
necess•rias † compreens…o do texto;
reconstruir o par•grafo a partir das palavras e express•es sublinhadas;
colocar um tra„o vertical † margem do texto para indicar passagens mais significativas;
havendo passagens obscuras, falhas na exposi„…o dos argumentos, d•vidas, discord™ncias,
colocar † margem do texto um ponto de interroga„…o;
para chamar a aten„…o para uma express…o t‡pica de todo o texto, usar dupla sublinha.
5.3 EXEMPLO
ononononononoononononononononononon
ononononoononononononononononononon
onononononononononononononoonononon
nonononononononoononononononononono
nonononononoononononononononononono
nononononononononononononononoonono
? noonononononononoononononononononon
ononononononoononononononononononon
onononononononononononononononoonon
5.4 EXERCˆCIO
O conceito de causalidade4
O conceito de causalidade ƒ complexo e sua an•lise completa ultrapassaria de muito o objetivo deste
livro. Limitaremos nossa discuss…o aos aspectos que parecem essenciais para a compreens…o das
exigŠncias para os processos de pesquisa, em estudos planejados para a verifica„…o de hip‡teses
causais.A idƒia do senso comum a respeito da causalidade tende a admitir que um •nico
acontecimento ('a causa') sempre provoca outro acontecimento •nico ('o efeito'). Na ciŠncia moderna,
ao contr•rio, tende-se a acentuar a multiplicidade de 'condi„•es determinantes' que, reunidas, tornam
poss‚vel a ocorrŠncia de determinado acontecimento. Tanto o pensamento cient‚fico quanto o senso
comum procuram descobrir condi„•es necess•rias e suficientes para um acontecimento. Todavia,
enquanto o senso comum leva uma pessoa a esperar que um fator possa dar uma explica„…o completa,
o cientista raramente – e talvez nunca – espera encontrar um •nico fator ou condi„…o que seja
necess•rio e suficiente para provocar um acontecimento. Ao contr•rio, est• interessado em condi„•es
contribuintes, condi„•es contingentes (sob as quais funcionam as outras) – todas as quais espera ver
atuantes, a fim de tornar prov•vel, mas n…o certa, a ocorrŠncia do acontecimento.
4
Cf. SELLTIZ, Claire et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. S…o Paulo: EPU; EDUSP, 1975. p. 93-94.
(texto fornecido pela Profa. Ms. Vera Britto).
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
25. 25
6.4 EXEMPLO DE FICHAMENTO6
A origem da paleontologia
BRYSON, Bill. CiŠncia vermelha nos dentes e garras. In: ______. Breve história de quase
tudo. S…o Paulo: Companhia das letras, 2005. p.86-105.
RESUMO
p. 89
O descobrimento dos primeiros ossos de dinossauro da hist‡ria provocaram
grandes disputas e muita rivalidade; em muitos casos n…o houve ƒtica e nem
preocupa„…o com trabalho alheio.
“Em 1787, alguƒm em nova Jersey- encontrou um fŠmur enorme progetandose para fora de uma margem de rio em um local chamado Woodbury Creek.
Acredita-se que tenha pertencido a um hadrossauro, grande dinossauro com
bico de pato. Naquela ƒpoca os dinossauros eram desconhecidos.
O fato de o osso n…o despertar maior interesse ƒ bem estranho, pois ele
apareceu numa ƒpoca em que os Estados Unidos vivem numa onda de
entusiasmo em torno dos resqu‚cios de animais grandes e antigos.”
p. 94
“[...] a lideran„a paleontol‡gica havia passado para a Inglaterra. Em 1812, em
Lyme Regis, na costa de Dorset, uma crian„a extraordin•ria Chamada Mary
Anning- de onze [...].
[...] encontrou um estranho monstro marinho fossilizado [...] ictiossauro,
incrustado nos penhascos ‚ngremes e perigosos ao longo do canal da Mancha.
Ela tambƒm encontraria o primeiro plesiossauro, outro mostro marinho [...].
p. 96
Em 1853 Richard Owen era considerado astro da jovem ciŠncia da
paleontologia, aos 21anos foi contratado pelo colƒgio real de cirurgi•es para
ajudar a organizar sua cole„•es. Por sua capacidade de organiza„…o e dedu„…o
se destacou rapidamente. [coment•rios do autor]
Este trabalho poder• interessar a estudantes de hist‡ria, ou •reas ligadas a
paleontologia, e atƒ mesmo a pessoas que tenham interesse em hist‡rias
curiosas.
[coment•rios do autor]
Este texto foi disponibilizado (na xerox) pela professora Marla Andrade, da
disciplina Tƒcnicas de Pesquisa da Universidade Federal da Bahia.
6
Este exemplo ƒ um fragmento do fichamento.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
26. 26
7 CITAÇÃO7
As regras de cita„…o em documentos s…o determinadas pela NBR 10520 da ABNT e, de
acordo com ela, cita„…o ƒ toda "men„…o no texto de uma informa„…o colhida em outra fonte".
Elas d…o credibilidade ao texto e respaldam as idƒias transmitidas pelo autor. Porƒm, ƒ
important‚ssimo levar em considera„…o o contexto em rela„…o ao texto original. Deve-se ter cuidado,
ainda, para n…o truncar a idƒia inicial do texto do qual se origina.
A cita„…o pode ser DIRETA, quando ƒ feita a transcri„…o literal das palavras extra‚das da outra
fonte exatamente como elas se encontram, ou INDIRETA, quando se transmitem as idƒias do outro
utilizando nossas pr‡prias palavras. Pode, ainda, variar conforme a sua extens…o.
Exemplo de cita„…o INDIRETA8:
A ironia seria assim uma forma impl‚cita de heterogeneidade mostrada, conforme a
classifica„…o proposta por Authler-Reiriz (1982).
Exemplo de cita„…o DIRETA:
“Apesar das aparŠncias, a desconstru„…o do logocentrismo n…o ƒ uma psican•lise da filosofia
[…]” (DERRIDA, 1967, p. 293).
Em casos de cita„…o DIRETA, caso esta ocupe AT‰ TR‘S LINHAS do texto, deve ser
inclu‚da, entre aspas duplas, dentro do pr‡prio texto, com a mesma fonte e o mesmo tamanho. Caso a
cita„…o ultrapasse a quantidade de trŠs linhas do texto, deve, ent…o, vir separada deste, em par•grafo
pr‡prio, RECUADO da margem esquerda.
Faz-se este recuo atravƒs da rƒgua do Word, levando-a a 4cm da margem esquerda em dire„…o
ao centro. A fonte deve ser menor do que aquela utilizada no corpo do texto, com espa„amento
simples e n…o deve se apresentar entre aspas. Caso se fa„am necess•rias omiss•es, estas s…o indicadas
atravƒs da utiliza„…o de reticŠncias de trŠs pontos dentro de colchetes.
Por exemplo:
A teleconferŠncia permite ao indiv‚duo participar de um encontro nacional ou
regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de
teleconferŠncia incluem uso de televis…o, telefone e computador. [...] Atravƒs de
•udio-conferŠncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de •udio
pode ser emitido em um sal…o de qualquer dimens…o. (NICHOLS, 1993, p. 181)
Em casos de acrƒscimos, interpola„•es ou coment•rios, estes devem ser inclu‚dos entre
colchetes. E, em casos de destaques ou Šnfase atravƒs do uso de recursos gr•ficos como negrito ou
it•lico, deve-se informar ao leitor que o grifo foi feito por arb‚trio nosso e n…o do autor do texto
transcrito, isso deve ser feito utilizando-se a express…o (grifo nosso) logo ap‡s o grifo na transcri„…o.
Exemplo:
A teleconferŠncia [ou videoconferŠncia] permite ao indiv‚duo participar de um
encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos
comuns de teleconferŠncia incluem uso de televis…o, telefone e computador. Atravƒs
de •udio-conferŠncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de •udio
7
Baseado em ASSOCIA—˜O BRASILEIRA DE NORMAS T‰CNICAS. NBR 10520: informa„…o e
documenta„…o: apresenta„…o de cita„•es em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 7 p. e em LUBISCO, N‚dia M.
L.; VIEIRA, S•nia Chagas. Manual de estilo acadêmico: monografias, disserta„•es e teses. 2. ed. Salvador:
EDUFBA, 2003. p. 58-65.
8
A maioria dos exemplos foram extra‚dos ou adaptados da pr‡pria ABNT.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
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pode ser emitido em um sal…o de qualquer dimens…o (grifo nosso). (NICHOLS, 1993,
p. 181)
Em caso de haver uma cita„…o j• aspada dentro do texto citado e que deve ganhar novas aspas,
as primeiras aspas s…o transformadas em aspas simples. As aspas simples s…o utilizadas para indicar
cita„…o no interior da cita„…o.
Exemplo:
“Apesar das ‘aparŠncias’, a desconstru„…o do logocentrismo n…o ƒ uma psican•lise da filosofia
[…]” (DERRIDA, 1967, p. 293)
Caso se fa„a uma cita„…o em l‚ngua estrangeira, a tradu„…o desta deve vir em nota de rodapƒ
ou de fim, a depender das especificidades do sistema de referŠncia. Tambƒm deve aparecer, entre
parŠnteses, a express…o (tradu„…o nossa).
7.1 SISTEMAS DE REFER‘NCIA (ou CHAMADA, de acordo com a NBR 10520) DAS CITA—•ES
H• duas formas de se referenciar as cita„•es, o sistema autor-data e o sistema numƒrico (o
qual n…o ser• explicado aqui). Uma das duas deve ser escolhida e utilizada ao longo de todo o texto.
Atualmente, a tendŠncia ƒ recomendar o uso do sistema autor-data.
7.1.1 Sistema autor-data
a) sobrenome do autor (ou pelo nome de cada entidade), entre parŠnteses, em mai•sculas, seguido
de v‚rgula, e o ano de publica„…o.
Ex. (MEDEIROS, 1999); (BRASIL, 1995)
b) caso o nome do autor j• conste da senten„a em que ser• inclu‚da a cita„…o, ele possuir• apenas a
letra inicial mai•scula, a data aparecer• entre parŠnteses, seguida de v‚rgula e a indica„…o do
n•mero da p•gina, se for o caso.
Ex. De acordo com Lakatos (2001, p. 137) “[...] todo o trabalho cient‚fico obedece a uma norma
[...]”;
c) quando s…o citadas obras diferentes de um mesmo autor, publicadas no mesmo ano, as
referŠncias devem diferenci•-las atravƒs de letras min•sculas, ap‡s a data, sem espacejamento.
Ex. (LAKATOS, 2001a) ou (LAKATOS, 2001b)
d) quando s…o citados autores com o sobrenome igual e cujas edi„•es consultadas foram do
mesmo ano, coloca-se, alƒm do sobrenome, a inicial do nome do autor.
Ex. (SILVA, C., 2005)
e
(SILVA, M., 2005)
e) quando s…o citados autores com o sobrenome igual e com a inicial do nome tambƒm igual e
cujas edi„•es consultadas foram do mesmo ano, coloca-se, alƒm do sobrenome, o primeiro
nome do autor por extenso.
Ex. (SILVA, Carlos, 2005)
e
(SILVA, Cl•udio, 2005)
f) caso se fa„a uma cita„…o que j• era uma cita„…o no texto que se est• lendo, ou seja, uma cita„…o
de segunda m…o, deve-se colocar a referŠncia do autor do texto que se est• citando, seguida da
express…o apud seguida da referŠncia do texto que a havia citado primeiramente.
Ex. (SILVA, 2003 apud SOUZA, 2006)
g) quando a cita„…o ƒ direta, deve-se sempre indicar o n•mero da(s) p•gina(s) onde de onde o texto
foi extra‚do.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
28. 28
h) As cita„•es indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes
e mencionados simultaneamente, tŠm suas datas separadas por v‚rgula.
Exemplo: (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995)
(CRUZ, CORREA, COSTA, 1998, 1999, 2000)
i) As cita„•es indiretas de diversos documentos de v•rios autores, mencionados simultaneamente,
devem ser separadas por ponto-e-v‚rgula, em ordem alfabƒtica.
Exemplos: Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de todos
(FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997)
Diversos autores salientam a import™ncia do “acontecimento desencadeador” no in‚cio
de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MEZIROW, 1991)
j) pela primeira palavra do t‚tulo seguida de reticŠncias, no caso de obra sem indica„…o de autoria
ou responsabilidade, seguida da data de publica„…o do documento e da(s) p•gina(s) da cita„…o,
no caso de cita„…o direta, separados por v‚rgula e entre parŠnteses;
No texto:
“As IES implementar…o mecanismos democr•ticos, leg‚timos e transparentes de avalia„…o
sistem•tica de suas atividades, levando em consta seus objetivos institucionais e seus
compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55)
Na lista de referŠncias:
ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates, Bras‚lia, DF, n. 13, p. 51-60, jan. 1987.
l) se o t‚tulo come„a por artigo (definido ou indefinido), ou monoss‚labo, este deve ser inclu‚do na
indica„…o da fonte;
No texto:
“Em Nova Londrina (PR), as crian„as s…o levadas †s lavouras a partir dos 5 anos.” (NOS
CANAVIAIS..., 1995, p. 12)
Na lista de referŠncias:
NOS CANAVIAIS, mutila„…o em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul.
1995. O Pa‚s, p. 12
7.1.2 Sistema numérico
a) o nome do autor ƒ citado dentro do texto, apenas com as iniciais mai•sculas, seguido do n•mero
indicativo da nota que conter• a referŠncia completa. Esta nota poder• ficar no rodapƒ da
p•gina ou ao final do texto. Neste caso a lista de referŠncias dever• ser organizada na ordem
em que as cita„•es aparecem no texto;
b) o n•mero indicativo da nota poder• vir de dois modos, ou sobrescrito ou entre parŠnteses.
Ex."Num relat‡rio de pesquisa, pode-se ter cita„•es literais [...] ou livres [...]".9
"Num relat‡rio de pesquisa, pode-se ter cita„•es literais [...] ou livres [...]".(3)
9
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciŠncias
humanas. Porto Alegre: Artes Mƒdicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263.
(3) LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em
ciŠncias humanas. Porto Alegre: Artes Mƒdicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
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c) caso se fa„a uma cita„…o de um mesmo autor, na mesma p•gina em que aparece a cita„…o
anterior, pode-se utilizar na referŠncia algumas abreviaturas.
Ex. “[...] as notas fornecem a referŠncia bibliogr•fica da cita„…o [...]”.10
d) caso se fa„a uma cita„…o de segunda m…o, para o sistema numƒrico, deve-se colocar a referŠncia
completa de cada uma das obras, ligadas pela express…o apud.
Ex. SILVA, Carlos. O trabalho de conclusão de curso. S…o Paulo: Antoniela, 2003. Apud
SOUZA, Joaquim. O método científico. Rio de Janeiro: DXL, 2006. p. 37.
Obs.: Atualmente, n…o se recomenda a utiliza„…o das referŠncias de cita„…o em sistema numƒrico.
Recomenda-se a utiliza„…o do sistema autor-data.
7.2 EXPRESS•ES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIA—•ES DE TEXTOS CIENTˆFICOS
7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações (Não são utilizadas em destaque,
ou seja, em negrito ou itálico ou travessões, mas na mesma fonte e tamanho do texto)
apud – utilizada para cita„•es de segunda m…o;
c.f. – confira, confronte;
e.g. – exempli gratia, por exemplo;
i.e. – id est, isto ƒ;
inf. – infra, citado ou mencionado abaixo;
supra – citado ou mencionado acima;
sic – tal qual, assim mesmo;
vs. – versus, em oposi„…o a.
7.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico
et seq. ou sequentia – e seguintes;
ibidem ou ibid. – na mesma obra;
idem ou id. – do mesmo autor;
loc. cit. ou loco citato – no local antes citado;
op. cit. ou opus citatum ou opera citatum – obra citada (obs.: esta express…o s‡ pode ser usada na
mesma p•gina onde se encontra a cita„…o a qual se refere);
passim – aqui e ali, em diversas p•ginas ao longo do texto.
Acompanhando qualquer cita„…o, seja ela direta ou indireta, longa ou curta, deve vir a
referŠncia da fonte, de acordo com a norma. Utilizar as palavras ou idƒias de um autor sem referenci•lo ƒ pl•gio, o que constitui um crime, e denota falta de ƒtica.
7.3 EXERCˆCIO SOBRE CITA—˜O EM DOCUMENTO (NBR 10520)
De acordo com o que foi visto em aula e com a NBR 10520, responda as seguintes quest•es:
1) Quais sistemas de chamadas (ou referŠncias) podem ser usados para referenciar textos citados
em trabalhos acadŠmicos brasileiros?
2) Em que consiste o sistema autor-data?
3) Qual a diferen„a entre notas de referŠncia e notas explicativas? (Onde vocŠ explicou isso?)
4) Caso se opte pelo sistema de cita„…o em notas, dever• haver uma lista de referŠncias ao final
do trabalho?
5) ‰ poss‚vel utilizar em um •nico trabalho ambos os sistemas de referŠncia?
6) No sistema numƒrico, onde devem aparecer as referŠncias das cita„•es?
7) Caso se opte pelo sistema autor-data, como devemos proceder em rela„…o a:
10
Ibid., loc. cit.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
31. 31
8 REFERÊNCIAS11
REFER‘NCIAS ƒ o nome dado ao conjunto de elementos que indicam os documentos
utilizados, citados ou apenas consultados na elabora„…o de trabalhos acadŠmicos.
De cada um desses documentos se devem indicar os elementos essenciais – autoria, t‚tulo,
local de publica„…o, tipo de documento, data, p•gina, etc. – da forma mais completa poss‚vel,
permitindo, desta maneira, que aquele que leia o trabalho consiga chegar atƒ as fontes originais.
De acordo com a ABNT, estas referŠncias devem constituir uma lista •nica, incluindo tudo
(tudo o que, o material, as fontes?) (o que foi citado ou n…o) que o autor considerou importante para a
elabora„…o do trabalho.
Conforme lembram Lubisco e Vieira esta lista "n…o deve ser denominada de Bibliografia, nem
confundida com ela, pois esta constitui uma publica„…o onde se encontra registrada a literatura
produzida sobre determinado tema, num determinado pa‚s ou em ™mbito mundial". (2003, p. 51)
A forma e a disposi„…o destas referŠncias s…o regidas pela NBR 6023 de 2002, da ABNT, que
indica que todas as referŠncias estejam alinhadas apenas pela margem esquerda, dispostas em ordem
alfabƒtica pelo primeiro elemento e em espacejamento simples (podendo vir numeradas ou n…o) ou na
ordem de aparecimento no texto, separadas entre si por espa„o duplo.
Nos casos em que aparecem em ordem alfabƒtica, as referŠncias que possuam o(s) mesmo(s)
autor(es), o(s) nome(s) deste(s) pode(m) ser substitu‚do(s) a partir da segunda vez por um tra„o de seis
toques seguido de um ponto (cada um). (Dificulta a ordena„…o alfabƒtica)
8.1 ABREVIATURAS
As abreviaturas dos meses do ano obedecem † seguinte regra:
abrevia-se o nome do mŠs atƒ a terceira letra, com exce„…o do mŠs de maio, que deve ser
grafado por inteiro.
Ex. jun.; ago.; maio
p•gina: p.
folha: f.
n•mero: n.
volume: v.
Sem local: S.l.
sem nome: s.n.
c.a: cerca
edi„…o: ed.
editor: Ed.
organizador: Org.
coordenador: Coord.
revisada: rev.
ampliada: ampl.
aumentada: aum.
Obs.: estas express•es n…o v…o para o plural.
em casos de tradu„…o, o termo vem por inteiro, seguido do nome do tradutor.
Ex.: Tradu„…o de Luis Souza.
11
Adaptado de LUBISCO, N‚dia M. L.; VIEIRA, S•nia Chagas. Manual de estilo acadêmico. 2. ed. Salvador:
UFBA; UNIFACS, 2002 e ASSOCIA—˜O BRASILEIRA DE NORMAS T‰CNICAS. NBR 6023: informa„…o e
documenta„…o: referŠncias: elabora„…o. Rio de Janeiro, 2002. 24 p.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
32. 32
8.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFER‘NCIA
Livro com um único autor, em primeira edição:
SILVA, Ant•nio da. Mercado de trabalho: um desafio para o futuro. Salvador: Bom Tempo, 1998.
362 p.
Livro com até três autores:
CUNHA, Manuel da; PEREIRA, Ant•nio; MALTA, Carlos. Assim se faz um projeto: aux‚lio aos
principiantes. 7. ed. Belo Horizonte: Lux, 1970. 251 p.
Capítulo de livro com organizador:
DANTAS, Manuel. Os jornais do interior. In: SILVA, Josƒ da (Org.). Comunicação e sociedade. 3.
ed. S…o Paulo: Avante, 1973. p. 121-136.
Artigo, com mais de três autores, publicado em periódico:
MACHADO, Pedro Ant•nio et al. Seriedade na profiss…o. Itatiaia, Rio de Janeiro, v. 3, n. 5, p. 12-16,
jun. 2001.
Artigo publicado em periódico sem indicação de autoria:
O FUTURO nos espera. Folha de São Paulo, S…o Paulo, 13 ago. 2002. Caderno Emprego, p. 27.
Texto publicado em anais de congresso:
SANTANA, Alexandre dos Santos. Multimeios e comunica„…o. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
CI‘NCIAS DA COMUNICA—˜O, 24., 2000. Porto Alegre, Anais... Porto Alegre: PUCRS, 2002. p.
32-37.
Dissertação de mestrado:
SILVA, Maria Antonieta Souza e. Relações Públicas: um estudo de caso na cidade de Salvador. 2002.
2v. 165f. Disserta„…o (Mestrado em CiŠncias Sociais) – Faculdade de Comunica„…o Social,
Universidade Salvador, Salvador.
Texto extraído de página disponível na Internet:
LOUREIRO, Ant•nio. Propaganda e preconceito. Dispon‚vel em:
<http://www.publicidadeetnica.com.br>. Acesso em: 23 maio 2002.
Entrevista registrada em fita K-7:
CHAVES, Marcos: depoimento [02 jul. 2002]. Entrevistadora: Maria Souza. Salvador:
UFBA/Faculdade de Comunica„…o. 1 fita cassete (45 min), 3 3/4 pps, estƒreo.
8.3 DATA (ELEMENTO OBRIGATŽRIO)
A data ƒ um elemento obrigat‡rio, portanto n…o pode ser substitu‚do pela abreviatura [s.d.].
Deve-se inferir pelos elementos presentes, ou por informa„•es externas. Desta forma, deve-se indicar a
data dentro de colchetes, visto que ela ser•, nestes casos, uma inferŠncia.
[1971 ou 1972]: um ano ou outro
[1969?]: data prov•vel
[1973]: data certa n…o indicada no item
[entre 1906 e 1912]: use intervalos menores de 20 anos
[ca. 1960]: data aproximada
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38. 38
generaliza„…o das idƒias do texto (registrar informa„•es de ordem geral);
sele„…o das idƒias principais;
inven„…o ou constru„…o (frases que incluam v•rias idƒias expostas no texto, mas deve-se fazŠlo de forma sintƒtica).
Algumas publica„•es cient‚ficas exigem, ainda, que o texto seja acompanhado de um resumo
em l‚ngua estrangeira, geralmente uma l‚ngua de divulga„…o internacional (inglŠs, francŠs, espanhol),
obedecendo †s mesmas regras de formata„…o e reda„…o do resumo em l‚ngua vern•cula, sendo
encimado pela palavra ABSTRACT (inglŠs), R‰SUM‰ (francŠs) ou RESUMEN (espanhol), a
depender do caso.
10.7 EXEMPLOS DE RESUMO12
Ex. 1. Resumo Indicativo
RESUMO
ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a rela„…o no vestibular. S…o Paulo: Mestre Jou,
1981. 184 p.
Estudo realizado sobre reda„•es de vestibulandos da FUVEST. Examina os textos com base nas novas
tendŠncias dos estudos da linguagem, que buscam erigir uma gram•tica do texto, uma teoria do texto.
S…o objetos de seu estudo a coes…o, o clichŠ, a frase feita, o “n…o-texto” e o discurso indefinido. Parte
de conjecturas e indica„•es, apresenta os critƒrios para an•lise, informa„•es sobre o candidato, o texto
e farta exemplifica„…o.
Palavras-chave: Reda„•es de vestibular. Gram•tica do texto. Progress…o discursiva.
OBS. o texto deste resumo apresenta 68 palavras.
__________________________________________________________________________________
Ex. 2 Resumo Informativo
RESUMO
ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a rela„…o no vestibular. S…o Paulo: Mestre Jou,
1981. 184 p.
Examina 1.500 reda„•es de candidatos a vestibulares (1978), obtidas da FUVEST. O livro resultou de
uma tese de doutoramento apresentada † USP em maio de 1981. Objetiva caracterizar a linguagem
escrita dos vestibulandos e a existŠncia de uma crise na linguagem escrita, particularmente desses
indiv‚duos. Escolheu reda„•es de vestibulares pela oportunidade de obten„…o de um corpus
homogŠneo. Sua hip‡tese inicial ƒ a da existŠncia de uma poss‚vel crise na linguagem e, atravƒs do
estudo, estabelecer rela„•es entre os textos e o n‚vel de estrutura„…o mental de seus produtores. Entre
os problemas, ressaltam-se a carŠncia de nexos, de continuidade e quantidade de informa„•es,
ausŠncia de originalidade. Tambƒm foram objeto de an•lise condi„•es externas como fam‚lia, escola,
cultura, fatores sociais e econ•micos. Um dos critƒrios para an•lise ƒ a utiliza„…o do conceito de
coes…o. A autora preocupa-se ainda com a progress…o discursiva, com o discurso tautol‡gico, as
contradi„•es l‡gicas evidentes, o nonsense, os clichŠs, as frases feitas. Chegou † conclus…o de que
34,8% dos vestibulandos demonstram incapacidade de dom‚nio dos termos relacionais; 16,9%
apresentam problemas de contradi„•es l‡gicas evidentes. A redund™ncia ocorreu em 12,5% dos textos.
O uso excessivo de clichŠs e frases feitas aparece em 69,0% dos textos. Somente em 40 textos
verificou-se a presen„a de linguagem criativa. žs vezes o discurso estrutura-se com frases
12
Exemplos extra‚dos de MEDEIROS, Jo…o Bosco. Redação científica: a pr•tica de fichamentos, resumos e
resenhas. S…o Paulo: Atlas, 1999. p. 124.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
40. 40
11 RESENHA13
Para ABNT (NBR 6028:2003, p. 1), resumo cr‚tica (resenha) ƒ “Resumo redigido por
especialistas com an•lise cr‚tica de um documento. Tambƒm chamado de resenha. Quando analisa
apenas uma determinada edi„…o entre v•rias, denomina-se recens…o.”
11.1 CONCEITO
Tipo de resumo cr‚tico mais abrangente;
permite coment•rios e opini•es;
inclui julgamentos de valor;
compara a obra em quest…o com outras da mesma •rea e gŠnero;
avalia a sua relev™ncia com rela„…o †s outras;
exige conhecimento do assunto e maturidade intelectual;
relato minucioso das propriedades de um objeto ou de suas partes constitutivas;
tipo de reda„…o tƒcnica que inclui variadas modalidades de texto (descri„…o, narra„…o e
disserta„…o);
descreve as propriedades da obra (descri„…o f‚sica da obra);
relata as credenciais do autor;
resume a obra;
apresenta suas conclus•es e metodologia empregada;
exp•em o quadro de referŠncias em que o autor se apoiou;
apresenta uma avalia„…o da obra;
informa a quem a obra se destina.
11.2 P’BLICO
Professores;
especialistas no assunto da obra;
alunos de gradua„…o e p‡s-gradua„…o (ƒ um exerc‚cio para a realiza„…o de monografias);
p•blico interessado no assunto da obra.
11.3 OBJETIVOS GERAIS DA RESENHA
Ser um instrumento de pesquisa bibliogr•fica;
atualiza„…o bibliogr•fica;
decis…o de consultar ou n…o o texto original;
como exerc‚cio: desenvolver a capacidade de s‚ntese, interpreta„…o e cr‚tica.
11.4 LINGUAGEM UTILIZADA NA RESENHA
Terceira pessoa;
n…o se percebe a presen„a do emissor, nem do receptor;
neutralidade (porƒm, na sele„…o e organiza„…o do texto j• ocorre inten„…o de quem escreve).
13
Adaptado de MEDEIROS, Jo…o Bosco. Redação científica: a pr•tica de fichamentos, resumos, resenhas. S…o
Paulo: Atlas, 1999. p. 137-146.
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43. 43
12 PROJETO DE PESQUISA (NBR 15287)
12.1 M‰TODO HIPOT‰TICO-DEDUTIVO
Teoria Problema Hip‡teses Metodologia Testes de falseamento Refutadas ou
Corroboradas Positiva (nova teoria) // Resposta em aberto ou derivando novas perguntas
(reestrutura o projeto).
Submetidos a:
cursos de p‡s-gradua„…o
agŠncias de fomento † pesquisa, etc.,
critƒrios de apresenta„…o estabelecidos pelas institui„•es a que se destinam.
ou ABNT NBR 15287:2005.
Podem variar por
•rea de pesquisa;
critƒrios do orientador, do curso a que se destinam ou das agŠncias financiadoras.
12.2 ELEMENTOS PR‰-TEXTUAIS
a) capa; (elemento opcional)
Nome da entidade
Nome do(s) autor(es)
T‚tulo
Subt‚tulo (quando houver)
Local
Ano
b) lombada (se houver); (elemento opcional)
c) folha de rosto; (obrigat‡rio)
Nome do(s) autor(es)
T‚tulo
Subt‚tulo (se houver)
Tipo de projeto e entidade
Local
ano
d) listas (de ilustra„•es, de tabelas, de abreviaturas e siglas, de s‚mbolos), caso sejam
necess•rias; (elemento opcional)
e) sum•rio (de acordo com a NBR 6027). – elemento obrigat‡rio
12.3 ELEMENTOS TEXTUAIS
1 INTRODUÇÃO (texto introdut‡rio incluindo todos os itens indicados com o
n•mero 1)
1.1 PROBLEMA
1.2 HIPŽTESE(S) (quando couberem);
1.3 OBJETIVO GERAL
1.3.1 Objetivos específicos
1.4 JUSTIFICATIVAS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
3 MÉTODOS E TÉCNICAS
4 RECURSOS FINANCEIROS
5 CRONOGRAMA
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45. 45
Âmbito local
Educação formal para pessoas cadeirantes
acessibilidade aos locais de ensino? (quest…o de responsabilidade do dever p•blicoadministrativo. Nosso projeto ƒ de Letras).
Letras (universo amplo)
l‚ngua ou de literatura?
Língua / séries iniciais / alfabetização
Alfabetização, na educação formal, para pessoas cadeirantes.
Pessoas cadeirantes necessitam de algum mƒtodo especial de alfabetiza„…o?
Alunos com deficiência visual
no nosso trabalho est• prevista a aprendizagem do mƒtodo BRAILE?
Alunos com deficiência auditiva
Alfabetização, na educação formal, para pessoas com deficiência auditiva
O que iremos fazer exatamente? o que nos interessa é...
a) criar um novo “mƒtodo” de alfabetiza„…o?
b) verificar os mƒtodos j• existentes?;
c) verificar a existŠncia ou n…o de mƒtodos especiais?;
d) verificar a aplica„…o ou a efic•cia de tais mƒtodos?
Verificar a aplicação dos métodos já existentes
12.5 DELIMITA—˜O DO CORPUS
Como faremos isso?
Visitaremos escolas de Salvador?
Todas as escolas?
excluir aquelas que n…o trabalham com alfabetiza„…o
excluir aquelas que n…o tem nenhum aluno na condi„…o que nos ƒ necess•ria para a observa„…o
(aluno com deficiŠncia auditiva)
Todas (as que) cumprem estes pré-requisitos?
verifica„…o em todas? (100% do universo)
dividir o foco na compara„…o entre a escola da administra„…o p•blica e a escola de
administra„…o privada? (amostragem)
duas de cada?
Métodos utilizados pela educação formal para a alfabetização de pessoas com necessidades especiais
de visão
12.6 PROBLEMA
Apresenta-se na forma de uma interroga„…o (de preferŠncia);
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