SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 77
Baixar para ler offline
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS PARA O ESTUDO DAS LETRAS

M€DULO DA DISCIPLINA
LET A 14 – T‚CNICAS DE PESQUISA
PROFA ALÍCIA DUHÁ LOSE
PROFA ITATISMARA VALVERDE
PROFA MARLA OLIVEIRA ANDRADE

ELABORADO PELA PROFA. DRA. ALÍCIA DUHÁ LOSE

SEMESTRE 2010.1
SUMÁRIO

1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL
1.1 POPULAR OU EMPÍRICO
1.2 FILOSÓFICO
1.3 ARTE
1.4 RELIGIOSO
1.5 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
1.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência
1.5.1.1 A natureza metodológica da ciência compreende dois aspectos
2 PESQUISA
2.1 DEFINIÇÃO
2.2 NÍVEIS DE PESQUISA
2.2.1 Pesquisas exploratórias
2.2.2 Pesquisas descritivas
2.2.3 Pesquisas explicativas
2.3 CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
UTILIZADOS
2.3.1 Pesquisa bibliográfica
2.3.2 Pesquisa documental
2.3.3 Pesquisa experimental
2.3.4 Pesquisa ex-post facto
2.3.5 Estudo de coorte
2.3.6 Levantamento
2.3.7 Estudo de campo
2.3.8 Estudo de caso
2.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO O ENVOLVIMENTO DO PESQUISADOR
2.4.1 Pesquisa-ação
2.4.2 Pesquisa participante
3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
3.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR
3.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE
3.3 LIVROS DE REFERÊNCIA INFORMATIVA
3.4 LIVROS DE REFERÊNCIA REMISSIVA
3.5 PERIÓDICOS
3.6 IMPRESSOS DIVERSOS
3.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
3.7.1 Identificação das fontes
3.7.2 Localização das fontes e obtenção do material
3.7.3 Leitura para pesquisa
3.7.4 O que ler
3.7.5 Fichamento
4 O TRABALHO COM O TEXTO
4.1 ANÁLISE INTERNA
4.2 ANÁLISE EXTERNA
4.3 É PRECISO
4.4 LOCALIZAÇÃO E OBTENÇÃO DO MATERIAL

6
6
6
6
6
6
6
7
8
8
8
8
8
9
9
9
9
9
9
10
10
10
11
11
11
11
12
12
12
12
12
13
13
13
13
13
13
13
14
17
17
17
17
17
4.4.1 Aquisição
4.4.2 Bibliotecas
.4.3 Localização através do catálogo
4.4.3.1 Número de chamada
4.5 LEITURA DO MATERIAL
4.5.1 Recepção sensitiva
4.5.2 Leitura significativa
4.5.2.1 Finalidades da leitura significativa
4.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA
4.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia
4.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura
4.7 LEITURA SELETIVA
4.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura
4.8 LEITURA CRÍTICA
5 COLETA DOS DADOS TEXTUAIS
5.1 TÉCNICAS DE ANOTAÇÃO
5.1.1 Notas
5.1.1.1 Exposições orais
5.1.1.2 Textos escritos
5.1.1.3 Tipos
5.2 TÉCNICAS DE SUBLINHA
5.2.1 Como fazer
5.3 EXERCÍCIO
6 FICHAMENTO
6.1 ESTRUTURA DA FICHA
6.2 CONFECÇÃO DA FICHA
6.2.1 Fichas de leitura
6.2.2 Fichas de indicação bibliográfica
6.2.3 Ficha de resumo
6.2.4 Ficha de transcrição
6.2.5 Ficha de comentário
7 CITAÇÃO
7.1 SISTEMAS DE REFERÊNCIA DAS CITAÇÕES
7.1.1 Sistema autor-data
7.1.2 Sistema numérico
7.2 EXPRESSÕES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIAÇÕES DE
TEXTOS CIENTÍFICOS
7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações
7.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico
7.3 EXERCÍCIO SOBRE CITAÇÃO EM DOCUMENTO (NBR 10520)
8 REFERÊNCIAS
8.1 ABREVIATURAS
8.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFERÊNCIA
8.3 DATA (ELEMENTO OBRIGATÓRIO)
8.4 SISTEMA AUTOR-DATA
8.5 EXERCÍCIO
9 SEMINÁRIO (TÉCNICA DE ESTUDO)
9.1 INCLUI
9.2 ENVOLVE
9.3 POSSIBILITA
9.4 FONTES QUE ORIGINAM UM ASSUNTO PARA O SEMINÁRIO
9.5 COMPONENTES
9.6 ETAPAS
9.7 FASES DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL
9.8 A EXPOSIÇÃO

17
17
17
17
18
18
18
18
18
18
18
19
19
19
20
20
20
20
20
20
21
21
21
22
22
22
23
23
23
23
26
27
27
27
28
29
29
29
29
31
31
32
32
33
33
34
34
34
34
34
34
34
35
35
10 RESUMO
10.1 FUNÇÃO
10.2 ESTRUTURA
10.3 DICAS PARA REDAÇÃO
10.4 TIPOS
10.5 TAMANHO
10.6 PALAVRAS-CHAVE
10.6 IMPORTANTE!
10.7 EXEMPLO DE RESUMO
11 RESENHA
11.1 CONCEITO
11.2 PÚBLICO
11.3 OBJETIVOS GERAIS DA RESENHA
11.4 LINGUAGEM UTILIZADA NA RESENHA
11.5 TIPOS DE MENSAGENS REFERENCIAIS
11.6 RESUMO CRÍTICO ou RECENSÃO CRÍTICA
11.7 NA FASE DE LEITURA
11.8 ANÁLISE TEMÁTICA
11.9 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA RESENHA
11.10 EXERCÍCIO
12 PROJETO DE PESQUISA (NBR 15287)
12.1 MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
12.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
12.3 ELEMENTOS TEXTUAIS
12.4 TEMA
12.4.1 Delimitação do tema
12.5 DELIMITAÇÃO DO CORPUS
12.6 PROBLEMA
12.7 HIPÓTESE(S) DA PESQUISA
12.8 OBJETIVOS
12.8.1 Objetivo geral
12.8.2 Objetivos específicos
12.9 JUSTIFICATIVA
12.10 REFERENCIAL TEÓRICO
12.11 MÉTODO
12.12 ORÇAMENTO
12.13 CRONOGRAMA
12.14 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
12.15 FORMATAÇÃO
13 RELATÓRIO (NBR 10719: 1989)
13.1 RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO
13.1.1 Elementos constituintes
13.1.1.1 Pré-textuais
13.1.1.2 Texto
13.1.1.3 Pós-textuais
13.1.2 Numeração dos volumes
13.1.2.1UMERAÇÃO DAS SEÇÕES
13.1.2.2 NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS
13.1.2.3 ESTRUTURA DO RELATÓRIO
13.2 RELATÓRIO DE ANDAMENTO DE PESQUISAS
13.2.1 Elementos pré-textuais
13.2.2 Elementos textuais
13.2.3 Elementos pós-textuais
13.2.4 Formatação

36
36
36
37
37
37
37
37
38
40
40
40
40
40
41
41
41
41
42
42
43
43
43
43
44
44
45
45
46
47
47
47
47
47
47
47
48
49
49
50
50
50
50
50
50
50
51
51
51
53
53
54
54
54
55
14 A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA
14.1 FINALIDADE
14.2 LINGUAGEM
14.3 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO
14.3.1 Elementos temáticos e estruturais
14.3.2 Estrutura lógica
14.3.3 Estrutura técnica
14.4 ESTILO
14.5 EXERCÍCIO
15 ESTRUTURA INTERNA DO TEXTO ACADÊMICO
15.1 INTRODUÇÃO
15.2 DESENVOLVIMENTO
15.2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
15.2.2 MATERIAIS E MÉTODOS (ou METODOLOGIA)
15.2.3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
15.2.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
15.2.5 CONCLUSÃO (ou CONSIDERAÇÕES FINAIS)
16 ARTIGO (NBR 6022:2003)
16.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
16.2 ELEMENTOS TEXTUAIS
16.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
16.4 PECULIARIDADE DA FORMATAÇÃO DOS ARTIGOS
17 APRESENTAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS
17.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS (EXEMPLOS)
17.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
17.3 ELEMENTOS TEXTUAIS
17.4 ILUSTRAÇÕES
17.5 TABELAS
17.6 EQUAÇÕES e FÓRMULAS
17.7 SIGLAS
17.8 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
17.9 DISPOSIÇÃO GRÁFICA E FORMATO

55
55
56
56
56
60
60
60
61
62
62
62
63
63
63
63
63
65
65
65
66
67
70
70
74
74
74
75
75
75
75
75
6

1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL
O conhecimento cient‚fico ƒ uma cria„…o humana e ƒ apenas mais uma forma de apreens…o da
realidade que nos cerca. Assim, para ser bem compreendido, ele precisa ser contraposto †s outras
formas de conhecer o mundo que s…o:
a) Popular (comum ou emp‚rico)
b) Filos‡fico
c) Art‚stico
d) Religioso (m‚tico ou teol‡gico)
1.1 POPULAR OU EMPˆRICO
‰ aquele que se obtƒm na vida cotidiana, independentemente de estudo. Decorre de
experiŠncias †s vezes casuais, vivenciadas ou transmitidas de gera„…o em gera„…o. A forma de
obten„…o do conhecimento ƒ o conhecido processo de “tentativa e erro”, n…o havendo interpreta„•es
nem estabelecimento de rela„•es causais precisas: as informa„•es s…o superficiais e vagas. A vis…o da
realidade ƒ, portanto, fragment•ria, presa a convic„•es pessoais e da‚ decorre seu car•ter incoerente e
impreciso. O processo de transmiss…o termina por fazer dele um elemento da cultura dos povos,
fazendo parte de suas tradi„•es.
1.2 FILOSŽFICO
Decorre da auto-reflex…o do esp‚rito do homem para atingir uma vis…o global do mundo: ele
aspira conhecer a inteligŠncia (i. ƒ conhecer e explicar) a conex…o •ltima das coisas exclusivamente
atravƒs da raz…o, procurando refletir sobre suas fun„•es valorativas, te‡ricas e pr•ticas.
1.3 ARTE
‰ tambƒm uma interpreta„…o do mundo, mas n…o deriva da raz…o, do pensamento. Ela deve
sua origem † vivŠncia e † intui„…o, portanto ƒ tradu„…o de uma subjetividade. Trata-se de uma
interpreta„…o da realidade que ƒ representada nos aspectos que tocam a intui„…o do artista. Trata-se de
um ser e de um acontecer concretos que se representam no n‚vel do irreal, embora a partir do real
(mimese).
1.4 RELIGIOSO
Brota da fƒ. Deriva da vivŠncia religiosa, da experiŠncia de Deus. A vis…o religiosa de mundo
depende decisivamente de valores subjetivos, visto que diferentes cren„as determinam diferentes
formas de vŠ-lo.
1.5 O CONHECIMENTO CIENTˆFICO
CiŠncia: “conjunto de conhecimentos em torno de um determinado objeto, obtidos com
determinados critƒrios met‡dicos e sistem•ticos, [acumulados] num organismo logicamente
constitu‚do.” (VITA, 1999, p. 115)
1.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência
Sua dimens…o compreensiva (contextual ou de conte•do) e sua dimens…o operacional
(metodol‡gica). Esses dois elementos s…o insepar•veis, embora, por motivos pedag‡gicos sejam
tratados separadamente. ‰ a dimens…o metodol‡gica que ƒ objeto de cursos e livros de metodologia
cient‚fica.

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
7

1.5.1.1 A natureza metodológica da ciência compreende dois aspectos
Aspecto lógico: definido como método de raciocínio e de inferência sobre os fenômenos a
serem investigados, é a dimensão da descrição, interpretação, explicação e verificação que se aplica
para a construção de proposições e enunciados, sob as diretrizes de sistemas conceituais e teóricos.
Assim, a dimensão lógica da ciência se caracteriza como PROCEDIMENTOS E OPERAÇÕES
INTELECTUAIS.
Aspecto técnico: caracteriza-se pelos processos de manipulação dos dados relativos aos
fenômenos que são tratados com o maior rigor possível. Aí se incluem as técnicas de registro de
freqüência, as condições de ocorrência, sua extensão, persistência, etc. Os cientistas desenvolvem
constantemente seu arsenal técnico. Este arsenal está intrinsecamente vinculado à natureza do objeto
estudado e nunca se utiliza uma única técnica: às vezes, diversas etapas exigem técnicas diversas. Já se
vê que a dimensão técnica da ciência se processa como PROCEDIMENTOS DE OBTENÇÃO E
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO.

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
8

2 PESQUISA1
2.1 DEFINIÇÃO









Processo formal e sistemático de desenvolvimento de um método científico.
Objetivo fundamental: descobrir respostas para problemas mediante o emprego de
procedimentos científicos.
Pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao
problema, ou
Quando a informação requerida se encontra em desordem.
A pesquisa envolve várias fases: da adequada formulação do problema a até a satisfatória
apresentação dos resultados.
Há dois grandes tipos que são complementares entre si: pesquisas puras e pesquisas aplicadas.
Pesquisa pura: objetiva o conhecimento em si.
Pesquisa aplicada: objetiva as contribuições práticas decorrentes desse conhecimento.

2.2 NÍVEIS DE PESQUISA
1º) Estudos explanatórios;
2º) Estudos descritivos;
3º) Estudos que verificam hipóteses causais ou explicativas.
2.2.1 Pesquisas exploratórias










Finalidade: desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, para a formulação de
problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudo posterior.
Têm mais flexibilidade no planejamento.
Envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas, estudos de caso.
Têm objetivo de proporcionar visão geral sobre algo.
É utilizado quando o tema escolhido é pouco explorado; é difícil formular hipóteses precisas e
operacionalizáveis sobre ele.
Normalmente constituem a primeira parte de uma investigação mais ampla.
Para temas muito genéricos é necessário o esclarecimento e delimitação.
Exige revisão da literatura, discussão com especialistas, etc.
Seu produto final é um problema mais delimitado, passível de investigação através de
procedimentos mais sistematizados.

2.2.2 Pesquisas descritivas






Objetivo: descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o
estabelecimento de relações entre variáveis.
Utiliza técnicas padronizadas de coleta de dados.
Estudar as características de um grupo: distribuição por idade, sexo, procedência, nível de
escolaridade, renda, etc.
Verificar opiniões, atitudes e crenças de uma população.
Verificam associações entre variáveis: preferência político-partidária X nível de escolaridade e
renda; ou verificar a natureza dessa relação (pesquisa descritiva-explicativa).

1

Adaptado de GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 4248. e______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 17, 41-56.
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
9

2.2.3 Pesquisas explicativas






Objetivo: identificar os fatores que determinam ou que contribuem para ocorrência dos
fenômenos.
Aprofunda mais o conhecimento da realidade, pois explica a razão das coisas.
É o tipo mais complexo e delicado, pois o risco de cometer erros aumenta muito.
Normalmente são a continuação de pesquisas descritivas.
Nas ciências naturais, normalmente usam o método experimental; nas sociais, recorre-se a
outros métodos (p. e. observacional).

2.3 CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS UTILIZADOS
2.3.1 Pesquisa bibliográfica

Desenvolvida com base em material já elaborado (livros, artigos científicos, etc.).

Em todos os tipos de pesquisa, esse tipo constitui uma das etapas iniciais.

Há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.

As pesquisas teóricas ou sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem à análise das
diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente
mediante fontes bibliográficas (são também chamadas pesquisas de revisão).

Também constitui um tipo de coleta de dados (o que será visto em uma aula posterior).
2.3.2 Pesquisa documental








Assemelha-se muito à bibliográfica.
A diferença essencial está na diferença das fontes, pois os passos seguidos são os mesmos.
Bibliográfica: utiliza fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre
determinado assunto.
Documental: vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que
ainda podem ser reelaborados de com acordo com os objetivos da pesquisa.
Documentos de primeira mão: que não recebem nenhum tratamento analítico (encontrados em
arquivos e órgãos públicos e instituições privadas: documentos e cartas pessoais, diários,
fotografias, gravações, memorandos, regulamentos, ofícios, boletins, etc.)
Documentos de segunda mão: que já sofreram analise (relatórios de pesquisa, de empresas,
tabelas estatísticas, etc.)

2.3.3 Pesquisa experimental








Consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de
influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz
no objeto.
Não precisa, necessariamente, ser realizada em laboratório.
Quando os objetos em estudo são entidades físicas, tais como porções de líquidos, bactérias ou
ratos, não há muitas limitações.
Quando se trata de experimentar com objetos sociais, ou seja, com pessoas, grupos ou
instituições, as limitações tornam-se bastante evidentes.
Deve apresentar as seguintes propriedades: manipulação, controle, distribuição.
São um valioso procedimento disponível aos cientistas para testar hipóteses que estabelecem
relações de causa e efeito entre as variáveis

2.3.4 Pesquisa ex-post facto
Ou seja, a partir do fato passado.
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
10







Estudo realizado após a ocorrência de variação na variável dependente no curso natural dos
acontecimentos.
Muito parecida com a pesquisa experimental.
Objetivo: verificar a existência de relação entre as variáveis.
O pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente, que constitui o fator
presumível do fenômeno, porque ele já ocorreu.
O pesquisador procura identificar situações que se desenvolveram naturalmente e trabalhar
sobre elas como se estivessem submetidas a controles.

2.3.5 Estudo de coorte





Refere-se a um grupo de pessoas que têm alguma característica comum, constituindo uma
amostragem a ser acompanhada por certo período de tempo, para se observar e analisar o que
acontece com elas.
Assim como o estudo do caso-controle, é muito utilizado na pesquisa nas ciências da saúde.
Os estudos podem ser prospectivos (contemporâneos) ou retrospectivos (históricos).

Por exemplo:





Objetivo: verificar a exposição passiva à fumaça de cigarro e a incidência de câncer no
pulmão.
Seleção de uma amostra de indivíduos expostos ao fator de risco (grupo experimental) e de
outra amostra equivalente que não é exposta (grupo controle).
Faz-se o acompanhamento de ambos os grupos, por determinado período.
Verifica-se o quanto os indivíduos expostos estão mais sujeitos à doença do que os não
expostos.

2.3.6 Levantamento








Caracterizam-se para interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer.
Procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do
problema estudado para obterem-se conclusões correspondentes aos dados coletados e
estatisticamente trabalhados.
Quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado
tem-se um censo.
Normalmente, os levantamentos trabalham com amostragem calculada mediante
procedimentos estatísticos.
As conclusões obtidas para a amostragem são projetadas para a totalidade do universo,
levando em consideração a margem de erro.
São mais adequados para estudos descritivos que para explicativos.

2.3.7 Estudo de campo

Muito semelhante ao levantamento, mas apresenta maior profundidade.

Procura o aprofundamento das questões propostas.

O seu planejamento apresenta maior flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus objetivos
sejam reformulados ao longo da pesquisa.

Estuda-se um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ressaltando a
interação entre os componentes.

Tende a utilizar muito mais técnicas de observação do que de interrogação.

É muito utilizado na Sociologia, Educação, Saúde Pública, Administração, etc.

Tipicamente focaliza uma comunidade (grupo de pessoas de um mesmo ambiente de trabalho,
de estudo, de lazer, etc.).
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
11


A pesquisa é desenvolvida por meio de observação direta das atividades do grupo estudado e
de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre com o
grupo.

Esses procedimentos são normalmente conjugados com outros (análise de documentos,
filmagem e fotografias).
2.3.8 Estudo de caso

Muito utilizados nas ciências biomédicas e sociais.

Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, para permitir seu amplo e
detalhado conhecimento.

Pode ser utilizado também como estudo-piloto.

Seus resultados são normalmente apresentados em aberto (não como conclusões).
2.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO O ENVOLVIMENTO DO PESQUISADOR
2.4.1 Pesquisa-ação
[...] um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e o qual os
pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENTE, 1985 apud GIL,
2002, p. 55)

2.4.2 Pesquisa participante



Caracteriza-se também pela interação entre pesquisadores e membros das situações
investigadas.
Envolve a distinção entre ciência popular (senso comum) e ciência dominante (atividade que
privilegia a manutenção do sistema vigente).

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
12

3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA2




Os “dados de gente” s…o obtidos em campo, no local onde os fen•menos ocorrem,
espontaneamente ou de forma controlada.
Os “dados de papel” podem ser obtidos nos mais diversos locais, sendo os principais deles,
bibliotecas e internet.
Em qualquer pesquisa ƒ necess•rio consultar material publicado.

3.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR





Definir o material adequado ao sistema conceitual da pesquisa e † sua fundamenta„…o te‡rica.
Verificar o material j• publicado para identificar o est•gio em que se encontram os
conhecimentos acerca do tema. Analisar e cotejar dos dados coletados durante a pesquisa e
aqueles j• dispon‚veis.
No momento da reda„…o, consultar modelos de relat‡rios e normas de apresenta„…o de
trabalhos cient‚ficos.

3.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE






Obras de divulga„…o.
Objetivo: transmitir informa„…o sobre determinado assunto.
Finalidade: comunicar aos especialistas das •reas o resultado de estudos e pesquisas.
Esclarecem acerca dos procedimentos a serem observados no desenvolvimento das pesquisas.
Em pesquisa social, os mais utilizados s…o os de divulga„…o tƒcnica e cient‚fica.

3.3 LIVROS DE REFER‘NCIA INFORMATIVA







Vocabul•rios: obra que apresenta de forma sistem•tica o conjunto de termos especializados no
campo do conhecimento. Define os termos utilizados na pesquisa.
Dicion•rios (especializados): obras que alƒm de explicar os termos tƒcnicos e cient‚ficos,
aprofundam a an•lise cr‚tica do significado. Fornecem elementos para an•lise do significado
mais amplo dos termos, relaciona-os com autores e teorias.
Anu•rios: publica„•es anuais que contŠm informa„•es sobre determinada •rea. ’teis para o
fornecimento de dados precisos e atualizados. Ex. para obten„…o de dados referentes †
realidade econ•mica e social brasileira, Anu•rio estat‚stico do Brasil (IBGE).
Enciclopƒdias: guias gerais de referŠncia. Muito importantes na vida escolar. Na pesquisa
cient‚fica, que tem prop‡sito mais espec‚fico, sua utiliza„…o ƒ menor.

3.4 LIVROS DE REFER‘NCIA REMISSIVA







Os mais •teis para pesquisa social s…o os ‚ndices de livros e peri‡dicos e os cat•logos de
bibliotecas.
Permitem localizar publica„•es de acordo com assunto, local, data de publica„…o.
Possibilitam identificar pesquisas significativas j• desenvolvidas sobre determinado assunto.
Muitos apresentados em forma de CD.
No BR: Bibliografia brasileira de ciŠncias sociais, da Revista brasileira de informa„…o em
ciŠncias sociais; Sum•rios correntes brasileiros (CiŠncias humanas e sociais).
As grandes bibliotecas publicam cat•logos de seu acervo, por autor ou por assunto.
Bibliografia brasileira, da Biblioteca Nacional. Desde 1907, as editoras s…o obrigadas a
depositar l• um exemplar de todas as suas publica„•es.

2

Adaptado de GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. S…o Paulo: Atlas, 1999. p. 7588.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
13

3.5 PERIŽDICOS



Jornais: proporcionam informa„•es atualizadas. Informa„•es r•pidas, menos profundas.
Revistas especializadas: geralmente mais importantes. Matƒrias com mais profundidade e
melhor elabora„…o. Principal fonte de divulga„…o de pesquisas cient‚ficas. Fornecem
informa„•es sobre o est•gio atual de conhecimentos sobre determinado assunto.

3.6 IMPRESSOS DIVERSOS




Outras publica„•es de interesse para pesquisas em ciŠncias sociais.
S…o: publica„•es governamentais, boletins informativos de empresas ou de institutos de
pesquisa, estatutos de entidades diversas, folhetos, etc.
Conforme o objetivo da pesquisa, publica„•es desse tipo podem atƒ mesmo constituir a
principal fonte de dados.

3.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGR“FICA







Primeiro procedimento para pesquisa: formula„…o do problema a ser investigado.
O assunto deve ser colocado em n‚veis de problema a ser selecionado.
‰ preciso definir o que se quer saber acerca do tema: “como ocorre?”, “quais as causas?” ou
“e as conseq”Šncias?”
Delimitar o problema numa dimens…o vi•vel, caso contr•rio, a pesquisa bibliogr•fica se torna
imposs‚vel.
Para a adequada formula„…o do problema, ƒ necess•rio haver uma revis…o bibliogr•fica
preliminar.
Pode ocorrer que o pesquisador tenha que passar por sucessivas reformula„•es e revis•es
bibliogr•ficas para formular um problema adequado.

3.7.1 Identificação das fontes




Consulta a cat•logos de publica„•es.
Consulta a especialistas e pessoas que realizem pesquisas na mesma •rea.
Consulta a internet, pelo tema da pesquisa.

3.7.2 Localização das fontes e obtenção do material






Fich•rios das bibliotecas.
Bibliotecas inter-relacionadas possibilitam a localiza„…o ou a permuta (COMUT).
T‚tulos que podem ser retirados.
T‚tulos para consulta local.
Sistema de c‡pias.

3.7.3 Leitura para pesquisa




Identificar as informa„•es e os dados constantes nos materiais.
Estabelecer rela„•es entre essas informa„•es e dados e o problema proposto.
Analisar a consistŠncia das informa„•es e dados apresentados pelos autores.

3.7.4 O que ler



Leitura explanat‡ria do material selecionado.
Nem tudo precisa ser lido, nem tudo ser• importante para pesquisa.

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
14






Ler a obra na sua totalidade: sum•rio, pref•cio, introdu„…o, “orelhas”, algumas passagens
esparsas do texto.
Leitura seletiva: mais aprofundada das partes que realmente interessam.
Leitura anal‚tica: tem por finalidade ordenar e sumariar as informa„•es contidas nas fontes.
Leitura interpretativa: procura estabelecer rela„…o entre o conte•do das fontes pesquisadas e
outros conhecimentos.

3.7.5 Fichamento








Fichas bibliogr•ficas: anotar as referŠncias bibliogr•ficas, sum•rio e aprecia„…o cr‚tica da
obra.
Fichas de apontamentos: anotar as idƒias obtidas a partir da leitura de determinado texto.
Partes da ficha: cabe„alho, referŠncias bibliogr•ficas e texto.
Cabe„alho: t‚tulo e subt‚tulo referentes aos itens definidos no plano de trabalho.
ReferŠncias bibliogr•ficas: informa„•es necess•rias para identificar a fonte pesquisada.
Texto p/ bibliogr•ficas: sum•rio e aprecia„…o cr‚tica da obra.
Texto p/ de apontamentos: transcri„…o fiel de trechos da obra, de esquemas, resumos e de
anota„•es pessoais.

3.8 PESQUISAS NA INTERNET
Muitas informa„•es podem ser encontradas em bases digitais: nos cat•logos das bibliotecas,
das funda„•es, das universidades, dos arquivos p•blicos e em muitas outras bases de dados. A Internet
ƒ uma ferramenta bastante valiosa para in•meros tipos de pesquisa, no entanto, todas as informa„•es
localizadas atravƒs dela, assim como todas as demais informa„•es localizadas em qualquer fonte,
devem ser trabalhadas com muita ƒtica e cautela, verificando a validade e pertinŠncia das informa„•es,
fazendo uso das v•lidas atravƒs do sistema de cita„•es com as suas respectivas referŠncias.
Para o uso de informa„•es via internet, de antem…o, aconselha-se a busca atravƒs de sites
confi•veis. Isso pode ser feito, grosso moto, restringindo-se as buscas a sites cujos endere„os tenham
as seguintes finaliza„•es:
.org
.edu
.gov
.ba (ou qualquer outra Unidade da Federa„…o = .rs; .rj; .sp, etc.)
.br (apenas .br; n…o .com.br, pois todos os sites comercias tŠm esse finaliza„…o)
3.8.1 Onde encontrar informações seguras via Internet
ABNT – http://www.abnt.org.br
Anais – telnet:cnen.lncc.Br (login:cin)
Annual Review Inc – http://www.AnnualReviews.org
Base de Dados de Eventos – http://www.ibict.br/~ibict/pap00138.htm
Base de Teses CAPES – http://www.capes.gov.br/servicos/bancoteses.html
Biblioteca Nacional de Portugal – http://bnd.bn.pt
Bibioteca Nacional do Rio de Janeiro – http://www.bn.br/site/default.htm
BioTech; life science dictionary – http://biotech.chem.indiana.edu/search/dict-search.Phtml
CadŠ? – http://cade.com.br/
CAD Document Detective Service – http://info.cas.org/cgi-bin/AT-www_cas_orgsearch.cgi
ComitŠ Gestor da Internet – Br. – http://www.cg.org.br
COMUT – http://www.ct.ibict.br:8000/comut/html/
CRC Encyclopedia of Mathematics – http://www.astro.virginia.edu/~/math/
Dialog Web – http://www.dialogweb.com
Dialog – http://dialog.com
Dicion•rio Hist‡rico-Bibliogr•fico Brasileiro – http://www.fgv.br/cpdoc/dic/
Directories of Scientists on the www from Micro World –http://www.mwm.com/feature/people.htm

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
15

Directory of Electronic Journals, newsletters and Academic Discussion Lists, Association of Research Libraries,
office of Research Libraries, Office of Scholarly Communication – http://www.arl.org/scomm/edir/pr97.html.
Diret‡rio dos Grupos de Pesquisa no Brasil – http://www.prossiga.cnpq.br
Enciclopƒdias e Dicion•rios, Prossiga – http://www.prossiga.br/referencia/dic.html
English Language Translations: a guide to selected resources in the Duke University Libraries –
http://www.lib.duke.edu/reference/translations.html
Europa Publications – http://europapublications.co.uk/index.htm
FindArticles – http://www.findarticles.com/
Funda„…o Get•lio Vargas – http://www.fgv.br/
Glossary, Department of Chemistry, University of Wisconsin (EUA) –
http://genchem.chem.wisc.edu
Google AcadŠmico – http://scholar.google.com.br/
GPO – http://www.gpo.gov
IBICT – http://www.ibict.br
ICSU – http://www.lmcp.jussieu.fr/icsu/
IEC – http://www.iec.ch/
IFLA – http://www.ifla.org/
IHS – http://www.ihs.com
INMETRO – http://inmetro.gov.br/
INPI – http://www.inpi.gov.br
InterDok Corp. – http://www.interdok.com
Internet Cataloging Project – http://www.oclc.org/oclc/man/catproj/
Iternet Tools Summary – http://www.december.com/net/tools/
IPT – http://www.ipt.br
ISI – http://www.isinet.com/
ISO – http://www.iso.ch/
ITC – http://www.wtm.net/itc/index.htm
Langley Technical Report Server – http://techreports.larc.nasa.gov/ltrs/ltrs.html
LANL Preprint Archive – http://xxx.lanl.gov.
Nasa/Ksc Acronym List – http://zeno.ksc.nasa.gov/facts/acronyms.html
NEI – http://www.nei.com.br/nei/index.htm
NetFirst – http://medusa.prod.oclc.org:3054/html/fs_pswd.htm
NEXOR.COM – http://www.nexor.com/archie.html/
NTIS – http://www.ntis.gov.
OCARA – www.ocara.org.br/
OMPI – http://www.wipo.org/
ONU – http://www.unsystem.org/
Portal de Peri‡dicos CAPES – http://www.periodicos.capes.gov.br
Prossiga – http://www.prossiga.cnpq.br
PTI – http://wwwpti.com.br/
Questel-Orbit – http://www.questel.orbit.com/
RADAR UOL – http://www.radaruol.com.br/
Res-Links: Search Tools – Ver•nica/Jughead/Wais – http://www.cam.org/~tsci/infoser3.html
RNP – http://www.rnp.br
Scholarly Electronic Publishing Bibliography – http://info.lib.uh.edu/sepb/sepb.html
SciELO – http://www.scielo.br
Scientific Organizations and Associations –
http://alice.ibpm.serpukhov.su/friends/science/organizations.htmlopt-unix-english
Scientific Societies – http://www.edoc.com/sources/soc.html
Scout Reports – http://scout.cs.wisc.edu/
SEPIN – http://www.mct.gov.br/sepin/
TechEncyclopedia – http://www.Techweb.com/encyclopedia/defineterm.cgi
The Complete Search Engine Index – http://members.aol.com/PRHopper/Search.htm
Thomas Publishing Company – http://www.thomaspublishing.com/
TMS World Meetings Calendar – http://www.tms.org/Meetings/Meetings.html
TUCOWS – http://www3.bhnet.com.br/tucows/
UFRGS, Lista de Tradutores – http://www.sabi.ufrgs.br/trad/
UIA – http://www.uia.org
UnCover – http://www.carl.org/uncover/unchome.html
UncoverWeb – http://encweb.carl.org/
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
16

Universities.com – http://www.universities.com/
University Microfilms International – http://umi.com/
University of Nevada – gopher://veronica.scs.unr.edu/11/veronica
Web of Science (ISI) – http://isinet.com/prodserv/citation/websci.html
WEBRA – ˆndice do Mercosul – http://www.webra.com.br/
Wikipedia – http://pt.wikipedia.org
Yahoo Brazil – http://www.yahoo.com/Regional_Information/Countries/Brazil/
Yahoo! – http://www.yahoo.com

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
17

4 O TRABALHO COM O TEXTO
4.1 ANÁLISE INTERNA
Conjunto de atividades voltadas para a compreensão de seu todo.
4.2 ANÁLISE EXTERNA
Volta-se para as relações do texto com outros (intertextualidade) e com o contexto científico e
cultural da época de sua produção.
4.3 É PRECISO
Percorrer as diversas etapas da leitura, particularmente nos trechos mais difíceis, procurar
localizar os pontos de relacionamento do texto com a matéria que você está estudando, de modo a
extrair dele todas as informações que contém.
4.4 LOCALIZAÇÃO E OBTENÇÃO DO MATERIAL
4.4.1 Aquisição
É aconselhável a compra de material bibliográfico que tenha grande capacidade de utilização,
que seja clássico ou revolucionário.
4.4.2 Bibliotecas
Gerais: possuem no seu acervo trabalhos de muitas (ou todas) as áreas do conhecimento, obras de
referência e obras literárias. Ex.: bibliotecas centrais das universidades ou bibliotecas públicas.
Setorias: possuem um acervo ligado a uma ou algumas áreas do conhecimento, às quais também
estariam filiadas as obras de referência e as literárias. Ex.: bibliotecas das unidades de ensino das
universidades.
4.4.3 Localização através do catálogo
A obtenção do livro depende da correta informação que o leitor fornece ao bibliotecário. Esta
se dá através do preenchimento de uma ficha que contém o endereço do livro, i. é, seu NÚMERO DE
CHAMADA.
4.4.3.1 Número de chamada
Composto por um número equivalente à classificação do assunto, constituído segundo um
sistema decimal. Há duas classificações decimais, utilizadas segundo critérios internos das bibliotecas,
que se diferenciam levemente.
CDD = classificação decimal de Dewey (a mais prática e mais usada);
CDU = classificação decimal universal.
Atenção: esse número de chamada deve ser copiado cuidadosamente para facilitar a localização do
livro nas estantes.

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
18

4.5 LEITURA DO MATERIAL
4.5.1 Recepção sensitiva
Corresponde a PODER LER e consiste na capacidade de movimenta„…o dos olhos e de
decifra„…o material dos s‚mbolos escritos.
4.5.2 Leitura significativa
Corresponde a SABER LER e consiste na interpreta„…o dos significados dos s‚mbolos
impressos, i. ƒ., captar o sentido das frases, atribuindo aos termos o valor que o autor lhes deu ao
escrever, e captar sua intencionalidade, separando, imediatamente, os conceitos fundamentais dos que
s…o acess‡rios.
4.5.2.1 Finalidades da leitura significativa





Leitura formativa ƒ ler para se formar, ou seja, para adquirir conhecimentos gerais ou, como
no processo de aprendizagem ocorre com freq”Šncia, para se ter uma vis…o mais ampla de
determinado assunto dado em sala de aula.
Leitura de distra„…o ƒ aquela que se faz por diletantismo, para se divertir.
Leitura informativa ƒ a que se utiliza do texto como fonte de informa„…o sobre a qual se
basear…o conclus•es, teorias, estudos, etc.

Cada tipo de leitura exige processos e atitudes diferentes. Para a investiga„…o e coleta de
dados fazemos leitura informativa que tem trŠs objetivos dominantes:




constatar o que o autor do texto realmente afirma, os dados que oferece, as informa„•es que
d•;
relacionar informa„•es do autor com o problema que se est• estudando;
analisar os fundamentos de verdade das afirmativas do autor.

4.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA
Para se fazer uma boa leitura informativa, ƒ preciso ler com mƒtodo. Um modo poss‚vel de
fazŠ-lo ƒ seguir as seguintes etapas.
4.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia
A que certifica a existŠncia de informa„•es. ‰ uma “leitura por alto”, feita apenas olhando-se,
no sum•rio, os t‚tulos dos cap‚tulos e, nos ‚ndices (se houver), o detalhamento da matƒria do livro.
4.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura
‰ a leitura de localiza„…o, no livro, dos tipos de informa„…o existentes para verificar se
correspondem a nossa expectativa: uma referŠncia pode tratar de um assunto, mas omitir o que nos
interessa.
A leitura explanat‡ria ƒ feita a partir dos elementos prƒ- e p‡s- textuais e de alguns cap‚tulos
ou partes:




no livro: subt‚tulos, ‚ndices, bibliografias, cita„•es, pref•cio, introdu„…o, orelha inicial e final;
em um cap‚tulo de livro, os par•grafos inicial e final;
em um artigo de peri‡dico, cuja tƒcnica de composi„…o ƒ j• conhecida, a idƒia principal est•
no t‚tulo e os par•grafos contŠm, sucessivamente:

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
19

1–) o conjunto de dados mais importantes;
2–) maiores detalhes sobre os dados e a pesquisa;
3–) especifica„•es mais particularizadas.
4.7 LEITURA SELETIVA
A que seleciona o melhor material relativo ao problema. ‰ dessa leitura que devem ser feitas
FICHAS DE INDEXA—˜O – aquelas que relacionam as referŠncias que tratam de cada parte do
assunto. ‰ o •ltimo passo da localiza„…o do material e o primeiro de uma leitura mais sƒria, mas que
pressup•e que se tenham presentes os objetivos do trabalho, pois n…o h• sele„…o sem critƒrio.
4.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura
Determina„…o dos limites da disciplina de estudo e leitura: uma unidade de leitura ƒ o setor do
texto que forma uma totalidade de sentido, como um cap‚tulo, se„…o ou qualquer outra subdivis…o. A
extens…o da unidade ƒ determinada por dois fatores: a acessibilidade do texto e a familiaridade do
leitor com o assunto.
4.8 LEITURA CRˆTICA
‰ aquela pela qual se adquirem as informa„•es realmente pertinentes ao tratamento da quest…o
proposta no trabalho. S…o fundamentais a compreens…o e a interpreta„…o correta da mensagem do
texto. Para fazŠ-lo ƒ preciso seguir alguns passos. Terminado o processo de leitura cr‚tica, chega-se a
ter condi„•es de REFAZER O RACIOCˆNIO GLOBAL DO QUE FOI LIDO. Pela leitura cr‚tica ƒ
que se faz a apreens…o, a compreens…o e a interpreta„…o do texto.

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
20

5 COLETA DOS DADOS TEXTUAIS3
5.1 TÉCNICAS DE ANOTAÇÃO





Processo de seleção de informações para posterior aproveitamento;
podem ser de palestras, aulas, consultas bibliográficas, etc.;
apontamentos claros e completos evitam a perda de tempo, tendo que retornar a conteúdos já
vistos;
são, geralmente, feitas em fichas (com a devida identificação), que possibilitam a organização
e o manejo dos dados.

5.1.1 Notas



Devem permitir redação a partir delas;
não devem ser excessivamente sintéticas.

5.1.1.1 Exposições orais






Palavras-chave;
expressões que dividem o discurso (em primeiro lugar..., em segundo lugar...);
dúvidas e respostas surgidas durante a exposição;
informações gestuais do falante;
indicar fonte: autor da idéias, local, dia, mês e ano em que ocorreu a exposição.

5.1.1.2 Textos escritos




Feitas depois de uma primeira leitura rápida;
após sublinha das idéias principais;
indicar fonte: autor, título da obra, lugar, editora, ano da publicação, número das páginas
consultadas.

5.1.1.3 Tipos




Corridas: palavras-chave que deverão ser transformadas em texto tão breve quanto possível;
esquemáticas: ordenam hierarquicamente as partes principais do conteúdo de uma
comunicação;
resumo: procura sintetizar informações colhidas em livros, ou exposições orais.

5.2 TÉCNICAS DE SUBLINHA




Destaque das idéias principais do texto;
distinção entre o essencial e o acessório;
facilita as revisões de leitura ao término de um parágrafo, de um tópico, de todo o texto.

5.2.1 Como fazer



3

Não sublinhar à primeira vista, à medida que se faz a leitura inicial;
não há um código único para sublinhar; mas se recomenda:
 sublinhar palavras-chave apenas depois de feita uma leitura;
 sublinhar apenas idéias principais, e as palavras-chave;

Baseado em MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 11-22.

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
21








atentar para os elementos de coes…o que criam idƒia de oposi„…o (mas, embora), eles
devem ser destacados;
descartar artigos e adjetivos, advƒrbios, preposi„•es, conjun„•es, desde que n…o
necess•rias † compreens…o do texto;
reconstruir o par•grafo a partir das palavras e express•es sublinhadas;
colocar um tra„o vertical † margem do texto para indicar passagens mais significativas;
havendo passagens obscuras, falhas na exposi„…o dos argumentos, d•vidas, discord™ncias,
colocar † margem do texto um ponto de interroga„…o;
para chamar a aten„…o para uma express…o t‡pica de todo o texto, usar dupla sublinha.

5.3 EXEMPLO

ononononononoononononononononononon
ononononoononononononononononononon
onononononononononononononoonononon
nonononononononoononononononononono
nonononononoononononononononononono
nononononononononononononononoonono
? noonononononononoononononononononon
ononononononoononononononononononon
onononononononononononononononoonon

5.4 EXERCˆCIO
O conceito de causalidade4
O conceito de causalidade ƒ complexo e sua an•lise completa ultrapassaria de muito o objetivo deste
livro. Limitaremos nossa discuss…o aos aspectos que parecem essenciais para a compreens…o das
exigŠncias para os processos de pesquisa, em estudos planejados para a verifica„…o de hip‡teses
causais.A idƒia do senso comum a respeito da causalidade tende a admitir que um •nico
acontecimento ('a causa') sempre provoca outro acontecimento •nico ('o efeito'). Na ciŠncia moderna,
ao contr•rio, tende-se a acentuar a multiplicidade de 'condi„•es determinantes' que, reunidas, tornam
poss‚vel a ocorrŠncia de determinado acontecimento. Tanto o pensamento cient‚fico quanto o senso
comum procuram descobrir condi„•es necess•rias e suficientes para um acontecimento. Todavia,
enquanto o senso comum leva uma pessoa a esperar que um fator possa dar uma explica„…o completa,
o cientista raramente – e talvez nunca – espera encontrar um •nico fator ou condi„…o que seja
necess•rio e suficiente para provocar um acontecimento. Ao contr•rio, est• interessado em condi„•es
contribuintes, condi„•es contingentes (sob as quais funcionam as outras) – todas as quais espera ver
atuantes, a fim de tornar prov•vel, mas n…o certa, a ocorrŠncia do acontecimento.
4

Cf. SELLTIZ, Claire et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. S…o Paulo: EPU; EDUSP, 1975. p. 93-94.
(texto fornecido pela Profa. Ms. Vera Britto).
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
22

6 FICHAMENTO5
As fichas constituem valioso recurso de estudo de que se valem os pesquisadores para a realização
de uma obra didática, científica e outras.
Freqüentemente, há obstáculos a vencer no início da utilização das fichas como método de estudo
e de redação. Uma dessas dificuldades é relativa ao dispêndio inicial de tempo, à metodologia de
transcrição de texto, às anotações bibliográficas (autor, título da obra, local de publicação, editora,
ano, página, etc.).
Para quem não pratica ou não está acostumado a fazer fichamento, essa prática parece demorada,
desgastante, inútil. No entanto, o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro,
quando precisar escrever sobre determinado assunto.
Não se recomenda, porém, o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse.
O fichário precisa ser funcional.
6.1 ESTRUTURA DA FICHA
O cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da seqüência das fichas, se for
utilizada mais de uma. As fichas compreendem cabeçalho, referências (bibliográficas), corpo da ficha
e local onde se encontra a obra. As anotações que ocupam mais de uma ficha têm o cabeçalho da
primeira ficha repetido.
Para facilitar a realização do trabalho de redação e consulta ao arquivo, pode-se escrever no alto
da ficha a especificação dela: ficha de comentário, ficha de resumo, ficha de citação direta.
6.2 CONFECÇÃO DA FICHA
Todo o trabalho de fichamento é precedido por uma leitura atenta do texto, no nível da
racionalidade e compreende: capacidade de analisar o texto, separar suas partes e examinar como se
inter-relacionam e como o texto se relaciona com outros, e competência para resumir as idéias do
texto.
O primeiro nível desse tipo de leitura é denotativo, parafrástico. Cuida do vocabulário, das
informações sobre o autor, do contexto socioeconômico, histórico e objetivo do texto. Atenta também
para a teoria desenvolvida ou conceitos apresentados. Examina as idéias centrais, procurando
identificar de que trata o texto. Procura também observar como se desenvolve o raciocínio do autor,
quais suas teses e provas, enfim, verifica-se o encadeamento das idéias apresentadas.
No segundo nível, o leitor interpreta os significados não transparentes: a leitura aqui é
polissêmica. A pergunta a responder é: "O que o autor quis demonstrar?". Verifica-se a relação do
texto com a realidade de seu tempo. Há originalidade nas idéias?
O nível seguinte é o da crítica, que não será subjetiva, impressionista, do tipo gosto/não gosto.
O autor atingiu os objetivos estabelecidos? É claro, coerente? O texto apresenta alguma contribuição
para a comunidade científica? O passo final é o da problematização, em que se indagam sobre as
possibilidades de aplicação do texto a outras situações, sobre contribuições para nova leitura do
mundo.
6.2.1 Fichas de leitura
Fichas nas quais se registram informações bibliográficas completas, anotações sobre tópicos
da obra, citações diretas, juízos valorativos a respeito da obra, resumo do texto, comentários. Enquanto
as fichas bibliográficas contêm apenas as informações bibliográficas, necessárias para a localização de
um livro, as fichas de leitura contêm todas as informações sobre um livro ou artigo.

5

Cf. MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 1999. p. 96-114.
© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
23

6.2.2 Fichas de indicação bibliográfica
A indicação de referências bibliográficas é feita segundo normas da ABNT (NBR 6023).
Pode-se valer o pesquisador da ficha catalográfica, que consta das primeiras páginas de um livro, para
a transcrição das referências, ou dos elementos constantes da folha de rosto. Periódicos apresentam
indicações dos elementos identificadores na primeira página, ou na capa.
6.2.3 Ficha de resumo
Resumo é um tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas
idéias principais. Em princípio, o resumo é uma paráfrase e pode-se dizer que dele não devem fazer
parte comentários e que engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo.
A ficha de resumo ou de conteúdo apresenta uma síntese das idéias do autor. Saliente-se que
não é um sumário ou índice das partes. Devem-se expor abreviadamente as idéias do autor. Não se faz
uso de citações.
6.2.4 Ficha de transcrição
A transcrição direta exige a colocação de aspas no início e no final do texto. Consiste na
reprodução fiel de textos do autor citado. Se já houver no texto transcrito expressão "aspeada", tais
aspas devem ser transformadas em aspas simples.
Indica-se o número da página de onde foi transcrito o texto. Se houver erros de grafia ou
gramaticais, copia-se como está no original e escreve-se entre colchetes [sic].
A supressão de palavras é indicada com três pontos entre parênteses. Supressões iniciais ou
finais não precisam ser indicadas.
A supressão de um ou mais parágrafos intermediários é indicada por uma linha pontilhada.
Ao transcrever um texto é preciso rigor, observando aspas, itálicos, maiúsculas, pontuação,
etc. Não se deve alterar o texto de nenhuma forma.
6.2.5 Ficha de comentário
Devem-se analisar os aspectos quantitativos e depois os qualitativos, desta forma, podem-se
acrescentar comentários sobre extensão do texto, sua constituição (ilustrações, exemplos, bibliografia,
citações, etc.), conceitos abordados. Em aspectos qualitativos, recomenda-se que se atenha à análise e
detecção da hipótese do autor, objetivo, motivo pelo qual escreveu o texto, as idéias que fundamentam
o texto. Deve o comentarista verificar se a exemplificação é genérica ou específica, se a organização
do texto é clara, lógica, consistente, e o tom utilizado na exposição é formal ou informal, se há pontos
fortes e fracos na argumentação do autor, se a terminologia é precisa. E ainda dizer se a conclusão é
convincente e quem será beneficiado pela leitura do texto. Finalmente, deve fazer uma avaliação da
obra.

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
24

6.3 MODELO DE FICHAMENTO

Assunto
Referência de acordo com a NBR 6023
Síntese do conteúdo, incluindo citações diretas e indiretas do original. A extensão e o grau de
aprofundamento do fichamento irão depender do que se pretende em relação ao texto que está sendo
fichado.
Pode-se fazer, também, a síntese página a página, neste caso, colocando-se o número das páginas de
onde se extraíram as informações na margem esquerda. Por exemplo.
p. 13

blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla
bla"blablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla" blablablablablabla.
blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablablablablabla"blablablablablablablablablablabla".

p. 14-15

blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla
blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla.

p. 16

blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla
blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla
blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla.
Pode-se informar, também, o grau de importância do material para o trabalho que será feito, ou a
que outros assuntos ou disciplinas ele poderá interessar.
Pode-se informar, ainda, se esse mesmo assunto pode ser encontrado em outros materiais.
É importante incluir a informação da localização do material: se pertence a alguma biblioteca, ou a
algum colega. Caso seja de biblioteca, copiar o código de localização na estante.

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
25

6.4 EXEMPLO DE FICHAMENTO6

A origem da paleontologia
BRYSON, Bill. CiŠncia vermelha nos dentes e garras. In: ______. Breve história de quase
tudo. S…o Paulo: Companhia das letras, 2005. p.86-105.
RESUMO

p. 89

O descobrimento dos primeiros ossos de dinossauro da hist‡ria provocaram
grandes disputas e muita rivalidade; em muitos casos n…o houve ƒtica e nem
preocupa„…o com trabalho alheio.
“Em 1787, alguƒm em nova Jersey- encontrou um fŠmur enorme progetandose para fora de uma margem de rio em um local chamado Woodbury Creek.
Acredita-se que tenha pertencido a um hadrossauro, grande dinossauro com
bico de pato. Naquela ƒpoca os dinossauros eram desconhecidos.
O fato de o osso n…o despertar maior interesse ƒ bem estranho, pois ele
apareceu numa ƒpoca em que os Estados Unidos vivem numa onda de
entusiasmo em torno dos resqu‚cios de animais grandes e antigos.”

p. 94

“[...] a lideran„a paleontol‡gica havia passado para a Inglaterra. Em 1812, em
Lyme Regis, na costa de Dorset, uma crian„a extraordin•ria Chamada Mary
Anning- de onze [...].
[...] encontrou um estranho monstro marinho fossilizado [...] ictiossauro,
incrustado nos penhascos ‚ngremes e perigosos ao longo do canal da Mancha.
Ela tambƒm encontraria o primeiro plesiossauro, outro mostro marinho [...].

p. 96

Em 1853 Richard Owen era considerado astro da jovem ciŠncia da
paleontologia, aos 21anos foi contratado pelo colƒgio real de cirurgi•es para
ajudar a organizar sua cole„•es. Por sua capacidade de organiza„…o e dedu„…o
se destacou rapidamente. [coment•rios do autor]
Este trabalho poder• interessar a estudantes de hist‡ria, ou •reas ligadas a
paleontologia, e atƒ mesmo a pessoas que tenham interesse em hist‡rias
curiosas.
[coment•rios do autor]
Este texto foi disponibilizado (na xerox) pela professora Marla Andrade, da
disciplina Tƒcnicas de Pesquisa da Universidade Federal da Bahia.

6

Este exemplo ƒ um fragmento do fichamento.

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
26

7 CITAÇÃO7
As regras de cita„…o em documentos s…o determinadas pela NBR 10520 da ABNT e, de
acordo com ela, cita„…o ƒ toda "men„…o no texto de uma informa„…o colhida em outra fonte".
Elas d…o credibilidade ao texto e respaldam as idƒias transmitidas pelo autor. Porƒm, ƒ
important‚ssimo levar em considera„…o o contexto em rela„…o ao texto original. Deve-se ter cuidado,
ainda, para n…o truncar a idƒia inicial do texto do qual se origina.
A cita„…o pode ser DIRETA, quando ƒ feita a transcri„…o literal das palavras extra‚das da outra
fonte exatamente como elas se encontram, ou INDIRETA, quando se transmitem as idƒias do outro
utilizando nossas pr‡prias palavras. Pode, ainda, variar conforme a sua extens…o.
Exemplo de cita„…o INDIRETA8:
A ironia seria assim uma forma impl‚cita de heterogeneidade mostrada, conforme a
classifica„…o proposta por Authler-Reiriz (1982).
Exemplo de cita„…o DIRETA:
“Apesar das aparŠncias, a desconstru„…o do logocentrismo n…o ƒ uma psican•lise da filosofia
[…]” (DERRIDA, 1967, p. 293).
Em casos de cita„…o DIRETA, caso esta ocupe AT‰ TR‘S LINHAS do texto, deve ser
inclu‚da, entre aspas duplas, dentro do pr‡prio texto, com a mesma fonte e o mesmo tamanho. Caso a
cita„…o ultrapasse a quantidade de trŠs linhas do texto, deve, ent…o, vir separada deste, em par•grafo
pr‡prio, RECUADO da margem esquerda.
Faz-se este recuo atravƒs da rƒgua do Word, levando-a a 4cm da margem esquerda em dire„…o
ao centro. A fonte deve ser menor do que aquela utilizada no corpo do texto, com espa„amento
simples e n…o deve se apresentar entre aspas. Caso se fa„am necess•rias omiss•es, estas s…o indicadas
atravƒs da utiliza„…o de reticŠncias de trŠs pontos dentro de colchetes.
Por exemplo:
A teleconferŠncia permite ao indiv‚duo participar de um encontro nacional ou
regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de
teleconferŠncia incluem uso de televis…o, telefone e computador. [...] Atravƒs de
•udio-conferŠncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de •udio
pode ser emitido em um sal…o de qualquer dimens…o. (NICHOLS, 1993, p. 181)

Em casos de acrƒscimos, interpola„•es ou coment•rios, estes devem ser inclu‚dos entre
colchetes. E, em casos de destaques ou Šnfase atravƒs do uso de recursos gr•ficos como negrito ou
it•lico, deve-se informar ao leitor que o grifo foi feito por arb‚trio nosso e n…o do autor do texto
transcrito, isso deve ser feito utilizando-se a express…o (grifo nosso) logo ap‡s o grifo na transcri„…o.
Exemplo:
A teleconferŠncia [ou videoconferŠncia] permite ao indiv‚duo participar de um
encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos
comuns de teleconferŠncia incluem uso de televis…o, telefone e computador. Atravƒs
de •udio-conferŠncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de •udio

7

Baseado em ASSOCIA—˜O BRASILEIRA DE NORMAS T‰CNICAS. NBR 10520: informa„…o e
documenta„…o: apresenta„…o de cita„•es em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 7 p. e em LUBISCO, N‚dia M.
L.; VIEIRA, S•nia Chagas. Manual de estilo acadêmico: monografias, disserta„•es e teses. 2. ed. Salvador:
EDUFBA, 2003. p. 58-65.
8
A maioria dos exemplos foram extra‚dos ou adaptados da pr‡pria ABNT.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
27

pode ser emitido em um sal…o de qualquer dimens…o (grifo nosso). (NICHOLS, 1993,
p. 181)

Em caso de haver uma cita„…o j• aspada dentro do texto citado e que deve ganhar novas aspas,
as primeiras aspas s…o transformadas em aspas simples. As aspas simples s…o utilizadas para indicar
cita„…o no interior da cita„…o.
Exemplo:
“Apesar das ‘aparŠncias’, a desconstru„…o do logocentrismo n…o ƒ uma psican•lise da filosofia
[…]” (DERRIDA, 1967, p. 293)
Caso se fa„a uma cita„…o em l‚ngua estrangeira, a tradu„…o desta deve vir em nota de rodapƒ
ou de fim, a depender das especificidades do sistema de referŠncia. Tambƒm deve aparecer, entre
parŠnteses, a express…o (tradu„…o nossa).
7.1 SISTEMAS DE REFER‘NCIA (ou CHAMADA, de acordo com a NBR 10520) DAS CITA—•ES
H• duas formas de se referenciar as cita„•es, o sistema autor-data e o sistema numƒrico (o
qual n…o ser• explicado aqui). Uma das duas deve ser escolhida e utilizada ao longo de todo o texto.
Atualmente, a tendŠncia ƒ recomendar o uso do sistema autor-data.
7.1.1 Sistema autor-data
a) sobrenome do autor (ou pelo nome de cada entidade), entre parŠnteses, em mai•sculas, seguido
de v‚rgula, e o ano de publica„…o.
Ex. (MEDEIROS, 1999); (BRASIL, 1995)
b) caso o nome do autor j• conste da senten„a em que ser• inclu‚da a cita„…o, ele possuir• apenas a
letra inicial mai•scula, a data aparecer• entre parŠnteses, seguida de v‚rgula e a indica„…o do
n•mero da p•gina, se for o caso.
Ex. De acordo com Lakatos (2001, p. 137) “[...] todo o trabalho cient‚fico obedece a uma norma
[...]”;
c) quando s…o citadas obras diferentes de um mesmo autor, publicadas no mesmo ano, as
referŠncias devem diferenci•-las atravƒs de letras min•sculas, ap‡s a data, sem espacejamento.
Ex. (LAKATOS, 2001a) ou (LAKATOS, 2001b)
d) quando s…o citados autores com o sobrenome igual e cujas edi„•es consultadas foram do
mesmo ano, coloca-se, alƒm do sobrenome, a inicial do nome do autor.
Ex. (SILVA, C., 2005)
e
(SILVA, M., 2005)
e) quando s…o citados autores com o sobrenome igual e com a inicial do nome tambƒm igual e
cujas edi„•es consultadas foram do mesmo ano, coloca-se, alƒm do sobrenome, o primeiro
nome do autor por extenso.
Ex. (SILVA, Carlos, 2005)
e
(SILVA, Cl•udio, 2005)
f) caso se fa„a uma cita„…o que j• era uma cita„…o no texto que se est• lendo, ou seja, uma cita„…o
de segunda m…o, deve-se colocar a referŠncia do autor do texto que se est• citando, seguida da
express…o apud seguida da referŠncia do texto que a havia citado primeiramente.
Ex. (SILVA, 2003 apud SOUZA, 2006)
g) quando a cita„…o ƒ direta, deve-se sempre indicar o n•mero da(s) p•gina(s) onde de onde o texto
foi extra‚do.

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
28

h) As cita„•es indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes
e mencionados simultaneamente, tŠm suas datas separadas por v‚rgula.
Exemplo: (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995)
(CRUZ, CORREA, COSTA, 1998, 1999, 2000)
i) As cita„•es indiretas de diversos documentos de v•rios autores, mencionados simultaneamente,
devem ser separadas por ponto-e-v‚rgula, em ordem alfabƒtica.
Exemplos: Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de todos
(FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997)
Diversos autores salientam a import™ncia do “acontecimento desencadeador” no in‚cio
de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MEZIROW, 1991)
j) pela primeira palavra do t‚tulo seguida de reticŠncias, no caso de obra sem indica„…o de autoria
ou responsabilidade, seguida da data de publica„…o do documento e da(s) p•gina(s) da cita„…o,
no caso de cita„…o direta, separados por v‚rgula e entre parŠnteses;
No texto:
“As IES implementar…o mecanismos democr•ticos, leg‚timos e transparentes de avalia„…o
sistem•tica de suas atividades, levando em consta seus objetivos institucionais e seus
compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55)
Na lista de referŠncias:
ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates, Bras‚lia, DF, n. 13, p. 51-60, jan. 1987.
l) se o t‚tulo come„a por artigo (definido ou indefinido), ou monoss‚labo, este deve ser inclu‚do na
indica„…o da fonte;
No texto:
“Em Nova Londrina (PR), as crian„as s…o levadas †s lavouras a partir dos 5 anos.” (NOS
CANAVIAIS..., 1995, p. 12)
Na lista de referŠncias:
NOS CANAVIAIS, mutila„…o em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul.
1995. O Pa‚s, p. 12
7.1.2 Sistema numérico
a) o nome do autor ƒ citado dentro do texto, apenas com as iniciais mai•sculas, seguido do n•mero
indicativo da nota que conter• a referŠncia completa. Esta nota poder• ficar no rodapƒ da
p•gina ou ao final do texto. Neste caso a lista de referŠncias dever• ser organizada na ordem
em que as cita„•es aparecem no texto;
b) o n•mero indicativo da nota poder• vir de dois modos, ou sobrescrito ou entre parŠnteses.
Ex."Num relat‡rio de pesquisa, pode-se ter cita„•es literais [...] ou livres [...]".9
"Num relat‡rio de pesquisa, pode-se ter cita„•es literais [...] ou livres [...]".(3)

9

LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciŠncias
humanas. Porto Alegre: Artes Mƒdicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263.
(3) LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em
ciŠncias humanas. Porto Alegre: Artes Mƒdicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
29

c) caso se fa„a uma cita„…o de um mesmo autor, na mesma p•gina em que aparece a cita„…o
anterior, pode-se utilizar na referŠncia algumas abreviaturas.
Ex. “[...] as notas fornecem a referŠncia bibliogr•fica da cita„…o [...]”.10
d) caso se fa„a uma cita„…o de segunda m…o, para o sistema numƒrico, deve-se colocar a referŠncia
completa de cada uma das obras, ligadas pela express…o apud.
Ex. SILVA, Carlos. O trabalho de conclusão de curso. S…o Paulo: Antoniela, 2003. Apud
SOUZA, Joaquim. O método científico. Rio de Janeiro: DXL, 2006. p. 37.
Obs.: Atualmente, n…o se recomenda a utiliza„…o das referŠncias de cita„…o em sistema numƒrico.
Recomenda-se a utiliza„…o do sistema autor-data.
7.2 EXPRESS•ES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIA—•ES DE TEXTOS CIENTˆFICOS
7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações (Não são utilizadas em destaque,
ou seja, em negrito ou itálico ou travessões, mas na mesma fonte e tamanho do texto)
apud – utilizada para cita„•es de segunda m…o;
c.f. – confira, confronte;
e.g. – exempli gratia, por exemplo;
i.e. – id est, isto ƒ;
inf. – infra, citado ou mencionado abaixo;
supra – citado ou mencionado acima;
sic – tal qual, assim mesmo;
vs. – versus, em oposi„…o a.
7.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico
et seq. ou sequentia – e seguintes;
ibidem ou ibid. – na mesma obra;
idem ou id. – do mesmo autor;
loc. cit. ou loco citato – no local antes citado;
op. cit. ou opus citatum ou opera citatum – obra citada (obs.: esta express…o s‡ pode ser usada na
mesma p•gina onde se encontra a cita„…o a qual se refere);
passim – aqui e ali, em diversas p•ginas ao longo do texto.
Acompanhando qualquer cita„…o, seja ela direta ou indireta, longa ou curta, deve vir a
referŠncia da fonte, de acordo com a norma. Utilizar as palavras ou idƒias de um autor sem referenci•lo ƒ pl•gio, o que constitui um crime, e denota falta de ƒtica.
7.3 EXERCˆCIO SOBRE CITA—˜O EM DOCUMENTO (NBR 10520)
De acordo com o que foi visto em aula e com a NBR 10520, responda as seguintes quest•es:
1) Quais sistemas de chamadas (ou referŠncias) podem ser usados para referenciar textos citados
em trabalhos acadŠmicos brasileiros?
2) Em que consiste o sistema autor-data?
3) Qual a diferen„a entre notas de referŠncia e notas explicativas? (Onde vocŠ explicou isso?)
4) Caso se opte pelo sistema de cita„…o em notas, dever• haver uma lista de referŠncias ao final
do trabalho?
5) ‰ poss‚vel utilizar em um •nico trabalho ambos os sistemas de referŠncia?
6) No sistema numƒrico, onde devem aparecer as referŠncias das cita„•es?
7) Caso se opte pelo sistema autor-data, como devemos proceder em rela„…o a:
10

Ibid., loc. cit.

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
30

a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)

quando o nome do autor não aparece na minha sentença, ou seja, apenas citei o trecho de
sua obra, sem ter ainda dito o seu nome, esta indicação deve aparecer de que maneira?
quando o nome do autor fizer parte da minha sentença, devo repeti-lo outra vez dentro dos
parênteses?
é obrigatória a utilização do número de página de onde foi extraída a citação?
caso eu esteja citando duas obras de um mesmo autor publicadas em um mesmo ano,
como farei para diferenciar uma da outra?
caso eu esteja citando dois autores diferentes que publicaram obras em um mesmo ano, e
estes dois autores possuem o mesmo sobre nome. Como devo fazer para diferenciá-los?
e caso eles tenham o mesmo sobrenome, e o mesmo nome além de terem publicado no
mesmo ano. O que devo fazer?
caso eu cite um trabalho que não apresenta indicação de autoria, como indicarei através do
sistema autor-data?

8) Como devem ser indicadas supressões de palavras do trecho que estou citando?
9) Como devem ser indicados acréscimos de palavras em um trecho que estou citando?
10) O que significam as seguintes expressões em latim e quando cada uma delas deve ser
utilizadas?
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
h)
i)
j)
k)
l)
m)

apud:
cf.:
e.g.:
i.e.
sic:
ibid.:
id.:
loc. cit.:
op. cit.:
et al.:
S.l.:
s.n.:
ca.:

11) Como devem ser formatadas as citações diretas que ocupem mais de três linhas do texto?
12) Como devem ser formatadas as citações diretas que ocupem até três linhas do texto?

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
31

8 REFERÊNCIAS11
REFER‘NCIAS ƒ o nome dado ao conjunto de elementos que indicam os documentos
utilizados, citados ou apenas consultados na elabora„…o de trabalhos acadŠmicos.
De cada um desses documentos se devem indicar os elementos essenciais – autoria, t‚tulo,
local de publica„…o, tipo de documento, data, p•gina, etc. – da forma mais completa poss‚vel,
permitindo, desta maneira, que aquele que leia o trabalho consiga chegar atƒ as fontes originais.
De acordo com a ABNT, estas referŠncias devem constituir uma lista •nica, incluindo tudo
(tudo o que, o material, as fontes?) (o que foi citado ou n…o) que o autor considerou importante para a
elabora„…o do trabalho.
Conforme lembram Lubisco e Vieira esta lista "n…o deve ser denominada de Bibliografia, nem
confundida com ela, pois esta constitui uma publica„…o onde se encontra registrada a literatura
produzida sobre determinado tema, num determinado pa‚s ou em ™mbito mundial". (2003, p. 51)
A forma e a disposi„…o destas referŠncias s…o regidas pela NBR 6023 de 2002, da ABNT, que
indica que todas as referŠncias estejam alinhadas apenas pela margem esquerda, dispostas em ordem
alfabƒtica pelo primeiro elemento e em espacejamento simples (podendo vir numeradas ou n…o) ou na
ordem de aparecimento no texto, separadas entre si por espa„o duplo.
Nos casos em que aparecem em ordem alfabƒtica, as referŠncias que possuam o(s) mesmo(s)
autor(es), o(s) nome(s) deste(s) pode(m) ser substitu‚do(s) a partir da segunda vez por um tra„o de seis
toques seguido de um ponto (cada um). (Dificulta a ordena„…o alfabƒtica)
8.1 ABREVIATURAS
As abreviaturas dos meses do ano obedecem † seguinte regra:
abrevia-se o nome do mŠs atƒ a terceira letra, com exce„…o do mŠs de maio, que deve ser
grafado por inteiro.
 Ex. jun.; ago.; maio
 p•gina: p.
 folha: f.
 n•mero: n.
 volume: v.
 Sem local: S.l.
 sem nome: s.n.
 c.a: cerca
 edi„…o: ed.
 editor: Ed.
 organizador: Org.
 coordenador: Coord.
 revisada: rev.
 ampliada: ampl.
 aumentada: aum.
Obs.: estas express•es n…o v…o para o plural.
 em casos de tradu„…o, o termo vem por inteiro, seguido do nome do tradutor.
Ex.: Tradu„…o de Luis Souza.


11

Adaptado de LUBISCO, N‚dia M. L.; VIEIRA, S•nia Chagas. Manual de estilo acadêmico. 2. ed. Salvador:
UFBA; UNIFACS, 2002 e ASSOCIA—˜O BRASILEIRA DE NORMAS T‰CNICAS. NBR 6023: informa„…o e
documenta„…o: referŠncias: elabora„…o. Rio de Janeiro, 2002. 24 p.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
32

8.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFER‘NCIA
Livro com um único autor, em primeira edição:
SILVA, Ant•nio da. Mercado de trabalho: um desafio para o futuro. Salvador: Bom Tempo, 1998.
362 p.
Livro com até três autores:
CUNHA, Manuel da; PEREIRA, Ant•nio; MALTA, Carlos. Assim se faz um projeto: aux‚lio aos
principiantes. 7. ed. Belo Horizonte: Lux, 1970. 251 p.
Capítulo de livro com organizador:
DANTAS, Manuel. Os jornais do interior. In: SILVA, Josƒ da (Org.). Comunicação e sociedade. 3.
ed. S…o Paulo: Avante, 1973. p. 121-136.
Artigo, com mais de três autores, publicado em periódico:
MACHADO, Pedro Ant•nio et al. Seriedade na profiss…o. Itatiaia, Rio de Janeiro, v. 3, n. 5, p. 12-16,
jun. 2001.
Artigo publicado em periódico sem indicação de autoria:
O FUTURO nos espera. Folha de São Paulo, S…o Paulo, 13 ago. 2002. Caderno Emprego, p. 27.
Texto publicado em anais de congresso:
SANTANA, Alexandre dos Santos. Multimeios e comunica„…o. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
CI‘NCIAS DA COMUNICA—˜O, 24., 2000. Porto Alegre, Anais... Porto Alegre: PUCRS, 2002. p.
32-37.
Dissertação de mestrado:
SILVA, Maria Antonieta Souza e. Relações Públicas: um estudo de caso na cidade de Salvador. 2002.
2v. 165f. Disserta„…o (Mestrado em CiŠncias Sociais) – Faculdade de Comunica„…o Social,
Universidade Salvador, Salvador.
Texto extraído de página disponível na Internet:
LOUREIRO, Ant•nio. Propaganda e preconceito. Dispon‚vel em:
<http://www.publicidadeetnica.com.br>. Acesso em: 23 maio 2002.
Entrevista registrada em fita K-7:
CHAVES, Marcos: depoimento [02 jul. 2002]. Entrevistadora: Maria Souza. Salvador:
UFBA/Faculdade de Comunica„…o. 1 fita cassete (45 min), 3 3/4 pps, estƒreo.
8.3 DATA (ELEMENTO OBRIGATŽRIO)
A data ƒ um elemento obrigat‡rio, portanto n…o pode ser substitu‚do pela abreviatura [s.d.].
Deve-se inferir pelos elementos presentes, ou por informa„•es externas. Desta forma, deve-se indicar a
data dentro de colchetes, visto que ela ser•, nestes casos, uma inferŠncia.
[1971 ou 1972]: um ano ou outro
[1969?]: data prov•vel
[1973]: data certa n…o indicada no item
[entre 1906 e 1912]: use intervalos menores de 20 anos
[ca. 1960]: data aproximada

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
33

[197-]: década certa
[197-?]: década provável
[18--]: século certo
[18--?]: século provável
8.4 SISTEMA AUTOR-DATA
Neste sistema, sugere-se uma adaptação da norma (NBR 6023:2003), colocando-se a data,
entre parênteses, logo após a indicação de autor.
Ex.: SOUZA, Dantas (2002). Somos todos iguais. 3.ed. Rio de Janeiro: Áter.
8.5 EXERCÍCIO
De acordo com o que foi visto em aula e com a NBR 6023, coloques os elementos indicados a
seguir na ordem correta:
Autor: José Mascarenhas
Título: O Novo Mundo
Subtítulo: Um presente ao futuro
Local de publicação: São Paulo
Editora: Editora Moderna Ltda.
Edição: 4ª edição
Ano de publicação: 1997
Número total de páginas: 105
__________________________________________________________________
Organizadores: Pâmela Dias, José Mascarenhas & Antônio Santos
Título: Que belo dia!
Local de publicação: São Paulo
Editora: Pimentel Cia. Ltda.
Edição: 1ª edição
Ano de publicação: 1997
Número total de páginas: 105
Páginas consultadas e citadas: da 12 a 17
__________________________________________________________________
Organizador do livro: Paulo Antônio Santos Neto
Título do capítulo: Quero Vencer
Autor do capítulo: Paulo Antônio Santos Neto
Edição: 10ª
Editora: Pedágio
Título do livro: Vencedores
Subtítulo: Como ser um deles
Data: provavelmente 1967
páginas do capítulo: 102 a 130
__________________________________________________________________
Endereço do site: http://www.soumaiseu.com.br
Data do acesso: 20 de julho de 2003
Título do artigo: Juntos somos poderosos
__________________________________________________________________
Autor: Luiz Gusmão e Souza
Título: Collor de Mello
Subtítulo: Ascensão e Queda
Local de publicação: Viçosa
Estado de Publicação: Minas Gerais.
Edição: 1ª edição

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
34

9 SEMINÁRIO (TÉCNICA DE ESTUDO)
9.1 INCLUI




Pesquisa.
Discussão.
Debate.

9.2 ENVOLVE





Capacidade de pesquisa.
Análise sistemática de fatos.
Raciocínio.
Reflexão.

9.3 POSSIBILITA


Elaboração clara e objetiva de trabalhos científicos.

9.4 FONTES QUE ORIGINAM UM ASSUNTO PARA O SEMINÁRIO







São as mais variadas
temas constantes de um programa disciplinar que necessitam de conhecimento mais aprofundado;
temas complementares a um programa disciplinar;
temas novos, divulgados em periódicos especializados, referentes à disciplina em questão;
temas atuais, de interesse geral, com idéias renovadoras;
temas específicos, atualizados, adequados a um programa de seminário.

9.5 COMPONENTES
Individual ou em grupos (entre 5 e 12 participantes)
 Coordenador: geralmente o professor. Propõe os temas a serem estudados, indica bibliografia
inicial, estabelece uma agenda de trabalhos e fixa a duração das sessões. Geralmente preside e
coordena a apresentação dos seminários. Pode introduzir o assunto geral do qual irão derivar os
subtemas. Ao final dos debates, sintetiza as conclusões globais, faz uma apreciação geral dos
resultados, complementando alguns itens.
 Organizador: marca reuniões prévias, coordena as pesquisas e o material, designa os trabalhos de
cada componente.
 Relator(es): expõe os resultados dos estudos. Essas tarefas podem ser realizadas por todo o grupo.
 Secretário: designado para anotar as conclusões parciais e finais do seminário, após os debates.
Pode ser substituído pelo organizador.
 Comentador: pode ser um só ou um grupo. Responsável pelo aprofundamento crítico do trabalho.
Deve estudar com antecedência o tema a ser apresentado para fazer críticas adequadas à
exposição, antes da discussão e debate dos demais participantes da classe.
 Debatedores: todos os alunos da classe. Depois da exposição e da crítica do comentador (se
houver), devem participar fazendo perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções,
reforçando argumentos ou dando alguma contribuição.
9.6 ETAPAS


O coordenar propõe determinado estudo, indica bibliografia, forma os grupos de seminário,
escolhe o comentador e o secretário;

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
35









o grupo escolhe o organizador e o(s) relator(es), divide as tarefas, inicia o trabalho de pesquisa.
Depois reúnem-se (diversas vezes) para discutir o material coletado, confrontar os pontos de vista,
formular conclusões e organizar os dados disponíveis;
pronto o seminário, a classe se reúne;
os relatores apresentam os resultados dos estudos;
o comentador, após a exposição, intervém com objeções, subsídios e críticas;
a classe participa das discussões e debates, fazendo indagações, reforçando ou refutando
afirmações;
ao final, o coordenador faz uma síntese e encaminha para as conclusões finais.

9.7 FASES DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL





determinação do tema
divisão do tema em tópicos
análise do material coletado
síntese das idéias, resumo das contribuições

9.8 A EXPOSIÇÃO
Deve ser composta de:
 introdução
 desenvolvimento
 conclusão
 referências

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
36

10 RESUMO
Tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas idéias
principais, é uma paráfrase, não deve conter comentários, engloba duas fases: a compreensão do texto
e a elaboração de um novo. É uma apresentação sistemática e seletiva das idéias de um texto,
ressaltando a progressão e a articulação das mesmas, deve apresentar as idéias principais do autor.
Para se elaborar um bom resumo é necessário passar por duas etapas de compreensão das
idéias:
 análise do texto e checagem das informações colhidas com aquilo que já se conhece;
 deriva de dois métodos distintos: o analítico (resumo parágrafo a parágrafo que deve refletir a
idéia do texto principal) e o comparativo (enfoca a estrutura geral do texto; pressupõe o
conhecimento prévio das informações contidas no texto).
O resumo, assim como os demais textos científicos, tem sua estrutura e formato regidos pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas, e a norma específica que trata dele é a NBR 6028. De
acordo com ela, um resumo é a "apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto".
10.1 FUNÇÃO




Toda comunicação científica possui utilidade clara e específica, assim a do resumo é:
abreviar o tempo dos pesquisadores;
difundir informações de tal modo que possam influenciar e estimular a consulta do texto
completo.

10.2 ESTRUTURA






Em sua elaboração devem-se destacar, quanto ao conteúdo:
o assunto do texto;
o objetivo do texto;
a articulação das idéias;
as conclusões do autor do texto.

10.3 DICAS PARA REDAÇÃO
Para redação de um bom resumo é necessário que se atente para os seguintes pontos:






utilizar linguagem objetiva;
evitar repetições de frases inteiras do original;
respeitar a ordem em que as idéias ou fatos são apresentados;
não apresentar juízo de valor;
ser compreensível por si mesmo (dispensar a consulta ao original).
Um resumo pode:





apresentar um sumário de idéias do autor;
narrar as idéias mais significativas;
condensar o conteúdo.
Para isso é preciso realizar alguns procedimentos:





descobrir o plano da obra a ser resumida;
responder duas perguntas: o que o autor pretende demonstrar?; de que trata o texto?;
ater-se às idéias principais do texto e a sua articulação;

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
37




distinguir as diferentes partes do texto;
identificar palavras-chave.

10.4 TIPOS
Existem vários tipos de resumo, cada qual com objetivo e características próprias. O resumo
que precede as publicações científicas é o chamado resumo indicativo, também conhecido como
descritivo. Ele apresenta um sumário narrativo, não apresenta dados qualitativos e quantitativos, não
dispensa a leitura do original e se refere apenas às partes mais importantes do texto.
Todo resumo deve salientar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do trabalho.
(Essa observação cabe melhor quando se discorre sobre a estrutura do resumo)
Quanto ao estilo, aconselha-se que um resumo seja elaborado com frases concisas, evitando
enumerar tópicos. A primeira frase deve explicar o assunto, em seguida indica-se de que trata o texto
(um estudo de caso, a análise de uma situação).
De acordo com Lubisco e Vieira (2003, p. 40), um o resumo deve:
[...] ser redigido na terceira pessoa do singular, com verbo na voz ativa, em frases
correntes, sem enumeração de tópicos [...]. A frase de abertura deve explicitar o tema
do trabalho e ser seguida da indicação de sua categoria (memória, estudo de caso
etc.). Deve ser evitado o uso de frases negativas, parágrafos, fórmulas, símbolos,
citações bibliográficas. É encabeçado pela palavra RESUMO em negrito e letras
maiúsculas, centralizada no alto, com o texto em espaço simples. (Nem sempre será
regra, variando de acordo com os critérios de publicação dessa ou daquela entidade)
Ao final deve incluir as palavras-chave representativas do conteúdo, extraídas da
ficha catalográfica.

10.5 TAMANHO
Quanto à extensão, a ABNT recomenda que o resumo seja composto por um único parágrafo.
(Aqui, também, cabe a observação de que varia de acordo com os critérios da entidade)
Se for de notas e comunicações breves deve possuir de 50 a 100 palavras;
se for de monografias e artigos extensos deve possuir de 100 a 250 palavras;
se for de relatórios e dissertações ou teses, de 250 a 500 palavras.
10.6 PALAVRAS-CHAVE
O texto do resumo deve ser seguido de palavras-chave: palavras representativas do conteúdo
do documento. Aconselha-se a utilização de no mínimo 3 e no máximo 6 palavras-chave. Cada uma
deve ser iniciada por letra maiúscula e finalizada por ponto.
10.6 IMPORTANTE!
Um bom resumo deve:




vir precedido da referência do texto original, que está sendo resumido em conformidade com a
norma de Referências estabelecida pela ABNT (NBR 6023) (quando o resumo não acompanha
o próprio texto)
conter a síntese do conteúdo do texto em questão (assunto do texto, objetivo, métodos,
critérios utilizados, conclusões do autor). (ou seja, a estrutura básica do resumo)
As regras mais aplicadas na confecção de um resumo são:



apagamento de elementos redundantes e supérfluos ou não relevantes (supressão de adjetivos
e advérbios);

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
38





generaliza„…o das idƒias do texto (registrar informa„•es de ordem geral);
sele„…o das idƒias principais;
inven„…o ou constru„…o (frases que incluam v•rias idƒias expostas no texto, mas deve-se fazŠlo de forma sintƒtica).

Algumas publica„•es cient‚ficas exigem, ainda, que o texto seja acompanhado de um resumo
em l‚ngua estrangeira, geralmente uma l‚ngua de divulga„…o internacional (inglŠs, francŠs, espanhol),
obedecendo †s mesmas regras de formata„…o e reda„…o do resumo em l‚ngua vern•cula, sendo
encimado pela palavra ABSTRACT (inglŠs), R‰SUM‰ (francŠs) ou RESUMEN (espanhol), a
depender do caso.
10.7 EXEMPLOS DE RESUMO12
Ex. 1. Resumo Indicativo
RESUMO
ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a rela„…o no vestibular. S…o Paulo: Mestre Jou,
1981. 184 p.
Estudo realizado sobre reda„•es de vestibulandos da FUVEST. Examina os textos com base nas novas
tendŠncias dos estudos da linguagem, que buscam erigir uma gram•tica do texto, uma teoria do texto.
S…o objetos de seu estudo a coes…o, o clichŠ, a frase feita, o “n…o-texto” e o discurso indefinido. Parte
de conjecturas e indica„•es, apresenta os critƒrios para an•lise, informa„•es sobre o candidato, o texto
e farta exemplifica„…o.
Palavras-chave: Reda„•es de vestibular. Gram•tica do texto. Progress…o discursiva.
OBS. o texto deste resumo apresenta 68 palavras.

__________________________________________________________________________________
Ex. 2 Resumo Informativo
RESUMO
ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a rela„…o no vestibular. S…o Paulo: Mestre Jou,
1981. 184 p.
Examina 1.500 reda„•es de candidatos a vestibulares (1978), obtidas da FUVEST. O livro resultou de
uma tese de doutoramento apresentada † USP em maio de 1981. Objetiva caracterizar a linguagem
escrita dos vestibulandos e a existŠncia de uma crise na linguagem escrita, particularmente desses
indiv‚duos. Escolheu reda„•es de vestibulares pela oportunidade de obten„…o de um corpus
homogŠneo. Sua hip‡tese inicial ƒ a da existŠncia de uma poss‚vel crise na linguagem e, atravƒs do
estudo, estabelecer rela„•es entre os textos e o n‚vel de estrutura„…o mental de seus produtores. Entre
os problemas, ressaltam-se a carŠncia de nexos, de continuidade e quantidade de informa„•es,
ausŠncia de originalidade. Tambƒm foram objeto de an•lise condi„•es externas como fam‚lia, escola,
cultura, fatores sociais e econ•micos. Um dos critƒrios para an•lise ƒ a utiliza„…o do conceito de
coes…o. A autora preocupa-se ainda com a progress…o discursiva, com o discurso tautol‡gico, as
contradi„•es l‡gicas evidentes, o nonsense, os clichŠs, as frases feitas. Chegou † conclus…o de que
34,8% dos vestibulandos demonstram incapacidade de dom‚nio dos termos relacionais; 16,9%
apresentam problemas de contradi„•es l‡gicas evidentes. A redund™ncia ocorreu em 12,5% dos textos.
O uso excessivo de clichŠs e frases feitas aparece em 69,0% dos textos. Somente em 40 textos
verificou-se a presen„a de linguagem criativa. žs vezes o discurso estrutura-se com frases
12

Exemplos extra‚dos de MEDEIROS, Jo…o Bosco. Redação científica: a pr•tica de fichamentos, resumos e
resenhas. S…o Paulo: Atlas, 1999. p. 124.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
39

bombásticas, pretensamente de efeito. Recomenda a autora que uma das formas de combater a crise
estaria em se ensinar a refazer o discurso falho e a buscar a originalidade, valorizando o devaneio.

Palavras-chave: Redações de vestibular. Gramática do texto. Progressão discursiva.
OBS. o texto deste resumo apresenta 246 palavras.

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
40

11 RESENHA13

Para ABNT (NBR 6028:2003, p. 1), resumo cr‚tica (resenha) ƒ “Resumo redigido por
especialistas com an•lise cr‚tica de um documento. Tambƒm chamado de resenha. Quando analisa
apenas uma determinada edi„…o entre v•rias, denomina-se recens…o.”
11.1 CONCEITO
















Tipo de resumo cr‚tico mais abrangente;
permite coment•rios e opini•es;
inclui julgamentos de valor;
compara a obra em quest…o com outras da mesma •rea e gŠnero;
avalia a sua relev™ncia com rela„…o †s outras;
exige conhecimento do assunto e maturidade intelectual;
relato minucioso das propriedades de um objeto ou de suas partes constitutivas;
tipo de reda„…o tƒcnica que inclui variadas modalidades de texto (descri„…o, narra„…o e
disserta„…o);
descreve as propriedades da obra (descri„…o f‚sica da obra);
relata as credenciais do autor;
resume a obra;
apresenta suas conclus•es e metodologia empregada;
exp•em o quadro de referŠncias em que o autor se apoiou;
apresenta uma avalia„…o da obra;
informa a quem a obra se destina.

11.2 P’BLICO





Professores;
especialistas no assunto da obra;
alunos de gradua„…o e p‡s-gradua„…o (ƒ um exerc‚cio para a realiza„…o de monografias);
p•blico interessado no assunto da obra.

11.3 OBJETIVOS GERAIS DA RESENHA





Ser um instrumento de pesquisa bibliogr•fica;
atualiza„…o bibliogr•fica;
decis…o de consultar ou n…o o texto original;
como exerc‚cio: desenvolver a capacidade de s‚ntese, interpreta„…o e cr‚tica.

11.4 LINGUAGEM UTILIZADA NA RESENHA




Terceira pessoa;
n…o se percebe a presen„a do emissor, nem do receptor;
neutralidade (porƒm, na sele„…o e organiza„…o do texto j• ocorre inten„…o de quem escreve).

13

Adaptado de MEDEIROS, Jo…o Bosco. Redação científica: a pr•tica de fichamentos, resumos, resenhas. S…o
Paulo: Atlas, 1999. p. 137-146.
€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
41

11.5 TIPOS DE MENSAGENS REFERENCIAIS




Resenha: texto que se propõe prestar informações sobre elementos complexos; pode referir-se
a elementos reais (reuniões, debates) ou a referentes textuais (livros, peças teatrais, filmes,
palestras); possui um resumo crítico;
Informe: texto cujo objetivo é indicar ao leitor referentes reais, concretos; envolve fatos,
circunstâncias, cifras (comunicados, informes administrativos, boletins de ocorrência); trata-se
de uma descrição.

11.6 RESUMO CRÍTICO ou RECENSÃO CRÍTICA







Combina resumo e julgamento de valor;
a ABNT denomina resenha de resumo crítico (e recensão, a análise de uma determinada
edição entre várias), cujo objetivo é oferecer informações para que o leitor possa decidir
quanto à consulta ou não do original;
deve resumir as idéias da obra, avaliar as informações nela contidas e a forma como foram
expostas e justificar a avaliação realizada;
a leitura analítica é a base da resenha;
resenha é um instrumento de pesquisa.

11.7 NA FASE DE LEITURA E DA ANÁLISE TEMÁTICA
Nesta fase, busca-se responder a algumas questões:






























quem é o autor?
que métodos utilizou?
estudam-se o vocabulário e os conceitos utilizados;
assinalam-se as dúvidas (sem a compreensão dos conceitos a leitura fica prejudicada);
examinam-se as referências históricas, a referência a outras doutrinas e outros autores;
de que o texto trata? (assim se obtém o assunto, a referência, do texto)
sob qual perspectiva o autor tratou do assunto (tema)?
quais os limites do texto?
qual o problema focalizado?
como o assunto foi problematizado?
como o autor soluciona o problema?
que posição assume? (assim se obtém a tese do autor)
como o autor demonstra seu raciocínio?
quais os seus argumentos?
há outros assuntos paralelos à idéia central?
apresenta uma posição própria a respeito das idéias do texto?
às vezes, as idéias do texto original são cotejadas com as de outro;
qual sua coerência interna?
qual a originalidade do texto?
qual o alcance do texto?
qual a validade da idéias?
qual a relevância das idéias?
que contribuições apresenta?
o autor atingiu os objetivos propostos?
o texto supera a pura retomada de textos de outros autores?
há profundidade na exposição das idéias?
a tese foi demonstrada com eficácia?
a conclusão está apoiada em fatos?
a partir desses itens, faz-se a crítica às posições definidas no texto;

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
42



fase de elaboração do texto pessoal que reflita sistematicamente as idéias do texto original

11.9 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA RESENHA









credenciais do autor: informações sobre o autor, nacionalidade, formação universitária, títulos,
livros ou artigos publicados;
resumo da obra: resumo das idéias principais da obra: de que trata o texto?; qual sua
característica principal?; exige algum conhecimento prévio para entendê-la?; descrição do
conteúdo dos capítulos ou partes da obra;
conclusões do autor: quais as conclusões a que o autor chegou?
metodologia aplicada: que métodos utilizou (dedutivo, indutivo, histórico, comparativo,
estatístico)?; que técnicas utilizou (entrevista; questionário)?;
quadro de referência do autor: que teoria serve de apoio ao estudo apresentado?; qual o
modelo teórico utilizado?;
crítica do resenhista (apreciação): julgamento da obra, qual a sua contribuição?; as idéias são
originais?; como é o estilo do autor (conciso, objetivo, simples, idealista, realista)?;
indicações do resenhista: a quem se dirige a obra?; é endereçada a que disciplina, a que área?

11.10 EXERCÍCIO
Leia atentamente a resenha a seguir e destaque nela cada uma dessas partes acima referidas.

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
43

12 PROJETO DE PESQUISA (NBR 15287)
12.1 M‰TODO HIPOT‰TICO-DEDUTIVO
Teoria  Problema  Hip‡teses  Metodologia  Testes de falseamento  Refutadas ou
Corroboradas  Positiva (nova teoria) // Resposta em aberto ou derivando novas perguntas
(reestrutura o projeto).
Submetidos a:
 cursos de p‡s-gradua„…o
 agŠncias de fomento † pesquisa, etc.,
 critƒrios de apresenta„…o estabelecidos pelas institui„•es a que se destinam.
 ou ABNT NBR 15287:2005.
Podem variar por
 •rea de pesquisa;
 critƒrios do orientador, do curso a que se destinam ou das agŠncias financiadoras.
12.2 ELEMENTOS PR‰-TEXTUAIS
a) capa; (elemento opcional)
Nome da entidade
Nome do(s) autor(es)
T‚tulo
Subt‚tulo (quando houver)
Local
Ano
b) lombada (se houver); (elemento opcional)
c) folha de rosto; (obrigat‡rio)
Nome do(s) autor(es)
T‚tulo
Subt‚tulo (se houver)
Tipo de projeto e entidade
Local
ano
d) listas (de ilustra„•es, de tabelas, de abreviaturas e siglas, de s‚mbolos), caso sejam
necess•rias; (elemento opcional)
e) sum•rio (de acordo com a NBR 6027). – elemento obrigat‡rio
12.3 ELEMENTOS TEXTUAIS
1 INTRODUÇÃO (texto introdut‡rio incluindo todos os itens indicados com o
n•mero 1)
1.1 PROBLEMA
1.2 HIPŽTESE(S) (quando couberem);
1.3 OBJETIVO GERAL
1.3.1 Objetivos específicos
1.4 JUSTIFICATIVAS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
3 MÉTODOS E TÉCNICAS
4 RECURSOS FINANCEIROS
5 CRONOGRAMA

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
44

12.4 TEMA







Variados;
uma disciplina, ou professor,
um trabalho solicitado, ou tema de um seminário;
todo trabalho de pesquisa acrescente algo ao saber já existente;
característica básica de uma pesquisa científica
indispensável fazer exaustiva revisão da literatura científica sobre o tema que se pretende
pesquisar.

Para a elaboração da idéia inicial, ponto de partida do trabalho:
levantamento preliminar das fontes de informação disponíveis sobre o assunto
base para a elaboração do projeto
ter o conhecimento do nível de desenvolvimento do assunto a ser pesquisado.
Escolha de um tema:
 gostar do assunto,
 ter acesso a informações e dados necessários,
 ter tempo e outras condições materiais necessárias;
 ser de interesse social.
12.4.1 Delimitação do tema
O tema geralmente coincide com o título do projeto.
 Uma das etapas mais importantes;
 apresenta grande dificuldade;
 dentro desse tema, qual o problema a ser solucionado pela pesquisa;
 falta de experiência  superdimensiona a capacidade de ação;
 tema amplo demais;
 inviabiliza o trabalho;
 a delimitação do tema terá de passar por inúmeras revisões;
 dimensão exeqüível.
Área: Letras
Tema: Educação
Que tipo de educação
formal ou informal?
Educação formal
educação convencional ou especial?
Educação especial
deficiência auditiva, visual, ou física (alunos cadeirantes, por exemplo)?
Alunos cadeirantes
mundial, internacional, nacional, regional, local?
Mundial
muito amplo!
Nacional
viagens a outros estados (inviável?)

© Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
45

Âmbito local
Educação formal para pessoas cadeirantes


acessibilidade aos locais de ensino? (quest…o de responsabilidade do dever p•blicoadministrativo. Nosso projeto ƒ de Letras).

Letras (universo amplo)
 l‚ngua ou de literatura?
Língua / séries iniciais / alfabetização
Alfabetização, na educação formal, para pessoas cadeirantes.


Pessoas cadeirantes necessitam de algum mƒtodo especial de alfabetiza„…o?

Alunos com deficiência visual
 no nosso trabalho est• prevista a aprendizagem do mƒtodo BRAILE?
Alunos com deficiência auditiva
Alfabetização, na educação formal, para pessoas com deficiência auditiva
O que iremos fazer exatamente? o que nos interessa é...
a) criar um novo “mƒtodo” de alfabetiza„…o?
b) verificar os mƒtodos j• existentes?;
c) verificar a existŠncia ou n…o de mƒtodos especiais?;
d) verificar a aplica„…o ou a efic•cia de tais mƒtodos?
Verificar a aplicação dos métodos já existentes
12.5 DELIMITA—˜O DO CORPUS
Como faremos isso?
 Visitaremos escolas de Salvador?
Todas as escolas?
 excluir aquelas que n…o trabalham com alfabetiza„…o
 excluir aquelas que n…o tem nenhum aluno na condi„…o que nos ƒ necess•ria para a observa„…o
(aluno com deficiŠncia auditiva)
Todas (as que) cumprem estes pré-requisitos?
 verifica„…o em todas? (100% do universo)
 dividir o foco na compara„…o entre a escola da administra„…o p•blica e a escola de
administra„…o privada? (amostragem)
 duas de cada?
Métodos utilizados pela educação formal para a alfabetização de pessoas com necessidades especiais
de visão
12.6 PROBLEMA


Apresenta-se na forma de uma interroga„…o (de preferŠncia);

€ Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010
Regras abnt   modulo 2010

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Regras abnt modulo 2010

1ª AULA APRESENTAÇÃO aula de Doxumentacao
1ª AULA APRESENTAÇÃO aula de Doxumentacao1ª AULA APRESENTAÇÃO aula de Doxumentacao
1ª AULA APRESENTAÇÃO aula de DoxumentacaoPintoponyPony
 
Pesquisaeapresentaçãoempúblico
PesquisaeapresentaçãoempúblicoPesquisaeapresentaçãoempúblico
Pesquisaeapresentaçãoempúblicoamsformiga2011
 
Conteúdo 7ª I, J - 2º Bimestre
Conteúdo  7ª  I, J - 2º BimestreConteúdo  7ª  I, J - 2º Bimestre
Conteúdo 7ª I, J - 2º Bimestrerafaelescola412
 
Plano Filosofia 10.º - 2017-2018
Plano Filosofia 10.º -  2017-2018Plano Filosofia 10.º -  2017-2018
Plano Filosofia 10.º - 2017-2018Isaque Tomé
 
Sistemática Prof. Ronaldo - Ciências 9° Ano 2016/01
Sistemática Prof. Ronaldo - Ciências 9° Ano 2016/01Sistemática Prof. Ronaldo - Ciências 9° Ano 2016/01
Sistemática Prof. Ronaldo - Ciências 9° Ano 2016/01Ronaldo Santana
 
Fundamentos de metodologia científica marconi e lakatos - 2a ed
Fundamentos de metodologia científica   marconi e lakatos - 2a edFundamentos de metodologia científica   marconi e lakatos - 2a ed
Fundamentos de metodologia científica marconi e lakatos - 2a edJp Prof
 
Slides diário de campo
Slides diário de campoSlides diário de campo
Slides diário de campoanaguedes44
 
Slides diário de campo
Slides diário de campoSlides diário de campo
Slides diário de campoanaguedes44
 
As interações no diario de aprendizagem do curso de letras
As interações no diario de aprendizagem do curso de letrasAs interações no diario de aprendizagem do curso de letras
As interações no diario de aprendizagem do curso de letrasMiquéias Vitorino
 
Módulo 2 - O processo editorial.pdf
Módulo 2 - O processo editorial.pdfMódulo 2 - O processo editorial.pdf
Módulo 2 - O processo editorial.pdfjonesemanuel
 

Semelhante a Regras abnt modulo 2010 (20)

1ª AULA APRESENTAÇÃO aula de Doxumentacao
1ª AULA APRESENTAÇÃO aula de Doxumentacao1ª AULA APRESENTAÇÃO aula de Doxumentacao
1ª AULA APRESENTAÇÃO aula de Doxumentacao
 
Normas1
Normas1Normas1
Normas1
 
Principios tecnicas de_indexacao[1]
Principios tecnicas de_indexacao[1]Principios tecnicas de_indexacao[1]
Principios tecnicas de_indexacao[1]
 
Programa tit
Programa titPrograma tit
Programa tit
 
Pesquisaeapresentaçãoempúblico
PesquisaeapresentaçãoempúblicoPesquisaeapresentaçãoempúblico
Pesquisaeapresentaçãoempúblico
 
Analise de Assunto
Analise de AssuntoAnalise de Assunto
Analise de Assunto
 
Conteúdo 7ª I, J - 2º Bimestre
Conteúdo  7ª  I, J - 2º BimestreConteúdo  7ª  I, J - 2º Bimestre
Conteúdo 7ª I, J - 2º Bimestre
 
Plano Filosofia 10.º - 2017-2018
Plano Filosofia 10.º -  2017-2018Plano Filosofia 10.º -  2017-2018
Plano Filosofia 10.º - 2017-2018
 
Manual de Processamento Técnico
Manual de Processamento TécnicoManual de Processamento Técnico
Manual de Processamento Técnico
 
Manual de processamento técnico
Manual de processamento técnicoManual de processamento técnico
Manual de processamento técnico
 
Dicionário iphan
Dicionário iphanDicionário iphan
Dicionário iphan
 
Comunicação e expressão
Comunicação e expressãoComunicação e expressão
Comunicação e expressão
 
Sistemática Prof. Ronaldo - Ciências 9° Ano 2016/01
Sistemática Prof. Ronaldo - Ciências 9° Ano 2016/01Sistemática Prof. Ronaldo - Ciências 9° Ano 2016/01
Sistemática Prof. Ronaldo - Ciências 9° Ano 2016/01
 
Fundamentos de metodologia científica marconi e lakatos - 2a ed
Fundamentos de metodologia científica   marconi e lakatos - 2a edFundamentos de metodologia científica   marconi e lakatos - 2a ed
Fundamentos de metodologia científica marconi e lakatos - 2a ed
 
Apostila de material didático
Apostila de material  didático Apostila de material  didático
Apostila de material didático
 
Slides diário de campo
Slides diário de campoSlides diário de campo
Slides diário de campo
 
Slides diário de campo
Slides diário de campoSlides diário de campo
Slides diário de campo
 
As interações no diario de aprendizagem do curso de letras
As interações no diario de aprendizagem do curso de letrasAs interações no diario de aprendizagem do curso de letras
As interações no diario de aprendizagem do curso de letras
 
FILOSOFIA_1o_ANO.docx
FILOSOFIA_1o_ANO.docxFILOSOFIA_1o_ANO.docx
FILOSOFIA_1o_ANO.docx
 
Módulo 2 - O processo editorial.pdf
Módulo 2 - O processo editorial.pdfMódulo 2 - O processo editorial.pdf
Módulo 2 - O processo editorial.pdf
 

Último

PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdfProfGleide
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfdottoor
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundonialb
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoSilvaDias3
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfIedaGoethe
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOMarcosViniciusLemesL
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxDeyvidBriel
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...LuizHenriquedeAlmeid6
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...Martin M Flynn
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxconcelhovdragons
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptxpamelacastro71
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfpaulafernandes540558
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASEdinardo Aguiar
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 

Último (20)

PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdfPLANEJAMENTO anual do  3ANO fundamental 1 MG.pdf
PLANEJAMENTO anual do 3ANO fundamental 1 MG.pdf
 
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdfNoções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
Noções de Orçamento Público AFO - CNU - Aula 1 - Alunos.pdf
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundogeografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
geografia 7 ano - relevo, altitude, topos do mundo
 
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basicoPRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
PRIMEIRO---RCP - DEA - BLS estudos - basico
 
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdfDIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
DIA DO INDIO - FLIPBOOK PARA IMPRIMIR.pdf
 
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANOInvestimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
Investimentos. EDUCAÇÃO FINANCEIRA 8º ANO
 
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptxÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
ÁREA DE FIGURAS PLANAS - DESCRITOR DE MATEMATICA D12 ENSINO MEDIO.pptx
 
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
Slides Lição 3, Betel, Ordenança para congregar e prestar culto racional, 2Tr...
 
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
DIGNITAS INFINITA - DIGNIDADE HUMANA -Declaração do Dicastério para a Doutrin...
 
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptxSlide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
Slide de exemplo sobre o Sítio do Pica Pau Amarelo.pptx
 
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptxAula 1, 2  Bacterias Características e Morfologia.pptx
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
 
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdfSlides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
Slides criatividade 01042024 finalpdf Portugues.pdf
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNASQUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
QUIZ DE MATEMATICA SHOW DO MILHÃO PREPARAÇÃO ÇPARA AVALIAÇÕES EXTERNAS
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO3_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 

Regras abnt modulo 2010

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE LETRAS DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS PARA O ESTUDO DAS LETRAS M€DULO DA DISCIPLINA LET A 14 – T‚CNICAS DE PESQUISA PROFA ALÍCIA DUHÁ LOSE PROFA ITATISMARA VALVERDE PROFA MARLA OLIVEIRA ANDRADE ELABORADO PELA PROFA. DRA. ALÍCIA DUHÁ LOSE SEMESTRE 2010.1
  • 2. SUMÁRIO 1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL 1.1 POPULAR OU EMPÍRICO 1.2 FILOSÓFICO 1.3 ARTE 1.4 RELIGIOSO 1.5 O CONHECIMENTO CIENTÍFICO 1.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência 1.5.1.1 A natureza metodológica da ciência compreende dois aspectos 2 PESQUISA 2.1 DEFINIÇÃO 2.2 NÍVEIS DE PESQUISA 2.2.1 Pesquisas exploratórias 2.2.2 Pesquisas descritivas 2.2.3 Pesquisas explicativas 2.3 CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS UTILIZADOS 2.3.1 Pesquisa bibliográfica 2.3.2 Pesquisa documental 2.3.3 Pesquisa experimental 2.3.4 Pesquisa ex-post facto 2.3.5 Estudo de coorte 2.3.6 Levantamento 2.3.7 Estudo de campo 2.3.8 Estudo de caso 2.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO O ENVOLVIMENTO DO PESQUISADOR 2.4.1 Pesquisa-ação 2.4.2 Pesquisa participante 3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 3.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR 3.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE 3.3 LIVROS DE REFERÊNCIA INFORMATIVA 3.4 LIVROS DE REFERÊNCIA REMISSIVA 3.5 PERIÓDICOS 3.6 IMPRESSOS DIVERSOS 3.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 3.7.1 Identificação das fontes 3.7.2 Localização das fontes e obtenção do material 3.7.3 Leitura para pesquisa 3.7.4 O que ler 3.7.5 Fichamento 4 O TRABALHO COM O TEXTO 4.1 ANÁLISE INTERNA 4.2 ANÁLISE EXTERNA 4.3 É PRECISO 4.4 LOCALIZAÇÃO E OBTENÇÃO DO MATERIAL 6 6 6 6 6 6 6 7 8 8 8 8 8 9 9 9 9 9 9 10 10 10 11 11 11 11 12 12 12 12 12 13 13 13 13 13 13 13 14 17 17 17 17 17
  • 3. 4.4.1 Aquisição 4.4.2 Bibliotecas .4.3 Localização através do catálogo 4.4.3.1 Número de chamada 4.5 LEITURA DO MATERIAL 4.5.1 Recepção sensitiva 4.5.2 Leitura significativa 4.5.2.1 Finalidades da leitura significativa 4.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA 4.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia 4.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura 4.7 LEITURA SELETIVA 4.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura 4.8 LEITURA CRÍTICA 5 COLETA DOS DADOS TEXTUAIS 5.1 TÉCNICAS DE ANOTAÇÃO 5.1.1 Notas 5.1.1.1 Exposições orais 5.1.1.2 Textos escritos 5.1.1.3 Tipos 5.2 TÉCNICAS DE SUBLINHA 5.2.1 Como fazer 5.3 EXERCÍCIO 6 FICHAMENTO 6.1 ESTRUTURA DA FICHA 6.2 CONFECÇÃO DA FICHA 6.2.1 Fichas de leitura 6.2.2 Fichas de indicação bibliográfica 6.2.3 Ficha de resumo 6.2.4 Ficha de transcrição 6.2.5 Ficha de comentário 7 CITAÇÃO 7.1 SISTEMAS DE REFERÊNCIA DAS CITAÇÕES 7.1.1 Sistema autor-data 7.1.2 Sistema numérico 7.2 EXPRESSÕES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIAÇÕES DE TEXTOS CIENTÍFICOS 7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações 7.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico 7.3 EXERCÍCIO SOBRE CITAÇÃO EM DOCUMENTO (NBR 10520) 8 REFERÊNCIAS 8.1 ABREVIATURAS 8.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFERÊNCIA 8.3 DATA (ELEMENTO OBRIGATÓRIO) 8.4 SISTEMA AUTOR-DATA 8.5 EXERCÍCIO 9 SEMINÁRIO (TÉCNICA DE ESTUDO) 9.1 INCLUI 9.2 ENVOLVE 9.3 POSSIBILITA 9.4 FONTES QUE ORIGINAM UM ASSUNTO PARA O SEMINÁRIO 9.5 COMPONENTES 9.6 ETAPAS 9.7 FASES DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL 9.8 A EXPOSIÇÃO 17 17 17 17 18 18 18 18 18 18 18 19 19 19 20 20 20 20 20 20 21 21 21 22 22 22 23 23 23 23 26 27 27 27 28 29 29 29 29 31 31 32 32 33 33 34 34 34 34 34 34 34 35 35
  • 4. 10 RESUMO 10.1 FUNÇÃO 10.2 ESTRUTURA 10.3 DICAS PARA REDAÇÃO 10.4 TIPOS 10.5 TAMANHO 10.6 PALAVRAS-CHAVE 10.6 IMPORTANTE! 10.7 EXEMPLO DE RESUMO 11 RESENHA 11.1 CONCEITO 11.2 PÚBLICO 11.3 OBJETIVOS GERAIS DA RESENHA 11.4 LINGUAGEM UTILIZADA NA RESENHA 11.5 TIPOS DE MENSAGENS REFERENCIAIS 11.6 RESUMO CRÍTICO ou RECENSÃO CRÍTICA 11.7 NA FASE DE LEITURA 11.8 ANÁLISE TEMÁTICA 11.9 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA RESENHA 11.10 EXERCÍCIO 12 PROJETO DE PESQUISA (NBR 15287) 12.1 MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO 12.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 12.3 ELEMENTOS TEXTUAIS 12.4 TEMA 12.4.1 Delimitação do tema 12.5 DELIMITAÇÃO DO CORPUS 12.6 PROBLEMA 12.7 HIPÓTESE(S) DA PESQUISA 12.8 OBJETIVOS 12.8.1 Objetivo geral 12.8.2 Objetivos específicos 12.9 JUSTIFICATIVA 12.10 REFERENCIAL TEÓRICO 12.11 MÉTODO 12.12 ORÇAMENTO 12.13 CRONOGRAMA 12.14 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 12.15 FORMATAÇÃO 13 RELATÓRIO (NBR 10719: 1989) 13.1 RELATÓRIO TÉCNICO-CIENTÍFICO 13.1.1 Elementos constituintes 13.1.1.1 Pré-textuais 13.1.1.2 Texto 13.1.1.3 Pós-textuais 13.1.2 Numeração dos volumes 13.1.2.1UMERAÇÃO DAS SEÇÕES 13.1.2.2 NUMERAÇÃO DAS PÁGINAS 13.1.2.3 ESTRUTURA DO RELATÓRIO 13.2 RELATÓRIO DE ANDAMENTO DE PESQUISAS 13.2.1 Elementos pré-textuais 13.2.2 Elementos textuais 13.2.3 Elementos pós-textuais 13.2.4 Formatação 36 36 36 37 37 37 37 37 38 40 40 40 40 40 41 41 41 41 42 42 43 43 43 43 44 44 45 45 46 47 47 47 47 47 47 47 48 49 49 50 50 50 50 50 50 50 51 51 51 53 53 54 54 54 55
  • 5. 14 A COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA 14.1 FINALIDADE 14.2 LINGUAGEM 14.3 ORGANIZAÇÃO DO TEXTO ACADÊMICO 14.3.1 Elementos temáticos e estruturais 14.3.2 Estrutura lógica 14.3.3 Estrutura técnica 14.4 ESTILO 14.5 EXERCÍCIO 15 ESTRUTURA INTERNA DO TEXTO ACADÊMICO 15.1 INTRODUÇÃO 15.2 DESENVOLVIMENTO 15.2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 15.2.2 MATERIAIS E MÉTODOS (ou METODOLOGIA) 15.2.3 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 15.2.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 15.2.5 CONCLUSÃO (ou CONSIDERAÇÕES FINAIS) 16 ARTIGO (NBR 6022:2003) 16.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 16.2 ELEMENTOS TEXTUAIS 16.3 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 16.4 PECULIARIDADE DA FORMATAÇÃO DOS ARTIGOS 17 APRESENTAÇÃO DE TEXTOS ACADÊMICOS 17.1 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS (EXEMPLOS) 17.2 ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS 17.3 ELEMENTOS TEXTUAIS 17.4 ILUSTRAÇÕES 17.5 TABELAS 17.6 EQUAÇÕES e FÓRMULAS 17.7 SIGLAS 17.8 ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS 17.9 DISPOSIÇÃO GRÁFICA E FORMATO 55 55 56 56 56 60 60 60 61 62 62 62 63 63 63 63 63 65 65 65 66 67 70 70 74 74 74 75 75 75 75 75
  • 6. 6 1 DISTINTAS FORMAS DE APROPRIAÇÃO DO REAL O conhecimento cient‚fico ƒ uma cria„…o humana e ƒ apenas mais uma forma de apreens…o da realidade que nos cerca. Assim, para ser bem compreendido, ele precisa ser contraposto †s outras formas de conhecer o mundo que s…o: a) Popular (comum ou emp‚rico) b) Filos‡fico c) Art‚stico d) Religioso (m‚tico ou teol‡gico) 1.1 POPULAR OU EMPˆRICO ‰ aquele que se obtƒm na vida cotidiana, independentemente de estudo. Decorre de experiŠncias †s vezes casuais, vivenciadas ou transmitidas de gera„…o em gera„…o. A forma de obten„…o do conhecimento ƒ o conhecido processo de “tentativa e erro”, n…o havendo interpreta„•es nem estabelecimento de rela„•es causais precisas: as informa„•es s…o superficiais e vagas. A vis…o da realidade ƒ, portanto, fragment•ria, presa a convic„•es pessoais e da‚ decorre seu car•ter incoerente e impreciso. O processo de transmiss…o termina por fazer dele um elemento da cultura dos povos, fazendo parte de suas tradi„•es. 1.2 FILOSŽFICO Decorre da auto-reflex…o do esp‚rito do homem para atingir uma vis…o global do mundo: ele aspira conhecer a inteligŠncia (i. ƒ conhecer e explicar) a conex…o •ltima das coisas exclusivamente atravƒs da raz…o, procurando refletir sobre suas fun„•es valorativas, te‡ricas e pr•ticas. 1.3 ARTE ‰ tambƒm uma interpreta„…o do mundo, mas n…o deriva da raz…o, do pensamento. Ela deve sua origem † vivŠncia e † intui„…o, portanto ƒ tradu„…o de uma subjetividade. Trata-se de uma interpreta„…o da realidade que ƒ representada nos aspectos que tocam a intui„…o do artista. Trata-se de um ser e de um acontecer concretos que se representam no n‚vel do irreal, embora a partir do real (mimese). 1.4 RELIGIOSO Brota da fƒ. Deriva da vivŠncia religiosa, da experiŠncia de Deus. A vis…o religiosa de mundo depende decisivamente de valores subjetivos, visto que diferentes cren„as determinam diferentes formas de vŠ-lo. 1.5 O CONHECIMENTO CIENTˆFICO CiŠncia: “conjunto de conhecimentos em torno de um determinado objeto, obtidos com determinados critƒrios met‡dicos e sistem•ticos, [acumulados] num organismo logicamente constitu‚do.” (VITA, 1999, p. 115) 1.5.1 Elementos Inerentes à natureza da ciência Sua dimens…o compreensiva (contextual ou de conte•do) e sua dimens…o operacional (metodol‡gica). Esses dois elementos s…o insepar•veis, embora, por motivos pedag‡gicos sejam tratados separadamente. ‰ a dimens…o metodol‡gica que ƒ objeto de cursos e livros de metodologia cient‚fica. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 7. 7 1.5.1.1 A natureza metodológica da ciência compreende dois aspectos Aspecto lógico: definido como método de raciocínio e de inferência sobre os fenômenos a serem investigados, é a dimensão da descrição, interpretação, explicação e verificação que se aplica para a construção de proposições e enunciados, sob as diretrizes de sistemas conceituais e teóricos. Assim, a dimensão lógica da ciência se caracteriza como PROCEDIMENTOS E OPERAÇÕES INTELECTUAIS. Aspecto técnico: caracteriza-se pelos processos de manipulação dos dados relativos aos fenômenos que são tratados com o maior rigor possível. Aí se incluem as técnicas de registro de freqüência, as condições de ocorrência, sua extensão, persistência, etc. Os cientistas desenvolvem constantemente seu arsenal técnico. Este arsenal está intrinsecamente vinculado à natureza do objeto estudado e nunca se utiliza uma única técnica: às vezes, diversas etapas exigem técnicas diversas. Já se vê que a dimensão técnica da ciência se processa como PROCEDIMENTOS DE OBTENÇÃO E TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 8. 8 2 PESQUISA1 2.1 DEFINIÇÃO         Processo formal e sistemático de desenvolvimento de um método científico. Objetivo fundamental: descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos. Pesquisa é requerida quando não se dispõe de informação suficiente para responder ao problema, ou Quando a informação requerida se encontra em desordem. A pesquisa envolve várias fases: da adequada formulação do problema a até a satisfatória apresentação dos resultados. Há dois grandes tipos que são complementares entre si: pesquisas puras e pesquisas aplicadas. Pesquisa pura: objetiva o conhecimento em si. Pesquisa aplicada: objetiva as contribuições práticas decorrentes desse conhecimento. 2.2 NÍVEIS DE PESQUISA 1º) Estudos explanatórios; 2º) Estudos descritivos; 3º) Estudos que verificam hipóteses causais ou explicativas. 2.2.1 Pesquisas exploratórias          Finalidade: desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e idéias, para a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudo posterior. Têm mais flexibilidade no planejamento. Envolvem levantamento bibliográfico e documental, entrevistas, estudos de caso. Têm objetivo de proporcionar visão geral sobre algo. É utilizado quando o tema escolhido é pouco explorado; é difícil formular hipóteses precisas e operacionalizáveis sobre ele. Normalmente constituem a primeira parte de uma investigação mais ampla. Para temas muito genéricos é necessário o esclarecimento e delimitação. Exige revisão da literatura, discussão com especialistas, etc. Seu produto final é um problema mais delimitado, passível de investigação através de procedimentos mais sistematizados. 2.2.2 Pesquisas descritivas      Objetivo: descrição das características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Utiliza técnicas padronizadas de coleta de dados. Estudar as características de um grupo: distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, renda, etc. Verificar opiniões, atitudes e crenças de uma população. Verificam associações entre variáveis: preferência político-partidária X nível de escolaridade e renda; ou verificar a natureza dessa relação (pesquisa descritiva-explicativa). 1 Adaptado de GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 4248. e______. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. p. 17, 41-56. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 9. 9 2.2.3 Pesquisas explicativas      Objetivo: identificar os fatores que determinam ou que contribuem para ocorrência dos fenômenos. Aprofunda mais o conhecimento da realidade, pois explica a razão das coisas. É o tipo mais complexo e delicado, pois o risco de cometer erros aumenta muito. Normalmente são a continuação de pesquisas descritivas. Nas ciências naturais, normalmente usam o método experimental; nas sociais, recorre-se a outros métodos (p. e. observacional). 2.3 CLASSIFICAÇÃO COM BASE NOS PROCEDIMENTOS TÉCNICOS UTILIZADOS 2.3.1 Pesquisa bibliográfica  Desenvolvida com base em material já elaborado (livros, artigos científicos, etc.).  Em todos os tipos de pesquisa, esse tipo constitui uma das etapas iniciais.  Há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas.  As pesquisas teóricas ou sobre ideologias, bem como aquelas que se propõem à análise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas (são também chamadas pesquisas de revisão).  Também constitui um tipo de coleta de dados (o que será visto em uma aula posterior). 2.3.2 Pesquisa documental       Assemelha-se muito à bibliográfica. A diferença essencial está na diferença das fontes, pois os passos seguidos são os mesmos. Bibliográfica: utiliza fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. Documental: vale-se de materiais que não recebem ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de com acordo com os objetivos da pesquisa. Documentos de primeira mão: que não recebem nenhum tratamento analítico (encontrados em arquivos e órgãos públicos e instituições privadas: documentos e cartas pessoais, diários, fotografias, gravações, memorandos, regulamentos, ofícios, boletins, etc.) Documentos de segunda mão: que já sofreram analise (relatórios de pesquisa, de empresas, tabelas estatísticas, etc.) 2.3.3 Pesquisa experimental       Consiste em determinar um objeto de estudo, selecionar as variáveis que seriam capazes de influenciá-lo, definir as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Não precisa, necessariamente, ser realizada em laboratório. Quando os objetos em estudo são entidades físicas, tais como porções de líquidos, bactérias ou ratos, não há muitas limitações. Quando se trata de experimentar com objetos sociais, ou seja, com pessoas, grupos ou instituições, as limitações tornam-se bastante evidentes. Deve apresentar as seguintes propriedades: manipulação, controle, distribuição. São um valioso procedimento disponível aos cientistas para testar hipóteses que estabelecem relações de causa e efeito entre as variáveis 2.3.4 Pesquisa ex-post facto Ou seja, a partir do fato passado. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 10. 10      Estudo realizado após a ocorrência de variação na variável dependente no curso natural dos acontecimentos. Muito parecida com a pesquisa experimental. Objetivo: verificar a existência de relação entre as variáveis. O pesquisador não dispõe de controle sobre a variável independente, que constitui o fator presumível do fenômeno, porque ele já ocorreu. O pesquisador procura identificar situações que se desenvolveram naturalmente e trabalhar sobre elas como se estivessem submetidas a controles. 2.3.5 Estudo de coorte    Refere-se a um grupo de pessoas que têm alguma característica comum, constituindo uma amostragem a ser acompanhada por certo período de tempo, para se observar e analisar o que acontece com elas. Assim como o estudo do caso-controle, é muito utilizado na pesquisa nas ciências da saúde. Os estudos podem ser prospectivos (contemporâneos) ou retrospectivos (históricos). Por exemplo:     Objetivo: verificar a exposição passiva à fumaça de cigarro e a incidência de câncer no pulmão. Seleção de uma amostra de indivíduos expostos ao fator de risco (grupo experimental) e de outra amostra equivalente que não é exposta (grupo controle). Faz-se o acompanhamento de ambos os grupos, por determinado período. Verifica-se o quanto os indivíduos expostos estão mais sujeitos à doença do que os não expostos. 2.3.6 Levantamento       Caracterizam-se para interrogação direta de pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. Procede-se à solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado para obterem-se conclusões correspondentes aos dados coletados e estatisticamente trabalhados. Quando o levantamento recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado tem-se um censo. Normalmente, os levantamentos trabalham com amostragem calculada mediante procedimentos estatísticos. As conclusões obtidas para a amostragem são projetadas para a totalidade do universo, levando em consideração a margem de erro. São mais adequados para estudos descritivos que para explicativos. 2.3.7 Estudo de campo  Muito semelhante ao levantamento, mas apresenta maior profundidade.  Procura o aprofundamento das questões propostas.  O seu planejamento apresenta maior flexibilidade, podendo ocorrer mesmo que seus objetivos sejam reformulados ao longo da pesquisa.  Estuda-se um único grupo ou comunidade em termos de sua estrutura social, ressaltando a interação entre os componentes.  Tende a utilizar muito mais técnicas de observação do que de interrogação.  É muito utilizado na Sociologia, Educação, Saúde Pública, Administração, etc.  Tipicamente focaliza uma comunidade (grupo de pessoas de um mesmo ambiente de trabalho, de estudo, de lazer, etc.). © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 11. 11  A pesquisa é desenvolvida por meio de observação direta das atividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suas explicações e interpretações do que ocorre com o grupo.  Esses procedimentos são normalmente conjugados com outros (análise de documentos, filmagem e fotografias). 2.3.8 Estudo de caso  Muito utilizados nas ciências biomédicas e sociais.  Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, para permitir seu amplo e detalhado conhecimento.  Pode ser utilizado também como estudo-piloto.  Seus resultados são normalmente apresentados em aberto (não como conclusões). 2.4 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO O ENVOLVIMENTO DO PESQUISADOR 2.4.1 Pesquisa-ação [...] um tipo de pesquisa com base empírica que é concebida e realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e o qual os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo. (THIOLLENTE, 1985 apud GIL, 2002, p. 55) 2.4.2 Pesquisa participante   Caracteriza-se também pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas. Envolve a distinção entre ciência popular (senso comum) e ciência dominante (atividade que privilegia a manutenção do sistema vigente). © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 12. 12 3 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA2    Os “dados de gente” s…o obtidos em campo, no local onde os fen•menos ocorrem, espontaneamente ou de forma controlada. Os “dados de papel” podem ser obtidos nos mais diversos locais, sendo os principais deles, bibliotecas e internet. Em qualquer pesquisa ƒ necess•rio consultar material publicado. 3.1 QUANDO E PARA QUE CONSULTAR    Definir o material adequado ao sistema conceitual da pesquisa e † sua fundamenta„…o te‡rica. Verificar o material j• publicado para identificar o est•gio em que se encontram os conhecimentos acerca do tema. Analisar e cotejar dos dados coletados durante a pesquisa e aqueles j• dispon‚veis. No momento da reda„…o, consultar modelos de relat‡rios e normas de apresenta„…o de trabalhos cient‚ficos. 3.2 LIVROS DE LEITURA CORRENTE      Obras de divulga„…o. Objetivo: transmitir informa„…o sobre determinado assunto. Finalidade: comunicar aos especialistas das •reas o resultado de estudos e pesquisas. Esclarecem acerca dos procedimentos a serem observados no desenvolvimento das pesquisas. Em pesquisa social, os mais utilizados s…o os de divulga„…o tƒcnica e cient‚fica. 3.3 LIVROS DE REFER‘NCIA INFORMATIVA     Vocabul•rios: obra que apresenta de forma sistem•tica o conjunto de termos especializados no campo do conhecimento. Define os termos utilizados na pesquisa. Dicion•rios (especializados): obras que alƒm de explicar os termos tƒcnicos e cient‚ficos, aprofundam a an•lise cr‚tica do significado. Fornecem elementos para an•lise do significado mais amplo dos termos, relaciona-os com autores e teorias. Anu•rios: publica„•es anuais que contŠm informa„•es sobre determinada •rea. ’teis para o fornecimento de dados precisos e atualizados. Ex. para obten„…o de dados referentes † realidade econ•mica e social brasileira, Anu•rio estat‚stico do Brasil (IBGE). Enciclopƒdias: guias gerais de referŠncia. Muito importantes na vida escolar. Na pesquisa cient‚fica, que tem prop‡sito mais espec‚fico, sua utiliza„…o ƒ menor. 3.4 LIVROS DE REFER‘NCIA REMISSIVA       Os mais •teis para pesquisa social s…o os ‚ndices de livros e peri‡dicos e os cat•logos de bibliotecas. Permitem localizar publica„•es de acordo com assunto, local, data de publica„…o. Possibilitam identificar pesquisas significativas j• desenvolvidas sobre determinado assunto. Muitos apresentados em forma de CD. No BR: Bibliografia brasileira de ciŠncias sociais, da Revista brasileira de informa„…o em ciŠncias sociais; Sum•rios correntes brasileiros (CiŠncias humanas e sociais). As grandes bibliotecas publicam cat•logos de seu acervo, por autor ou por assunto. Bibliografia brasileira, da Biblioteca Nacional. Desde 1907, as editoras s…o obrigadas a depositar l• um exemplar de todas as suas publica„•es. 2 Adaptado de GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. S…o Paulo: Atlas, 1999. p. 7588. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 13. 13 3.5 PERIŽDICOS   Jornais: proporcionam informa„•es atualizadas. Informa„•es r•pidas, menos profundas. Revistas especializadas: geralmente mais importantes. Matƒrias com mais profundidade e melhor elabora„…o. Principal fonte de divulga„…o de pesquisas cient‚ficas. Fornecem informa„•es sobre o est•gio atual de conhecimentos sobre determinado assunto. 3.6 IMPRESSOS DIVERSOS    Outras publica„•es de interesse para pesquisas em ciŠncias sociais. S…o: publica„•es governamentais, boletins informativos de empresas ou de institutos de pesquisa, estatutos de entidades diversas, folhetos, etc. Conforme o objetivo da pesquisa, publica„•es desse tipo podem atƒ mesmo constituir a principal fonte de dados. 3.7 PRIMEIROS PASSOS PARA A PESQUISA BIBLIOGR“FICA       Primeiro procedimento para pesquisa: formula„…o do problema a ser investigado. O assunto deve ser colocado em n‚veis de problema a ser selecionado. ‰ preciso definir o que se quer saber acerca do tema: “como ocorre?”, “quais as causas?” ou “e as conseq”Šncias?” Delimitar o problema numa dimens…o vi•vel, caso contr•rio, a pesquisa bibliogr•fica se torna imposs‚vel. Para a adequada formula„…o do problema, ƒ necess•rio haver uma revis…o bibliogr•fica preliminar. Pode ocorrer que o pesquisador tenha que passar por sucessivas reformula„•es e revis•es bibliogr•ficas para formular um problema adequado. 3.7.1 Identificação das fontes    Consulta a cat•logos de publica„•es. Consulta a especialistas e pessoas que realizem pesquisas na mesma •rea. Consulta a internet, pelo tema da pesquisa. 3.7.2 Localização das fontes e obtenção do material      Fich•rios das bibliotecas. Bibliotecas inter-relacionadas possibilitam a localiza„…o ou a permuta (COMUT). T‚tulos que podem ser retirados. T‚tulos para consulta local. Sistema de c‡pias. 3.7.3 Leitura para pesquisa    Identificar as informa„•es e os dados constantes nos materiais. Estabelecer rela„•es entre essas informa„•es e dados e o problema proposto. Analisar a consistŠncia das informa„•es e dados apresentados pelos autores. 3.7.4 O que ler   Leitura explanat‡ria do material selecionado. Nem tudo precisa ser lido, nem tudo ser• importante para pesquisa. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 14. 14     Ler a obra na sua totalidade: sum•rio, pref•cio, introdu„…o, “orelhas”, algumas passagens esparsas do texto. Leitura seletiva: mais aprofundada das partes que realmente interessam. Leitura anal‚tica: tem por finalidade ordenar e sumariar as informa„•es contidas nas fontes. Leitura interpretativa: procura estabelecer rela„…o entre o conte•do das fontes pesquisadas e outros conhecimentos. 3.7.5 Fichamento        Fichas bibliogr•ficas: anotar as referŠncias bibliogr•ficas, sum•rio e aprecia„…o cr‚tica da obra. Fichas de apontamentos: anotar as idƒias obtidas a partir da leitura de determinado texto. Partes da ficha: cabe„alho, referŠncias bibliogr•ficas e texto. Cabe„alho: t‚tulo e subt‚tulo referentes aos itens definidos no plano de trabalho. ReferŠncias bibliogr•ficas: informa„•es necess•rias para identificar a fonte pesquisada. Texto p/ bibliogr•ficas: sum•rio e aprecia„…o cr‚tica da obra. Texto p/ de apontamentos: transcri„…o fiel de trechos da obra, de esquemas, resumos e de anota„•es pessoais. 3.8 PESQUISAS NA INTERNET Muitas informa„•es podem ser encontradas em bases digitais: nos cat•logos das bibliotecas, das funda„•es, das universidades, dos arquivos p•blicos e em muitas outras bases de dados. A Internet ƒ uma ferramenta bastante valiosa para in•meros tipos de pesquisa, no entanto, todas as informa„•es localizadas atravƒs dela, assim como todas as demais informa„•es localizadas em qualquer fonte, devem ser trabalhadas com muita ƒtica e cautela, verificando a validade e pertinŠncia das informa„•es, fazendo uso das v•lidas atravƒs do sistema de cita„•es com as suas respectivas referŠncias. Para o uso de informa„•es via internet, de antem…o, aconselha-se a busca atravƒs de sites confi•veis. Isso pode ser feito, grosso moto, restringindo-se as buscas a sites cujos endere„os tenham as seguintes finaliza„•es: .org .edu .gov .ba (ou qualquer outra Unidade da Federa„…o = .rs; .rj; .sp, etc.) .br (apenas .br; n…o .com.br, pois todos os sites comercias tŠm esse finaliza„…o) 3.8.1 Onde encontrar informações seguras via Internet ABNT – http://www.abnt.org.br Anais – telnet:cnen.lncc.Br (login:cin) Annual Review Inc – http://www.AnnualReviews.org Base de Dados de Eventos – http://www.ibict.br/~ibict/pap00138.htm Base de Teses CAPES – http://www.capes.gov.br/servicos/bancoteses.html Biblioteca Nacional de Portugal – http://bnd.bn.pt Bibioteca Nacional do Rio de Janeiro – http://www.bn.br/site/default.htm BioTech; life science dictionary – http://biotech.chem.indiana.edu/search/dict-search.Phtml CadŠ? – http://cade.com.br/ CAD Document Detective Service – http://info.cas.org/cgi-bin/AT-www_cas_orgsearch.cgi ComitŠ Gestor da Internet – Br. – http://www.cg.org.br COMUT – http://www.ct.ibict.br:8000/comut/html/ CRC Encyclopedia of Mathematics – http://www.astro.virginia.edu/~/math/ Dialog Web – http://www.dialogweb.com Dialog – http://dialog.com Dicion•rio Hist‡rico-Bibliogr•fico Brasileiro – http://www.fgv.br/cpdoc/dic/ Directories of Scientists on the www from Micro World –http://www.mwm.com/feature/people.htm € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 15. 15 Directory of Electronic Journals, newsletters and Academic Discussion Lists, Association of Research Libraries, office of Research Libraries, Office of Scholarly Communication – http://www.arl.org/scomm/edir/pr97.html. Diret‡rio dos Grupos de Pesquisa no Brasil – http://www.prossiga.cnpq.br Enciclopƒdias e Dicion•rios, Prossiga – http://www.prossiga.br/referencia/dic.html English Language Translations: a guide to selected resources in the Duke University Libraries – http://www.lib.duke.edu/reference/translations.html Europa Publications – http://europapublications.co.uk/index.htm FindArticles – http://www.findarticles.com/ Funda„…o Get•lio Vargas – http://www.fgv.br/ Glossary, Department of Chemistry, University of Wisconsin (EUA) – http://genchem.chem.wisc.edu Google AcadŠmico – http://scholar.google.com.br/ GPO – http://www.gpo.gov IBICT – http://www.ibict.br ICSU – http://www.lmcp.jussieu.fr/icsu/ IEC – http://www.iec.ch/ IFLA – http://www.ifla.org/ IHS – http://www.ihs.com INMETRO – http://inmetro.gov.br/ INPI – http://www.inpi.gov.br InterDok Corp. – http://www.interdok.com Internet Cataloging Project – http://www.oclc.org/oclc/man/catproj/ Iternet Tools Summary – http://www.december.com/net/tools/ IPT – http://www.ipt.br ISI – http://www.isinet.com/ ISO – http://www.iso.ch/ ITC – http://www.wtm.net/itc/index.htm Langley Technical Report Server – http://techreports.larc.nasa.gov/ltrs/ltrs.html LANL Preprint Archive – http://xxx.lanl.gov. Nasa/Ksc Acronym List – http://zeno.ksc.nasa.gov/facts/acronyms.html NEI – http://www.nei.com.br/nei/index.htm NetFirst – http://medusa.prod.oclc.org:3054/html/fs_pswd.htm NEXOR.COM – http://www.nexor.com/archie.html/ NTIS – http://www.ntis.gov. OCARA – www.ocara.org.br/ OMPI – http://www.wipo.org/ ONU – http://www.unsystem.org/ Portal de Peri‡dicos CAPES – http://www.periodicos.capes.gov.br Prossiga – http://www.prossiga.cnpq.br PTI – http://wwwpti.com.br/ Questel-Orbit – http://www.questel.orbit.com/ RADAR UOL – http://www.radaruol.com.br/ Res-Links: Search Tools – Ver•nica/Jughead/Wais – http://www.cam.org/~tsci/infoser3.html RNP – http://www.rnp.br Scholarly Electronic Publishing Bibliography – http://info.lib.uh.edu/sepb/sepb.html SciELO – http://www.scielo.br Scientific Organizations and Associations – http://alice.ibpm.serpukhov.su/friends/science/organizations.htmlopt-unix-english Scientific Societies – http://www.edoc.com/sources/soc.html Scout Reports – http://scout.cs.wisc.edu/ SEPIN – http://www.mct.gov.br/sepin/ TechEncyclopedia – http://www.Techweb.com/encyclopedia/defineterm.cgi The Complete Search Engine Index – http://members.aol.com/PRHopper/Search.htm Thomas Publishing Company – http://www.thomaspublishing.com/ TMS World Meetings Calendar – http://www.tms.org/Meetings/Meetings.html TUCOWS – http://www3.bhnet.com.br/tucows/ UFRGS, Lista de Tradutores – http://www.sabi.ufrgs.br/trad/ UIA – http://www.uia.org UnCover – http://www.carl.org/uncover/unchome.html UncoverWeb – http://encweb.carl.org/ € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 16. 16 Universities.com – http://www.universities.com/ University Microfilms International – http://umi.com/ University of Nevada – gopher://veronica.scs.unr.edu/11/veronica Web of Science (ISI) – http://isinet.com/prodserv/citation/websci.html WEBRA – ˆndice do Mercosul – http://www.webra.com.br/ Wikipedia – http://pt.wikipedia.org Yahoo Brazil – http://www.yahoo.com/Regional_Information/Countries/Brazil/ Yahoo! – http://www.yahoo.com € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 17. 17 4 O TRABALHO COM O TEXTO 4.1 ANÁLISE INTERNA Conjunto de atividades voltadas para a compreensão de seu todo. 4.2 ANÁLISE EXTERNA Volta-se para as relações do texto com outros (intertextualidade) e com o contexto científico e cultural da época de sua produção. 4.3 É PRECISO Percorrer as diversas etapas da leitura, particularmente nos trechos mais difíceis, procurar localizar os pontos de relacionamento do texto com a matéria que você está estudando, de modo a extrair dele todas as informações que contém. 4.4 LOCALIZAÇÃO E OBTENÇÃO DO MATERIAL 4.4.1 Aquisição É aconselhável a compra de material bibliográfico que tenha grande capacidade de utilização, que seja clássico ou revolucionário. 4.4.2 Bibliotecas Gerais: possuem no seu acervo trabalhos de muitas (ou todas) as áreas do conhecimento, obras de referência e obras literárias. Ex.: bibliotecas centrais das universidades ou bibliotecas públicas. Setorias: possuem um acervo ligado a uma ou algumas áreas do conhecimento, às quais também estariam filiadas as obras de referência e as literárias. Ex.: bibliotecas das unidades de ensino das universidades. 4.4.3 Localização através do catálogo A obtenção do livro depende da correta informação que o leitor fornece ao bibliotecário. Esta se dá através do preenchimento de uma ficha que contém o endereço do livro, i. é, seu NÚMERO DE CHAMADA. 4.4.3.1 Número de chamada Composto por um número equivalente à classificação do assunto, constituído segundo um sistema decimal. Há duas classificações decimais, utilizadas segundo critérios internos das bibliotecas, que se diferenciam levemente. CDD = classificação decimal de Dewey (a mais prática e mais usada); CDU = classificação decimal universal. Atenção: esse número de chamada deve ser copiado cuidadosamente para facilitar a localização do livro nas estantes. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 18. 18 4.5 LEITURA DO MATERIAL 4.5.1 Recepção sensitiva Corresponde a PODER LER e consiste na capacidade de movimenta„…o dos olhos e de decifra„…o material dos s‚mbolos escritos. 4.5.2 Leitura significativa Corresponde a SABER LER e consiste na interpreta„…o dos significados dos s‚mbolos impressos, i. ƒ., captar o sentido das frases, atribuindo aos termos o valor que o autor lhes deu ao escrever, e captar sua intencionalidade, separando, imediatamente, os conceitos fundamentais dos que s…o acess‡rios. 4.5.2.1 Finalidades da leitura significativa    Leitura formativa ƒ ler para se formar, ou seja, para adquirir conhecimentos gerais ou, como no processo de aprendizagem ocorre com freq”Šncia, para se ter uma vis…o mais ampla de determinado assunto dado em sala de aula. Leitura de distra„…o ƒ aquela que se faz por diletantismo, para se divertir. Leitura informativa ƒ a que se utiliza do texto como fonte de informa„…o sobre a qual se basear…o conclus•es, teorias, estudos, etc. Cada tipo de leitura exige processos e atitudes diferentes. Para a investiga„…o e coleta de dados fazemos leitura informativa que tem trŠs objetivos dominantes:    constatar o que o autor do texto realmente afirma, os dados que oferece, as informa„•es que d•; relacionar informa„•es do autor com o problema que se est• estudando; analisar os fundamentos de verdade das afirmativas do autor. 4.6 FASES PRELIMINARES DA LEITURA INFORMATIVA Para se fazer uma boa leitura informativa, ƒ preciso ler com mƒtodo. Um modo poss‚vel de fazŠ-lo ƒ seguir as seguintes etapas. 4.6.1 Leitura de reconhecimento ou leitura prévia A que certifica a existŠncia de informa„•es. ‰ uma “leitura por alto”, feita apenas olhando-se, no sum•rio, os t‚tulos dos cap‚tulos e, nos ‚ndices (se houver), o detalhamento da matƒria do livro. 4.6.2 Leitura explanatória ou pré-leitura ‰ a leitura de localiza„…o, no livro, dos tipos de informa„…o existentes para verificar se correspondem a nossa expectativa: uma referŠncia pode tratar de um assunto, mas omitir o que nos interessa. A leitura explanat‡ria ƒ feita a partir dos elementos prƒ- e p‡s- textuais e de alguns cap‚tulos ou partes:    no livro: subt‚tulos, ‚ndices, bibliografias, cita„•es, pref•cio, introdu„…o, orelha inicial e final; em um cap‚tulo de livro, os par•grafos inicial e final; em um artigo de peri‡dico, cuja tƒcnica de composi„…o ƒ j• conhecida, a idƒia principal est• no t‚tulo e os par•grafos contŠm, sucessivamente: € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 19. 19 1–) o conjunto de dados mais importantes; 2–) maiores detalhes sobre os dados e a pesquisa; 3–) especifica„•es mais particularizadas. 4.7 LEITURA SELETIVA A que seleciona o melhor material relativo ao problema. ‰ dessa leitura que devem ser feitas FICHAS DE INDEXA—˜O – aquelas que relacionam as referŠncias que tratam de cada parte do assunto. ‰ o •ltimo passo da localiza„…o do material e o primeiro de uma leitura mais sƒria, mas que pressup•e que se tenham presentes os objetivos do trabalho, pois n…o h• sele„…o sem critƒrio. 4.7.1 Delimitação de uma unidade de leitura Determina„…o dos limites da disciplina de estudo e leitura: uma unidade de leitura ƒ o setor do texto que forma uma totalidade de sentido, como um cap‚tulo, se„…o ou qualquer outra subdivis…o. A extens…o da unidade ƒ determinada por dois fatores: a acessibilidade do texto e a familiaridade do leitor com o assunto. 4.8 LEITURA CRˆTICA ‰ aquela pela qual se adquirem as informa„•es realmente pertinentes ao tratamento da quest…o proposta no trabalho. S…o fundamentais a compreens…o e a interpreta„…o correta da mensagem do texto. Para fazŠ-lo ƒ preciso seguir alguns passos. Terminado o processo de leitura cr‚tica, chega-se a ter condi„•es de REFAZER O RACIOCˆNIO GLOBAL DO QUE FOI LIDO. Pela leitura cr‚tica ƒ que se faz a apreens…o, a compreens…o e a interpreta„…o do texto. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 20. 20 5 COLETA DOS DADOS TEXTUAIS3 5.1 TÉCNICAS DE ANOTAÇÃO     Processo de seleção de informações para posterior aproveitamento; podem ser de palestras, aulas, consultas bibliográficas, etc.; apontamentos claros e completos evitam a perda de tempo, tendo que retornar a conteúdos já vistos; são, geralmente, feitas em fichas (com a devida identificação), que possibilitam a organização e o manejo dos dados. 5.1.1 Notas   Devem permitir redação a partir delas; não devem ser excessivamente sintéticas. 5.1.1.1 Exposições orais      Palavras-chave; expressões que dividem o discurso (em primeiro lugar..., em segundo lugar...); dúvidas e respostas surgidas durante a exposição; informações gestuais do falante; indicar fonte: autor da idéias, local, dia, mês e ano em que ocorreu a exposição. 5.1.1.2 Textos escritos    Feitas depois de uma primeira leitura rápida; após sublinha das idéias principais; indicar fonte: autor, título da obra, lugar, editora, ano da publicação, número das páginas consultadas. 5.1.1.3 Tipos    Corridas: palavras-chave que deverão ser transformadas em texto tão breve quanto possível; esquemáticas: ordenam hierarquicamente as partes principais do conteúdo de uma comunicação; resumo: procura sintetizar informações colhidas em livros, ou exposições orais. 5.2 TÉCNICAS DE SUBLINHA    Destaque das idéias principais do texto; distinção entre o essencial e o acessório; facilita as revisões de leitura ao término de um parágrafo, de um tópico, de todo o texto. 5.2.1 Como fazer   3 Não sublinhar à primeira vista, à medida que se faz a leitura inicial; não há um código único para sublinhar; mas se recomenda:  sublinhar palavras-chave apenas depois de feita uma leitura;  sublinhar apenas idéias principais, e as palavras-chave; Baseado em MEDEIROS, João Bosco. Redação científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 11-22. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 21. 21       atentar para os elementos de coes…o que criam idƒia de oposi„…o (mas, embora), eles devem ser destacados; descartar artigos e adjetivos, advƒrbios, preposi„•es, conjun„•es, desde que n…o necess•rias † compreens…o do texto; reconstruir o par•grafo a partir das palavras e express•es sublinhadas; colocar um tra„o vertical † margem do texto para indicar passagens mais significativas; havendo passagens obscuras, falhas na exposi„…o dos argumentos, d•vidas, discord™ncias, colocar † margem do texto um ponto de interroga„…o; para chamar a aten„…o para uma express…o t‡pica de todo o texto, usar dupla sublinha. 5.3 EXEMPLO ononononononoononononononononononon ononononoononononononononononononon onononononononononononononoonononon nonononononononoononononononononono nonononononoononononononononononono nononononononononononononononoonono ? noonononononononoononononononononon ononononononoononononononononononon onononononononononononononononoonon 5.4 EXERCˆCIO O conceito de causalidade4 O conceito de causalidade ƒ complexo e sua an•lise completa ultrapassaria de muito o objetivo deste livro. Limitaremos nossa discuss…o aos aspectos que parecem essenciais para a compreens…o das exigŠncias para os processos de pesquisa, em estudos planejados para a verifica„…o de hip‡teses causais.A idƒia do senso comum a respeito da causalidade tende a admitir que um •nico acontecimento ('a causa') sempre provoca outro acontecimento •nico ('o efeito'). Na ciŠncia moderna, ao contr•rio, tende-se a acentuar a multiplicidade de 'condi„•es determinantes' que, reunidas, tornam poss‚vel a ocorrŠncia de determinado acontecimento. Tanto o pensamento cient‚fico quanto o senso comum procuram descobrir condi„•es necess•rias e suficientes para um acontecimento. Todavia, enquanto o senso comum leva uma pessoa a esperar que um fator possa dar uma explica„…o completa, o cientista raramente – e talvez nunca – espera encontrar um •nico fator ou condi„…o que seja necess•rio e suficiente para provocar um acontecimento. Ao contr•rio, est• interessado em condi„•es contribuintes, condi„•es contingentes (sob as quais funcionam as outras) – todas as quais espera ver atuantes, a fim de tornar prov•vel, mas n…o certa, a ocorrŠncia do acontecimento. 4 Cf. SELLTIZ, Claire et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. S…o Paulo: EPU; EDUSP, 1975. p. 93-94. (texto fornecido pela Profa. Ms. Vera Britto). € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 22. 22 6 FICHAMENTO5 As fichas constituem valioso recurso de estudo de que se valem os pesquisadores para a realização de uma obra didática, científica e outras. Freqüentemente, há obstáculos a vencer no início da utilização das fichas como método de estudo e de redação. Uma dessas dificuldades é relativa ao dispêndio inicial de tempo, à metodologia de transcrição de texto, às anotações bibliográficas (autor, título da obra, local de publicação, editora, ano, página, etc.). Para quem não pratica ou não está acostumado a fazer fichamento, essa prática parece demorada, desgastante, inútil. No entanto, o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisar escrever sobre determinado assunto. Não se recomenda, porém, o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse. O fichário precisa ser funcional. 6.1 ESTRUTURA DA FICHA O cabeçalho engloba título genérico ou específico e letra indicativa da seqüência das fichas, se for utilizada mais de uma. As fichas compreendem cabeçalho, referências (bibliográficas), corpo da ficha e local onde se encontra a obra. As anotações que ocupam mais de uma ficha têm o cabeçalho da primeira ficha repetido. Para facilitar a realização do trabalho de redação e consulta ao arquivo, pode-se escrever no alto da ficha a especificação dela: ficha de comentário, ficha de resumo, ficha de citação direta. 6.2 CONFECÇÃO DA FICHA Todo o trabalho de fichamento é precedido por uma leitura atenta do texto, no nível da racionalidade e compreende: capacidade de analisar o texto, separar suas partes e examinar como se inter-relacionam e como o texto se relaciona com outros, e competência para resumir as idéias do texto. O primeiro nível desse tipo de leitura é denotativo, parafrástico. Cuida do vocabulário, das informações sobre o autor, do contexto socioeconômico, histórico e objetivo do texto. Atenta também para a teoria desenvolvida ou conceitos apresentados. Examina as idéias centrais, procurando identificar de que trata o texto. Procura também observar como se desenvolve o raciocínio do autor, quais suas teses e provas, enfim, verifica-se o encadeamento das idéias apresentadas. No segundo nível, o leitor interpreta os significados não transparentes: a leitura aqui é polissêmica. A pergunta a responder é: "O que o autor quis demonstrar?". Verifica-se a relação do texto com a realidade de seu tempo. Há originalidade nas idéias? O nível seguinte é o da crítica, que não será subjetiva, impressionista, do tipo gosto/não gosto. O autor atingiu os objetivos estabelecidos? É claro, coerente? O texto apresenta alguma contribuição para a comunidade científica? O passo final é o da problematização, em que se indagam sobre as possibilidades de aplicação do texto a outras situações, sobre contribuições para nova leitura do mundo. 6.2.1 Fichas de leitura Fichas nas quais se registram informações bibliográficas completas, anotações sobre tópicos da obra, citações diretas, juízos valorativos a respeito da obra, resumo do texto, comentários. Enquanto as fichas bibliográficas contêm apenas as informações bibliográficas, necessárias para a localização de um livro, as fichas de leitura contêm todas as informações sobre um livro ou artigo. 5 Cf. MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. p. 96-114. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 23. 23 6.2.2 Fichas de indicação bibliográfica A indicação de referências bibliográficas é feita segundo normas da ABNT (NBR 6023). Pode-se valer o pesquisador da ficha catalográfica, que consta das primeiras páginas de um livro, para a transcrição das referências, ou dos elementos constantes da folha de rosto. Periódicos apresentam indicações dos elementos identificadores na primeira página, ou na capa. 6.2.3 Ficha de resumo Resumo é um tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas idéias principais. Em princípio, o resumo é uma paráfrase e pode-se dizer que dele não devem fazer parte comentários e que engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo. A ficha de resumo ou de conteúdo apresenta uma síntese das idéias do autor. Saliente-se que não é um sumário ou índice das partes. Devem-se expor abreviadamente as idéias do autor. Não se faz uso de citações. 6.2.4 Ficha de transcrição A transcrição direta exige a colocação de aspas no início e no final do texto. Consiste na reprodução fiel de textos do autor citado. Se já houver no texto transcrito expressão "aspeada", tais aspas devem ser transformadas em aspas simples. Indica-se o número da página de onde foi transcrito o texto. Se houver erros de grafia ou gramaticais, copia-se como está no original e escreve-se entre colchetes [sic]. A supressão de palavras é indicada com três pontos entre parênteses. Supressões iniciais ou finais não precisam ser indicadas. A supressão de um ou mais parágrafos intermediários é indicada por uma linha pontilhada. Ao transcrever um texto é preciso rigor, observando aspas, itálicos, maiúsculas, pontuação, etc. Não se deve alterar o texto de nenhuma forma. 6.2.5 Ficha de comentário Devem-se analisar os aspectos quantitativos e depois os qualitativos, desta forma, podem-se acrescentar comentários sobre extensão do texto, sua constituição (ilustrações, exemplos, bibliografia, citações, etc.), conceitos abordados. Em aspectos qualitativos, recomenda-se que se atenha à análise e detecção da hipótese do autor, objetivo, motivo pelo qual escreveu o texto, as idéias que fundamentam o texto. Deve o comentarista verificar se a exemplificação é genérica ou específica, se a organização do texto é clara, lógica, consistente, e o tom utilizado na exposição é formal ou informal, se há pontos fortes e fracos na argumentação do autor, se a terminologia é precisa. E ainda dizer se a conclusão é convincente e quem será beneficiado pela leitura do texto. Finalmente, deve fazer uma avaliação da obra. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 24. 24 6.3 MODELO DE FICHAMENTO Assunto Referência de acordo com a NBR 6023 Síntese do conteúdo, incluindo citações diretas e indiretas do original. A extensão e o grau de aprofundamento do fichamento irão depender do que se pretende em relação ao texto que está sendo fichado. Pode-se fazer, também, a síntese página a página, neste caso, colocando-se o número das páginas de onde se extraíram as informações na margem esquerda. Por exemplo. p. 13 blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla bla"blablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla" blablablablablabla. blablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablablablablabla"blablablablablablablablablablabla". p. 14-15 blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablablablablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla. p. 16 blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla blablablablablablabla. Pode-se informar, também, o grau de importância do material para o trabalho que será feito, ou a que outros assuntos ou disciplinas ele poderá interessar. Pode-se informar, ainda, se esse mesmo assunto pode ser encontrado em outros materiais. É importante incluir a informação da localização do material: se pertence a alguma biblioteca, ou a algum colega. Caso seja de biblioteca, copiar o código de localização na estante. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 25. 25 6.4 EXEMPLO DE FICHAMENTO6 A origem da paleontologia BRYSON, Bill. CiŠncia vermelha nos dentes e garras. In: ______. Breve história de quase tudo. S…o Paulo: Companhia das letras, 2005. p.86-105. RESUMO p. 89 O descobrimento dos primeiros ossos de dinossauro da hist‡ria provocaram grandes disputas e muita rivalidade; em muitos casos n…o houve ƒtica e nem preocupa„…o com trabalho alheio. “Em 1787, alguƒm em nova Jersey- encontrou um fŠmur enorme progetandose para fora de uma margem de rio em um local chamado Woodbury Creek. Acredita-se que tenha pertencido a um hadrossauro, grande dinossauro com bico de pato. Naquela ƒpoca os dinossauros eram desconhecidos. O fato de o osso n…o despertar maior interesse ƒ bem estranho, pois ele apareceu numa ƒpoca em que os Estados Unidos vivem numa onda de entusiasmo em torno dos resqu‚cios de animais grandes e antigos.” p. 94 “[...] a lideran„a paleontol‡gica havia passado para a Inglaterra. Em 1812, em Lyme Regis, na costa de Dorset, uma crian„a extraordin•ria Chamada Mary Anning- de onze [...]. [...] encontrou um estranho monstro marinho fossilizado [...] ictiossauro, incrustado nos penhascos ‚ngremes e perigosos ao longo do canal da Mancha. Ela tambƒm encontraria o primeiro plesiossauro, outro mostro marinho [...]. p. 96 Em 1853 Richard Owen era considerado astro da jovem ciŠncia da paleontologia, aos 21anos foi contratado pelo colƒgio real de cirurgi•es para ajudar a organizar sua cole„•es. Por sua capacidade de organiza„…o e dedu„…o se destacou rapidamente. [coment•rios do autor] Este trabalho poder• interessar a estudantes de hist‡ria, ou •reas ligadas a paleontologia, e atƒ mesmo a pessoas que tenham interesse em hist‡rias curiosas. [coment•rios do autor] Este texto foi disponibilizado (na xerox) pela professora Marla Andrade, da disciplina Tƒcnicas de Pesquisa da Universidade Federal da Bahia. 6 Este exemplo ƒ um fragmento do fichamento. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 26. 26 7 CITAÇÃO7 As regras de cita„…o em documentos s…o determinadas pela NBR 10520 da ABNT e, de acordo com ela, cita„…o ƒ toda "men„…o no texto de uma informa„…o colhida em outra fonte". Elas d…o credibilidade ao texto e respaldam as idƒias transmitidas pelo autor. Porƒm, ƒ important‚ssimo levar em considera„…o o contexto em rela„…o ao texto original. Deve-se ter cuidado, ainda, para n…o truncar a idƒia inicial do texto do qual se origina. A cita„…o pode ser DIRETA, quando ƒ feita a transcri„…o literal das palavras extra‚das da outra fonte exatamente como elas se encontram, ou INDIRETA, quando se transmitem as idƒias do outro utilizando nossas pr‡prias palavras. Pode, ainda, variar conforme a sua extens…o. Exemplo de cita„…o INDIRETA8: A ironia seria assim uma forma impl‚cita de heterogeneidade mostrada, conforme a classifica„…o proposta por Authler-Reiriz (1982). Exemplo de cita„…o DIRETA: “Apesar das aparŠncias, a desconstru„…o do logocentrismo n…o ƒ uma psican•lise da filosofia […]” (DERRIDA, 1967, p. 293). Em casos de cita„…o DIRETA, caso esta ocupe AT‰ TR‘S LINHAS do texto, deve ser inclu‚da, entre aspas duplas, dentro do pr‡prio texto, com a mesma fonte e o mesmo tamanho. Caso a cita„…o ultrapasse a quantidade de trŠs linhas do texto, deve, ent…o, vir separada deste, em par•grafo pr‡prio, RECUADO da margem esquerda. Faz-se este recuo atravƒs da rƒgua do Word, levando-a a 4cm da margem esquerda em dire„…o ao centro. A fonte deve ser menor do que aquela utilizada no corpo do texto, com espa„amento simples e n…o deve se apresentar entre aspas. Caso se fa„am necess•rias omiss•es, estas s…o indicadas atravƒs da utiliza„…o de reticŠncias de trŠs pontos dentro de colchetes. Por exemplo: A teleconferŠncia permite ao indiv‚duo participar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferŠncia incluem uso de televis…o, telefone e computador. [...] Atravƒs de •udio-conferŠncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de •udio pode ser emitido em um sal…o de qualquer dimens…o. (NICHOLS, 1993, p. 181) Em casos de acrƒscimos, interpola„•es ou coment•rios, estes devem ser inclu‚dos entre colchetes. E, em casos de destaques ou Šnfase atravƒs do uso de recursos gr•ficos como negrito ou it•lico, deve-se informar ao leitor que o grifo foi feito por arb‚trio nosso e n…o do autor do texto transcrito, isso deve ser feito utilizando-se a express…o (grifo nosso) logo ap‡s o grifo na transcri„…o. Exemplo: A teleconferŠncia [ou videoconferŠncia] permite ao indiv‚duo participar de um encontro nacional ou regional sem a necessidade de deixar seu local de origem. Tipos comuns de teleconferŠncia incluem uso de televis…o, telefone e computador. Atravƒs de •udio-conferŠncia, utilizando a companhia local de telefone, um sinal de •udio 7 Baseado em ASSOCIA—˜O BRASILEIRA DE NORMAS T‰CNICAS. NBR 10520: informa„…o e documenta„…o: apresenta„…o de cita„•es em documentos. Rio de Janeiro, 2002. 7 p. e em LUBISCO, N‚dia M. L.; VIEIRA, S•nia Chagas. Manual de estilo acadêmico: monografias, disserta„•es e teses. 2. ed. Salvador: EDUFBA, 2003. p. 58-65. 8 A maioria dos exemplos foram extra‚dos ou adaptados da pr‡pria ABNT. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 27. 27 pode ser emitido em um sal…o de qualquer dimens…o (grifo nosso). (NICHOLS, 1993, p. 181) Em caso de haver uma cita„…o j• aspada dentro do texto citado e que deve ganhar novas aspas, as primeiras aspas s…o transformadas em aspas simples. As aspas simples s…o utilizadas para indicar cita„…o no interior da cita„…o. Exemplo: “Apesar das ‘aparŠncias’, a desconstru„…o do logocentrismo n…o ƒ uma psican•lise da filosofia […]” (DERRIDA, 1967, p. 293) Caso se fa„a uma cita„…o em l‚ngua estrangeira, a tradu„…o desta deve vir em nota de rodapƒ ou de fim, a depender das especificidades do sistema de referŠncia. Tambƒm deve aparecer, entre parŠnteses, a express…o (tradu„…o nossa). 7.1 SISTEMAS DE REFER‘NCIA (ou CHAMADA, de acordo com a NBR 10520) DAS CITA—•ES H• duas formas de se referenciar as cita„•es, o sistema autor-data e o sistema numƒrico (o qual n…o ser• explicado aqui). Uma das duas deve ser escolhida e utilizada ao longo de todo o texto. Atualmente, a tendŠncia ƒ recomendar o uso do sistema autor-data. 7.1.1 Sistema autor-data a) sobrenome do autor (ou pelo nome de cada entidade), entre parŠnteses, em mai•sculas, seguido de v‚rgula, e o ano de publica„…o. Ex. (MEDEIROS, 1999); (BRASIL, 1995) b) caso o nome do autor j• conste da senten„a em que ser• inclu‚da a cita„…o, ele possuir• apenas a letra inicial mai•scula, a data aparecer• entre parŠnteses, seguida de v‚rgula e a indica„…o do n•mero da p•gina, se for o caso. Ex. De acordo com Lakatos (2001, p. 137) “[...] todo o trabalho cient‚fico obedece a uma norma [...]”; c) quando s…o citadas obras diferentes de um mesmo autor, publicadas no mesmo ano, as referŠncias devem diferenci•-las atravƒs de letras min•sculas, ap‡s a data, sem espacejamento. Ex. (LAKATOS, 2001a) ou (LAKATOS, 2001b) d) quando s…o citados autores com o sobrenome igual e cujas edi„•es consultadas foram do mesmo ano, coloca-se, alƒm do sobrenome, a inicial do nome do autor. Ex. (SILVA, C., 2005) e (SILVA, M., 2005) e) quando s…o citados autores com o sobrenome igual e com a inicial do nome tambƒm igual e cujas edi„•es consultadas foram do mesmo ano, coloca-se, alƒm do sobrenome, o primeiro nome do autor por extenso. Ex. (SILVA, Carlos, 2005) e (SILVA, Cl•udio, 2005) f) caso se fa„a uma cita„…o que j• era uma cita„…o no texto que se est• lendo, ou seja, uma cita„…o de segunda m…o, deve-se colocar a referŠncia do autor do texto que se est• citando, seguida da express…o apud seguida da referŠncia do texto que a havia citado primeiramente. Ex. (SILVA, 2003 apud SOUZA, 2006) g) quando a cita„…o ƒ direta, deve-se sempre indicar o n•mero da(s) p•gina(s) onde de onde o texto foi extra‚do. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 28. 28 h) As cita„•es indiretas de diversos documentos da mesma autoria, publicados em anos diferentes e mencionados simultaneamente, tŠm suas datas separadas por v‚rgula. Exemplo: (DREYFUSS, 1989, 1991, 1995) (CRUZ, CORREA, COSTA, 1998, 1999, 2000) i) As cita„•es indiretas de diversos documentos de v•rios autores, mencionados simultaneamente, devem ser separadas por ponto-e-v‚rgula, em ordem alfabƒtica. Exemplos: Ela polariza e encaminha, sob a forma de “demanda coletiva”, as necessidades de todos (FONSECA, 1997; PAIVA, 1997; SILVA, 1997) Diversos autores salientam a import™ncia do “acontecimento desencadeador” no in‚cio de um processo de aprendizagem (CROSS, 1984; KNOX, 1986; MEZIROW, 1991) j) pela primeira palavra do t‚tulo seguida de reticŠncias, no caso de obra sem indica„…o de autoria ou responsabilidade, seguida da data de publica„…o do documento e da(s) p•gina(s) da cita„…o, no caso de cita„…o direta, separados por v‚rgula e entre parŠnteses; No texto: “As IES implementar…o mecanismos democr•ticos, leg‚timos e transparentes de avalia„…o sistem•tica de suas atividades, levando em consta seus objetivos institucionais e seus compromissos para com a sociedade.” (ANTEPROJETO..., 1987, p. 55) Na lista de referŠncias: ANTEPROJETO de lei. Estudos e Debates, Bras‚lia, DF, n. 13, p. 51-60, jan. 1987. l) se o t‚tulo come„a por artigo (definido ou indefinido), ou monoss‚labo, este deve ser inclu‚do na indica„…o da fonte; No texto: “Em Nova Londrina (PR), as crian„as s…o levadas †s lavouras a partir dos 5 anos.” (NOS CANAVIAIS..., 1995, p. 12) Na lista de referŠncias: NOS CANAVIAIS, mutila„…o em vez de lazer e escola. O Globo, Rio de Janeiro, 16 jul. 1995. O Pa‚s, p. 12 7.1.2 Sistema numérico a) o nome do autor ƒ citado dentro do texto, apenas com as iniciais mai•sculas, seguido do n•mero indicativo da nota que conter• a referŠncia completa. Esta nota poder• ficar no rodapƒ da p•gina ou ao final do texto. Neste caso a lista de referŠncias dever• ser organizada na ordem em que as cita„•es aparecem no texto; b) o n•mero indicativo da nota poder• vir de dois modos, ou sobrescrito ou entre parŠnteses. Ex."Num relat‡rio de pesquisa, pode-se ter cita„•es literais [...] ou livres [...]".9 "Num relat‡rio de pesquisa, pode-se ter cita„•es literais [...] ou livres [...]".(3) 9 LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciŠncias humanas. Porto Alegre: Artes Mƒdicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263. (3) LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A Construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em ciŠncias humanas. Porto Alegre: Artes Mƒdicas; Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 263. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 29. 29 c) caso se fa„a uma cita„…o de um mesmo autor, na mesma p•gina em que aparece a cita„…o anterior, pode-se utilizar na referŠncia algumas abreviaturas. Ex. “[...] as notas fornecem a referŠncia bibliogr•fica da cita„…o [...]”.10 d) caso se fa„a uma cita„…o de segunda m…o, para o sistema numƒrico, deve-se colocar a referŠncia completa de cada uma das obras, ligadas pela express…o apud. Ex. SILVA, Carlos. O trabalho de conclusão de curso. S…o Paulo: Antoniela, 2003. Apud SOUZA, Joaquim. O método científico. Rio de Janeiro: DXL, 2006. p. 37. Obs.: Atualmente, n…o se recomenda a utiliza„…o das referŠncias de cita„…o em sistema numƒrico. Recomenda-se a utiliza„…o do sistema autor-data. 7.2 EXPRESS•ES LATINAS UTILIZADAS EM REFERENCIA—•ES DE TEXTOS CIENTˆFICOS 7.2.1 Algumas expressões latinas devem ser usadas em citações (Não são utilizadas em destaque, ou seja, em negrito ou itálico ou travessões, mas na mesma fonte e tamanho do texto) apud – utilizada para cita„•es de segunda m…o; c.f. – confira, confronte; e.g. – exempli gratia, por exemplo; i.e. – id est, isto ƒ; inf. – infra, citado ou mencionado abaixo; supra – citado ou mencionado acima; sic – tal qual, assim mesmo; vs. – versus, em oposi„…o a. 7.2.2 Outras são utilizadas em caso de referência feita em sistema numérico et seq. ou sequentia – e seguintes; ibidem ou ibid. – na mesma obra; idem ou id. – do mesmo autor; loc. cit. ou loco citato – no local antes citado; op. cit. ou opus citatum ou opera citatum – obra citada (obs.: esta express…o s‡ pode ser usada na mesma p•gina onde se encontra a cita„…o a qual se refere); passim – aqui e ali, em diversas p•ginas ao longo do texto. Acompanhando qualquer cita„…o, seja ela direta ou indireta, longa ou curta, deve vir a referŠncia da fonte, de acordo com a norma. Utilizar as palavras ou idƒias de um autor sem referenci•lo ƒ pl•gio, o que constitui um crime, e denota falta de ƒtica. 7.3 EXERCˆCIO SOBRE CITA—˜O EM DOCUMENTO (NBR 10520) De acordo com o que foi visto em aula e com a NBR 10520, responda as seguintes quest•es: 1) Quais sistemas de chamadas (ou referŠncias) podem ser usados para referenciar textos citados em trabalhos acadŠmicos brasileiros? 2) Em que consiste o sistema autor-data? 3) Qual a diferen„a entre notas de referŠncia e notas explicativas? (Onde vocŠ explicou isso?) 4) Caso se opte pelo sistema de cita„…o em notas, dever• haver uma lista de referŠncias ao final do trabalho? 5) ‰ poss‚vel utilizar em um •nico trabalho ambos os sistemas de referŠncia? 6) No sistema numƒrico, onde devem aparecer as referŠncias das cita„•es? 7) Caso se opte pelo sistema autor-data, como devemos proceder em rela„…o a: 10 Ibid., loc. cit. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 30. 30 a) b) c) d) e) f) g) quando o nome do autor não aparece na minha sentença, ou seja, apenas citei o trecho de sua obra, sem ter ainda dito o seu nome, esta indicação deve aparecer de que maneira? quando o nome do autor fizer parte da minha sentença, devo repeti-lo outra vez dentro dos parênteses? é obrigatória a utilização do número de página de onde foi extraída a citação? caso eu esteja citando duas obras de um mesmo autor publicadas em um mesmo ano, como farei para diferenciar uma da outra? caso eu esteja citando dois autores diferentes que publicaram obras em um mesmo ano, e estes dois autores possuem o mesmo sobre nome. Como devo fazer para diferenciá-los? e caso eles tenham o mesmo sobrenome, e o mesmo nome além de terem publicado no mesmo ano. O que devo fazer? caso eu cite um trabalho que não apresenta indicação de autoria, como indicarei através do sistema autor-data? 8) Como devem ser indicadas supressões de palavras do trecho que estou citando? 9) Como devem ser indicados acréscimos de palavras em um trecho que estou citando? 10) O que significam as seguintes expressões em latim e quando cada uma delas deve ser utilizadas? a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) k) l) m) apud: cf.: e.g.: i.e. sic: ibid.: id.: loc. cit.: op. cit.: et al.: S.l.: s.n.: ca.: 11) Como devem ser formatadas as citações diretas que ocupem mais de três linhas do texto? 12) Como devem ser formatadas as citações diretas que ocupem até três linhas do texto? © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 31. 31 8 REFERÊNCIAS11 REFER‘NCIAS ƒ o nome dado ao conjunto de elementos que indicam os documentos utilizados, citados ou apenas consultados na elabora„…o de trabalhos acadŠmicos. De cada um desses documentos se devem indicar os elementos essenciais – autoria, t‚tulo, local de publica„…o, tipo de documento, data, p•gina, etc. – da forma mais completa poss‚vel, permitindo, desta maneira, que aquele que leia o trabalho consiga chegar atƒ as fontes originais. De acordo com a ABNT, estas referŠncias devem constituir uma lista •nica, incluindo tudo (tudo o que, o material, as fontes?) (o que foi citado ou n…o) que o autor considerou importante para a elabora„…o do trabalho. Conforme lembram Lubisco e Vieira esta lista "n…o deve ser denominada de Bibliografia, nem confundida com ela, pois esta constitui uma publica„…o onde se encontra registrada a literatura produzida sobre determinado tema, num determinado pa‚s ou em ™mbito mundial". (2003, p. 51) A forma e a disposi„…o destas referŠncias s…o regidas pela NBR 6023 de 2002, da ABNT, que indica que todas as referŠncias estejam alinhadas apenas pela margem esquerda, dispostas em ordem alfabƒtica pelo primeiro elemento e em espacejamento simples (podendo vir numeradas ou n…o) ou na ordem de aparecimento no texto, separadas entre si por espa„o duplo. Nos casos em que aparecem em ordem alfabƒtica, as referŠncias que possuam o(s) mesmo(s) autor(es), o(s) nome(s) deste(s) pode(m) ser substitu‚do(s) a partir da segunda vez por um tra„o de seis toques seguido de um ponto (cada um). (Dificulta a ordena„…o alfabƒtica) 8.1 ABREVIATURAS As abreviaturas dos meses do ano obedecem † seguinte regra: abrevia-se o nome do mŠs atƒ a terceira letra, com exce„…o do mŠs de maio, que deve ser grafado por inteiro.  Ex. jun.; ago.; maio  p•gina: p.  folha: f.  n•mero: n.  volume: v.  Sem local: S.l.  sem nome: s.n.  c.a: cerca  edi„…o: ed.  editor: Ed.  organizador: Org.  coordenador: Coord.  revisada: rev.  ampliada: ampl.  aumentada: aum. Obs.: estas express•es n…o v…o para o plural.  em casos de tradu„…o, o termo vem por inteiro, seguido do nome do tradutor. Ex.: Tradu„…o de Luis Souza.  11 Adaptado de LUBISCO, N‚dia M. L.; VIEIRA, S•nia Chagas. Manual de estilo acadêmico. 2. ed. Salvador: UFBA; UNIFACS, 2002 e ASSOCIA—˜O BRASILEIRA DE NORMAS T‰CNICAS. NBR 6023: informa„…o e documenta„…o: referŠncias: elabora„…o. Rio de Janeiro, 2002. 24 p. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 32. 32 8.2 ALGUNS DOS PRINCIPAIS TIPOS DE REFER‘NCIA Livro com um único autor, em primeira edição: SILVA, Ant•nio da. Mercado de trabalho: um desafio para o futuro. Salvador: Bom Tempo, 1998. 362 p. Livro com até três autores: CUNHA, Manuel da; PEREIRA, Ant•nio; MALTA, Carlos. Assim se faz um projeto: aux‚lio aos principiantes. 7. ed. Belo Horizonte: Lux, 1970. 251 p. Capítulo de livro com organizador: DANTAS, Manuel. Os jornais do interior. In: SILVA, Josƒ da (Org.). Comunicação e sociedade. 3. ed. S…o Paulo: Avante, 1973. p. 121-136. Artigo, com mais de três autores, publicado em periódico: MACHADO, Pedro Ant•nio et al. Seriedade na profiss…o. Itatiaia, Rio de Janeiro, v. 3, n. 5, p. 12-16, jun. 2001. Artigo publicado em periódico sem indicação de autoria: O FUTURO nos espera. Folha de São Paulo, S…o Paulo, 13 ago. 2002. Caderno Emprego, p. 27. Texto publicado em anais de congresso: SANTANA, Alexandre dos Santos. Multimeios e comunica„…o. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CI‘NCIAS DA COMUNICA—˜O, 24., 2000. Porto Alegre, Anais... Porto Alegre: PUCRS, 2002. p. 32-37. Dissertação de mestrado: SILVA, Maria Antonieta Souza e. Relações Públicas: um estudo de caso na cidade de Salvador. 2002. 2v. 165f. Disserta„…o (Mestrado em CiŠncias Sociais) – Faculdade de Comunica„…o Social, Universidade Salvador, Salvador. Texto extraído de página disponível na Internet: LOUREIRO, Ant•nio. Propaganda e preconceito. Dispon‚vel em: <http://www.publicidadeetnica.com.br>. Acesso em: 23 maio 2002. Entrevista registrada em fita K-7: CHAVES, Marcos: depoimento [02 jul. 2002]. Entrevistadora: Maria Souza. Salvador: UFBA/Faculdade de Comunica„…o. 1 fita cassete (45 min), 3 3/4 pps, estƒreo. 8.3 DATA (ELEMENTO OBRIGATŽRIO) A data ƒ um elemento obrigat‡rio, portanto n…o pode ser substitu‚do pela abreviatura [s.d.]. Deve-se inferir pelos elementos presentes, ou por informa„•es externas. Desta forma, deve-se indicar a data dentro de colchetes, visto que ela ser•, nestes casos, uma inferŠncia. [1971 ou 1972]: um ano ou outro [1969?]: data prov•vel [1973]: data certa n…o indicada no item [entre 1906 e 1912]: use intervalos menores de 20 anos [ca. 1960]: data aproximada € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 33. 33 [197-]: década certa [197-?]: década provável [18--]: século certo [18--?]: século provável 8.4 SISTEMA AUTOR-DATA Neste sistema, sugere-se uma adaptação da norma (NBR 6023:2003), colocando-se a data, entre parênteses, logo após a indicação de autor. Ex.: SOUZA, Dantas (2002). Somos todos iguais. 3.ed. Rio de Janeiro: Áter. 8.5 EXERCÍCIO De acordo com o que foi visto em aula e com a NBR 6023, coloques os elementos indicados a seguir na ordem correta: Autor: José Mascarenhas Título: O Novo Mundo Subtítulo: Um presente ao futuro Local de publicação: São Paulo Editora: Editora Moderna Ltda. Edição: 4ª edição Ano de publicação: 1997 Número total de páginas: 105 __________________________________________________________________ Organizadores: Pâmela Dias, José Mascarenhas & Antônio Santos Título: Que belo dia! Local de publicação: São Paulo Editora: Pimentel Cia. Ltda. Edição: 1ª edição Ano de publicação: 1997 Número total de páginas: 105 Páginas consultadas e citadas: da 12 a 17 __________________________________________________________________ Organizador do livro: Paulo Antônio Santos Neto Título do capítulo: Quero Vencer Autor do capítulo: Paulo Antônio Santos Neto Edição: 10ª Editora: Pedágio Título do livro: Vencedores Subtítulo: Como ser um deles Data: provavelmente 1967 páginas do capítulo: 102 a 130 __________________________________________________________________ Endereço do site: http://www.soumaiseu.com.br Data do acesso: 20 de julho de 2003 Título do artigo: Juntos somos poderosos __________________________________________________________________ Autor: Luiz Gusmão e Souza Título: Collor de Mello Subtítulo: Ascensão e Queda Local de publicação: Viçosa Estado de Publicação: Minas Gerais. Edição: 1ª edição © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 34. 34 9 SEMINÁRIO (TÉCNICA DE ESTUDO) 9.1 INCLUI    Pesquisa. Discussão. Debate. 9.2 ENVOLVE     Capacidade de pesquisa. Análise sistemática de fatos. Raciocínio. Reflexão. 9.3 POSSIBILITA  Elaboração clara e objetiva de trabalhos científicos. 9.4 FONTES QUE ORIGINAM UM ASSUNTO PARA O SEMINÁRIO       São as mais variadas temas constantes de um programa disciplinar que necessitam de conhecimento mais aprofundado; temas complementares a um programa disciplinar; temas novos, divulgados em periódicos especializados, referentes à disciplina em questão; temas atuais, de interesse geral, com idéias renovadoras; temas específicos, atualizados, adequados a um programa de seminário. 9.5 COMPONENTES Individual ou em grupos (entre 5 e 12 participantes)  Coordenador: geralmente o professor. Propõe os temas a serem estudados, indica bibliografia inicial, estabelece uma agenda de trabalhos e fixa a duração das sessões. Geralmente preside e coordena a apresentação dos seminários. Pode introduzir o assunto geral do qual irão derivar os subtemas. Ao final dos debates, sintetiza as conclusões globais, faz uma apreciação geral dos resultados, complementando alguns itens.  Organizador: marca reuniões prévias, coordena as pesquisas e o material, designa os trabalhos de cada componente.  Relator(es): expõe os resultados dos estudos. Essas tarefas podem ser realizadas por todo o grupo.  Secretário: designado para anotar as conclusões parciais e finais do seminário, após os debates. Pode ser substituído pelo organizador.  Comentador: pode ser um só ou um grupo. Responsável pelo aprofundamento crítico do trabalho. Deve estudar com antecedência o tema a ser apresentado para fazer críticas adequadas à exposição, antes da discussão e debate dos demais participantes da classe.  Debatedores: todos os alunos da classe. Depois da exposição e da crítica do comentador (se houver), devem participar fazendo perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, reforçando argumentos ou dando alguma contribuição. 9.6 ETAPAS  O coordenar propõe determinado estudo, indica bibliografia, forma os grupos de seminário, escolhe o comentador e o secretário; © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 35. 35       o grupo escolhe o organizador e o(s) relator(es), divide as tarefas, inicia o trabalho de pesquisa. Depois reúnem-se (diversas vezes) para discutir o material coletado, confrontar os pontos de vista, formular conclusões e organizar os dados disponíveis; pronto o seminário, a classe se reúne; os relatores apresentam os resultados dos estudos; o comentador, após a exposição, intervém com objeções, subsídios e críticas; a classe participa das discussões e debates, fazendo indagações, reforçando ou refutando afirmações; ao final, o coordenador faz uma síntese e encaminha para as conclusões finais. 9.7 FASES DE PREPARAÇÃO DO MATERIAL     determinação do tema divisão do tema em tópicos análise do material coletado síntese das idéias, resumo das contribuições 9.8 A EXPOSIÇÃO Deve ser composta de:  introdução  desenvolvimento  conclusão  referências © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 36. 36 10 RESUMO Tipo de redação informativo-referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas idéias principais, é uma paráfrase, não deve conter comentários, engloba duas fases: a compreensão do texto e a elaboração de um novo. É uma apresentação sistemática e seletiva das idéias de um texto, ressaltando a progressão e a articulação das mesmas, deve apresentar as idéias principais do autor. Para se elaborar um bom resumo é necessário passar por duas etapas de compreensão das idéias:  análise do texto e checagem das informações colhidas com aquilo que já se conhece;  deriva de dois métodos distintos: o analítico (resumo parágrafo a parágrafo que deve refletir a idéia do texto principal) e o comparativo (enfoca a estrutura geral do texto; pressupõe o conhecimento prévio das informações contidas no texto). O resumo, assim como os demais textos científicos, tem sua estrutura e formato regidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas, e a norma específica que trata dele é a NBR 6028. De acordo com ela, um resumo é a "apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto". 10.1 FUNÇÃO   Toda comunicação científica possui utilidade clara e específica, assim a do resumo é: abreviar o tempo dos pesquisadores; difundir informações de tal modo que possam influenciar e estimular a consulta do texto completo. 10.2 ESTRUTURA     Em sua elaboração devem-se destacar, quanto ao conteúdo: o assunto do texto; o objetivo do texto; a articulação das idéias; as conclusões do autor do texto. 10.3 DICAS PARA REDAÇÃO Para redação de um bom resumo é necessário que se atente para os seguintes pontos:      utilizar linguagem objetiva; evitar repetições de frases inteiras do original; respeitar a ordem em que as idéias ou fatos são apresentados; não apresentar juízo de valor; ser compreensível por si mesmo (dispensar a consulta ao original). Um resumo pode:    apresentar um sumário de idéias do autor; narrar as idéias mais significativas; condensar o conteúdo. Para isso é preciso realizar alguns procedimentos:    descobrir o plano da obra a ser resumida; responder duas perguntas: o que o autor pretende demonstrar?; de que trata o texto?; ater-se às idéias principais do texto e a sua articulação; © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 37. 37   distinguir as diferentes partes do texto; identificar palavras-chave. 10.4 TIPOS Existem vários tipos de resumo, cada qual com objetivo e características próprias. O resumo que precede as publicações científicas é o chamado resumo indicativo, também conhecido como descritivo. Ele apresenta um sumário narrativo, não apresenta dados qualitativos e quantitativos, não dispensa a leitura do original e se refere apenas às partes mais importantes do texto. Todo resumo deve salientar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do trabalho. (Essa observação cabe melhor quando se discorre sobre a estrutura do resumo) Quanto ao estilo, aconselha-se que um resumo seja elaborado com frases concisas, evitando enumerar tópicos. A primeira frase deve explicar o assunto, em seguida indica-se de que trata o texto (um estudo de caso, a análise de uma situação). De acordo com Lubisco e Vieira (2003, p. 40), um o resumo deve: [...] ser redigido na terceira pessoa do singular, com verbo na voz ativa, em frases correntes, sem enumeração de tópicos [...]. A frase de abertura deve explicitar o tema do trabalho e ser seguida da indicação de sua categoria (memória, estudo de caso etc.). Deve ser evitado o uso de frases negativas, parágrafos, fórmulas, símbolos, citações bibliográficas. É encabeçado pela palavra RESUMO em negrito e letras maiúsculas, centralizada no alto, com o texto em espaço simples. (Nem sempre será regra, variando de acordo com os critérios de publicação dessa ou daquela entidade) Ao final deve incluir as palavras-chave representativas do conteúdo, extraídas da ficha catalográfica. 10.5 TAMANHO Quanto à extensão, a ABNT recomenda que o resumo seja composto por um único parágrafo. (Aqui, também, cabe a observação de que varia de acordo com os critérios da entidade) Se for de notas e comunicações breves deve possuir de 50 a 100 palavras; se for de monografias e artigos extensos deve possuir de 100 a 250 palavras; se for de relatórios e dissertações ou teses, de 250 a 500 palavras. 10.6 PALAVRAS-CHAVE O texto do resumo deve ser seguido de palavras-chave: palavras representativas do conteúdo do documento. Aconselha-se a utilização de no mínimo 3 e no máximo 6 palavras-chave. Cada uma deve ser iniciada por letra maiúscula e finalizada por ponto. 10.6 IMPORTANTE! Um bom resumo deve:   vir precedido da referência do texto original, que está sendo resumido em conformidade com a norma de Referências estabelecida pela ABNT (NBR 6023) (quando o resumo não acompanha o próprio texto) conter a síntese do conteúdo do texto em questão (assunto do texto, objetivo, métodos, critérios utilizados, conclusões do autor). (ou seja, a estrutura básica do resumo) As regras mais aplicadas na confecção de um resumo são:  apagamento de elementos redundantes e supérfluos ou não relevantes (supressão de adjetivos e advérbios); © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 38. 38    generaliza„…o das idƒias do texto (registrar informa„•es de ordem geral); sele„…o das idƒias principais; inven„…o ou constru„…o (frases que incluam v•rias idƒias expostas no texto, mas deve-se fazŠlo de forma sintƒtica). Algumas publica„•es cient‚ficas exigem, ainda, que o texto seja acompanhado de um resumo em l‚ngua estrangeira, geralmente uma l‚ngua de divulga„…o internacional (inglŠs, francŠs, espanhol), obedecendo †s mesmas regras de formata„…o e reda„…o do resumo em l‚ngua vern•cula, sendo encimado pela palavra ABSTRACT (inglŠs), R‰SUM‰ (francŠs) ou RESUMEN (espanhol), a depender do caso. 10.7 EXEMPLOS DE RESUMO12 Ex. 1. Resumo Indicativo RESUMO ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a rela„…o no vestibular. S…o Paulo: Mestre Jou, 1981. 184 p. Estudo realizado sobre reda„•es de vestibulandos da FUVEST. Examina os textos com base nas novas tendŠncias dos estudos da linguagem, que buscam erigir uma gram•tica do texto, uma teoria do texto. S…o objetos de seu estudo a coes…o, o clichŠ, a frase feita, o “n…o-texto” e o discurso indefinido. Parte de conjecturas e indica„•es, apresenta os critƒrios para an•lise, informa„•es sobre o candidato, o texto e farta exemplifica„…o. Palavras-chave: Reda„•es de vestibular. Gram•tica do texto. Progress…o discursiva. OBS. o texto deste resumo apresenta 68 palavras. __________________________________________________________________________________ Ex. 2 Resumo Informativo RESUMO ROCCO, Maria Thereza Fraga. Crise na linguagem: a rela„…o no vestibular. S…o Paulo: Mestre Jou, 1981. 184 p. Examina 1.500 reda„•es de candidatos a vestibulares (1978), obtidas da FUVEST. O livro resultou de uma tese de doutoramento apresentada † USP em maio de 1981. Objetiva caracterizar a linguagem escrita dos vestibulandos e a existŠncia de uma crise na linguagem escrita, particularmente desses indiv‚duos. Escolheu reda„•es de vestibulares pela oportunidade de obten„…o de um corpus homogŠneo. Sua hip‡tese inicial ƒ a da existŠncia de uma poss‚vel crise na linguagem e, atravƒs do estudo, estabelecer rela„•es entre os textos e o n‚vel de estrutura„…o mental de seus produtores. Entre os problemas, ressaltam-se a carŠncia de nexos, de continuidade e quantidade de informa„•es, ausŠncia de originalidade. Tambƒm foram objeto de an•lise condi„•es externas como fam‚lia, escola, cultura, fatores sociais e econ•micos. Um dos critƒrios para an•lise ƒ a utiliza„…o do conceito de coes…o. A autora preocupa-se ainda com a progress…o discursiva, com o discurso tautol‡gico, as contradi„•es l‡gicas evidentes, o nonsense, os clichŠs, as frases feitas. Chegou † conclus…o de que 34,8% dos vestibulandos demonstram incapacidade de dom‚nio dos termos relacionais; 16,9% apresentam problemas de contradi„•es l‡gicas evidentes. A redund™ncia ocorreu em 12,5% dos textos. O uso excessivo de clichŠs e frases feitas aparece em 69,0% dos textos. Somente em 40 textos verificou-se a presen„a de linguagem criativa. žs vezes o discurso estrutura-se com frases 12 Exemplos extra‚dos de MEDEIROS, Jo…o Bosco. Redação científica: a pr•tica de fichamentos, resumos e resenhas. S…o Paulo: Atlas, 1999. p. 124. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 39. 39 bombásticas, pretensamente de efeito. Recomenda a autora que uma das formas de combater a crise estaria em se ensinar a refazer o discurso falho e a buscar a originalidade, valorizando o devaneio. Palavras-chave: Redações de vestibular. Gramática do texto. Progressão discursiva. OBS. o texto deste resumo apresenta 246 palavras. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 40. 40 11 RESENHA13 Para ABNT (NBR 6028:2003, p. 1), resumo cr‚tica (resenha) ƒ “Resumo redigido por especialistas com an•lise cr‚tica de um documento. Tambƒm chamado de resenha. Quando analisa apenas uma determinada edi„…o entre v•rias, denomina-se recens…o.” 11.1 CONCEITO                Tipo de resumo cr‚tico mais abrangente; permite coment•rios e opini•es; inclui julgamentos de valor; compara a obra em quest…o com outras da mesma •rea e gŠnero; avalia a sua relev™ncia com rela„…o †s outras; exige conhecimento do assunto e maturidade intelectual; relato minucioso das propriedades de um objeto ou de suas partes constitutivas; tipo de reda„…o tƒcnica que inclui variadas modalidades de texto (descri„…o, narra„…o e disserta„…o); descreve as propriedades da obra (descri„…o f‚sica da obra); relata as credenciais do autor; resume a obra; apresenta suas conclus•es e metodologia empregada; exp•em o quadro de referŠncias em que o autor se apoiou; apresenta uma avalia„…o da obra; informa a quem a obra se destina. 11.2 P’BLICO     Professores; especialistas no assunto da obra; alunos de gradua„…o e p‡s-gradua„…o (ƒ um exerc‚cio para a realiza„…o de monografias); p•blico interessado no assunto da obra. 11.3 OBJETIVOS GERAIS DA RESENHA     Ser um instrumento de pesquisa bibliogr•fica; atualiza„…o bibliogr•fica; decis…o de consultar ou n…o o texto original; como exerc‚cio: desenvolver a capacidade de s‚ntese, interpreta„…o e cr‚tica. 11.4 LINGUAGEM UTILIZADA NA RESENHA    Terceira pessoa; n…o se percebe a presen„a do emissor, nem do receptor; neutralidade (porƒm, na sele„…o e organiza„…o do texto j• ocorre inten„…o de quem escreve). 13 Adaptado de MEDEIROS, Jo…o Bosco. Redação científica: a pr•tica de fichamentos, resumos, resenhas. S…o Paulo: Atlas, 1999. p. 137-146. € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 41. 41 11.5 TIPOS DE MENSAGENS REFERENCIAIS   Resenha: texto que se propõe prestar informações sobre elementos complexos; pode referir-se a elementos reais (reuniões, debates) ou a referentes textuais (livros, peças teatrais, filmes, palestras); possui um resumo crítico; Informe: texto cujo objetivo é indicar ao leitor referentes reais, concretos; envolve fatos, circunstâncias, cifras (comunicados, informes administrativos, boletins de ocorrência); trata-se de uma descrição. 11.6 RESUMO CRÍTICO ou RECENSÃO CRÍTICA      Combina resumo e julgamento de valor; a ABNT denomina resenha de resumo crítico (e recensão, a análise de uma determinada edição entre várias), cujo objetivo é oferecer informações para que o leitor possa decidir quanto à consulta ou não do original; deve resumir as idéias da obra, avaliar as informações nela contidas e a forma como foram expostas e justificar a avaliação realizada; a leitura analítica é a base da resenha; resenha é um instrumento de pesquisa. 11.7 NA FASE DE LEITURA E DA ANÁLISE TEMÁTICA Nesta fase, busca-se responder a algumas questões:                              quem é o autor? que métodos utilizou? estudam-se o vocabulário e os conceitos utilizados; assinalam-se as dúvidas (sem a compreensão dos conceitos a leitura fica prejudicada); examinam-se as referências históricas, a referência a outras doutrinas e outros autores; de que o texto trata? (assim se obtém o assunto, a referência, do texto) sob qual perspectiva o autor tratou do assunto (tema)? quais os limites do texto? qual o problema focalizado? como o assunto foi problematizado? como o autor soluciona o problema? que posição assume? (assim se obtém a tese do autor) como o autor demonstra seu raciocínio? quais os seus argumentos? há outros assuntos paralelos à idéia central? apresenta uma posição própria a respeito das idéias do texto? às vezes, as idéias do texto original são cotejadas com as de outro; qual sua coerência interna? qual a originalidade do texto? qual o alcance do texto? qual a validade da idéias? qual a relevância das idéias? que contribuições apresenta? o autor atingiu os objetivos propostos? o texto supera a pura retomada de textos de outros autores? há profundidade na exposição das idéias? a tese foi demonstrada com eficácia? a conclusão está apoiada em fatos? a partir desses itens, faz-se a crítica às posições definidas no texto; © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 42. 42  fase de elaboração do texto pessoal que reflita sistematicamente as idéias do texto original 11.9 ELEMENTOS ESTRUTURAIS DA RESENHA        credenciais do autor: informações sobre o autor, nacionalidade, formação universitária, títulos, livros ou artigos publicados; resumo da obra: resumo das idéias principais da obra: de que trata o texto?; qual sua característica principal?; exige algum conhecimento prévio para entendê-la?; descrição do conteúdo dos capítulos ou partes da obra; conclusões do autor: quais as conclusões a que o autor chegou? metodologia aplicada: que métodos utilizou (dedutivo, indutivo, histórico, comparativo, estatístico)?; que técnicas utilizou (entrevista; questionário)?; quadro de referência do autor: que teoria serve de apoio ao estudo apresentado?; qual o modelo teórico utilizado?; crítica do resenhista (apreciação): julgamento da obra, qual a sua contribuição?; as idéias são originais?; como é o estilo do autor (conciso, objetivo, simples, idealista, realista)?; indicações do resenhista: a quem se dirige a obra?; é endereçada a que disciplina, a que área? 11.10 EXERCÍCIO Leia atentamente a resenha a seguir e destaque nela cada uma dessas partes acima referidas. © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 43. 43 12 PROJETO DE PESQUISA (NBR 15287) 12.1 M‰TODO HIPOT‰TICO-DEDUTIVO Teoria  Problema  Hip‡teses  Metodologia  Testes de falseamento  Refutadas ou Corroboradas  Positiva (nova teoria) // Resposta em aberto ou derivando novas perguntas (reestrutura o projeto). Submetidos a:  cursos de p‡s-gradua„…o  agŠncias de fomento † pesquisa, etc.,  critƒrios de apresenta„…o estabelecidos pelas institui„•es a que se destinam.  ou ABNT NBR 15287:2005. Podem variar por  •rea de pesquisa;  critƒrios do orientador, do curso a que se destinam ou das agŠncias financiadoras. 12.2 ELEMENTOS PR‰-TEXTUAIS a) capa; (elemento opcional) Nome da entidade Nome do(s) autor(es) T‚tulo Subt‚tulo (quando houver) Local Ano b) lombada (se houver); (elemento opcional) c) folha de rosto; (obrigat‡rio) Nome do(s) autor(es) T‚tulo Subt‚tulo (se houver) Tipo de projeto e entidade Local ano d) listas (de ilustra„•es, de tabelas, de abreviaturas e siglas, de s‚mbolos), caso sejam necess•rias; (elemento opcional) e) sum•rio (de acordo com a NBR 6027). – elemento obrigat‡rio 12.3 ELEMENTOS TEXTUAIS 1 INTRODUÇÃO (texto introdut‡rio incluindo todos os itens indicados com o n•mero 1) 1.1 PROBLEMA 1.2 HIPŽTESE(S) (quando couberem); 1.3 OBJETIVO GERAL 1.3.1 Objetivos específicos 1.4 JUSTIFICATIVAS 2 REFERENCIAL TEÓRICO 3 MÉTODOS E TÉCNICAS 4 RECURSOS FINANCEIROS 5 CRONOGRAMA € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.
  • 44. 44 12.4 TEMA       Variados; uma disciplina, ou professor, um trabalho solicitado, ou tema de um seminário; todo trabalho de pesquisa acrescente algo ao saber já existente; característica básica de uma pesquisa científica indispensável fazer exaustiva revisão da literatura científica sobre o tema que se pretende pesquisar. Para a elaboração da idéia inicial, ponto de partida do trabalho: levantamento preliminar das fontes de informação disponíveis sobre o assunto base para a elaboração do projeto ter o conhecimento do nível de desenvolvimento do assunto a ser pesquisado. Escolha de um tema:  gostar do assunto,  ter acesso a informações e dados necessários,  ter tempo e outras condições materiais necessárias;  ser de interesse social. 12.4.1 Delimitação do tema O tema geralmente coincide com o título do projeto.  Uma das etapas mais importantes;  apresenta grande dificuldade;  dentro desse tema, qual o problema a ser solucionado pela pesquisa;  falta de experiência  superdimensiona a capacidade de ação;  tema amplo demais;  inviabiliza o trabalho;  a delimitação do tema terá de passar por inúmeras revisões;  dimensão exeqüível. Área: Letras Tema: Educação Que tipo de educação formal ou informal? Educação formal educação convencional ou especial? Educação especial deficiência auditiva, visual, ou física (alunos cadeirantes, por exemplo)? Alunos cadeirantes mundial, internacional, nacional, regional, local? Mundial muito amplo! Nacional viagens a outros estados (inviável?) © Material para uso didático produzido pela Profa. Dra. Alícia Duhá Lose.
  • 45. 45 Âmbito local Educação formal para pessoas cadeirantes  acessibilidade aos locais de ensino? (quest…o de responsabilidade do dever p•blicoadministrativo. Nosso projeto ƒ de Letras). Letras (universo amplo)  l‚ngua ou de literatura? Língua / séries iniciais / alfabetização Alfabetização, na educação formal, para pessoas cadeirantes.  Pessoas cadeirantes necessitam de algum mƒtodo especial de alfabetiza„…o? Alunos com deficiência visual  no nosso trabalho est• prevista a aprendizagem do mƒtodo BRAILE? Alunos com deficiência auditiva Alfabetização, na educação formal, para pessoas com deficiência auditiva O que iremos fazer exatamente? o que nos interessa é... a) criar um novo “mƒtodo” de alfabetiza„…o? b) verificar os mƒtodos j• existentes?; c) verificar a existŠncia ou n…o de mƒtodos especiais?; d) verificar a aplica„…o ou a efic•cia de tais mƒtodos? Verificar a aplicação dos métodos já existentes 12.5 DELIMITA—˜O DO CORPUS Como faremos isso?  Visitaremos escolas de Salvador? Todas as escolas?  excluir aquelas que n…o trabalham com alfabetiza„…o  excluir aquelas que n…o tem nenhum aluno na condi„…o que nos ƒ necess•ria para a observa„…o (aluno com deficiŠncia auditiva) Todas (as que) cumprem estes pré-requisitos?  verifica„…o em todas? (100% do universo)  dividir o foco na compara„…o entre a escola da administra„…o p•blica e a escola de administra„…o privada? (amostragem)  duas de cada? Métodos utilizados pela educação formal para a alfabetização de pessoas com necessidades especiais de visão 12.6 PROBLEMA  Apresenta-se na forma de uma interroga„…o (de preferŠncia); € Material para uso did•tico produzido pela Profa. Dra. Al‚cia Duh• Lose.