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Manuel Alegre
“Cão Como Nós”
“ Não era um cão como os
outros. Era um cão rebelde,
caprichoso, desobediente,
mas um de nós, o nosso cão,
ou mais que o nosso cão, um
cão que não queria ser cão e
era cão como nós.” (Manuel
Alegre)
Biografia
 Manuel Alegre de Melo Duarte, nasceu a 12 de Maio
de 1936 em Águeda, é escritor e político português.
 Estudou na Faculdade de Direito em Coimbra.
 Cumpriu o serviço militar na guerra colonial em
Angola.
 Foi preso pela polícia política (PIDE) por se revoltar
contra a guerra.
Biografia (continuação)
 Exilou-se no norte de África, em Argel, onde
desenvolveu actividades contra o regime de
Salazar.
 Em 1974 regressou definitivamente a Portugal.
 Dedicou-se á política sendo deputado do partido
socialista e vice presidente da Assembleia da
República.
 Recebeu numerosos prémios literários, entre eles, o
Prémio Pessoa em 1999.
Bibliografia
Manuel Alegre é autor de variadas obras literárias, entre as
quais se destacam as seguintes:
Poesia: “Trinta Anos de Poesia”; “Alentejo e
Ninguém”; “Che”; “Senhora das Tempestades”; “Pico”;
“Rouxinol do Mundo”; “Obra Poética”; “Livro do
Português Errante”.
Bibliografia (continuação)
Prosa: “Jornada de África”; “O Homem do País Azul”;
“Alma”; “Contra a Corrente”; “ATerceira Rosa”; “Arte
de Marear”; “Cão Como Nós”; “Rafael”.
Características Literárias da obra
 Modo literário: Narrativo e Poético;
 Temas: Amizade, Afecto, Saudade;
 Registo de Língua: linguagem familiar;
 Vocabulário: fácil e comum;
 Uso predominante da denotação (apesar de alguma
conotação);
 Tipo de frases: subordinadas.
Este livro é a história de um cão com uma
personalidade deveras especial.
Esse cão é retratado como um ser único e, com
carinho, o autor demonstra-nos a proximidade, a
permanência, a inteligência e emoção do cão, tal
como a sua ignorância pelas regras da casa e a
criação das suas próprias normas. Com a sua
morte, cria-se um vazio no coração de todos
aqueles a quem o cão era alguém muito especial.
A história ensina-nos então e reconhecer a dimensão
afectiva, a fidelidade a nós mesmos, aos nossos
princípios e à liberdade que temos por natureza.
Obra
Citações:
 “Podes correr comigo pela praia for, aqui ninguém nos vê,
somos só nós e o mar, saltas a meu lado como se fosses um
pedaço de areia e vento, uma estátua movente, cão de
água, anda daí comigo por esta noite dentro.” (pág.67).
 “(…) talvez para ele a cadeira não estivesse assim tão vazia.
– ele está a sentir o avô, disse o meu filho mais velho.”
(pág.70)
 “Zanguei-me com toda a gente, não me deixes agora, é em
momentos assim que um homem precisa do seu cão.” (pág.
93)
 “Estou a escrever o livro e quase sinto a respiração dele.
Agora que acabei, posso fazer-lhe uma festa e dizer-lhe: -
Cão bonito.” (pág.113)
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água, anda daí comigo por esta noite dentro.” (pág.67).
 “(…) talvez para ele a cadeira não estivesse assim tão vazia.
– ele está a sentir o avô, disse o meu filho mais velho.”
(pág.70)
 “Zanguei-me com toda a gente, não me deixes agora, é em
momentos assim que um homem precisa do seu cão.” (pág.
93)
 “Estou a escrever o livro e quase sinto a respiração dele.
Agora que acabei, posso fazer-lhe uma festa e dizer-lhe: -
Cão bonito.” (pág.113)
Conclusão
É uma história bastante comovente e nostálgica que a
meu ver transparece o afecto que nós todos sentimos
pelos animais.
O autor que pouco demonstra os seus sentimentos pelo
cão acaba por lhos transmitir através de uma simples
expressão “cão bonito”, tal como se passa connosco
no nosso quotidiano porque apesar de por vezes não
demonstrarmos o afecto que sentimos às pessoas
que amamos estas conseguem perceber que
gostamos delas.
O autor consegue-nos ainda transmitir outro
comportamento típico do ser humano, o facto de só
darmos valor ás coisas quando as perdemos ou quase
que as perdemos.
Poema final
Como nós eras altivo
fiel mas como nós
desobediente.
Gostavas de estar connosco a sós
mas não cativo
e sempre presente – ausente
como nós.
Cão que não querias
ser cão
e não lambias
a mão
e não respondias
à voz.
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Como nós.
Trabalho realizado no âmbito da disciplina
de Língua Portuguesa por:
Gonçalo Oliveira nº8, 10ºE

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  • 1. Manuel Alegre “Cão Como Nós” “ Não era um cão como os outros. Era um cão rebelde, caprichoso, desobediente, mas um de nós, o nosso cão, ou mais que o nosso cão, um cão que não queria ser cão e era cão como nós.” (Manuel Alegre)
  • 2. Biografia  Manuel Alegre de Melo Duarte, nasceu a 12 de Maio de 1936 em Águeda, é escritor e político português.  Estudou na Faculdade de Direito em Coimbra.  Cumpriu o serviço militar na guerra colonial em Angola.  Foi preso pela polícia política (PIDE) por se revoltar contra a guerra.
  • 3. Biografia (continuação)  Exilou-se no norte de África, em Argel, onde desenvolveu actividades contra o regime de Salazar.  Em 1974 regressou definitivamente a Portugal.  Dedicou-se á política sendo deputado do partido socialista e vice presidente da Assembleia da República.  Recebeu numerosos prémios literários, entre eles, o Prémio Pessoa em 1999.
  • 4. Bibliografia Manuel Alegre é autor de variadas obras literárias, entre as quais se destacam as seguintes: Poesia: “Trinta Anos de Poesia”; “Alentejo e Ninguém”; “Che”; “Senhora das Tempestades”; “Pico”; “Rouxinol do Mundo”; “Obra Poética”; “Livro do Português Errante”.
  • 5. Bibliografia (continuação) Prosa: “Jornada de África”; “O Homem do País Azul”; “Alma”; “Contra a Corrente”; “ATerceira Rosa”; “Arte de Marear”; “Cão Como Nós”; “Rafael”.
  • 6. Características Literárias da obra  Modo literário: Narrativo e Poético;  Temas: Amizade, Afecto, Saudade;  Registo de Língua: linguagem familiar;  Vocabulário: fácil e comum;  Uso predominante da denotação (apesar de alguma conotação);  Tipo de frases: subordinadas.
  • 7. Este livro é a história de um cão com uma personalidade deveras especial. Esse cão é retratado como um ser único e, com carinho, o autor demonstra-nos a proximidade, a permanência, a inteligência e emoção do cão, tal como a sua ignorância pelas regras da casa e a criação das suas próprias normas. Com a sua morte, cria-se um vazio no coração de todos aqueles a quem o cão era alguém muito especial. A história ensina-nos então e reconhecer a dimensão afectiva, a fidelidade a nós mesmos, aos nossos princípios e à liberdade que temos por natureza. Obra
  • 8. Citações:  “Podes correr comigo pela praia for, aqui ninguém nos vê, somos só nós e o mar, saltas a meu lado como se fosses um pedaço de areia e vento, uma estátua movente, cão de água, anda daí comigo por esta noite dentro.” (pág.67).  “(…) talvez para ele a cadeira não estivesse assim tão vazia. – ele está a sentir o avô, disse o meu filho mais velho.” (pág.70)  “Zanguei-me com toda a gente, não me deixes agora, é em momentos assim que um homem precisa do seu cão.” (pág. 93)  “Estou a escrever o livro e quase sinto a respiração dele. Agora que acabei, posso fazer-lhe uma festa e dizer-lhe: - Cão bonito.” (pág.113)
  • 9. Citações:  “Podes correr comigo pela praia for, aqui ninguém nos vê, somos só nós e o mar, saltas a meu lado como se fosses um pedaço de areia e vento, uma estátua movente, cão de água, anda daí comigo por esta noite dentro.” (pág.67).  “(…) talvez para ele a cadeira não estivesse assim tão vazia. – ele está a sentir o avô, disse o meu filho mais velho.” (pág.70)  “Zanguei-me com toda a gente, não me deixes agora, é em momentos assim que um homem precisa do seu cão.” (pág. 93)  “Estou a escrever o livro e quase sinto a respiração dele. Agora que acabei, posso fazer-lhe uma festa e dizer-lhe: - Cão bonito.” (pág.113)
  • 10. Conclusão É uma história bastante comovente e nostálgica que a meu ver transparece o afecto que nós todos sentimos pelos animais. O autor que pouco demonstra os seus sentimentos pelo cão acaba por lhos transmitir através de uma simples expressão “cão bonito”, tal como se passa connosco no nosso quotidiano porque apesar de por vezes não demonstrarmos o afecto que sentimos às pessoas que amamos estas conseguem perceber que gostamos delas. O autor consegue-nos ainda transmitir outro comportamento típico do ser humano, o facto de só darmos valor ás coisas quando as perdemos ou quase que as perdemos.
  • 11. Poema final Como nós eras altivo fiel mas como nós desobediente. Gostavas de estar connosco a sós mas não cativo e sempre presente – ausente como nós. Cão que não querias ser cão e não lambias a mão e não respondias à voz. Cão Como nós.
  • 12. Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Língua Portuguesa por: Gonçalo Oliveira nº8, 10ºE